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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - IFSC

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

LEONARDO FORTKAMP ALMEIDA

MARIA EDUARDA SILVA DE MACEDO

Câmbio de velocidade continuamente variável para bicicletas

LAGES, 2019
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LEONARDO FORTKAMP ALMEIDA


MARIA EDUARDA SILVA DE MACEDO

Câmbio de velocidade continuamente variável para bicicletas

Relatório técnico apresentado para a disciplina de


Projeto Integrador I do curso de Engenharia Mecânica.

Prof. Rafael Santiago Floriani Pereira

LAGES, 2019
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RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo de desenvolvimento de produto para um


sistema de câmbio de bicicletas, usando o princípio de velocidade continuamente variável,
também conhecido como câmbio CVT, popular em carros e algumas motocicletas. Essa ideia
surgiu ao se observar as dificuldades que ciclistas iniciantes tem de usar de forma correta o
câmbio tradicional, composto por coroa, cassete, corrente e passadores. No sistema CVT
proposto nesse relatório, a mudança de marcha pode ser efetuada mesmo durante uma
subida, sem necessidade de habilidade do ciclista. Tem manutenção mais simples e não
ocorre a situação de queda de correia como no sistema de câmbio comum.

Palavras-chave: Bicicleta. Câmbio. CVT. Ciclista.


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Sumário

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................6
2.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................6
2.1.1 Objetivos específicos.................................................................................................6
2.2 PROJETO INFORMACIONAL.......................................................................................6
2.2.1 Escopo do produto.....................................................................................................6
2.2.2 Ciclo de vida do produto............................................................................................7
2.2.3 Necessidade dos clientes............................................................................................7
2.2.4 Requisitos dos Clientes..............................................................................................8
2.2.5 Requisitos do produto................................................................................................8
2.2.6 Especificações-meta...................................................................................................8
2.2.7 Informações adicionais qualitativas.........................................................................10
2.3 PROJETO CONCEITUAL.............................................................................................10
2.3.1 Estrutura funcional...................................................................................................10
2.3.2 Princípios de solução...............................................................................................10
2.3.3 Soluções para o produto...........................................................................................10
2.3.4 Arquitetura...............................................................................................................12
2.3.5 Módulos...................................................................................................................13
3 CONCLUSÃO SOBRE O PRODUTO..............................................................................14
REFERÊNCIAS......................................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO

Em 1855, o ferreiro francês especialista em carruagens, Pierre Michaux, inventou o


pedal. Este foi instalado num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira. Chamado de
velocípede, é considerado a primeira bicicleta moderna. A primeira bicicleta a possuir um
sistema com corrente ligada às rodas foi projetada por H.J.Lawson, no ano de 1874. Seu
terceiro modelo, a “Bicyclette”, foi desenhado em 1879. Esta bicicleta já possuía maior
estabilidade e segurança.
Na década de 1880, o inventor inglês John Kemp Starley projetou uma bicicleta semelhante
as atuais. Possuía guidão, rodas de borracha, quadro, pedais e correntes.
A bicicleta evoluiu muito nos últimos anos, e sistemas de câmbio cada vez mais
práticos e eficientes foram inventados. Ainda assim, os sistemas de câmbio atuais são poucos
intuitivos para quem não tem a prática de usá-los.

Observando aí uma necessidade nesse setor, a proposta desse relatório é descrever a


ideia de um câmbio para bicicletas que utiliza o conceito de velocidade continuamente
variada, popular CVT usado em alguns carros. Esse sistema será composto por passador, duas
polias, correia e um sistema de molas.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 OBJETIVO GERAL

 Desenvolver um projeto informacional e conceitual de um câmbio de velocidade


continuamente variável para bicicletas.

