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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2014.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito Administrativo. São Paulo:
Malheiros, 2014
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo:
Atlas. 2014.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
a) Direito Constitucional
Há uma verdadeira relação de dependência: enquanto o direito constitucional cuida da
fixação da estrutura do Estado e de seus fins, sendo estático, o direito administrativo trata
de instrumentalizar o seu funcionamento e a consecução desses fins, sendo dinâmico.
b) Direito Civil
São intensas essas relações. A teoria civilista dos atos e negócios jurídicos e a teoria geral
dos contratos se aplicam supletivamente aos atos e contratos administrativos.
c) Direito Empresarial
É lícito ao Estado criar empresas públicas e sociedade de economia mista para exploração
de atividades econômicas, cujos atos constitutivos serão regidos por normas de Direito
Empresarial.
d) Direito Tributário
Com este ramo do direito há relação intensa e sistêmica, pois a composição da receita
pública é regulada por normas do direito tributário, porém, a gestão desta receita é
deferida à Administração Pública.
e) Direito Penal:
A partir deste ramo do Direito, o Direito Administrativo conhece o ilícito penal
praticável apenas por agentes públicos ( ex. arts. 330 e 331 CP) – Qualificando de forma
diversa conduta penalmente ilícita quando praticada por cidadão que ostente a
qualificação funcional de agente público.
OBS: a lei penal se refere à “funcionário público”
f) Direito Processual
Dele o direito administrativo retira normas aplicáveis aos processos administrativos. Esta
interação visa, fundamentalmente, o contraditório e a ampla defesa.
g) Direito Urbanístico
Este ao objetivar o estudo, a pesquisa e as ações de política urbana, contém normas
tipicamente de Direito Administrativo. O Estatuto da Cidade dispões de vários
instrumentos típicos do Direito Administrativo, como as licenças, as obrigações
urbanísticas, o estudo prévio de impacto de vizinhança, a desapropriação, etc.
h) Direito do Trabalho
O acesso ao emprego público, por vezes se dá com a aplicação de normas próprias
instituídas pela CLT, como ocorre na composição dos quadros de pessoal das sociedades
de economia mista e das empresas públicas.
Lei: É fonte primordial do Direito Administrativo, são aqueles atos com conteúdo
normativo e obrigatório. Lei é regra geral, abstrata, impessoal, que tem por
conteúdo um direito objetivo no seu sentido material e, no sentido formal, todo
ato ou disposição emanada do Poder Legislativo. Tais atos, impondo seu poder
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Instruções: São as ordens gerais que visam explicar o modo e forma de execução
do serviço público, expedidas por um superior hierárquico com finalidade de
orientar o desempenho das atribuições pelos subordinados.
No Brasil foi adotado o Sistema Inglês em que todos os litígios sendo eles na
esfera administrativa ou não, podem ser resolvido com a intervenção do Poder Judiciário.
Isto ocorre em razão do Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição o qual o
Poder Judiciário não pode se abster de julgar litígios que envolvam lesão ou ameaça a
direito.
d)Legislação
“Art. 5º-(...)
XXXV- A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.”
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e) Controle de Legalidade
Importante ressaltar que existem no nosso ordenamento jurídico três hipóteses que
se exige a utilização da via administrativa como pressuposto para que o administrado
tenha acesso ao Poder Judiciário.
Importante ressaltar que apesar do nome “justiça desportiva” os seus órgãos são
de natureza administrativa.
Esta matéria versa sobre os atos administrativos que contrarie o disposto em Sumula
Vinculante. Segundo a legislação em vigor, o artigo 7º, parágrafo 1º da Lei 11.417/2006 ,
a ação ou omissão do ato administrativo que contrarie Sumula Vinculante, só poderá ser
objeto de impugnação por Reclamação Constitucional, após esgotadas as vias
administrativas.
Obs.: Súmula Vinculante : Mecanismo tem força de lei e deve ser seguido por todos os
tribunais
Ato de desapropriação, autorizada pela CF, art. 5º, XXIV e 22, II.
No que diz respeito à emissão dos atos administrativos, devem estar sempre
vinculados à finalidade pública, sob pena de serem declarados nulos de pleno direito, em
virtude da presença de uma ilegalidade que causa um vício insanável na formulação do
ato e compromete toda a sua estrutura. Por exemplo:
cargos e empregos públicos; Licitação pública para escolha de quem vai contratar
com a Administração.
Princípios são regras que servem de interpretação das demais normas jurídicas,
apontando os caminhos que devem ser seguidos pelos aplicadores da lei. Os princípios
procuram eliminar lacunas, oferecendo coerência e harmonia para o ordenamento
jurídico.
“Princípios administrativos são os postulados fundamentais que inspiram todo o
modo de agir da administração pública. Representam cânones pré-normativos, norteando
a conduta do Estado quando no exercício de atividades administrativas." (Carvalho Filho,
J. S., 2012).
*PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Conceito: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei” (art. 5º, II da CF).
Assim, a Administração Pública tem que obedecer a esse princípio, como por
exemplo: na lista de competências do Presidente, art. 84, inciso IV, o texto constitucional
deixa claro que o ato administrativo é subordinado à lei e visa a permitir a permitir a sua
fiel execução; e, novamente, no sistema tributário, art. 150 inciso I, institui que não há
tributo sem lei anterior que o defina.
