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Instalações,
Equipamentos e
Ferramentas
UFCD1527: Instalações, Equipamentos e Ferramentas
Detalhe da UFCD:
Objetivos
Conteúdos
Detalhe da UFCD:__________________________________________________________________________________________________________ 1
PRINCÍPIOS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS______________________________________________________________________________________4
UNIDADES DE PRESSÃO______________________________________________________________________________________________________5
LEIS DE PASCAL____________________________________________________________________________________________________________ 6
LEIS DOS GASES PERFEITOS___________________________________________________________________________________________________7
Lei de Boyle_______________________________________________________________________________________________________________7
Lei de Charles______________________________________________________________________________________________________________7
Lei de Gay-Lussac___________________________________________________________________________________________________________9
Lei de Boyle-Mariot_________________________________________________________________________________________________________9
PRODUÇÃO DE AR COMPRIMIDO_____________________________________________________________________________________________12
COMPRESSORES ALTERNATIVOS______________________________________________________________________________________________14
COMPRESSORES ROTATIVOS_________________________________________________________________________________________________18
Compressores de Parafuso:__________________________________________________________________________________________________20
CONTROLO DE COMPRESSORES______________________________________________________________________________________________23
Controlo On/Of___________________________________________________________________________________________________________25
UNIDADES DE CONDICIONAMENTO DO AR_____________________________________________________________________________________32
FILTROS DE AR____________________________________________________________________________________________________________36
LUBRIFICADORES__________________________________________________________________________________________________________36
SISTEMA DE TUBAGENS_____________________________________________________________________________________________________38
Presentemente a maior parte dos processo industriais de manufacturação recorrem ao ar comprimido por forma a levar a cabo sequências automatizadas
de produção.
•O estudo do comportamento, assim como da aplicação do ar comprimido para a transmissão de energia, é conduzido por um ramo da mecânica
designado por pneumática.
A razão subjacente à utilização de ar comprimido é a de efectuar trabalho.
A realização de trabalho requer a aplicação de energia cinética a um objecto do que resulta o seu deslocamento.
No caso concreto de um sistema pneumático, a energia é armazenada num estado de potencial sobre a forma de ar comprimido.
O primeiro compressor que pode ser considerado o precursor dos modernos compressores foi desenvolvido apenas no século XVIII pelo Inglês John
Wilkinson.
Presentemente, e com a introdução dos sistems de actuação pneumáticos, a indústria beneficia de uma estratégia pouco onerosa
para a automatização de processos.
•Disponibilidade do ar.
•Baixo índice de poluição.
•Compressibilidade do ar.
•Fácil transporte (tubagens ou contentores).
•Utilização em meios com risco de incêndio ou explosão.
Desvantagens: o custo por metro cúbico de ar comprimido é relativamente elevado visto que, uma parte substancial da energia consumida no processo
de compressão, é perdida sobre a forma de calor. (baixo rendimento)
O AR E A PRESSÃO ATMOSFÉRICA
O planeta Terra está rodeado de ar até uma altitude de aproximadamente 1600 km acima da sua superfície.
Esta camada de ar em torno do planeta é designado por atmosfera. A atmosfera é principalmente composta por:
nitrogénio (78%)
oxigénio (21%)
Devido ao peso da massa de ar que circunda o planeta, uma pressão é execida na sua superfície.
A esta força por unidade de área é dada o nome de pressão atmosférica
Foi primeiramente medida, recorrendo a uma coluna de mercúrio, por Torricelli no século XVII
A pressão atmosférica, ao nível normal das águas do mar, é de 760 mm de mercúrio, i.e. 760 mmHg
Presentemente, a unidade milímetro de mercúrio está obsoleta no que se refere à unidade de medida da pressão seja ela atmosférica ou de qualquer
outra natureza.
UNIDADES DE PRESSÃO
P=F/A
A unidade SI de pressão é N/m2 ou seja o pascal (Pa).
Apesar de grande parte dos países terem aderido ao sistema internacional de unidades, existe no entanto alguma inércia no que se refere a abandonar
outros sitemas de unidades obsoletos e muitas vezes imprecisos.
Para aplicações industriais, uma co-unidade de pressão é ainda aceite pelo SI e essa unidade é o bar.
Consideração a ter em conta quando e fala de pressão: Pressão Absoluta Vs. Pressão Relativa
A pressão absoluta é a pressão medida a partir do vácuo e a pressão relativa é a pressão medida acima da
pressão atmosférica.
LEIS DE PASCAL
As leis de Pascal relativas à pressão num fluído (tanto líquido como gasoso) podem ser sumariadas da seguinte forma:
•A pressão é a mesma em todas as direcções de um volume contido (negligenciando o peso do fluído)
•A pressão actua simultaneamente e igualmente em todas as direcções.
A pressão age sempre em ângulos rectos a qualquer superfície em contacto como fluído.
Lei de Boyle
O volume do gás varia de forma inversamente proporcional à pressão absoluta.
Lei de Charles
Lei de Gay-Lussac
A pressão absoluta do gás é directamente proporcional à temperatura absoluta.
