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CARACTERIZAÇÃO E RISCO AMBIENTAL NA ÁREA DA LAGUNA

DA JANSEN, SÃO LUÍS – MARANHÃO.

Yata Anderson Gonzaga Masullo


Instituição: GEOTEC/LABOCLIMA/ UFMA;
E-mail: yanderson3@hotmail.com
Benedito Alex Marques de Oliveira Santos
Instituição: NEPA/GEOTEC/ UFMA;
E-mail: alexmos@bol.com.br
Ediana Gusmão da Silva
Instituição: UFMA/ GEOTEC
E-mail:ediana_gusmão@gmail.com
Antônio José de Araújo Ferreira
Instituição: DEGEO-CCH/UFMA
E-mail: ajaferreira@ufma.br

RESUMO

Uma das temáticas em voga é a que diz respeito à implantação de medidas para a diminuição
da degradação e risco ambiental. Neste contexto serve de exemplo a tragédia de
novembro/2008 em Santa Catarina, deslizamentos de terras e/ou enchentes em Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e São Luís. Nesta última, o presente trabalho
destaca a Laguna da Jansen, a qual é de origem antrópica. Foi transformada em Unidade de
Conservação (1988) e, apesar de ter sido objeto de um Programa de Saneamento Ambiental
(1991) e de um Projeto de Urbanização (2001), continua apresentando problemas, como
alagamentos em áreas que são inadequadas do ponto de vista do uso e ocupação, sanitário e
ambiental. Neste caso analisou-se a ação de agentes e dos processos geológicos, climáticos,
bióticos e humanos na dinâmica da paisagem na Laguna da Jansen. Para tanto, utilizaram-se
as seguintes técnicas de pesquisa: levantamento bibliográfico, cartográfico e documental;
quatro etapas de campo com intuito de realizar entrevistas não-padronizadas, complementar
dados e informações, além de proceder ao registro fotográfico; tabulação, análise e
interpretação. Os resultados revelam que em torno da Laguna da Jansen existem formas de
ocupação de risco, cujas moradias, comércios e etc são de pessoas de baixa renda as quais se
sujeitam a alagamentos e inundações, além de condições fitossanitárias precárias. Isto implica
que os citados Programa de Saneamento Ambiental e Projeto de Urbanização foram
direcionados para a implantação de equipamentos de infra-estrutura voltados para o Turismo,
revalorizam a área e não resolveram o problema da moradia dessa população que continua
residindo em áreas de risco e insalubres, o que para ser resolvido prescinde, enquanto
principal medida, de conhecimento do meio físico nos diagnósticos socioambientais.

ABSTRACT

One of the themes in vogue is the respect of the implementation of measures to curb
environmental degradation and risk. In this context serves as an example of the tragedy
November/2008 in Santa Catarina, landslides and / or floods in Belo Horizonte, Rio de
Janeiro, Sao Paulo, Salvador and São Luís this last, this work highlights the Laguna's Jansen,
which is of anthropic origin. Was transformed into a Conservation Unit (1988) and, despite
having been the object of a Program of Environmental Sanitation (1991) and a Project of
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Urbanization (2001), continues to present problems such as flooding in areas that are
inappropriate from a the use and occupation, health and environmental. In this case it is
considered the action of agents and processes of geological, climatic, biotic and human
dynamics in the landscape of the Laguna Jansen. For this, use the following search
techniques: bibliographic, cartographic and documentary, four steps in order to conduct field
interviews with non-standard, additional data and information, and make the photographic
record, tabulation, analysis and interpretation. The results show that around the Laguna Jansen
are the forms of occupation of risk which houses, shops and so are people of low income
which is subject to flooding and flooding, and poor plant health conditions. This implies that
the said Program of Environmental Sanitation and Urban Design have been targeted for
deployment of equipment, infrastructure towards tourism, rebuilding the area and do not
resolve the problem of housing this population continues to reside in areas of risk and
Unhealthy , which waives to be resolved, as the main measure of knowledge of the physical
environment in social diagnoses.

1 INTRODUÇÃO

Uma das temáticas em voga na contemporaneidade diz respeito à implantação de


medidas para a diminuição da degradação e risco ambiental visando à melhoria da qualidade
de vida do homem. Neste contexto serve como exemplo a tragédia que ocorreu em novembro
de 2008 no estado de Santa Catarina, além de deslizamentos de terras e uma série de
enchentes em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e São Luís.