O Princípio da legalidade aparece simultaneamente como um limite e como uma
garantia, pois ao mesmo tempo em que é um limite a atuação do Poder Público, visto que
este só poderá atuar com base na lei, também é uma garantia a nós administrados, visto
que só deveremos cumprir as exigências do Estado se estiverem previstas na lei. Se as
exigências não estiverem de acordo com a lei serão inválidas e, portanto, estarão sujeitas
a um controle do Poder Judiciário.
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* PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Hipóteses exemplificativas:
* PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Hipóteses exemplificativas:
* PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Informações que comprometam o direito a intimidade das pessoas (art. 37, §3º, II
da CF): “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
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* PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Conceito: Aristóteles afirmava que a lei tinha que dar tratamento desigual às
pessoas que são desiguais e igual aos iguais.
*PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
*PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
Conceito: A Administração está obrigada a motivar todos os atos que edita, pois
quando atua representa interesses da coletividade. Exige do Administrador a justificação
de seu atuar, o qual deve apontar a ocorrência de fatos que, por configurar hipótese de
uma dada norma jurídica, lhe permitiria agir.
Assim, este princípio implica à Administração o dever de justificar seus atos,
apontando-lhes os fundamentos de direito e de fato, assim, como a correlação lógica entre
os eventos e situações que lhes deram causa, a providência tomada, a sua compatibilidade
com a previsão legal (atos vinculados) e, quando necessário, o juízo de valor, as razões
de conveniência e oportunidade (atos discricionários) que justificaram a prática desses
atos.
Reforça-se que o órgão que tenha tomado a decisão pode acolher motivo
indicados por outro órgão e não apenas dele próprio.
.
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*PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
Anulação Revogação
Fundamento Por razões de ilegalidade Por razões de conveniência e oportunidade
Competência Administração e Judiciário Administração
Efeitos Gera efeitos “ex tunc” Gera efeitos “ex nunc”
*PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
Conceito: O Poder Público está obrigado, a cada ato que edita, a mostrar a
pertinência (correspondência) em relação à previsão abstrata em lei e os fatos em
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concreto que foram trazidos à sua apreciação. Este princípio tem relação com o princípio
da motivação.
Se não houver correspondência entre a lei o fato, o ato não será proporcional.
Ex:
Servidor chegou atrasado no serviço. Embora nunca tenha faltado, o
administrador, por não gostar dele, o demitiu. Há previsão legal para a demissão, mas
falta correspondência para com a única falta apresentada ao administrador.
Somente a LEI pode exigir exame psicotécnico (art. 37,1, da CF, e Súmula 686 do
STF), assim, não pode, por exemplo, o Poder Judiciário dispensar a realização de exame
psicotécnico em concurso para investidura em cargo público, por ofensa ao princípio da
razoabilidade, ainda quando tal exigência esteja prevista em lei.
*PRINCÍPIO DA FINALIDADE
*ETC
I.9.1.1) ESTADO
a) Conceito de Estado
População # Povo
População => conjunto de todos os habitantes de um dado território que com ele
mantenham ou não vínculos políticos, além dos vínculos necessários a caracterização do
Estado. População é termo estatístico e econômico. Aí estão não só os que votam e são
votados, mas todos os indivíduos, (inclusive menores, incapazes e estrangeiros presentes
em solo brasileiro permanentes) ,etc.
Povo => é coletivo de cidadão; é um conjunto de cidadãos que pode votar e ser
votado. O povo representa a população de determinado Estado, parcela esta que se
vincula por laços políticos e não só jurídicos como quanto aos indivíduos da população.
A diferença entre Povo e População é relevante porque ao Povo é conferida a
titulação de cidadania, de nacionalidade, em que há a liberdade de participação política
nas obrigações do Estado com a possibilidade do individuo cidadão pode escolher, ou ser
escolhido como governante do seu respectivo Estado.
b) Forma de Estado
c) Poderes do Estado
I.9.1.2) GOVERNO
I.9.1.3)ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
EXEMPLOS:
*Criação entidades:
Para a criação dessas pessoas jurídicas, exige-se previsão legal, pois o art. 37, XIX
define que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”
É interessante apontar alguns aspectos do dispositivo acima. Inicialmente, quanto
à espécie normativa, a regra fala em “lei específica”, o que significa uma lei ordinária que
terá como finalidade específica criar autarquias ou autorizar a criação das demais pessoas
jurídicas. Dessa forma, a lei não poderá cuidar de vários assuntos dessas pessoas, além do
que cada uma delas terá uma lei própria. Ressalte-se o caso da fundação que, apesar de
autorizada a sua criação por lei ordinária, a lei complementar deverá especificar as suas
possíveis áreas de atuação, possíveis finalidades.
Deve-se grifar, que a lei cria as autarquias e autoriza a criação das demais
pessoas jurídicas. Na hipótese em que a lei cria – caso das autarquias – basta a edição da
lei e a pessoa jurídica já está pronta para existir, o que não acontece no segundo caso.