Lei de Boyle-Mariot
Em aplicações práticas as três variáveis analisadas podem sofrer alterações simultaneamente
O requisito óbvio de um sistema de ar comprimido é o de que este seja capaz de fornecer o fluxo de ar necessário a uma dada pressão para a
operação de um conjunto de equipamentos consumidores.
No que se refere aos actuadores pneumáticos existentes estes são essecialmente de dois tipos:
cilíndros
•motores pneumáticos.
Os primeiros são usados para desenvolver trabalho no sentido axial (ou, indirectamente, no sentido semi-ângular) e os motores pneumáticos no sentido
ângular.
PRODUÇÃO DE AR COMPRIMIDO
Produção: Compressor
Condicionamento: Filtros, secadores, lubrificadores, refrigeradores COMPRESSORES
•Nos compressores de deslocamento positivo, a compressão do ar dá- se pela redução física do volume de uma massa constante de ar.
•Nos compressores dinâmicos o fenómeno de compressão é devido à transmissão de energia cinética ao ar acelarando-o
COMPRESSORES ALTERNATIVOS
Os compressores alternativos ou de vaivém consistem em um ou mais pistões que se movem no interior de um ou mais cilindros.
Os pistões estão mecanicamente ligados a uma cambota que, por sua vez, está adaptada a um motor eléctrico ou motor de combustão interna
Melhor Desempenho
O intercooler consiste num permutador de calor projectado para reduzir a temperatura do ar comprimido proveniente do
primeiro estágio
• Arrefecimento a Ar
• Arrefecimento a Água
Cilíndros são de acção simples: existe apenas uma sucção e uma compressão por ciclo para cada cilíndro.
Num compressor com cilíndros de dupla acção a compressão do ar toma lugar em ambos os lados do pistão implicando o dobro do
número de compressões por revolução.
COMPRESSORES ROTATIVOS
• A redução de volume não é conseguida por pistões mas pelo
movimento de rotação de um conjunto de peças móveis.
Os compressores de palhetas possuem um rotor cilíndrico colocado de forma excêntrica relativamente ao eixo de
outro cilindro dentro do qual roda.
O rotor possui entalhes radiais dentro
dos quais são transportadas palhetas móve
Compressores de Parafuso:
•O ar é aprisionado numa cavidade entre espirais adjacentes e obrigado a comprimir por redução do volume .
Quando se estabelece a capacidade de um compressor é necessário definir para que condições é que esse fluxo é válido.
A capacidade de um compressor é fornecida pelo fabricante em unidades normais ou f.a.d. (free air delivered)
Outro parâmetro adicional apresentado nos compressores excitados por motor eléctrico é a potência consumida.
Depende:
Da pressão de funcionamento dos actuadores
Dimensão da rede de tubagem
Do fluxo requerido
Do ciclo de trabalho
Possibilidade de expansão do circuito
Regra Empírica: somar os consumos médios de todas as máquinas existentes na planta e instalar um compressor com o dobro da capacidade de volume
de ar requerido.
CONTROLO DE COMPRESSORES
As características do ar comprimido debitado pelo compressor devem ser adaptadas aos requisitos dos dispositivos de actuação pneumática.
O factor de utilização pode não ser constante o que obriga a uma carga irregular aplicada ao compressor.
Sem uma estratégia de controlo o ar em excesso fornecido seria libertado para a atmosfera => perda de energia => gastos adicionais
Para cargas irregulares, é possível aplicar uma das seguintes estratégias de controlo:
• Controlo On/Off
• Controlo por Estrangulamento
• Controlo por Inibição da Compressão
• Controlo de Velocidade
Controlo On/Off
Por forma a minimizar o desgaste mecânico e eléctrico o número de arranques deve ser mantido inferior
Controlo da Compressão
Controlo de Velocidade
d2
Qs 4 l
Aesar da variação da velocidade do motor oder ser um método muito eficiente ara alguns tios de comressores, é
tecnológicamente comlexa e cara do onto de vista económico.
ACUMULADORES
Para instalações fornecidas por compressores alternativos, o volume pulsado de ar comprimido gerado é uniformizado pelo tanque de ar.
Uniformização da pressão é fundamental para a operação dos actuadores
•Pelo facto do acumulador poder manter a pressão no interior do circuito nos intervalos de tempo de vazio de carga permite uma actuação mais
espaçada do compressor.
•Nos períodos em que não existem solicitações o compressor pode ser mantido em repouso.
A capacidade de retenção de água pelo ar atmosférico aumenta com a temperatura e diminui com a pressão.
• A humidade resultante da condensação, se não for removida, acumula-se nas diversas partes do sistema de distribuição.
• Com a adição de um acumulador ao circuito pneumático, a condensação gerada pela compressão do ar a jusante do reservatório é reduzida.
• O ar perde grande parte da sua temperatura enquanto armazenado.
ESTRUTURA FÌSICA
Página 28 de 185 Luis Lopes
UFCD1527: Instalações, Equipamentos e Ferramentas
Em termos de concepção, um acumulador é essencialmente um reservatório no qual a ar é mantido sobre pressão.
DIMENSIONAMENTO DE UM ACUMULADOR
UNIDADES DE CONDICIONAMENTO DO AR
• Refrigeradores
• Secadores
• Reguladores
• Lubrificadores
• Filtros de Ar REFRIGERADORES (aftercooler)
É um dispositivo colocado entre o compressor e o acumulador com o objectivo de remover a humidade do ar comprimido.
