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Aula 2 - A organização do sistema econômico 39

AULA

3
Conceitos de demanda e oferta

Nesta aula
´ Conceito de demanda
´ Gráfico de demanda
´ Demanda individual e demanda de mercado
´ Deslocamento da curva de demanda
´ Conceito de oferta
´ Gráfico de oferta
Metas de Compreensão
´ Compreender a importância do entendimento do conceito de
demanda e de oferta e suas aplicações.

´ Analisar as relações existentes entre a demanda e a oferta de


bens e serviços em uma economia, assim como os conceitos
relativos ao seu equilíbrio na determinação do preço e
quantidades nos mercados.

´ Entender os conceitos, características e importância do Diagrama


de Fluxo Circular.

–– APRESENTAÇÃO
Nesta aula estudaremos com mais detalhes os conceitos de demanda e seu importante
papel no estudo da ciência econômica, tendo em mente sua estreita relação com os recursos
financeiros (dinheiro) disponíveis nas mãos dos indivíduos. Buscaremos responder as seguin-
tes perguntas: quantas unidades de determinado bem ou serviço as pessoas desejam comprar
a determinado nível de preços? E qual é o preço que um comprador está disposto a pagar?

Estudaremos também os conceitos que explicam a oferta de bens e serviços em


uma indústria, os determinantes que possibilitam ao empresário desejar produzir e
ofertar bens em determinado mercado atendendo aos desejos, necessidades e vontades
e renda de seus consumidores.
40 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Conceito de demanda
A questão da demanda é essencial no estudo da ciência econômica. E
isto em razão de não existir formulador de política econômica em qualquer
governo, industrial ou empreendedor nos mais diversos ramos de ativida-
des, que não esteja, a todo instante, preocupado com a questão da deman-
da por bens e serviços em seus mercados.

Especialmente nas sociedades capitalistas, em que cabe ao mercado a


maioria das decisões relacionadas ao nível de produção e determinação de
preços de venda de determinado bem ou serviço, a demanda aparecerá
sempre como fator-chave para a tomada de decisões de investimento e de
planejamento de curto, médio e longo prazo.

Mas, o que é demanda?

“Demanda: as quantidades que os consumidores comprarão


a determinado nível de preços.”

Walter Franco Lopes da Silva

Muitos economistas referem-se à demanda como uma consequência da


atitude do consumidor frente a um determinado bem ou serviço ofertado
pelo industrial. Atitude esta que, necessariamente, tenderá a uma tomada de
ação, ou seja, a aquisição deste mesmo bem ou serviço a determinado preço.

Nas sociedades modernas e capitalistas vemos que esta atitude leva em


última análise à compra do bem ou do serviço em troca de dinheiro. Assim, de
grosso modo, o economista medirá o tamanho da demanda pela medição dos
recursos gastos (dinheiro) que podem ainda ser calculados pela renda efetiva
auferida pelo trabalho, reduzida do que foi poupado (ou seja, não gasto).

Stock Xchng
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 41

Vejamos a seguir a definição de demanda segundo Mankiw:

Palavra dE autor
A quantidade demandada de um bem
qualquer é a quantidade desse bem que os
compradores desejam e podem comprar [...]
São muitas as coisas que determinam a
quantidade demandada de qualquer bem, mas,
ao se analisar como funcionam os mercados,
há um determinante que representa um papel
central: o preço do bem. Se o preço do sorvete
subir para R$20,00 a bola, você comprará
menos sorvete. Poderá, por exemplo, comprar
frozen yogurt em vez de sorvete. Se o preço do
sorvete cair para R$0,20 a bola, você comprará
muito mais sorvete.
(MANKIW, 2004, p.65)

Gráfico de demanda
É muito comum que o economista faça uso de tabelas e gráficos para
explicar e, portanto, tornar claros os conceitos e princípios relacionados a
fundamentos econômicos, como é o caso da demanda. A partir das informa-
ções coletadas nos mercados, busca-se a montagem de tabelas e gráficos
que reflitam da melhor maneira possível determinado padrão de comporta-
mento dos consumidores para com determinado produto em um específico
período de tempo.