Quando a lei autoriza a criação de uma pessoa jurídica – caso das fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista – ela só passará a existir juridicamente com o
registro dos seus atos constitutivos no órgão competente, seja no Cartório de Registro das
Pessoas Jurídico, se ela tiver natureza civil, ou na Junta Comercial, quando possuir
natureza empresarial.
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* CENTRALIZAÇÃO
* DESCENTRALIZAÇÃO
*DESCONCENTRAÇÃO
Para que o ente federativo, a exemplo, a União possa exercer o seu grande leque
de atribuições e responsabilidades, considerando que é titular e executor das atividades
administrativas, é preciso uma organização e distribuição interna dessas competências
(uma divisão interna das tarefas) o que se denomina desconcentração. A desconcentração,
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* CONCENTRAÇÃO
REFORÇAMOS:
I.10.1)TEORIAS
Nesse sentido, o órgão não tem vida própria, não tem personalidade jurídica. É
despersonalizado. O órgão, por si só, não é capaz de adquirir direitos e obrigações e,
formalmente, quem o faz é a pessoa jurídica de que ele faz parte. É a pessoa jurídica que
é a proprietária dos bens, que indeniza em caso de prejuízo.
O agente público está lotado no órgão, que, por sua vez, faz parte de uma pessoa
jurídica. Assim, quando o agente pratica o ato é a própria pessoa jurídica quem está
atuando. Isso decorre da teoria do órgão, formulada por Otto Gierke.
O órgão é o elemento de conexão entre o agente público e a pessoa jurídica. A
atuação do agente é imputada, é atribuída, à pessoa jurídica.
Dessa maneira, quando um agente da fiscalização municipal embarga uma obra
irregular, a execução do ato não lhe é atribuída, mas é considerada própria do órgão em
que está lotado e, assim, é imputada ao Município, isto é, juridicamente, foi este quem
embargou a construção.
Isso ocorre porque há “uma relação jurídica externa, entre a pessoa jurídica e
outras pessoas, e uma relação interna, que vincula o órgão à pessoa jurídica a que
pertence” , ou seja, tendo como base a teoria do órgão que vimos anteriormente.
Portanto podemos conceituar órgão público como uma unidade que une
atribuições praticadas pelos agentes públicos que o formam com o objetivo de manifestar
a vontade do Estado, o seu pensamento, ou pelo menos a sua tendência de agir.
Os órgãos públicos formam a estrutura do Estado, mas como já vimos não
têm personalidade jurídica, uma vez que são apenas parte de uma estrutura maior, essa
sim detentora de personalidade. Como parte da estrutura maior, o órgão público não tem
vontade própria, limitando-se a cumprir suas finalidades dentro da competência funcional
que lhes foi determinada pela organização estatal.
São várias e diversas as classificações adotadas pela doutrina brasileira acerca dos
órgãos públicos. Entretanto, destacaremos as seguintes:
- autônomos: estão situados abaixo dos órgãos independentes, aos quais estão
subordinados, mas possuem autonomia administrativa, financeira e técnica. São
exemplos: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias de Município, Advocacia-Geral
da União;
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- subalternos: são aqueles órgãos que possuem pequeno poder de decisão e suas
atividades são, principalmente, de execução, de cumprimento das decisões dos órgãos a
que estão subordinados. São exemplos: seção de expediente, seção de pessoal.
I.11.1) CONCEITO
Ou de forma sucinta, agente público é toda pessoa física que presta serviços ao
Estado, remuneradamente ou gratuitamente, permanentemente ou transitoriamente,
politicamente ou administrativamente.
Portanto, agente público é todo indivíduo ligado ao Estado por algum tipo de
vínculo, e sua atuação nessa qualidade representa a manifestação de vontade estatal.
a) Agentes Políticos:
- Exemplos:
* Membros do Poder Executivo – o Chefe do Poder Executivo (Presidente da
República, Governador e Prefeito) e seus auxiliares imediatos (Ministros de Estado e
Secretários Estaduais e Municipais);
* Membros do Poder Legislativo – Senadores, Deputados (Federais, Estaduais e
Distritais) e Vereadores;
* Membros do Poder Judiciário – Magistrados (Juízes, Desembargadores,
Ministros de Tribunais Superiores);
* Membros do Ministério Público (Procuradores e Promotores) e Membros dos
Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros);
* Representantes diplomáticos (diplomatas);
* Demais autoridades que atuem com independência funcional no desempenho
das atribuições governamentais, judiciais ou quase judiciais, atuando ao quadro do
funcionalismo estatutário.
como estes tb. são remunerados via subsídios, Hely Lopes os consideram dentro da
classificação de agentes políticos.
b) Agentes Administrativos: são aqueles que possuem uma relação funcional com a
Administração Pública. Exercem atividade profissional e remunerada e sujeitam-se à
hierarquia administrativa e a regime jurídico próprio. Distinções de Agentes
Administrativos
d) Agentes Militares
Os militares abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas
– Marinha, Exército e Aeronáutica e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios.