Permutador de calor capaz de reduzir a temperatura do ar debitado pelo compressor provocando assim a condensação da humidade no ar.
Normal em sistemas de grande porte. Em sistemas de pequeno porte o acumulador e as tubagens encarregam-se desta tarefa
SECADORES
Secadores:
Refrigeração
Absorção
Adsorção
• Estabelecer o menor valor de pressão para o qual o equipamento opera de forma satisfatória
• O consumo de ar é minimizado e o desempenho do sistema completo de ar comprimido aumenta
FILTROS DE AR
Dois tipos de filtros de ar:
Um montado a montante do compressor
Outro(s) a jusante
O filtro de ar a montante possui como principal função a retenção de partículas em suspensão no ar.
As impurezas transportadas pelo ar sugado contribuiriam para um maior desgaste da máquina
LUBRIFICADORES
O ar depois de filtrado e regulado deve ser lubrificado
SISTEMA DE TUBAGENS
O transporte do ar comprimido, desde o ponto de produção até ao ponto de consumo, é realizado por uma rede de tubagens.
O seu correcto dimensionamento é um factor primordial por forma a serem garantidas as condições correctas de funcionamento
O comprimento total do tubo, assim como o número de curvas, deve ser minimizado
Uma das topologias normalmente usadas nas redes de distribuição de ar comprimido é a estrutura em anel.
As tubagens principais devem ser montadas com um gradiente de 1 a 2% na direcção do fluxo do ar
As tomadas de ar são efectuadas pela parte superior do tubo.
Queda de Pressão
A queda de pressão num circuito pneumático é devida aos fenómenos de fricção e depende:
• do diâmetro e comprimento efectivo das condutas
• do fluxo de ar
P 800 l 2 ar @ f .a.d .
R Pressão Absoluta de Saída
comp
Rcomp
d
5.3 Pressão Absoluta de Entrada
Comprimento em metros, fluxo de ar em l/s e diâmetro em mm
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTAS
Quando se determina o diâmetro do sistema de tubagens deve ter-se sempre presente a
possibilidade de expansão futura do sistema
A velocidade máxima do ar na conduta principal deve ser majorada a 9 m/s (tipicamente 6m/s)
4 ar
d
vmax
Rcom
Diâmetro Nominal / mm
15 20 25 32 40 50 65 80 100 125 150 200
VÁLVULAS PNEUMÁTICAS
CONTROLO DA DIRECÇÂO
As válvulas de controlo de direcção podem ser catalogas segundo o número de estados e o
número de portas I/O (orifícios)
2 ou 3 estados
2 a 5 portas
Uma válvula com dois estados e três aberturas é designada por válvula 3/2
As válvulas são constituídas por uma sede metálica (ou de material sintético) no interior do qual
existe um mecanismo que se encarrega de todos os desvios de fluxo de ar.
Regulaç
ão da
velocid
ade em
actuado
res
pneumá
ticos
CILÍNDROS PNEUMÁTICOS
Contusões
As contusões são lesões produzidas por golpes ou impactos, sem causar dilaceração ou ruptura
da pele. Essa ocorrência é mais grave quanto maior for a velocidade de impacto e o peso do
agente que a provoca. Utilize bolsas de gelo ou compressas de água gelada na região afetada e
estimule o repouso da área nas primeiras 24 horas.
Observe se a mancha, que inicialmente é arroxeada, vai se tornando azulada ou esverdeada e,
por fim, amarelada. Essa modificação é sinal de recuperação. Vale lembrar que,
independentemente da lesão, caso você perceba algum sinal de gravidade, procurar por ajuda
médica é imprescindível.
Neste conteúdo, você descobriu os riscos do ar comprimido e como é possível utilizá-lo de
forma correta. Esse material auxilia as atividades industriais de diversas maneiras, seja como
fonte de energia ou alimentando dispositivos pneumáticos. Com isso, você reduz os custos com
eletricidade e adota uma opção mais sustentável em sua gestão.
Como um técnico ou engenheiro de segurança do trabalho que deseja evitar acidentes na
empresa, você precisa conscientizar os funcionários e mostrar que todos são essenciais para o
sucesso do negócio. A análise do ambiente do trabalho e a identificação dos possíveis perigos
não pode falhar também.
Realize treinamentos para preparar os colaboradores. Além disso, o uso de EPIs de qualidade é
indispensável. Portanto, faça uma pesquisa de mercado e encontre um fornecedor de EPIs
adequados às exigências do trabalho industrial que seja habilitado.
O Sistema de Energia El´etrica
Conceito Geral
O Sistema de Energia El´etrica (SEE) ´e um sistema bastante complexo,
concebido com a fun¸c˜ao principal de entregar energia el´etrica aos
consumidores. A energia el´etrica ´e produzida1 em centrais el´etricas, as
quais, normalmente, se situam em locais afastados dos pontos de consumo.