Vamos supor que um estudo e análise detalhada do comportamento dos


consumidores permitiram a montagem de uma tabela que revela precisa-
mente o desejo de consumo de laranjas em razão de variados níveis de
preço nas feiras. Como veremos na Tabela 3.1,há uma clara relação entre
quantidades demandadas de laranjas e o seu preço de venda que represen-
tam o que poderíamos chamar de padrão de consumo.

Caso estejamos considerando os demais fatores determinantes para o


consumo de laranjas, como aumento de salários e rendas constantes, este
padrão de consumo será alterado segundo um comportamento muito par-
ticular e que pode ser melhor compreendido quando analisado sob a forma
de uma linha gráfica.

´ Como fazer um gráfico de demanda


Primeiramente é necessário traçar a reta horizontal para as quantidades
(Q), e vertical para os preços (P$). É preciso definir as escalas utilizadas em
cada uma das retas de forma a melhor representarem os valores apresenta-
dos no padrão de consumo analisado.
42 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Vejamos a seguir a Tabela 3.1.que apresenta a escala de Demanda por


Laranjas e o Gráfico 3.1 correspondente. Ali veremos a relação entre o pre-
ço de um bem e a sua quantidade demandada:
Stock Xchng

´ Tabela 3.1.
Preço da laranja
Dúzia (R$) Demanda em dúzias

5,00 30
10,00 25
15,00 20
20,00 17
30,00 13
40,00 11
50,00 9
60,00 8

´ Gráfico 3.1.
70,00

60,00
Demanda por Laranja
Preço da Dúzia R$

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

-
8 13 17 20 25 30
Dúzias de Laranjas
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 43

´ Lei da Demanda
Podemos afirmar que a relação exposta anteriormente explica o com-
portamento da maioria dos bens existentes em uma economia. Neste
sentido, podemos chamar de lei da demanda, com todas as demais vari-
áveis mantidas constantes: quando o preço de um bem aumenta, a quan-
tidade demandada diminui. E quando o seu preço diminui, a quantidade
demandada aumenta.

Perceba que cada ponto da curva de demanda apresentada no Gráfico


3.1. mostra a quantidade que os consumidores estarão dispostos a comprar
a determinados níveis de preços. A curva de demanda é inclinada para bai-
xo: quanto menor o preço da laranja, com todas as demais variáveis man-
tidas constantes, um maior número de consumidores comprará laranjas.

Leituras indicadas
Interessado em se aprofundar um pouco mais e ler a respeito da
Curva de Demanda? Sugiro a leitura do item “A Curva de Demanda:
A relação entre preço e quantidade demandada”.
MANKIW, N.G. Introdução à Economia, capítulo 4, p. 65-67.

Veja a Tabela 3.2. que mostra o consumo de carne de frango congelada


em relação ao preço de venda no supermercado:

´ Tabela 3.2.
Demanda de carne de frango congelada
Preço
R$/Kg Kg vendido
1,0 200
2,0 150
3,0 100
3,5 80
4,5 50
6,0 40
8,0 20
44 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Com base nas informações anteriores, faça o Gráfico 3.2. de demanda


de frango congelado:

´ Gráfico 3.2.
Gráfico de Demanda - Carne Frango no Supermercado

Preço R$ / Kg

Kg Vendido

Demanda individual
e demanda de mercado
Conforme definição de Mankiw (2004, p. 66-67), a curva de demanda representa
a demanda de uma pessoa por um produto. Entretanto, para que possamos analisar
como funcionam os mercados, precisamos determinar a demanda de mercado, que
é a soma de todas as demandas individuais por um determinado bem ou serviço.