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e) Funcionário público
I.12.1) FOMENTO
I.12.2)POLÍCIA ADMINISTRATIVA
I.12.3)SERVIÇO PÚBLICO
I.12.4) INTERVENÇÃO
Poder-Dever de Agir – o administrador público tem o dever de agir, ele tem por
obrigação exercitar esse poder em benefício da comunidade. Esse poder é
irrenunciável.
Poder-Dever de Eficiência – cabe ao agente público realizar suas atribuições com
presteza, perfeição e rendimento funcional.
Poder-Dever de Probidade – a Administração poderá invalidar o ato
administrativo praticado com lesão aos bens e interesses públicos. A probidade é
elemento essencial na conduta do agente público necessária a legitimidade do ato
administrativo.
Poder-Dever de Prestar Contas – é o dever de todo administrador público prestar
contas, é decorrência da gestão de bens e interesses alheios, nesse caso de bens e
interesses coletivos.
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Obs.:
Poder Vinculado - É aquele conferido pela lei à Administração para a prática de ato de
sua competência, ficando determinados os elementos e os requisitos necessários sua
formalização.
Poder Regulamentar – é o poder conferido aos chefes do Executivo para editar decretos
e regulamentos com a finalidade de oferecer fiel execução à lei. Não se devem confundir
regulamentos com a lei, não podendo contrariar, restringir ou ampliar suas disposições.
II.1) INTRODUÇÃO
*Fatos são todos acontecimentos na vida humana causada ou não pelo homem.
Fato natural => sem relevância jurídica.
Fato Jurídico => tem relevância jurídica
II.2.1) Conceito:
II.2.2) Diferenças:
b) Atos da Administração => são atos praticados pelo Poder Público sob o
amparo do direito privado. Neste caso, a Administração é tratada igualitariamente com o
particular. É o caso, por exemplo, da permuta, compra e venda, locação, doação etc.
c)Ato jurídico => A diferença essencial entre ato jurídico e ato administrativo
reside em que o ato administrativo tem finalidade pública. E o Ato administrativo é uma
espécie de ato jurídico.
Natureza da presunção: Relativa, uma vez que pode ser desconstituída pela
prova que deve ser produzida pelo interessado prejudicado.
b) Imperatividade
c) Coercibilidade ou exigibilidade
d) Auto-executoriedade
e) Tipicidade
a) Competência:
É a condição primeira para a validade do ato administrativo. Nenhum ato pode ser
realizado validamente sem que o agente disponha de poder legal para praticá-lo.
É o poder legalmente conferido ao agente público para o desempenho específico
das atribuições de seu cargo.
Segundo Celso Antônio, a competência apresenta as seguintes características: - o
seu exercício é obrigatório; - é irrenunciável; - é intransferível ou inderrogável; - é
imodificável pela vontade do agente; - é imprescritível; - e parte da doutrina ressalta a sua
improrrogabilidade.
Muito embora a competência seja, por regra, intransferível, sabe-se que é possível
delegá-la e avocá-la, nos termos dos artigos 11 a 15 da Lei 9784/99 (Regula o processo
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.) e art. 84, parágrafo único;
art. 93, XIV; e art. 103-B, §4º, III da CF/88)
b) Finalidade:
c)Forma:
ordens verbais, e até mesmo em sinais convencionais, como ocorre com as instruções
momentâneas de superior a inferior hierárquico, com as determinações da polícia em
casos de urgência e com a sinalização do trânsito.
d) Motivo:
e) Objeto:
O objeto do ato administrativo corresponde ao efeito jurídico pretendido, ou seja,
é a criação, a modificação ou a comprovação de situações jurídicas concernentes a
pessoas, coisas ou atividades sujeitas à atuação do Poder Público.
Para ser válido, o ato deve possuir objeto lícito e moralmente admitido.
Neste sentido, o objeto identifica-se com o conteúdo do ato e por meio dele a
administração manifesta o seu poder e a sua vontade ou atesta simplesmente situações
pré- existentes.
Marçal Justen Filho – Curso de Direito Administrativo. 10ª. edição. Revista dos Tribunais.
Págs. 414 a 417.
Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – Direito Administrativo Descomplicado – 22ª. edição –
Editora Método – pgs. 456 a 478.
Celso Antônio Bandeira de Mello – Curso de Direito Administrativo – 31ª. edição –pags. 426
a 434.
Maria Sylvia Zanelaa Di Pietro – Direito Administrativo – 27ª. edição – Ed. Atlas – pgs. 231
a 236.
ATOS NORMATIVOS => contém determinações gerais e abstratas. Tais atos não têm
destinatários determinado, incidem sobre todos os fatos em situações que se enquadrem nas
hipóteses que abstratamente preveem.
Exemplos:
Decretos e Regulamentos => são atos administrativos, em regra, gerais e abstratos, privativos
Chefe Executivo e expedidos para dar fiel execução à lei. Ato emanado do Poder Público,
com força obrigatória, que se destina a assegurar ou promover a ordem política, social,
jurídica e administrativa.
Instruções Normativa => são de competência dos Ministros praticados para viabilizar a
execução de leis e outros atos normativos.
Regimento => decorrente do poder hierárquico, são atos administrativos praticados para
disciplinar o funcionamento interno dos órgãos colegiados e casas legislativas.
