Lost 01 - One Hour Girl PDF

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GAROTA DE UMA HORA

ROMANCE
POR: LETEISHA NEWTON
Garota de uma hora
Copyright © 2016 por LeTeisha Newton

Arte da Capa: © 2015 LeTeisha Newton
Editor: © 2016 Erin Foster
Atualização do eBook: Deena Rae, E-BookBuilders
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eventos e incidentes são produtos da imaginação do autor ou usados de
maneira fictícia. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas,
ou eventos reais é mera coincidência.
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autor.
DEDICATÓRIA
Para meus companheiros sobreviventes.
Eu entendo e estou aqui. Você não está sozinho.
O amor é possível, mas você deve primeiro começar com você mesmo.
Agradecimentos
Eu gostaria de agradecer a Amanda Marie por fazer tanto com este livro, e
por ser aquele segundo par de olhos tão necessário para mim! Obrigada.
Wren Michaels, você é incrível de muitas maneiras. Por estar lá, por me
ajudar, por me enrolar quando fui muito longe no campo esquerdo. É para
isso que servem os amigos e você é o melhor!
Para o meu PA, como sempre, Jessica Adkins-Charles. Mulher, você é

maravilhosa. Obrigado por me escolher para adotar como sua autora e me
forçando.
Eu também gostaria de agradecer a minha editora, Erin Foster. Obrigada,

obrigada, obrigada. Eu disse isso o suficiente? Provavelmente não. Você
respondeu a minha ridícula quantidade de perguntas, transformou meu bebê
em magia e não puxou seus socos. Obrigada novamente.
Finalmente, gostaria de agradecer a Leonard Richardson, Jr. Seu apoio tem

sido algo que está fora deste mundo, e eu sempre apreciarei isso.
Verdadeiramente. Você é único, e você será para sempre meu Centurião1.
E para Beth, minha vida real, Marlena. Eu te amo para sempre e sempre.
Obrigada por ser família porque você me ama o suficiente para estar lá. Você
me mantém sã.
1
Um centurião era um guerreiro que tinha cem homens sob seu comando. Eles lutaram pelo império romano
e foram escolhidos por sua habilidade em combate, bem como pela capacidade de liderança. Uma vez que
um homem se tornasse um centurião, ele seria um até sua morte. Enquanto um soldado comum podia se
aposentar, um centurião não tinha essa opção. Um centurião estava sempre na frente, liderando suas tropas
para a batalha; o lugar mais perigoso para estar no campo de batalha.
Índice
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
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28
29
Epílogo
1
Celeste
“Eu sou bonita.”

Era uma mentira que eu dizia a mim mesma toda vez que olhava no
espelho. Era uma coisa estúpida para fazer, mas eu ainda queria que fosse
verdade. Não, não do lado de fora. Eu tinha o pacote. Eu sempre tive a
aparência. Mas não era o lado de fora que importava. O que contava era onde
eu estava faltando. Eu estava maculada por dentro. Cheia de veneno e
promessas quebradas. Torturada por fantasmas do passado e por minha
própria auto aversão. Na maioria das vezes, eu escolhi ignorar meus
problemas. Além disso, as pessoas pagavam um bom centavo pelo meu tipo
de veneno. Era melhor ser paga por isso do que se chafurdar e se afogar nele.
Olhei por cima do ombro e suspirei pesadamente ao homem nu que
dormia na cama, uma colcha de flores barata cobria seus quadris. O quarto
do hotel era tão barato, mas eu não tinha planejado ficar muito tempo.
Minha conquista para a noite pensei que eu deveria ser sua "garota eterna".
Eu pude ver nos olhos dele durante os trinta minutos em que o montei. Eu
queria poder dar um tapa no rosto dele. Bater nele com a mesma finalidade
dissonante que tive quando soube que não queria dizer nada para ninguém
além de mim mesma.
Eu não era uma garota 'para sempre'. Eu não era nem a dele pela noite.
Ele teria sorte se eu fosse dele pela próxima hora.
Risca isso, eu já estava aqui há tempo suficiente. Em vez disso, eu me virei
silenciosamente e peguei meus sapatos. Não havia como eu estar aqui
quando ele acordasse. Seria apenas estranho para nós dois. Ele foi divertido,
um lançamento para me lembrar de que eu nem sempre fazia coisas para
uma troca de contas. Que eu poderia sair sem pretensões e me sentir como
uma mulher normal. Era isso. Seu uso esgotou e eu não estava com
disposição para a conversa da manhã seguinte.
Meu telefone tocou assim que eu saí. Eu envolvi meu cachecol preto em
volta do meu cabelo antes de pegá-lo.
"Você está bem?" Marlena, minha única amiga, perguntou. Sem censura.
Nenhuma palestra.
"Sim. Estou saindo agora.” Ela, claro, já sabia disso. Marlena sempre era
minha rede de segurança. Em quinze anos de amizade, ela nunca me
decepcionou. Eu poderia depender dela de uma maneira que ninguém mais
entenderia. Ela sabia que eu não ficava com ninguém mais de sessenta
minutos. Ela podia ajustar o relógio por ele. Fazia parte do meu truque, o
fascínio que tornava meu preço tão alto. Meus clientes também não
perceberam que isso fazia parte da minha vida real.
“Slick ligou para você. Ela quer você hoje à noite. Parece que há alguns
grandes apostadores chegando. Ela queria saber onde você estava” disse
Marlena. Suspirei no telefone, desbloqueando meu carro. Deslizando em
meu assento, o couro frio enviou um arrepio ao longo das minhas pernas
nuas.
"Mudando para o Bluetooth", eu respondi, tendo um momento para fazê-
lo depois que eu liguei o meu carro. Eram quase três da manhã. O mundo
estava quieto e o silêncio temporário de Marlena irritou meus nervos por
algum motivo.
"Quando Slick ligou?"
“Apenas cerca de trinta minutos atrás. Ela queria saber se você estaria
disponível hoje à noite, e eu disse a ela que você não estaria.”
Eu teria que ligar para Slick. Ela estava no meu caminho para um mundo
bagunçado. Uma vez eu disse a ela que ela era como cocaína: fina, branca
pura, suave ao toque e tão viciante. Ela sorriu grande e me disse que eu
poderia ficar viciada por tanto tempo quanto eu queria. Ela não acreditava
em reabilitação de qualquer maneira. Às vezes eu pensava que fazer check-
in em algum lugar não seria uma ideia tão ruim.
Olá, meu nome é Celeste e sou viciada em sexo e situações perigosas. De
alguma forma eu não achei que eles me ajudariam.
Na verdade não.
Eu parecia muito limpa, bonita demais. Perfeita. Eu era perfeita. Eu tinha
um emprego seguro trabalhando como secretária de um importante
escritório de advocacia; Eu possuía minha própria casa, dirigia um carro caro
e fazia viagens a locais exóticos para fazer negócios. Eu era a garota
americana durante o dia. Eram minhas noites que estavam sujas. Aquelas
horas entre o pôr do sol e o nascer do sol que ganhei a vida, por trás de uma
máscara de indiferença e sedução. Eu era uma atriz, equilibrada e realizada
no meu ofício.
E eu odiava que eu amei tanto.
"Você está aí?" Marlena perguntou, interrompendo meus pensamentos.
"Sim estou aqui. Vou ligar para ela agora e ir para casa.”
"Ligue para mim quando chegar lá, ok?"
"Eu vou. Eu te amo para sempre."
"E sempre", ela terminou. Dizer essas palavras era algo que tínhamos feito
desde a infância. Eles estavam cheios de segurança e familiaridade. Marlena
sabia que eu queria dizer isso, mesmo quando não nos víamos com
frequência. Eu me juntei à rodovia quando disse ao meu carro para ligar para
Slick e esperei pacientemente que ela atendesse.
"Isso não demorou muito", disse ela em tom de saudação.
“Nós duas sabemos que isso nunca acontece. O que você tem para mim?”
Eu perguntei.
"Ouça-me antes de dizer não, ok?" Slick perguntou.
Eu gemi. Havia alguns "nãos" automáticos para mim: jogo da dor,
dramatização mórbida e bolas de máscaras. Os dois primeiros eu sabia que
Slick não sonharia em trazer para mim. Mascaradas me assustou. Às vezes as
pessoas ficam realmente estranhas quando colocam uma máscara. De
alguma forma, ter metade do rosto coberto lhes dava licenças para ser total
e completos idiotas.
"Slick, você sabe melhor", eu respondi. Eu estava trabalhando como uma
das acompanhantes de Slick por quase cinco anos. Tivemos um arranjo
disfuncional de irmã grande / pequena. Eu gostava muito dela, mas ela
irritava a merda voadora de mim quando ela queria.
“Celeste tem todas as regras que você gosta e o dinheiro é fabuloso. É um
show de uma hora para você. Você deve ser um adorno para o seu cliente.
Ele não espera mais do que isso”.
"Quão bonita eu devo estar?" Eu perguntei intrigado.
“Apenas a máscara. Isso é tudo que você precisa. O pedido é para cabelos
cacheados e despenteados e sem maquiagem. Uma hora, o dobro da sua
taxa.”
Eu parei antes de responder. US $ 5.000 por uma hora não era um show
ruim. Minha parte era depois Slick pegou a dela. Eu não podia espirrar em
cinco mil, não importa como eu olhasse para isso. Trabalhar com Slick pagou
meu carro, minha casa, e garantiu que eu estivesse livre de dívidas antes de
atingir meus trinta anos. Embora o público não soubesse muito sobre como
eu tinha feito isso, o fato era que eu estava vivendo o sonho e gostei desse
jeito. Eu tinha minha independência e uma conta de poupança grande o
suficiente para me manter cuidada por alguns anos, se eu parasse de
trabalhar. Todo trabalho para Slick me trouxe mais perto da aposentadoria
permanente. Isso significava mais para mim do que qualquer outra coisa,
vindo de onde eu fazia.
Eu nasci no gueto pobre, mas aos vinte e quatro anos eu estava
determinada a morrer rica e uma velha gatinha.
"Onde estou indo?" Eu perguntei, decidindo aceitar o emprego.
Slick me deu os detalhes e eu desliguei o telefone com ela. Eu recuei um
pouco apenas usando uma máscara, mas pensei que era melhor do que ser o
prato de alguém. Eu já tinha feito isso antes e obter pequenos pedaços de
comida dos meus inomináveis momentos tinha sido um bom momento. A
depilação era outro ponto não tão divertido. Eu era toda para ir nua, mas
ceras brasileiras doem. Slick estava pagando essa conta e ela teria um
encontro marcado para mim às nove. O que significava que eu tinha cerca de
quatro horas de descanso antes que eu precisasse me levantar e ir ao ginásio
para o meu treino matinal. Ugh
A música bombeava nos meus ouvidos enquanto eu atacava minha

bicicleta de spin. Eu estava no Tour de France andando ao lado de um grande
ciclista, prestes a vencer a corrida. O final estava certo ao redor da curva,
onde eu iria receber meus elogios e votos de felicidades quando um fone de
ouvido foi arrancado do meu ouvido. Eu me forcei a não amaldiçoar a cadela
que fez isso. Estar em um estabelecimento legal como este significava que eu
tinha que tentar o meu melhor para parecer que eu estava acompanhando
os Joneses durante o dia. Em vez de fazer o que eu realmente queria, cerrei
os dentes e olhei para minha irmã com um sorriso feroz.
"Muito tempo, não morreu ainda, Pamela", eu disse a ela.
"Eu pensei que eu iria encontrá-la aqui", disse ela, farejando. Ela olhou
para cima do seu nariz para mim. Pamela não gostava de trabalhar e me
vendo toda suada provavelmente a fez querer sair em colmeias. Saí da minha
bicicleta e a puxei para os meus braços para um grande abraço. Fui uma
vadia, mas a satisfação que recebi de seu desconfortável guincho colocou um
verdadeiro sorriso no meu rosto.
"É tão bom ver você", eu disse. Então, e se não fosse legal?
“Tão fodidamente rude. Você é uma vadia, você sabe disso?” Ela limpou os
braços. Ela estremeceu e revirou os olhos para mim. " Eu não vou conseguir
tirar o seu fedor por um ano ", ela bufou.
Eu olhei ao redor, esperando que ninguém ouvisse as palavras meio
gritadas. Eu não deveria ter olhado. O brilho nos olhos dela me disse que ela
planejava usar o meu desconforto de qualquer um que ouvisse suas palavras
grosseiras contra mim.
"Momma pergunta quando você vai enviar o cheque", Pamela disse, ainda
alto. Ela sorriu para mim antes de estalar o chiclete.
Você sabe, Pamela poderia ser muito legal quando ela tentasse. Ela e eu
tínhamos nossos cabelos morenos e olhos escuros de chocolate do nosso pai,
mas Pamela era curvilínea, pele mais escura e menor como a nossa mãe. Eu
tenho minha estrutura esbelta e pele dourada de nosso pai. Crescendo que
me fez magra e fofa como um cachorrinho. Isso significava que eu não
precisava trabalhar muito para manter uma forma decente; malhar apenas
tornava meus membros mais flexíveis. Além disso, minha pele era louvável.
Mas eu não queria pensar nisso agora.
“Eu já mandei o dinheiro para mamãe. Ela ligou para me agradecer há dois
dias.” Peguei minha toalha da bicicleta e enxuguei a testa. Tomei um gole da
minha água fria para acalmar minha garganta seca.
“Ela diz que foi pouco. Olha, Cel, você tem dinheiro suficiente, vivendo na
sua grande casa na colina. Merda, continuamos nos projetos tentando
conseguir uma vantagem e você sendo mesquinha. Mamãe não deveria se
preocupar com nada. E tudo o que fizemos por você? E a maneira como cuidei
de você quando você estragou nossas vidas?”
Sua voz nasal não fez o que ela disse melhor. Mordi o lábio, obrigando-me
a não bater ou tentar bater a cabeça na porra do chão. Em jeans skinny e uma
blusa preta com grandes argolas de ouro, ela estava vestida para baixo de sua
norma. Eu me perguntei se ela tentou se vestir mais barato para conseguir

mais dinheiro. Sempre era a mesma coisa. Sempre. Eles nunca deixam
descansar. Se eu não pagasse, eles apareciam no meu escritório, na minha
casa, em qualquer lugar que pudessem. Depois de perder dois empregos por
causa deles, parei de tentar me esquivar de cuidar deles. Mas quando isso
iria parar? Não era o suficiente que eu me sentisse como merda total por
arruinar o casamento dos meus pais? Não era suficiente que papai não
pudesse mais me olhar nos olhos?
"Eu fiz tudo o que qualquer um de vocês me pediu e você sabe disso, Pam,"
eu disse entre os dentes e me afastei dela. Voltei para os vestiários para pegar
minha bolsa. Eu sabia que ela me seguia. Eu prefiro não ter essa conversa no
ginásio de qualquer maneira.
“Bem, mamãe disse que precisa dos outros quinhentos dólares e precisa ir
a Dallas para procurar o médico na próxima semana. Nós teremos que passar
a noite. Você sabe que não podemos dirigir por muito tempo, então apenas
dê mais trezentos para que possamos ter um quarto de hotel também”, disse
Pam.
“Eu não dei pouco dinheiro para mamãe. E você pode dirigir, Pamela. Você
dirige à noite muito bem. Você poderia trazê-la de volta em apenas algumas
horas.” Nós dois sabíamos disso, mas não importava o que eu dissesse. Ela
estava interessada em gastar meu dinheiro e sentir como se ela fosse uma
grande figura. Mamãe não era melhor. Ambas acreditavam que, porque eu
'fizera', isso significava que elas também tinham.
“Eu disse a mamãe que você nos deixaria penduradas quando
precisávamos de você. Não sei por que ela enfrenta você e seu desrespeito”.
“Só porque você não saiu de casa, Pamela, não significa que você esteja
cuidando dela. Eu tenho pago todas as suas contas e tentando me manter à
tona. Eu não sou uma vaca de dinheiro.” A porta do vestiário vibrou quando
eu a fechei. Eu ergui minha bolsa sobre o ombro, extremamente tentada a
dar um tapa nela.
“E mamãe perdeu a casa, o carro, o emprego, a vida depois das mentiras
que você contou. Você deveria estar cuidando dela, então não chore sobre
essa merda agora!” Pam disse.
Eu pisquei, lutando contra as lágrimas de volta.
Eu nunca menti. Não importava o que alguém dissesse. Mamãe havia

pegado uma boa quantia de dinheiro para deixar o que aconteceu deslizar
para debaixo do tapete. Ela gastou tudo isso em compras e implantes, e se
colocou de volta no gueto que ela fez por alguns anos. Ela havia perdido a
casa e o carro porque meu pai se divorciara dela depois de tudo, tão
distorcida pelo que minha mãe disse a ele e sem saber em quem acreditar.
Ele saiu e levou todo o seu dinheiro com ele. Ela tinha sido uma garota de
capuz elevada a dona de casa e ela odiava isso, mas ela fez o trabalho.
Quando eu a ameacei, ela atacou e ela perdeu. Isso não era minha culpa.
Nada disso era. Era isso?
"Tudo bem, Pam", eu disse drenada e não com vontade de discutir mais.
As pessoas olhavam para nós e isso me irritava. Eu não era mais uma
garotinha espancada. Mas ainda uma palavra de Pamela ou minha mãe e eu
era reduzida a criança assustada que disse a mãe dela o segredo que ela
estava mantendo. E isso destruiu suas vidas, assim como o Sr. Welsh disse a
ela.
Mr. Welsh: meu pesadelo. O começo de uma queda precipitada na
escuridão. E a primeira razão pela qual eu precisava de sexo para me sentir
viva. Pamela não sabia nada sobre a minha vida agora e eu nunca quis que
ela soubesse. Eu andei com ela para o meu carro antes de pegar minha bolsa
e dar um cheque para minha mãe. Elas provavelmente não pediriam mais por
mais algumas semanas. Pelo menos durante esse tempo eu podia respirar.
Eu poderia esquecer que eu já havia sido uma pequena escrava agoniada
trancada em um porão.
Eu poderia esquecer que destruí minha família e os homens só me queriam
por uma coisa.
Pelo menos agora eu estava sendo paga para fazer o que sei fazer de
melhor.
2
Celeste
Eu era uma obra misteriosa. Ar fresco enrijeceu meus mamilos, enviando

um arrepio ao longo da minha pele nua. Seria horrível dizer que amei o
sensação? Provavelmente.
A máscara preta e dourada cobria meu rosto da ponta do meu nariz até o
topo da minha testa. Penas negras se espalhavam como uma coroa em cima.
Minha maquiagem foi escurecida em volta dos meus olhos só para aumentar
o mistério. Eu tinha instruções específicas para não fazer muito mais que isso.
Seguindo essas instruções, deixei meu cabelo secar ao ar depois de lavá-lo,
de modo que ele se soltasse em cachos soltos.
Este era o lugar onde eu estava confortável.
Sexo eu entendi, eu poderia lidar com isso. Era simples, confuso, prazeroso
e temporário. Você fodia ou não. Você beijava ou ia direto para o trabalho.
Você gozava ou você queimava com a falta de vir. De qualquer forma, era
cortado e seco2. Eu precisava disso. A vida normal me assusta porque eu
nunca soube quando seria arrancado debaixo de mim.
Foi por isso que fiz o que fiz, porque continuei fazendo isso.
Eu precisava desse preto para temperar o cinza. Precisava da segurança do
que eu tinha para afastar o medo do que eu não sabia. Eu não era diferente
de um alcoólatra e estava ciente disso. Mas como um alcoólatra, eu não dava
a mínima para parar. A vida se intrometeria então e isso era muito pior.
"Você está pronta?" Eu perguntei a uma das outras garotas vestidas de
maneira similar no pequeno quarto que nos deram para ficarmos prontas. Eu
não perguntei o nome dela. Eu não me importei. Ela tinha cabelos ruivos e
olhos castanhos escuros, uma combinação que achei tão estranha quanto
sedutora. Eu sabia que ela não era uma das garotas de Slick, e isso foi o
suficiente para me dizer que ela era uma competição. Ela beliscou seus
mamilos para se certificar de que eles se levantaram.
2
Definido, não aberto para alterar. Sendo feito de acordo com um plano.
"Sim eu estou. Eu vou avisá-los”, ela respondeu.

Ela virou nos calcanhares vermelhos, que combinavam com a máscara, e
foi até a porta para deixar o mordomo saber que estávamos prontas. Ela mal
tinha uma bunda; Eu venci. Eu pisei em meus escarpãs pretos, puxando meu
quadril para a direita, e agarrei meus antebraços com meus braços atrás das
costas. Arqueando minhas costas, meus seios ficaram proeminentes e
esperei.
Até o perigo entrar.
Ele era meu encontro de hoje à noite, eu sabia disso. Eu estava segura para
o detentor do evento. Uma hora. Uma hora até que outra das garotas de Slick
assumisse o controle e eu pudesse voltar para casa.
Uma hora eu tinha que estar perto dele. Ele era alto, comparado ao meu
um metro e oitenta. Ele tinha que ter alguns centímetros acima de um metro
e oitenta e dois. Eu amava um homem bem construído que era magro como
um corredor. Meus encontros se encaixam nessa construção.
Eu olhei para o corte de seu terno cinza de carvão, camisa preta e gravata
cinza. Impressionante. Os ombros largos afunilavam-se numa cintura estreita
e pernas compridas. Mas seu rosto, Jesus seu rosto. Era tudo ângulos e poder
- uma mandíbula forte, um nariz comprido e fino, lábios cinzelados e olhos
verdes profundos.
Ele olhou para mim. Através de mim. Ele fez uma careta antes de se
aproximar de mim.
"Você é meu encontro para a noite." Ele disse 'encontro' como uma
maldição e eu arqueei minha testa para ele, irritada, eu notei sua boa
aparência quando ele parecia estar enojado com a coisa que eu representava.
Este homem provavelmente nunca teve que pagar por sexo em sua vida.
Eu não era uma novata que deixaria suas ações me machucarem. Eu não
faria.
"Isso é o que você pagou." Eu mudei meu peito para que meus seios
balançassem um pouco. Seus olhos deixaram meu rosto e seu olhar seguiu o
balanço dos meus seios por um momento antes dele olhar de volta para mim.
Então, não completamente adverso aos meus encantos.
“Seu trabalho é ficar em silêncio, seduzir e sorrir bastante. Esses homens
aqui estão doando dinheiro para a minha organização com base em "pagar
por uma de vocês pela noite", disse ele, com os dedos se curvando entre
aspas.
"Eu entendo", eu disse. Isso era negócio, e isso eu podia fazer. Homens
com dinheiro faziam muitas coisas estranhas com o dinheiro deles. Eu tinha
homens e mulheres mais poderosos na minha lista de clientes do que eu
jamais acreditaria quando comecei. Isso não era diferente e a premissa da
noite não me incomodou.
Foi o fato de o organizador parecer desconfortável com o evento. E seu
desconforto foi estendido para mim.
Por que me incomodou, eu não sabia. Não deveria. Eu balancei a cabeça
para clarear meus pensamentos e fiquei mais alta. Deixei meus braços caírem
ao meu lado antes de ir para o lado dele. Ele endureceu um momento antes
de relaxar enquanto eu agarrei seu braço em minhas mãos. O material frio
do seu terno esfregou contra o meu mamilo e eu respirei fundo, absorvendo
seu perfume com isso. Eu poderia sentir o gosto na parte de trás da minha
garganta.
Ele cheirava a sândalo e jasmim, mas em uma assinatura leve e persistente
eu reconheci. Eu cheirei Clive Christian em muitos homens, mas eu não tinha
cheirado assim. Nunca. Eu me inclinei, inalando mais do cheiro dele. Meu
encontro mudou para mim e moldou seu corpo na minha frente. Eu soltei o
braço dele com uma mão e agarrei sua lapela. Ele segurou seu corpo, duro e
quente, contra mim. Meus seios formigaram, esmagados em seu peito, e eu
não pude deixar de tomar outro fôlego. Meu nariz tocou seu pescoço antes
que eu percebesse. Eu peguei sua respiração rápida, a mordida de seu dedo
em meus braços enquanto ele me segurava, e me puxava para mais perto.
"Você faz o seu trabalho bem", ele sussurrou no meu ouvido. Sua voz era
baixa, sedutora e autoritária. "Mas eu não pago para ter prazer."
Eu parei de respirar.
Ele não poderia ter feito um trabalho melhor se tivesse jogado água fria
sobre a minha cabeça e rido na minha cara. Forcei um sorriso, sentindo a
queimadura da vergonha. Eu me inclinei para longe dele e olhei diretamente
em seus olhos. Ele não ia me assustar. Ele não ia me machucar como tantos
outras fizeram.
“Docinho, você gastou mais de $2,000 em colônia feita especificamente
para atrair mulheres e comprou acompanhantes para ganhar dinheiro para
sua organização. Você pagou por acompanhantes já, você teria ficado muito
mais feliz se tivesse pago para mim. Devemos?" Fiz um gesto em direção à
porta aberta e a festa pela qual ele me pagou. Ele escondeu bem sua surpresa
momentânea, a expressão se derretendo em uma máscara fria tão rápido que
eu teria perdido se eu não estivesse olhando para ele.
Pegue isso. Eu posso ser um monte de coisas, mas seu objeto de ridículo eu
não sou.
Ele não reconheceu minha declaração, em vez disso, ele se virou para a
porta e saiu dela comigo. Eu mantive meu aperto em seu braço, mantendo
minha cabeça erguida.
"Royce Mattherson", ele disse então. Eu fiz uma careta para ele. "Meu
nome", acrescentou. Um sorriso brincou em seus lábios, o lado esquerdo um
pouco mais alto que o direito. Aquele sorriso, aquele show de imperfeição,
fez meu coração pular uma batida.
Obriguei-me a ignorá-lo enquanto pensava em minha resposta. “Prazer em
conhecê-lo, Royce Mattherson. Eu sou sua garota de uma hora.” Inclinei a
cabeça para ver o relógio em seu pulso. "Dos quais você tem quarenta e cinco
minutos restantes."
Ele riu, um som suave e estridente que fez meus dedos se curvarem. “Eu
machuquei seus sentimentos, entendo. Cresce menina. Este mundo vai te
esmagar se você permitir. Você não vai muito longe se não entender isso.”
"Você não sabe nada sobre mim", eu assobiei para ele através dos dentes
cerrados, mantendo o meu sorriso falso enquanto ele me levou até o
corredor para a parte principal da festa em um salão de baile.
"Você tem um chip no seu ombro 3uma milha de distância", ele respondeu.
“Agora quem tem os sentimentos feridos? Eu acho que você está mais
incomodado do que você quer deixar transparecer que eu não ofereço meus
serviços,” argumentei.
3
Um chip no ombro vem dos dias em que havia uma declaração formal para uma luta, soco etc. Quando
uma pessoa discordava fortemente de alguém sobre uma crença pessoal, colocava um pedaço de madeira no
ombro e ousava a outra. para derrubá-lo . Uma vez que a outra pessoa fez isso sinalizou o início da luta e
assim socos foram lançados. Exemplos disso podem ser vistos em filmes britânicos antigos, de 1930 a 1950.
Usamos essa expressão para dizer que alguém tem um sentimento profundo de convicção ou convicção
sobre algo (se isso os incomoda ou que eles não ouvem qualquer outra opinião sobre isso) e, portanto, se
você discordar, eles o desafiarão veementemente. Neste caso senti como se ele estivesse dizendo que ela
tinha resposta pra tudo.
"Você está aqui; Eu já tenho seus serviços. Eu só não quero o que há entre
suas pernas” ele respondeu. Eu senti seus olhos em mim.
Eu sabia que o que ele disse era mentira. Eu poderia ler sobre ele. Eu o
incomodava. Pisou em sua oferta de paz. E, sim, eu estava meio que
magoada, meio que incomodada por ele não ter reagido do jeito que eu
esperava.
E onde isso me deixou admitindo isso?
"Sim você faz", eu disse, parando.
Ele parou comigo. Eu me virei para ele e passei a mão por sua área da
virilha. Seu pau pulou debaixo da minha mão. O desejo estava lá, apesar de
suas palavras.
"Eu sei disso melhor do que qualquer coisa e você me quer." Eu trilhei
meus dedos sobre sua forma. O pano nos separou, mas o calor dele passou
quando eu medi sua cintura. Meu pulso acelerou. Sim, isso é o que eu sabia,
o que eu entendia. Ele agarrou meu pulso e puxou minha mão para longe.
“Você fala o que pensa e eu posso respeitar isso. Mas deixe-me ser
perfeitamente claro: eu nunca paguei, e nunca pagarei por sexo. ”
“Esse é o seu problema? E se nos tivéssemos conhecido em um bar? Em
um clube tarde da noite com a música batendo ao nosso redor?” Eu
perguntei.
"Então eu teria fodido você contra a superfície mais próxima até que você
não pudesse ficar de pé e fosse embora", ele respondeu. Ele recuou e
endireitou a roupa antes de olhar para mim com uma pergunta em seus
olhos.
Eu não tinha retorno para isso. Meu corpo estava quente com a ideia e o
anonimato do encontro teria sido exatamente o que eu gostava. Mas algo em
mim hesitou. Eu gostaria de ser um transeunte no mundo desse homem? Eu
não sabia e a falta de resposta me irritou. Eu precisava me afastar dele e das
perguntas que ele trouxe, rápido.
"Tenho certeza de que teria sido um momento divertido", respondi, não
mais interessada nas brincadeiras. Segurei seu braço mais uma vez e ele
entrou na festa, seu pequeno sorriso torto no rosto novamente.
Eu odiava aquele sorriso. Isso significava que ele ganhou. Que ele me
superou. Eu não queria que ele ganhasse. Eu não queria ficar para trás. E me
irritou que eu me importasse tanto. E ainda assim, enquanto o ouvia falar
sobre sua organização, ajudando com a violência doméstica e usando cães de

resgate para ajudar a reconstruir a confiança naqueles que haviam aprendido
apenas com a dor de seus entes queridos, não havia dúvida de que ele era
um homem inteligente. Ele era composto. Ele era um homem que eu poderia
ter gostado. Um homem que eu poderia ter respeitado se o meu outro lado,
o lado imaculado e perfeito, o tivesse conhecido primeiro. Ela teria sentado,
sorrido e falado com ele? Será que ela teria corado com os elogios dele e
desafiado com uma conversa instigante? Ele teria gostado dela?
Agora eu estava fazendo a prostituta e, pela primeira vez, me senti suja e
desejei que a Srta. Perfeita estivesse presente.
Eu odiava o Royce Mattherson.
3
Celeste
Meu telefone me acordou do meu sono e eu gemi. Apenas um dia por

semana, um dia, eu gostava de dormir no domingo. Os dias da semana eram
para o trabalho diário e a maioria das noites era para Slick, exceto sexta-feira.
As noites de sexta-feira eram todas para mim e meu tipo especial de remédio.
Uma dose da qual eu perdi porque não encontrei ninguém que acionasse
meu motor. Domingo era tudo sobre recuperar, e todos que me conheciam,
realmente me conheciam, entendiam isso.
Eu olhei para o meu celular, na esperança de parar o toque maldito. Claro
que eu tinha deixado do outro lado da sala na minha bolsa. Quando não
parou, eu bufei e saí da cama.
"Slick?" Slick nunca me ligou no domingo. Ela sabia melhor do que
ninguém que eu não estava disponível.
"Sinto muito acordá-la, m'ija 4, mas isso não poderia esperar."
"Nem mesmo até depois do meio dia?" Eu sentei na minha cama. Eu
esfreguei minha mão no meu rosto, tentando acordar. Quando olhei para o
meu despertador, vi que eram apenas oito da manhã. Alguém queria morrer.
“Ranzinza. E não, não podia. O dinheiro nunca espera”, acrescentou Slick.
"Slick, em algum momento você tem que perceber que você simplesmente
ignora meus limites", argumentei. Esta era a segunda chamada esta semana
que estava fora da nossa norma.
“As coisas continuam vindo em sua direção. Como isso é minha culpa?” ela
perguntou.
"E você não podia esperar até amanhã por isso?"
“Responder a uma pergunta com uma pergunta não é um bom negócio.
Você sabe que se eu estou chamando você fora de seus parâmetros Eu pude
entender que poderia ser rejeitada, e você sabe que eu não iria incomodá-la
4
minha filha em espanhol
com nada. Agora que temos isso estabelecido, você está pronta para ouvir
minha oferta?
“O que você tem para mim? E antes de responder, estou me arrastando de
volta para a cama depois da ligação, então é melhor que seja para amanhã”
- resmunguei. Ela estava certa, é claro. Slick não me traria besteira, porque
ela sabia que não iria cortá-la. E às vezes eu me sentia melhor discutindo com
ela só um pouquinho. Alguns empurram e puxam mantiveram nosso
relacionamento vivamente.
“Cel, você e eu sabemos que o dinheiro nem precisa ser certo para você
sair da cama. Eu te conheço, lembra? Você precisa trabalhar para mim mais
do que você precisa do dinheiro. É como eu tenho garotas como você. É como
eu mantenho você”, disse Slick.
Eu não podia discutir com ela. Ela sempre soube como chegar até mim.
Suspirei. Ela estava certa novamente. O dinheiro que eu estava recebendo
era uma ótima maneira de financiar minha aposentadoria, mas havia muitas
maneiras de obter esses fundos. O fato de eu ter escolhido trabalhar para ela
dizia muito. Ela entendeu isso. Quando Slick não estava agindo como uma
Madame, ela era Alina Aranjo, investidora e socialite. Foi como ela conhecia
os homens e mulheres que ela poderia contar entre sua clientela. Era tudo
muito sigiloso, mas Alina cresceu nas ruas e lutou para chegar onde estava
agora. A senhora podia ler uma garota em segundos, e eu não tinha sido
diferente.
Ela tinha visto através do meu ato em 2,2 segundos na primeira vez que
nos conhecemos. Foi em um jantar de aniversário que meu chefe queria que
a firma fosse alguns anos antes. Minha firma representava Slick, falava sobre
um conflito de interesse, e ela queria encontrar os funcionários para
agradecer a todos por um trabalho bem feito. Desde que ela canalizou muitos
negócios para a empresa, ninguém disse não. Foi um encontro de sorte; ela
me deu uma saída muito mais segura para os meus caminhos, e eu agradeci
a ela por isso. Mesmo quando ela me acordou em um domingo.
"O que é?" Eu perguntei como nós dois sabíamos que eu faria.
"Quanto você gostou do seu trabalho algumas noites atrás?" ela
perguntou.
Um calafrio percorreu minha pele quando Royce me veio à mente. 'Gostar'
não era uma palavra que eu usaria para descrever a hora passada com ele.
Odiados, intrigados, irritados, atraídos, luxúria, todos trabalhariam. Mas

como apenas não iria cortá-lo. De qualquer maneira, eu não estava
interessada em enfrentar o Royce Mattherson tão cedo.
Mentirosa.
“Foi um show, Slick. Você já sabe disso. O que há com as perguntas?” Eu
perguntei em vez de dizer a ela o que eu estava pensando.
Slick deu uma risadinha. “Nunca é só um show para você, Cel. Eu tenho
uma oferta para você, uma que faria até uma garota que não se importa com
o dinheiro começar a pensar nisso.”
Meu intestino se apertou. Royce. Tinha que ser ele. E eu não tinha tanta
certeza de que gostaria do emprego. Inferno, eu provavelmente amaria, mas
o preço era alto demais? Royce tirou de mim emoções com as quais eu não
queria lidar, não precisava. Ele não estava cortado e seco, ele não era preto
e branco. Ele estava firmemente no cinza, e eu não queria isso. Eu não queria
sombra.
“Cel, você está olhando para uma semana, começando amanhã, na mesma
taxa que o evento da outra noite. E no caso de você estar cansada demais
para fazer as contas, são vinte e cinco mil. Em uma semana."
"Não", eu respondi rapidamente. Insuficiente. Não era o suficiente para ter
que lidar com ele. Para enfrentar meu desejo por ele.
"Cel ..."
"Não, Slick", eu interrompi com firmeza "Só não. Me ligue quando tiver
outra coisa, ok?” Eu desliguei antes que ela pudesse dizer qualquer outra
coisa. Uma coisa sobre Slick era que ela nunca forçou nenhuma de nós. Nós
não éramos escravas dela. Ela encontrou mulheres que precisavam disso,
deu-lhes pacotes e muito dinheiro para cobrir por serem viciadas. Mas ela
ficou no negócio porque ela não empurrava.
Royce foi um empurrão para mim.
Suspirei e deitei na cama, largando o telefone ao meu lado. O sono era o
que eu precisava. Mais algumas horas de sono ininterrupto. Quando meu
telefone tocou de novo, quase gritei. Quando olhei para a tela, fiz por
frustração.
"Olá mãe." Minha mãe sabia que eu não ignorava suas ligações. Se fizesse
isso, ela só ligava repetidamente ou enviava Pam para minha casa. Não havia
como se esquivar dela.
"Como está a minha número um?" ela perguntou docemente e eu me

encolhi.
Minha mãe tinha esse tipo de voz que ela usava e sempre soava como se
estivesse implorando quando estava tentando ser legal. Eu me perguntei por
que ela simplesmente não cortou as besteiras e me disse o que ela realmente
queria. Algo como 'Hey Celeste, você arruinou minha vida e agora vai pagar
por isso'. Eu a teria respeitado mais.
Mas eu amava minha mãe, pelo bem que me fez. Eu precisaria ver um
terapeuta para entender, e eu tive uma vez. O terapeuta me disse que eu
tinha muita culpa por falar sobre o meu abuso e bagunçar a família que eu
contava para ser minha rocha, estar no meu lugar ao longo de tudo isso.
Mentalmente, eu entendi isso. Mas meu coração não conseguia entender o
amor de alguém incapaz de devolvê-lo. A história da minha vida.
"Eu estou bem. Você está bem?" Eu não deveria ter perguntado, mas era
a melhor maneira de descobrir o que ela queria.
“O médico disse que estou melhorando. Eu pensei que você gostaria de
saber disso. Mas ele acha que eu deveria procurar outro especialista para
uma segunda opinião.”
Mais como nona opinião.
Minha mãe é hipocondríaca. Uma simples tosse significava que ela
certamente tinha câncer e eu cresci com seus medos de doença maluca. Ela
e eu sabíamos que nada estava errado com ela e era o jeito dela de tirar mais
dinheiro de mim. Funcionou.
“Ele lhe indicou uma que funcionasse com seu programa de indigente?”,
Perguntei.
“Claro que não, esses médicos não sabem de nada e não tentam descobrir
o que realmente está errado com você. Eles apenas olham para você e
passam adiante” minha mãe disse, sua fachada de doçura quebrando um
pouco.
"Quem ele gostaria que você visse?" Eu perguntei, temendo a resposta. Ela
jogou fora algum especialista cardiovascular bem conhecidos. Eu lutei contra
um gemido. Isso ia me custar, muito.
“Eu preciso ver ele, Celeste. Você quer sua mamãe por um longo tempo,
certo?”
Não, não sei. Eu me senti uma merda por meus pensamentos

