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3º P Engenharia Mecânica
Propriedades Mecânicas dos Metais
3
Determinação das Propriedades
Mecânicas
• A determinação das propriedades mecânicas é feita através de
ensaios mecânicos.
• Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra
representativa do material) para o ensaio mecânico, já que por
razões técnicas e econômicas não é praticável realizar o ensaio
na própria peça, que seria o ideal.
• Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das
medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os
resultados sejam comparáveis.
Tipos de Solicitações
Mecânicas (Tensões)
• Tração;
• Compressão;
• Flexão
• Cisalhamento;
• Torção.
Ensaio de Tração
• Fornece informações referentes a resistência e ductilidade do
material ensaiado;
• Consiste em aplicar uma força (carga) de intensidade crescente,
tracionando o material até sua ruptura.
– Norma ASTM E8/E8M;
– Norma NBR 6152 (metais);
Ensaio de Tração
Retirada de
corpos de provas
de barras,
tarugos e tubos
Ensaio de Tração
1 - Fofo
2 - Aluminio
3 – Aço 1020
8
Ensaio de Tração
A tensão σ é definida como: 𝑭 𝑵
𝝇= [ 𝟐]
𝑨 𝒎
Onde F é a força (ou carga) aplicada ao material e A é a
área da seção transversal à força.
𝐥𝐢 − 𝐥𝟎 Δ𝒍
𝛆= =
𝐥𝟎 𝒍𝟎
Onde li é o comprimento da barra após o carregamento.
Curvas Tensão - Deformação
Propriedades tiradas no
Ensaio de Tração:
a) Módulo de Elasticidade;
b) Limite de Escoamento;
c) Limite de Resistência-M;
d) Deformação Uniforme;
e) Deformação Total;
A curva tensão
deformação pode ser f) Redução de Área;
considerada como o lugar
g) Resiliência e Ductilidade;
geométrico dos pontos de
escoamento do material. h) Limite de Ruptura-F 10
Comportamento dos Metais
Submetidos à Tração
• Tipos de Deformação que ocorrem:
Deformação Elástica: Deformação Plástica:
Precede a deformação plástica; É provocada por tensões que
ultrapassam o limite de
elasticidade;
É reversível; É irreversível porque é resultado
Desaparece quando a tensão é do deslocamento permanente
removida; dos átomos e portanto não
É proporcional à tensão aplicada desaparece quando a tensão é
(Lei de Hooke). removida
Deformação Elástica
𝝇=𝑬∗𝜺
Tensão
Coeficiente angular =
ONDE: módulo de elasticidade
σ = Carga aplicada (Pascal [Pa])
E = Módulo de Elasticidade
(Módulo de Young) [GPa] ou [psi]
ε = Deformação
𝝇
𝑬=
𝜺
Quanto maior o
módulo de
elasticidade mais
rígido é o material,
menor é sua
deformação elástica
Deformação Elástica
• Como consequência do módulo de elasticidade
estar diretamente relacionado com as forças
interatômicas:
Os materiais cerâmicos tem alto módulo de elasticidade
(semelhante aos metais), enquanto os materiais poliméricos
tem baixo módulo de elasticidade
15
Propriedades Elásticas Lineares
𝜺𝑳
Coeficiente de Poisson, 𝝂 : 𝝂=−
𝜺
Material Isotrópico
Tensão Uniaxial
Metais: 𝝂 ⩳ 0,33
εL = deformação lateral
Cerâmicos: 𝝂 ⩳ 0,25
ε = deformação na direção da
tensão aplicada Polímeros: 𝝂 ⩳ 0,40 16
Propriedades Elásticas Lineares
Tensão e Deformação Cisalhante: na deformação elástica é
dada por: 𝝉 = 𝑮 𝜸 G = módulo de cisalhamento
𝝉 𝒆 γ = tensão e deformação cisalhante
Para os materiais isotrópicos (materiais que possuem as
mesmas propriedades físicas independente da direção), tem-
se a seguinte relação: 𝑬 = 𝟐𝑮 𝟏 + 𝒗
17
Propriedades Elásticas Lineares
Exemplo
Cálculo da carga necessária para produzir uma
alteração específica no comprimento:
18
Propriedades Elásticas Lineares
Exemplo
Cálculo da carga necessária para
produzir uma alteração específica no
diâmetro:
21
Tensão Limite de Escoamento σLE
Tensão para o qual ocorre deformação plástica
significativa. Transição elasto-plástica
22
Tensão Limite de Escoamento σLE
Escoamento Contínuo x Escoamento Descontínuo
Bandas de Luders
23
Tensão Limite de Resistência σLR
Tensão máxima na curva de engenharia tensão deformação:
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Resiliência
É a capacidade do material em absorver energia na região
elástica, permitindo sua recuperação após a remoção da carga
aplicada:
O módulo de resiliência (Ur) é a
energia de deformação por unidade de
volume para tensionar um material do
estado sem carga até seu limite de
escoamento 𝜺 𝟏
𝑼𝒓 = 𝝇 𝒅𝜺
𝟎
31
Tensão Verdadeira e Deformação
Verdadeira
• Por que a partir do
ponto M a tensão cai?