Resoluções => atos administrativos inferiores ao decreto e regulamentos expedidos por
Ministros de Estado, Presidente de Tribunais, casas legislativas e órgãos colegiados, versando
sobre matéria de interesse interno dos respectivos órgãos.
Deliberações => são atos normativos de órgãos colegiados.
ATOS ORDINÁRIOS => são atos administrativos internos, endereçados aos servidores
públicos, que veiculam determinações concernentes ao adequado desempenho de suas
funções. Tem fundamento no poder hierárquico e somente vinculam os servidores
subordinados.
Exemplos:
Instrução => expedida pelo superior hierárquico e destinados aos seus subordinados (ordens
escrita e gerais)
Circulares => atos escritos de determinado serviço público voltado a servidores que
desempenham tarefas em situações especiais(não são gerais)
Avisos => atos exclusivos de Ministros de Estado para regramento de temas de competência
interna do Ministério.
Portaria => atos internos que iniciam sindicâncias, processos administrativos ou promovem
designação de servidores para cargos secundários.
Ordens de Serviço => são determinações específicos dirigidas aos responsáveis por obras e
serviços governamentais autorizando seu início, permitindo contratação de agentes, etc.
Ofícios => são convites ou comunicações escritas dirigidas a servidores subordinados ou
particulares sobre assunto administrativo de ordem social.
Despacho => são decisões de autoridade pública manifestadas por escrito em documento ou
processo sob sua responsabilidade.
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ATOS NEGOCIAIS => são editados em situações nos quais o ordenamento jurídico exige
que o ordenamento jurídico exige que o particular obtenha a anuência prévia da administração
pública para realizar determinada atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito.
Exemplos:
Admissão => é o ato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta o ingresso de
administrado em estabelecimento governamental, desde que tenha atendido as exigências
legais para o desfrute de um serviço público. O direito à admissão nasce do atendimento dos
pressupostos legais, que são vinculados para o próprio poder que o estabelece. Ex.: admissão
de alguém serviço público.
Permissão => é o ato administrativo, vinculado ou discricionário, segundo o qual a
Administração Pública outorga a alguém o direito de prestar um serviço público ou de usar em
caráter privativo, um bem público. Ex.: ato que transfere a certo particular a execução dos
serviços de transporte coletivo.
Autorização => é o ato administrativo discricionário mediante o qual a Administração
Público outorga a alguém o direito de realizar certa atividade material que sem ela lhe seria
vedada. Ex.: captação de água de rio poluído.
Aprovação => é ao to administrativo discricionário mediante o qual a Administração Pública
faculta a prática de certo ato jurídico ou concorda com o já praticado para lhe dar eficácia se
conveniente e oportuno.
Homologação => é o ato administrativo vinculado pelo qual a Administração Pública
concorda com o ato jurídico praticado, se conforme com os requisitos legitimadores de sua
edição. Ex.: ato do Tribunal de Contas da União que as concessões iniciais de aposentadoria,
reforma e pensões outorgadas pelo executivo Federal para lhes dar eficácia.
Licença => é o ato administrativo vinculado por causa do qual a Administração Pública
outorga a alguém, que para isso se interesse, o direito de realizar certa atividade material que
sem ela lhe seria vedada, desde que satisfeitas as exigências legais. Ex.: alvará de construção,
de funcionamento, etc.
Concessão => é o ato administrativo discricionário ou vinculado, mediante o qual a
Administração Pública outorga aos administrados um status, uma honraria ou ainda, faculta-
lhe o exercício de uma atividade material. Ex.: a concessão da cidadania brasileira (status), a
concessão de uma comenda (honraria), a concessão de lavra (exploração atividade material).
Exemplos:
Parecer técnico => Manifestação de órgãos ou entidades sobre assuntos submetidos à sua
consideração. É um ato administrativo usado com mais frequência por conselhos, comissões,
assessorias e equivalentes.
Apostila => Documento que complementa um ato oficial, em geral ligado à vida funcional
dos servidores públicos, fixando vantagens pecuniárias, retificando ou alterando nomes ou
títulos. O ato deve ser publicado e registrado no assentamento funcional. É sempre assinado
pelo titular do órgão expedidor.
Atestado => Documento em que se comprova um fato e se afirma a existência ou inexistência
de uma situação de direito da qual se tenha conhecimento em favor de alguém.
ATOS PUNITIVOS => meios pelos quais a Administração Pública pode impor diretamente
sanções a seus servidores ou aos administrativos em geral
Exemplos:
Multa, interdição de atividade, destruição de coisa.
ATOS DE AJUSTE OU PACTO => são acordos celebrados pela Administração, visando à
consecução de objetivos de interesse público, nas condições previstas em lei.
Exemplos:
Contrato => Acordo bilateral firmado por escrito entre a administração pública e
particulares, vislumbrando, de um lado, o objeto do acordo, e de outro, a contraprestação
correspondente (remuneração).
Convênio => Acordo firmado por entidades públicas, ou entre estas e organizações
particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes.
Termo Aditivo => Ato lavrado para complementar um ato originário - contrato ou convênio -
quando verificada a necessidade de alteração de uma das condições ajustadas.