desobedientes.
“Claro, mãe. Entre em contato com ele e descubra o quanto vai ser ”, eu
disse já cansada da conversa.
"Eu fiz. Ele tem uma programação completa até o próximo mês, mas ele
pode me ver para uma consulta particular por não tanto assim.”
Claro que ele a veria. Eu estava preparada para a quantidade, mas eu ainda
tinha que cerrar os dentes para parar de gritar com ela. Quando a vítima era
a culpada? Quando eu não seria mais punida por ter algo acontecendo
comigo? Que porra importava que ela não se sentisse bem às vezes? Isso
significava que ela tinha que viver diretamente nas minhas costas?
Pensei em Slick e na oferta que ela fez para ir a alguns encontros com
Royce Mattherson. Eles pareciam mais atraentes agora. Eu precisava do
trabalho. Eu precisava de sexo obscuro e sujo. Eu precisava estar perdida sob
uma onda de prazer e orgasmos alucinantes e tinha a sensação de que Royce
me daria exatamente o que eu precisava.
Eu desliguei e rastejei sob minhas cobertas. Eu precisava me sentir viva.
Royce me faria esquecer os pedaços irregulares da minha vida? Eu não sei.
Mas olhando para ele, ele era o material dos sonhos. Um homem que me
teve lutando para manter a umidade entre as minhas pernas escondidas a
noite toda. Ele parecia a melhor opção do que ignorar minhas necessidades.
Eu sabia que precisar de sexo como eu precisava estava errado e algo estava
bagunçado na minha cabeça. Ninguém tinha que me dizer. Sexo me fez sentir
como se eu estivesse viva, como se eu estivesse no topo do mundo.
Minha mãe, Pam, meu trabalho e o estresse da vida desapareciam quando
eu praticava meu ofício. Inferno, eu era boa pra caralho nisso. Eu poderia usar
Royce assim como ele estava me usando e nós dois iríamos embora mais
satisfeitos por causa disso.
Eu poderia pegar seu dinheiro, deleitar-me com seu sexo e seguir meu
caminho. Nenhum dano, nenhuma falta.
Eu peguei meu telefone. O alumínio quente me acalmou quando tomei
minha decisão. Minha cabeça já estava limpa, a névoa se dissipando. Isso é o
que eu sabia, a que me agarrei. Slick estava certao; ela sabia exatamente do
que eu precisava e, para uma garota como eu, o dinheiro não significava
nada. A Sra. Perfeita estava mais uma vez desaparecendo e eu estava feliz
que ela estivesse. Viver a vida era uma droga, e eu precisava da minha
escuridão para me manter aquecida à noite.
"Você mudou de idéia?" Slick perguntou por meio de saudação. Ela não se
vangloriava, e eu apreciei isso.
"Você me conhece." Eu puxei meu cobertor firmemente ao meu redor,
bloqueando o mundo e a merda que sempre jogava em mim.
“Melhor que você se conhece. É por isso que ainda não o contatei.”
Ele. Royce. O homem que ia fazer o mundo parar de girar, pelo menos de
segunda a sexta-feira. Eu deslizei minha mão pela minha calcinha de pijama,
pronta para ser levada para aquele outro lugar. Aquele lugar claro de preto e
branco.
“Eu vou encontra-lo. Masturba-lo."
"Você quer que eu pressione por mais dinheiro?" Slick perguntou, sempre
a mulher de negócios.
"Se você quiser, mas o dinheiro não importa."
"Eu sei."
Eu também sabia disso.
4
Royce
Eu quero que você desmonte a vida de Cameron Welsh até que ele não
tenha sequer os sapatos em seus pés. E quero que você se certifique de que
ele fique lá”, disse a Maurice, meu advogado pessoal.
Maurice olhou para mim por cima dos óculos por um momento. "Quem é
Cameron Welsh?" ele perguntou.
Eu não estava dizendo. Eu não conseguia sequer olhar para o arquivo que
estava na minha mesa mais uma vez ou eu encontraria o galês e estalaria o
pescoço dele.
"Qual foi o estatuto de limitações ao estupro há oito anos?" Eu perguntei
em vez disso, as rodas girando na minha cabeça. Por enquanto eu ficaria
satisfeito em arruinar financeiramente o Welsh. Um dia, porém, eu adoraria
vê-lo apodrecer na prisão como o bastardo que ele era.
“O estatuto de limitações ao estupro depende mais da idade do
demandante. Basicamente, antes de completarem vinte e seis anos,
processos e ações judiciais são opções viáveis. Quem é Welsh?” Maurice
perguntou de novo, tirando os óculos. Ele os dobrou com calma e os colocou
no bolso do peito.
“Por enquanto, apenas faça o que eu te disse. Nós vamos lidar com o
estatuto se algo acontecer.” Eu peguei meu telefone. Eu olhei duro para
Maurice e ele suspirou pesadamente antes de se levantar.
“Victor pode te dar as informações sobre o Welsh. Quero que você tenha
um arquivo na minha mesa amanhã de manhã sobre qual é o seu plano de
ação e quero que cada ponto seja delineado para mim quando terminar.”
Maurice assentiu antes de sair da sala. Eu desliguei o telefone, sem
interesse em falar com ninguém. Eu era um filho da puta doente, eu sabia
disso. Não havia qualquer razão para eu ter investigado Celeste Askew, mas
eu tinha. Não havia razão para eu ter ligado para Alina e marcado mais tempo
com a escolta mascarada que fez meu coração bombear e meu pau duro. Eu
fiz isso de qualquer maneira.
Era mais fácil acreditar que conseguir algum tipo de vingança por Celeste
estava ligado à minha necessidade de consertar coisas quebradas. Emendar
cercas torcidas e construir sobre eles, só assim eu poderia dizer que pertencia
a mim e eu fiz melhor.
Eu teria sido um mentiroso.
Eu queria ela.
Pura.
Simples.
Ela se portou bem em meu benefício e me provocou, encantou e
enfureceu-me. Minha resposta? Encontrar uma maneira de foder ela fora do
meu sistema o mais rápido possível e tirá-la da minha vida. E então eu li o
arquivo dela.
Agora eu queria transar com ela fora do meu sistema e ter certeza de que
ninguém a fodia de novo ... Eu inclusive. Inferno, a mulher tinha merda jogada
em seu caminho por algum tempo. Ela era um projeto, muito parecido com
as mulheres espancadas que eu ajudei a entrar em abrigos e continuar com
suas vidas. Eu vi isso tão claramente quanto eu tinha visto a dor e raiva em
seus olhos. Dor e raiva que eu tinha visto espelhavam há muito tempo atrás.
Eu esfreguei meu rosto antes de me levantar de trás da minha mesa. Não
havia tempo para pensar nisso. E Celeste não era importante o suficiente para
me preocupar tanto. Eu me divertirei enquanto durar. Nenhuma mulher
manteve minha atenção mais do que algumas semanas de qualquer maneira.
Minha mãe chamou isso de uma maldição do meu nascimento. Meu pai não
tinha sido muito em uma mulher solteira a longo prazo também. Eu estava
bem com isso. Havia muitas mulheres por perto que eu poderia usar para me
manter satisfeito, mesmo depois de Celeste.
Pelo menos eu continuaria me dizendo isso.
Era hora de eu fazer uma parada rápida. Celeste não ia gostar. Eu tinha
quase certeza. Ela superaria isso, no entanto. Por uma semana, pelo menos,
ela era minha. Ela aprenderia o que isso significava. Aproveitei o tempo para
colocar meu paletó e abotoá-lo antes de abrir meu celular.
"Senhor?" Liam, meu motorista, respondeu.
"Tenha o carro na frente em cinco minutos."
"Sim senhor."
Quando saí do meu consultório, chequei meu relógio. Foi logo depois das
duas da tarde. A reunião com a Morrison Investments não era até as quatro
e meia. Eu tinha tempo suficiente para fazer o que eu precisava fazer e
manter meu compromisso.
Eu contornei minha secretária, balançando a cabeça quando ela levantou
a mão para me impedir. Seu biquinho me fez estremecer. Eu teria que me
lembrar de demiti-la em breve. Mulheres grudentas não tinham apelo.
Especialmente mulheres grudentas que trabalhavam para mim e assumiam
que eu seria seu cavaleiro de armadura brilhante. Eu não andava de cavalo
branco e não estava interessado em salvar alguma donzela em perigo. Você
queria minha ajuda, você conseguia seu caminho para isso. Você ficou em pé
sozinho e lutou comigo por isso.
Celeste lutou comigo pela pequena ajuda que eu dei a ela com esse
personagem Welsh, mesmo que ela não soubesse ainda.
"Posso ajudar-"
Valeu a pena. Dirigir-se a Weis, Johnson e Cole para um pedido de
assistência improvisado em uma das oportunidades de investimento era o
passo certo. Eu tinha a empresa na folha de pagamento nos últimos oito anos.
Mundo pequeno, com certeza.
"O que você está fazendo aqui?" ela assobiou.
Ela parecia diferente hoje. Normal. Linda. Seu cabelo encaracolado estava
enrolado em um nó solto no topo de sua cabeça, expondo a longa extensão
de seu pescoço. Sua blusa rosa estava enfiada firmemente em uma saia preta.
Eu não podia ver muito mais do que isso, como ela ainda estava sentada em
sua mesa, mas meu olhar viajou de volta para o decote modesto no V de sua
camisa. Profissional e arrumado. É assim que eu descreveria ela. E embaixo
ela era uma infernal que eu queria curvar sobre a mesa exatamente que ela
estava sentada atrás. Como ela fundiu as duas mulheres que ela obviamente
poderia ser?
"Royce?" ela questionou, levantando uma sobrancelha.
"Eu gosto disso. Diga meu nome novamente.”
"Sr. Mattherson...” Inclinei-me em direção a ela, interrompendo-a. Ela

respirou fundo, mas não recuou.
“Você não está sobre meu joelho agora, então Royce estaria bem. Mais
tarde, porém, podemos tentar o Sr. Mattherson.”
“Eu cobro extra por esse tipo de prazer. E normalmente, eu estou
segurando o chicote,” ela sussurrou. Ela mudou tão rápido. Sua voz era baixa,
sedutora e confiante. O som foi direto para o meu pau.
"Quando eu terminar, Celeste, você me pagaria em vez disso." Ela sentou-
se quando usei o nome dela, olhando em volta. Ela limpou a garganta. Eu
senti a perda de seu calor imediatamente. A perda de uma mulher formidável
e o retorno do fingimento.
Qual deles era a verdadeira?
"O que posso ajudá-lo, Sr. Mattherson?" ela perguntou, todos os negócios.
Isso me irritou. Eu sabia qual era o negócio entre nós, mas na minha vida eu
estava acostumado com mulheres caindo em cima de mim. Eles disputavam
minha atenção e tentavam se insinuar em minha vida. Não Celeste.
"Você me quer. Não negue,” eu disse rudemente, irritado por ela parecer
imperturbável, quando eu apostaria que ela estava molhada agora.
“Eu não preciso. Eu quero você. Você vai me ter. As coisas vão acabar, fim
da história. Agora não é a hora nem o lugar para isso” ela sussurrou.
“Estou aqui para ver o Sr. Cole. Diga a ele que estou aqui.”
“Ele está em reuniões hoje e vai para o tribunal no início da manhã. Ele não
estará disponível até quarta-feira, pelo menos, Sr. Mattherson.”
"Há quanto tempo você trabalha aqui?" Eu perguntei já sabendo a
resposta. Ela não saberia quem eu era para essa firma, e tudo bem. Ela não
saberia que eu mantivera flutuando investindo. Eu era um parceiro silencioso
e qualquer um dos advogados deixaria tudo para falar comigo.
"Quatro anos", ela respondeu, me observando com cautela.
“Ligue para ele, Celeste. Ele vai me ver,” eu disse a ela. Sentei-me na beira
da escrivaninha quando ela pegou o telefone. Eu observei sua boca se mover
enquanto ela falava no fone de ouvido. Sua pele estava macia sob meus
dedos enquanto eu arrastava meus dedos para o lado de seu pescoço. Seu
pulso pulou e eu sorri.
"Sr. Cole vai ver você agora,” ela disse sua voz baixa. Ela olhou para mim
através de seus cílios e seu olhar me perfurou. Havia vontade lá, claro, mas
também medo. Eu me perguntei sobre isso. O que ela teria que temer de
mim? Eu toquei sua bochecha, incapaz de me conter. Ela fechou os olhos e
suspirou, inclinando-se para o meu toque antes de se afastar.
"Mais tarde hoje à noite", disse ela com urgência.
“As pessoas vão nos ver juntos, pelo menos para chegar aos nossos locais.
Você sabe disso. Eu proponho uma solução para isso”, eu disse.
"Eu sei o que estou fazendo", ela disse para mim. Eu odiava a lembrança
de que ela sabia exatamente o que estava fazendo. Que ela fez isso antes.
Tolo de mim, claro, mas estava lá.
Eu agarrei seu queixo e forcei-a a olhar para mim. “Você vai estar fodendo
o solteiro mais elegível em Los Angeles hoje à noite, Celeste. Confie em mim,
você vai se lembrar disso.”
"Qual é a sua proposta?" ela perguntou.
Eu me inclinei para mais perto dela. Eu teria que ir ver Richard em alguns
momentos e nós estávamos em público, mesmo que a empresa fosse
exclusiva por causa de seu preço proibitivo. Mas eu precisava saboreá-la,
senti-la debaixo da minha língua. Eu tracei um caminho molhado sobre seu
pulso antes de beliscar a pele levemente. Eu sorri contra seu ombro enquanto
ela respirava instável e suas unhas arranhavam o topo de sua mesa.
“Por uma hora, você será minha gata infernal. Mas durante todo o dia você
é Celeste Askew, a mais nova mulher que namora o bilionário playboy de Los
Angeles.”
“Uma hora por dia é tudo que você ganha, Royce. É tudo pelo que você
pagou.”
“Então eu vou triplicar a taxa. Vamos, Celeste, não tenha medo.”
"Eu não tenho medo de nada", disse ela, virando-se para mim. Nossos
lábios passavrm tão perto. Eu podia sentir o hálito dela na minha língua
enquanto ela me observava.
“Prove isto. Faça backup de toda essa conversa. Vá em alguns encontros
comigo, deixe-me gastar meu dinheiro. E por uma hora, apenas uma hora por
noite, eu posso pegar o que devo. Acordado?" Eu me afastei dela,
observando-a morder o lábio.
"Só por esta semana?"
"Por enquanto", eu respondi.
Ela ergueu o queixo, me olhando diretamente nos olhos. "Você está."
Eu sorri, beliscando seu queixo antes de sair de sua mesa. Ela ajustou os
papéis em sua mesa, parecendo desordenadamente ocupada enquanto eu
me afastava. Eu ri quando fiz meu caminho para o escritório de Richard.
Namorando o solteirão mais elegível de LA de fato.
Na semana seguinte, eu iria aproveitar o segredo mais bem guardado de
LA, e achava que ia me sair muito melhor.
5
Celeste
“Você perdeu a cabeça?” Marlena perguntou, boquiaberta comigo.

"Cale a boca. Você vai pegar mosquitos assim e vai pegar o West Nile. ”
“Isso é errado, Cel. Apenas errado.”
Dei de ombros, pegando um vestido de coquetel preto e saltos de tiras. Era
o suficiente para passar pelo Inestimable, o restaurante exclusivo que atendia
os ricos e famosos de LA, que eu agora sabia que pertencia a Royce. Eu queria
ir ao restaurante desde a sua inauguração três anos antes, mas com uma lista
de reservas de um ano, era impossível, mesmo com alguns dos meus clientes
mais sofisticados. Hoje à noite eu estaria sentado entre outros que poderiam
empilhar meu livrinho preto de maneiras que eu não poderia sonhar e eu
estava apavorada.
“Não é assim que as coisas devem ir. Você tem regras e fica com elas”
argumentou Marlena. Eu olhei por cima do ombro para ela antes de tirar
minhas roupas. Eu precisava tomar banho, secar ao ar, hidratar minha pele,
passar minha maquiagem e me vestir em pouco menos de duas horas. Eu
poderia fazer isso facilmente se Marlena parasse de me incomodar.
"É o negócio, Marlena."
“Dane-se o acordo, Cel. Você sabe melhor que isso. Olhe,” ela disse quando
eu abri minha boca para interromper, “Eu não sou a maior fã do que você faz,
mas eu entendo. Eu acho que é uma maneira fodida de se divertir, mas todo
mundo tem um vício. Você vai acordar um dia e perceber que não é para
você. Mas você está empurrando o envelope. Você sempre trabalha de
acordo com as suas regras, nos seus termos e em locais que descobrimos
antecipadamente.”
"Eu não acho que Royce vai arriscar ficar em apuros atrás de mim",
argumentei. Sim, então eu estava perdendo a cabeça. Eu já sabia disso e não
estava com disposição para uma palestra. Marlena sabia o que eu estava
fazendo, e ela ficou ao meu lado, e eu a amava por isso. Mas ela não entendia
a necessidade subjacente. Ela não conseguia envolver a cabeça e eu entendi.
Às vezes eu também não conseguia.
Concordar em ver Royce era mais sobre conseguir o que eu precisava do
que me preocupar com o perigo. Inferno, o perigo me ajudou a tomar a
decisão. Sexo e perigo. Havia aquele preto e branco novamente.
Normalmente confortável. Certo.
Eu nunca a faria entender.
“Cel, vamos lá. Essa merda tem que parar.” Marlena jogou seus Sisterlocks5
de ponta vermelha sobre um dos ombros, observando-me com tristes olhos
castanhos.
Ela era linda, sabe? Do jeito que eu nunca seria. Ela era baixa e curvilínea,
pouco mais de um metro e meio e redonda nos lugares certos. Ela tinha um
sorriso de megawatt que iluminava um quarto e covinhas. Seu rosto em
forma de coração não precisava de contornos para realçar luzes e sombras.
Ela já os tinha. E ela me amava apesar das minhas maneiras fodidas. Ela me
contou o que sentia e me ajudou a pegar os pedacinhos sujos quando me
quebrei contra a minha própria violência.
Essa era Marlena. A única marca em seu livrinho primitivo de vida era eu.
Ela tinha vinte e cinco anos, sem filhos, sem drama. Tinha seu loft, pagou seu
carro pelo bom e antiquado trabalho duro como esteticista. Ela não precisava
de muita coisa e não pediu nada. Essa mulher - minha melhor amiga - olhou
para mim, a garota material, e sentiu pena de mim.
E ela estava certa.
"Sim, eu sei."
"Mas não vai", disse ela e suspirou.
"Não vai", eu concordei.
Ela balançou a cabeça. “Por que você tem que deixar ele te levar para
jantar e coisas assim? Qual é o ponto?”
“Parece o melhor, Marlena.”
“Cel, você fodeu um senador, tudo bem. Vamos."
5
Sisterlocks é uma empresa de marca registrada fundada em 1993 pela Dra. JoAnne Cornwell. A empresa
desenvolveu uma abordagem inovadora para comercializar seu sistema natural de tratamento capilar para
mulheres afro-americanas. O lema da empresa diz tudo: “Sisterlocks não é sobre um penteado, é sobre um
estilo de vida.”
Eu fiz uma careta para ela. “Sim, eu fiz, antes de ele se tornar um senador
e lembrar como as coisas de merda começaram quando eles começaram a
olhar para o passado dele? Eu tive sorte de ele ter conseguido outra garota e
ela não foi tão cuidadosa quanto eu. Eu não fui encontrada porque eles
começaram a se concentrar nela. Lembrar?"
"Eu faço. Mas você entendeu,” Marlena argumentou.
“Sim, mas você está sentindo a minha falta. Royce Mattherson estava na
capa das principais revistas no início deste ano e no ano passado. Ele foi
votado no Top 100 dos homens mais bonitos Este homem já está nos olhos
do público. Eles não vão pensar muito em sua nova namorada indo para um
hotel com ele, mas se perguntariam quem era a mulher misteriosa.”
"Tudo bem, tudo bem", disse Marlena. “Mas ele é o seu tipo. Suave, sexy,
comandante e composto. Ele tem todos os marcadores que te torceram com
o Alan antes”, disse Marlena.
"Não fale o nome dele", eu disse, girando para encará-la na porta do
banheiro.
“Bem, alguém tem que, Cel. Aquele cara te fodeu e você ainda está
segurando isso. Ele bebeu, comeu e arrancou um pedaço de você. Lembrar?"
“Você não precisa me lembrar de Alan. Isso foi antes de conhecer a Slick.
Eu consertei isso; Eu segui em frente. Royce não é Alan” argumentei.
Alan me arrancara por dentro. Um cirurgião popular e um personagem
poderoso, fiquei surpresa quando ele mostrou interesse em mim. Nós
namoramos por seis meses antes que eu percebesse que ele era casado e
tinha dois filhos, e eu era um item da lista do balde para ele, encontrando
uma garota negra para se deitar na cama. Ele ficou viciado depois da primeira
vez e ficou mais tempo do que esperava. Eu estava arrasada. Ele foi o
catalisador que me jogou no mundo de Slick. Quando percebi que era boa
para uma coisa e só uma coisa. Eu não precisava de Marlena para trazê-lo
agora.
Ela deve ter visto algo na minha cara, porque limpou a garganta antes de
falar.
"Um dia eu vou receber uma ligação que vai me fazer querer encontrar um
padre vodu e trazê-lo de volta à vida só para que eu pudesse te matar."
"Ai, agora quem está indo para a terra da louca?" Eu perguntei, ajudando-
a a aliviar o clima. Não estava funcionando, mas eu não queria que o nó na
garganta se transformasse em lágrimas. Esta noite eu precisava de armadura.

Marlena saiu da minha cama e foi para a minha penteadeira. Ela ligou meus
bobes quentes e se virou para mim.
“Eu vou cuidar do seu cabelo quando você sair do chuveiro. É melhor você
pegar um saco de cachorro6 daquele lugar.”
"Eu não acho que eles façam sobras, Marlena", eu disse com uma risada.
"Sim, bem, ele me comprar um prato, então", ela retornou, levantando
uma sobrancelha. Crise de lágrimas evitadas. Pelo menos até eu entrar no
chuveiro. Ela os veria quando eu saísse, mas deixei que eles fluíssem de
qualquer maneira.
Eu odiava que eu precisasse de sexo do jeito que eu fazia. Eu odiava não
poder me impedir de ser puxada para a escuridão. E eu odiava que minha
família não parecesse dar uma foda voadora7 que me ajudaram a me manter
lá.
Às vezes eu odiava Slick também, e esse era um desses momentos.
Eu poderia fingir a noite toda que estava saindo com Royce Mattherson.
Eu poderia agir enquanto estivéssemos nos olhos do público como se eu fosse
a mulher que todas as outras garotas em LA poderiam ter inveja. De alguma
forma, eu tinha conseguido a atenção dele e gostava disso enquanto durasse.
Inferno, fiquei agradecida por ele ter feito a proposta. Ele estava certo e ser
vista como sua namorada, por mais curto que fosse, teria uma cobertura
muito melhor do que dirigir para hotéis fora do caminho para se certificar de
que ninguém poderia fotografá-lo.
Eu ainda podia vê-lo sem a capa. Eu sabia que não era nada mais do que a
maneira de um homem poderoso conseguir o que queria. Eu sabia que cedi,
não por causa do dinheiro, nem mesmo por causa do sexo. Eu desisti porque
queria ser a Sra. Perfeita. Eu queria parecer normal, mesmo sabendo o que
realmente importava era a posição que eu desempenhava quando ele me
levava para a cama.
Enquanto as lágrimas secavam, eu sabia que era lá que eu estaria viva.
E eu lembraria que me sentiria muito melhor por isso.
6
Restos de comida pra trazer pra casa.
77
Não cuidar ou dar uma merda em tudo
Um veículo elegante e sofisticado parou na frente da minha casa quando

eu estava entrando no meu carro. Eu me virei de cara feia quando Royce
Matherson saiu e se virou para mim.
"Bela casa."
Eu vi vermelho. Ela floresceu no meu peito e vazou pela minha visão. Eu
nem sequer registrei meus passos em direção a ele, apenas o rápido staccato
dos meus saltos clicando na calçada enquanto eu avançava sobre ele. Esta
era minha casa, meu espaço privado. Ele não deveria estar aqui. Ele nem
deveria saber onde eu morava. Eu sabia que Slick não teria dado o meu
endereço para ele.
"O que você está fazendo aqui? Nós deveríamos nos encontrar no
restaurante.”
"Eu acho que eu vim buscar a minha namorada em casa, não é?"
"Corta a merda", eu assobiei, aproximando-me dele.
Ele ajustou sua jaqueta, puxando as abotoaduras antes de olhar por cima
do nariz para mim.
“Você não deveria estar aqui. Como diabos você conseguiu o endereço?”
Eu perguntei. Eu mantive minha voz baixa, tentando o meu melhor para me
certificar de que ninguém na rua nos ouvisse discutindo. Eu não queria mais
problemas do que já havia.
Meu coração estava batendo no meu peito. Isso não estava indo como
deveria. Aqui não. Ele não deveria estar aqui.
"Estou aqui, o que importa?" ele perguntou, me observando. Ele não se
mexeu. Ele simplesmente me observou.
"É importante", eu disse através dos meus dentes. “Isso é um quebra de
contrato. Puro e simples. Você sai e vai embora agora. Seus fundos serão
devolvidos a você,” eu disse, me afastando.
Eu estava em chamas, meu coração trovejando. Aqui não. Minha casa
sempre foi meu santuário. Sempre foi o lugar onde eu poderia estar livre. Eu
me esforcei bastante para garantir que meu endereço residencial não fosse
encontrado. Quando eu voltava do emprego, eu ia para Slick ou outro local.
Na maioria das vezes, eu ficava lá de qualquer lugar a uma ou duas horas para
ter certeza de que eu não era seguido antes de ir para casa. Eu não estava
listada em nenhum lugar, exceto no trabalho, em meus arquivos pessoais, e
Royce violou minha privacidade.
Sua mão quente apertou meu braço e ele me girou ao redor. Ele sorriu,
mas era um sorriso cruel, um sorriso sombrio. Eu respirei fundo, meu corpo
reagindo ao seu toque, mesmo através da raiva. Ele me puxou para mais
perto dele até que ele pudesse envolver seus braços em volta de mim, como
se minhas lutas não significassem nada. Eu puxei minha cabeça para trás o
mais longe que pude, tentando quebrar o contato, mas ele me seguiu.
"Celeste, você realmente não tem escolha", ele sussurrou contra a minha
pele, e, Deus me ajude, meu útero se contraiu. Ele espalmou minha bunda
com uma mão, forçando meu corpo a entrar em contato mais forte com o
dele.
"Você não quer ter a escolha", acrescentou. Ele puxou meu peito mais
forte e eu lutei para respirar. Tudo que eu podia sentir era ele. Seu coração
batia contra mim em um ritmo constante e eu não conseguia reunir minha
raiva em torno de mim. Eu estava me afogando, deslizando sob o desejo de
conseguir a liberação dele que eu tanto precisava.
Ele podia ver isso.
Eu sabia disso quando ele sorriu mais para mim. Sua língua saiu e ele traçou
seu lábio superior lentamente. Eu não conseguia tirar meu olhar daquele
pequeno lampejo de língua rosa. Eu estava hipnotizada e queria saboreá-lo.
Eu queria senti-lo lamber minha pele.
Eu estava tão fodida.
“Diga-me que estou mentindo e você pode ficar com a porra do dinheiro.
Você e eu sabemos que você não pode. Então, pegue sua bunda naquele
carro, aproveite uma noite fora e espere pelo que você mais precisa” ele disse
para mim, liberando-me de uma só vez.
Eu ofeguei, tropeçando para trás um pouco.
Eu o odeio. Odiava ele. Ele sabia disso. Ele podia ver aquela necessidade
sombria em mim. Ele sabia o que eu queria e ele poderia usar isso contra
mim. E eu ia deixar ele. Eu ia deixá-lo fazer cada coisa suja que ele pudesse
pensar em mim, e eu ia amar isso.
Seu assento de passageiro estava quente, os aquecedores sob o couro
acalmavam o frio na parte de trás das minhas coxas. Ele tomou o tempo para
apertar o cinto de segurança e fechou a porta. Eu estava encapsulada,
sozinha por alguns instantes com meus pensamentos. Seu perfume me
envolveu, seu poder, seu controle e eu estava perdida.
Amarrada a ele com a mesma certeza que eu estava em seu carro.
6
Royce
Eu estava fodido.
Eu não tinha apostado em algumas coisas quando cheguei à casa de
Celeste. Eu não aceitei a oposição bem, e o fato de ela querer lutar comigo
me deixou mais quente por ela. Na frieza de meus próprios pensamentos,
percebi que talvez tivesse cometido alguns erros. Ela não era minha. Na
verdade não. A necessidade inexplicável que eu tive de buscá-la na porta dela
tinha sido uma fantasia. Ela era uma acompanhante, e eu pisei em sua
privacidade como se não importasse. Eu não esperava sentir sua ira, apreciá-
la e ganhar respeito por ela no processo.
O que eu poderia dizer?
Eu poderia ter qualquer mulher no mundo que eu quisesse. Nisso eu não
estava sendo arrogante, era a verdade. Eu não tinha que gastar dinheiro com
elas para deixar suas calcinhas cairem nos tornozelos - eu só tinha que olhar
para elas. Era a história da minha vida. Celeste bagunçou minha cabeça.
Ela me disse não.
Foi tão simples e complicado assim. Quando eu empurrei, ela puxou.
Quando eu fiz todas as coisas que me fizeram tão bem sucedido, ela fez
questão de saber que nada disso importava. E fiquei intrigado. Deus me
ajude, mas eu não conseguia parar de pensar nela.
O subterfúgio não era necessário, nós dois sabíamos disso. Mas eu queria
isso. Ainda queria isso. Não era sobre o dinheiro; Não era sobre a coisa certa
no final da noite. Era ela. Ela me desafiou, me empurrou, me excitou, e eu
pude ver o quão fodida ela estava antes mesmo de eu olhar para uma palavra
de seu arquivo de histórico.
E o arquivo me amarrou a ela.
Eu sabia que era idiota. Inferno, eu assumi empresas no valor de milhões
de dólares em meu sono. Eu investi em corporações e pequenas empresas
apenas para diversificar meu portfólio. Observar minha mãe se despedaçar
em um milhão de pedaços contra o punho de meu pai me ensinara uma lição
inestimável: eu precisava da donzela em perigo porque não poderia ter

salvado minha mãe.
Isso era realmente o que era.
A razão pela qual olhei para Celeste e senti meu coração doer. A razão pela
qual eu olhei para ela como tantos outros projetos e queria fazer tudo
melhor. Eu conhecia a psicanálise disso. Ela não era nada mais do que minha
mãe, golpeada e quebrada sob o poder de um homem e eu precisava salvá-
la.
Mas tudo o que eu estava fazendo era tratá-la da mesma maneira.
Pagando por seu amor e pagando pelo direito de tratá-la de qualquer
maneira que eu quisesse, apenas para o meu prazer. Então, o que eu fiz?
Tente fazê-lo bonito, dourar o meu pecado e necessidades em conflito,
fazendo-a minha namorada para a semana. Uma desculpa sem brilho na
melhor das hipóteses e uma visão embaraçosa do meu estado mental na pior
das hipóteses.
Não importava; Eu ainda queria ela.
Ela ficou em silêncio no carro ao meu lado enquanto caminhávamos em
direção ao meu restaurante. Eu lutei contra o desejo de estender a mão e
tocar sua perna, para acalmá-la. Eu ignorei o aviso na minha cabeça e fiz isso
de qualquer maneira. Ela ficou tensa por um momento antes de relaxar sob
o meu toque, afundando em seu assento. Sua pele era macia e suave sob
meus dedos. A renda preta de seu vestido subiu logo acima da minha mão,
uma barreira tentadora entre o meu olhar e sua carne molhada.
Eu já tinha visto, a carne bronzeada do sexo dela, e eu queria prová-la.
No final do dia, eu era um homem e pude apreciar sua beleza absoluta. Eu
conheci muitas mulheres lindas no meu tempo: modelos que pareciam
perfeitas, dançarinas com força e curvas. Joguei com celebridades que
imploraram pelo meu toque e aqui estava eu, ao lado de uma mulher que
podia rivalizar com a boa aparência delas, e agia como se apenas sua
aparência fosse útil.
Era da maneira como ela se movia, do jeito que ela se comportava. Sua
beleza era uma reflexão tardia para as necessidades que ela tinha dentro de
si. Eu me perguntava por que uma mulher como ela iria tão longe para
conseguir seus prazeres. Ela tinha um ótimo trabalho, estabilidade e
inteligência. Ela não precisava trabalhar para Alina e, no entanto, aqui estava
ela, ao meu lado por causa do capricho do destino.
"Por que você faz isso?" Eu perguntei antes que eu pudesse me parar. Sua
perna endureceu sob a minha mão quando ela se sentou em linha reta em
seu assento. Eu agarrei sua coxa, parando seu movimento.
"O que isso importa?" ela perguntou.
"Alguém já lhe disse que responder uma pergunta com uma pergunta não
está realmente respondendo?"
"Então por que você acabou de fazer isso?"
Eu ri, balançando a cabeça. “Celeste, eu vou ter você hoje à noite. Vou
gastar dinheiro suficiente em você para fazer você ficar doente, então vou
deslizar entre suas pernas e ter certeza de que você sempre se lembrará de
mim. Nós passamos do ponto de conversa ociosa” eu disse a ela.
"Não, na verdade não", ela disse, e se virou para olhar pela janela. “Até o
final da noite você não saberá mais sobre mim do que você sabe sobre uma
mulher em uma revista. Você não sabe que isso é divertido? A fantasia? Eu
não quero te conhecer. Eu só quero que você me dê o que eu preciso.”
Ela disse a última frase baixa o suficiente para que eu mal a pegasse. Eu
olhei para ela antes de parar em um sinal vermelho.
"O que você precisa, Celeste?" Eu perguntei a ela.
Ela pulou, como se assustada antes de suspirar pesadamente. “Olha, esta
é sua primeira vez fazendo isso, e eu entendo isso. Você me bateu um pouco,
mas vamos seguir em frente. O que você quer fazer hoje à noite, querido?”
ela perguntou.
Eu odiava quando ela se virou para mim quando a luz ficou verde, porque
o lado da acompanhante dela estava lá, enxugando a mulher real. Chame isso
de vaidade, mas eu não gostava de nenhuma mulher que não pudesse ser
afetada por mim. Isso não aconteceu. Que Celeste não foi intimidada por mim
ou minha riqueza fez lidar com ela tão frustrante como era refrescante.
Eu não conseguia lê-la, e a máscara que ela usava quando entrou no modo
de acompanhante só me deixou mais confuso. Ela me queria, eu sabia disso.
Meu toque a ligou. Ela me queria, mas ela não estava caindo em cima de mim.
Talvez eu estivesse estragado, levando em conta minhas experiências
passadas.
Ainda assim, eu não gostava de artifício, e era isso que Celeste estava
usando contra mim.
Ela me observou com olhos entediados, mas um sorriso sexy curvou seus
lábios. Eu vi o desligamento tão claramente quanto se ela tivesse colocado
um sinal 'não foda comigo' entre nós. Ela se inclinou para mais perto de mim,
suas pernas se abrindo um pouco, então minha mão deslizou para o alto de
sua coxa. Ela passou as unhas por cima da manga do meu casaco em direção
à minha mão estendida. Eu peguei minha respiração quando ela colocou os
dedos sobre os meus e moveu minha mão para cima entre suas pernas.
Ela me torceu, e eu não pude detê-la se tentasse. Meus dedos roçaram o
calor de sua vagina e ela encostou a cabeça no banco do carro, gemendo.
Seus olhos se fecharam e eu lutei para manter meus olhos na estrada e ainda
observá-la.
Ela moveu seus quadris, rolando contra a minha mão. A umidade se
infiltrou nos meus dedos. Engoli. O cheiro do desejo dela era espesso no
carro. Musk e doce, preso na parte de trás da minha garganta. Ela moveu
minha mão para baixo sobre os lábios e de volta para o clitóris. O calor
irradiava dela, a umidade vazando, então meu deslizamento sobre o clitóris
era mais fácil. Ela estremeceu, as pernas abertas agora.
Era esse rosto, essa reação, que me deixou saber que essa era a verdadeira
ela. Não havia cálculo em seu rosto enquanto seus olhos se fechavam de
prazer.
Ela afoga tudo com sexo.
Eu vi, entendi. Eu já estive lá antes. Tantas vezes. Levou as mulheres até
que minha cabeça ficou clara. Até que eu pudesse apagar a memória dos
telefonemas da minha mãe.
Eu vi e isso partiu meu coração.
Movendo minha mão sob a dela agora, eu puxei o carro e desliguei minhas
luzes. Virei meu corpo na direção dela o melhor que pude atrás do volante e
estendi o braço com a mão oposta. Ela não se afastou de mim quando usei
minha outra mão para deslizar dois dedos dentro dela. Eu a observei quando
ela engasgou, segurando a alça do lado de dentro da porta. Eu torci meus
pulsos enquanto eu bombeava para dentro e para fora dela de forma
constante. Ela fodeu minha mão, balançando seus quadris quando sua
respiração ficou mais rápida.
Meu coração estava batendo. Ela era bonita. Tão linda pra caralho. E ela
estava ficando viva diante dos meus olhos.
"Não pare", disse ela, agarrando meus pulsos e movendo seu corpo com
mais força no assento. Ela montou a onda enquanto eu belisquei e rolei seu
clitóris. Meus dedos abriram e fecharam dentro dela e eu a observei gritar.
Ela empurrou, sua boca aberta, seu rosto um estudo de pura paixão.
Meu pau estava duro o suficiente para explodir enquanto eu a observava.
Eu queria aquele rosto, bem ali. Eu queria que ela se separasse enquanto
ela me montava. Eu queria segurá-la e levá-la a novas alturas, eu queria
envolvê-la em meus braços e dizer a ela que tudo estava bem.
Foi esse pensamento que me abalou.
Ela não era minha. Ela não podia ser minha. Nós éramos de mundos
separados e o que acabamos de fazer era colorido pelo conhecimento que eu
tinha pago a ela para fazer isso. Eu puxei dela, apertando meu queixo com
força suficiente para doer. Eu era um idiota do caralho; Eu ainda queria ela.
Ela agarrou meu pulso e levantou minha mão, a que estava dentro dela, em
direção ao meu rosto. Eu segurei seu olhar e lambi meus dedos, tomando seu
gosto por dentro.
Quando ela sorriu para mim, eu a odiei. Ela sabia exatamente o que tinha
feito e eu deixei. Raiva corria através de mim quando abaixei a mão e liguei o
carro. Eu não disse nada para ela quando voltei para a rodovia. Eu tomei a
próxima saída. Foda-se o restaurante. Não é isso que ela queria e eu fui um
tolo por tentar fazer qualquer outra coisa.
Ela não era uma donzela em desgraça. Ela era uma acompanhante que
acabara de chegar em todos os meus caros assentos de couro e achou que
ela tinha me batido no meu próprio jogo. Eu não perderia. Esta noite ela
aprenderia que quando eu governava, eu decidia. Não havia como ela me
bater usando sexo.
Eu disse a ela antes, se tivéssemos nos conhecido em qualquer outro lugar,
eu teria fodido ela e ido embora.
Ela não acreditava que era o que eu faria.
Eu estava preparado para mostrar a Celeste Askew que era exatamente o
que eu quis dizer. Dinheiro seja amaldiçoado; me perder nela era um erro de
cálculo que eu não podia me dar ao luxo de fazer. O dinheiro que eu poderia
anular. Fodendo toda a minha vida me apaixonando pela mulher fodida que
ela era, eu não podia.
Eu precisava me afastar dela o mais rápido possível, depois de conseguir o
valor do meu dinheiro.
"Onde estamos indo?" ela perguntou, notando a saída.
"Isso importa?" Eu perguntei, não me importando realmente que
parecesse frio. Melhor ser frio do que ser um idiota por admitir para mim
mesmo que cometi o erro de me importar.
"Não, não realmente", ela respondeu, encolhendo os ombros. Pareceu-me
agora quão perigoso o que ela estava fazendo era. Eu poderia levá-la para a
morte e ela iria junto comigo. Quem no seu perfeito juízo fazia merda assim?
"Você não se importa com o que acontece com você, não é?" Eu perguntei
a ela, mantendo meus olhos na estrada. Agarrei o volante com força
suficiente para que minhas juntas estivessem brancas.
"Eu me importo. Você não vai me machucar, você não pode. A lei e a queda
seriam demais, mesmo para você.”
Eu grunhi em resposta. Isso era verdade.
“Eu imaginei que poderíamos pular as formalidades. De repente eu não
estou com fome, pelo menos não por comida,” eu disse a ela, virando à
direita na próxima rua. Eu tinha a suíte de cobertura no hotel reservada
sempre que eu queria. Provavelmente ajudou que eu possuía.
Eu queria impressioná-la? Mostre a ela minha vida e veja sua reação? Sim.
Foda-me sim. E agora eu ia tratá-la como ela queria ser tratada e ir para casa.
Talvez depois de alguns chuveiros, eu me sentisse limpo novamente.
7
Celeste
Alguma coisa mudou e isso fez meu peito doer. Uma sugestão de barba
coloriu a linha do queixo. Ele tinha o cabelo em desordem artística, o seu
rebaixo chamando a atenção para os fios mais longos no topo. Eu gostava
que ele não tivesse raspado os lados, ele tinha deixado cerca de um
centímetro de comprimento, mas ele estilizou de uma maneira que deixasse
o visual claro. Ele era de tirar o fôlego - e tinha acabado de me dar um dos
melhores orgasmos da minha vida - e ele mal conseguia olhar para mim.
Quando ele parou no luxuoso hotel que eu vi por dentro de um par de
vezes, fomos atendidos por um manobrista. O criado se curvou para ele
rapidamente e me ajudou a sair do carro. Royce veio para o meu lado do
carro e segurou meu cotovelo para me escoltar, mas sua mandíbula estava
apertada o suficiente para que eu me perguntasse se ele iria moer seus
molares para o pó. Ele mal diminuiu a velocidade quando entrou no hotel,
apontando para o porteiro.
"Sr. Mattherson, não sabíamos que você estaria aqui. Vou mandar
champanhe para o seu quarto” - o concierge falou atrás de nós.
Royce nem sequer o reconheceu.
"Isso foi rude. Nós devemos ser um casal, e você parece que já estamos
nos preparando para nos separar,” eu disse a ele enquanto caminhávamos
em direção a um elevador envolto em vidro.
“Estamos em uma fila, quem se importa? Você vai embora no final da
semana, lembra?”
Sua pergunta me cortou. Eu não queria admitir isso, mas aconteceu. Tentei
igualar seus passos, mas não havia como esperar poder acompanhar seus
passos. Ele quase me arrastou para o elevador. Eu estava começando a ficar
chateada. Eu não fiz emoções bagunçadas e ele estava fazendo isso mais
complicado do que precisava ser.
"Você é um pirralho mimado que tirou seus brinquedos", eu disse a ele,