Por isso, ´e necess´ario transportar a energia, desde os locais onde ela ´e
produzida, at´e aos locais onde ela ´e consumida. O transporte de energia
el´etrica necessita de uma infraestrutura f´ısica2 , constitu´ıda por linhas a
´ereas ou cabos subterrˆaneos. Esta infraestrutura f´ısica compreende ainda a
existˆencia de equipamentos destinados a criar as condi¸c˜oes para que a
transmiss˜ao se fa¸ca com perdas reduzidas – os transformadores. Finalmente, a
energia el´etrica ´e entregue aos clientes, com a qualidade adequada.
Grandezas fundamentais
Para observar, estudar e compreender o funcionamento do SEE, usam-se duas
grandezas fundamentais: a corrente3 e a tens˜ao. A corrente el´etrica ´e um
fluxo organizado de eletr˜oes num material, em geral, um metal. Nos metais, h´a
eletr˜oes que podem libertar-se da estrutura da nuvem eletr´onica e mover-se
livremente atrav´es do material, originando, assim, uma corrente el´etrica. Para
manter a corrente de eletr˜oes, ´e preciso fornecer energia, uma vez que os eletr˜oes
a v˜ao perdendo, nas colis˜oes com a estrutura do material. E´ por
1
Na verdade, a energia el´etrica n˜ao ´e produzida, mas sim transformada a partir de energia j
´a exis- tente noutras formas. Por facilidade de linguagem, usaremos a palavra “produ¸c˜ao” (e
“consumo”), tendo presente que nos estamos a referir a` palavra “transforma¸c˜ao”.
2
Existem formas de transmitir energia el´etrica sem fios, usando tecnologias avan¸cadas, tais como a
indu¸c˜ao direta ou a indu¸c˜ao magn´etica ressonante. No entanto, n˜ao existem ainda aplica¸c˜oes
comerciais destas tecnologias para potˆencias elevadas, principalmente devido ao seu baixo rendimento –
apenas uma pequena parte da energia transmitida ´e recebida pelo recetor.
3
O nome correto ´e “intensidade de corrente”, mas por facilidade de linguagem usaremos apenas a
palavra “corrente”.
O Sistema de Energia El
´etrica
esta raz˜ao que os fios condutores aquecem quando s˜ao percorridos por correntes
el´etricas. A tens˜ao pode ser entendida como uma medida da energia que ´e
necess´ario fornecer para manter a corrente. Existe ainda uma terceira grandeza,
chamada potˆencia, que envolve o produto da tens˜ao pela corrente.
Para representar a tens˜ao usam-se, normalmente, as letras V ou U , sendo o
Volt (V) a unidade do Sistema Internacional (SI) em que se mede a tens˜ao.
Quanto `a corrente, ela representa-se pela letra I e mede-se em Amp`ere (A). A
potˆencia mede-se em Volt-Amp`ere (VA)4 e representa-se pela letra S.
1.1.1 Requisitos
O funcionamento do SEE ´e bastante complexo, por diversas raz˜oes, a principal das quais
´e a necessidade de obedecer a uma condi¸c˜ao essencial: a produ¸c˜ao de energia
el´etrica tem de igualar, em cada instante, exatamente o consumo verificado
nesse instante, adicionado das perdas observadas na transmiss˜ao da energia el
´etrica. A satisfa¸c˜ao desta condi¸c˜ao ´e essencial, uma vez que as caracter
´ısticas da energia el´etrica n˜ao a tornam adequada a ser armazenada.
Na verdade, a energia el´etrica pode ser armazenada, utilizando, para o
efeito, as conhe- cidas baterias. No entanto, a quantidade de energia el
´etrica que ´e poss´ıvel armazenar em baterias ´e m´ınima, quando comparada
com os movimentos de energia associados `a satisfa¸c˜ao do consumo de um
pa´ıs. N˜ao sendo poss´ıvel armazenar energia na sua forma el´etrica, a
condi¸c˜ao referida tem de ser assegurada em cada instante.
Apesar de se usarem t´ecnicas avan¸cadas de previs˜ao dos consumos, ´e
evidente que a sua efic´acia n˜ao pode ser total, pelo que a utiliza¸c˜ao de
sofisticados sistemas de controlo ´e essencial, n˜ao s´o para regular a energia
fornecida pelas centrais el´etricas com essa capaci- dade, como tamb´em para
gerir o trˆansito de energia nas interliga¸c˜oes el´etricas que unem Portugal e
Espanha.
Al´em deste requisito fundamental, que envolve a opera¸c˜ao de todo o SEE,
existem ainda outros requisitos de segunda ordem, mas tamb´em importantes:
• A energia el´etrica deve ser fornecida em qualquer local onde seja solicitada.
• A energia el´etrica deve obedecer a crit´erios de qualidade: frequˆencia
constante, tens˜ao controlada, forma de onda sinusoidal, fiabilidade elevada5 .
• Os custos de produ¸c˜ao devem ser minimizados.
• O impacte ambiental deve ser contido.
O Sistema de Energia El
´etrica
4
Os mu´ltiplos das unidades s˜ao: kilo (k) = 103 ; Mega (M) = 106 ; Giga (G) = 109 ; Tera (T) =
1012 , e os submu´ltiplos s˜ao: mili (m) = 10−3 ; micro (µ) = 10−6 ; nano (n) = 10−9 ; pico (p) = 10−12 .