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ATOS COMPROVATÓRIOS => são aqueles que têm por finalidade comprovar dados que
se encontram registrados em documentos oficiais.
Exemplos:
Alvará => Documento firmado por autoridade competente, certificando, autorizando ou
aprovando atos ou direitos.
Ata => Documento que registra, com o máximo de fidelidade, o que se passou em uma
reunião, sessão pública ou privada, congresso, encontro, convenção e outros eventos, para
comprovação, inclusive legal, das discussões e resoluções havidas. A ata é lavrada por um
secretário, indicado pelos membros da reunião. Sua redação obedece sempre às mesmas
normas, quer se trate de instituições oficiais ou entidades particulares. Escreve-se
seguidamente, sem rasuras e sem entrelinhas, evitando-se os parágrafos ou espaços em
branco.
Os atos administrativos, muito embora possam apresentar vícios ou, ainda, possa a
Administração Pública não mais revelar interesse na sua manutenção, exige uma
manifestação formal do Poder Público para que sejam retirados do mundo jurídico. Essas
manifestações podem ocorrer de várias formas:
a) Cumprimento dos seus efeitos. Ex: Despacho concedendo férias. No fim das férias,
o despacho se extingue.
b) Desaparecimento do sujeito ou do objeto do ato. Ex: O perecimento do bem leva à
extinção do tombamento que sobre ele existia.
c) Retirada: decorre em virtude, por exemplo:
Caducidade
Contraposição ou derrubada
Cassação
Renúncia
Recusa
Anulação
Revogação
c.1) Caducidade: é a retirada do ato administrativo por ter sobrevindo norma superior
que torna incompatível a manutenção do ato. O ato estava de acordo com a lei, mas
sobreveio uma nova e ele ficou incompatível.
A caducidade configura modalidade de extinção em que ocorre a retirada por ter
sobrevindo norma jurídica que tornou inadmissível situação antes permitida pelo direito e
outorgada pelo ato precedente.
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c.3) Cassação: é a retirada do ato administrativo por ter o seu beneficiário descumprido
condição indispensável para a manutenção do ato. Ex: Cassação do alvará de
funcionamento do pasteleiro por não atingir condições de higiene.
A cassação é a extinção do ato administrativo pelo descumprimento, pelo
particular, dos requisitos para continuar se beneficiando do ato;
c.4) Renúncia: é a retirada do ato administrativo eficaz por seu beneficiário não mais
desejar a continuidade dos seus efeitos. A renúncia só se destina aos atos ampliativos
(atos que trazem privilégios). Ex: Alguém que tem uma permissão de uso de bem público
não a quer mais.
A renúncia é a extinção do ato administrativo feita a pedido do beneficiário do
ato.
II.7.2) Convalidação:
É o ato jurídico que com efeitos retroativos sana vício de ato antecedente de tal
modo que ele passa a ser considerado como válido desde o seu nascimento.
Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que: só pode haver convalidação
quando o ato possa ser produzido validamente no presente. Importa que o vício não seja
de molde a impedir reprodução válida do ato. Só são convalidáveis atos que podem ser
legitimamente produzidos
O legislador admitiu a existência da convalidação ao afirmar que “Os atos
administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos quando: importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação do ato
administrativo” (art. 50, VIII da Lei 9784/99).
Espécies de convalidação:
A Licitação é disciplinada por lei (Lei 8666 de 1993). Esta estabelece critérios
objetivos de seleção das propostas de contratação mais vantajosas para o interesse
público, assim, é um procedimento administrativo, prévio à contratação, que visa a
escolher a proposta mais vantajosa para a Administração, com base em parâmetros
antecipadamente definidos.
A União também pode legislar sobre normas específicas de licitações, mas estas
disposições apenas serão aplicáveis à própria União. Ex.: o STF entendeu que o art. 17, I,
“b” e “c”, e II, “b”, é norma específica, aplicável somente à União (ADI 927).
Nos termos do art. 173, § 1º, III, da CF, compete à União elaborar o estatuto
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
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§ 3º:CRITÉRIO DE DESEMPATE
Produzidos no País;
Produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e
no desenvolvimento de tecnologia no País.
Produzidos ou prestados por empresas que comprovem
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com
deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
Obs.:
Art. 45, § 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido
o disposto no § 2º do art. 3º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente,
por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados,
vedado qualquer outro processo.
Legalidade:
Disciplina a licitação como uma atividade vinculada, ou seja, prevista pela lei, ou
seja, o princípio da legalidade determina que as atividades administrativas devam se
resumir aos limites fixados pelas leis.
Assim, o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito
aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou
desviar, sob pena de praticar ato invalido e expor-se a responsabilidade disciplinar,
civil, e criminal, conforme o caso.
Nas relações entre particulares sabemos que o princípio aplicado é o da
autonomia da vontade, pelo qual as partes ficam livres para fazer tudo o que não for
contrário à lei. Já nas relações em que participa o Poder Público, a Administração
Pública só pode fazer o que a lei permite.
Impessoalidade:
Os atos praticados pela Administração Pública devem ter por objetivo alcançar o
interesse público, respeitando sempre o princípio da impessoalidade.