No município de São Luís tais problemas, em geral, estão relacionados com as


diferentes formas de apropriação e reprodução do espaço influenciando na substituição de
usos do solo e no manejo dos recursos ambientais. Enchentes, poluição e contaminação dos
corpos hídricos superficiais e subterrâneos por resíduos sólidos e materiais químicos são
exemplos de problemas enfrentados pela população que reside na sede; dessa forma o
presente artigo visa analisar a eficácia do plano de revitalização na mitigação das principais
questões sociais e ambientais inerentes ao estudo de caso na área da Laguna da Jansen.

O ambiente da referida Laguna é resultado de sucessivas alterações na paisagem,


já que é de origem antrópica. Foi transformada em uma Unidade de Conservação (1988) e
apesar de ter sido objeto de um programa de Saneamento Ambiental (1991) e de um Projeto
de Urbanização em 2001, continua apresentando problemas vinculados a processos de
dinâmica superficial, como alagamentos nas áreas residenciais da população de baixa renda,
as quais são inadequadas do ponto de vista sanitário e ambiental. Neste caso analisou-se a
ação de agentes e dos processos geológicos, climáticos, bióticos e humanos na dinâmica da
paisagem na Laguna citada.
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A Laguna da Jansen localiza-se no quadrante noroeste do município de São Luís,


os aproximadamente quatro quilômetros do centro histórico. (Figura 1). A área da laguna é
cercada pelos bairros São Francisco, Renascença I, Renascença II, Ponta d’Areia e Ponta do
Farol. Nas áreas adjacentes estão localizadas as praias de maior movimento de banhistas.

Figura 1 - Mapa de Localização da área de estudo


Fonte: Dados de pesquisa, 2009.

2 METODOLOGIA

O trabalho tem como base a utilização do método dedutivo com a tentativa de


explicação dos acontecimentos e fenômenos, tendo em vista o seu caráter sistemático a fim de
aprofundar-se no objeto da pesquisa.

Para tanto, utilizaram-se as seguintes técnicas de pesquisa: levantamento


bibliográfico para a interpretação das características principais da área; levantamento de
materiais cartográficos para confecção dos mapas de localização, de risco e de ocupação
espacial da área de estudo; realização de quatro etapas de campo no intuito de realizar
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entrevistas não-padronizadas que permitiram identificar os principais riscos ambientais e


sociais, complementar dados e informações, além de proceder ao registro fotográfico;
tabulação, análise e interpretação dos dados e informações obtidas.

3 CARACTERIZAÇÃO DA LAGUNA DA JANSEN

A Laguna da Jansen foi criada em 23 de junho de 1988 pelo decreto-lei n° 4.878,


passando a ser denominada Parque Ecológico da Lagoa da Jansen, visando à preservação de
áreas de mangue (MARANHÃO, 1993). As modificações da paisagem foram iniciadas com a
ocupação desordenada das áreas de mangues do bairro da Ilhinha, continuadas com a
construção da Avenida Maestro João Nunes e dos conjuntos residenciais Renascença I e II e
Ponta do Farol (Fotos 01 e 02).

O trecho da Avenida Maestro João Nunes foi implantado sobre o igarapé Ana
Jansen, acima do nível da lâmina de água e também do coeficiente médio das preamares de
quadratura, o que acarretou uma condição de armazenamento de água salgada permanente,
originando a laguna. Atualmente, a troca de água na área ocorre somente nas marés de sigízia
quando o nível da maré ultrapassa o piso da galeria, e na estação chuvosa, quando o grande
aporte de água doce garante o fluxo em direção ao mar.

Foto 01– Antes da formação da Laguna da Jansen.


Fonte: Prospec, 1975.
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Foto 02: Laguna da Jansen


Fonte: ZEE-MA, 1999.

3.1 Risco Ambiental e a Degradação

O risco pode ser definido como a "possibilidade de ocorrência de um acidente"


(CERRI; AMARAL, 1998). A definição de risco é associada a uma "situação de perigo ou
dano, ao homem e a suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processo
geológico, induzido ou não" (ZUQUETTE; NAKAZAWA, 1998).