5
Veremos, mais tarde, o significado destes conceitos.
Figura 1.1: Estrutura do Sistema de Energia El´etrica (SEE); Fonte: J.P. Sucena Paiva, Redes de
Energia El´etrica: Uma An´alise Sist´emica, IST Press, 2007.
Op¸co˜es B´asicas
1 = 50 Hz (1.1)
T = 20 × 10−3 s → f =
T
A frequˆencia ser 50 Hz significa que a forma de onda se repete 50 vezes num segundo.
7
Em algumas partes do mundo, como no continente americano e em parte da A´ sia, usa-se 60 Hz,
como se ver´a mais `a frente.
8
AC – Alternating current.
9
DC – Direct current.
4
Tensão e 4
0 corrente 0
3
0 3
0 0
2
0 2
0 0
1
0 1
0 0
00 0 V
0 5 1 1 2 2 3 3 4
- 0 5 0 5 0 5 0-
10 I
1
-
0 -0
20 2
-
0 -
0
30 3
-
0 Temp -0
40 4
o
0 0
(ms)
Imax √
= 2Ief (1.3)
Corrente (A)
Tensão (V)
ao mesmo tempo. A corrente pode estar atrasada em rela¸c˜ao `a tens˜ao,
isto ´e, atinge o valor m´aximo depois de a tens˜ao o ter atingido, ou pode dar-
se a situa¸c˜ao contr´aria. Na Figura1.3representa-se o caso em que a corrente est
´a atrasada em rela¸c˜ao `a tens˜ao.
40
Tensão e 4
0 corrente 0
30 3
0 0
20 2
0 0
10 1
0 0
0 0 V
0 5 1 1 2 2 3 3 4
- 0 5 0 5 0 5 0-
I
10 1
0
- -
0
20 2
0
- -
0
30 3
0
- -
0
Temp
Corrente (A)
Tensão (V)
40 4
0
o (ms)
0
Figura 1.3: Exemplo da corrente atrasada em relac¸a˜o a` tensa˜o num circuito de corrente alternada.
Em face do exposto, pode concluir-se que a tens˜ao e a corrente podem expressar-se ma-
tematicamente atrav´es de:
√
v(t) = √ 2Vef sin (314t) V
i(t) = 2Ief sin (314t − φ) A
(1.4)
O ˆangulo que se representa pela letra grega “fi” (φ) ´e o ˆangulo de desfasagem
entre a tens˜ao e a corrente. O cosseno deste ˆangulo tem um papel
importante nos SEE: ao cosseno do ˆangulo φ d´a-se o nome de fator de
potˆencia.
Para obter a potˆencia, o ponto de partida ´e o produto da tens˜ao pela corrente. A
potˆencia
´e, na realidade, representada atrav´es de um nu´mero complexo, da´ı tomar
o nome de potˆencia complexa. A parte real deste nu´mero complexo chama-se
potˆencia ativa, mede- se em Watt (W) e representa-se pela letra P ; a parte
imagin´aria ´e a potˆencia reativa, que se mede em volt-amp`ere-reativo (var)
e se representa pela letra Q. Podemos ent˜ao escrever que:
S = P + jQ (1.5)
E´ poss´ıvel demonstrar que:
1.2.250 Hz / 60 Hz
√
Vc = 3V (1.7)
Organiza¸c˜ao
Centrais t´ermicas
Centrais h´ıdricas
Nas centrais h´ıdricas aproveita-se o desn´ıvel existente entre dois pontos do leito
de um rio e o caudal de ´agua, isto ´e, o volume de ´agua que atravessa
uma determinada ´area, na unidade de tempo, para empurrar as p´as de uma
turbina hidr´aulica e obter, depois, energia el´etrica atrav´es de um gerador el
´etrico12 montado no mesmo veio da turbina (ver Figura1.6).
Centrais e´olicas
Figura 1.8: Gerador e´olico offshore em Portugal – projeto WindFloat; Fonte: EDP.
Centrais fotovoltaicas
Centrais de cogera¸c˜ao
Distribui¸c˜ao
A atividade de distribui¸c˜ao de energia ´e exercida no modo de concess˜ao
exclusiva e em regime de servi¸co pu´blico. O concession´ario da Rede
1.3.1 Consumo
16
A palavra “carga” ´e muitas vezes usada como “potˆencia de consumo”
O •comportamento do SEE em regime transit´orio, isto ´e, na sequˆencia de perturba-
¸c˜oes, como sejam, por exemplo, curto-circuitos, manobras de ´org˜aos de prote¸c˜ao, descargas el´etricas.
As• m´aquinas el´etricas, tais como, os transformadores, os geradores, que equipam as centrais produtoras, e os motores,
presentes nas instala¸c˜oes de utiliza¸c˜ao da energia el´etrica, e os aspetos relacionados com o seu comando e regula¸c˜ao.
Os• modernos conversores eletr´onicos de potˆencia, que fazem a interface entre os equipamentos e o SEE, melhorando
os rendimentos e otimizando a explora¸c˜ao dos mesmos.
Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
1
Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
2
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Eletrofisiologia
O tecido animal eé constituıédo por ceé lulas que se encontram imersas no lıéquido intersticial, separadas do
Eletrofisiologia
Alguns tipos de ceé lulas sujeitas aà açaã o de um dado estıémulo (de natureza eleé trica, teé rmica, mecaâ nica ou
4
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Eletrofisiologia
O estıémulo excita a ceé lula somente se existir uma intensidade suficiente em relaçaã o aà sua
duraçaã o.
5
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Electrofisiologia
Estas consideraçoã es tambeé m saã o vaé lidas para o mué sculo cardıéaco, pois o coraçaã o eé formado por um
Eletrofisiologia
A relaçaã o entre o impulso eleé trico caracterıéstico do ciclo cardıéaco e a sua difusaã o nas fibras musculares eé
representada na figura
seguinte, constituindo o
electrocardiograma.
7
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
A passagem da corrente eleé trica, atraveé s do corpo humano, pode determinar numerosas alteraçoã es e
lesoã es temporaé rias ou permanentes.
8
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
A corrente eleé trica pode determinar alteraçoã es permanentes no sistema cardiovascular, na atividade
cerebral e no sistema nervoso central.
9
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Limiar de perceçaã o
10
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Limiar de percepçaã o
O limiar de percepção ou valor mínimo da corrente sentida por uma pessoa atravessada pela mesma, depende de vários
parâmetros.
Entre eles destacam-se a superfície do corpo, as condições de contacto (superfície de contacto, pele seca ou
húmida, pressão, etc.) e as características fisiológicas do indivíduo.
11
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Limiar de percepçaã o
0,5 miliamperes
12
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
O valor mais elevado da corrente para a qual uma pessoa é ainda capaz de largar o objeto em tensão com que está
Este valor, variável de pessoa para pessoa, é menor para as mulheres e crianças e para indivíduos de baixo peso, os
quais são, em geral, mais sensíveis à corrente elétrica.
13
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Para a corrente alternada de frequência entre 15 e 100 Hz, esse limite é considerado pela CEI como sendo de 10
mA.
Em corrente contínua o limiar é mais elevado e impreciso, não sendo possível definir um limiar de não largar para
intensidades inferiores a aproximadamente 300 mA.
14
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Circulação mão-corpo-mão de uma corrente alternada
15
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Intensidades de corrente inferiores às acima indicadas para o limite de não largar produzem nas vítimas
16
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Por isso, é fundamental realizar no mais curto lapso de tempo (3 e 4 minutos no máximo) a respiração artificial, a
fim de evitar a asfixia da vítima ou, eventualmente, lesões irreversíveis no tecido cerebral.
17
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Fibrilaçaã o ventricular
Se à corrente elétrica fisiológica normal se sobrepuser uma corrente elétrica de origem externa muitíssimo
principalmente a nível
dos ventrículos.
18
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
À atividade elétrica normal corresponde o pulsar ritmado do músculo cardíaco; sob a ação da atividade elétrica
perturbadora as fibras passam a contrair-se de maneira desordenada, surgindo, então, o fenómeno de fibrilação
ventricular.
Este fenómeno constitui a principal causa da morte por ação da corrente elétrica.
19
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
20
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
A curva de Drinker
mostra-nos a
probabilidade
(expressa em
percentagem) de
reanimação em função
do atraso na primeira
intervenção do
socorrista
Curva de Drinker
21
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Valores elevados de intensidade de corrente não provocam geralmente fibrilação. Podem, contudo, determinar a
paragem do coração ou induzir alterações orgânicas permanentes no sistema cardiovascular.
22
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Queimaduras
23
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Queimaduras (continuação)
A gravidade das queimaduras elétricas está associada aos seguintes parâmetros físicos:
- tensão,
- intensidade de corrente e
- tempo de passagem da corrente.
24
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Queimaduras (continuação)
Deve notar-se que as queimaduras elétricas devidas a correntes de alta tensão são particularmente graves, pois,
para além das queimaduras nos pontos de contacto, podem surgir queimaduras profundas ao longo do trajeto da
corrente elétrica, ao nível das massas musculares, dos tendões, etc.
25
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Queimaduras (continuação)
- Queimaduras electrotérmicas
- Queimaduras por arco
- Queimaduras mistas
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AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
2
W = R.I .t
São muito mais vulgares do que as electrotérmicas e em tudo idênticas às queimaduras térmicas de qualquer
outra origem.
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AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Nos acidentes com correntes de alta tensão podem atingir uma parte importante da superfície cutânea e serem
agravadas pela combustão do vestuário.
Uma outra particularidade da queimadura por arco, quando esta surge ao nível dos olhos, é a possibilidade de
conjuntivites e de outras sequelas do aparelho visual.
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AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Queimaduras mistas
Em certos casos, o arco elétrico e a passagem da corrente associam-se para realizar quer queimadura superficiais,
devido ao arco, quer queimaduras profundas, devido à passagem da corrente.
Este tipo de queimaduras observa-se sobretudo na indústria e nos acidentes elétricos com alta
tensão.
30
AS CORRENTES ELEÉ TRICAS E O CORPO HUMANO
Queimaduras
Marca elétrica
A marca elétrica, pequena lesão (queimadura) arredondada ou ovalada, que parece incrustada na pele sã, reveste-se
de uma grande importância sob o ponto de vista médico-legal.