Moralidade:
Publicidade:
Igualdade:
Probidade Administrativa:
70
Julgamento objetivo:
Obs:
Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão
monetária a moeda corrente nacional ressalvada o disposto no art. 42 desta Lei,
devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações
relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de
serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem
cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes
razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade
competente, devidamente publicada.
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da
administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto
nas alíneas f, h e i;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X
do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
72
Comentários:
Dessa forma, não se exige autorização legislativa para alienação de imóveis pelas
empresas estatais.
Obs.:
O projeto básico é o instrumento que basicamente define o que será licitado. Por
isso é indispensável, já que serve de instrumento mínimo para o planejamento e
elaboração das propostas. O projeto básico é sempre exigido para obras e serviços, mas
não constitui exigência para as compras.
Por outro lado, o projeto executivo define “como será executado”. Por isso que
pode ser elaborado “concomitantemente” com a execução da obra ou serviço. Assim, a
elaboração de projeto executivo não é requisito para a realização da licitação, uma vez
que pode ser executado em conjunto com a execução da obra ou serviço.
CONCORRÊNCIA
Principais características:
Ampla participação;
Julgamento por comissão;
Admite pré-qualificação dos licitantes;
Admite qualquer tipo de licitação;
Sistema de Registro de Preços.
TOMADA DE PREÇOS:
Principais características:
• Cadastramento prévio;
• Maior celeridade que a concorrência;
• Ampla publicidade;
CONVITE:
Principais características:
CONCURSO:
Principais características:
• Para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico.
• Os tipos de licitação não se aplicam nesta modalidade.
• Para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico;
• Interessado apresenta o trabalho pronto;
• O prazo entre a publicação do edital e a data para apresentação dos trabalhos
deve ser compatível;
• No final do procedimento, em regra, não há contratação, mas premiação ou
remuneração;
• O prêmio pode ser um bem economicamente mensurável ou uma honraria de
outra natureza;
• A antecedência mínima entre a publicação do edital e a data para apresentação
dos trabalhos deve ser de 45 dias.
• A escolha do vencedor será feita por uma comissão julgadora especializada na
área.
LEILÃO:
Principais características:
Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo
Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União,
observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no
período.
Dessa forma, apesar de a Lei de Licitações não ter sofrido alteração textual, os
valores nela mencionados não são mais adotados.
PREGÃO
Principais características:
Exemplos de Bens:
Exemplos de Serviços:
Limpeza,
Vigilância,
Conservação,
Locação e manutenção de equipamentos,
82
Agenciamento de viagem,
Vale-refeição,
Digitação,
Transporte,
Seguro-saúde,
Entre outros.
.
• Isto afasta, todos aqueles que devam ser objeto de licitação nas modalidades de
melhor técnica ou de técnica e preço, pois no Pregão o que é levado em
consideração é o fator preço e não o fator técnico.
• A definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, afastando-se as
especificações irrelevantes e desnecessárias.
• O pregão não pode ser utilizado para:- contratação de obras ou serviços de
engenharia; - alienações; - locações imobiliárias.
PREGÃO ELETRÔNICO
Procedimentos
a) Pregão presencial:
b) Pregão Eletrônico:
Os licitantes deverão obter sua chave do acesso e sua senha para participar
do certame (licitação).
O pregoeiro desclassificará as propostas que não atendam aos requisitos
do edital;
As propostas classificadas irão para a fase dos lances;
Após a fase de lances, o pregoeiro encaminhará ao licitante que apresentou
o menor preço uma contraproposta;
O pregoeiro analisará a proposta e, posteriormente, os documentos de
habilitação;
Se os documentos de habilitação estiverem de acordo com o edital, o
pregoeiro declarará o licitante como vencedor;
Os licitantes devem manifestar sua intenção de recorrer;
Adjudicação;
Homologação.
Obs.:
Além dessas modalidades, existem outras que não constam na Lei 8.666/93, quais
sejam:
III.09. PRAZOS
a) DISPENSA DE LICITAÇÃO
b) INEXIGILIDADE DE LICITAÇÃO
Comentando o dispositivo legal em pauta, Jessé Torres Pereira Júnior[ afirma que,
em havendo dúvida sobre se determinado caso enquadra-se em algum dos incisos de
inexigibilidade, deverá a Administração capitulá-lo desde que segura quanto à
impossibilidade de competição.
Concernente à hipótese trazida pelo artigo 25, inciso I da Lei n° 8.666/93, o
mesmo é destinado aos casos de aquisição de materiais, equipamentos e gêneros que
contenha somente um produtor, empresa ou representante comercial, impossibilitando,
deste modo, a competição. Por outro lado, restando algum indício de que existem no
mercado condições de competição para os produtos, em observância ao princípio
constitucional da obrigatoriedade da licitação, não há que se falar em inexigibilidade de
licitação.
Importa ressaltar que, quanto à configuração da exclusividade do fornecimento,
esta não se limita à pessoa do fornecedor, mas, inclusive, ao próprio objeto a ser
contratado, devendo este, à exclusão de qualquer outro, ser o único capaz de atender às
necessidades da Administração.