afastando-me dele no elevador.
Se ele quisesse fazer o trabalho de separação agora, oh, eu poderia dar o
melhor que consegui. Meu corpo latejava de necessidade. O orgasmo que eu
tive no carro era apenas uma dica para o que ele poderia me dar. Eu precisava
disso. Eu queria o anonimato do encontro e então ele teve que acabar me
fazer todas essas malditas perguntas sobre mim. Não importava. Não
deveria.
Isso deveria ser fácil. E toda vez que eu ficava perto dele, era difícil. Difícil
manter minhas mãos longe dele. Difícil de lutar contra o desejo. Difícil de
manter a necessidade na baía. Que diabos eu estava pensando em aceitar
seu dinheiro e esses encontros? A regra número um do serviço de
acompanhantes tocou na minha cabeça: pegue seu dinheiro e nunca se
apaixone.
Eu não corria o risco de me apaixonar pelo cara, mas era adulta o suficiente
para ver que minha montanha-russa de emoções não era um bom sinal. Eu
não tinha me inscrito para isso, mas agora eu estava aqui. Minha mãe
precisava do dinheiro e eu precisava ter certeza de que cuidar dela não
arruinaria os planos que eu tinha para a minha vida. Eu considerei essas
razões na minha cabeça, ele finalmente olhou para mim.
“Não, eu tentei te dar algo melhor do que uma simples foda e você se
degradou para um nível mais baixo. Se é isso que você quer, eu estou mais
do que disposto a dar a você,” ele disse asperamente. Ele deslizou um cartão
no painel na parede. O botão com um "P" acendeu e ele apertou. O vidro
brilhou de modo que não pudemos ver as pessoas do outro lado. Um truque
legal. Isso não aconteceu quando eu vim antes. No entanto, eu não estava
indo para a suíte da cobertura também.
“Então essa é a sua desculpa? Porque você tinha suas mãos entre minhas
coxas antes do jantar, é um problema? Você tem que estar me fodendo” eu
disse a ele.
"Você tem uma boca suja, e eu posso pensar em coisas muito mais
desagradáveis que você poderia estar fazendo com isso", ele retrucou. As
portas do elevador se abriram e ele saiu diretamente para a suíte da
cobertura.
Eu estava bem atrás dele. “Sim, e eu sou muito boa nelas também. Quer
ver até onde eu posso te engolir? Sem reflexo de vômito, garoto grande. Eu
prometo que você vai gostar. E se eu lamber suas bolas ao mesmo tempo?
Um de seus bastões sofisticados faz isso por você?”
"Cale a boca", ele rugiu para mim, mas eu não fiz. Ele era um bastardo e eu
o queria. Eu precisava dele e ele estava me fazendo sentir barata. Então, e se
eu fosse uma prostituta? Eu valia cada centavo que eu cobrava. Eu sabia
quem eu era. Eu era forte e sabia o que precisava. Ele não ia me assustar.
Foda-se ele.
“Oh Garoto Bonito, você não gostou disso? Vem cá Neném; viva um
pouco."
"Não me chame assim." As palavras foram duras quando ele as forçou a
sair entre os dentes.
“De menino bonito? Bebê?" Quando seu olhar se estreitou, eu ri. Eu não
sabia o que havia de errado comigo. Inferno, eu nem sabia onde tínhamos
errado no carro. Ele gostava de me tocar. Ele gostou do jeito que eu saí de
controle. Eu amei. E agora ele queria ser uma merda.
Foda-se ele!
"Como diabos você sobreviveu tempo suficiente em sua linha de trabalho
para ser paga?" ele perguntou quando o elevador parou.
"Teste minha boca e descubra, baby."
Ele gritou. Ele estava no meio de uma sala cercada por vidro, vislumbres
da cidade iluminada ao redor deles. No centro da sofisticação que somente
seu tipo de dinheiro poderia comprar, ele gritou.
Eu parei, olhando para ele. "Isso doeu?" Eu zombei. Ele não deveria ser
capaz de ficar bravo. Ele não deveria ser capaz de me jogar como se eu não
fosse nada. Ele me perseguiu. Ele me ofereceu o triplo da minha taxa apenas
para me levar em encontros e estragar meu cérebro. Ele estendeu a mão
depois de sua angariação de fundos. Eu não pedi a porra de uma coisa.
Ele se virou para me encarar. “Que porra é o seu problema? Hã? Quem se
importa com o que eu paguei hoje à noite? É diferente de levá-lo ao
restaurante, comprando-lhe presentes e desfilando-a diante das câmeras
para torná-lo famosa? É pagando dinheiro em sua mão para bunda diferente
me querer tratar-te como uma mulher que eu quero na minha cama?"
Ele deu dois passos rápidos para a frente e eu tropecei para trás. Ele me
pegou em seus braços fortes, levantando-me do chão até estarmos frente a
frente. Eu agarrei seus ombros para manter o equilíbrio. Meu cabelo girou
em torno de nós. Os fios flutuaram sobre o nariz, levantando e caindo
enquanto respirava pesadamente.
O que estava errado comigo?
Eu não sabia como fazer normal. Eu não entendi isso. O que ele queria era
impossível.
"Eu não posso", eu disse, incapaz de dizer o resto das palavras presas na
minha garganta. Para dizer a ele que eu estava sendo idiota e que ia quebrar.
Por que eu ia quebrar? Não havia como responder a essa pergunta. Talvez
porque apenas estar perto de Royce me empurrou de maneiras que eu não
tinha sido empurrada. Ou talvez fosse porque, como Marlena dissera, essa
merda tinha que parar. Qualquer que fosse o motivo, eu não conseguia parar
a dor do pulsar através de mim. Eu não sei o que ele viu nos meus olhos
enquanto eu lutei contra o pânico de volta. Não não não não. Eu não podia
fazer isso. Ele não podia tocar meu coração. Não é isso que ele deveria fazer.
Eu recusei.
"Coloque-me para baixo", eu exigi.
"Você não quer que eu faça", disse ele.
A maravilha que eu vi atravessar seu rosto me fez lutar para sair de seus
braços. Ele viu demais. Sua raiva evaporou me observando. Ele tinha pena de
mim agora? Ele poderia ver minha dor? Quente e fria. Nós sopramos quentes
e frios um com o outro. Eu não conseguia respirar. As paredes estavam se
fechando. Não. Não é normal. Eu não poderia ser o que ele queria. Eu não
podia. Eu era imunda, usada, jogada de lado.
Eu não era boa o suficiente para nada além de uma foda.
Ele não podia ver, mas ele iria. Ele teve que ver. Foi bem na superfície.
"Olhe para mim", ele pediu.
Eu virei meu rosto o máximo que pude, sentindo a tensão no meu pescoço.
Eu agarrei seu ombro. Eu não queria olhar para ele. Eu não queria ver um
pedido de desculpas por suas ações anteriores que me mandou em parafuso.
Eu não queria simpatia, quando ser tratada como merda fazia mais sentido.
Não era assim que a vida deveria ser? Como minha vida sempre foi?
"Foda-me e acabe logo com isso", eu disse a ele.
"Escute a si mesmo. Você está lutando para sair dos meus braços, mas você
está me dizendo para te levar. Você acha que eu posso fazer isso? Olhe para
mim!" ele gritou.
Eu balancei meu olhar de volta para o dele. Seu rosto suavizou, a raiva se
foi. Ele levantou a mão e espalmou minha bochecha. Tão suave. Tão macio.
Eu não consegui lidar com isso. Eu me despedacei. Grandes soluços me
sacudiram quando ele me puxou mais apertado em seus braços, me
segurando perto. Minhas lutas não significavam nada quando ele caiu comigo
no chão e me balançou. Ele tirou meus sapatos e me puxou para o seu colo.
Royce Mattherson, um dos homens mais ricos da América, sentou-se no
chão e balançou a maior prostituta de Los Angeles. Ele estava limpo, melhor
que eu e normal. Ele era arrogante, áspero e dominador, mas ele me segurou
como se eu fosse inestimável. Eu não pude lutar contra as lágrimas e não
tentei.
Uma grande boca se abriu dentro de mim e seu toque foi o catalisador. Eu
não sabia quando foi a última vez que eu chorei. Eu não conseguia nem
lembrar da última vez que alguém me segurou sem querer algo em troca. No
momento em que minhas lágrimas pararam, não senti vontade de me mexer.
Ele me levantou devagar, juntas rígidas estourando. Seus braços pareciam
o melhor lugar do mundo. Eu não queria sair. Mas eu sabia que iria. Eu não
tinha dúvida de que ele quebrou uma barreira que eu não deveria ter
deixado. Quando ele me levou para o banheiro e me sentou no vaso sanitário,
meu medo do que eu deixei ele ver estava construindo.
Eu estava com medo de Royce Mattherson e queria fugir dele.
Mas não esta noite. Hoje à noite eu deixo ele me despir e me puxar para o
chuveiro depois de tirar os sapatos e o relógio de ouro. Deixei que ele me
lavasse, seu terno caro sendo arruinado pela água e sabão do hotel. Eu deixo
ele lavar meu cabelo e me enxaguar. Suas mãos estavam seguras e apoiando
enquanto ele me cobria, e seus braços eram bandas de aço quando ele me
levantou novamente e me levou para a cama.
Deitei lá enquanto ele tirava suas roupas molhadas de seu corpo e pulava
no chuveiro. Meu coração desacelerou e minha mente ficou embaçada
quando ele saiu e vestiu uma calça de moletom macia. Ele saiu do quarto por
um minuto e voltou, carregando o que parecia ser uma cadeira de jantar.
O que ele estava pensando? Eu pensei quando ele puxou a cadeira ao lado
do meu lado da cama e sentou-se.
"Apenas durma. Ninguém vai te machucar hoje à noite,” ele sussurrou para
mim.
Lutando contra as lágrimas que entopem minha garganta, fechei meus
olhos.
Não, ninguém poderia me machucar esta noite.
Ele estava tentando me curar, e eu não tive coragem de dizer a ele que não
poderia ser salva. O tempo para isso havia passado anos atrás. Há muito
tempo, quando o Sr. Welsh me deixou sair da masmorra da última vez e me
disse que se eu contasse a alguém ele acabaria com a minha família, antes de
me matar.
Eu deveria ter sido salva quando ganhei coragem para contar de qualquer
maneira e a polícia foi chamada, depois de três dias de minha mãe discutindo
contra ela. Eu deveria ter sido salva quando me disseram que sonhei com
algum filme ruim que eu tinha visto, colocando o rosto do Sr. Welsh nele
porque eu não gostava de ir às aulas particulares.
Royce não pôde me salvar.
A escuridão não pode ser salva. É sempre presente, eterno, e até a luz sai
depois de um tempo. Quando a manhã chegasse, eu teria ido embora desta
cama, seu mundo, e planejei ter certeza de que ele nunca mais me pegaria
assim novamente.
Porque Royce não merecia ser arrastado comigo.
8
Celeste
Eu juntei os depoimentos para provas no caso Thomason para o Sr. Cole

examinar. Era mundano; Eu poderia fazer isso no meu sono. Meus deveres
como paralegal8 variavam muito dentro da empresa, pois eram pequenos,
mas necessários. Weiss, Johnson e Cole eram a empresa usada por muitos
dos ricos e famosos do país. Conhecidos por sua maneira discreta e códigos
morais e éticos rigorosos, eles fizeram dinheiro para seus clientes e puderam
se manter exclusivos.
Adorei ter a chance de trabalhar aqui.
Foi uma realização que conduziu meus estudos na Temple University antes
de me transferir para a Texas Tech. Ir para a escola em Lubbock, Texas, me
levou a um estágio vitalício. Eu me especializei em descobertas contratuais e
coleta de evidências com um mínimo em trabalho de direito corporativo. Eu
pensei em ser uma advogada, mas não conseguiria brigar no tribunal. E pelo
menos na América corporativa, os bandidos seguiam principalmente crimes
sem vítimas.
Isso me convinha. Funcionava.
Hoje estava mais difícil para mim lidar. Eu não conseguia manter minha
mente no que estava fazendo. Fazia dois dias que eu tinha escapado da suíte
da cobertura onde Royce tinha me vigiado enquanto eu dormia. Ele
finalmente adormeceu nas primeiras horas da manhã e eu fiz a minha fuga.
Eu não sei o que eu esperava que ele fizesse. Ligasse talvez? Me
verificasse? Mas ele ficou em silêncio. Slick tinha depositado toda a quantia
das minhas noites compradas por ele, mas eu não ouvi falar dele, e não queria
falar com ela sobre o meu erro. Parte de mim não conseguia tocar no
dinheiro. Foi contaminado de alguma forma. Ele tinha sido mais gentil comigo
do que qualquer um na minha vida, fora Marlena, e isso significava alguma
coisa.
8
uma pessoa treinada em assuntos jurídicos subsidiários, mas não totalmente qualificado como advogado.
Era melhor assim. Talvez fosse melhor se não falássemos ou

mantivéssemos uma conexão aberta entre nós. Embora isso não impedisse
meu coração de se sentir machucado. Não fazia sentido, mas era verdade, no
entanto.
Eu queria seus braços em volta de mim novamente. Chorar em seu ombro
havia tirado um fardo que eu nem sabia que tinha. Ele não sabia o pior sobre
mim. Não podia saber sobre o passado que tive. O fato de que ele não sabia
e ainda estava disposto a estar comigo disse muito sobre seu caráter. Meus
dedos coçaram para pegar o telefone e ligar para ele.
Porra, eu estava tão confusa.
Estar com ele não era uma opção. Nenhum de nós havia sequer
mencionado algo remotamente próximo a isso. E ainda assim desejei que
fosse possível. Pela primeira vez, a Sra. Foda-me venceu a Sra. Perfeita. Por
uma única vez, eu tinha sido simplesmente Celeste, os dois lados se
combinando, e ele era o elo que me mantinha unida.
Eu estava sendo fantasiosa, eu sabia, mas não era menos verdade. Uma
garota poderia sonhar e eu estava desejando a fantasia. Eu sorri, pensando
em como poderia ser quando arquivei meu trabalho na pasta do Sr. Cole para
colocar em sua mesa e abri a pasta seguinte para revisar aquela pilha de
arquivos. Eu teria que redigitar os documentos da propriedade para o Sr.
Johnson com suas anotações levadas em conta.
"Você é linda quando você sorri assim." Eu ouvi e olhei para cima, meu
coração se acalmou no meu peito um momento antes de fugir.
Royce estava diante de mim, com as mãos nos bolsos do seu terno de
tweed. Não muitos homens poderiam tirar esse olhar, mas ele fez com
facilidade. Ele sorriu torto para mim e senti minha boca secar.
Eu lambi meus lábios e tremi quando seu olhar seguiu o movimento. "O
que você está fazendo aqui?" Eu perguntei a ele. A pergunta foi dita muito
mais suave do que a primeira vez que ele entrou no escritório.
"Eu estava pensando em encontrar a garota que me chamou de 'bebê'
algumas noites atrás e perguntar se ela gostaria de ir jantar", disse ele.
"Você poderia ter ligado para isso", eu voltei, cruzando as mãos no meu
colo para esconder meu tremor. A fantasia. Este era um sonho que eu
acordei.
"Eu não tenho o seu número", ele me disse, se aproximando. Ele puxou
uma mão do bolso, o telefone na mão e entregou para mim. Eu peguei dele,
segurando, não sabia o que fazer.
"Este é o ponto que você coloca o seu número no meu telefone."
Corei quando seu sorriso se alargou. Eu não sabia como fazer isso. Eu não
conseguia lembrar as regras. Ele estava lá, talvez me oferecendo o que eu só
poderia desejar. Mas eu estragaria tudo. Eu sabia que iria. Eu não podia
confiar em mim mesmo para não.
"Eu não-"
“Coloque seu número no meu celular, Celeste. É fácil” ele disse, me
interrompendo. Fiz o que ele disse, apertando o símbolo do telefone para me
ligar. Quando meu celular tocou, eu o silenciei e desliguei ao seu lado. Salvei
seu contato em 'Baby'. Estúpido, mas eu fiz mesmo assim. Eu olhei de novo
para vê-lo inclinado sobre o meu ombro.
"Isso funciona", disse ele. "Então, jantar?"
"Royce, eu não sei como fazer isso", eu sussurrei.
“Então deixe-me fazer isso. Sem compromisso, sem amarras. Não há
pressão aqui, Celeste. Apenas me deixe te levar. Nós podemos ir de lá, ok?”
Eu respirei fundo. Ok, só jantar. Eu poderia fazer isso. Eu não lhe devo
nada, certo?
"Sobre o quê…?" Eu deixei o resto sumir.
“Aceite isso como pagamento pela loucura de nossa vida e não mencione
de novo.”
Engoli. "Estou no trabalho. Eu realmente não posso falar por muito
tempo,” eu disse desculpando-me. O telefone tocou, parando sua resposta.
Ele fez um gesto para caneta e papel e eu entreguei a ele, mesmo enquanto
ouvia atentamente a Sra. Nelson pedindo para falar com o Sr. Johnson. Era a
papelada da sua propriedade em que eu estaria trabalhando.
“Sinto muito, Sra. Nelson, mas o Sr. Johnson está no tribunal esta manhã.
No entanto, ele me forneceu seus documentos e estou trabalhando neles
agora. Vou entrar em contato com ele e garantir que ele ligue de volta assim
que ele puder. Você ainda vai ao encontro beneficente de Câncer esta noite?”
Eu perguntei.
É o que fez os clientes me amarem e garantiram meu emprego na empresa.
Lembrei-me de seus calendários e afastei qualquer soluço com reuniões ou a
agenda dos advogados. A Sra. Nelson confirmou que seria uma vantagem e
não se importaria de esperar para falar com o Sr. Johnson, pois parecia que
eu tinha tudo em mãos.
Royce deslizou o pedaço de papel e a caneta na mesa em minha direção.
Eu cheirava sua colônia e isso fez meu corpo apertar com o desejo. Isso ainda
estava entre nós, não importa o quê. Pelo menos agora parecia que eu
poderia me entregar a ele porque queria.
E não havia dúvida de que eu queria.
Peguei o pedaço de papel quando ele se virou para sair.
Meu restaurante hoje às oito. Esteja pronta às sete e eu vou buscá-la. Eu
reservei o lugar todo só para você.
“Sim, Sra. Nelson. Tenha um ótimo dia." Eu não me lembro de desligar o
telefone. Se eu tenho trabalho feito, eu fiz isso em um nevoeiro.
Royce era um homem que assustou a merda em mim, e eu ia cair de cabeça
primeiro. Eu sabia e esperava que não saísse do outro lado com cicatrizes.
Ele pode ter dito que não haveria amarras, mas eu não tinha tanta certeza
de que ele não tivesse suas garras em mim.
"Pierre, traga uma garrafa de ouro branco para mim, você teria?" Royce
disse ao nosso garçom.
Eu sentei em frente a ele em seu restaurante. As luzes estavam baixas e as
velas estavam na mesa entre nós. O salão estava quieto. Royce não estava
mentindo; ele tinha todo o lugar limpo para o nosso jantar hoje à noite. Um
violinista tocava suavemente no canto, aumentando o ambiente. Eu estava
desconfortável. Eu não conseguia me acostumar com isso.
Eu passei os últimos anos como uma acompanhante de alta classe. Eu sabia
onde tinha dinheiro quando via. O dinheiro não me deixou desconfortável.
Mas eu nunca fui a garota que recebia presentes tão luxuosos por nenhuma
outra razão que o homem à minha frente queria dar para mim. Eu não estava
aqui para ser seu brinquedo para a noite. Eu não tinha que vestir uma
máscara e ser o que ele queria que eu fosse. O que Royce queria era a coisa
mais difícil que já conheci: ser eu mesma.
E quem era eu?
"Você já teve isso antes?" Ele perguntou quando o garçom voltou para a
mesa com a garrafa de grife. Parecia que tinha um casaco branco em torno
dele e borbulhou bem quando o garçom abriu a rolha ao nosso lado. Eu assisti
o líquido dourado encher nossos copos antes de falar.
"Uma ou duas vezes", eu respondi honestamente. A diferença foi que
Royce não tinha pedido para me impressionar com a extensão de sua riqueza.
Ele e eu sabíamos o que ele valia. Não, ele pediu porque gostava.
"E você gostou?" ele perguntou, colocando a mão para parar o garçom.
"Sim", eu respondi, e peguei meu copo. Ele acenou para o garçom,
deixando-o ir.
"Você teria mudado a bebida se eu dissesse que não?" Eu perguntei.
"Sim", ele respondeu, seu olhar encontrando o meu.
"Por quê?"
"Porque você não gostou."
Eu não podia fazer isso. Eu não podia. Eu coloquei meu copo e mudei para
ficar de pé.
"Celeste, venha aqui." Ele não se mexeu, nem olhou para mim, mas eu
senti a força de sua demanda. Eu fiquei em pé e andei até ele. Suas mãos
estavam quentes contra minhas pernas nuas. Eu coloquei um mini-vestido
cor-de-rosa com saltos combinando. Eu o usei com um cinto turquesa e
brincos de candelabro9. O calor se acumulou no meu estômago enquanto sua
mão percorria minha perna e meu quadril do lado de fora do meu vestido.
Parte de mim queria que ele tivesse caído. Ele me puxou para mais perto dele
e depois me afastou dele.
"Sente."
Eu fiz como ele me disse. Seu braço me envolveu enquanto ele se inclinou
sobre a mesa e agarrou minha bebida. Ele afastou a mão quando tentei tirá-
la de suas mãos. Eu deixei minhas mãos caírem no meu colo quando ele
trouxe a taça frágil aos meus lábios e inclinou o copo. Eu abri para ele,
engolindo um pouco do champanhe. Aqueceu e borbulhou quando deslizou

pela minha garganta.
“Eu tenho você aqui porque eu quero que você esteja. Você Celeste. Não
é uma mulher que me diz o que eu quero ouvir, ou me dá o que eu quero.
Apenas você, Celeste. Não se segure e você será tudo o que eu quero.”
Eu olhei para ele enquanto ele soltou o meu copo. Apenas eu? Era algo tão
simples assim? Ou eu seria o suficiente para ele?
"E se não for o suficiente?"
“Então eu falhei. Eu sou uma coisa certa, Celeste. Por que se preocupar em
tentar esconder alguma coisa?” Eu ri quando ele sorriu para mim, abanando
as sobrancelhas.
"Uma coisa certa, hein?" Eu perguntei, relaxando.
“Sim, uma coisa certa. Você me diz que me quer e nós vamos embora. Você
me diz que quer ir para casa e eu vou te levar. Esta noite você executa as
coisas.
"E amanhã?" Eu perguntei.
“Amanhã você entregará o controle para mim. Mas isso é amanhã e
estamos aqui esta noite. O que você quer Celeste? O que você realmente
quer?"
Eu sabia a resposta para essa pergunta, mas não respondi imediatamente.
O que eu queria? Eu queria uma noite de escuridão. De familiaridade. Uma
noite para recuperar minha mente. Mas mais do que isso, eu queria o homem
sentado embaixo de mim, me observando, oferecendo-me algo precioso.
Esta noite eu poderia ser eu e amanhã eu poderia deslizar de volta para trás
da máscara. Amanhã, eu poderia lutar meu caminho de volta para os instintos
de sobrevivência que mantinham a dor longe.
Mas esta noite ... hoje à noite eu só queria ...
"Você", eu disse em voz alta. Eu coloquei o copo e virei meu corpo para
encará-lo melhor.
“Então pegue o que quiser enquanto puder, Celeste. Saiba que você vale
isso.”
Eu vali a pena.
Sim esta noite, Celeste valia. Amanhã eu rastejaria de volta ao chão e
tiraria essa lembrança para examiná-la. Porque eu não podia me deixar ir. Eu
simplesmente não conseguia, não importava o que meu coração traiçoeiro

quisesse.
Eu deslizei meus lábios contra os dele e peguei fogo.
9
Royce
Havia diferentes tipos de suavidade.

Suavidade que parecia afundar em um colchão que se formou no meu
corpo. Ou algodão doce derretendo na minha boca, doce da primeira
mordida, e me agarrando às minhas papilas gustativas. Ou as vezes eu
conheci seda quente deslizando contra a minha pele depois de um banho frio.
Nenhum deles poderia descrever Celeste ou a suavidade de sua boca.
Meu cérebro falhou e o instinto assumiu. Quando eu agarrei os lados de
sua cabeça para ancorá-la em mim, foi porque senti o mundo desmoronar
sob meus pés. Estupidamente fantástico, mas é verdade mesmo assim. Ela
me matou e nunca fez uma ferida. Eu quebrei o beijo por tempo suficiente
para latir para o músico sair.
Ela estava quente, molhada e forte em meus braços, seu perfume se
infiltrando em meus poros até que eu pudesse provar seu cheiro suave de
lavanda.
Merda, eu estava perdendo a cabeça. Eu provei Dom em seus lábios
enquanto sua língua duelava com a minha. Lambendo o interior de sua boca,
eu puxei seu corpo contra o meu. Ela se moveu contra mim e eu rosnei contra
seus lábios, incapaz de me soltar.
"Eu não vou a lugar nenhum", ela sussurrou contra meus lábios e Senhor
me ajude, eu queria que isso fosse verdade.
O tecido de seu vestido era elástico e grudado em minhas mãos enquanto
eu o puxava até a cintura dela. Foda-se tomar isso como um espectador. Eu
a queria tão selvagem quanto eu estava. Tão perdido. E eu tive que mostrar
a ela que eu poderia dar a ela algo que ninguém mais poderia fazer.
Ela engasgou e eu engoli o som quando me levantei do meu assento,
levando-a comigo. Sem um único cuidado por quanto dano eu poderia fazer,
passei o braço por cima da mesa. O vidro quebrou quando nossos pratos e
copos caíram no chão, taças de champanhe quebrando com sons tilintantes.
Eu podia sentir o cheiro das nossas bebidas enquanto elas penetravam no

tapete. Seria uma fortuna para substituir, mas o gosto dela era uma safra que
eu não queria perder uma gota.
"Sr. Mattherson...” A voz do garçom sumiu e eu não desviei o olhar de
Celeste quando levantei a cabeça.
“Feche as persianas, tire uma gorjeta de mil para você da minha conta hoje
à noite e vá para casa. Eu ouço uma coisa sobre isso nos jornais a qualquer
momento da sua vida, eu vou destruir você.”
Eu assisti os olhos de Celeste se arregalarem. Ela tentou sair de debaixo de
mim, saindo do torpor enquanto olhava para o garçom. Eu agarrei seus
quadris, prendendo-a debaixo de mim.
"Você não vai a lugar nenhum", eu assegurei a ela. "Você parece ter
arruinado meu jantar e estou faminto."
Lambi meus lábios, sentindo o desejo e orgulho inchar dentro de mim
enquanto seu olhar seguia meu movimento e um rubor quente apareceu sob
sua pele. Eu pressionei meus quadris entre suas pernas, sibilando com o calor
de sua boceta contra o meu pau coberto de pano.
"Eu acho que encontrei algo para comer ... Bem ... Aqui", eu disse a ela,
soltando seu quadril para empurrar minha mão entre nós e segurar seu sexo.
Ela gemeu, a cabeça jogada para trás. Eu esperei o tempo suficiente para
o garçom correr para atrás do balcão e ir embora antes que eu reivindicasse
sua boca novamente. Este era meu restaurante, meu dinheiro, minhas regras.
Ninguém nos perturbaria, e eu queria ver o quão selvagem ela poderia ficar.
Eu queria controlá-la.
Eu esfreguei meus dedos contra ela em um movimento circular enquanto
eu devorava sua boca. Ela agarrou meu casaco, empurrando-o dos meus
ombros. Não poderia cair no chão porque eu não pararia de acariciá-la, mas
estava fora do seu caminho o suficiente para que ela fosse para a minha
camisa. Botões estalaram quando ela rasgou minha camisa e correu as unhas
pelo meu peito.
Marco Zero10.
Meu pau estava duro e pulsando nas minhas calças. Eu movi minha mão
entre nós e me encostei nela. Ela gritou, revirando os quadris contra mim. Eu
gostei daquilo. Eu amava como ela dava sua paixão. Ela não lutou contra isso;
10
O ponto na superfície da terra diretamente acima ou abaixo de uma bomba nuclear explodindo.
ela não se desculpou por isso. O jeito que ela me respondeu me fez sentir
como um deus.
Eu chupei meu caminho pelo lado de seu pescoço, prestando atenção em
qualquer dificuldade de respiração e mudança de seu corpo. Eu notei que ela
cravou as unhas em mim quando eu mordi seu pulso. Ela respirou fundo
quando tracei seu decote com a minha língua. Sua respiração correu em um
'whoosh' quando eu puxei o pescoço de seu vestido para baixo o suficiente
para sugar o mamilo na minha boca, sutiã e tudo.
Eu notei tudo e registrei na minha memória. Ela era minha. Então, e se não
fizesse sentido? E se eu estivesse lutando contra uma mulher que não
acreditasse em se entregar a ninguém? Nós não estávamos falando sobre
amor. Nós estávamos falando sobre curtir uma faísca com outra pessoa que
nunca mais sentiríamos.
Eu poderia dar a ela tudo o que ela precisava, exceto as emoções que
muitas mulheres gostavam de ter. Ela precisava aprender que as pessoas
gostam de nós? Nós não precisamos dessas emoções de qualquer maneira.
Eu deixo seu mamilo ficar o tempo suficiente para puxá-la para os meus
braços e forçar o vestido acima de sua cabeça. Joguei por cima do ombro
enquanto usava a outra mão para soltar o sutiã. No momento em que ela se
deitou na mesa, ela só tinha a delicada tanga preta e os saltos.
Linda.
Seus seios estavam rosados de desejo. Era uma cor tão bonita contra sua
carne de bronze. Eu capturei seu mamilo ligeiramente mais escuro na minha
boca, esfregando meus quadris contra ela. Seus dedos percorreram meu
cabelo enquanto ela me segurava. Rolando o mamilo com a minha língua só
para ouvi-la gritar de novo, eu tracei o interior de suas coxas.
"Tão linda. Quão bom você vai ser te provar?” Eu perguntei a ela. Eu beijei
meu caminho para baixo sobre seu estômago, parando o tempo suficiente
para mergulhar minha língua em seu umbigo. Seu corpo tremia sob minhas
mãos. Ou talvez fosse minhas mãos tremendo. Eu não sabia e não me
importava. O mais importante para mim era beber dela. Para ouvi-la gritar
meu nome.
Eu acariciei sua virilha. Estava nua e a pele estava lisa. Eu belisquei a carne
sensível e lambi a picada. Sua pele era como se fosse mel, pegajosa, úmida e
tão incrível. O vinco no interior de sua coxa, onde se encontra sua virilha,
exigiu atenção e eu segui a linha para baixo com a minha língua.
Eu levei um momento para sentar e pegar minha cadeira. Sua vagina era
perfeita. Minha respiração saiu dura e rouca enquanto eu admirava os lábios
apertados e a saliência do seu capuz. A umidade escapou dela, fazendo-a
brilhar. Tudo para mim. Eu fiz isso. Agarrando as costas de suas coxas, eu
empurrei suas pernas para cima e para fora.
"Royce", ela começou.
Eu bati na sua bunda para calá-la. “Você escolheu isso e é o que eu quero.
Alguém já te agradou? Você já teve alguém que não conseguia pensar em seu
próprio prazer porque estava intrinsecamente combinado com o seu?”
Ela olhou para mim, então eu estalei sua bunda novamente.
"Me responda."
"Não", ela disse finalmente. "Nunca."
"Você não será capaz de dizer isso depois desta noite", eu prometi a ela e
chupei seu clitóris na minha boca. Ela gritou quando eu mordi o botão. O
gosto dela. Tão bom pra caralho. Eu lambi meu caminho da raiz de sua buceta
e depois em torno de seu clitóris. Eu segui o padrão novamente.
"Segure a mesa e não se mova." Ela fez o que eu disse a ela. Prazer se
estendeu através de mim quando eu deslizei minha língua dentro dela. Seus
músculos internos se apertaram em volta da minha língua. Eu gemi, amando
a sensação dela me segurando apertado.
Seus sucos estavam escorregadios, deslizando sobre meu queixo enquanto
eu rodava minha língua dentro dela. Era clichê, mas juro que nunca provei
uma mulher tão boa quanto ela. Meu corpo estava em chamas. Eu precisava
de mais. Levantei-me ligeiramente, agachando-me sobre ela. Minha língua
deslizou de sua vagina quando eu deslizei um dedo profundamente nela. Ela
gritou, empurrando seus quadris. Mais uma vez, eu era o observador,
prestando atenção em como ela resistiu quando meus dedos bateram em seu
clitóris. Como seus seios arfavam com cada uma de suas respirações duras.
Eu queria estar dentro dela.
Tão profundo que ela não seria capaz de me esquecer. Mas eu me contive.
Mantendo minha boca longe dela, deixei minha cabeça clara um pouco. Ela
sabia como ser uma acompanhante. Ela sabia como ser uma trabalhadora.
Mas ela sabia ser apenas uma mulher?
Era tão difícil para Celeste Askew apenas aceitar o que ela merecia de um
homem?
Eu balancei minha cabeça, uma pitada no meu coração me dizendo que a
resposta provavelmente significava mais para mim do que deveria.
Eu queria ser esse homem.
Eu suavizei meu toque. Eu não queria empurrá-la muito rápido em direção
à borda. Eu queria que ela gostasse, deleite-se com isso.
“Lá vai você, baby. Monta-o."
Ela abriu os olhos quando me levantei sobre ela, trabalhando-a com o meu
dedo. Eu deslizei outra para ela.
"Mantenha seus olhos em mim", eu disse a ela. Suas mãos agarraram meus
ombros. Nós estávamos congelados lá, mantendo contato visual. Seu corpo
estava duro debaixo do meu e eu esqueci minha ereção. Eu esqueci porque
estávamos aqui. Nada importava, exceto seu clímax, seu prazer. Quando ela
tentou fechar os olhos, beijei sua testa.
"Fique comigo, bem aqui."
Ela abriu os olhos e eu vi lágrimas neles. Meu peito se apertou quando
beijei seus olhos, saboreando o sal de suas lágrimas. Eu não conseguia mais
segurar o olhar dela. Era muito, muito profundo. Eu passei meu braço em
torno dela e a puxei para o meu abraço. Seu rosto encontrou meu pescoço e
seus dentes agarraram a carne lá. Eu trabalhei meus dedos dentro e fora dela,
torcendo meus dedos para que meus dedos roçassem seu clitóris.
"Sim", ela gritou contra o meu pescoço e eu fiz isso de novo. Mais e mais
até que ela estava apertando, até que ela estava segurando a respiração. Eu
empurrei com força contra seu clitóris e a senti explodir contra mim. Ela
gritou, passando as unhas pelas minhas costas.
Ficamos assim, agarrando um ao outro, enquanto ela andava na onda.
“Lá vai você, baby. Deixe ir."
Seu clitóris estava duro contra a palma da minha mão quando eu deslizei
meus dedos para fora dela e esfreguei. Ela gritou novamente, umidade
inundando e vazando entre meus dedos.
"Deixe-me..." Ela parou, em seguida, tentou novamente. "Deixe-me cuidar
de você."
"Não", eu respondi quando me afastei, levando-a comigo e sentada no
banco. Ela me montou, me abraçando a ela.
"Royce", ela começou.