Assim, é necessário somar as diversas demandas individuais “horizontalmen-


te” para obter uma curva de demanda de mercado, que nos mostrará como a
quantidade total demandada do bem analisado varia quando ocorre variação no
seu preço, mantidos constantes todos os demais fatores que afetam a quantidade
adquirida pelos consumidores.

Vejamos a seguir a Tabela 3.3. que apresenta a demanda por chocolate de João,
Maria e do mercado, este último representado pela somatória dos dois consumidores:

´ Tabela 3.3.
Preço do Chocolate Consumo Consumo Mercado
R$ / Barra João Maria (João + Maria)
0,50 30 40 70
1,00 25 30 55
1,50 20 24 44
2,00 17 20 37
3,00 13 15 28
4,00 11 13 24
5,00 9 11 20
6,00 8 10 18
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 45

Agora, observe os três gráficos (3.3.1, 3.3.2 e 3.3.3) de demanda por


chocolate que apresentam a demanda de João, Maria e Mercado:

´ Gráfico 3.3.1
7,00

6,00
Demanda por Chocolate
João
Preço da Barra em R$

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

-
8 9 11 13 17 20 25 30
Barras de Chocolate

´ Gráficos 3.3.2
7,00
Demanda por Chocolate
6,00
Maria
Preço da Barra em R$

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

-
10 11 13 15 20 24 30 40
Barras de Chocolate

´ Gráficos 3.3.3

Demanda por Chocolate


7,00
Mercado: João + Maria
6,00
5,00
4,00
3,00 preço

2,00
1,00
-
18 20 24 28 37 44 55 70
46 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Palavra dE autor
A Curva de Demanda de Mercado mostra como a quantidade
total demandada de um bem varia conforme seu preço varia,
enquanto todos os demais fatores que afetam a quantidade que os
consumidores desejam comprar são mantidos constantes.
(MANKIW, 2004, p. 67)

PENSE NISSO
A partir dos gráficos anteriores, perceba que no Gráfico 3.3.3. somamos as duas curvas de demanda
individuais dos consumidores e assim obtemos a Demanda de Mercado (João + Maria). Agora, calcule
você mesmo as quantidades demandadas totais que aparecem na linha horizontal do terceiro gráfico.

Verifique como os números apresentados na linha horizontal repre-


sentam exatamente a soma das quantidades demandadas por cada um
dos consumidores. Veja como na linha vertical não há variações nos pre-
ços. Isso ocorre em razão da oferta (Fábrica de Chocolate) não modificar
o seu preço!

PENSE NISSO
Reflita sobre o comportamento e
funcionamentodosmercadosconsumidores.
Pense no poder do consumidor em razão de
um preço estipulado pela indústria.
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 47

Dica

Você conhece a Revista Conjuntura Econômica da


Fundação Getúlio Vargas – FGV?
A leva ao leitor artigos e reportagens sobre macroeconomia,
finanças, management (administração) e seguros, além de
uma abrangente seção de estatísticas e índices de preços.
No site do IBRE da FGV – Instituto Brasileiro de
Economia – existem muitas informações interessantes sobre
economia e, em especial, temas relativos ao comportamento
da demanda por bens e serviços no Brasil.
Disponível em: <http://portalibre.fgv.br>. Acesso em: 21
abr. 2013.

Veja um breve texto extraído do Boletim Macro IBRE, de abril de 2013,


intitulado “O permanente e o transitório no quadro macro recente”:

Palavra dE autor
Além desse fator, eminentemente de oferta, existem incertezas no lado da demanda. A primeira
diz respeito ao ritmo de recuperação da atividade econômica nos próximos trimestres. A segunda
é que, mesmo se materializando um cenário de crescimento mais forte, será possível expandir
ainda mais o endividamento das famílias?
O comprometimento da renda recuou para 21,6% em janeiro de 2013 (de um pico de 23,0%
exatamente um ano atrás), reflexo de um mercado de trabalho aquecido, mas continua elevado
para o padrão histórico. Já o estoque de dívidas alcançou 43,6% como proporção da massa de
rendimentos acumulada em 12 meses (30,5% descontado o crédito habitacional).
Disponível em: <http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=4028818B3BDE4A56013C07
1D12034B4B&contentId=8A7C82C53D89C609013E18C171243E73>. Acesso em: 21 abr. 2013.