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Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
32
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Definiçaã o
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Definição
Pode definir-se risco de contacto com a corrente elétrica como a probabilidade de circulação de uma corrente elétrica
através do corpo humano.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Definição (continuação)
35
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Definição (continuação)
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
A eletrização abrange todos os acidentes elétricos resultantes de contactos com a corrente elétrica, quer
originem ou não acidentes mortais.
Contacto direto — contacto das pessoas com as partes ativas dos materiais e dos equipamentos.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Partes ativas — condutores ativos e peças condutoras de uma instalação elétrica suscetíveis de estarem em tensão em
serviço normal.
Condutores ativos — condutores afetos à transmissão de energia elétrica (inclui os condutores de fase e o neutro, no caso
da corrente alternada).
39
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Contacto indireto — contactos de pessoas com massas ou elementos condutores postos acidentalmente sob tensão.
Massa — todo o elemento metálico de um material elétrico suscetível de ser tocado e, normalmente, isolado das partes
ativas, mas podendo ser posto acidentalmente sob tensão.
40
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Elemento condutor — elemento metálico estranho à instalação elétrica suscetível de propagar um potencial.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Contacto bipolar
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
(raro)
Contacto bipolar
43
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
44
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Contacto unipolar
45
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
(muito frequente)
Contacto unipolar
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Para que haja eletrização, é necessário que seja estabelecida uma diferença de potencial entre dois pontos
distintos do organismo.
O que é perigoso não é tocar num condutor sob tensão, mas tocar ao mesmo tempo um outro objeto condutor
da eletricidade ou tornado condutor e levado a um potencial diferente por circunstâncias acidentais.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
W1 = U.I.t
Quando o corpo humano, condutor, é percorrido pela corrente I, durante o tempo t, a energia dissipada (por efeito
joule) no corpo humano é, conforme vimos:
2
W = R.I .t
48
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
À expressão de W
1 poderá, recorrendo à lei de Ohm (U = RI), ser dado o seguinte aspecto:
2
W = U.I.t = RI .t
1
49
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Esta última fórmula é válida somente em corrente contínua; se se abstrair o efeito capacitivo e indutivo do corpo
humano, ela manter-se-á válida para a corrente alternada.
Esta é a equação do risco elétrico para os acidentes em alta tensão em que a morte surge devido à extensão
das queimaduras.
50
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Em baixa tensão, a morte é, sobretudo, condicionada pela ação local da quantidade de eletricidade que atinge o coração.
Q = I .t
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Intensidade
52
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Intensidade
O ponto de partida da técnica de proteção das pessoas é a determinação do limiar do perigo para o organismo humano.
Considerar que é a intensidade que mata é desprezar outros fatores como por exemplo, o tempo de passagem da
corrente.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Intensidade (continuação)
No quadro seguinte reproduzem-se vários limiares, alguns dos quais já referidos anteriormente.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Intensidade (continuação)
I (A) Efeitos sobre o corpo humano
20 a 100 Fibrilação ventricular para Sinais elétricos aplicados diretamente ao
. 10 -6 nível do miocárdio ou do encéfalo e de f < 1000 Hz
Intensidade (continuação)
I (A) Efeitos sobre o corpo humano
8,8 . 10-3 Impossibilidade de autolibertação (não largar) para 0,5% dos
indivíduos (Dalziel)
10 . 10-3 Limiar de não largar definido pela CEI
15,5 . 10-3 Impossibilidade de autolibertação para 100% dos indivíduos
20 . 10-3 Possibilidade de asfixia se t> 3 minutos e se o trajeto da corrente atinge o
diafragma (ex.: contacto mão-mão)
25 . 10-3 Limite da categoria 1 de Koeppen (não há repercussão no ritmo cardíaco nem
sobre o sistema nervoso)
30 . 10-3 Possibilidade de fibrilação ventricular (probabilidade > 50% se t > 1,5 do ciclo
cardíaco)
Intensidade (continuação)
I (A) Efeitos sobre o corpo humano
70 . 10-3 Fibrilação ventricular para t ≥ 1 segundo (Koeppen)
80 . 10-3 Fibrilação ventricular quase certa se t ≥ 1 segundo
2a3 Inibição dos centros nervosos no ser humano
20 Queimaduras muito importantes, mutilações
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Zonas
tempo/intensidade de
corrente
dos efeitos fisiológicos da
corrente alternada sobre o
corpo humana
1 Habitualmente,
nenhuma reação;
2 Habitualmente,
nenhum efeito
fisiológico perigoso;
3 Habitualmente, nenhum
dano orgânico
(Tetanização);
4 Efeitos graves
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Verifica-se, em geral, que uma corrente de elevada frequência não passa pelo interior do corpo, pois devido ao
efeito pelicular tende a passar pela pele sem penetrar no corpo.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Corrente impulsiva
Convencionalmente, a corrente impulsiva é considerada como um conjunto de impulsos que flúem através do
O limiar da fibrilação ventricular depende do percurso e da forma da onda, do valor de pico e do instante em que o
impulso é aplicado.