"Eu disse não. Estou bem. Isso foi para você.”
"Não é assim que isso funciona", disse ela, levantando a cabeça e olhando
para mim.
“É como você está lidando comigo. Eu já te disse isso.”
"Eu queria mais", disse ela.
“Não, você queria que eu tirasse os pensamentos, e eu fiz isso. Agora você
está sob meu controle e eu digo que estou bem.”
Ela sorriu, sacudindo a cabeça. "Idiota."
"Sim, mas eu sou seu idiota, então aproveite."
Foi a coisa errada a dizer. Eu soube assim que saiu da minha boca. Ela ficou
tensa contra mim antes de sair dos meus braços.
"Celeste."
Ela não me respondeu. Ela encontrou o vestido e puxou-o sobre a cabeça
antes de se virar. Ela olhou para todos os lugares menos para mim.
"Celeste."
"Obrigada, por esta noite", ela disse em vez de me responder e pegou
minha jaqueta do chão.
"Eu posso te comprar uma camisa nova", ela acrescentou quando me
entregou a jaqueta.
"Eu não dou a mínima para a camisa."
"Eu dou", ela retornou. Eu a observei desligar e não sabia como me sentia.
Eu tentei dar-lhe algo só para ela, mas havia muitos obstáculos. Nenhum de
nós poderia ser normal e esse fato estava nos encarando agora. Não
poderíamos tornar isso mais fácil?
“Isso não muda nada, Celeste. Ainda não há pressão. Nós tivemos uma boa
noite. É isso aí."
"Parecia…"
"Mais", eu terminei por ela.
Ela assentiu e pegou sua bolsa, já voltando para a entrada. Suspirei,
esfregando minha mão no meu rosto. Eu a peguei na porta, girando-a em
meus braços.
Eu a beijei, sem saber o que estava tentando dizer ou como funcionaria. Eu
só sabia que não queria levá-la para casa e perdê-la. Mas eu temia que isso
fosse exatamente o que aconteceria.
"Vou levá-la para casa. Jantar amanhã?” Eu perguntei.

Ela balançou a cabeça e percebi que Celeste Askew era a mulher mais
irritante que já conheci. E eu não ia deixá-la ir. Seja qual for a reação, eu
simplesmente não conseguia.
10
Celeste
Vinte e sete. Um número tão pequeno, na verdade. Eu tinha visto múltiplos

dele na minha conta bancária muitas vezes antes. Significava apenas alguns
anos antes dos trinta. Na maioria dos dias eu ignorei completamente. Era um
número puro e simples. Mas hoje, significou muito para mim.
Combinados, são quantos textos e telefonemas eu ignorei do Royce desde
o jantar uma semana antes. Eu simplesmente não consegui pegar o telefone.
Ele balançou meu mundo, e isso me assustou. Eu senti que estava muito
apavorada ultimamente e não gostava disso. Slick, abençoe-a, parara de ligar
depois dos dois primeiros 'nãos' para os empregos. Garotas como eu tinham
frequentadores regulares, mas eu não precisava trabalhar toda semana. Na
verdade, tirar um tempo ajudaria meu bolso, em vez de machucá-lo. Quando
eu voltasse ao balanço, eu poderia cobrar mais porque meus Johns teriam
sentido minha falta.
Essa era a mentira que eu disse a ela e ela aceitou.
Nós duas sabíamos o que realmente estava acontecendo. Eu senti falta do
Royce. Eu queria vê-lo. Queria falar com ele. Ele me fez rir e revirar os olhos
quando li suas mensagens de texto. Eu me enrolei na cama debaixo das
cobertas e ouvi suas mensagens de voz repetidas vezes.
Eu era uma mulher sentimental, debruçada sobre um homem que queria
dar-lhe a sua atenção, mas eu não confiava nisso. Felicidade não durava
muito tempo para mim. Era falso, um truque para me preparar para uma
queda mais forte. O que eu sentia por Royce parecia mais do mesmo e eu não
estava pronta para isso. Não importava que uma parte de mim quisesse, no
final eu a sabotaria. Era melhor para nós dois cortar as coisas agora.
Naquela noite, em seu restaurante, ele me mostrou que Royce era um
homem que podia me desafiar, me empurrar e me torcer. Ele não se
intimidou com minhas proezas sexuais. Ele não foi desligado pelo meu
trabalho noturno e ele não me questionou.
Não. O que ele fez foi me dar algo só para mim e eu corri como um bebê
fodido.
Eu poderia ser completamente honesta comigo mesma. Eu estava
correndo. Eu sabia, mas não consegui me conter. Eu queria dizer sim para
Slick e assumir alguns trabalhos, mas o pensamento das mãos de outro
homem em mim me fez mal ao estômago. Pam ligara algumas vezes sobre
mamãe e mais dinheiro e, pela primeira vez, eu entregara o dinheiro sem
piscar um olho.
Isso fez Pam pensar, eu podia ver em seus olhos, mas eu não tinha ficado
o tempo suficiente para explicar a ela. Eu não sei quando exatamente eu
parei de odiar Royce Mattherson e comecei a me apaixonar por ele. Eu sabia
que me apaixonar por ele provavelmente tinha mais a ver com meu estado
mental fodido do que com ele.
Eu não o conhecia bem, mas ele tinha sido gentil comigo. Ele me mostrou
respeito e ele era sexo nos olhos. Ele me entendeu em um nível que a maioria
das pessoas não entendia, e fiquei imaginando o que aconteceu em sua
história para dar a ele essa percepção.
Ainda assim, achei que era melhor ficar longe dele até me controlar, ou
para sempre. Eu estava pensando que para sempre era melhor quando meu
telefone tocou na minha mesa.
Tentação: pensando em mim?
Sim.
Eu olhei para o meu telefone em vez de enviar a resposta na minha cabeça.
Era o fim do meu dia de trabalho e eu estava me arrumando para ir para casa
de qualquer maneira. Desligando meu computador, coloquei o celular na
bolsa. Não demorou mais do que alguns passos para chegar em volta da
minha mesa até a porta do escritório. Demorou ainda menos para chegar ao
elevador em frente ao meu espaço de trabalho e levá-lo até a garagem.
A mensagem foi proeminente em minha mente o tempo todo.
Eu estava sendo infantil, ignorando-o. Não era como se eu estivesse
bloqueando ou não olhando para suas mensagens. Isso não me impediu de
sonhar com ele. Isso não me impediu de imaginar o que teria acontecido se
eu tivesse dito sim para outro encontro com ele, em vez de ir para casa, para
minha solitária e fria cama.
Quando entrei no meu carro, suspirei. Nada estava me impedindo. Quando

eu me tornei uma garotinha assustada, me escondendo do meu celular? Eu
desisti de ser assim há muito tempo, e eu ia provar isso.
Eu: Na verdade não.
Sim, quase todos os segundos de todos os dias, mas desde que soa
perseguidora e louca, vamos ignorar isso.
Tentação: Mentirosa
Ele estava certo, é claro. Quem colocou um homem em seu telefone como
"Tentação" de qualquer maneira? Eu, é isso, depois de perceber que 'Baby'
era muito pessoal. Um maldito psicopata que precisava de remédios e cerca
de um mês de visita ao sanatório mais próximo. Seu nome no meu celular foi
um exemplo gritante do quanto ele me afetou.
Eu: Talvez, mas isso realmente não importa.
Eu saí da garagem depois de encaixar meu telefone no painel. Eu era tudo
sobre a condução sem as mãos. Ainda bem que eu tinha fala para texto.
A pequena voz na minha cabeça ia ser baleada hoje. Meu telefone apitou,
perguntando se eu queria que ele lesse uma mensagem em voz alta.
"Sim", eu respondi.
"Venha comigo para um fim de semana."
A voz desencarnada do meu telefone através dos alto-falantes do meu
carro não tinha o impacto que eu sabia que a voz de Royce teria me
perguntado. Ainda assim, minha respiração engatou nas palavras. Um fim de
semana com ele? Quão ruim essa decisão seria?
“Eu não posso. Estou trabalhando."
Eu esperei por sua resposta. Não era verdade - e isso me deixou com raiva.
Nós não éramos um casal; essa não era uma situação que eu pudesse dizer
que estivesse remotamente próxima do início saudável de alguma coisa. Eu
não era idiota. Eu sabia como os relacionamentos deveriam funcionar. Eu
tinha sido o ombro de Marlena para chorar muitas vezes durante a nossa
amizade. Mas não era eu, nós não eramos. Não havia nem mesmo um "nós".
“Nós dois sabemos que isso não é verdade. Me diga que você não pensou
em eu te comer na mesa? Diga-me que você não reviveu o que eu fiz para
você, Celeste.”
Eu não pude. Eu revivi, repetidamente. Eu tinha prazer em me lembrar do
calor dele, sua boca contra minha boceta. Eu não conseguia parar de pensar
sobre a maneira como ele me controlava e me levava a alturas que eu nunca

tinha estado antes.
"Isso foi negócio, Royce."
“Eu nunca sou negócio para você, mais do que você é para mim. Diga-me
para nunca mais entrar em contato com você e eu não vou.”
Eu andei em silêncio em direção a minha casa, sabendo que eu não diria
isso a ele. Ele não me mandou uma mensagem novamente e eu sabia que ele
estava me deixando tomar essa decisão. O que havia nele que me mantinha
amarrada a ele? O que ele tem sobre mim que fez meu coração viajar sozinho
toda vez que eu vejo o nome dele no meu celular?
Eu não sabia.
Eu só sabia que, se pudesse encontrá-lo, poderia arrancá-lo de mim e
acabar com ele.
Eu: Não importa, Royce. Esta não foi uma boa ideia para começar. Vamos
apenas deixar assim, ok?
Tentação: Você não disse não.
Ugh
Eu: Isso importa mesmo?
Tentação: sim. Apenas saia comigo, Celeste. Se, depois desse fim de
semana, trabalharmos uns nos outros para fora do nosso sistema, tudo bem.
O que você tem a perder?
Meu coração.
Isso é o que eu tinha para perder. Ele poderia pegar, pedaço por pedaço,
até que pertencia a ele, e eu não teria mais nada. Meu corpo e meu coração
eram as duas coisas que me pertenciam. Eu poderia fazer o que quisesse com
ambos. Eu mantive meu coração sob fechadura e chave. Meu corpo eu
costumava ajudar a tirar a dor. Quando eu estava com Royce, minha dor
desaparecia e meu coração não estava tão frio.
Eu: tudo.
Era hora de ser honesto com ele e comigo mesmo. Eu não poderia estar
com ele, porque estar com ele significava que a Sra. Puta poderia
desaparecer, mas eu precisava que ela garantisse que a Sra. Perfeita
sobrevivesse. Eu precisava do lado ruim da minha vida para tornar o bem
muito mais doce. Eu não podia deixar elas se juntarem em Royce.
Eu não podia.
Tentação: E isso seria tão ruim? Perdendo-se? Encontrar alguém que possa
levá-lo para a segurança e aceitá-lo por quem você é? É tão ruim que eu quero
ser esse homem? Eu não sou um cavaleiro de armadura brilhante, Celeste,
nem mesmo o seu. O que eu posso te dar é paixão e a vantagem que você
precisa. Você pode me dar a liberação que eu desejo. É simples. Eu quero
você e você me quer. Não negue isso.
O que ele disse soou tão bom. Tão libertador. Apenas tomando dele
enquanto ele tirava de mim. Uma transação. Cortar e secar. Preto e branco.
Sem cinza.
Eu: Um fim de semana de sexo é o que você está pedindo.
Tentação: É isso, Celeste. Um fim de semana do que ambos queremos:
escapar.
Escapar. Um fim de semana para esquecer que minha mãe estava
“morrendo” e precisava de mais dinheiro. Um fim de semana onde Pam não
existia e seus modos vorazes não poderiam me machucar. Apenas alguns dias
para limpar minha mente e voltar minha vida para onde eu precisava estar.
Isso não seria muito difícil, certo?
Eu: Quando voltarmos, a natureza dos nossos negócios juntos será
concluída. Você entendeu?
Tentação: sim. Esteja pronta na sexta-feira às sete. Eu vou te buscar em
sua casa.
Eu: Para onde estamos indo?
Tentação: Deveria ter perguntado isso antes de concordar. É uma
surpresa. Basta estar pronta e pouca bagagem. Você não precisará de muito;
Nós não vamos a lugar nenhum quando chegarmos ao nosso destino.
E assim, ele parou de mandar mensagens pelo resto da noite.
Eu tropecei pelo resto da semana cegamente. Eu não ouvi falar dele ou de
Slick e fiquei inquieta. Eu fiz o meu trabalho mais rápido do que o normal,
focando cada pedaço de papel atentamente. A perda de seu contato fez me
sentir vazia. Eu estava ansiosa para o meu telefone tocar ou ouvir a voz dele
no meu correio de voz.
Percebi que quando não tinha Marlena para conversar, Pam e minha mãe
estavam bem com o dinheiro que eu dava a elas, e Slick não ligava, eu era
uma pessoa muito solitária. Eu estava presa nas paredes de minha própria
criação e, pela primeira vez, não gostei muito.
Marlena estava super ocupada no trabalho e não tinha muito tempo para
aparecer. Além disso, ela estava namorando alguém em quem ela realmente
gostava, então eu nem tinha minha melhor amiga para me distrair. A TV não
tinha nada de interessante e eu não podia ir aos lugares habituais para
encontrar um tipo diferente de distração. No momento em que Royce me
tocou, ele me arruinou por qualquer outro homem.
Eu costumava amar estar sozinha com meus pensamentos. Eu costumava
amar ser honesta comigo mesma e ver o mundo sob o verniz civil que
geralmente gostava de usar. Ultimamente eu não me importava muito com
isso.
Então o detetive Yancy me ligou e meu mundo quebrou.
11
Celeste
Olá, aqui é o detetive Yancy do Departamento de Polícia de Meadowview.

Posso falar com Celeste Askew?
Eu sabia o nome. Eu odiava o nome. Eu queria destruir o homem na minha
idade adulta e olhei para ele com dor e medo quando eu era pequena. Meu
sangue ficou quente, mesmo quando minha pele estava fria e úmida.
Não, não é isso.
"Aqui é Celeste."
"Oi…"
Sua voz sumiu e eu não pude culpá-lo. Como exatamente você fala para a
versão adulta da criança que basicamente você chama de mentirosa? Havia
um manual para isso em algum lugar em terra policial de merda? Eu duvidei
disso, mas a raiva me empurrou através do medo e das memórias. Eu
compreendi essa linha de vida com tudo que eu tinha.
“Por que diabos você está me chamando? Você não fez o suficiente?”
"Sra Askew, sei que isso pode ser difícil...”
“Não, você não sabe. Você não tem ideia do que fez. Se você tivesse
alguma suspeita, você pularia da ponte mais próxima. Ou talvez dar uma
longa caminhada em um píer curto? Não. Melhor ainda, sente-se nos trilhos
de trem mais usados.”
Eu estava tremendo. Eu não podia conter. Oito anos não foram nada. Não
foi o suficiente para esquecer a dor. Não foi tempo suficiente para parar de
sentir que precisava esfregar meu corpo toda vez que olhava para um porão.
Nunca seria longo o suficiente. E esse bastardo ligando trouxe esses medos
de volta. Aquelas memórias horríveis que eu lutei tanto para esquecer.
“Por favor, Srta. Você está certa. Eu não posso imaginar o quão difícil isso
é para você. E para ser sincero, nunca quis fazer este telefonema. Mas
algumas coisas vieram à luz que forçaram minha mão”.
Oh Deus. Não outra criança. Não outra Celeste lá fora que seria tão fodida
quanto eu. Quem veria o sexo como sujo e necessário? Outra menina que
saberia o que aconteceu não tinha sido culpa dela, mas ela não seria capaz
de parar de se culpar de qualquer maneira.
“Havia outro?”
A detetive Yancy não respondeu rapidamente e isso foi o suficiente para
mim.
"Eu te disse. Eu te avisei,” eu me enfureço. “Você não escutou. Isso está
em suas mãos.”
"Eu sei."
Duas palavras. Disse tão suavemente que mal os peguei, mas eu fiz. Eu
esfreguei meu peito, sentindo-o comprimir e apertar. Eu mal conseguia
respirar. Eu forcei minhas pernas a dobrar quando eu deslizei em uma cadeira
na minha mesa de jantar. A madeira dura me castigou, me avisando que eu
ainda estava viva. Eu levei alguns momentos para respirar. Lentamente. Senti
meus pulmões se encherem de ar, senti meu corpo se expandir com oxigênio
muito necessário. Meu coração ainda corria, mas eu aguentava; Eu poderia
funcionar.
Afastei o som de fivelas e zíperes. Joguei fora da minha mente a sensação
de carne escorregadia e o cheiro de sangue derramado. Eu lutei com tudo
isso enquanto me agarrava ao telefone.
"Senhora. Askew? Você está bem?"
Eu ri para o telefone, um som quebrado que eu nem reconheci. "Longe
disso."
“Nós tivemos outra mulher falando contra ele e depois mais duas.
Recentemente, também fomos contatados por um detetive particular que
conseguiu encontrar alguns registros expurgados no passado de Welsh. Eu
não sei como ele fez isso, mas eu tenho tudo na minha mesa. Eu preciso que
você responda a algumas perguntas, se puder?”
“Eu não estou indo para a estação. Eu não posso.”
"Compreendo. Se você concordasse em responder minhas perguntas hoje
à noite no telefone, isso seria suficiente. Eu preciso pegar alguns fatos de
você. Desta vez, Celeste, estou ouvindo. Eu prometo."
Eu ouvi o pedido de desculpas em sua voz, mas eu não dei a mínima. De
que adianta seu pedido de desculpas quando destruiu minha vida? Quando
virou minha mãe e minha irmã contra mim? Como isso poderia trazer meu
pai de volta quando ele se afastou de nossa família porque ele tinha o
suficiente das demandas de minha mãe? Seu pedido de desculpas não faria
nada.
Eu poderia aceitar, mas não era nada no mar do meu passado.
"O que você quer saber?"
“Você me disse que o Sr. Welsh começou as coisas tocando você aqui e ali
quando você foi para receber as aulas. Eu entendo que depois de três meses
de tutoria com você, ele parou de ensinar sua irmã e você, estou certo?”
“Sim, ele foi seu tutor antes de se tornar meu. Ela parou de ir até ele
quando minha mãe percebeu que nenhuma quantidade de ajuda iria mudar
suas notas. Era mais barato pagar por um filho em vez de dois”, expliquei.
"Então as coisas começaram a progredir mais rapidamente?"
"Sim. Depois que ela se foi, eu estava em sua casa sozinha com ele durante
três horas por dia. Ele era uma babá para mim, Pam era mais velha e podia
ficar em casa sozinha naquela época. Minha mãe me pegava da casa dele
quando ela saiu do trabalho. ”
"OK." Ele audivelmente ajeitou alguns papéis antes de continuar. "O que
ele te falou quando ele te levou para a sala de jogos pela primeira vez?"
"Isso é realmente relevante?" Eu perguntei, não querendo pensar nisso. Eu
nem queria dizer a palavra.
“Sinto muito, mas sim. Eu preciso verificar se é o mesmo.”
"Prostituta."
Eu tinha sido sua pequena prostituta e ele tinha pago por todas as coisas
que ele faria comigo. A mesma coisa que eu fiz os homens me pagarem agora.
Agora eu tinha o poder; Eu controlei o que acontecia e pude ir embora. Não
é como agora. Não doeu agora. A mente vai para este pequeno lugar confuso
onde as linhas se confundem e a dor se funde com prazer. Ele me ensinou
sobre isso e eu gostei de lá.
Ou pelo menos eu tinha antes de Royce. Ele não me deu dor. Ele não
misturou tortura com prazer e fez meu corpo cantar. Foi por isso que não
confiei nele, com medo de mudar. Ele me deu luz. Mas foi real?
Não era melhor mostrar sua escuridão e acabar logo com isso?
"E o que ele disse para impedi-la de contar a alguém?"
Eu sabia que o detetive Yancy já sabia disso. Foi por isso que ele pensou
que eu estava mentindo. Como poderia acreditar na ameaça do sr. Welsh?
Como eu poderia ter assumido que ninguém me ajudaria?
Bem, porque ninguém fodeu.
Mr. Welsh estava certo, parcialmente.
"Que eu perderia minha família e ele encontraria uma maneira de matar
minha mãe."
O Sr. Welsh só estava meio certo. Eu com certeza perdi minha família. Pam
e eu estávamos tão perto, mas tão diferentes. Juntas pelo quadril. Nosso pai
nos estragou. Contando tudo mudou. Minha irmã odiou que eu arruinasse a
família. Que eu tirei o nosso pai. Minha mãe ficou com nojo que eu não sabia
como manter a porra da boca fechada. Por que eu inventei essas mentiras
sobre um homem bom? Ele não tocou em Pam. Eu devo ter feito algo para
tentá-lo.
Então meu pai me deixou sozinha com elas.
“O que ele contou sobre as outras crianças?” Yancy perguntou.
“Ele me disse que tinha feito isso tantas vezes antes que ninguém
acreditaria em mim. Que ele não fez nada de errado. Que ele me ensinou a
amar um homem. Isso é o que os tutores eram para fazer.”
“Obrigado, Srta. Askew. Eu sei que isso não foi fácil. O estatuto de
limitações de estupro e abuso sexual infantil é extensivo aqui. À luz de novas
evidências, reabrirei seu caso.”
“Eu não quero ser arrastada pela lama. Eu segui minha vida. Eu não quero
estar nos olhos do público com isso”, eu disse.
“Você não precisará. Eu farei o meu trabalho desta vez, prometo. Se isso
for ao tribunal, você terá que testemunhar, mas sua identidade pode ser
protegida. Eu não vou falhar com você. Não há problema em contatá-la se
tiver outras dúvidas?”
"Está tudo bem, detetive."
"Tenha uma boa noite Sra. Askew."
Eu não disse adeus quando desliguei o telefone. Eu não sabia o que sentia.
Meu celular estava quente na minha mão. Eu olhei para ele como se tivesse
crescido chifres. Minha noite passou de pensar no que vestir para trabalhar
amanhã e ver Royce naquela noite para lembrar do meu passado.
Eu não queria. Eu não podia. Sonhar com o sr. Welsh e o que ele fez comigo
só arruinaria todas as chances que eu tinha de aproveitar meu tempo com
Royce.
"Royce"
Eu respirei em seu nome. Era um talismã que eu segurei firmemente em
volta de mim enquanto a dor corria através de mim. Eu não podia fazer isso.
Eu não conseguia respirar. Eu não sobreviveria
Fivelas e zíperes. Chicotes e dedos. Empurrando, empurrando. Rasgando.
Eu não conseguia respirar. Eu não pude.
Eu disquei meu celular cegamente, tropeçando aos meus pés.
"Baby?"
"Royce", eu gritei seu nome, implorando para ele vir a mim com palavras
que eu não poderia usar.
"Celeste? O que há de errado?"
Eu não consegui responder. Deus, eu estava em espiral na escuridão.
Cheirava a colônia que eu não tinha há anos. Provei carne, tentei apagar da
minha memória.
"Estou chegando. Agora mesmo. Não desligue o telefone. Fique comigo
Baby.”
Segurei o telefone na minha mão enquanto o ouvia. Eu ouvi bater uma
porta antes do alarme do carro soar sem nenhum intervalo.
“Mudando para mãos livres, mas estou aqui. Não desligue.”
Eu escorreguei para o chão, ouvindo-o correr para o meu lado. Eu segurei
o que pude na baía, agarrando o fato de que não demoraria muito antes de
eu estar em seus braços. Isso me ancorou.
“Você é uma das mulheres mais bonitas que já vi, mas não é tão fofa
quando chora. Vamos secar essas lágrimas” ele disse, e eu soltei uma risada.
Eu nem percebi que estava chorando. Suas palavras me deram força
suficiente para me levantar e abrir a porta. Poder suficiente para abrir e sair
na varanda. Eu respirei fundo, limpando a escuridão com o doce cheiro do
crepúsculo.
Eu vi luzes de um carro vindo na esquina. Eu assisti Royce lidar com o
veículo como um mestre, acelerando na minha rua e virando na minha
garagem com um grito. Ele estava fora do carro e fechando a porta antes que
eu pudesse respirar fundo.
Eu finalmente pude respirar quando ele me puxou para seus braços,

segurando-me apertado contra o peito e eu não me importei mais.
“Nós temos que parar com o festival de choro, Celeste. Você vai me dar
um ataque cardíaco.”
"Você veio." Eu só pude reunir uma risada aquosa, mas foi o suficiente. Isso
rompeu o medo.
"O que aconteceu?"
"Meu passado."
Ele olhou para mim com curiosidade antes de balançar a cabeça.
"Esqueça isso. Acabou agora."
"Você não quer saber do que se trata?" Eu perguntei.
"Você quer me dizer?"
"Não." Eu balancei a cabeça.
"Foi o que pensei, então por que perguntar?"
"Porque isso faria parecer que você se importa", eu disse. Isso é normal
né?
"Estou aqui. Deixei uma reunião importante para estar aqui e não tenho
intenção de sair. O que isso lhe diz?"
Mais do que eu queria examinar, menos do que queria ouvir.
O que eu queria do Royce? O que ele estaria disposto a me dar? Ele deve
ter visto as perguntas em meus olhos, porque ele balançou a cabeça
enquanto espalmou minha bochecha.
“Só me peça para entrar, Celeste. Eu cuidarei do resto.”
"Royce, você gostaria de entrar?"
"Mais do que você jamais saberia, baby."
Seus braços, percebi quando ele me levantou e me carregou para dentro
da casa, eram o único lugar no mundo que eu queria estar.
E percebi que ambos estávamos mentindo um para o outro.
Nós nunca estaríamos satisfeitos depois desse final de semana.
Nunca.
12
Celeste
Ter Royce dentro da minha casa foi uma experiência. Sua presença
diminuiu tudo ao seu redor. A cozinha parecia metade do tamanho; a grande
sala de jantar de pouca importância. Eu me perguntei quanto tempo eu
sentiria o cheiro persistente de sua colônia depois que ele se fosse.
Ele me abaixou no meu sofá antes de tirar o paletó e a gravata. Seus longos
dedos soltaram o botão de cima de sua camisa antes de enrolar as mangas.
Eu nunca pensei que os antebraços de um homem fossem sexy, mas eu achei
agora. Eles eram poderosos de uma maneira que eu não imaginaria que um
homem corporativo teria sido. Corei quando ele me pegou olhando,
"Gostou do que está vendo?" ele perguntou.
"Sim." Eu não podia mentir para ele. Agora não. Era a segunda vez que me
quebrei em seus braços. Por duas vezes ele esteve lá para me pegar antes
que eu me despedaçar no chão.
E agora que ele estava aqui, eu não sabia bem o que fazer.
A maré da minha dor havia diminuído agora, embora o medo ainda se
esgueirasse pelas bordas. Eu me senti pequena e tola por ligar para ele. Mas
meu coração se aqueceu com o fato de que ele chegou a mim tão
rapidamente. A garotinha presa dentro de mim sorriu timidamente à luz de
sua presença. Eu tentei o meu melhor para impiedosamente empurrá-la para
baixo, mas a ideia de proteção era demais para ela se afastar.
Eu estava em apuros.
"Você quer falar comigo sobre o que aconteceu?" Ele sentou ao meu lado
no sofá e levantou meus pés em seu colo. Quando seus dedos se envolveram
em torno de um pé, eu fiquei tensa. Eu não queria que nada se intrometesse
no meu estado frágil.
"Não. Que tal fazermos a dor desaparecer por um tempo?” Eu tentei puxar
meus pés de seu colo para que eu pudesse ficar em cima dele, mas ele não
me soltou.
“Nós vamos chegar a isso. Por enquanto, por que você não purga um pouco
disso?”
“Isso é particular. Você não tem coisas que não conta a ninguém?”
Eu vi a resposta na cara dele. Eu conhecia o olhar vidrado com a palma da
minha mão. Quando meus clientes me perguntaram por que eu trabalhava
como acompanhante, eu recebia o mesmo olhar e dizia que estava esperando
por um homem como eles para virem atrás de mim. Isso os fez se sentir bem
e amenizou a culpa que eles às vezes tinham por ir para a cama comigo.
Royce não perguntou porque precisava se sentir melhor. E por causa disso,
não tive uma resposta para ele.
"Sim, mas eu disse a alguém, quando foi importante."
"E agora é importante?" Eu perguntei a ele.
“Celeste, já estivemos aqui antes. Lembre-se do hotel? Talvez você esteja
bem hoje, mas muito provavelmente não. E se a gente estiver na cama e tiver
um episódio?”
"Eu não vou."
"Como você pode ter tanta certeza?"
"Porque nunca aconteceu antes", eu disse a ele.
Ele balançou a cabeça e começou a massagear a palmilha do meu pé. Foi
bom, mas não consegui relaxar.
Royce foi o primeiro homem que eu já mostrei o que estava debaixo da
superfície. Quando ele suspirou, eu sabia que minhas evasões não eram
suficientes. Eu sabia que esta noite ele me empurraria. Por que eu não me
levantei e disse a ele para sair, eu não sabia.
"Vamos. Você tem mais espinha dorsal do que isso. Conte-me."
"Não", eu disse, conseguindo desta vez tirar os pés do colo dele.
Ele seguiu meu movimento, prendendo-me no sofá. Suspirei ao sentir seu
peso me pressionando nos travesseiros macios. Isso era libertador. Eu enrolei
meus braços em volta do seu pescoço e puxei. Seu sorriso torto fez meu
coração se contrair segundos antes que ele me beijasse.
Era suave e doce, exigente e bajulador, e nada que eu queria. Eu tentei
chupar a língua na minha boca, mas ele quebrou o beijo. Fazendo beicinho,
pedi-lhe com os braços para voltar para mim. Ele fez, mas foi a mesma carícia
gentil de antes. Seus lábios quentes sorviam os meus, olhando aqui e ali.
Nenhum dente, nenhuma língua, nenhum golpe magistral.
E isso me arrancou por dentro.

Quando suas mãos seguraram meu rosto e inclinaram minha cabeça para
que ele pudesse cobrir mais da minha boca, eu senti vontade de gritar. Eu
não queria agradavel e limpa. Eu queria áspero e sujo, malvado e ferrado. Eu
precisava sentir como me sentia por dentro, e o jeito que ele me beijou puxou
muito no meu coração. Forçou isto fora de esconder. Doía e empurrava para
ele.
Eu não podia. Isso não.
Eu quebrei o beijo, mas ele não me deixou se afastar. Suas mãos me
seguraram com firmeza enquanto ele chovia beijos no meu rosto. Eu fechei
meus olhos e deixei-o fazer isso, tentando o meu melhor para lutar como o
amor me fazia sentir.
O amor não existia para garotas como eu. Éramos imundas e nojentas. Nós
éramos quebradas e disfuncionais na melhor das hipóteses. Mas Royce me
beijou como se eu fosse perfeita. Como se eu fosse uma boneca de porcelana
empoeirada que só precisava de um pouco de cuidado para brilhar
novamente. Eu não tive coragem de dizer a ele que perdi meu brilho há tanto
tempo que acho que nunca fui inestimável.
Lágrimas entupiram minha garganta. Eu torci em seus braços, tentando
fisicamente fugir do turbilhão emocional que ele criou em mim. Ele era gelo
e eu era fogo. Nós nunca fomos destinados a nos unirmos. Mas os opostos se
atraem, e eu queria queimá-lo, destruí-lo e dar vida a ele. Quebrar sua forte
fachada e ser a chama que o protegeu do mal.
Eu não conseguia entender direito e ele só piorou.
"Pare", eu disse a ele.
Ele segurou minha cabeça e trouxe minha boca apenas sob a sua enquanto
eu me esticava contra ele.
“Meu pai era um bêbado malvado. Quebrou os braços da minha mãe duas
vezes bem na minha frente” disse ele contra meus lábios, tão
silenciosamente minha respiração dura quase abafou o som. Eu congelei,
chocada e triste pelo garotinho dentro dele.
“Ele disse a ela que, se ela fosse mais mulher, ele não teria que treiná-la
tanto. Café da manhã às seis da manhã, seu almoço cheio e nada de sobras
de merda, e jantar às cinco. Não importa a hora em que ele chegou, é melhor
que esteja sempre quente para ele.”
"Royce" Eu corri meus dedos pelos cabelos dele, toda a minha luta passou
com admissão dele. Abri minhas pernas de modo que ele afundou no berço
das minhas coxas, mas foi para o conforto, para a força. Eu me envolvi com
ele o melhor que pude.
Sua voz era mecânica, quase desprovida de qualquer emoção, mas seus
olhos haviam escurecido de dor. Eu vi a tensão de suas feições, senti o jeito
que seu corpo ficou tenso.
“A primeira vez que ele a golpeou que eu me lembro, eu tinha apenas cinco
anos. Tenho certeza que tinha acontecido antes disso, mas ela estava me
segurando naquele momento. Lembro-me da força dos golpes do meu pai.
Ela caiu no chão, sabe? Em uma bolinha apertada em volta de mim. Eu acho
que eu tinha sido o alvo daquela vez e ela o impediu de chegar até mim. É
claro que o nome da minha família é antigo, então não havia a menor chance
de ela envergonhá-lo indo à polícia.”
"Eu"
Ele balançou a cabeça, me cortando.
“Eu não quero sua piedade. Eu quero que você saiba que eu entendo. Isso
é dar e receber, Celeste. Diga-me o que aconteceu e vamos tirar a dor juntos.”
Foi então que percebi para Royce, toda a sua vida foi uma batalha para ser
melhor que seu pai. Fazia sentido porque ele fez grandes propostas para
instituições de caridade contra a violência doméstica. Nosso passado nos
uniu antes mesmo de eu aceitar seu emprego. De alguma forma, saber o que
aconteceu com ele tornou a conversa mais fácil.
“A primeira vez que eu soube o que acontecia no sexo, eu tinha doze anos
de idade. Eu pesquisei para ver o quanto era minha culpa. Fui alvo de um
pedófilo. Ele não teria parado, não importa o quê. Ele esteve me ensinando
por um par de anos e ele se sentia seguro. Hoje à noite eu recebi uma ligação
para responder algumas perguntas sobre o que aconteceu comigo. Isso
trouxe as memórias de volta."
"Nada disso foi culpa sua", Royce me disse.
"Não foi sua culpa também."
Quando ele quebrou o contato visual, eu sabia que ele não acreditava em
mim mais do que eu acreditava nele.
Ele olhou de volta para mim. "É por isso que você é uma acompanhante?"
Eu olhei nos olhos dele quando respondi. "Sim."
Ele fechou os olhos e assentiu antes de olhar de volta para mim. Eu esperei.
Ele me deixaria agora que ele sabia a verdade? Eu tinha feito um trabalho
melhor hoje de fugir com ele? Parte de mim queria arrebatar minhas
palavras, mas o peso que foi tirado dos meus ombros foi tremendo.
Sim, eu era uma prostituta porque isso era tudo que eu poderia ser. Sim,
meu trabalho de dia era a fantasia e minhas noites eram reais. Sim, nunca
poderíamos ter mais do que isso entre nós, e não, nunca seria o suficiente.
Mas talvez, apenas talvez, pudéssemos ser felizes por agora.
"Novo negócio", disse ele.
Eu balancei a cabeça, pronta para ele me dizer que ele estava saindo.
“De agora em diante você não está trabalhando para Alina. Se você
precisar de sexo, me ligue. Não importa a hora nem o lugar. Eu vou fazer o
mesmo. Nós estaremos ajudando um ao outro. Podemos ser tão confusos
quanto precisamos, porque entrarei em contato com você da mesma
maneira. Combinado?"
Não mais Johns. Nenhuma noite mais arriscada com estranhos. A ideia
tinha mérito. Se tivesse sido alguém, exceto Royce, eu nem teria pensado
nisso. Mas era ele e ele estava me dando liberdade para ser eu mesmo. Para
descobrir quem eu realmente era.
Mas minha família se intrometeria e eventualmente eu precisaria do
dinheiro. Eu me mexi, sem saber o que dizer.
"É o dinheiro também?"
Ele tinha um jeito de ler meus pensamentos e eu realmente não gostava
disso. Provavelmente era o que o fez tão bem sucedido, mas era
desconfortável que ele pudesse ver através da minha máscara tão facilmente.
Quando eu o deixei entrar?
"Às vezes." Era tanto quanto eu ia dar a ele. Não adianta contar-lhe uma
história triste sobre minha irmã e minha mãe. Nós compartilhamos bastante
roupa suja hoje à noite e eu não era forte o suficiente para compartilhar mais.
Não havia como.
"Quanto? Você sabe o que, esqueça. Vou te dar uma mesada semanal toda
segunda-feira.”
"Eu não posso fazer isso."
“Estou pagando por sua atenção total. Nenhum outro homem vai te tocar
enquanto você pertence a mim. Quando seguirmos caminhos separados, o
apoio monetário será interrompido e você poderá voltar a trabalhar para

Alina, mas, até lá, não haverá outro homem em sua vida. Você entendeu?"
Eu pertenceria a ele. Merda, só o pensamento disso fez meus dedos
enrolarem e meu sangue ferver. Apenas dele. À sua vontade e liguei tanto
quanto ele em mim. Eu teria a liberdade de ligar para ele quando precisasse
dele. Eu seria a mulher com quem ele fodia suas frustrações. Era o suficiente.
Apenas sujo o suficiente.
Eu ignorei a pequena voz na minha cabeça me dizendo que isso não estava
certo. Que isso poderia me colocar em perigo de uma maneira que eu nunca
quis estar. Mas gostei do perigo. A borda fez o sexo muito melhor. Isso fez o
mundo ficar escuro e minha dor cessar.
Eu não dava a mínima que desta vez, o perigo era emocional e eu poderia
enfrentar a uma dor muito pior.
Até isso me tentou.
Eu estava fodida, sabia que estava.
Mas ainda. "OK. Só você."
“Diga isso, Celeste. Diga que você pertence a mim.”
“Eu pertenço a você, Royce. Só você."
Porra.
13
Celeste
“Onde é o seu quarto?”