Seria pelo fato de que o
material torna-se mais
fraco?
– empescoçamento
diminui a capacidade
do material em
suportar a carga
• A tensão teórica é
calculada a partir da
área original do corpo
TENSÃO VERDADEIRA:
– Dada pela carga aplicada F dividida pela área da
seção reta instantânea (Ai) – formação do pescoço.
𝐹
σ𝑉 =
𝐴𝑖
DEFORMAÇÃO VERDADEIRA:
𝑙𝑖
ε𝑉 = ln
𝑙0
Se não ocorrer alteração de volume, ou seja: Aili = A0l0
σ𝑉 = σ 1 + ε ε𝑉 = ln 1 + ε
Apenas até o surgimento do pescoço!
• A região da curva tensão-deformação verdadeira
desde o início da deformação plástica até a
formação do pescoço é dada pela relação:
𝛔𝐕 = 𝐊𝛆𝐕 𝐧
Exemplo 1
Um corpo de prova cilindrico feito em aço e com diâmetro
original de 12,8mm é testado sob tração até sua fratura,
tendo sido determinado que ele possui uma resistência à
fratura, expressa em tensão de engenharia, σf, de
460MPa. Se o diâmetro de sua seção transversal no
momento da fratura é de 10,7mm, determine:
a) A ductilidade em termos de redução percentual na área:
b) A tensão verdadeira na fratura:
Exemplo 2
Calcule o coeficiente de encruamento n para uma liga na
qual uma tensão verdadeira de 415MPa produz uma
deformação verdadeira de 0,10. Assuma o valor de
1035MPa para K.
Ensaio de Dureza
• Dureza é a propriedade de um material (no
estado sólido) que permite a ele resistir à
deformação plástica, usualmente por
penetração;
• controle de matérias-primas;
• Métodos de medição:
– Risco(escala de dureza de MOHS);
– Ressalto(método SHORE);
– Penetração(BRINNEL, VICKERS, ROCKWELL).
Dureza por risco
• Dureza Mohs:
– Esse tipo de dureza é
pouco utilizado para
materiais metálicos, sendo
sua maior utilização na
área de mineralogia;
Entre os ensaios por risco a dureza
Mohs é a mais conhecida e consiste
numa escala de 10 minerais
padrões, onde o mais duro é o
diamante e risca todos os demais
minerais;
• Dureza Brinell
• Dureza Rockwell
• Dureza Vickers
• Dureza Knoop
Dureza Brinell (HB)
Comprimir uma esfera de aço temperado ou carbeto de
tungstênio gerando uma calota esférica
𝐻𝐵 = 𝑃 𝑆
2. 𝑃
𝐻𝐵 =
π𝐷 𝐷 − 𝐷2 − 𝑑 2
Dureza Brinell
2. 𝑃
𝐻𝐵 =
π𝐷 𝐷 − 𝐷2 − 𝑑 2
2.187,5
𝐻𝐵 = = 227
π ∗ 2,5 2,5 − 2,52 − 1,02
Dureza Vickers (HV)
Semelhante ao Brinell;
Penetrador padronizado
piramidal de diamante com
ângulo de 136°;
NBR-6672
Dureza Vickers (HV)
O número da dureza vickers pode ser encontrado por:
𝑭 𝟐. 𝑭. 𝐬𝐢𝐧 𝟏𝟑𝟔º 𝟐 𝑭
𝑯𝑽 = = 𝟐
≈ 𝟏, 𝟖𝟓𝟒𝟒 𝟐
𝑨 𝒅 𝒅
𝒅𝟏 + 𝒅𝟐
𝒅=
𝟐
Dureza Rockwell (HR)
• Penetrador de diamante:
Descrição do processo
• 1º Passo – Aproximar a superfície do corpo de
prova do penetrador.
