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Margarida Ferraz
Psicóloga Clínica e da Saúde
Terapeuta de Aconselhamento/ Psicóloga em Centro de Tratamento de Dependências
Mestre em Psicologia Clinica e da Saúde – Psicologia Forense
Investigadora na área de Psicologia Forense (FPCE-UC)
Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Apresentações
▪ Nome
▪ Profissão / Área de estudo
▪ Motivação para a formação
▪ O que entende por “doença mental”?
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1. Doença Mental
1.1. Definição
Índice 1.2. Dados Estatísticos
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Perturbação Mental
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Perturbação Mental
▪ A grande mudança que deve ser operada por todos os agentes sociais é no sentido
de assumirem e mostrarem que a perturbação mental é uma condição médica,
como a diabetes ou a doença cardíaca, que na maior parte dos casos tem
tratamento.
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Perturbação Mental
▪ Embora a perturbação mental possa ocorrer em qualquer idade, três quartos das
perturbações mentais começam no início da idade adulta.
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Saúde Mental vs Doença mental
prevê-se que passem a ser a 1ª causa a nível mundial em 2030, com agravamento provável das
taxas de suicídio e para-suicídio.
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Perturbação Mental em Números
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Perturbação Mental em Números – Portugal
▪ Cerca de 4% da população adulta apresenta uma perturbação mental grave, 11,6% uma
perturbação de gravidade moderada e 7,3% uma perturbação de gravidade ligeira.
▪ As perturbações de ansiedade são as que apresentam uma prevalência mais elevada (16,5%),
seguidas pelas perturbações do humor (7,9%).
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Depressão
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Depressão
a) perturbação depressiva major/ episódio depressivo, que envolve sintomas como humor
deprimido, perda de interesse e do prazer e diminuição da energia; dependendo do número e
gravidade dos sintomas, um episódio depressivo pode ser categorizado como ligeiro, moderado
ou grave;
b) a distimia, uma forma persistente ou crónica de depressão ligeira; os seus sintomas são
semelhantes aos do episódio depressivo, mas tendem a ser menos intensos e durar mais tempo.
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Depressão
Sintomas: * Perda do apetite e do peso (ou aumento)
* Tristeza persistente, “sensação de vazio” * Dificuldade em adormecer ou acordar muito cedo; ou excesso
de sono
* Falta de esperança ou pessimismo
* Diminuição do desejo e funcionamento sexual
* Choro fácil
* Alterações da atenção, concentração e memória
* Falta de interesse/prazer com qualquer atividade
* Queixas psicossomáticas (por exemplo: queixas de dores,
* Cansaço/Falta de energia queixas digestivas)
* Sentimentos de culpa, ruína, “de que não vale a pena” * Ouvir vozes sem estar ninguém presente sobretudo com
conteúdo negativo
* Preocupações/medos infundados de tudo
▪ Alguns pacientes depressivos negligenciam a higiene pessoal ou mesmo seus filhos, entes
queridos ou animais de estimação.
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Depressão – Major
Para o diagnóstico, ≥ 5 dos seguintes devem ter estado presentes quase todos os dias durante o período de 2 semanas, e um
deles deve ser humor deprimido ou perda de interesse ou prazer:
▪ Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades durante a maior parte do dia
▪ Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou um plano específico para cometer suicídio
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Depressão - persistente
Sintomas depressivos que persistem por ≥ 2 anos sem remissão são classificados como transtorno
depressivo persistente (TDP). Os sintomas tipicamente começam insidiosamente durante a adolescência e
podem persistir por muito anos ou décadas. O número de sintomas muitas vezes oscila acima e abaixo do
limiar para episódio depressivo maior. Os pacientes afetados podem estar habitualmente melancólicos,
pessimistas, sem senso de humor, passivos, letárgicos, introvertidos, hipercríticos de si mesmos e dos outros
e queixosos. Pacientes com TDP também têm maior probabilidade de ter ansiedade, uso de substâncias ou
transtornos de personalidade subjacentes.
