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SINAL DE COMPANHEIRO E PASSO LATERAL

Irm.•. Lúcio Alberto Gomes

À G.•. Do G.•.A.•.D.•.U.•.
Para nós, eternos A.•.M.•., há certas condutas, termos e sinais, uns mais utilizados e
outros menos, que apesar de ritualisticamente serem repetidos em todas as sessões,
ficamos sem entender quase nada o significado e a essência espiritual dos mesmos,
talvez, por ser a maçonaria ainda um mundo novo e cheio de mistérios que estamos
penetrando, é normal ficarmos com certo receio em pedir explicações em loja sobre a
essência dessas palavras. Assim, depois de um certo tempo de estudo, passamos a
compreendê-las melhor.

Sinal de Companheiro

O sinal de ordem, geralmente, é composto por dois movimentos simultâneos – embora


existam ritos, em minoria, que usam apenas um movimento – sendo feito com a M.•. e
Br.•. direitos, que compõem o sinal cordial, e outro feito com a M.• e Br.•. esquerdos,
que compõem o sinal de súplica. O antebraço D.•., em posição vertical, simboliza o
prumo. Os dois antebraços, prumo e nível, juntos, formam um Esq.•.

O primeiro movimento do sinal de ordem é chamado de sinal cordial, porque é feito


sobre a região do C.•.. O segundo movimento, o sinal de súplica, é alusivo à passagem
bíblica em que Josué, em batalha contra os amorreus, que sitiavam Gabaon, suplicava
que o sol parasse, para que seus comandados batalhassem à luz do dia e conseguissem a
vitória. A história está no seguinte texto (Josué 10 – 12 a 15).

Para descarregar o sinal, o obreiro desfaz, simultaneamente, o sinal cordial e o sinal de


súplica.

Os rituais das várias obediências explicam quase que da mesma maneira o significado
do Sinal de Companheiro. em geral, dizem:
“A M.•.D.•. sobre o C.•. lembra o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente a
seus IIrm.•. e recorda o juramento prestado; a M.•.E.•. levantada, reafirma a sinceridade
da promessa feita.”

Diante de uma segunda pergunta, se, porventura, a atitude do Companheiro, quando à


ordem, não faria lembrar segredos especiais do grau, aparece a seguinte resposta:
“A M.•. E.•. levantada parece fazer apelo às forças astrais, energias superiores, que a
M.•. D.•. crispada se esforça para conter no C.•., onde elas se devem acumular. Prestes a
Arr.•. o C.•., o iniciado, além disso, proclama que soube dominar seus sentimentos e
que não cederá jamais a um movimento irrefletido”.

.
Varoli (Op. Cit., pág 67) chama o Sinal de Companheiro de sinal cordial e explica:
“A M.•. sobre o C.•. representa o desprendimento e a coragem de amar o próximo com a
si mesmo. é também um gesto de solidariedade como manda a fidelidade aos princípios
maçônicos. Em determinados ritos, como por exemplo o Escocês, a atitude lembra o
juramento; mas o sentido oculto da M.•. crispada é a coragem de Arr.•. o próprio C.•. e
oferecê-lo à fraternidade universal. Como se vê o sinal cordial varia com os ritos mas,
de qualquer modo, ele representa a coragem, de cor, ou coração.”

Tudo isso no que diz respeito à M.•. sobre o C.•. que pode perfeitamente lembrar ao
Companheiro Maçom que o C.•. é a sede do amor e que, portanto, não pode abrigar o
ódio, a inveja, a vaidade, a ambição, o orgulho, o fanatismo, os preconceitos. O C.•. do
maçom deve estar aberto a todas as coisas boas, acalentando, não só o amor dos IIrm.•.,
mas de toda a humanidade.

É preciso que o Companheiro não esqueça que o cérebro governa o corpo, todavia ele é
governado pelo C.•.

O Passo Lateral
Enquanto o A.•.M.•. caminha em linha reta, dando passos dirigidos, sempre na mesma
direção, o Companheiro avança, num passo na linha oblíqua, saindo da trajetória a que
esta obrigado, o que significa que ele já pode e deve variar seus caminhos em busca da
verdade.

Quando o Companheiro abandona o eixo, quando se desvia do reto traçado a que estava
obrigado como Aprendiz, é porque lhe é concedido o direito de observar, de procurar,
de experimentar, de quantificar os métodos que lhe são colocados ao alcance para
aprender o que a filosofia adotada no segundo grau aponta e ensina.