Foi a melhor pergunta que eu ouvi a noite toda.
"No corredor, a última porta no final."
Royce se levantou do sofá e me levantou em seus braços. Seu passo de
pernas longas engoliu a distância da minha sala de estar para o meu quarto.
Acho que até ele ficou abalado com o que havíamos compartilhado no sofá.
Eu não podia culpá-lo.
Nós estávamos correndo na terra de ninguém com o que quer que isso
fosse entre nós.
Eu senti isso e eu sabia que sexo era a única constante que poderia ser
entre nós. Eu não estava interessada em meias-medidas ou perto de perder
esta noite. Eu o queria dentro de mim. Eu queria sentir sua força apagando
todo o resto. Eu queria que ele me deixasse louca.
Eu precisava disso.
Eu o ajudei a abrir a porta do meu quarto e ele entrou. Ele parou para olhar
em volta e eu segui seu olhar. Meu quarto era a parte mais suave da minha
casa. Eu tinha comprado uma grande cama de dossel com almofadas roxas,
lavanda e pretas e uma colcha combinando. Minha vaidade com um grande
espelho estava do outro lado do pé da cama. Eu tinha ido a rota de armário
em vez de aparadores, e as duas primeiras portas se abriram para revelar
uma mini biblioteca de livros que colecionei.
Ei, eu tinha uma caminhada no armário para as coisas boas.
Royce notou o banheiro enquanto me colocava ao lado da cama.
"Da próxima vez que tomarmos banho juntos, será muito mais divertido",
prometeu.
Eu sorri para ele. "Mostre-me como você está bem em uma cama por
enquanto."
"O prazer é meu."
Ele levantou minha blusa acima da minha cabeça e a jogou para longe
antes de soltar meu sutiã. Ele segurou as pontas dos dedos por um momento
enquanto se aproximava de mim. Meu coração disparou quando ele se
inclinou para frente e beijou seu caminho pelo meu pescoço e para a
inclinação do meu peito. Sua língua dançou lá por um momento, me
provocando.
As mechas de seu cabelo estavam frescas entre as pontas dos meus dedos.
Deus, eu amava um homem com cabelo suficiente para eu agarrar. Quando
ele soltou meu sutiã, ele espalhou suas mãos e as esfregou nas minhas costas.
Ele amassou os músculos enquanto ia, sugando minha carne até que o sutiã
caiu entre nós, ainda em meus braços.
"Deixe-me ver", ele sussurrou.
Ele se inclinou para trás e observou quando ele puxou meu sutiã para longe
de mim e o jogou no chão. Eu arqueei minhas costas, trazendo meus mamilos
mais perto de seu rosto. Sua respiração, quente e úmida, acariciou as pontas,
tornando-as duras e meu ventre apertou. Ele sacudiu a língua, apenas
roçando o final de um e eu respirei fundo.
Ele ia me deixar louca.
Ele esfregou as mãos pelo meu corpo, colocando os polegares na cintura
da minha calça de yoga enquanto ia e não parou até que as calças caíssem no
chão. Eu estava nua na frente dele. De volta aonde começamos, mas desta
vez não havia uma máscara para nos separar. Quando ele me olhou, me senti
a mulher mais linda do mundo. Um leve rubor manchou suas maçãs do rosto
e seus olhos percorreram minha carne.
"Você gosta do que vê?"
Ele sorriu enquanto eu repetia sua pergunta anterior. "Mmmm, toda
minha."
Deus, eu odiei quando ele disse isso.
Isso me fez molhar e formigar e em todos os lugares certos, e isso me
irritou.
Ele se afastou de mim, nunca olhando para longe do meu corpo enquanto
desabotoava sua camisa. Eu estava desesperadamente perdendo minhas
oportunidades por não tê-lo visto tirar a camisa antes. Seu peito estavam
bem desenvolvidos e ele tinha abs11 que eu queria rastrear com a minha
11
abdominais
língua. Este não era um homem que ficava sentado atrás de uma mesa todos
os dias. Quando suas mãos começaram a abrir o cinto eu estava ofegante.
Seu pênis criou uma barraca em sua calça e eu me perguntei como ele
seria. Eu queria saber como ele se sentiria na minha mão, como ele iria provar
na minha boca. Eu caí de joelhos, deixando-o saber exatamente onde eu o
queria em seguida.
"Isso é fodidamente sexy." Sua voz áspera correu por mim e eu tremi. Nós
ficamos mais quentes que isso. O zíper de suas calças estava todo para baixo
agora, e eu esperei pacientemente que ele tirasse suas calças.
"Ajuda com os sapatos, Baby", disse ele.
Eu corei, me perguntando onde toda a minha experiência tinha ido em face
de ter Royce na minha cama. Inclinei-me para frente e desamarrei seus
sapatos para poder ajudá-lo a sair deles. Quando eu sentei, o calor de seu
pênis se estabeleceram no meu rosto e ouvi o barulho de suas calças
deslizando para baixo de suas pernas.
Eu acariciei seu pênis, satisfeita quando o ouvi sugar uma respiração
através de seus dentes.
Tão legal. Eu agarrei-o na base, mal conseguindo fechar meus dedos ao
redor dele e bombeando uma vez antes de traçar ele com minha língua. Eu
me certifiquei de que ele estivesse molhado, juntando a saliva na minha boca
antes de deixá-la pingar sobre ele.
"Bem desse jeito."
Tomando suas palavras apressadas como aprovação, eu usei minha mão
para fechar seu eixo, certificando-me de que meu aperto estava solto o
suficiente para deslizar sobre ele, facilitado pelo meu cuspe. Chupando a
cabeça na minha boca, eu torci minha mão nele enquanto bombeava,
proporcionando atrito constante.
Ele tinha um gosto tão bom - levemente salgado - e seu aroma almiscarado
encheu minhas narinas. Meus lábios encontraram minha mão e eu balancei
minha cabeça, nunca deixando meus lábios e mãos separados. O atrito da
minha mão torcida contra os meus lábios fez minha boca quente.
"Porra, sim, baby", ele amaldiçoou quando eu gemi ao redor dele.
"Mmmm" Eu deixei a cabeça de seu pênis deslizar até a parte de trás da
minha garganta. Eu o segurei lá, movendo a cabeça para cima e para baixo
um pouco para que a ponta do pênis esfregasse contra o céu da minha boca.
Eu adorava tê-lo dentro da minha boca. Ele era poderoso e forte. Ele
esticou minha mandíbula quase ao ponto de dor, mas eu engoli sua
circunferência o melhor que pude. O que eu não pude alcançar eu usei minha
mão para cobrir. Ele enfiou os dedos no meu cabelo e me moveu em seu
pênis mais duro, seus quadris empurrando com cada bomba.
"Você vai me fazer gozar, e eu ainda não estou pronto", ele disse, mas não
parou de se mexer. Coloquei minhas mãos em seus quadris e ele
imediatamente soltou minha cabeça. Eu deixei seu pau ir com um estalo
antes de ir para a minha cama e deitar nela.
"Então venha aqui, rápido."
Ele estendeu a mão para as calças e tirou um quadrado dourado.
"Pretencioso hein?"
"Eu sabia o que você precisa", ele me disse.
Ele estava certo. Eu gostei daquilo. Abri minhas pernas para ele e passei
meus dedos pelos meus seios. Parando por um momento para beliscar meus
mamilos, vi quando ele rasgou o pacote e colocou o preservativo. Quando ele
olhou para mim, eu deixei uma mão continuar pelo meu corpo até a minha
boceta.
Deixei-o assistir enquanto eu traçava meus lábios para um lado e para cima
do outro antes de afundar um dedo dentro de mim. Estava bem. Tão bom.
Mas ele se sentiria melhor. Quando eu deslizei meu dedo para fora, usei
minha umidade para molhar meu clitóris.
"Brinque com isso", ele exigiu.
Lá estava ele. Houve o CEO, o investidor, o multibilionário. Eu fiz o que ele
ordenou, brincando com meu clitóris por seu prazer de ver. Desejo correu
pelo meu sangue e senti meu corpo vazar.
Eu trabalhei minha outra mão sobre o meu peito, apenas sentindo falta do
mamilo. Eu provoquei a mim e a ele. Ele deu um passo em direção à cama,
seu pênis balançando. Eu não podia esperar que ele me preenchesse. Com
cada movimento do meu pulso ele deu um passo até suas coxas baterem na
borda do colchão.
Ele segurou a parte de trás dos meus joelhos e me puxou para ele. Eu
ofeguei, maravilhando-me com sua força.
"Eu não lhe disse para parar."
Comecei a trabalhar contra o meu corpo enquanto ele inclinava seu pênis
para a minha entrada.
"Diga de novo", ele insistiu.
"Dizer o quê?" Eu perguntei muito nublada para pensar.
"Que você pertence a mim."
"Eu pertenço a você."
Eu gritei quando ele bateu em mim. A força me balançou de volta na cama,
mas ele me puxou de volta para ele. Ele passou os braços em volta das minhas
coxas e estabeleceu um ritmo punitivo. Eu gritei, sem pensar. Ele se sentiu
quase grande demais dentro de mim, empurrando contra a carne sensível
das minhas paredes vaginais. Prazer queimava através das minhas
terminações nervosas com cada impulso.
Eu ofeguei enquanto trabalhava meu clitóris e mamilo, torcendo e
beliscando. Minha visão embaçou, mas eu não parei, não ousei diminuir a
pressão. Era muito bom.
"Mais. Eu preciso de mais” eu gritei, incapaz de terminar. Precisava pulsar
através de mim e meu clitóris estava duro de agonia, mas não era o suficiente.
A dor ainda estava lá, o medo. Perguntas rodaram na minha cabeça, longe
demais para entender o seu significado, mas alto o suficiente para que eu não
pudesse me perder.
"Estou aqui. Fique comigo."
Ele me empurrou de volta na cama e subiu comigo, nunca deslizando para
fora de mim.
"Mova suas mãos."
Quando eu fiz isso, ele passou os braços em volta de mim, colocando as
mãos debaixo da minha bunda e me levantando. A mudança de ângulo o fez
deslizar para dentro de mim, batendo na base da minha vagina e
massageando aquele lugar especial que me explodiu em pedaços. Prendi a
respiração, segurando-o para mim enquanto ele se movia. Eu rolei meus
quadris com ele, batendo meu corpo no dele.
O ritmo me tirou o fôlego. Royce grunhiu no meu ouvido, levantando uma
das minhas pernas mais alto e inclinando-a um pouco para fora. A abertura
foi suficiente, apenas o suficiente. Eu gritei quando ele balançou em mim
novamente, a base de seu pênis batendo no meu clitóris.
"Goze pra mim."
Minhas costas arquearam e joguei minha cabeça para trás. Eu não

consegui fechar minha boca. Meus olhos lacrimejaram e fecharam. As trevas
me dobraram e faíscas explodiram atrás das minhas pálpebras. Eu segurei,
mal respirando, enquanto ele me fodia. Mais e mais forte, seu suor
escorrendo pelo meu pescoço.
Este era nós: poderosos, explosivos, caóticos.
Seu toque me enviou em espiral. Cada vez mais alto. Cada impulso me fez
ofegar; Cada escova contra o meu clitóris me fez apertar. Ele estabeleceu o
ritmo, me levando para outro orgasmo mais forte.
"Minha. Fodidamente minha” ele rugiu. Ele empurrou forte, me
prendendo. Seu pau pulsou e eu explodi, jogada no ar. Eu estava em queda
livre, à deriva e sem paraquedas. Eu me agarrei a ele quando caí, meu
estômago na garganta e meu coração explodindo.
"Royce!"
Bem ali. Ali. Sua armada inchou dentro de mim, mais forte, mais grosso,
até que ele estava se movendo novamente. Cada punir de seus quadris me
manteve no ar, suspensa, até que ele gritou acima de mim. Eu estava caindo
de novo, o chão subindo tão rápido.
Eu nem dei a mínima para bater nele.
Se fosse assim que eu ia morrer, eu estava bem com isso. Royce
Mattherson havia me ensinado uma coisa: cada beijo, cada toque e cada
carícia não passara de uma rodada prática para encontrá-lo. Todos os
homens que vieram antes dele eram nada mais do que substitutos e eu não
tinha percebido que eles nunca conseguiriam o papel porque ele tinha
tomado.
Completamente e totalmente.
Quando me acalmei, meu coração batendo descontroladamente e Royce
me segurando com força em seus braços, eu estava com mais medo do que
antes de ele me levar para a cama.
Certa vez eu pensei que Slick tinha sido meu vício, o empurrador para o
meu verdadeiro desejo na vida.
Eu estava errada. Se Slick foi como coca-cola, então Royce era algo que
ainda não havia sido criado.
E eu acabei de arruinar a minha vida, porque não havia uma reabilitação
para sair dele.
14
Royce
Sair da cama e me afastar de Celeste era a coisa mais difícil que já fizera.
Mas descobrir quem diabos pisou na bola e mandou-a para uma pirueta era
fundamental. Não que eu pudesse invejar o resultado daquele momento.
Eu consegui que ela concordasse em ser exclusiva, algo que eu não tinha
certeza que ela faria.
Eu deslizei para fora da cama o mais silenciosamente que pude e peguei
meu telefone da minha calça descartada. Andando nu até a sala dela, sorri,
olhando em volta. Sua casa era exatamente como ela: uma mistura de
ousadia e calmaria, elegante e vivia. E agora eu estava aqui, permeando suas
paredes e lembrando-a de onde eu merecia estar.
Eu não tenho certeza de quando ela deixou de ser uma acompanhante de
cama e se transformou um elemento permanente na minha vida de alguma
forma, mas tinha. Eu vi o medo nela. Ela teria corrido como na primeira vez
se eu dissesse a ela que eu queria algo mais do que uma troca de fluidos
corporais. Tudo com ela precisava ser baseado em uma transação definida.
Celeste não gostava de dever há ninguém; ela não gostava de não ter
controle. Ao dizer a ela que estávamos simplesmente mantendo o mesmo
acordo de quando ela era apenas minha acompanhante a fazia se sentir
segura. Eu realmente não dava a mínima para o dinheiro. Eu poderia pagar a
taxa e, quando ela percebesse que tudo tinha acabado como planejado, eu a
teria.
Eu não tinha certeza do quão longe eu queria levá-la, mas eu sabia que
Celeste Askew era a mulher construída para mim. Ela não deveria estar nos
braços de outra pessoa. Eles não deveriam ouvir como a voz dela ficava rouca
quando ela dizia o nome deles, ou ver aquela expressão sonhadora em seus
olhos quando ela disse 'baby.'
Eu era. E eu continuaria a ser.
O próximo passo, mastigar a cabeça da pessoa que trouxe medo para o

coração da minha menina, e continuar a ver o bastardo do rato que fodeu ela
queimar no inferno.
"Maurice, ligue para a minha linha de conferência em dois minutos, e
certifique-se de que Vincent também ligue".
Eu desliguei. Maurice conseguiria o que eu queria fazer. Liguei para minha
linha de conferência no meu telefone e esperei o sinal sonoro avisar que eu
estava em uma linha particular e que meus interlocutores estavam lá. Eu não
tive que olhar para o meu relógio quando os sinos tocaram para que eu
soubesse que Maurice e Vincent haviam deixado minha marca com um pouco
de tempo de sobra.
"Estou aqui, senhor Mattherson", disse Vincent. Meu detetive particular
parecia cansado, mas eu não me importei.
"Aqui também. Vincent, você transferiu o valor para a conta que eu
especifiquei?” Maurice perguntou.
"Já fiz", disse Vincent.
"Por favor, espere."
Esperei enquanto Maurice silenciava a linha e checava se o dinheiro havia
chegado à sua conta.
“Transação concluída. Vincent, agora sou seu advogado. Esta chamada é
protegida pelo privilégio advogado-cliente. Tudo o que é falado não pode ser
intimado no tribunal. Proceda, senhor Mattherson.”
"Eu quero saber quem deixou cair a bola e derrubou o detetive Yancy cedo
demais", eu disse.
"Foi erro meu. Depois que encontrei a sexta mulher que fora tutelada e
molestada por Cameron Welsh, entrei em contato com meu contato dentro
da força policial para dar uma olhada nas evidências sobre alguns dos casos.
Eu não sabia que Yancy era o oficial que respondia” explicou Vincent.
“Você deveria saber disso olhando as anotações do caso original, ou até
mesmo olhando para o arquivo do seu caso. O erro fez com que Yancy se
aproximasse dela” falei.
“Yancy e eu somos amigos. Ele não teria dito a ela por que ele estava
ligando. Ele ficou bem abalado quando eu o trouxe à velocidade. Nós
examinamos as evidências nos outros casos e as semelhanças o enviaram
correndo para o banheiro mais próximo. Ele sabia que ele fodeu tudo, e agora
ele é um cachorro com um osso. Nós vamos pegar aquele filho da puta.”
Eu lidei com Vincent em todos os meus casos com violência doméstica.
Muitas vezes, as sementes do desenvolvimento disfuncional começaram com
o abuso quando criança. Ele me ajudou a reunir as provas que o DA precisava
para processar. Ele tinha sido um produto da violência doméstica e isso nos
uniu quando nos conhecemos na faculdade. Eu acabei de entrar no negócio
e Vincent seguiu o caminho para a aplicação da lei. Cinco anos na força lhe
ensinaram que ele poderia fazer mais na minha folha de pagamento do que
na rua, onde detalhes técnicos poderiam deixar um homem horrível andar.
Um homem como o Welsh.
“Quantas mulheres estão dispostas a testemunhar?” Eu perguntei.
“Cada uma delas. A maioria não percebeu que ainda está coberta pelo
estatuto de limitações e não podia pagar um advogado de qualquer maneira.
Proporcionar a Maurice como advogado para todas elas facilitou as coisas. ”
"Você pode lidar com a carga de trabalho Maurice?"
"Sim. Eu gostaria de investigar processos judiciais para as mulheres sob
delito intencional. Pelo menos assim eles poderiam obter satisfação
monetária pelo que ele fez com elas. Cameron Welsh é professor titular de
uma importante universidade, casado com uma herdeira. Os fundos estão aí.
Quando o fato atinge, mesmo se ela se divorciar dele, ele ganha uma parte
de seu dinheiro. E antes que você pergunte, eu olhei para qualquer revés e lá
não é um acordo pré-nupcial entre o casal. Além disso, parece que ela pode
ter assinado algumas das reformas em seu porão,” Maurice acrescentou
desgosto grosso em seu tom.
"Você está dizendo que ela pode estar sabendo o que ele estava fazendo?"
Eu perguntei, tentando manter minha voz baixa.
“Várias mulheres receberam suborno para não tomar suas acusações
públicas, incluindo a mãe do MS. Askew, mas não havia nenhuma providência
cautelar assinada,”, disse Maurice.
“Vítimas de classe baixa contra o dinheiro da classe alta. Sua mãe sabia que
eles não teriam direito suficiente para ir atrás dela de qualquer maneira. Em
seguida, adicione-a. Eu quero que você encontre todos os esqueletos em seu
armário e os traga para fora. Tanto quanto eu estou preocupado, eu quero
ela na cadeia também e sua fortuna consolidada na minha. Descubra o que
as empresas de sua família possuem e veja sobre aquisições, investimentos

ou compartilhamento de compras. O que for preciso,” eu disse a eles.
“Com licença, senhor, mas até onde você quer que a gente vá? Isso poderia
colocá-lo em uma posição ruim para uma mulher que você nem conhece
bem. Eu tenho que perguntar”, disse Maurice.
Até que ponto eu estava disposto a ir? Tanto quanto eu precisava. Celeste
não teve uma chance e sua família, aparentemente, não era muito melhor.
Eu me perguntava se os laços familiares dela tinham a ver com o dinheiro que
ela queria continuar recebendo de mim. Se sua mãe estava disposta a tomar
dinheiro para esconder o estuprador de sua filha, ela também estava na
minha lista de merda.
“Descubra o que você pode sobre sua mãe. Eu quero conhecer as finanças
delas. Qualquer e tudo que você puder. Não vou fazer acusações criminais,
mas preciso saber se ela está atacando a filha. E Maurice? Você quer saber
por quê? Porque ela é mais importante para mim do que aqueles bastardos
e eu cuido do que é meu. Você cuida do caso dela como prioridade máxima.”
“Como você quiser, eu vou pegar rascunhos da ação processada. Mesmo
se o caso não for a julgamento, o que sabemos, as ações judiciais podem
entrar em vigor. Eu prefiro ter tudo feito de uma só vez. O julgamento
criminal pode levar algum tempo, mas pelo menos ajudará no processo”.
“Faça isso Maurice. Vincent, certifique-se de que o detetive sabe que
tratará ela com luvas de pelica. Ele bagunçou a vida dela o suficiente e se ele
não fizer o certo com ela agora, ele não estará usando um distintivo quando
eu terminar com ele. Entre em contato com o Comissário e diga-lhe que estou
interessado neste caso até o fim. Eu doei para a campanha dele.”
"Vou fazer."
“Eu vou ficar fora o final de semana, mas espero informações sobre sua
família, pelo menos, até segunda-feira, e atualizações de casos até sexta-
feira. Boa noite senhores.”
Quando desliguei o telefone, levei um momento para respirar. Ninguém
nunca esteve em seu canto? Mesmo em minha casa, eu amava minha mãe, a
abraçava e a limpava depois. Eu entendi que ela estava me protegendo e
permanecendo o tempo que podia porque um acordo pré-nupcial tinha
ligado a ela. Às vezes eu estava com raiva dela, gritando para ela sair de lá.
Mas quando eu atravessei o palco na formatura e meu pai me deu dois

milhões para começar, eu apreciei o que ela fez.
Eu tripliquei essa quantia em um ano, quadrupliquei em três. Ela estava
livre no meu primeiro ano, e ela nunca olhou para trás. Nunca teve que
aceitá-lo; nunca teve que se preocupar com seu dinheiro. E quando, cinco
anos depois, tive que enterrá-la, ela tinha um sorriso no rosto porque
finalmente tinha sido feliz.
Eu faria o mesmo por Celeste.
Entendi que, se eu examinasse minhas razões, tudo estava confuso com
minha mãe, meus sentimentos e essa conexão com ela. Eu não conseguia
separar nada disso, e não tentei. Se eu fizesse, poderia descobrir que tinha
mais a ver com meus sentimentos do que com qualquer outra coisa.
Mas, o que eu estava disposta a fazer era dar a ela tudo o que ela merecia,
mesmo que isso significasse que ela tinha que suportar me dar o que eu
queria fazer. Eu precisava dela tanto quanto ela precisava de mim. O que ela
me deu valeu tudo o que eu poderia dar a ela.
O que me foi permitido dar.
Porque ela não pediu meu coração, eu queria pelo menos dar-lhe todo o
resto.
Eu enterrei meu coração com minha mãe, mas meu corpo e o privilégio de
minha riqueza, Celeste poderia desfrutar.
Um som atrás de mim me tirou dos meus pensamentos. Eu me virei para
encontrar Celeste em pé na sala de estar. Seu cabelo era selvagem ao redor
de seu rosto e seus olhos estavam a meio mastro. O lençol de sua cama estava
em volta dela, arrastando-se no chão. A visão puxou algo dentro de mim. Ela
sorriu para mim suavemente, esfregando os olhos, e foi a coisa mais inocente
que eu já vi ela fazer.
Neste momento, na escuridão depois do que havíamos feito, Celeste, sem
a máscara, sem artifícios. Ela não estava acordada o suficiente para entrar no
que ela achava que deveria fazer, e não estava preocupada com a minha
reação. Eu segurei essa imagem dela.
"Por que você está fora da cama?" ela perguntou.
O jeito que ela me chamava 'baby' torcia o lugar onde meu coração
costumava estar. Amoleceu o gelo e me fez desejar ter mais para dar a ela.
Me fez desejar que eu fosse o homem inteiro de que ela precisava. Mas
entreguei meu coração à minha mãe para que ela continuasse viva e ela
pudesse ser feliz; Eu não tenho mais nada de sobra.
Mas Celeste me fez desejar que eu tivesse.
"Lugar novo", eu disse a título de explicação. Eu encolhi meus ombros
timidamente. "E o trabalho nunca dorme."
"Então você precisa de um novo assistente." Ela bocejou, cobrindo a boca
delicadamente.
“Não se preocupe, meu assistente estará trabalhando em dobro nesse final
de semana. Eu não vou receber nenhuma ligação.”
"Bom saber. Eu odiaria se eu não conseguisse manter sua atenção,” ela
disse, um brilho malicioso em seus olhos. Eu tive um momento antes de ela
soltar o lençol e todo o meu sangue correr para o meu pau.
“Me leve de volta para a cama. Não preciso acordar para trabalhar por
mais algumas horas, e adoraria ter um lembrete o dia todo porque não posso
esperar para sair.”
Sim, ela poderia ter tudo até o coração e eu desejei como o inferno que eu
tivesse que dar a ela.
15
Celeste
O trabalho não podia passar rápido o suficiente. Todo telefonema me

irritou. Cada vez que eu pegava um novo pedaço de papel eu tinha que
transcrever, ou o Sr. Cole pedia uma atualização em um dos arquivos em que
eu estava trabalhando, eu lutei para não revirar os olhos.
Meu rosto doeu de brincar de ser legal o dia todo. Eu não pude deixar de
olhar para a frente para ver Royce. Algo havia mudado entre nós. Era mais
fácil alcançá-lo e deixá-lo entrar. Ele me levou para o trabalho esta manhã,
alegando que não precisávamos pegar dois carros quando ele me buscaria de
qualquer maneira.
Foi repugnantemente fofo e ainda pior foi como eu reagi a isso.
Eu apenas sorri como uma garota fora de sua dieta com direito de delicioso
bolo de chocolate na cara dela.
Eu estava perdendo isso. Mas sabendo que isso não me impedia de ser
feliz, ou ansiosa para um fim de semana fora. Royce me disse que haveria
recursos limitados de internet e eu poderia esquecer de receber um sinal de
telefone enquanto estivesse lá.
Eu me perguntei onde ele estava me levando que era tão remoto. Mas o
sorriso juvenil em seu rosto quando ele me disse que era um segredo me fez
vê-lo sob uma luz diferente.
Ele estava tão excitado quanto eu.
Para onde diabos estávamos indo?
Quando saí do trabalho e fui para fora, estava exausta de esperar. No
momento em que vi o carro dele esperando por mim na garagem, saí do
elevador.
"Muito feliz?" Ele riu de mim, mas eu não me ofendi.
Inferno sim eu estava feliz. Eu não tinha feito uma viagem só por prazer, já
não sabia há quanto tempo.
"Onde estamos indo?"
“Você continua perguntando, mas a resposta não vai mudar. É uma

surpresa. Você não pode simplesmente aceitar isso?”
"Na verdade não. Nunca fui boa com surpresas.”
"Você tomou está bem", ele me disse.
“Eu tenho alfinetes e agulhas o dia todo. Eu poderia ter ficado um pouco
irritável ao mesmo tempo no telefone.”
“Eu duvido, Celeste. Você pode ter se sentido assim, mas leva seu trabalho
a sério”.
"Você não sabe", eu voltei, deslizando na diva sensual sem sequer
perceber.
"Isso não é mais o seu trabalho", ele disse rapidamente, olhando duro para
mim enquanto entrava no tráfego.
"Você está certo."
Eu prometi isso a ele. Enquanto nós lidamos um com o outro, eu não era
uma acompanhante. Eu era uma acompanhante por tempo suficiente para
que fosse estranho e ainda não me acostumara a não responder às chamadas
de Slick. Mas Royce não parecia tão incomodado com o meu deslize quando
colocou a mão na minha coxa e apertou.
"Você vai se acostumar com isso."
“Você sabe, você tem a maneira mais louca de ler o que está em minha
mente às vezes. Você tem ESP12 ou algo assim?
"Obrigado por esse pequeno detalhe de informação, mas, não, eu não
faço."
"Então qual é o seu segredo?"
“Agora isso estragaria tudo. E eu não quero que você mude seu estilo.”
"E se eu fizer assim mesmo?"
"Então eu encontraria outras formas mais agradáveis de descobrir o que
está em sua mente." Sua mão se arrastou entre as minhas coxas, sobre
minhas roupas, mas foi o suficiente para me fazer ficar quente.
Tão rápido e eu estava excitada, ansiosa para sentir seu toque. Ele riu,
afastou a mão e corei. Sem perceber, eu abri minhas pernas para ele e
desloquei minha bunda para baixo no assento. Sim, era oficial. Eu era uma
prostituta para ele.
Porra, como os tempos mudaram.
12
percepção extra- sensorial.
"Você pode pelo menos me dar uma dica?" Eu perguntei, tentando esfriar
a atmosfera carregada dentro do carro.
"Nós temos que voar."
"Voar?" Foi essa minha voz que guinchou? Alguém me mate agora.
“Não um voo muito longo. Nós estaremos lá ao anoitecer. Não se
preocupe, eu vou ter você de volta brilhante e cedo na segunda de manhã.
Você não terá que perder o trabalho.”
"Eu realmente não me importo se eu fizer", eu resmunguei.
"O que é que foi isso?"
"Nada."
Eu me envergonhei o suficiente pela noite. Em vez disso, concentrei-me no
que empacotaria rapidamente na minha bolsa de viagem. Eu não tive muito
tempo para fazer nada além de aproveitar meu tempo na cama na noite
anterior, quando pretendia fazer as malas. Não é uma coisa ruim, no entanto.
Quando ele parou na minha casa, eu tive uma surpresa. Pam saiu do carro
e esperou que saíssemos.
"Eu pensei que você estava em casa quando vi o seu carro", disse ela, mas
seus olhos não estavam em mim. Ela estava olhando para Royce de cima a
baixo e eu me forcei a não tentar estrangulá-la. Tentativas de homicídio
arruinariam meus planos de viagem.
"Eu estava no trabalho. Você não poderia ter me ligado?”
“Não, pensei que isso seria melhor em pessoa. Oi, eu sou Pam, a irmã de
Celeste. E você é?" Pam perguntou. Ela estendeu a mão para Royce. Quando
ele agarrou, ela entrou em seu espaço pessoal. Eu fiquei tensa, pronta para
puxá-la de volta, mas Royce se tornou uma pedra. Era como se seu rosto
congelasse e seus olhos ficassem glaciais quando ele olhou para ela.
“Sou Royce, o namorado da sua irmã. Ela mencionou você, mas disse que
provavelmente nunca nos encontraríamos. Estou triste que ela estivesse
errada. Celeste, você não precisa levar nada além de seus acessórios e roupas
relaxantes, se quiser. Você quer que eu pegue isso para você? Eu vi a bolsa
que você tirou ontem à noite.”
Eu gaguejei para responder, rindo como uma criança por dentro quando
Pam ficou boquiaberta com Royce. Ele mudou quando olhou para mim, todo
quente e sorridente. Só para mim. Aqueles pertenciam a mim e me
aqueceram. Tocou algum lugar escuro dentro de mim, cutucando aquela

garotinha novamente.
"Sim, Baby, tudo bem."
“Maldito seja, mexendo com um pau, mana. Livre-se dele antes que ele
mexa com você" Pam disse, revirando os olhos para ele.
“Qualquer mulher que se aproximar do homem de sua irmã como se ela
pertencesse lá, não merece o respeito que minha mãe me treinou para ter.
Se virar sozinho como você gostaria de ser tratado.”
Eu ri então, incapaz de me conter. Royce pegou as chaves da minha mão e
desapareceu na minha casa antes que Pam pudesse formular uma resposta.
Quando ela se virou para mim com olhos malignos, tentei conter minha
alegria.
“Você vai deixar alguém me desrespeitar desse jeito? Não é de admirar
que mamãe ache que você é uma causa perdida. Ela criou você melhor que
isso.”
Ter o apoio de Royce significou muito para mim. Isso me animava, e Pam
estava na minha varanda, soltando disparates. Ela não ia me irritar. Hoje não.
“Você começou e está simplesmente braba por que ele acabou. Ele não te
chamou pelo seu nome como você fez com ele. Diga-me por que você está
aqui; Eu tenho um lugar para ir e não vou me atrasar.”
“Você só está agindo alta e poderosa porque seu namoradinho está aqui.
Mas enquanto você está fodendo, a mãe está piorando. Aquele médico que
fomos lhe disse que ela só tem uma infecção respiratória alta e que o câncer
está em remissão, mas não está certo. A última vez que ela ficou doente
assim, descobriu que tinha câncer.”
“Não, Pam, ela descobriu que tinha um cisto benigno. Isso não é câncer.
Eles removeram e ela estava bem.”
“Como você pode não acreditar nela? Porra, Cel, você se acha melhor só
porque você saiu dos projetos? Isso não te faz melhor. Isso significa que você
virou as costas para a família depois que a arruinou. Isso é tudo. Preciso de
mais dinheiro para poder levá-la a outro médico, um melhor.”
“Ela acabou de ver um especialista de primeira linha. Ela me disse isso. O
que ela acha que outro especialista vai fazer?”
“Descubrir o que há de errado com ela, só isso. Faça alguma coisa, Celeste.
Isso é tudo que você é boa pra caralho. Ela é a única família que me resta.”
Isso me rasgou. A única família que ela tinha deixado, mas ela estava em
meus passos me pedindo para fazer melhor como uma filha? O que diabos
eu tenho que fazer com essas pessoas? Se mamãe estava doente, então eu
precisava dar dinheiro para que ela pudesse obter seu remédio. Ela se
recusou a obter qualquer ajuda, ou conseguir um emprego com benefícios,
mas eu era a razão pela qual ela piorou porque eu não iria ajudá-la com suas
contas médicas.
Tentei ir com ela ao médico, mas ela só queria Pam. Pam acreditou nela.
Pam sabia que algo estava errado. Eu não queria ajudá-la a melhorar. Tudo o
que fiz era ouvir os médicos e dizer-lhe que precisava ir com calma.
Sempre foi, sempre foi minha culpa.
Vendo a satisfação nos olhos de Pam quando ela viu a derrota em mim,
quando ela percebeu que eu ia entregar mais dinheiro não me fez sentir
melhor. Mesmo sabendo que elas estavam mentindo, provavelmente não me
ajudou. Porque na chance que eles não estavam, eu não queria isso na minha
consciência. Eu já tive o suficiente lá.
“Tomei a liberdade de entrar em contato com meu médico pessoal. Se
você me der seu endereço, ele fará uma parada para avaliar sua mãe esta
noite. Também marquei uma consulta em seu hospital na segunda-feira, tudo
pago, e o transporte também será providenciado. Para facilitar as coisas,
reservei um hotel para vocês duas durante a semana, para que você fique
perto do hospital, caso ele queira fazer testes. Ele está ciente de que irão vê-
lo quantas vezes esta semana for necessária. Também há um limite de gastos
de cinco mil dólares para o quarto. Isso deve tomar conta de tudo, já que a
Celeste não será alcançada pelo restante do fim de semana”, disse Royce.
Eu me virei em sua voz e ele estava bem ali, envolvendo o braço em volta
de mim. Ele colocou minha bolsa em um punho cerrado e esperou minha irmã
responder. Agora que Royce tinha lhe dado dinheiro e tudo o que ela poderia
ter pedido, ela era tão boa quanto uma professora de jardim de infância. Ela
disse a ele o que ele precisava e correu para casa para embalar o que ela e
mamãe precisavam. Royce disse a ela que quando ela estivesse pronta, ela
deveria ligar para o motorista no cartão que ele lhe deu. Ele os transportaria
para o hotel e estaria à disposição delas pelo resto do fim de semana.
Eu estava tão envergonhada que nem conseguia olhar para ele. Pam virou
a esquina quando Royce colocou minha bolsa no porta-malas e me conduziu
ao carro. Fiquei quieta enquanto ele me amarrava no carro e depois me