▪ Para o diagnóstico, os pacientes devem ter tido humor deprimido na maior parte do dia por mais dias
do que não por ≥ 2 anos e ≥ 2 dos seguintes: • Baixo apetite ou comer em excesso
• Insónia ou hipersónia
• Baixa energia ou fadiga
• Baixa autoestima
• Falta de concentração ou dificuldade em tomar decisões
• Sentimentos de desespero
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Ansiedade
▪ As perturbações de ansiedade referem-se a um grupo de distúrbios mentais
caracterizados por sentimentos de ansiedade e medo, incluindo perturbação de
ansiedade generalizada (PAG), perturbação de pânico, perturbações fóbicas,
incluindo a fobia social, perturbação obsessiva-compulsiva (POC) e perturbação de
stress póstraumático (PSPT).
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Ansiedade
Ataque de pânico
▪ O ataque de pânico acontece quando os sintomas de ansiedade (sensações, pensamentos)
são tão intensos que se torna difícil perceber se se trata apenas ansiedade ou se estamos
realmente em perigo de morrer ou de enlouquecer.
▪ A pessoa sente que não tem qualquer controlo sobre o seu corpo ou mente.
▪ O ataque de pânico dura apenas alguns minutos, e apesar de a sensação de perder o
controlo, a pessoa poder desmaiar por exemplo, não representa perigo para a vida.
▪ Os sintomas surgem sem aviso e duram geralmente entre alguns minutos a uma hora.
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Ansiedade
▪ Como lidar com uma crise de ansiedade?
1. Apesar das suas sensações e sintomas serem assustadores, não são perigosos.
4. Tentar não pensar em: “o que pode acontecer?”…”e se eu desmaiar?”… “e se eu perder o controlo?”.
5. Manter-se no presente; verifique o que realmente está a acontecer e não o que pode vir a acontecer.
6. Classificar o medo numa escala de 0 a 10; o medo só se mantém num nível elevado durante alguns segundos.
7.Concentrar-se numa tarefa muito simples, como contar de 100 para trás ou visualizar uma imagem de calma.
8. À medida que deixa de acrescentar pensamentos assustadores ao medo, este vai gradualmente desaparecendo.
9. Quando o medo surgir, manter a calma, dando-lhe tempo para que desapareça, sem fugir dele.
▪ Patologia do cérebro que afeta de forma grave a capacidade de pensar da pessoa, a sua vida
emocional e o seu comportamento em geral.
▪ Provoca uma série de sintomas, conhecidos como “sintomas psicóticos”. Na lista incluem-se:
▪ sintomas positivos - alucinações; delírios ; défices cognitivos.
▪ sintomas negativos - dessubstancialização da personalidade; insuficiência social e
dificuldade de integração social.
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Esquizofrenia
▪ Tipo Paranóide
Um tipo de esquizofrenia no qual os critérios a seguir são preenchidos:
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Esquizofrenia
▪ Tipo Desorganizado
Um tipo de Esquizofrenia no qual os critérios a seguir são preenchidos:
(1)fala desorganizada
(2) comportamento desorganizado
(3) afeto embotado ou inapropriado
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Esquizofrenia
▪ Tipo Catatónico
Um tipo de Esquizofrenia no qual o quadro clínico é dominado por pelo menos dois dos seguintes:
(1) imobilidade motora, conforme evidenciada por catalepsia (incluindo flexibilidade cérea) ou estupor;
(2) agitação extrema (atividade motora excessiva aparentemente sem propósito e não influenciada
por estímulos externos);
(3) negativismo extremo (resistência aparentemente imotivada a todas as instruções ou manutenção
de uma postura rígida contra tentativas de ser movido), ou mutismo;
(4) peculiaridades de movimento voluntário conforme evidenciadas por posturas inadequadas
(assumir voluntariamente posturas inapropriadas ou bizarras) movimentos estereotipados,
maneirismos predominantes ou esgares proeminentes;
(5) ecolalia ou ecopraxia.
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Esquizofrenia
▪ Tipo Indiferenciado
Um tipo de esquizofrenia no qual sintomas que satisfazem o critério A estão presentes, mas os critérios
não são satisfeitos para os tipos Paranóide, Catatônico Desorganizado.
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Esquizofrenia
▪ A esquizofrenia tem um grande impacto na vida das pessoas, uma vez que pode
afetar de forma profunda o seu estilo de vida e a sua imagem social.