Comparação entre
várias escalas de
dureza
Tabela Comparando Durezas
Tabela Comparando Durezas
Dureza x Resistência
LRT(Mpa) = 3,45 x HB
Análises de Falha - Fratura
61
Fratura de Materiais
Análises de Falha - Fratura
Consiste na separação do material em 2 ou mais partes
devido à aplicação de uma carga estática ou oscilante à
temperaturas relativamente baixas em relação ao ponto de
fusão do material.
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Tipos de Fratura
Fratura frágil
Fraturas dúcteis 65
Fratura Dúctil
• CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
a- formação do pescoço;
b- formação de cavidades;
68
Fratura Dúctil
• CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS:
Microcavidades “Dimples”
Microcavidades “Dimples” esféricas – parabólicas – tensão de cisalhamento
tensão de tração uniaxial.
Fratura Frágil
Aspectos Macroscópicos
77
Fratura Frágil
As Marcas de Rios indicam os pontos de origem das trincas.
78
Fratura Frágil
Ex: Liga de alumínio reforçada com partículas de SiC e Al2O3.
Distribuição de tensões em
uma placa infinita de
material elástico contendo
um furo passante elíptico de
comprimento 2a e raio de
curvatura da ponta ρt. A
tensão aplicada σ0 dá
origem a uma tensão σm na
ponta do defeito, tal que:
𝟏 𝟐
𝝇𝒎 = 𝟐𝝇𝟎 𝒂 𝝆𝒕
Fator de Concentração de Tensões
𝟏 𝟐
𝝇𝒎 𝒂
𝑲𝒕 = =𝟐
𝝇𝟎 𝝆𝒕
Exemplo
84
Tenacidade à Fratura
Tem o objetivo de medir a resistência do material à
propagação de trinca. Consiste no carregamento de um corpo
de prova trincado com uma pré trinca de fadiga, para induzir uma
das seguintes respostas:
Carregamento de um
corpo de prova
trincado para induzir
uma das seguintes
respostas: 85
Tenacidade à Fratura
Tipos de corpo de prova: Geometria do Entalhe:
86
Tenacidade à Fratura (Kc)
Medida da habilidade de um material em absorver energia até
a sua fratura: 𝑲 = 𝜸 𝝇 𝝅𝒂𝒄 𝒄
σc = tensão critica para a propagação da trinca;
a = comprimento da trinca;
γ = representa uma função adimensional que depende tanto dos
tamanhos quanto das geometrias da trinca e da amostra, bem como
da maneira de aplicação da carga. Em tenacidade: 𝜸 é função de (a/w)
Tenacidade à fratura
em deformação plana
𝑲𝑰𝒄 = γσ π𝒂
Parâmetro KIC
• Representa a
tenacidade à fratura
para propagação de
trinca no modo 1
(abertura ou
tração):
Demais modos podem ser encontrados, mas com pouca
frequência:
Modo 2: deslizamento: Modo 3: rasgamento.
Tenacidade à Fratura
Propriedade relacionadas ao parâmetro KIc:
Os pricipais fatores que influenciam a tenacidade à fratura são:
- Temperatura
- Taxa de deformação;
- Microestrutura.
A diminuição da taxa de deformação e o aumento da temperatura
proporcionam o aumento da magnitude de KIc.
O aumento no limite de escoamento causado pela formação de
solução sólida, aumento de discordâncias ou encruamento,
provocam uma diminuição no valor de KIc.
O parâmetro KIc aumenta com a redução do tamanho de grão se a
tes.
composição e outras variáveis microestruturais permanecerem c90
Ensaios de Tenacidade à Fratura
• Ensaios de Charpy e Izod
96
Ensaio Mecânico de Impacto
Influência do teor de carbono na temperatura de transição dúctil-frágil
Ensaio Mecânico de Fadiga
Fratura por Fadiga
O processo de mudança estrutural prograssiva, localizada e
permanente que ocorre em um material sujeito a condições que
produzam tensões e deformações flutuantes em um ponto ou
pontos do material e que possam culminar em trincas ou na
fratura completa após um número suficiente de oscilações.