2.1.1 Objetivos específicos

 Expor brevemente a história da bicicleta


 Mostrar o conceito de câmbio CVT
 Explorar a ideia do câmbio CVT para bicicleta

2.2 PROJETO INFORMACIONAL


2.2.1 Escopo do produto

O Câmbio CVT, adaptado para bicicletas, consiste em utilizar o conceito de câmbio


com transmissão continuamente variável para construção de um sistema compacto, menor e
mais leve, que substitua o câmbio atual usado na maioria das bicicletas, visando facilitar a
troca de marchas.
A transmissão continuamente variável, do inglês continuously variable transmission
(CVT) é sistema de transmissão de potência que tem como principal característica a variação
sem descontinuidade, comum em outros sistemas de câmbio. Assim esse sistema não possui
solavancos, como os tradicionais sistemas de câmbio de bicicleta.
Essa configuração tem infinitas relações de velocidade dentro de um intervalo pré-
definido pelas dimensões/especificações de projeto. Diferente dos sistemas atuais das
bicicletas, que comumente tem 10, 18, 20, 24, 27, marchas.
Nesse projeto será usado o conceito de CVT de polias móveis, ou ainda, polias de
diâmetro variável, que tem construção bastante simples e é composto por duas polias, a
movida e a motora. A polia motora é aquela que recebe a potência aplicada nos pedais pelo
ciclista e transmite para a polia movida por meio de uma correia em formato de V, e a
movida, por sua vez, transmite o movimento recebido ao eixo da roda traseira.
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A polia tem formato cônico com uma angulação de 20° e a variação de relação de dá
pelo raio de contato das polias com a correia. Esse conceito é exemplificado pela Figura 1.

Figura 1- Sistema de polias

A mudança de raio nas polias se dá de forma sincronizada, para que a correia não
perca sua tensão e possa deslizar sobre as polias
O sistema frontal de polias recebe o comando do atuador acionado pelo ciclista, esse
comando irá fazer o conjunto abrir ou fechar, variando assim o diâmetro de contato da
correia com a polia, o conjunto traseiro atua de forma automática por ação de uma mola
para manter a tensão da correia. Dessa forma é possível obter a variação de relação de
marchas.
O ciclista irá atuar na troca de marchas através de um trocador rotativo que aciona
um pistão hidráulico que move a parte interna da polia frontal. Com esse sistema hidráulico
o ciclista necessita pouca força para realizar a mudança na relação das marchas.

2.2.2 Ciclo de vida do produto


Devido à baixa complexidade dos componentes e a necessidade de pouca
manutenção, é esperado que o sistema tenha duração de mais de 32.000 Km, quando já não
será mais possível efetuar a troca de seus módulos devido ao desgaste exagerado dos pontos
de conexão. As polias têm vida estimada de 12.000 Km, já a correia tem vida útil estimada de
6.000 Km.

2.2.3 Necessidade dos clientes


 Equipamento seguro;
 Fácil de usar;
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 Manual de instruções;
 Manutenção Simples;
 Robusto;
 Preço popular;
 Compatibilidade;
 Durabilidade;
 Peças de substituição;
 Leveza;
 Pequeno;
 Bonito;
 Resistente a impacto.

2.2.4 Requisitos dos Clientes


 Facilidade de uso;
 Modularidade;
 Compatibilidade;
 Durabilidade;
 Resistência.

2.2.5 Requisitos do produto


 Material leve e anticorrosivo;
 Compatível com bicicletas de mercado;
 Compatível com correias de mercado;
 Sistema hidráulico com óleo mineral.

2.2.6 Especificações-meta
 Desenvolver um sistema com menos de 1300g;
 Com vida útil acima de 25.000 Km;
 Com medidas de correia padrão de mercado;
 Relação de velocidade entre 0,4 e 2;
 Força a ser aplicada no atuador pelo ciclista menor que 50N.
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Com as informações levantadas foi montada a matriz de qualidade.

Figura 2- Matriz da qualidade


A partir da matriz da qualidade chegou-se à conclusão de que o item mais importante
no desenvolvimento desse projeto é o material, que influi diretamente no peso, dimensões e
durabilidade do produto. Após análise o material escolhido para desenvolvimento do projeto
foi o aço e alumínio. Em segundo lugar temos o tipo do trocador, que deve ser de
funcionamento intuitivo e fácil de usar.
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Em relação a concorrência observamos que nosso produto tem bom desempenho,


principalmente pela durabilidade e facilidade no uso.