60
RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
As diferentes partes do corpo humano apresentam uma certa impedância composta por elementos resistivos e
capacitivos.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
- do trajeto da corrente,
- da tensão de contacto,
- do tempo de passagem de corrente,
- da frequência,
- do estado de humidade da pele,
- da superfície de contacto,
- da pressão exercida
- e da temperatura.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Na prática, as medidas de proteção referem- se não à corrente resultante de um choque elétrico, pois tal corrente
não é diretamente mensurável, mas ao valor da tensão suscetível de provocar um choque elétrico, ou seja, ao valor
da tensão à qual se encontram submetidos dois pontos diferentes do corpo humano.
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
Esta diferença de potencial entre o ponto de entrada e o ponto de saída da corrente é a tensão de contacto U
C
Esta tenção produz no corpo humano a passagem de uma corrente cuja intensidade depende da resistência do
corpo.
O valor desta corrente deve ser compatível com as condições de segurança do gráfico “Zonas tempo/intensidade
de corrente”
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RISCO DE CONTACTO COM A CORRENTE ELEÉ TRICA
O valor da tensão de contacto correspondente ao limite superior (do ponto de vista dos contactos indiretos)
indefinidamente suportável pelo organismo sem gerar efeitos fisiopatológicos perigosos, é a tensão limite
convencional ou tensão de segurança.
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Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
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DISTRIBUIÇAÃ O DA ENERGIA ELEÉ TRICA
Distribuiçaã o atraveé s de um PT com secundaé rio do transformador ligado em estrela.
POSTO DE
TRANSF0RMACÃO
15 kV/400 V .
67
DISTRIBUIÇAÃ O DA ENERGIA ELEÉ TRICA
A situaçaã o do neutro em relaçaã o aà terra permite, tendo em conta a situaçaã o das massas da instalaçaã o, definir o
regime de neutro a utilizar na exploraçaã o da instalaçaã o eleé trica.
Sistema TT
Sistema TN
Sistema IT
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DISTRIBUIÇAÃ O DA ENERGIA ELEÉ TRICA
Sistema TT
O neutro está ligado directamente à terra e as massas são ligadas directamente à terra através de eléctrodos próprios
e distintos do neutro.
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DISTRIBUIÇAÃ O DA ENERGIA ELEÉ TRICA
Sistema TN
O neutro está ligado à terra e as massas estão ligadas ao ponto neutro por condutores de Proteção.
70
DISTRIBUIÇAÃ O DA ENERGIA ELEÉ TRICA
Sistema IT
O neutro não está ligado à terra ou está ligado à terra por intermédio de uma impedância (neutro
impedante).
71
Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
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CONSEQUEÊ NCIAS DOS CONTACTOS
Consequências dos Contactos Diretos
sistema TT.
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CONSEQUEÊ NCIAS DOS CONTACTOS
Consequências dos Contactos Diretos
Se for:
R
H = 2000 Ω o valor da resistência do corpo humano;
R
TH = 500 Ω o valor da resistência de contacto do corpo humano com a terra;
R = 1 Ω o valor da resistência de contacto do eléctrodo de terra de serviço,
N
uma.
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CONSEQUEÊ NCIAS DOS CONTACTOS
Consequências dos Contactos Diretos
a corrente I
H que percorre o corpo humano, é assim calculada:
IH U R 230 1 0,092 A
H R N 2000
R
TH 500
A tensão U
H aplicada ao Homem é UH=RHxIH=2000x0,092= 184V
Trata-se de uma tensão muito superior à tensão de segurança, podendo ser mortal.
75
CONSEQUEÊ NCIAS DOS CONTACTOS
Consequências dos Contactos indiretos
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Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
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MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
78
MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
80
MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
- Aparelhos Diferenciais
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MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
Aparelhos Diferenciais
Caracterizaçaã o
Aparelhos Diferenciais
Principio de funcionamento
83
MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
Noçoã es gerais
Noçoã es gerais
Noçoã es gerais
Noçoã es gerais
A função das redes de terra é assim escoar para a terra correntes perigosas produzidas por um defeito ou uma sobretensão e
criar uma zona equipotencial em certos locais, na vizinhança dos quais se podem escoar intensidades importantes como a de
um raio (milhares de amperes) ou certas correntes de defeito.
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MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
88
MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
89
MEDIDAS PRAÉ TICAS DE PROTEÇAÃ O
90
Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
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CONCEÇAÃ O DAS INSTALAÇOÃ ES
As regras de arte, as normas e o bom senso ajudarão a realizar uma instalação elétrica segura. Algumas recomendações
importantes:
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CONCEÇAÃ O DAS INSTALAÇOÃ ES
93
CONCEÇAÃ O DAS INSTALAÇOÃ ES
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Riscos e cuidados na utilização da rede elétrica
RIGEM ELÉTRICA
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INCEÊ NDIOS DE ORIGEM ELEÉ TRICA
A origem elétrica de incêndios é, muitas vezes, invocada na falta de informações mais precisas.
Para um incêndio ter lugar e se propagar é necessária a presença de matérias combustíveis, de ar (oxigénio) e de uma fonte
de calor.
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INCEÊ NDIOS DE ORIGEM ELEÉ TRICA