Trocando ideias

Reflita sobre o que aprendemos sobre


demanda e pense sobre a expansão do
consumo com base no endividamento.
Converse no Fórum Virtual sobre
este importante e atual tema na
economia brasileira.
48 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Deslocamento da curva de demanda


Uma curva de demanda pode não permanecer estável por um longo perí-
odo. Assim, muitas vezes, algumas das variáveis inicialmente consideradas
para desenharmos as curvas de demanda de João e de Maria podem-se mo-
dificar no médio e longo prazo.

Portanto, qualquer modificação das premissas utilizadas inicialmente e


que modifiquem a demanda por chocolates por parte de nossos consumido-
res pode deslocar a curva de demanda.

Palavra dE autor
A curva de demanda mostra o que acontece com a quantidade
demandada de um bem quando seu preço muda, mantidas constantes
todas as outras variáveis que influenciam os compradores. Quando
uma destas variáveis muda, a curva de demanda se desloca.
(MANKIW, 2004, p. 68-69)

Sempre que a variável gerar um aumento da quantidade que o consu-


midor deseja adquirir do bem ou serviço a um dado preço, a curva de de-
manda se deslocará para a direita. E sempre que a variável propiciar uma
redução da quantidade que o consumidor deseja adquirir do bem ou serviço
a determinado preço, a curva de demanda se deslocará para a esquerda.

Veja um exemplo de movimento no gráfico de demanda (gráfico 3.4.1


e gráfico 3.4.20, em que a renda de João é reduzida em 50%, mantidos os
preços de oferta de chocolates. Veja como a curva de demanda é idêntica
à original, mas as quantidades no eixo horizontal são exatamente a metade
dos valores originais. Observe abaixo!
Stock Xchng
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 49

´ Gráfico 3.4.1
7,00

Demanda por Chocolate


6,00
João
Preço da Barra em R$

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

-
8 9 11 13 17 20 25 30
Barras de Chocolate

´ Gráfico 3.4.2
Demanda por Chocolate
Reduzida em 50%
7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

-
4,0 4,5 5,5 6,5 8,5 10,0 12,5 15,0

Podemos afirmar que as variáveis mais importantes que afetam a curva


de demanda são a renda disponível do consumidor (para o consumo de
bens normais ou inferiores), o preço do bem ofertado, as preferências e as
expectativas do consumidor, o número de compradores no mercado, e os
preços dos bens relacionados (complementares ou substitutos).
50 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Vamos agora abrir um parêntese para apresentarmos o conceito de bens


normais e bens inferiores que são diferentes entre si e que se comportam
diferentemente em razão das variações na renda do consumidor. Vejamos:

´ Bens normais
São aqueles bens que apresentam um aumento de seu consumo (deman-
da) sempre que ocorrer um aumento de renda do consumidor, sendo todas
as demais variáveis mantidas constantes. Por exemplo, alguns gêneros de
primeira necessidade.

´ Bens inferiores
São aqueles bens que apresentam uma redução de seu consumo (de-
manda) sempre que ocorrer um aumento de renda do consumidor, todas as
demais variáveis mantidas constantes. Por exemplo, produtos mais baratos
e de menor qualidade, que podem ser facilmente substituídos por outros
mais caros e de maior qualidade.

Trocando ideias
Pense em exemplos de bens normais e bens inferiores que encontramos em nosso dia a dia.
Que tal discutir este tema no Fórum Virtual com os demais colegas? Vamos lá?