acomodava atrás do banco do motorista.
“Celeste, eu quis dizer o que eu disse. Você pertence a mim e cuido do que
me pertence. Esqueça tudo, exceto se divertir neste fim de semana. ”
“Você nem se importa que minha irmã tenha extorquido dinheiro de você?
Você nem quer entender por quê?”
“Eu não dou a mínima, Celeste. Eu cuidei disso?
"Sim."
"Precisa incomodá-la pelo resto do fim de semana?"
"Não."
"Posso agora ter sua atenção exclusiva?"
“Sim, Royce. Você pode."
“Então eu fiz o meu trabalho. É por razões puramente egoístas, é claro.
Você não me levaria para a cama se estivesse preocupada com sua mãe, não
é verdade?”
Seu olhar me disse que nem ele acreditava na pergunta, mas me deu uma
saída. Um lindo, sem compromisso, e, eu acho, eu o amo um pouco mais, só
por isso.
"Não, eu não teria", eu sussurrei.
“Esqueça tudo, Celeste. O meu trabalho é mantê-la acessível a todas as
minhas necessidades, e eu vou fazer qualquer coisa para ter certeza disso.
Confie em mim."
Eu confiava. Deus me ajude, mas eu confiava.
16
Celeste
Eu estive em aviões fretados, em vôos de primeira classe e até mesmo em

alguns iates caros. Eu ainda tinha que entrar em um Learjet. O tipo de
dinheiro de Royce era algo que eu não conseguia entender. Em poucas horas,
estávamos em Belize, e eu gostaria que tivéssemos saído mais cedo naquele
dia para que eu pudesse ter visto à luz do sol.
O céu estava tão claro e a lua era grande o suficiente para que eu pudesse
me aproximar e puxar do céu. Eu podia sentir o cheiro do mar e ouvir as ondas
quebrando na praia quando saímos do avião em uma pista de pouso
particular. Fechando meus olhos, eu absorvi tudo. Este era o paraíso. Um
outro mundo onde não importa quem somos. Nós éramos apenas Royce e
Celeste, um homem e uma mulher encontrando seu caminho um para o
outro. Para sentir esse tipo de paz todos os dias ...
Eu respirei fundo, deixando o ar salgado encher meus pulmões.
"Nós não estamos lá ainda", disse Royce e eu abri meus olhos. Ele sorriu
para mim suavemente, nossas malas nas mãos. Um carro preto e lustroso
estava esperando e o porta-malas estava aberto.
"Já é melhor do que qualquer coisa que eu já experimentei."
"Deixe-me ver se consigo superar isso", disse ele. Quando o motorista saiu
do carro, Royce jogou as malas no chão.
Dois passos. Foi tudo o que me custou para ter seus braços. Sob o luar, no
espaço entre o mundo real e a fantasia, sua boca reinvidicou a minha. Em seu
abraço eu peguei fogo quando ele me puxou mais apertado para ele,
esmagando meus seios contra seu peito. Eu passei meus braços ao redor dele
e mordi seu lábio inferior. Ele beliscou o meu de volta, rindo antes de chupar
o lábio ofendido em sua boca. Sua língua traçou o chanfrado de seus dentes
antes de escorregar mais fundo e deslizar contra os meus.
Perfeito. Isso foi perfeito. Ele quebrou o beijo e colocou um pequeno beijo
na minha testa.
"Melhor?"
"Muito."
Ele riu e pegou minha mão, me levando até o carro. Entrei, seguida por
Royce, e o motorista fechou a porta atrás de nós. Em minutos, estávamos
saindo do hangar e indo para as ruas. Os rostos dos edifícios foram
iluminados com luzes coloridas, lavando o céu negro com um show de arco-
íris. Eu olhei pela janela, pegando tudo.
Turistas percorriam as ruas enquanto os músicos tocavam seus
instrumentos nos cantos e os dançarinos balançavam seus quadris com a
batida. O baque constante dos tambores cantou no meu coração, fazendo-o
bater. Mas mesmo isso desapareceu enquanto continuávamos, dirigindo as
luzes e entrando em bosques de palmeiras.
A água estava mais perto agora e estávamos a poucos passos da costa. Eu
já tinha visto o oceano antes; Eu morava na Califórnia. Mas aqui era diferente.
A água estava tão clara onde as luzes estavam nela, brilhando em vermelho
e amarelo em alguns pontos.
"Porque eles fazem aquilo?" Eu perguntei.
O motorista virou a cabeça para olhar Royce e Royce assentiu, deixando-o
responder.
“Este lado da ilha é para aqueles que estão voltando para casa. Belize fica
no sangue, e apesar de sermos o local de verão deles, aqui eles estão
realmente em casa. Nós sempre mantemos as luzes acesas para que eles
saibam o caminho.”
Seu sotaque fez este lugar mais real, ele rolou sobre mim enquanto falava
sobre seu país. O mais próximo que eu ouvira ao som de suas palavras eram
pessoas da Jamaica, mas houve uma ligeira inclinação para algumas de suas
palavras que soavam quase francês. Eu me aninhei mais perto de Royce
enquanto ouvíamos, fazendo perguntas aqui e ali sobre Belize e seu povo.
Bem, eu fiz perguntas. Royce apenas sentou e escutou. Eu imaginei que ele
já soubesse disso tudo. Ele era o tipo de homem completo que teria estudado
este lugar antes de vir.
“Você está em casa, Sr. Mattherson. Bem vindo de volta."
"Puta merda." Eu não consegui impedir que as palavras saíssem da minha
boca. O "lar" de Royce era um bangalô no meio da água preso à margem por
um longo píer com luzes suaves em ambos os lados. Luzes roxas faziam a água
sob e ao redor do bangalô parecer uma ametista.
"Eu pensei que era a cor favorita de alguém", disse Royce no meu ouvido
quando o carro parou.
Eu engoli a emoção na minha garganta enquanto assentia. Sim, era a minha
cor favorita. Royce sabia mais sobre mim no pequeno tempo que passamos
juntos do que a maioria das pessoas no mundo. Como diabos uma garota
deveria manter seu coração intacto quando ele fazia coisas assim? O
motorista levou nossas malas para o bangalô enquanto caminhávamos
lentamente atrás dele. Era de tirar o fôlego. Tanto quanto eu podia ver além
do nosso lugar para o fim de semana era o mar. Milhas e milhas de mar.
"Obrigado, Augustin."
"O prazer é meu, senhor."
Royce entregou a Augustin algumas notas e ele se foi. Nós estávamos
sozinhos, em nossa própria fatia do paraíso. As portas do lugar haviam sido
abertas de modo que os três lados, de frente para a água, estavam abertos
para o ar do oceano. O lado voltado para a rua era uma parede sólida e era
onde ficava a porta da frente.
"Um pouco de voyeur, não é?" Eu perguntei a ele.
“Ninguém ao redor para nos ver por milhas, baby. Viu por que eu disse
para não arrumar muito?”
"E o que você vai fazer comigo primeiro, agora que você me tem aqui?"
"Leva-la a nadar."
Eu ri, surpresa com a resposta dele. "É isso que você quer fazer?"
“Temos mais de quarenta e oito horas para fazer o que queremos e
tivemos um longo dia de trabalho e um vôo até aqui. Eu posso tomar um
pouco de tempo para relaxar um pouco. Mude-se e eu estarei esperando por
você.”
"Eu ainda preciso do maiô?"
“Nós vamos guardar o mergulho nu para amanhã. Vá mudar.” Ele bateu
levemente minha bunda para acentuar suas palavras e eu pulei para fazer o
que ele pedia.
Sim, eu era um caso perdido.
A água estava bem na minha bunda como nós fiquei no donuts grandes
amarrados à borda do cais, sem risco de flutuar. Eu me inclinei para trás e
aproveitei o céu estrelado. O gelo na minha bebida tilintou quando mudei e
foi o melhor final para um dia de merda.
"O que você vê para si mesmo daqui há cinco anos, Celeste?"
"Eu não sei, nunca pensei nisso." Eu olhei para o perfil dele. Ele estava
olhando para as estrelas, seu corpo longo completamente relaxado.
Seus calções pretos simples cortavam suas coxas e eu levei meu tempo
admirando seu corpo. Ele era o homem mais sexy do planeta e ele era todo
meu. Só meu. Estava começando a afundar, pouco a pouco. Eu tentei não
pensar muito sobre isso. Isso me fez querer fugir. Mas em momentos como
este, no silêncio, quando o mundo não se intrometeu, eu pude acreditar.
“Em cinco anos, quero acrescentar um aumento de dois a três por cento à
minha riqueza. Eu gostaria de ter uma margem de risco menor que dez por
cento. É um portfólio agressivo, mas o plano que tenho em ação fará com
que isso aconteça”, Royce me disse.
"Quem diabos pensa em coisas assim?"
"Um homem que quer manter sua riqueza", ele me disse. Seu olhar se
desviou para mim, e houve aquele sorriso juvenil novamente. Derreteu meu
coração, eu juro que sim.
“E quanto a sua caridade? As mulheres que você ajudou?”
“Eventualmente, gostaria de ter uma organização na qual eu pudesse
canalizar o suporte e fazer algum trabalho real com elas. Eu quero criar casas
intermediárias em bairros seguros, cercá-las com pessoal da lei e ajudar as
mulheres a entrar na faculdade. Aparafusar a colocação de emprego, que
pode ser apenas temporário. Quero dar-lhes carreiras para que nunca
tenham que olhar para trás. ”
Ele era apaixonado por isso, mais do que sua riqueza. Salvar mulheres
abusadas era seu modo de reparar o inferno que sua mãe passou, eu podia
ver isso. Eu me perguntei se ele sabia tudo sobre mim, eu seria outro projeto
para ele? Nós nos reunimos antes que ele conhecesse a minha história, e o
pouco que eu disse a ele poderia ter inspirado um pouco de seu fervor
quando veio a mim. Fazia sentido, mesmo que a ideia doesse um pouco.
“Mas por que você não pensou em seu futuro? Você não tem a menor
ambição de ser advogada ou ascender no mundo?”
“É minha família, na verdade. Fiz bem em manter minha cabeça acima da

água com todas as suas demandas de dinheiro, mas só os incitaria a pedir
mais se eu fizesse mais.”
“Isso não é uma razão para parar seu crescimento. Depois de um tempo,
Celeste você tem que aprender a dizer não para eles.”
"Se eu soubesse eu teria sido capaz de dizer não para você e sério."
“Você nunca deveria dizer não para mim. A vida é melhor quando você
entende isso. Mas não estamos falando de mim. As ações de Pam na casa me
mostraram que ela não se importa com você ou com sua vida. Ela só se
importa consigo mesma.”
"E eu pensei que não devíamos estar falando sobre todo o resto quando
estávamos aqui", eu disse desconfortável.
Claro que ele estava certo. Tomei um grande gole da minha bebida,
deixando a bebida queimar. Eu sabia que permitir minha irmã e minha mãe
só piorava minha situação, mas eu simplesmente não conseguia chutar.
“Por que você faz isso, Celeste? Você é tão forte, eu já vi isso. Você tem
sido forte por tanto tempo. Por que não mostrar esse espinha dorsal então?
“Porque me sinto culpada. Meu passado despedaçou minha família.”
“Mas isso não foi sua culpa. Nada disso foi.”
"Talvez. Mas aí está.”
Royce suspirou e balançou a cabeça. "Um dia eu vou ter certeza que você
acredita nisso."
"Eu vou acreditar quando você acreditar que você não falhou com sua mãe
por não tirá-la de lá mais cedo."
O silêncio se estendeu entre nós, denso e pungente. Nós fomos longe
demais para o outro lado. Aquele lugar onde nós não deveríamos estar juntos
e nossas vidas nunca deveriam ter cruzado. Eu não queria estar lá. Eu não
queria pensar sobre que outra desculpa Pam inventaria por dinheiro. Eu só
queria focar em nós, no agora.
"Celeste?"
"Sim, Royce."
“Este fim de semana vamos fingir. Nos próximos dois dias eu sou seu
homem e você é minha mulher. Nós viemos aqui de férias. Vamos fingir que
nossa fome um pelo outro não está distorcida em nossos passados febris e
nossos mecanismos de enfrentamento. Quarenta e oito horas em que você é
a única mulher no mundo para mim e tenho tanta sorte que você até me deu
uma chance.
“Nós sabemos mesmo como fingir? Nós somos realmente crianças?”
“Nós podemos tentar, baby. Um segundo de cada vez, até que os segundos
se tornem minutos, minutos se tornem horas. E então, teremos que nos dizer
que não é real no final. ”
"Gostaria disso."
Insensato. Nós estávamos brincando com fogo, usando fingir para
esconder o que realmente poderíamos ter sido. Duas pessoas com cicatrizes,
com medo de que a luz seja apenas um sinal de que a pior escuridão está
chegando. Duas almas quebradas que se uniriam para fazer o outro todo.
Não funcionaria, e nós iríamos nos chocar e queimar no final. Ter esses
poucos momentos preciosos valia a pena? Eu rezei para que sim, porque eu
não iria lutar contra isso. Eu ia me jogar dentro dela, recolher as lembranças
felizes que eu poderia ter antes que a paz fosse destruída no campo de
batalha da verdade.
Por quarenta e oito horas, eu ia agir como se pudesse amar Royce.
E que ele poderia me amar.
17
Royce
Em algum momento entre vê-la naquela máscara na primeira noite e levá-

la para a minha cama em Belize, percebi que queria dar-lhe mais de mim.
De alguma forma, essa mulher fodida e de boca suja roubou minha razão.
Mas lá estava.
Quando a vi, eu a queria.
Puro. Simples.
Ela não queria se arriscar, e eu não dava a mínima. Ela era minha eterna
garota, não importava o quanto eu tivesse que me matar para mantê-la feliz
com o que eu tinha que dar. Ela estava tão quebrada, torcida e fodida na
cabeça que não conseguia pensar direito. Ela colocou na cabeça que ela não
poderia ser minha para sempre. Ela não podia nem ser minha mais do que
uma noite se não estivéssemos fingindo.
Eu ia mostrar a ela como ela estava errada.
E então eu ia ficar tão sujo quanto ela precisava, porque ela era minha pelo
resto de sua vida.
E eu sempre conseguia o que queria. Sempre.
Mais tarde, muito mais tarde, eu descobriria como iríamos fazer isso sem
aquelas três pequenas palavras que tantas pessoas precisavam para mantê-
las juntas. Não havia ninguém melhor para mim. Felizmente para sempre não
acontece para pessoas como nós. Nós estávamos machucados, espancados,
perdidos. Mas eu ia fazê-la sentir que ela poderia se perder para sempre
comigo.
E isso seria o suficiente.
Tinha que ser.
Deitei-a na cama e olhei para ela. Apenas a respirei. Não fazia sentido, mas
agora, seu cabelo escuro espalhado sobre os travesseiros brancos, seu
pequeno biquíni amarelo escondendo aqueles lugares que eu ia tocar e
provar, ela era mais bonita do que eu jamais a tinha visto.
Porque agora ela era minha. Completamente.

Eu tracei meus dedos sobre sua coxa e ao redor de seu quadril. Ela mordeu
o lábio, levantou as mãos acima da cabeça e segurou o travesseiro.
"Mais alto."
O som de sua voz me empurrou e eu dei a ela o que ela queria, traçando a
caverna de seu umbigo antes de passar minha mão em sua barriga. Sua
barriga estremeceu quando eu subi, tocando a ponta do biquíni. Eu coloquei
minha mão entre os seios dela; Seu coração batia sob meus dedos,
combinando com os meus.
Eu empurrei um copo do seu peito, observando seu mamilo enrugar na
brisa fresca. Minha boca ficou molhada. Eu me forcei a não me inclinar e levá-
la em minha boca. Ainda não. Ela era um presente que eu precisava
desembrulhar, devagar. Eu empurrei o segundo copo de seu peito e gostei de
como eles pareciam emoldurados por seu biquíni.
Deixei o peito e passei os dedos pela curva do ombro e depois até o
pescoço. Ela se inclinou em meu toque, acariciando o topo da minha mão.
Mantendo minha mão lá, usei minha mão livre para desamarrar o arco sobre
o quadril esquerdo e depois desamarrei a da direita. Polegada por polegada
eu tirei sua parte de baixo. Sua vagina ainda estava nua, seu clitóris já
espreitando por entre seus lábios apertados.
"Deus, você é linda."
Ela sorriu sedutoramente para minhas palavras e beijou minha mão. "Só
em seus olhos."
"Os meus são os que importam."
Eu coloquei um dedo em seus lábios quando ela abriu a boca para dizer
algo mais. Para não ficar para trás, ela abriu de qualquer maneira e chupou
meu dedo. Eu cerrei meu queixo enquanto sua língua girava sobre o dígito.
Nós nunca quebramos o contato visual. Mantendo minha mão em sua boca,
eu forcei minha sunga para baixo até que pudessem sair dela. Seu olhar viajou
para o meu pau e me senti como um rei.
Quando seus olhos se arregalaram eu bombeei meu pau duro para ela,
grunhindo com a sensação.
"Meu dedo não pode coincidir com isso", eu disse a ela.
"Nunca", ela disse em volta do meu dedo.
“Você me quer, Celeste? Você quer que eu coloque meu selo aqui? Eu
pontuei minha pergunta colocando sua boceta em concha. Ela encostou na
minha mão, me respondendo sem palavras.
"Diz."
"Eu quero você, Royce."
Eu não pude pegar meu preservativo rápido o suficiente.
Era a coisa mais natural para se arrastar sobre ela. Como se tivéssemos
feito amor para sempre quando ela abriu as pernas para que eu pudesse
afundar. Eu assobiei com o calor contra o meu pau. Ela sentia-se como seda
derretida me acariciando e eu flexionei meus quadris para sentir novamente.
Celeste prendeu as pernas ao meu redor e se moveu contra mim. O atrito foi
facilitado pela umidade combinada.
“Dentro de mim, Royce. Entre dentro de mim.”
Eu ignorei suas palavras gemidas, em vez disso beijei meu caminho até o
pescoço e sobre a inclinação de seu seio. Finalmente eu peguei o mamilo na
minha boca, beliscando a ponta. Ela arqueou as costas, empurrando o
mamilo ainda mais na minha boca. Para acomodá-la, abri mais a minha boca
e a chupei. Suas mãos encontraram o caminho no meu cabelo, puxando os
fios.
Eu amei quando ela fez isso. A picada só elevou meu desejo. Isso me disse
que eu estava fazendo a coisa certa. Colocando meu peso nos cotovelos,
levantei meus quadris dela e inclinei meu pau para sua entrada. Um suspiro,
dois. Eu a provoquei, circulando meus quadris, mas nunca entrando nela.
"Por favor."
Pela segunda vez esta noite eu a ignorei. Não, ela entenderia o quanto eu
a queria. Quanto ela me fez desejar o que só ela poderia dar. Como eu tive
que lutar através de reuniões com meu pau muito duro para se mover. Eu
queria que ela entendesse o quão doloroso querê-la poderia ficar.
Eu mudei para o outro mamilo, dando-lhe igual atenção quando ela puxou
meu cabelo e tentou me forçar dentro dela. Ela gemeu de frustração e
apertou as pernas contra as minhas costas. Com cada inspiração que ela
tomou, eu a vi precisando se levantar.
Quase lá, mas não o suficiente. Ela ia gritar quando eu afunassei nela.
Eu a puxei com mais força para mim, esfregando o rosto sobre os seios. Ali
estava meu lugar favorito no mundo, envolto nela, envolto em seu perfume.
"Royce, se você não me foder agora, eu vou agarrar suas costas cruas", ela
ameaçou.
Eu olhei para ela, um sorriso no meu rosto. "Tudo o que você tinha que
fazer era pedir." Eu empurrei nela, duro.
"Royce!"
Eu amei esse grito. Sua boceta apertou ao meu redor, suas paredes
internas me massageando. Eu movi meus quadris, gemendo quando ela me
segurou mais apertado. Foi uma batalha, mesmo aqui, dar-lhe prazer, fazê-la
deixar ir. Mesmo quando sua boca me instigou, seu corpo tentou me
empurrar para fora. Subindo de joelhos para alavancar, eu empurrei mais
forte. Com cada impulso, sua bunda bateu contra as minhas coxas. Seus gritos
estavam em meus ouvidos, seu perfume misturado com o mar e seu corpo
me embalou, me elevando mais alto.
Eu nunca quis uma mulher mais do que a queria agora.
"Sim, bebê. Ali."
Minha pequena megera era vocal e eu adorei. Ela não tinha medo de me
dizer o que gostava e o que a faria explodir. Ela me ensinou mais sobre seu
corpo do que prestei atenção. Cheguei para trás, soltei os pés dela atrás de
mim e saí dela.
"Não."
"Role."
Ela fez o que eu disse a ela e eu a levantei para suas mãos e joelhos. Ela
pressionou o peito na cama, e a curva em suas costas me fez ficar de olhos
cruzados. Eu bati nela, afundando mais do que nunca antes. Umidade jorrou
em volta do meu pau, molhando minhas bolas e coxas.
Eu não pude colocar em palavras como me senti quando minhas bolas
atingiram seu clitóris cada vez que nossos corpos se encontravam. A energia
extra de prazer me torceu. Meu escroto apertou, o calor se acumulando na
minha barriga enquanto eu me movia. O suor brilhava em nossos corpos
quando nos moviamos juntos, lutando por esse pico. Eu tentei aguentar,
esperando que ela viesse.
Eu toquei seu clitóris, empurrando-a mais alto. Ela gemeu no meu ouvido,
sua buceta apertando como um torno quando ela gozou. Ela ofegou,
esfregando as unhas sobre as cobertas e jogando seu corpo contra o meu. Ela
resistiu embaixo de mim, combinando meus impulsos poderosos com os

dela.
Eu não conseguia respirar. Senti minhas bolas apertadas e sentei-me.
Agarrando seus quadris, eu bombeei nela com mais força. Meu queixo doeu
de apertar meus dentes com tanta força. Eu segurei seus quadris mais
apertados, cavando meus dedos em seus quadris.
"Goza Baby."
Eu era estúpido por odiar a porra da camisinha que nos separava? Um
idiota por querer algum laço irrevogável entre nós? Sim, eu era, mas isso não
impediu a necessidade irracional de tirar o preservativo e senti-la levar a
minha semente para o seu ventre. Justificativa, felizmente, realizada o tempo
suficiente para eu lutar contra o desejo como meu pau engrossado e eu vim.
"Sim!"
Nossos gritos misturaram-se com os sons de Belize à noite, nosso santuário
construído sobre a luxúria e desejo, necessidade e conexão. Aqui, ela era
minha do jeito que eu queria que ela fosse e eu poderia fingir que estava
fazendo o impossível para minha garota.
Nós deslizamos para a cama juntos. Eu rolei para os nossos lados,
mantendo a conexão, enquanto recuperava o fôlego.
"Oficialmente a melhor noite de todas ", disse ela.
Eu ri atrás dela. “Eu posso concordar com isso. Mas eu tenho algo para
cuidar.”
Ela riu quando eu saí de seu corpo e saí da cama. Eu fui até o banheiro no
canto do bangalô. Grato pela toalha de mão dobrada na pia, corri água morna
na bacia, cuidei do preservativo e me limpei. Lembrando minhas maneiras,
eu corri o pano sob a água novamente antes de desligar e espremê-lo.
Ela estava me esperando na cama e não se moveu de onde eu a deixei.
Quando me ajoelhei na cama, ela rolou.
"Abra para mim, baby."
Limpei-a com o pano, esperando que o calor a tranquilizasse e levei a
toalha de volta ao banheiro.
"Obrigada", ela disse quando voltei para a cama.
"Não precisa agradecer."
“Eu quis dizer por tudo. Eu nunca tive um homem cuidando de mim como
você. Eu pensei que tudo teria sido arruinado quando Pam apareceu na
minha casa. Eu sei que você disse que não se importava em ter que cuidar
disso, mas significou muito para mim. Mesmo."
"Seja bem-vinda. Você merece isso. Não...” eu disse quando ela tentou se
afastar. Eu a forcei a voltar para os meus braços.
“Merda acontece com todos nós, Celeste. O que aconteceu com você, tudo
isso, foi pior do que a maioria. Mas isso não significa que você merece passar
pela vida sempre sendo empurrada por pessoas. Isso não significa que você
sempre tem que ser infeliz”.
“Não, mas eu sei a verdade sobre a vida. Na maioria das vezes, são as
pessoas boas que são arruinadas. O Karma gosta de brincar com pessoas que
colocam mais trabalho e deixam as outras sozinhas. No mundo real, os vilões
sempre ganham.”
“Então nós lutamos juntos. Faça o seu próprio caminho. Pelo menos
entenda que farei tudo ao meu alcance para ajudá-la. Fale comigo. Diga-me
seus medos, o que faz você querer continuar. Me dê seus fardos e eu ajudarei
você a carregá-los.”
“E na segunda-feira? Você ainda vai me ajudar a carregá-los?”
Fechei a boca, sabendo que dizer que sim só resultaria em ela se
desligando. Em vez disso, puxei as cobertas debaixo de nós e coloquei em
cima de nossos corpos. Ela se aconchegou no meu peito e suspirou.
"Vou levá-la por quanto tempo você quiser" eu finalmente disse.
"E esse é o sonho mais perigoso" ela sussurrou.
Talvez, mas eu quis dizer isso. Por quanto tempo ela me deixasse, eu daria
a ela qualquer coisa.
18
Celeste
Vendo o bangalô na luz do dia era simplesmente incrível como visto à

noite. As luzes da noite anterior estavam apagadas e a paisagem era toda
brilhante, branca e marrom quente. O bangalô, descobri, era de madeira,
com telhado de palha. O banheiro que eu perdi na noite passada estava em
um canto, mas estava separado do resto da estrutura, só conectado por uma
parede, onde a porta estava.
Todo o mobiliário era de madeira com almofadas brancas e flores exóticas
estavam em vasos ao redor da sala. Era minimalista, mas tudo bem. O único
lugar que tinha um plugue de energia era no banheiro, onde Royce tinha
ligado seu telefone esta manhã, afirmando que ele precisava ter certeza de
que ele poderia pelo menos entrar em contato com o piloto, no caso de
mudanças no clima significava que tínhamos que dar o fora daqui mais cedo.
Fora isso, nenhum de nós tocou em um telefone desde que chegamos aqui.
Meu cabelo também não tinha tido nenhuma relação íntima com um
secador de cabelo, e Royce estava esperando por mim, esperando que eu
desse um mergulho completo na água.
“Você quer que eu coloque essa máscara e nade ao redor?”
"Essa é a ideia, Celeste."
"Eu sei o que é snorkeling13, Royce, mas meu cabelo vai ficar bagunçado
até eu chegar em casa na segunda-feira."
“Vou me certificar de que o Learjet tenha o que você precisa para fazer o
seu cabelo. Faça uma lista para mim e eu vou mandar.”
"Assim fácil, hein?" Eu resmunguei.
"Tão fácil. Entre na água, Celeste.”
"Tão mandão."
13
O Snorkeling ou apneia é uma prática esportiva de mergulho em águas rasas com o objetivo de recreação,
relaxamento e lazer. O mergulhador usa apenas uma máscara, nadadeiras e um tubo de aproximadamente 40
centímetros para respirar sob a água.
"Você gosta de mim mandão, então não reclame agora."

Eu afundei na água para esconder meu rubor. Eu, a acompanhante do deus
represado, fiquei envergonhada. Era como se eu nunca tivesse sido tocada
por outro homem antes de Royce. Como se eu tivesse sido presa em um
pesadelo e ele finalmente estava me acordando. Eu não conseguia descobrir
como navegar pela simplicidade do nosso tempo juntos. Esperei, a cada
minuto, que a bola caísse, mas nunca veio.
"Um segundo de cada vez", Royce disse para mim e eu joguei água nele.
"Essa leitura da minha mente está ficando velha", eu disse a ele.
“O leitor de mentes faz parte da descrição de trabalho do seu homem. Não
fique chateada porque estou qualificado.”
Meu homem. Deus, ele já foi qualificado. Ele era tudo que eu queria. Mas
eu não consegui ficar com ele. Em algum momento, chegaria a ser demais e
eu correria. Eu sempre corria. De pé e lutando só me derrubaria e eu não
podia permitir que isso acontecesse entre nós.
"Pare de pensar."
Suas palavras foram meu único aviso antes de ele me puxar em seus braços
e me lançar no ar. Meu estômago estava na minha garganta quando caí de
volta para a água. Então eu estava batendo na superfície e afundando. Fechei
os olhos, forçando a água para fora da minha boca. Eu agitei meus braços,
tentando encontrar meu caminho para cima. Então senti as mãos de Royce
sob meus braços e ele me puxou da água.
“Bolhas de ar sempre viajam até a superfície, Celeste.”
Ele estava rindo de mim. Eu podia ouvir em sua voz. Eu golpeei ele
novamente.
"Eu não consigo ver como as bolhas estão indo se meus olhos não estão
abertos!"
"Por que você não abriu os olhos?"
“Porque a água salgada arde! Você é Insano."
"Mas Celeste?"
"O que, Royce?"
"Você já tem os óculos de proteção."
Desta vez eu não tive que ouvir sua risada em suas palavras. Ele apenas riu
na minha cara. Não ajudou que ele estivesse na água e percebi que eu
provavelmente poderia ter feito o mesmo. Eu forcei meus braços para o meu
lado, não querendo pegar os óculos e me certificar de que eles estavam lá.
Eu nem sabia quando os coloquei no meu rosto, pronta para seguir Royce na
água.
"Não é engraçado."
"Você está certa. Isto é hilário."
Eu nunca o tinha visto assim. Sua risada era tão despreocupada. Seu rosto
estava aberto e seus olhos iluminados pela alegria. Este era um homem que
gostava da vida, gostava de mim. Este Royce estava muito longe daquele que
eu conhecia em casa, sempre pensando, mantendo as coisas no controle. Ele
sempre foi o gerente e era difícil deixar de ir.
Isso, mais do que tudo, me aliviou do meu constrangimento. Eu dei a ele
felicidade. O sorriso no rosto dele era por minha causa. Aquilo me aqueceu
por dentro por saber disso. Havia a pequena Celeste de novo, tirando o braço
de seu esconderijo, testando o ar. Ela não fechou a porta desde que conheceu
Royce e eu fiquei apavorada que eu nunca seria capaz de trancá-la
novamente.
"Vem cá Baby. Vamos fazer snorkel.”
Royce me ajudou a ficar de costas e saiu o mais longe que pôde. Quando
ele estava fundo o suficiente, nadou um pouco mais e me colocou na água.
Eu pisei a água ao lado dele por um momento.
"O barco estará indo em breve", disse ele. Com certeza, um pequeno barco
motorizado deu a volta. Estava quase em nós antes que o motor se desligasse
e se aproximasse. O sorriso brilhante de Augustin me cumprimentou.
"Olá bela dama. Você está aproveitando seu tempo em Belize?”
"É o lugar mais maravilhoso do mundo", eu disse a ele. Royce me levantou
da água enquanto Augustin me ajudava o resto do caminho para o barco.
"Ah, parece que temos outra para que Belize se tornou a casa." Augustin
alcançou Royce em seguida e o colocou no barco.
“Não estamos muito longe do Shark Ray Alley14. Nós estaremos lá em
alguns minutos.”
"Tubarões!" Eu gritei.
14
O Shark Ray Alley está localizado a apenas 1,6 km ao sul do corte de Hol Chan e é listado como "Zona
D" da Reserva Marinha de Hol Chan. Uma vez que um lugar onde os pescadores limpam suas capturas, essa
região protegida de 1.280 acres, evoluiu para um local de mergulho de alto nível!
Shark Ray Alley oferece a rara oportunidade de mergulhar ao lado de arraias, tubarões-lixa e tartarugas.
Prepare sua câmera. Esta vai ser uma foto que você definitivamente vai querer fazer.
“Tubarões enfermeiro15, Celeste. Eles são inofensivos. Você deveria poder

ver alguns deles e algumas arraias aqui. Este local é dividido para o nosso
entretenimento neste fim de semana, para que possamos estar aqui o tempo
que quisermos,” explicou Royce.
"Você gosta de jogar seu dinheiro fora."
"Com você? Sempre. Além disso, o que mais devo fazer com isso? Eu faço
para gastar. Trabalhe duro, jogue mais e tudo isso.”
“Um homem que sabe tratar bem uma mulher. Mantenha-o por perto,”
disse Augustin com uma risada. Ele ligou o motor do barco e tocou uma
música enquanto nos levava ao nosso destino.
Mantenha Royce Mattherson? Se ao menos eu fosse tão sortuda.
Eu realmente não tinha entendido o que era snorkeling. Não por muito
tempo. Eu estava no meio da Barreira de Corais, Augustin segurando uma
câmera subaquática enquanto tubarões-marrons e arraias cinza-escuras
circulavam em torno de nós. As raias não tinham medo, suas asas rolavam
como ondas enquanto viravam a barriga branca para nós e balançavam
nossas pernas. Augustin jogou alguns pedacinhos de isca e os tubarões
enxamearam em torno de nós, alimentando-se.
Eu estendi a mão hesitante e toquei um tubarão. Eu esperava que ele
sentisse, eu não sei, viscoso, mas foi suave enquanto eu o esfregava da
cabeça até a cauda. O tubarão virou sob minha mão, retornando para mais
comida e eu o toquei novamente. Desta vez, ele sentiu uma lixa e eu empurrei
minha mão para trás. Royce tocou meu braço, uma pergunta em seus olhos,
mas eu balancei a cabeça.
Eu estava bem. Eu só tinha tocado um maldito tubarão. Duas vezes!
Peixes coloridos disparavam dentro e fora do recife de coral perto de nós,
sem medo dos tubarões ou das arraias. Eu tentei olhar em todos os lugares,
mas não consegui. Havia tanta vida, muita coisa acontecendo debaixo da
superfície da água. Eu abracei Royce para mim, agradecendo por ele me
mostrar isso, compartilhando outra parte do mundo que eu não conheceria.
15
Tubarão-enfermeiro, também chamado tubarão-lixa ou lambaru, é uma espécie de tubarão da família
Ginglymostomatidae, ordem Orectolobiformes. Pode medir até 4 metros de comprimento e atingir os 500
kg. As fêmeas são menores do que os machos e medem entre 1,2 e 3 m enquanto que os machos maduros
medem entre 2,2 e 2,57 m.c
Ele beliscou meu queixo de brincadeira e eu desejei poder beijá-lo.

Gostaria de poder mostrar a ele o quão especiais eram esses momentos. Nós
tocamos por horas, tirando fotos. Eu tirei algumas de Augustin e Royce e
toneladas dele sozinho.
Augustin tirou muitas de Royce e eu acariciando as arraias e os tubarões.
Eu não podia esperar para vê-las e talvez fazer um scrapbook16 delas. Eu bati
no ombro de Royce e apontei para o céu. Ele assentiu e emergiu comigo.
"Quanto tempo até podermos ter essas fotos?" Eu perguntei a ele
"Augustin pode tê-las prontas para nós esta noite."
"Ótimo. Eu adoraria fazer um livrinho desta viagem e colocar uma foto na
minha mesa. Isso foi incrível!
"Eu posso trazer alguns quadros para você, se você quiser, com as fotos",
Augustin ofereceu.
"Traga dois", eu disse a ele.
"Fazendo planos para a minha mesa também?" Royce perguntou.
"Por acaso, sim. É melhor você me mostrar por aí ...”
Eu parei, percebendo o que estava fazendo. Eu entrei na água, me
afastando de Royce.
"Vou pegar o barco para você", disse Augustin e nadou para fora.
"Olhe para mim", disse Royce.
"Eu sinto Muito. Eu me empolguei.”
"Eu disse olhe para mim, Celeste."
Eu balancei meu olhar para o dele. Ele puxou os óculos para o topo da
cabeça. Eu me senti desconfortável sob o seu escrutínio. Eu cruzei o limite.
Ele pediu apenas quarenta e oito horas e eu fiz papel de boba. Eu não queria
que ele tivesse que me dizer que isso não era real. Eu já sabia disso.
Merda, eu me senti tão idiota.
“Vou enquadrar uma foto e colocá-la na minha mesa. Eu vou te mostrar.
Na primeira noite em que voltarmos, quando você chegar em casa do
trabalho, seu telefone tocará. Será eu dizendo para você vir porque eu quero
sentir você ao meu lado. E você sabe o que, Celeste? Você vai vir. Porque o
que eu quero, o que preciso é você. E você vai me dar isso, você não tem
escolha.
16
O scrapbook é uma terminologia em inglês para definir um livro com recortes, é entretanto uma técnica
de personalizar álbuns de fotografias ou agendas com recortes de fotos, convites, papel de balas e qualquer
outro material que possa ser colado e guardado no interior de um livro.
"Isso não é...."

“É o que queremos que seja. Pare de lutar. Eu estou aqui, Celeste. Bem na
sua frente, mostrando o que eu quero. Deixe ir. Me deixar entrar."
Deixe-lo entrar. Foram as três palavras mais doces que alguém já me disse
e o mais difícil de aceitar. Eu poderia simplesmente deixá-lo entrar? E
amanhã? O dia seguinte? Quando ele descobrisse como eu era uma merda e
sabia que ele fez um maldito erro?
Eu não vali a pena.
“Não se atreva. Você não começa porra de uma merda que 'você não
pode'. Você pode. Você acabou de fazer. Não me deixe sozinho nisso.”
"Eu não sei o que fazer."
“Pare de pensar tão arduamente. Não existem livros de regras na vida. Só
não existe. Eu nunca trouxe uma mulher aqui. É minha paz, minha solidão
quando o mundo fica muito alto. Desde que te conheci, eu poderia imaginar
você aqui. Neste lugar onde eu sou tudo que eu sempre quis ser.”
“Eu vou falhar com você, Royce. De alguma maneira, de alguma forma.”
“Não, você não vai, porque eu vou estar lá no chão quando você cair,
amortecendo o golpe. Eu estarei lá quando você estiver perdida para lhe
mostrar o caminho.”
“Você não pode controlar todos os aspectos da minha vida. Nós não somos
do tipo que se apaixonam.”
“Então não é tão perfeito que nos encontramos, porque não há mais
ninguém que eu queira na minha cama, na minha vida, naquele espaço onde
meu coração costumava estar. Você entende o que eu não posso te dar, tanto
quanto eu sei que seu coração é impossível de dar. Então foda-se o coração
e deixe-me ter você.”
Minha resposta foi engolida pela boca dele. Eu não poderia ter dito não, se
quisesse. Ele tomou a escolha de mim, roubou as lascas da minha armadura
e se fundiu lá. Eu não conseguia me afastar dele, e nós dois sabíamos disso.
Quando finalmente nos separamos, eu estava respirando com dificuldade e
mal pude ouvir o barco vindo em nossa direção.
"Me leve para casa. Leva-me para casa e faz amor comigo.”
"Não tem mais volta, Celeste."
" Não tem mais volta."
19
Royce
Isso era perigoso e eu sabia disso.