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Esquizofrenia
https://www.youtube.com/watch?v=b84DbNHcoI4
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Perturbações da Personalidade
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Perturbações da Personalidade
▪ As perturbações do Eixo II são designadas como uma anomalia no
desenvolvimento psíquico, traduzindo-se assim numa desarmonia no que
respeita à afetividade, organização, integração da vida afetivo-emocional e
excitabilidade assim como a integração deficitária dos impulsos, das atitudes e
condutas.
▪ Entende-se por PP “um padrão estável de experiência interna e
comportamento que se afasta marcadamente do esperado para o individuo
numa dada cultura, é global e inflexível, tem início na adolescência ou no início
da idade adulta, é estável ao longo do tempo e origina sofrimento, ou
incapacidade.”
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Perturbações da Personalidade
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Perturbações da Personalidade
Existem diversas perturbações da personalidade, que podem ser reunidas em três grupos
distintos, com base em semelhanças descritivas.
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Tipos de Perturbações da Personalidade
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Tipos de Perturbações da Personalidade
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Perturbação Bipolar
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Perturbação Bipolar
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Perturbação Bipolar
▪ Os fatores ambientais também têm uma grande
influência: stress extremo, distúrbios de sono, drogas e álcool podem
desencadear episódios em pacientes mais vulneráveis.
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Comportamentos Aditivos
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Comportamentos Aditivos
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Comportamentos Aditivos
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Comportamentos Aditivos
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Comportamentos Aditivos
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Comportamentos Aditivos
Sintomas dos Comportamentos Aditivos (Griffiths, 1998)
▪ Conflito – Entre o sujeito e as pessoas que se encontram ao seu redor; conflito com
outras atividades que o sujeito deveria realizar e conflito intraindividual.
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Comportamentos Aditivos
Sintomas dos Comportamentos Aditivos (Griffiths, 1998)
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Comportamentos Aditivos
▪ Adições Químicas VS. Comportamentais
A principal caraterística das adições comportamentais é a incapacidade de resistir ao
impulso, tentação ou vontade de ter um comportamento que acarreta consequências
negativas para o próprio ou para os demais (Grant, 2010).
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Comportamentos Aditivos
▪ Relação entre Perturbação Psiquiátrica e Comportamento Aditivo -
Duplos Diagnósticos e Co-morbilidades Psicológicas
Co morbilidade
▪ Perturbações ligadas ao uso de substâncias com sintomas graves induzidos
por substâncias (p.ex. alucinações, depressão decorrente do uso ou d
abstinência).
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Comportamentos Aditivos
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Demência
▪ É comum as pessoas com demência perderem a sua autonomia, uma vez que
podem ter dificuldade em realizar tarefas simples, como alimentar-se, vestir-se ou
cuidar da higiene pessoal.
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Demência
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Sinais
* Perda de interesse ou abandono do convívio com as pessoas habituais;
* Sensação de estar desligado de si próprio e dos que os rodeiam; uma sensação de irrealidade;
▪ A 1ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DMS) foi publicada pela
Associação Psiquiátrica Americana (APA) em 1953. O DMS-I consistia numa lista de diagnósticos
categorizados, com um glossário que trazia a descrição clínica de cada categoria diagnóstica
▪ O DMS-II foi publicado em 1968 e era bastante similar ao DMS-I, trazendo discretas alterações na
terminologia.
▪ Em 1980, a APA publicou a 3ª edição, que apresentou um enfoque mais descritivo, com critérios explícitos
de diagnóstico organizados em um sistema multiaxial, com o objetivo de oferecer ferramentas para
clínicos e pesquisadores, além de facilitar a coleta de dados estatísticos.
▪ Uma revisão dessa edição foi publicada em 2000 como DMS-IV-TR e foi formalmente utilizada até o início
de 2013.
▪ A CID 10 fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais,
sintomas, aspetos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou
doenças.
▪ A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual corresponde um código CID 10.
Capítulo Código
V F00-F99 Transtornos mentais e comportamentais.
VI G00-G99 Doenças do sistema nervoso.
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Avaliação e Intervenção: Noções Base.
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Desmistificar os mitos
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Desmistificar os mitos
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Desmistificar os mitos
8. Os problemas de saúde mental são causados pela pessoa que deles padece.
genética.
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Desmistificar os mitos
10. Uma psicoterapia leva uma eternidade e foca sempre problemas de infância.
normais.
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Obrigada pela vossa atenção!
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