E agora apresentaremos o conceito de bens substitutos e bens comple-


mentares. Vejamos:

´ Bens substitutos
São aqueles bens que oferecem ao consumidor a mesma satisfação de
seus desejos, necessidades e vontades. Assim sendo, quando o preço de um
dos bens se eleva, a demanda pelo outro bem substituto aumenta. Nesta
situação, então, o consumidor deixa de comprar o primeiro bem (que ficou
mais caro) e o substitui pelo segundo!

´ Bens complementares
São aqueles bens que, ao terem seus preços aumentados, causam a re-
dução da demanda pelo outro bem complementar. Nestas situações, en-
tão, o consumidor pode deixar de comprar o primeiro bem tanto quanto
o seu complementar.

Trocando ideias
Pense em exemplos de bens substitutos e bens complementares que encontramos em nosso dia
a dia. Que tal discutir este tema no Fórum Virtual com os demais colegas? Vamos lá?
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 51

Conceito de oferta
“Oferta: As quantidades dos bens ou serviços que os produ-
tores e vendedores desejam e podem vender a determinado
nível de preços.”

Walter Franco Lopes da Silva

O entendimento do conceito de oferta de bens e serviços em uma eco-


nomia é essencial e complementar ao estudo dos aspectos relativos ao
comportamento da demanda tratados até este estágio de nossa aula. Isto
porque, quando pensamos nas sociedades capitalistas modernas, todas as
decisões relativas à produção de um bem ou à prestação de um serviço
são efetivamente tomadas mesmo quando existem interferências externas
como as governamentais.

Este fato é verdadeiro a despeito de tratarmos de uma multinacional


operante em diversos países e mercados, ou de uma empresa individual de
micro ou pequeno porte. Assim, independentemente de suas característi-
cas, localização, mercado de atuação, tamanho, tecnologias, mão de obra
e capital empregados, sabe-se que o seu principal objetivo é auferir lucros.

Esta verdade é ainda mais clara nas sociedades mais industrializadas,


em que o sistema capitalista opera de forma mais “racional”, por assim
dizer, e onde o “mercado” é quem em última análise dita e determina os
principais rumos das atividades econômicas de cada firma em particular.
Neste sentido, ainda pode-se afirmar que os retornos sobre o investimento
e os interesses dos industriais capitalistas sempre prevalecerão sobre os
demais interesses, determinando como, quando, de que forma e a qual
preço determinado bem ou serviço será ofertado aos consumidores.

Veja a definição de oferta segundo Vasconcellos:

Palavra dE autor

Define-se oferta como a quantidade de um


bem ou serviço que os produtores desejam vender
por unidade de tempo...
A oferta é um desejo, um plano, uma aspiração...
A oferta do bem depende do seu próprio preço,
admitindo a hipótese coeteris paribus, quanto
maior for o preço do bem, mais interessante será
produzi-lo e, portanto, a oferta é maior.
(VASCONCELLOS, 2004, p.138)
52 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

Saiba
História da carteira de trabalho
Coeteris paribus é a expressão utilizada na ciência econômica que significa a manutenção fixa
dos parâmetros utilizados de análise. Assim, quando, por exemplo, estudamos a variação de uma
curva de oferta ou de demanda em um determinado mercado em razão da modificação do preço
do bem, estamos assumindo que todas as demais variáveis não variaram (assim, renda, desejos,
sazonalidades, por exemplo, são os mesmos).

´ Lei da Oferta
Podemos afirmar que quando o preço de um bem ou serviço aumenta, a
quantidade ofertada deste bem também aumenta no mercado. Da mesma
forma, quando o preço do bem cai no mercado, a sua oferta também é
reduzida pelo vendedor, admitindo-se sempre a hipótese coeteris paribus.

PENSE NISSO
Reflita sobre o que foi explicado até aqui a respeito da oferta de bens
e serviços. Agora trace um paralelo com o que já estudamos no início
desta aula a respeito da demanda.
Quais pontos mais lhe chamaram a atenção sobre estes conceitos?
Há semelhanças ou importantes diferenças entre os dois conceitos?