A categoria risco natural está objetivamente relacionada a processos e eventos de


origem natural ou induzida por atividades humanas. A natureza destes processos é bastante
diversa nas escalas temporal e espacial; por isso o risco natural pode apresentar-se com
diferentes graus de perdas em função da intensidade, da abrangência espacial e do tempo de
atividade dos processos considerados.

Durante as ações de urbanização da Laguna da Jansen (aterros, implantação de


rodovia, indução da ocupação, etc) os espaços permeáveis, inclusive áreas de manguezais,
foram convertidos para locais de superfície impermeáveis resultando no aumento do volume
de escoamento superficial e da carga de poluentes, o que concorreu para a emergência de
alterações nas características físicas, químicas e biológicas as quais ocasionaram aumento no
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volume de escoamento superficial e subseqüentes cargas de erosão e sedimentos às águas


superficiais (ARAÚJO, 2007; RIO BRANCO, 1997).

A maioria dos impactos provocados na área está relacionada à ocupação


desordenada já existente e/ ou incrementada, aliada à ineficácia de planejamento que
concorrem para os mais variados tipos de degradação, inclusive a estética e a paisagística que
culmina tanto em prejuízos aos usuários da laguna que são impedidos de fazer usufruto da
pesca por causa do aumento da mortandade dos peixes quanto para as atividades turísticas e
comerciais.

Essas alterações na dinâmica da paisagem da Laguna da Jansen tornaram-na uma


área de risco tanto para moradia quanto para o desenvolvimento de novos empreendimentos,
pois aumentaram a freqüência dos alagamentos em regiões circunvizinhas, demonstrando os
contrastes sócio-ambientais onde edifícios modernos e sofisticados voltados para a classe
média alta e o turismo se deparam com casebres humildes os quais sofrem intensamente com
os impactos ambientais vigentes, incluindo a sujeição ao odor oriundo da própria laguna.

4 CONCLUSÃO

Na maioria das vezes a questão ambiental é trabalhada de forma alarmista, o que


também ocorre em relação aos riscos ambientais e/ ou urbanos vinculados à ausência ou
deficiência em termos de planejamento e ao pouco cumprimento das normas ambientais e
urbanísticas.

Na área da Laguna da Jansen a construção de conjuntos habitacionais em seu em


torno, aliada à criação da unidade de conservação, aos projetos de saneamento ambiental e de
urbanização concorreram para sua revalorização em termos de usos residenciais, comerciais e
turísticos, revelando os contrastes de uma sociedade desigual uma vez que ocupações
desordenadas permaneceram. As ações em termos de mitigações, por isso, tiveram resultados
aquém do divulgado pelo poder de gestão estadual haja vista que o odor derivado das águas
da laguna continua e se de um lado afugenta o turista, de outro compromete a qualidade de
vida do morador de suas imediações. As relações sociais, com efeito, foram afetadas pela
dinamização econômica das ações induzidas pelo Estado e se expressam pela introdução de
novos usos e valores em que serve como exemplo a especulação de incorporadoras que
almejam à apropriação do espaço geográfico enfatizado.
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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Gustavo Henrique de Sousa; ALMEIDA, Josimar Ribeiro de; GUERRA, José
Teixeira. Gestão Ambiental de Áreas Degradadas. 2° ed. Rio de Janeiro. Editora Bertrand
Brasil, 2007.

CERRI, L. E. S.; AMARAL, C. P. Riscos Geológicos. In: OLIVEIRA, A. M. S. & EGLER,


C. A. G. 1996. Risco Ambiental como Critério de Gestão do Território. Território, 1: 31-41.

MARANHÃO. (Governo do Estado). Programa de Saneamento e recuperação ambiental


da Lagoa da Jansen. Estudo de Impacto Ambiental/ EIA. São Luís: SEPLAN, 1993.

MONTAÑO, Marcelo. Recursos Hídricos e o zoneamento ambiental: o caso do município


de São Carlos (SP). São Carlos, 129 p. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo.

RIBEIRO, Benjamin Adiron. Lições práticas e teóricas de planejamento urbano. São


Paulo: 1988.

ZUQUETTE, L. V.; NAKAZAWA, V. A. Cartas de Geologia de Engenharia. In:


OLIVEIRA, A. M. S.; BRITO, S. N. A. (eds.) Geologia de Engenharia. São Paulo: ABGE,
1998.

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