Ademais, a configuração da existência de fornecedor exclusivo, a ensejar
inexigibilidade de licitação, cinge-se aos critérios de ordem territorial, considerando a
modalidade licitatória a ser adotada.
91
III.12. DA HABILITAÇÃO
Habilitação jurídica;
Qualificação técnica;
Qualificação econômico-financeira;
Regularidade fiscal e trabalhista;
Cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
III.13. DO PROCEDIMENTO
caso; - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou
da entrega do convite; - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro
administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite; - original das propostas e dos
documentos que as instruírem; - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora; -
pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade; -
atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação; - recursos
eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões; -
despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado
circunstanciadamente; - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso; -
outros comprovantes de publicações; - demais documentos relativos à licitação.
Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto,
o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública
concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias
úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência
mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a
publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e
a se manifestar todos os interessados.
95
IV.1. CONCEITO
IV.2. OBJETO
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79
desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da
necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
Objeto e características
Regime de execução ou forma de fornecimento
Preço, condições de pagamento, critérios do reajustamento e de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
Prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e
de recebimento definitivo;
Crédito pelo qual correrá a despesa;
Garantias oferecidas, quando exigidas;
Direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis e valores das multas;
Casos de rescisão;
Reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão
administrativa;
Condições de importação e taxa de câmbio, quando for o caso;
Vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao
convite e à proposta do licitante vencedor;
Legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
Obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, todas as
condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
Foro da sede da administração, quando for o caso.
IV.7. FORMALIDADES
O art. 23, II, "a", trata do limite para a modalidade convite para compras e
demais serviços. Logo, o limite para os contratos verbais será de 5% de 176 mil
(considerando os valores do Decreto 9.412/2018), ou seja, será de R$ 8.800,00.
IV.9. ACOMPANHAMENTO
Obs.:
IV.11. VIGÊNCIA
A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
Às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja
interesse da administração.
A Lei nº 8.666/93 em seu art. 57, § 1º, enumera taxativamente as situações que
autorizam a prorrogação dos contratos.
A subcontratação depende:
A revisão, por outro lado, é uma efetiva mudança do contrato, uma vez que enseja
a alterações das obrigações das partes para fins de manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro.
a) INEXECUÇÃO CULPOSA
Fato do Príncipe
É toda determinação estatal geral, imprevisível, que impeça ou, o que é mais
comum, onere substancialmente a execução do contrato, autorizando sua revisão, ou
mesmo sua rescisão, na hipótese de tornar-se impossível o seu cumprimento.
Exemplos do fato do príncipe seriam um significativo e imprevisível aumento de
um imposto incidente sobre bens a que tenha o contratado se obrigado a fornecer ou até
mesmo a edição de lei proibindo a importação de um bem que devesse ser fornecido pelo
contratado à Administração.
Fato da Administração
Interferências Imprevistas
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para
execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como
das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente
comprovada, impeditiva da execução do contrato.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das
sanções penais cabíveis. (O art. 27, V, trata da vedação do art. 7º, XXXIII, da
Constituição Federal, que proíbe “trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo
na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.)
IV.19. PENALIDADES
Advertência;
Multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de
contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois)
anos;
Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da
punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
Em relação à MULTA:
IV.20. GARANTIAS
A Lei 8.666/93 faculta à Administração Pública o direito de exigir dos que com
ela contratam uma garantia, que tem por fim assegurar a execução do contrato.
Pode ser definida como toda reserva de bem ou de responsabilidade pessoal com
vistas a assegurar a execução do contrato e, conforme o caso, utilizável pelo Poder
Público contratante para ressarcir-se de prejuízos causados pelo contratado ou pagar-se de
multa que lhe fora aplicada e não satisfeita. Pode ser exigida se instituída por lei e, ainda
assim, se dita exigência constar do edital ou da carta-convite, veículos que abrem o
procedimento da licitação, conforme regulado pelo art. 56 da referida lei.
Cabe à Administração Públicas contratante, depois das devidas justificativas
lavradas, no processo licitatório, indicar no instrumento convocatório a exigência de
garantia de execução do contrato, bem como, determinar qual o percentual exigido.
A previsão editalícia, sem que haja havido essa justificativa, pode ser entendida
como uma violação ao princípio da competitividade e tida como inexistente a exigência.
Se omisso esse instrumento convocatório, a garantia não pode ser exigida, ainda que
prevista na Lei.
De outra parte, uma vez exigida, não pode ser dispensada pela Administração
Pública contratante, pois estar-se-ia celebrando contrato com violação do edital.
Feita a exigência, cabe ao contratado indicar, seguindo seu único interesse, entre
as várias espécies de garantias arroladas por essa lei, qual a que prestará.
Poderá assim escolher entre: I- caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; II-
seguro-garantia; III-fiança bancária (art. 56)
IV.21. CONVÊNIO
Tal termo regulamenta o consórcio a ser formado caso a proposta seja vencedora,
disciplinando preliminarmente o relacionamento das empresas na fase de estudos e
elaboração de propostas, fixando as bases de formação do futuro consórcio.