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A palavra “Trindade” é usada para expressar a verdade bíblica de que o ser divino
existe em três pessoas distintas. Embora o vocábulo “trindade” não apareça na
Bíblia, a idéia percorre todos os livros da mesma.
O primeiro a usar o termo foi o teólogo Tertuliano de Cartago em seu tratado “Contra
Práxeas”, na última década do 2º século da era cristã, além de ter sido também o
primeiro a formular esta doutrina. No entanto, sua definição foi deficiente, posto que
ensinava uma injustificada subordinação do Filho ao Pai.
Não seria demais ressaltar que o verdadeiro sentido da doutrina da Trindade só pode
ser entendido pelo estudo da Bíblia. E foi mediante o estudo sério da Palavra de
Deus que encontramos a seguinte definição do Breve Catecismo de Westminster:
“Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estas três são um
Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória”.
1. A EXPOSIÇÃO DA DOUTRINA
Conforme a definição do Breve Catecismo, Deus é uma Divindade única, existente
em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Estas pessoas não são, como tantas pessoas entre os homens, três indivíduos
inteiramente separados. “São antes três modos ou formas em que existe a essência
divina” (L. Berkhof). “O termo ‘essência’ descreve Deus como uma soma total de
infinitas perfeições” (W. G. T. Shedd).
O mistério real da Trindade consiste no fato de que as três pessoas são um em seu
ser essencial e que a essência divina não está dividida entre as três pessoas, mas
inteiramente, com todas as suas perfeições ou atributos em cada uma delas. Além
disso, em seu ser essencial as três pessoas não estão subordinadas uma à outra, ou
seja, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo, e vice-versa, ao contrário do
que ensinava a heresia conhecida como “patripassionismo”, combatida por
Tertuliano. Pode-se dizer, no entanto, que na ordem de existência o Pai é o primeiro,
o Filho o segundo e o Espírito Santo o terceiro, e essa ordem se reflete também na
obra da criação e da redenção; a saber, na economia da Trindade.
b) No Novo Testamento
É perfeitamente natural que as provas neotestamentárias sejam ainda mais claras
que as do Velho Testamento, uma vez que o Novo registra a encarnação do Filho de
Deus e o derramamento do Espírito Santo. Há diversas passagens em que as três
pessoas são expressamente mencionadas, como em relação ao batismo de Jesus
(Lc 3.21,22); no discurso de despedida de Jesus (Jo 14.16); na Grande Comissão
(Mt 28.19); na bênção apostólica (2Co 13.13), e também em passagens como estas:
Lucas 1.35; 1Coríntios 12.4-6; 1Pedro 1.2.
O Novo Testamento oferece a revelação clara do Deus que envia seu Filho ao
mundo (Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6; 1Jo 4.9); e os dois, Pai e Filho, enviam o Espírito
Santo (Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6). Encontramos o Pai dirigindo-se ao Filho (Mc
1.11; Lc 3.22), o Filho se comunicando com o Pai (Mt 11.25,26; 26.39; Jo 11.41;
12.27,28) e o Espírito Santo orando a Deus nos corações dos crentes (Rm 8.26).
Dessa maneira, as pessoas da Trindade se perfilam melhor em nosso entendimento.