99
Ensaio Mecânico de Fadiga
Tensões cíclicas:
No ciclo de tensões aleatórias pode-se determinar a tensão
média:
𝝇𝒎𝒂𝒙 + 𝝇𝒎𝒊𝒏
𝝇𝒎 =
𝟐
E o intervalo de tensões é dado pela seguinte diferença:
𝝇𝒓 = 𝝇𝒎𝒂𝒙 − 𝝇𝒎𝒊𝒏
A amplitude de tensão é dada pela metade desse intervalo:
𝝇𝒓 𝝇𝒎𝒂𝒙 − 𝝇𝒎𝒊𝒏
𝝇𝒂 = =
𝟐 𝟐
𝝇𝒎𝒊𝒏
E a razão de tensões é dada por: 𝑹=
𝝇𝒎𝒂𝒙
100
Ensaio Mecânico de Fadiga
Caracteristicas da Fadiga:
- Mudanças subestruturais e microestruturais que causam
a nucleação de danos permanentes;
- Propagação e coalescimento
de trincas, formando uma
trinca dominante;
- Instabilidade estrutural ou
fratura completa. 101
Ensaio Mecânico de Fadiga
ASPECTOS MACROSCÓPICOS:
Uma trinca por fadiga propaga-se macroscopicamente numa
direção Normal à direção de aplicação da carga;
- Marcas radiais;
- Marcas de praia e estrias.
103
Ensaio Mecânico de Fadiga
Aspectos Macroscópicos:
Fratura por
fadiga de
parafuso de aço
tipo AISI 4140
usado em tampa
de bomba de
mineroduto
112
Ensaio Mecânico de Fadiga
Limite de resistência à fadiga (curva σ-N)
Quando se trata de um material não ferroso, não haverá um
limite de fadiga, pois a curva σ x N continuará descendente
à medida que se aumenta N. Tal ocorrência é mostrada
esquematicamente na Figura abaixo, e assim a fadiga
ocorrerá independente da magnitude de tensão.
Ensaio Mecânico de Fadiga
Aplicação da Mecânica de Fratura:
𝒅𝒂 𝒎𝟏
= 𝑪𝟏 ∆𝑲
𝒅𝑵
114
Taxa de propagação de trinca de
fadiga
Ensaio Mecânico de Fadiga
Aplicação da Mecânica de Fratura:
• Tensão
média
Fatores que influenciam na vida em fadiga
Efeitos da Microestrutura:
Superfície
submetida à
cementação
Tratamentos de superfície:
Jateamento
Fatores que influenciam na vida em fadiga
Efeitos do Ambiente:
Fadiga térmica: relacionada à mudanças de dimensões
progressivas com variação de temperatura. A tensão
térmica é dada por:
α1 = coeficiente de expansão térmica;
E = módulo de elasticidade;
ΔT = variação da temperatura
- Módulo de Elasticidade;
- Tamanho de Grão.
O tempo de aplicação da
carga é estabelecido em
função da vida útil
esperada do componente
Mede-se as deformações
ocorridas em função do
tempo (ε x t)
Curva de deformação por fluência
em função do tempo
Estágio Primário:
Ocorre um decréscimo
contínuo na taxa de
Flência (ε = dε/dt), ou
seja, a inclinação da
curva diminui com o
tempo devido ao aumento
da resistência por
encruamento (ε x t)
Curva de deformação por fluência
em função do tempo
Estágio Secundário:
A taxa de Flência (ε = dε/dt) é constante, comportamento linear.
A inclinação da curva constante com o tempo é devido a dois
fenômenos competitivos: encruamento e recuperação.
Formação de subgrãos:
130
Mecanismos de deformação na Fluência
Fluência por escorregamento de contornos de grãos:
Trincamento tipo w,
baixas
temperaturas e
altas tensões,
forma-se em pontos
triplos.
Trincamento tipo r,
altas temperaturas
e baixas tensões,
cavitação em um
contorno de grão.
132
Ensaio Mecânico de Corrosão sob
Tensão
O ensaio de corrosão sob tensão tem por objetivo a
determinação da vida do material submetido a
carregamento e a um ambiente agressivo.
O tempo
necessário para
ocorrer corrosão
sob tensão
fraturante de um
dado material
metálico
depende de:
133
Ensaio Mecânico de Corrosão sob
Tensão
A corrosão sob tensão fraturante envolve as
seguintes etapas:
134
Ensaio Mecânico de Corrosão sob
Tensão