2.2.7 Informações adicionais qualitativas


O produto deve ser seguro, em caso de falha ou defeito não projetar peças
contra o ciclista e não travar o movimento da roda.

2.3 PROJETO CONCEITUAL


2.3.1 Estrutura funcional

O sistema de câmbio pode ser representado como uma função entrada vs. saída,
onde temos como entrada uma velocidade angular w1 e como saída uma velocidade angular
w2, sendo a relação w1/w2 definida pela variação no diâmetro efetivo das polias.

Figura 3- Função total


2.3.2 Princípios de solução
O objetivo de um sistema de câmbio é alterar a velocidade de entrada e saída de um
sistema. As formas possíveis de se realizar essa tarefa são, mecanicamente, usando
engrenagens de tamanhos diferentes conectadas entre si. Usando polias que variam seu
diâmetro. Usando sistemas eletrônicos motorizados que usam uma relação (equação) entre
rotação de entrada e saída.

2.3.3 Soluções para o produto


O sistema mais comum de câmbios é apresentado a seguir.
O sistema tradicional é composto por duas partes principais, o câmbio dianteiro e o
traseiro.
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O câmbio dianteiro consiste em uma haste de metal movida para esquerda ou para
direita que empurra a corrente para uma das três coroas existentes.

Foto 1 - Câmbio dianteiro


O Câmbio Traseiro consiste em um sistema em forma de paralelogramo preso a uma
mola e a um braço com mola, quanto maior a distância entre as coroas e os pinhões do
cassete, maior será o braço, uma vez que o sistema terá mais dentes nas engrenagens. A
função desse sistema é tencionar e alinhar a corrente para mover-se entre as engrenagens
do cassete.

Foto 2- Câmbio traseiro


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Foto 3- Câmbio, coroa e cassete.


2.3.4 Arquitetura

Nas figuras a seguir observamos a arquitetura do sistema proposto.

O sistema de polias, em vermelho, é representado nas duas configurações extremas,


totalmente fechado e totalmente aberto, juntamente com a posição respectiva da correia em
verde.

Figura 4- Vista frontal das polias e correia.

Na figura abaixo temos as dimensões padrão das correias disponíveis no mercado.


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Figura 5- Dimensões de correias padrão de mercado.

Na Figura 6 temos a visão do produto aplicado, em vermelho polias, verde a correia e


azul o passador de marcha.

Figura 6- Esquemático do sistema de câmbio aplicado em uma bicicleta - Vista lateral.

2.3.5 Módulos

O sistema terá como módulos: a correia, as polias e as molas. Com opções para
atender diferentes públicos, desde os que necessitam uma relação maior de velocidades, aos
debilitados que necessitam um sistema mais fácil de ser acionado.
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3 CONCLUSÃO SOBRE O PRODUTO

O produto tem capacidade de atingir uma grande parcela do mercado devido a sua
praticidade de uso e compatibilidade com vários modelos de bicicleta. Sua durabilidade e
fácil manutenção também são pontos de destaque.

3.1 CONCLUSÕES PESSOAIS

O produto é indicado para bicicletas de entrada e intermediárias, principalmente para


ciclistas iniciantes e que usam a bicicleta para a locomoção diária. Esse sistema ainda precisa
de muito desenvolvimento para ser competitivo frente a produtos concorrentes de marcas
consolidadas no mercado usados em bicicletas profissionais.
Este projeto mostrou as diversas etapas necessárias a se percorrer no desenvolvimento de
um produto, sendo de grande valia para nossa formação como engenheiros.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10719: apresentação de


relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9 p.

https://vizionbikes.wordpress.com/2014/06/17/a-historia-do-cambio-de-bicicleta-parte-ii/

https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-primeiro-cambio-cvt-de-producao-era-um-
negocio-bem-maluco/

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