Por isso é que há uma mudança no posicionamento das Três Grandes Luzes
Emblemáticas; a perna do compasso acha-se libertada do jugo do esquadro, significando
que o obreiro, no Segundo Grau, já inicia a sua caminhada pelos caminhos da verdade,
em busca do saber, livre de preconceitos, de superstições, sobretudo de certas
convenções que lhe prejudicavam os movimentos espirituais.

Caminha o Companheiro na procura de novos conhecimentos que lhe ensejem forças


para se libertar inteiramente do jugo da carne, para dominar as inclinações menos
dignas. Daí a razão por que o entrelaçamento do esquadro e do compasso se constitui
um dos símbolos mais importantes do Segundo Grau.

No Grau de Companheiro Maçom é necessário que se lance mão da dedução e da


indução. A dedução não deve e não pode ser esquecida, apesar de a indução lhe ser
superior, uma vez que o conhecimento obtido a partir da realidade, subindo aos
conceitos, às normas e aos princípios é superior a qualquer outro.

Conforme já ficou dito, o Segundo Grau é altamente filosófico. E é de ver-se que a


filosofia que lhe alicerça todo o edifício prepara caminho para o Terceiro Grau que
esposa, abertamente, a filosofia de Descartes, de Spinoza e de Leibniz, entre outros. é a
chamada filosofia racionalista para a qual a única fonte do conhecimento é a razão. Para
o racionalista, as idéias explicam claramente aquilo que a experiência entremostra.
Aliás, o conhecimento estribado na razão não admite mistérios, não aceita dogmas. A fé
deve submeter-se à razão, deve submeter-se ao estudo, ao exame, quiçá à prova. Este é
modo de pensar dos racionalistas.
Entretanto, é necessário ter-se cuidado. Nada impede e é até salutar que se adote cautela
como norma de busca. Pois esta, quando feita de afogadilho, sem as devidas precauções,
pode determinar uma conceituação vaga ou até mesmo errônea, como as que temos
visto aparecer, com modos diferentes e em épocas também diferentes, em diversos
sistemas filosóficos. Como exemplo, pode-se apontar o que aconteceu, com certos
núcleos de reflexão metafísica daqueles que presumiram ser possível tirar conclusões
sobre a formação do universo, baseando-se tão somente em comparações, na maior
parte das vezes estapafúrdias.

Somos da opinião que deve ficar bem claro que, para o Segundo Grau, deve prevalecer
o entendimento, uma vez que o conhecimento, para o Companheiro, é a resultante das
abordagens do entendimento e dos sentidos.

A ninguém pode passar despercebido que, para o homem, tudo se rege pela vontade e
pelo entendimento. Por isso é que Heráclito afirma: unamos o completo e o incompleto,
o convergente e o divergente, o toante e o destoante. De todas as coisas uma, e de uma,
todas.

Evidencia-se a razão por que o Companheiro deve procurar descobrir como seriam as
verdades da razão nascidas pela experiência. Ora, se tais verdades fossem oriundas só
da experiência, nada mais seriam que filhas de “fatos”. Não seriam verdades originadas
da razão, portanto, não seriam verdades de verdades, mas verdades contingentes,
acidentais, sem nenhuma base concreta. Isto dificultaria sobremaneira o entendimento,
porque a grande verdade é que as verdades de razão são inatas, não são adquiridas. As
verdades de razão vêm estereotipadas em nosso espírito. Ao contrário, as verdades de
fato, oriundas da experiência, com atrás já ficou dito, estão fixadas em nós unicamente
pela percepção sensível. Ela tem, não se pode negar, certa objetividade, mas não são de
todo necessárias.

Há duas coisas de que o Companheiro há de recordar-se. A primeira é a de que tudo o


que existe tem lógica; deste modo, a lógica é o guia mais seguro que pode existir.
Todavia, é preciso que ninguém se esqueça de que suas faculdades são limitadas,
necessitando, muitas vezes, de poderes de raciocínio mais poderosos que os seus para a
resolução de certos problemas. A segunda é a de que o Companheiro deve guiar-se a si
mesmo, uma vez que o seu principal objetivo é o auto-domínio. Ninguém pode gozar de
inteira segurança interior, se não for capaz de governar-se a si mesmo. Esta talvez seja a
mais dura tarefa a ser enfrentada pelo homem maçom. é fácil comandar os outros; o
difícil é impormos obediência a nós mesmos.

Bibliografia:
Cartilha do Companheiro
Castelani, José e Rodrigues, Raimundo
Editora Maçônica “A Trolha “ Ltda.

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