Leituras indicadas
Se você está interessado em estudar um pouco mais este assunto relacionado à Oferta
e Demanda e perceber como as políticas de um governo são estabelecidas em razão de suas
variações, e gostaria de aumentar seus conhecimentos a respeito deste tema, sugiro a leitura do
Capítulo 6 - “Oferta, Demanda e Políticas de Governo”, de:
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 3 Ed. São Paulo: Thomson, 2004, p. 113-131.

Gráfico de Oferta
UA decisão de um industrial de fabricar e oferecer seu produto para a
venda em um determinado mercado pode ser explicada através da Curva de
Oferta. Explicação esta que guarda semelhança com o que já apresentamos
e discutimos anteriormente para o caso da demanda.
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 53

Vejamos, portanto, a seguir a tabela 3.4 contendo as informações refe-


rentes à oferta de tomates e o gráfico de oferta de chocolates no mercado
(gráfico 3.4). Podemos assim observar na tabela e na figura que há um
claro interesse do industrial em oferecer mais chocolate quanto mais alto
forem os preços de venda. Portanto, cada ponto da curva de oferta repre-
sentada acima mostra as quantidades crescentes que o industrial deseja
ofertar chocolates ao mercado consumidor se conseguir vender nos preços
também crescentes!

´ Gráfico 3.4.
Oferta de Chocolates
Preço da Barra de Chocolate (R$)

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

-
8 9 11 13 17 20 25 30
Barras de Chocolate

´ Tabela 3.4.
Preço do Chocolate
Oferta
R$ / Barra
0,50 8
1,00 9
1,50 11
2,00 13
3,00 17
4,00 20
5,00 25
6,00 30

Dica

Para você interessado em ler mais a respeito de economia,


e mais especificamente os temas relacionados aos mercados
consumidores e de oferta de bens e serviços em nosso país,
sugiro conhecer a Revista Brasileira de Economia editada
pela Fundação Getúlio Vargas FGV no seguinte endereço:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe>.
Acesso em 21 abr. 2013.
54 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

SÍNTESE
Nesta aula estudamos os conceitos
de demanda que reflete o comporta-
mento dos indivíduos face ao consumo
de bens e serviços nas economias mo-
dernas. Ao estudarmos este conceito
aprendemos a respeito de sua estreita
relação com os recursos financeiros (di-
nheiro) disponíveis para o consumidor
em seu mercado.

Estudamos também os conceitos


que explicam a oferta de bens e ser-
viços em uma indústria, os determi-
nantes que possibilitam ao empresário
desejar produzir e ofertar bens em de-
terminado mercado atendendo aos de-
sejos, necessidades e vontades destes
mesmos consumidores.

ATIVIDADES
1. Veja a seguir a tabela de consumo de pão por Maria e João.
a. Faça o Gráfico de Demanda de Pão da Maria.
b. Faça o Gráfico de Demanda de Pão do João.
c. Faça o Gráfico do Consumo Agregado de Maria e João juntos.

´ Tabela Exercício 3.2


Mercado
Preço do Pão/Kg Consumo João Consumo Maria
(João + Maria)
0,50 8 10 18
1,00 7 9 16
1,50 6 8 14
2,00 5 7 12
3,00 4 6 10
4,00 3 5 8
5,00 2 4 6
6,00 1 3 4
Aula 3 - Conceitos de demanda e oferta 55

ATIVIDADES
2. Pense nos conceitos de oferta e demanda apresentados. Revise os pontos e a teoria
apresentada. Agora, sugiro uma discussão do seguinte tema: “Quando, ou em qual momento, a
oferta de bens ou serviços se torna desvantajosa para o empresário?”
56 Unidade Curricular: Fundamentos Econômicos

te
cara

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