Tocá-la, ler suas emoções em seus olhos e ceder ao que estava se
formando dentro de mim era um erro que eu iria me arrepender. Mas eu não
consegui me conter. Celeste trouxe coisas de mim que eu não pude evitar de
lutar. Talvez eu estivesse errado. Muito errado.
Quando eu deslizei para dentro dela, tão lentamente, tão suave quanto eu
já estive com uma mulher, eu me despedacei. Seu calor me agarrou e ela
envolveu seus braços e pernas em volta de mim, segurando a minha vida. Nós
nos movemos juntos como as ondas do lado de fora, balançando em nosso
prazer a um ritmo vagaroso. Isso foi o que senti me apaixando por Celeste.
Ela subiu em mim, em algum lugar entre seu primeiro colapso em meus
braços e trazê-la aqui. Não achei que tivesse coragem de dar e estava certo.
Muito certo. Porque Celeste já o tinha, roubou da minha memória o que era
o amor e puxou-a para dentro dela.
E eu sabia que estaria seguro lá.
Por quê? Porque Celeste sempre me deixara ver sua dor. Eu era o homem
que ela mostrou a parte assustada dela que a enviou correndo. Com todos os
outros ela era pedra, uma perfeita estátua de perfeição sem fraqueza. Não
havia nenhum cofre melhor para proteger as peças frágeis do que eu tinha
esquecido do que dentro dela.
Quando beijei sua bochecha, provei o sal das lágrimas e não tinha certeza
de que era apenas dela. Suas unhas cravaram em meus ombros, puxando-me
mais apertado para ela enquanto ela se movia contra mim. Eu precisava de
sua boca como se precisasse da minha próxima respiração.
Paixão. Paixão absoluta. E ela pertencia a mim.
Eu abri minha boca sobre a dela e ela me espelhou, instantaneamente
virando a cabeça do jeito que eu gostava para que nossas bocas se
encaixassem. Eu sufoquei, algum som quebrado vindo de dentro de mim, mas

ela ouviu. Ela sentiu isso, e ela assumiu o beijo.
Quando eu empurrei em seu corpo, ela empurrou em mim, me espetando
com a língua e lambendo o céu da minha boca. Ela cantarolou, um som
consolador, antes de enfiar os dedos no meu cabelo e segurar minha cabeça
para ela. Eu já tinha sido beijado assim? Eu já havia soltado o suficiente para
uma mulher tentar?
Não nunca. E nenhuma mulher além de Celeste teria a chance.
Ela fizera o impossível. Depois de tantas mulheres, nunca pensei que uma
única me reivindicaria como ela fez. Esta, que lutou comigo todo o caminho,
e ainda não tinha certeza se ela poderia aguentar. Eu vi em seus olhos. Senti
no tremor de seus membros.
Mas agora que encontrei o que estava perdendo, nunca deixaria passar.
Nunca.
"Mais." Eu nem percebi que tinha falado até que ela empurrou meu peito.
Eu rolei, e ela me montou.
Ela era bonita. Seu cabelo era selvagem ao redor de seus ombros, o ar do
mar fazia seus cachos mais apertados e mais cheios. A inclinação de seus seios
me chamou, e sua cintura me fez gemer. Ela levantou um pouco de joelhos e
lentamente afundou no meu pau. Eu senti meus dedos enrolarem.
Eu estava mais fundo dentro dela assim. Eu flexionei meus quadris debaixo
dela, incapaz de me conter. Com cada levantamento e queda ela me
empurrou mais alto. Eu agarrei sua cintura e a empurrei sobre mim enquanto
empurrei meus quadris contra ela. Ela balançou para frente até que seus
mamilos estavam perto do meu rosto, rígidos e precisando de atenção. Eu
chupei um na minha boca, quando passei meus braços em volta dela.
Ela se sentia bem, tão inacreditavelmente boa, enquanto nos movíamos
juntos, triturando quando nos encontrávamos no meio. Isso não era duro e
rápido, mas lento e profundo. Ancorando-nos no agora e deixando ir o que o
amanhã poderia trazer.
"Sim."
Seu choro foi doce. Seu suspiro ainda mais doce. Eu me forcei contra ela,
forçando meus quadris a ir devagar, para facilitar meu caminho para ela,
balançando quando eu estava totalmente dentro dela. Ela gritou quando eu
bati em um ponto sensível no fundo. Eu acariciei novamente com a ponta do

meu pau, segurando-a no lugar para que ela não pudesse se mover.
"Bem aí", ela chorou.
"Não se mova, baby."
Eu balancei para ela, torcendo meus quadris e mantendo nossos corpos
corados um para o outro. Senti a protuberância de seu clitóris esfregando
contra o músculo da virilha, ouvi sua ingestão aguda de ar.
"Venha até mim. Deixe-me sentir isso”, eu disse.
Eu precisava disso. Seu corpo estava tenso contra mim, segurando,
esforçando-se para o pico indescritível. Eu suavemente mordi um mamilo
quando bati nela, uma vez, com força, e ela se separou em meus braços.
Gemia como eu me revirei mais uma vez para que eu estivesse no topo. Eu
montei ela através de seu orgasmo.
Quanto mais fundo eu entrava, mais ela gritava por mais. Eu segurei
quando minhas bolas apertaram contra o meu corpo e o prazer puxou baixo
na minha barriga. Sua buceta agarrou meu pau como um punho e pulsou ao
meu redor. Nada jamais se sentiu tão bem.
"Deus, sim", eu gritei. Ali. Ali.
A necessidade espiralou para baixo, aquecendo meu sangue, fazendo meu
pau duro até que ele estivesse muito apertado. Eu torci mais uma vez, e então
o prazer brilhou sobre as minhas terminações nervosas, pulsando através do
meu pênis em grossos jatos entrando no preservativo.
Mais uma vez eu odiava a separação entre nós, amortecendo o prazer,
dificultando a conexão.
Eu estava empurrando, deslizando dentro e fora dela, meu corpo
empurrado por necessidades de sua própria vontade. Eu caí para o meu lado,
levando-a comigo, em um emaranhado de braços e membros. Ficamos
deitados ali, respirando com dificuldade, incapazes de soltar.
Eu não sabia o que queria ou precisava dizer naquele momento. Parecia o
máximo que poderíamos ter dito, usamos nossos corpos para transmitir e a
mensagem ainda estava turva. Uma coisa que eu sabia era que Celeste era o
melhor erro que eu já cometi, e o que quer que acontecesse, eu faria tudo
que pudesse para fazê-la feliz.
"Vamos lá, este é o nosso último dia aqui, viva um pouco", provocou
Celeste.
Eu revirei meus olhos. Não havíamos saído da cama na noite anterior,
exceto para jantar. Nós nos arrastamos de volta para a cama depois e fizemos
amor a noite toda.
Esta manhã Celeste estava brilhando, o medo desapareceu de seus olhos
e isso significava que ela estava com um humor travesso. Eu não tinha certeza
se estava mais apavorado com o que ela havia inventado.
"Exatamente o que você quer que eu faça?"
"Vamos jogar um jogo de espião", disse ela.
“Eu vejo água, mais água e, ah, sim, tem mais um pouco. Eu consegui
acertar os três primeiros?” Eu me abaixei quando um travesseiro atravessou
meu caminho.
“Oh vamos lá, sério. Eu não quero dizer normal, eu espio. A versão adulta?”
ela perguntou.
“Eles fizeram isso? Desde quando?"
"Você é um brincalhão, que iria imaginar." Ela riu e sacudiu a cabeça.
“É um subproduto do trabalho duro e das reuniões chatas no escritório.
Tenho que encontrar alguma maneira de me entreter,” eu disse a ela.
"Eu duvido seriamente que você contasse piadas na reunião que poderiam
lhe custar dinheiro."
"Bem, não, mas eu acho que eles ficariam com raiva o suficiente", eu disse
a ela. "Mecanismo de defesa?" ela perguntou.
Eu fiz uma careta para ela.
“Você faz isso para não ficar com raiva? Você sabe, então você não ataca
como seu pai fez?”
“Eu nunca pensei nisso dessa maneira, mas talvez você esteja certa. Eu
tenho gatilhos de raiva, geralmente com justiça. Na maior parte do tempo eu
malho, mas se fico com raiva o suficiente, eu faço piadas mentais para me
manter na cabeça. ”
"Você não é seu pai", ela disse e me atingiu no peito.
"Como você saberia?" Porque houve algumas vezes que eu não sabia.
“Porque você se importa. Mesmo sobre coisas que você não deveria, você
se importa. E você fez sua mãe sorrir. Ele não podia fazer isso.”
Eu sorri suavemente para ela. Era um bom pensamento. "Talvez. Tudo

bem, eu vou jogar o seu jogo.”
Ela gritou, batendo palmas e saltando para fora da cama. Eu balancei a
cabeça para ela, amando sua exuberância. Amando ela.
Merda, eu era um caso perdido.
"Quais são as regras?"
“Eu espio algo e você tem que adivinhar o que é com perguntas. Se você
errar, tem que me dizer algo embaraçoso sobre você.”
"E se eu estiver certo?"
"Então eu vou te dizer uma coisa."
"Você percebe que sou extremamente competitivo?"
"Estou contando com isso", disse ela, levantando uma sobrancelha.
"Você está pronta para perder."
"Eu espio, com meu olho pequeno, algo azul."
"Mesmo?"
Ela concordou com a minha pergunta.
Não havia como não seria a água. Isso teria sido fácil demais. Então,
novamente, se eu fosse ela, eu teria escolhido a água simplesmente porque
ela havia sido mencionada e meu oponente não acreditaria que eu escolheria
a opção aparente. Então novamente-
"Oh meu Deus, você é péssimo nisso!"
"O que? Por quê?"
“Você está pensando demais. Não é uma fusão ou algo assim, é um jogo
de criança. Apenas adivinhe."
Ela estava rindo de mim e ela nem estava escondendo. Seu sorriso
iluminou seu rosto de dentro para fora. Eu não pude deixar de sorrir com ela.
Ela estava dizendo a verdade; Eu consegui fazer o jogo mais simples em um
teste difícil.
"A água", eu resmunguei.
"O que que é?"
"A água", eu disse mais alto.
"Óbvio. Você está errado, então me diga algo embaraçoso.”
"Perder um maldito jogo de espionagem depois de pensar que não é
embaraçoso o suficiente?"
“Eu estava lá para isso, então você não pode usá-lo. Me dê outra coisa.”
"Você está se divertindo muito com isso", eu disse a ela.

“Sim, e você é um perdedor dolorido. Pague, garotão.”
“Quando eu tinha oito anos, achei que as pílulas anticoncepcionais da
minha mãe eram doces que ela não queria compartilhar comigo.”
"Você comeu pílulas anticoncepcionais?"
"Aparentemente dois meses de valor."
"O que aconteceu depois disso?"
Limpei a garganta, de repente achando que provavelmente não deveria ter
usado essa história em particular, mas foi a primeira que me veio à mente.
“O médico disse à minha mãe que não havia efeitos duradouros, mas
poderia precisar usar muito o banheiro. Ela tomou isso como significando que
eu precisava sentar no banheiro o dia todo para ter certeza de que estava
bem.”
"Sua mãe sentou com você no banheiro o dia todo esperando por você
para fazer cocô?"
"Uh, sim, eu acho."
Ela rugiu de tanto rir. Observei-a rir até ela chorar, afivelando-me na cama
enquanto revivia um dos momentos mais embaraçosos da minha vida. É claro
que, para um menino, ter a mãe vendo minha salsicha era muito pior do que
tê-la ali esperando que eu usasse o banheiro, mas não ia contar isso para a
hiena risonha que estava se divertindo muito às minhas custas.
Claro, essa imagem na minha cabeça me fez rir, do qual ela pensou que eu
estava me juntando a ela, e isso só a fez rir mais. O que por sua vez me fez rir
mais forte também.
Nossos estômagos estavam doendo no momento em que pegamos nossas
respirações e não estávamos tão interessados em jogar outro jogo de Espião.
Aparentemente, seria a vez dela até que eu adivinhasse o item, e não achava
que meu estômago pudesse suportar mais abuso.
Naquele dia, o último dia em nosso pequeno pedaço isolado do paraíso,
foi o mais divertido que eu tive em anos. Porque não nos importamos com o
fato de que as emoções vieram quando tudo deveria ser cortado e seco. Nós
não nos importamos, passamos ao ponto de não retorno. Ou que amanhã o
mundo real se intrometesse e não soubéssemos o que esperar.
Nós éramos apenas nós. Royce e Celeste, duas pessoas que nunca teriam
se encontrado se o inferno de nossas vidas não tivesse acontecido. E eu, pela
primeira vez, fiquei grato por isso.
20
Celeste
Eu odiava estar no trabalho.

Era estranho, desde que conheci Royce, descobri que sentar em minha
mesa e passar por montanhas de papéis não era mais uma coisa normal que
eu me orgulhava de ser capaz de realizar. Agora eu era uma mulher que não
fazia luar como acompanhante, trabalhava normalmente e tinha um
relacionamento com um homem - namorado? - e sentia muita falta dele.
Augustin manteve sua palavra e trouxe as fotos com alguns quadros e
materiais de scrapbooking. Eu não tinha tempo para fazer tudo, mas colei as
fotos, com a ajuda de Royce, e ia fazer o resto no próximo fim de semana.
Era estranho ver a foto de nós emoldurada na minha mesa. Isso era algo
que Sra. Perfeita faria, mas de alguma forma eu não era mais duas pessoas.
Eu era apenas Celeste. Eu encontrei a identidade que eu pensei ter perdido
através do Royce e foi uma coisa incrível.
Fazia três dias desde que o vi. Conversávamos dia e noite, mas os negócios
se acumulavam para ele depois de tirar o fim de semana e ele tinha que sair
da cidade para esclarecer algumas coisas. Eu senti falta dele. Eu nunca pensei
que me sentiria assim, mas era verdade, e o pensamento me fez sorrir.
Eu não estava com medo.
Bem, isso não era exatamente verdade. Eu estava com medo, mas o medo
não ansiava por estar com ele. Pela primeira vez, minha mente não ganhou
quando meu coração estava envolvido, e eu estava tão feliz.
Feliz.
Não era uma palavra que eu normalmente usava quando se tratava de
mim. Levaria algum tempo para me acostumar, mas acabaria fazendo. Por
enquanto, eu ficaria ansiosa para a próxima vez que eu estivesse em seus
braços. Meu celular vibrou na minha mesa. Eu abri a gaveta e sorri.
Tentação: pensando em mim?
Eu: Sim, eu estava.

Tentação: Oh, o que eu estava fazendo com você?
Eu: Me fazendo feliz.
Tentação: Essa é a coisa mais sexy que eu já ouvi.
Eu: LOL Sim, certo. Como está indo o trabalho?
Tentação: melhor quando você chegar aqui.
Eu: Não posso entrar em um avião e chegar em Nova York tão cedo.
Tentação: Quem disse alguma coisa sobre Nova York?
Eu: você está em casa?
Tentação: no meu escritório. Eu estou olhando para a sua foto, e estou me
perguntando como melhoraria a minha mesa se eu tivesse você através dela.
Acha que você pode vir redecorar para mim?
Eu: Eu tenho trabalho a fazer, mas é tentador.
Tentação: Venha me ver hoje à noite. Não saia até de manhã quando tiver
que ir trabalhar e depois voltar.
Eu: Hmmm, o que há para mim?
Tentação: eu.
Eu: Parece um negócio. A que horas você está fora?
Tentação: eu dirijo a empresa. Eu saio quando me preparo. Que horas você
termina?
Eu: Eu posso sair daqui às cinco. Nada foi tão ruim hoje e eu fiz muito isso
antes de sair na sexta-feira.
Tentação: Então vá fazer uma mala para durar até o final de semana e
venha.
Me: eu estarei lá.
Tentação: Código para o portão é 14083708. Basta entrar; a porta será
destrancada.
Eu coloquei meu telefone de volta e me senti muito melhor em estar no
trabalho. Era uma maneira de preencher as horas até que eu pudesse vê-lo
novamente. Era patético, era triste e eu não podia desejar nada melhor.
Royce Mattherson invadiu todas as minhas defesas e as quebrou em
tempo recorde.
"Eu pensei que você nunca chegaria aqui." Royce me puxou para seus
braços assim que entrei pela porta dele.
"Você estava esperando na porta?"
"Perto o suficiente", disse ele com um sorriso torto.
"Eu acho que eu meio que gosto disso."
"Deixe-me mostrar a você por aí."
Sua casa era incrível. Eu não sei o que eu esperava, mas não era isso. Eu
entrei em um condomínio fechado e viajei para sua área privada fechada.
Depois de colocar o código, dirigi cerca de um quilômetro até uma mini
mansão. Acho que pensei que ele teria alguma coisa no nível das casas de
celebridades em revistas.
Sua casa era vivida. Era uma planta aberta com uma sala de jantar formal
contendo uma longa mesa e doze cadeiras de espaldar alto à esquerda. À
direita, havia uma sala de estar com carpetes e sofás brancos. No centro havia
uma mesa de mogno com livros espalhados sobre ela. Eles estavam tortos,
como se ele sentasse lá e lesse antes de colocar o livro no lugar e ir para outro
lugar.
Na nossa frente estava sua sala de estar, lar da maior TV que eu já vi. Era
fina e curva. O sofá secional da sala era de um castanho chocolate profundo,
acentuado pelos pisos de madeira. Uma cadeira estava sentada à esquerda
da sala, ao lado de uma grande janela de sacada. Eu levantei uma sobrancelha
para ele; ele apenas sorriu.
"Você vai entender em breve."
"Ooookay"
“Por aqui estão as escadas, a cozinha e a copa. A segunda despensa leva à
minha adega. Lá fora estão a piscina, jacuzzi e gazebo. Nós vamos sair lá em
um segundo. Vamos lá para cima."
"Uma mente obsecada?" Eu perguntei a ele.
"Ainda não."
Eu o segui para o andar de cima enquanto ele apontava para vários quartos
e banheiros, cada um decorado com um esquema de cores diferente. Todo o
caminho até a parte de trás, marcado com grandes portas duplas, estava a
suíte master.
"Sua casa para o fim de semana", ele me disse. Ele abriu as portas e recuou
para que eu pudesse caminhar. Seu quarto parecia com ele. Era decorado em
preto, branco e cinza com tons de azul sugeridos aqui e ali. Sua cama king-
size era o ponto focal central com um estribo na parte inferior. Ele veio por
trás de mim, apertou um botão no estribo e uma TV se levantou.
À esquerda da cama havia uma parede de janelas coberta de cortinas e
persianas pretas embaixo deles. Elas estavam abertos agora, dando-me
vislumbres do quintal onde eu podia ver a piscina e jacuzzi. Um prédio
cercado chamou minha atenção. Coloquei minha bolsa no chão e olhei pela
janela.
"O que é isso aí fora?"
“Nós vamos ver em um segundo. Aqui está o banheiro. Existem dois
lavatórios; o banheiro é separado atrás da porta à esquerda, o armário à
direita. Há um chuveiro de pé também, se você não quiser esperar para
encher a banheira do jardim.
Eu vi um tapete no chão, ao lado da banheira do jardim. Não, não é um
tapete. Parecia mais uma cama de cachorro.
"Você tem um animal de estimação?"
“Ah, alguns. Vamos, vou mostrar o que quero dizer.”
Eu estava curiosa. A cadeira esfarrapada no andar de baixo fazia mais
sentido agora, vendo a cama de cachorro. Eu o segui para fora da casa,
passando por sua cozinha e outro quarto fechado.
"Meu escritório", disse ele quando passamos por ele.
Os passos largos de Royce ocuparam o espaço entre a porta dos fundos e
o cercado em construção rápida. Quando nos aproximamos, pude ouvir
lamentos e latidos excitados. Royce parou na frente de uma porta e se virou
para mim.
“Eu não os trouxe porque queria ver como você se sentia em relação aos
cachorros primeiro. Eles estão amando, mas ...” Sua voz sumiu e eu fiquei
ainda mais curiosa.
"Eu amo cachorros. Se você disser que eles não são perigosos, eu acredito
em você.”
"Não, eles não são perigosos, mas às vezes assustam as pessoas."
"O que há de errado com eles?"
"Nada", disse ele rapidamente antes de tomar fôlego. Eu esfreguei o
ombro dele. Isso era importante para ele. Este era um projeto que ele fez,
sem que ninguém soubesse, e isso significava mais para ele do que até
mesmo as mulheres abusadas de que ele era o rosto.
“Eu não vou ter medo deles. Apenas me diga o que você não quer me dizer
antes que eu possa conhecê-los.”
“Eles são feios, é assim que eles são chamados. Mas eles sabem disso; eles
sabem que as pessoas olham para eles e os odeiam, não os querem. Eles
viveram suas vidas em canis e gaiolas porque ninguém os queria. Eu só
tranco-os quando vou trabalhar e eles têm liberdade total quando chego em
casa.
Meu coração foi para os cachorros, excitados por ele estar em casa, o único
homem que os aceitou como eram. Ele viu o que todos os outros negaram e
viu a beleza lá.
Apenas como eu.
Eu era um daqueles cachorros feios, trancado em uma gaiola e rosnando
para todos que chegavam perto porque tudo que eu esperava era dor e
ridicularização. Tudo o que eu sabia era uma existência fodida. E, assim como
aqueles cachorros, Royce me achou, viu a beleza e me protegeu com a
mesma presença demoníaca.
Acho que foi nesse momento que percebi que o amava.
Amava o homem que viu o meu inferno e me levou de qualquer maneira.
Com Royce, eu estava presa entre o céu e o inferno, e eu queria ser uma
pecadora.
E porque ele entendeu, tudo bem.
“Eu já vi feio, Royce, verdadeira fealdade. Compreendo."
Quando ele relaxou, eu sabia que ele entendia o que eu estava tentando
dizer. Seu sorriso estava de volta e ele abriu a porta.
"Há quatro deles. Lady é uma chinesa com crista17.”
17
Cão de crista chinês é uma raça de cão oriunda da China. De origem difícil de precisar, sabe-se
que pertenceram a famílias da dinastia Han. À época, eram desenvolvidos como guardiões das
casas de tesouro, eram maiores e mais pesados, parecidos com cães de caça.
Lady era uma cachorrinha sem pêlos, com cabelos crespos em volta dos
olhos, boca e orelhas. Ela gritou com Royce e depois parou, tremendo quando
me viu. Eu caí no chão, independentemente da sujeira na minha saia lápis.
"Hey menina bonita", eu chamei, apenas sentada lá, esperando.
Lentamente, Lady saiu, farejando o ar antes de cutucar minha perna com o
nariz. Eu lentamente levantei minha mão, com a palma para cima e acariciei
seu queixo. Ela abanou o rabo quando ela subiu em meus braços. Levantei-a
e acariciei-a suavemente quando Royce foi para a próxima gaiola.
"Titan é um Bergamsco Shephard18", disse Royce, abrindo a porta ao lado.
"Ele tem dreads!"
Chegando à minha cintura, Titan era marrom e cinza com cabelos
compridos que emaranhavam nas extremidades para parecerem dreadlocks
naturais. Seu rosto, no entanto, estava livre de qualquer acolchoamento, e a
aparência de seus medos era cuidada e domada.
“Seus donos acharam que ele tinha uma condição e o mantiveram
barbeado, o que o deixou doente. Ele precisa do casaco para regular sua
temperatura em climas mais frios”.
"Isso é tão triste." Titan era mais ousado que Lady, vindo até mim e
cheirando minha virilha.
"Titã!" Royce agarrou Titã pelo colarinho e o puxou de volta. "Isso é meu",
ele disse ao cachorro. Titan se sentou com a cabeça abaixada, mas abanou o
rabo quando eu ri.
"Prazer em conhecê-lo também", eu disse a ele, o que fez Titan vir e
caminhar ao meu lado, cheirando Lady em meus braços.
18
Pastor-bergamasco é uma raça canina oriunda da Itália. Criada a partir de cruzamentos entre os cães
pastores chegados da Ásia, é parente próximo ao pastor-de-briard, que, segundo afirmam, originou o famoso
pastor-de-brie, cujo "nascimento" foi atribuído aos franceses.
“Próximo é Andy, ele é um Bull Terrier19. Ele foi abusado e seu rosto está
um pouco deformado por causa disso”, disse Royce.
O cão menor saltou para fora da gaiola, correndo círculos ao redor de
Royce e eu. Sua cabeça em forma de ovo lhe deu um olhar estranho, mas o
amassado em seu nariz partiu meu coração.
"Eles tentaram 'consertar' o nariz dele", disse Royce, capturando onde meu
olhar estava.
"Malditos bastardos", eu disse ferozmente.
"Meus sentimentos exatamente."
“Último é Toto. Ele está com medo, e Andy o deixa louco, então podemos
passar um pouco de nossa noite salvando-o, mas ele está amando. Ele acha
que é cachorro de colo.” Royce sacudiu a cabeça.
"Não gosta de todo o cabelo dele?" Eu perguntei.
"Você já viu um Mastim Napolitano20?" Royce perguntou.
“Eu nunca vi nenhum cachorro assim. Bem, com exceção de Andy, eu já vi
o seu tipo antes nos filmes.”
"Então você vai entender."
Toto parecia um homem velho em um corpo de cachorro. Ele era grande,
tinha mais de cem quilos, tinha que estar coberto de cabelos grisalhos e rugas
largas. Não, quero dizer em todo lugar. Seu rosto estava caído com longas
papadas nos dois lados da boca.
"Cão de colo, hein?" Eu perguntei.
"Sim, mais ou menos", respondeu Royce.
19
Bull terrier inglês é uma raça de cães do tipo terrier com origem na Inglaterra, idealizada por
James Hinks a partir de cruzamentos entre o antigo buldogue, english white terrier e dálmata, por
volta de 1860.
20
Mastim napolitano é uma antiga raça canina originária de Nápoles, na Itália. A raça compartilha
um ancestral em comum com o Cane corso.
“Eles são incríveis, Royce, realmente. Lady aqui é uma personagem.”

Lady levantou a cabeça em seu nome e lambeu meu queixo. Eu poderia ver
porque alguém chamaria os cachorros de feios? Eu acho, especialmente no
caso de Lady. Mas eu não achei que eles fossem. Eles foram mal
compreendidos e passaram para coisas mais bonitas e simples. Esses cães
sabiam o que era a vida, o lado feio, assim como Royce e eu.
Eu amei eles. Todos e cada um deles.
“Vamos levá-los para dentro. Estou morrendo de fome e quero ver algo
nessa sua TV”, eu disse.
“O da sala ou do quarto?”
“Que tal ambos? A noite é jovem, Royce, e sou gananciosa pelo seu toque.”
"Eu acho que posso consertar isso."
Oh, eu não tinha dúvidas de que ele faria. Porque Royce me deu tudo o
que eu precisava.
21
Royce
O tempo passou muito facilmente para nós. Às vezes, eu me perguntava

quando o outro sapato ia cair, mas isso nunca aconteceu. Eu me apaixonei
pela garota que eu nunca deveria conhecer.
Foi incrível e emocionante.
Ela me satisfez de maneiras que eu nunca pensei ser possível, e me
desafiou a continuar adivinhando o caminho que ela viria para mim em
seguida. Eu nunca fui capaz de entendê-la. Mas funcionou para nós. E eu não
queria que as coisas mudassem.
Eu só tinha que fazer com que o caso dela se movesse. O detetive Yancy e
Vincent estavam silenciosamente colocando tudo junto que podiam contra
Cameron Welsh, e eles não precisavam incomodar Celeste
como eu disse a eles. Ela não conseguia lidar com os lembretes e achei melhor
não ter que lidar com isso até que o caso fosse iminente.
Pode ter sido o meu controle, mas eu precisava do tempo com Celeste para
fazê-la confiar em mim. Lentamente, ela me contou um pouco do que havia
sido feito com ela. Eu queria encontrar o desgraçado Welsh e esquecer tudo
sobre o tribunal. Outras vezes eu estava gritando por dentro porque sabia
tudo sobre isso. Eu estava lutando contra seus demônios por ela da melhor
maneira que eu sabia e ela não precisava mais ter medo.
Mas enquanto eu a segurava em meus braços todas as noites, achei que
era mais difícil dizer a ela que eu sabia sobre toda a sua vida antes de vê-la
pela segunda vez. Que eu fiz movimentos para fazer a vida mudar para ela
sem cuidar de sua privacidade. A mulher que eu conhecia agora se uniria
contra mim.
Inferno, ela me deixaria.
E isso me assustou mais que tudo. Eu, o homem que não temia nada,
estava com medo de perdê-la. Então eu lutei silenciosamente por ela,
sabendo que nunca poderia sair, eu era a força motriz por trás disso. Eu
estava bem com isso.
Então havia a família dela.
Interceptei qualquer chance de a mãe de Pam e Celeste sangrar Celeste
por dinheiro. Eu lhes enviava fundos toda semana e me certificava de que
elas soubessem que só estavam disponíveis desde que não incomodassem
Celeste para poder viver sua vida. Pelo que entendi, Pam usou a maior parte
do dinheiro, mas foi o suficiente para fazê-las felizes e Celeste podia respirar.
Para duas pessoas que não entendiam o que era normal, vivíamos tão
normalmente quanto podíamos. Ou, melhor ainda, assegurei-me de que ela
vivesse o mais normalmente possível. Eu entrei no escuro de seu passado e
na família de merda que ela não precisava.
Mas eu estava mais do que feliz em fazê-lo.
Eu não podia mentir e eu não vi que fazer isso era terapia para mim
também. Eu paguei dinheiro suficiente para ser psicanalisado quando era
mais jovem. Eu estava protegendo Celeste de uma maneira que não consegui
para minha mãe. Eu vi e entendi que também fiz porque a Celeste valia a
pena. E porque ela estava ajudando a me curar.
Eu suspirei, puxando-a com mais força em meus braços. Lady tinha se
enrolado no travesseiro ao lado da cabeça de Celeste quando fomos dormir,
com Toto e Titan junto à porta. Andy foi para o seu lugar normal ao lado da
banheira. Celeste amava esses cães assim como eu, e foi incrível vê-la
interagir com eles.
Ela não estava jogando ou atuando, suas emoções eram reais. Os cães
choramingaram quando ela saiu e eu entendi. Ela iluminou o lugar, fez o seu
próprio. Ela deixou roupas por toda a sala, espalhou maquiagem na pia do
banheiro e deixou sua marca em toda a minha casa.
Eu me virei, tirando Celeste dos meus braços, quando meu telefone tocou.
Levou uma olhada no identificador de chamadas para me dizer que eu
precisava ir ao meu escritório. Andy tirou a cabeça do banheiro e me seguiu
enquanto eu saía. Ele ficou em meus calcanhares mais do que qualquer um
deles, e meu escritório era seu lugar favorito para se esconder. Ele tendia a
me seguir, eu imaginei na esperança de que eu estava indo em direção a ele.
"Vamos, garoto, você pode se esconder comigo", eu disse a ele quando
entrei no meu escritório e fechei a porta atrás de mim.
"O que você tem para mim?" Eu perguntei a Vincent.

“Estou enviando um fax agora com os arquivos completos para todas as
partes. Com exceção das copias no meu cofre, nenhuma outra cópia está
disponível. O detetive Yancy me diz que o promotor está pronto para
processar. O nome da Celeste ficará disponível durante o período de
descobertas, mas você tem tempo.”
"Obrigado por me dizer. Os arquivos estão chegando agora. Vá em frente
e feche as coisas em suas investigações, a menos que Yancy precise de você
com o Welsh.
"Vou fazer. Eu provavelmente terei que ser uma testemunha material
sobre encontrar as outras mulheres, mas não será conectado a você. Eu
trabalhei em casos de abuso infantil suficientes como este e todo mundo vai
acreditar que eu levei isso porque é o que eu faço.”
"Royce?"
Eu olhei para cima quando ouvi Celeste chamar meu nome.
“Obrigado Vincent. Conversamos depois."
Eu desliguei e saí do meu escritório, fechando a porta bem atrás de mim.
Meu coração estava batendo quando eu deslizei para a cozinha e peguei um
copo. Eu estava bebendo minha água recém derramada quando Celeste
apareceu na esquina.
"Hey", disse ela, enrolando-se ao meu lado. Ela jogou em uma das minhas
camisas, e era sexy como o inferno para ver o fundo mal escondendo sua
bunda.
"Ei você mesmo", eu disse, meu olhar viajando pelo corpo dela e de volta
para o rosto dela.
"O que você está fazendo acordada? Eu não te cansei o suficiente?”
“Eu estava com sede e precisava atender uma ligação.”
A primeira coisa que aprendi em negociações astutas, trabalhar com a
verdade e mentir por omissão. Era muito mais fácil lembrar a história se
estivesse perto o suficiente da verdade.
“Isso tarde da noite? Você precisa dizer a eles que merece algum tempo
de folga.”
"Às vezes é importante o suficiente e eles sabem que se não me ligarem,
haverá problemas."
“Ah, então você ajuda a criar esse problema. Isso é sua culpa."
“Infelizmente, é verdade, mas tudo bem. Isso me tornou muito, muito

rico.”
“Imundo fedorento rico21. Você se preocupa com as coisas? Como contas?”
ela perguntou.
"Bem, sim. A diferença é o nível de contas que me preocupam. Eu penso
nas minhas contas de eletricidade ou água? Bem não. Eu nunca poderia usar
o suficiente disso para onde eu não poderia pagar. Minha casa é paga, então
tudo o que me interessa são taxas e impostos da Autoridade Habitacional. O
que me preocupa são investimentos, meu retorno e as margens de lucro que
posso ter. Quando isso não acontece, eu tenho que cortar funcionários da
minha firma? Eu preciso retirar o apoio em projetos e custar às pessoas a sua
subsistência? É com isso que me preocupo e, de certa forma, embora alguns
possam não acreditar, é pior do que se preocupar em como vou pagar meu
aluguel.”
"Isso é besteira", disse Celeste. Ela revirou os olhos e olhou para mim.
"É verdade. Pense nisso assim, ok? Você veio até mim e me pediu para
investir em seu novo restaurante. Você tem cinquenta funcionários, a maioria
tem família, meus fundos são o que abre suas portas e os mantém abertos.
Seu primeiro ano, você perde dinheiro, isso é esperado. Três anos depois,
você ainda está falhando e pedindo mais dinheiro. Eu sei que poderia te
salvar sem me machucar, mas, com o tempo, seria um investimento ruim.
Isso não ajuda meu portfólio. ”
"Assim?"
“Então, tenho que pensar em dizer não para você. Eu tenho que pesar
dizendo que não posso manter suas portas abertas, e agora eu tenho o poder
de colocar cinquenta funcionários e sua família fora do trabalho. E quanto ao
seu aluguel? Sobre suas contas? Você pode encontrar outro emprego agora
que colocou tudo em suas economias em um mau negócio? E, na maioria das
vezes Celeste, eu tenho que dizer não. Isso pesa em você depois de um
tempo, mas eu não posso fazer bons negócios e apenas dar dinheiro o tempo
todo e não esperar lucro”.
"Eu nunca pensei desse jeito."
“Na maioria das vezes as pessoas não fazem. Para você, nessa situação, eu
seria o cara mau. Não importaria que fosse a decisão certa no papel. Eu tenho
21
Giria para dizer que ele é muito rico, quase tipo um se exibindo por ser muito rico.
que lidar com esse tipo de situação em uma escala que chega à milhões. Não,
eu não me preocupo com as contas do dia a dia, mas tenho que pensar em
todos os afetados pelas minhas decisões. ”
"Eu não seria capaz de fazer isso."
“A maioria não pode. Há uma razão para que não haja mais milionários no
mundo”, expliquei.
Eu nunca fiz as perguntas que ela me fez pensar para mim antes, não da
maneira como ela as via. Ela veio do fundo e subiu, apesar de seus problemas,
para criar uma vida para si mesma. Embora ela tenha lidado com homens que
tinham dinheiro, ela não entendia verdadeiramente.
Ela não teria que se preocupar com mais nada.
"Vamos voltar para a cama, baby."
“Você vai ter que me carregar. Eu acho que você fez minhas pernas ficarem
moles feito agua,” ela me disse.
"Suas pernas funcionaram muito bem para fazer você descer as escadas."
"Eu estava com medo quando acordei sem você", ela me disse.
Seus olhos me puxaram. Não havia subterfúgio ou ação neles. Esta era ela,
a Celeste que eu encontrei e perdi meu coração.
Eu segurei seu rosto e a beijei levemente. Eu sabia como ela se sentia,
mesmo que eu não pudesse arriscar colocar em palavras. Contar a ela que eu
a amava só destruiria o relacionamento frágil que construímos. Eu sabia. Vi
isso toda vez que eu insinuava emoções entre nós. Mas nosso amor estava
lá: tangível e lutando para crescer asas.
Eu ira cuidar dele, no entanto, envolvê-lo em gaze e mantê-lo em uma
bolha por tanto tempo quanto eu pudesse. Celeste me colocou de volta, tijolo
por tijolo, e eu faria o mesmo por ela.
"Eu acho que você ganhou outro momento de pernas moles", eu disse
contra seus lábios. Ela sorriu e beliscou meu lábio inferior.
"Manda ver."
Levantei-a em meus braços e sentei-a no balcão da cozinha. Minha camisa
se separou, revelando seu corpo nu embaixo. Eu pisei entre suas pernas e a
beijei, engolindo seu gemido enquanto acariciava seu mamilo. Segurando-a
para mim com uma mão, corri meus dedos pelo seu corpo com o outro até
chegar a sua boceta.
Eu tomei meu tempo, traçando seus lábios para baixo de um lado e para
cima do outro antes de mergulhar um dedo dentro dela. Quando eu puxei
meu dedo para fora, usei sua umidade para aliviar meu deslize sobre seu
clitóris. Ela engasgou na minha boca e eu engoli tudo. Eu toquei seu clitóris,
amando como ela se sacudia contra mim, como seus quadris balançavam
para mim, sempre ansiosos.
"Não vamos subir", eu disse a ela. Pegando meu pau, desde que desci nu
para atender a chamada, eu inclinei para a entrada dela.
"Você está pronta para mim, Baby?"
"Eu quero que você me foda antes que eu perca a cabeça."
Boa resposta.
Eu bati nela, levando seu grito como o minha divida. Parecia melhor do que
antes. Mais quente, mais apertado. Eu estabeleci um ritmo punitivo,
empurrando meus quadris com força. Eu a soltei e segurei suas coxas,
levantando-as para fora. Ela estava aberta para mim, sua boceta apertando
meu pau.
"Olhe", eu disse a ela. Seu olhar caiu para onde nossos corpos estavam se
juntando. Um rubor cálido se espalhou por seus seios e pelo pescoço dela.
Meu pau brilhava e o som de nossos corpos se juntando e nossas respirações
ásperas estavam quebrando o silêncio.
Eu não estava pensando em Vincent ou em sua ligação, em sair da cama
para esconder meu segredo dela. Eu não dava a mínima para uma única coisa,
exceto como era a sensação de empurrar através de seus músculos em volta
de mim com tanta força.
"Bem aí", ela gritou e eu torci meus quadris contra ela. Seu creme vazou,
molhando minhas coxas. O ar frio lambeu a umidade, proporcionando um
contraste de seu calor.
Ela se sentia tão fodidamente incrível. Eu empurrei suas pernas para cima
e deslizei para dentro dela mais rápido. Cada bombada me levou mais rápido
para o prazer.
"Mais rápido. Me faça vir."
Sua demanda apenas me fortaleceu. Nós nos reunimos em um confronto,
lutando para alcançar o pico final, ignorante de toques suaves e carícias. Eu
peguei ela, no meio da minha cozinha, até que ela estava gritando. Até que
minhas bolas se apertaram e eu não consegui recuperar o fôlego.
Eu peguei ela até que gozei, jorrando minha semente quente dentro dela.
Foi então que percebi que não tinha usado camisinha e estava
fodidamente em êxtase, finalmente a marquei como a minha.
Doente, mas é verdade.
22
Celeste
Royce ia me matar. Era oficial. Eu tinha conseguido o dia de folga porque

todos os advogados estariam ocupados com os casos nos tribunais hoje, e eu
poderia fazer a maior parte do meu trabalho em casa. Royce ofereceu para
eu ficar em casa o dia todo, em vez de ir logo após o trabalho, e eu concordei.
Além disso, a casa não parecia tão incrível agora que ele estava na minha
vida. Eu gostava de estar em sua casa, em torno de suas coisas. Dos quais, eu
perdi um.
"Andy?"
Eu não vi o bull terrier em nenhum lugar. Ele estava aterrorizando Toto,
como Royce disse que podia, e eu o expulsei do quarto, fechando a porta
atrás dele para que Toto pudesse dormir em paz. Lady passou a maior parte
do tempo deitada ao meu lado no sofá enquanto eu fazia a papelada. Titan
estava perto da porta da frente, latindo toda vez que ouvia alguma coisa, o
que geralmente provava ser apenas o vento, mas ele gostava de enlouquecer
com o modo de proteção, aparentemente.
Andy, no entanto, havia desaparecido e eu estava ficando louca
procurando por ele. Eu corri por aí como uma mulher louca do lado de fora
procurando por ele, mas não o vi. Imaginei que ele estava preso em algum
lugar e não podia sair, chorando por mim, e isso quase me fez chorar.
"Andy!"
Eu ouvi um pequeno yip22 e me virei. De volta à casa. Eu corri, quase
batendo na porta de vidro que eu sabia que estava lá.
"Eu vou me matar um dia."
22
Uma palavra que se originou como uma descrição de um som de animais, na maioria das vezes ligada aos
sons que as raposas e os pequenos cães fazem. Usado como uma palavra, pode ser uma exclamação de
excitação ou chamar a atenção deles.
“Andy, rapaz, fala comigo. Onde está você?"

Outro latido, mais alto desta vez, me levou para o quarto que Royce havia
apontado como seu escritório. Eu nunca estive dentro disso. Esse era o seu
local de trabalho, no que me dizia respeito, e não parecia certo passar por
isso. Mas parecia que, de alguma forma, Andy ficara preso ali.
Eu abri a porta, mas não vi o cachorro. Apenas minha sorte. Eu fui mais
longe.
"Vamos lá, Andy."
Andy choramingou, e parecia que estava vindo de trás da grande mesa de
metal e madeira que ocupava boa parte do quarto. Eu fui ao redor do outro
lado e me ajoelhei. Andy estava enrolado sob a mesa, tremendo um pouco e
choramingando baixinho. Os papéis rasgados que pareciam mastigados
estavam ao redor dele.
“Oh não, Andy. Você comeu a papelada dele! Te serve bem que você está
se sentindo mal.”
Agarrei alguns dos papéis, puxando-os de baixo do seu corpo, mas vendo
o meu nome em cima de um me fez congelar. Endireitei o papel o melhor que
pude, e vi o suficiente para me deixar doente do estômago. Andy foi
esquecido quando eu agarrei os pedaços de papel, lendo os fragmentos de
informação que eu podia ver.
Eu queria vomitar o pequeno café da manhã que eu tinha. Era meu
passado, minha escuridão em letras pretas em papel branco comum. Não
podia transmitir o medo, o desastre que eu passei. Não foi possível dizer ao
leitor como as correntes prenderam minha pele ou como meu cabelo ficou
preso nas unhas de Welsh quando ele "me ensinou" como amar um homem.
As palavras simples não conseguiam explicar o quanto eu me sentia suja
toda vez que olhava para o espelho por anos depois.
Mas isso não era tudo. Eu vi o nome da Pam, do Welsh e até da minha mãe:
Vivica. Eu juntei o que pude, mas estava tudo lá. Minha história, o uso que
minha família faz de mim e o dinheiro que gastei. Havia anotações nos
rabiscos bagunçados de alguém, diferentes dos de Royce. Ele me disse que
alguém tinha visto meus demônios.
A última gota embora? O que me fez gritar como o animal ferido que eu
era? A data. Estava lá, em várias folhas. Foi há meses atrás. Quando eu tinha
sido tanto a Sra. Prostituta quanto a Sra. Perfeita. Quando eu me perguntava

se ele teria sido melhor apenas conhecer a Sra. Perfeita.
Ele mentiu para mim. Ele estava rindo todo o tempo do caralho. Eu era um
cachorro feio pra ele. Um projeto que ele queria salvar, mas, assim como
aqueles cachorros, eu estava escondida, um segredo. Eu olhei em torno de
sua casa de forma diferente agora, vendo a doçura pelo que realmente era.
Eu não era diferente de Toto, Lady, Titan ou Andy.
Melhor mantido em sua casa para sua diversão para que ele pudesse se
sentir melhor, mas não vale mais do que isso.
Colocar minha foto na mesa dele não significa nada. Foi um movimento
calculado. Como ele me disse, ele tomava decisões que lidavam com milhões
regularmente, e às vezes ele era o homem que tinha que dizer não. Ele
aprendeu a fazer isso e agora meu coração estava se partindo. A menininha
que tinha chegado à frente estava gritando enquanto corria de volta ao seu
cofre e a Srta. Prostitura fez sua aparição novamente. Puxei os papéis do chão
e levei-os para o quarto de Royce. Coloquei-os por toda a cama.
Depois, eu lentamente me vesti - uma elegante saia preta de lápis, uma
blusa de seda vermelha e um clássico olhar desgrenhado no meu cabelo. Eu
levei tempo aplicando minha maquiagem e limpando cada partícula da minha
existência de sua casa. Então chamei seu veterinário, porque Andy não
merecia sentir dor. Deixei o veterinário entrar e mostrei-lhe Andy, depois de
me apresentar como assistente de Royce.
Duas horas depois, eu estava indo em direção ao escritório de Royce. Eu
não tinha intenção de fazer uma cena, mas precisava que ele soubesse que
as coisas tinham acabado, que eu o odiava e que ele só conseguira que eu o
odiasse porque o amava. Então eu me separaria. Eu me arrastava de volta e
voltava para o que eu sabia, o que eu entendia.
Era só uma questão de tempo antes de me lembrar que uma vez uma
prostituta, sempre uma prostituta.
A assistente de Royce, a verdadeira, era uma linda loira de olhos azuis e

modos imaculados. Ela me ofereceu uma garrafa de água enquanto contatou
o Sr. Mattherson e avisou que eu estava lá. Eu sorri para ela quando ele ligou
de volta imediatamente e disse a ela para me enviar diretamente para

dentro.
Ele tinha uma reunião em dez minutos, ela disse a ele, mas ele reiterou que
eu deveria entrar. Que bom bastardo ele era. Ele me enganou, o tempo todo.
Sua assistente me olhou de cima a baixo enquanto eu passava por ela, mas
eu não me importei. Ela poderia ter o saco de merda mentiroso.
"Hey Baby, que surpresa."
Observei-o caminhar em minha direção, com um sorriso caloroso no rosto
e lutei para manter as lágrimas à distância. Eu acreditei nele. Eu pensei que
era seguro me apaixonar por ele, e ele me mostrou que não era. Eu estava
segurando a borda o melhor que pude; Se ele me tocasse eu cairia. Eu dei um
rápido passo para trás e ele franziu a testa.
"O que há de errado baby? Celeste?"
"Andy ficou doente", eu me forcei a dizer. Peguei a capa que não usava há
tanto tempo. Parecia estranho erguer meu quadril e posar de pé diante dele.
Mostre-lhe a mercadoria, alicie-o e mantenha-o à distância. As velhas lições
e regras passaram pela minha mente e me agarrei a elas.
Ele era tão lindo, esse monstro do meu pesadelo atual. Eu sabia o quão
largos seus ombros eram realmente. Eu sabia que ele tinha uma pequena
verruga logo abaixo do mamilo direito. Se eu pensasse o suficiente, eu
poderia lembrar apenas como seu abdômen se sentia sob as palmas das
minhas mãos. Ele me deu tudo o que eu queria, um playground perfeito para
me perder. Eu fui tão idiota. Tão cega.
"Ele está bem?"
Ele está bem? E quanto a mim? Eu estava rachando, a pedra que tinha me
guardado nem mesmo lá para me ajudar. A faca estava tão fundo no meu
peito que eu não conseguia nem sentir meu coração batendo. Eu acreditava
que gelo realmente poderia fluir dentro das minhas veias. Meus dedos
estavam dormentes, e eu tive que enrolar meus pés nos meus saltos para
lembrar que eles estavam lá.
Respire. Respire. A escuridão estava chegando e eu estava com medo. Pela
primeira vez na eternidade, eu queria ficar na luz. Ele me fez acreditar que eu
pertencia lá. Mas eu não pertencia. Eu malditamente não pertencia.
“Ele entrou em uma pilha de papéis e se divertiu. Eu chamei o seu

veterinário e ele foi assistido. Ele está bem agora. De qualquer forma, achei
que você deveria saber. Tenha um bom dia."
Eu me virei para sair, mas a mão dele no meu braço me parou.
"O que diabos está errado com você?"
“Oh, quase me esqueci. Ele comeu as verificações de antecedentes que
você tinha sobre mim, Welsh, Pam e minha mãe. Ele não comeu tudo, mas
foi o suficiente para dar-lhe uma barriga muito chateada. Ele está bem. Estou
bem. Nós terminamos. Não há mais nada para discutir.”
Ele ficou pálido e senti meu coração tremer. Não, foda-se.
"Celeste, deixe-me explicar."
“Oh, você teve muito tempo para isso. No resort, na sua cama, hoje de
manhã, ontem, há um mês. Escolha tantos dias, mas não hoje, neste
momento. Eu acreditei em você. Eu confiei em você. Eu acho que você já
sabia o quão difícil isso era para mim. E eu te odeio, mas o que é pior? Eu só
posso te odiar porque te amei. Adorei você, Royce. Eu estava com tanto medo
de lhe dizer, arruinar o que tínhamos, mas isso não importa agora.”
"Celeste eu ..."
"Cale-se! Pare de falar. Eu tirei tudo da sua casa. Você me disse uma vez,
se eu dissesse a você para nunca mais entrar em contato comigo, você não
iria. Nunca mais chegue perto de mim ou da minha família.”
Eu corri para fora, ignorando-o gritando atrás de mim. Eu não me importei,
não queria olhar para trás. Eu não podia. Eu corri para o meu carro, já
pegando meu telefone. Eu disquei o número que poderia me curar, me ajudar
a superar a dor. Ajude-me a torcer essa dor em prazer que foi tão bom.
"Celeste? Você está bem?" Slick perguntou.
"Não. Não, eu não estou bem.” Mudei para o Bluetooth enquanto saía da
garagem.
"O que você precisa?"
Tão fácil. Aquela doce aceitação sem perguntas, sem censura, apenas
ajuda. Eu chorei ouvindo, precisando. Como ela sempre me salvou? Por que
eu já fugi dela?
"Um trabalho, tantos quantos você puder me pegar."
"Eu tenho alguns que poderiam ajudá-la agora."
Eu a ouvi enquanto dirigia, e não demorou muito até que eu estivesse na

minha garagem. Slick ainda estava falando, eu ainda estava chorando e meu
coração ainda estava em pedaços. Como eu sobreviveria a isso?
"Eu não me importo!" Eu gritei. “Eu não me importo como eles querem
que eu foda-os. Eu não me importo com quem eles querem que eu finja ser.
Não regulares, eles gostam de ser muito doce. Dê-me alguns novos que ainda
não conhecem as cordas. Certifique-se de que o dinheiro esteja certo. Quero
johns suficientes me afoguem nas próximas semanas.”
“Celeste isso não é saudável. Deixe-me ter certeza de que é seguro para
você primeiro, é tudo que eu peço. Eu sei de alguns que posso te dar, mas
não faça nada estúpido hoje à noite. Eu vou encontrar alguém, ok?”
“Obrigado, Slick. Por estar lá.”
"Sempre."
Eu desliguei e saí do meu carro, limpando meu rosto. Quando minhas
lágrimas clareiam, olhei em um rosto que não queria ver.
“Johns? Dinheiro? Você é algum tipo de prostituta? Você não é você? É
assim que você pode pagar por esta grande e velha casa aqui. Cadela safada,
e você pensou que você poderia brincar de casalzinho no meu caminho um
par de meses e pensou que seria bom o suficiente?
“Pam? Do que você está falando?"
“Não brinque comigo. Eu ouvi isso. Eu ouvi tudo isso.”
Porra!
23
Celeste
Meu mundo estava desmoronando e eu não sabia como colocá-lo de volta

novamente. Pam estava na minha frente, em seu jeans azul, saltos pretos e
um casaco de estilista, parecendo mais fabulosa do que eu a tinha visto em
algum tempo. Só agora eu vi o carro dela estacionado do outro lado da rua.
Já era tarde demais agora. Eu cerrei meus punhos, sentindo minhas chaves
cavando na minha palma.
“O que quer que você tenha ouvido, Pam, você está errada. O que você
está fazendo aqui?"
“Você acha que pode escapar dessa, mas não pode, Celeste. Eu tenho
provas. Eu sei o que ouvi.”
Ela levantou o telefone e sacudiu para mim, me provocando com isso.
Então ela virou e pressionou a tela algumas vezes. O som estava um pouco
abafado, mas não pude entender mal o que estava ouvindo.
Eu não me importo como eles querem que eu foda-os. Eu não me importo
com quem eles querem que eu finja ser. Não regulares, eles gostam de ser
muito doce. Dê-me alguns novos que ainda não conhecem as cordas. E, em
seguida, verifique se o dinheiro está certo. Quero que johns suficientes se
afoguem nas próximas semanas.
Eu me senti mal do estômago e forcei minhas costas em linha reta. Eu não
iria vomitar em frente a essa mulher que eu tive a infeliz sorte de chamar de
irmã. Isso não poderia estar acontecendo. Não depois de Royce e descobrir
que ele era uma fraude. Quando choveu, derramou. Eu estava fodidamente
encharcada e tudo o que eu queria era ficar seco.
Como eu deveria argumentar com minhas próprias palavras? Eu sabia
melhor do que falar com Slick assim ao ar livre, mesmo na segurança do meu
próprio carro. Outra ferida a deitar aos pés de Royce Mattherson. Ele
balançou meu mundo e me rasgou. Eu cometi um grande erro e sabia que
Pam me faria pagar por isso.
“O que importa, Pam? Enquanto eu mantiver você vestida com coisas

legais e te dar todo o dinheiro que você quiser, que porra você se importa
com a minha vida?”
“É bom ter um namorado rico, não é? Ele era um dos homens que você
fodia por dinheiro? Aposto que ele queria você toda para si mesmo, é por
isso que ele me avisou e mamãe para ficar longe de você. Mas eu não acho
que cinco pilhas por semana vão servir mais. ”
De que diabos ela estava falando? Fora do encontro com Pam, eu não sabia
que Royce interagia com minha mãe ou irmã. Parte de mim queria perguntar
o que ela queria dizer, mas uma parte maior de mim só queria que ela
desaparecesse. Longe da minha casa, longe de mim e da minha vida.
"Apenas deixe Pam", eu disse a ela. Eu levantei minha bolsa no meu ombro
e me afastei dela. Eu não estava com disposição para a merda dela.
"Não se afaste de mim, ou eu levo isso para o jornal mais próximo e vejo
como seu brinquedinho se sente então."
Eu congelo. Eu odiava o que Royce fez comigo, mas eu não queria vê-lo
ferido. Tinha sido uma mentira dizer que eu o odiava, eu sabia que era, mas
era a única maneira que eu sabia expressar a dor dentro de mim. O que ele
não merecia, no entanto, era ser pego na tempestade de merda que minha
irmã poderia angariar porque ela era gananciosa.
Ninguém merecia isso.
“Você o mantém longe disso, Pam. Isso não tem nada a ver com ele, e ele
não era um John.”
“Eu não acredito em você e a imprensa também não. Pobre prostituta
tentando ficar toda arrogante e merda. Você nos trata como se não
quiséssemos dizer nada e você abre as pernas para qualquer um que tenha a
capacidade de pagar o preço. Quem é você para conversar? Mamãe e eu
merecemos que você cuide de nós. É por causa de você que mamãe perdeu
a casa e seu marido. É por causa de você meus amigos começaram a me
deixar em paz e os caras não queriam me foder no caso de eu ter a síndrome
do "estupro" como a minha irmã estúpida. Você? Você é apenas uma puta
fodida sendo paga para fazer o que você faz de melhor.”
Era fodidamente verdade, e nós duas sabíamos disso. Eu não conseguia
parar a bílis subindo na minha garganta. Eu caí de joelhos, vomitando o pouco
que estava no meu estômago no concreto. Eu fiquei lá, tentando recuperar o

fôlego entre cada dor do meu estômago.
Eu era suja.
Eu não quis dizer merda.
Eu não era nada.
É por isso que Royce não me amava de verdade. Como ele podia? Eu tinha
sido destruída há muito tempo e não havia como encontrar meu caminho de
volta. Parte de mim se arrependeu de fugir de sua casa. Pelo menos eu tive
uma sensação de normalidade. Não importava se não fosse real. Eu o amava
e isso poderia ter sido suficiente. Eu poderia ter agido como se não soubesse
que ele me pesquisou, conhecia todo o meu passado. Eu poderia ter segurado
ele; então Pam não saberia meu pequeno segredo sujo. Eu não me sentiria
como se estivesse sozinha no meio de um tsunami, lutando contra ondas que
estavam me arrastando para baixo e me esmagando.
Eu não me sentiria como se não pudesse sobreviver.
"Eu não vou sentir pena de você", Pam sussurrou para mim, se
aproximando. Eu deixei suas palavras passarem por mim. Havia a dor, a ponta
da faca que eu precisava para me lembrar do meu lugar na vida. Eu me agarrei
ao que ela disse, porque era o que eu já sabia.
Eu tentei me esconder disso por um tempo, mas um tigre não muda suas
listras.
"Eu sei", eu disse a ela. Eu cuspi o último resíduo fora da minha boca e
lentamente fiquei de pé. "O que você quer?"
Essa sempre foi a pergunta certa? Pam era fácil. Ela queria dinheiro, queria
ser cuidada para não ter que levantar um dedo. Mamãe precisava se sentir
como se pudesse escapar do mundo e encontrar a mesma ignorância feliz em
perpetrar que ela tinha mais dinheiro do que ela. Royce precisava de sexo e
um projeto que o mantinha, o que o fazia se sentir bem consigo mesmo.
Eu poderia ser a fonte de tudo isso.
Eu.
E eu fugi, culpada de tentar ter mais do que deveria. Tentando ter minha
própria fatia de felicidade. Mas Royce me disse uma vez, e eu estava cega
demais para ver, que pessoas como eu não tinham finais felizes. Não, eu era
o trampolim para a paz deles.
É isso aí. Isso é tudo.
“Eu quero mais do que apenas um pouco de dinheiro. Depois de saber

disso, você pode pagar mais do que você está dando para mim e mamãe. ”
“Apenas me diga, Pam. Tem sido uma longa noite e eu quero entrar.”
"Porque se importar? Vai ser minha casa em breve. Eu quero você fora até
o final da semana. Assine a escritura para mim.”
Não, não isso. Eu trabalhei duro pela minha casa. Lutei e passei muito por
isso. Pam poderia ter meu dinheiro. Inferno, ela poderia ter cada centavo em
minhas contas bancárias. Mamãe se beneficiaria disso também. Mas eu
precisava da minha casa para ficar sã. Eu precisava que fosse o único lugar
onde eu poderia ir e bloquear as duras realidades do lado de fora. Eu não
poderia desistir da minha casa. Nunca.
"Não!"
Eu gritei minha resposta antes mesmo de perceber. Então essas palavras
me atingiram novamente. Minhas palavras. Faladas abafada no telefone de
Pam, mas claro o suficiente para que alguém pudesse entendê-las. O laço
apertou em volta do meu pescoço. As paredes estavam fechando e eu
procurei uma saída, atormentando meu cérebro.
“Você pode ter tudo em minhas contas bancárias. São seis numeros, Pam.
Você poderia comprar uma casa com isso. Você não precisa disso.”
“Mas eu gosto dessa. Dê para mim, e jogue um pouco desse dinheiro nas
contas enquanto você está nisso. Você pode ganhar dinheiro para comprar
uma nova.”
"E onde diabos eu devo ficar até então?"
“Com o seu amor, quem mais? Você só tem que chegar a algum tipo de
razão. Ele pode ficar bravo no começo, mas você diz a ele que ele tem que
pagar, ou você vai encontrar alguém que vai.”
“É isso que você faz, Pam? Quantos homens você dopou para pagar suas
"contas" enquanto eu cuido de você? Você ainda está na Seção 8? Recebendo
cheques de bem-estar?”
“Eu não preciso mais disso, em breve. Não fique esperta comigo, cadela.
Eu posso pegar tudo o que você tem e deixar sua bunda na cadeia. Então o
que você irá fazer? Você tem sorte de eu deixar sua bunda livre para ganhar
dinheiro.”
“Você acha que é minha cafetina agora Pam? Você acha que vai tirar tudo
de mim e eu vou me deitar e pegar?”
Não à minha casa. Meu santuário. Eu estava tão fodidamente farta. Tão
farta.
Eu estava em uma montanha-russa, minha mente em espiral entre
acreditar em tudo o que ela disse e querer lutar. Eu estava de pé na borda,
pronta para pular e dizer foda-se tudo. Pronto para quebrar e queimar e
finalmente estar livre de tudo o que me pesou.
E se eu pudesse?
Minha casa foi paga e eles não podiam tirar isso de mim. Slick tinha
advogados suficientes para se salvar. Os homens com quem eu lidava
mantinham segurança firme em suas transações. Eu posso ter que enfrentar
as consequências sozinha, mas quando eu saí do outro lado, eu não daria a
mínima para o que Pam pediu.
A clareza roubou minha mente, lavando a culpa, a dor e a raiva. Eu estava
calma, muito calma. Eu não ia mais fazer isso. Eu não seria o passo de
ninguém. Esqueça o que Pam e mamãe precisavam. Eles eram mulheres
burras que precisavam aprender a cuidar de si mesmas e parar de culpar um
erro de infância por todos os seus problemas. Eu avisaria a Slick que o fogo
estava chegando e apertar o sinto. Eu não ia desistir de mais nada.
Royce, pelo menos, me deu uma margem de minha força de volta, e eu
lutaria para mantê-la. Eu precisaria disso para sobreviver nos próximos dias.
Eu estava nervosa e com medo, mas não impediria que isso acontecesse.
Porque essa era a única maneira de eu ser curada.
“Dane-se Pam. Acabei de cuidar de você e mamãe. Leve a gravação para
qualquer um que você queira muito bem; você não vai ganhar outra moeda
comigo enquanto eu viver.”
"Você vai se arrepender disso!"
Eu ignorei ela gritando enquanto eu caminhava para a minha porta e a
destrancava. Eu olhei para ela, chupando meus dentes em desgosto quando
bati a porta. Eu ia me livrar de tudo isso. De Pam. De mamãe. Slick e Royce.
Eu não me importei.
Era hora de começar a viver para mim. Um passo doloroso de cada vez.
Peguei meu telefone e liguei para Slick.
"Celeste?"
“Apenas escute e então eu vou desligar. Pam registrou meu lado da nossa
conversa. Agora ela não sabe quem você é ou como entrar em contato com
você. Eu vou destruir tudo o que tenho. Me faça desaparecer em seus

registros. Se nos encontrarmos de novo, você é apenas Alina e eu sou Celeste.
Mas saiba que eu te agradeço por tudo que você fez por mim, você é apenas
um vício que eu tenho que chutar. Eu te amo. Adeus."
Eu desliguei e rasguei minha casa, procurando por meus livros negros
escondidos e pen drives com meus registros contábeis. Eu destruí tudo,
queimando os discos e livros até que eles não passassem de cinzas e partes
eletrônicas fundidas.
Então eu passei pela minha roupa e puxei qualquer coisa que pudesse ser
classificada ou lembrada das minhas visitas aos clientes. Eu incendiei perucas
e vestidos, roupas de cosplay e camisola justa. Quando terminei, destruí
quase metade dos itens no meu armário, mas estava bem com isso. O que
restou era o guarda-roupa de um paralegal que faz um salário acima da média
e cuida de si mesma.
Quando terminei, a Sra. Prostituta estava longe de ser encontrada.
Ela estava apenas dentro da minha cabeça e eu lidaria em como satisfazê-
la mais tarde.
24
Royce
Eu nunca senti uma dor no meu peito assim em toda a minha vida. Celeste
pisou em mim e, caramba, eu deixei. Por quê? Porque ela perguntou, e ela
parecia tão frágil, preocupada que, se eu tentasse fazê-la ver o meu lado, isso
a destruiria ainda mais o que poderia ter restado.
Meu maior medo aconteceu, e eu não consegui dizer uma palavra.
Eu não deveria ter sido tão descuidado com os papéis, mas Celeste não fez
nenhum movimento para ir ao meu escritório, e eu confiei nisso. Foi uma
maneira estranha de trabalharmos juntos. Ela poderia pegar meu telefone e
olhar para ele para me dizer quem estava ligando, ou eu poderia fazer o
mesmo com ela. Nós não escondemos coisas um do outro, pelo menos não
fora do passado dela e do meu conhecimento disso. Mas eu fui capaz de
entender por que ela escondia isso e deixava passar.
Mas perdê-la porque não contei a ela, me rasgou em pedaços. Como ela
pensou que eu iria deixar as coisas irem, eu não sabia, mas eu permitia que
ela pensasse assim. Pelo menos por um tempo. Uma vez que ela se acalmasse
um pouco, eu voltaria para ela e a faria me ouvir.
Até então, eu me certificaria de ficar de olho nela o melhor possível. Ela
não ia voltar para Alina e deixar outro homem tocá-la. Eu não dava a mínima
para o que ela pensava. Nós não terminamos e ela sempre seria minha.
"É pior do que você pensou", disse Vincent quando ele sentou na minha
frente. Eu o deixei na minha casa depois de mandá-lo seguir Celeste do meu
escritório e me certificar de que ela chegasse em casa bem. Ele também
deveria ficar lá e ter certeza de que ela não fosse embora.
"O que é isso?"
“Sua irmã apareceu e ouviu uma conversa. Pelo que pude ouvir, uma vez
que começaram a gritar, é que Pam quer a casa de Celeste e mandará a
gravação para a mídia se Celeste não der a ela até o final da semana.”
Eu congelo. Tudo em mim se concentrava naquelas poucas frases. Virei

minha cabeça lentamente em direção a Vincent, estreitando meus olhos, mas
não o vi. Eu queria dar um soco em alguma coisa. Em vez disso, peguei a
lâmpada mais próxima e a enviei para o outro lado da sala.
"Agora, eu quero que você repita isso de novo, mais uma vez", eu disse a
ele. Se eu não estivesse tão bravo, o som da minha voz poderia me assustar.
Eu ouvi a mesma raiva calculada e fria na voz do meu pai tantas vezes.
O som tinha sido o suficiente para fazer minha mãe se encolher, mas não
consegui me conter. Não me importei. Essa desculpa patética de uma mulher
querendo machucar minha garota. Eu escutei quando Vincent me contou os
detalhes, vendo vermelho quando ele me contou sobre Celeste caindo no
chão e vomitando suas entranhas.
“E em que momento você achou que não seria uma boa ideia intervir?” Eu
perguntei a ele.
"Você queria que eu ficasse nas sombras e apenas observasse, então eu
fiz."
"E você não pensou em me ligar?"
"Royce ..."
"Guarde isso. Não conte a mais ninguém o que você ouviu e me deixe lidar
com isso.”
Eu me afastei dele, descartando-o da minha presença tão facilmente
quanto eu fiz dos meus pensamentos. Pam ia pagar, de uma forma ou de
outra, mas primeiro, eu precisava ter certeza de que Celeste estava coberta.
Eu encontrei meu telefone no meu escritório e liguei para Maurice.
"Essas ligações estão se tornando abundantes, Royce".
“Sim, bem, vamos apenas dizer que estou prestes a lhe poupar algum
trabalho de perna. Alina vai enfrentar um pouco de contragolpe em breve.”
"Estou ouvindo."
“Em resumo, eu tive uma pequena discussão com Celeste hoje e explodiu
em uma situação desagradável. Pam ameaçou dar uma conversa gravada
para a mídia. Agora, ela não está ciente da parte de Alina ou quem ela é, mas
será o suficiente. Ela exige que Celeste assine sua casa até o final da semana.”
“Merda, isso não é bom. Não é bom pra caralho. Se Celeste dá a Pam a
casa que só fará Pam exigir mais. Ela disse a Pam que ela não iria assinar?”
“Sim, pelo que Vincent me contou. Quero ter certeza de que você tire Alina
disso.”
"E fazendo isso, protejo Celeste."
"Exatamente. O nosso contato mútuo com você é a única razão que eu lidei
com Alina para a fundação. Ela me ajudou a encontrar Celeste e eu não vou
deixar ela ser arruinada por causa disso.”
“Algo que tenho certeza que ela irá apreciar. Merda, essa é a sua vocação
agora. Eu tenho que levar isso, mas obrigado pelo alerta. Eu serei capaz de
mantê-la calma. Tire Celeste de casa por enquanto. Isso só vai atiçar o fogo.”
"Eu estou trabalhando nisso."
Eu desliguei a chamada e fui para as minhas chaves. Celeste voltaria a
minha casa esta noite, quer ela quisesse ou não.
"Se você bater à porta na minha cara eu vou arrancar as malditas

dobradiças."
Celeste parecia que estava pensando em fazer isso de qualquer maneira
quando eu invadi sua casa além dela. Eu me virei, sentindo o cheiro de coisas
queimadas no ar.
"Havia fogo aqui?"
"Do tipo. Saia da minha casa. Eu pedi para você não entrar em contato
comigo novamente.”
“Eu não estou contatando você, eu vim pessoalmente. Veja, nenhum
telefone ou outro dispositivo eletrônico envolvido.”
"Eu não quero você aqui."
“Que pena, porque quero estar aqui e você não vai me impedir.”
"Eu não posso fazer isso com você agora", disse ela. A dor em sua voz só
me deixou mais irritado.
“Você está sempre correndo. Sempre. Então, você descobriu que eu sabia
sobre o seu passado? Eu sou um bilionário, pelo amor de Deus, o que você
esperava?”
"Que você teria fodidamente me dito a verdade."
“E que bem isso teria feito? Hã? Você estava procurando uma desculpa
para fugir e no momento em que você conseguiu, você se encolheu o rabo e
correu. Saber isso não me impediu de te ver novamente. Isso não me impediu
de te comer como o meu último jantar no meio do meu restaurante. Isso não
impediu nada até que você viu.”
“Eu não vou discutir com você e você não vai me fazer sentir mal por
descobrir que você era um mentiroso. Você tinha todo o tempo do mundo
para me dizer. Todas as vezes que eu desmoronei em você e você já sabia!
Você me fez sentir como um idiota. Bem, já sou uma.”
"Ótimo. Então, agora que tiramos isso do caminho, vamos levar sua bunda
de volta para minha casa, onde você pertence.”
Nós estávamos gritando, nossos peitos levantados quando nos encaramos,
mas eu não ia recuar. Ela estava destinada a estar ao meu lado, na minha
cama, na minha vida. Eu não ia deixá-la ir, não quando ela mais precisava de
mim. Eu nem sequer tinha começado a falar com ela sobre o motivo de ela
ter vindo comigo.
Apenas vê-la novamente, e não tinha sido tanto tempo assim, foi o
suficiente para fazer meu coração disparar. Eu a queria agora, debruçada
sobre o sofá e me levando para dentro dela o máximo que eu podia. Eu queria
que ela gritasse e me arranhasse, superando suas frustrações em orgasmos
até podermos voltar aonde estávamos antes. Antes que eu estragasse tudo e
a perdesse sem contar a verdade.
“Eu não vou a lugar algum com você, Royce. Nunca mais. Acabou. Apenas
deixe-me seguir em frente.”
Que.Porra.
Eu fui até ela e a puxei em meus braços antes que ela pudesse fugir.
Ficamos cara a cara quando ela bateu nos meus ombros com os punhos
cerrados. Eu podia ver as lágrimas seguradas por um fio. Se ela piscasse, eles
cairiam.
"Te odeio."
“Não você não faz. Não minta para si mesma ou para mim. Pam esteve aqui
esta noite e ela te ameaçou. Você quer saber a verdade? Bem. Eu tinha você
sendo seguida do meu prédio porque você é minha e eu protejo o que é meu,
mesmo quando eles estão dizendo alguma tolice sobre a gente ter passado.
Ele ouviu a conversa e veio até mim. Você achou que eu não faria tudo ao
meu alcance para mantê-la seguro? Você achou que não poderia voltar pra
mim?
"Você mentiu para mim!"
“Não, eu só não te contei o que eu sabia sobre você, só isso. Eu estava te

dando tempo. Mas isso não me impediu de forçar aquele detetive a reabrir
seu caso e garantir que Welsh acabasse na cadeia. Isso não me impediu de
colocar meu próprio advogado no grupo para proteger seu interesse e
destruir a carreira profissional de Welsh, de modo que, por qualquer motivo,
ele for a julgamento, não tem nada. Eu não te contei nada disso, mas eu fiz.
Não por alguns elogios, ou porque eu queria entrar na sua vagina. Eu fiz
porque não consegui me conter. ”
“Eu não confio em você. Eu não posso mais”, disse ela. Ela descansou sua
testa contra a minha, fechando os olhos.
"Sim você pode. Se você não acredita em mais nada, confie em mim para
lutar por você. Estou aqui, não estou? Você não precisa estar nesta casa no
caso de Pam querer ameaçá-la novamente. Comigo, ela não pode te
encontrar. Isso dará tempo ao meu advogado para ajudá-la a ficar o mais
limpa possível. Quando isso acabar e tivermos alguma documentação legal
em sua vida, ou uma sentença de prisão, falaremos sobre nós.”
"Não há um nós."
“Celeste, sempre haverá um nós. Conte com isso também.”
Eu a decepcionei e me afastei dela. Ela iria empacotar e dar um sinal,
apenas um pequeno sinal de que as coisas ficariam bem, ou eu teria que
forçá-la, e correr o risco de ultrapassar um limite que nenhum de nós pudesse
ser capaz de voltar.
Eu esperava, com tudo em mim, que ela não forçasse minha mão, porque
eu faria. Deus me ajude, mas eu faria qualquer coisa por ela, até mesmo fazê-
la me odiar para protegê-la de si mesma.
Por favor, Celeste, por mim, dê esse passo.
Ela balançou a cabeça e sorriu torto para mim, com lágrimas escorrendo
pelo rosto.
"Isso não significa nada."
Ela desapareceu no quarto e eu fiquei onde estava, respirando. Apenas
respirando. Minha garganta estava dolorida e meus olhos estavam
curiosamente arranhados, mas eu inclinei a cabeça para trás e segurei. Esse
passo significou mais para mim do que ela jamais poderia perceber. Aquele
passo significava que havia uma chance, em algum lugar ali ela acreditava em
mim, em nós. Ela não podia ignorá-lo mais do que eu podia e foi um longo
caminho para acalmar a dor que fermentava desde que ela saiu do meu
escritório.
Nós não estávamos bem, e eu sabia disso. Eu sabia que havia muito que eu
poderia fazer para melhorar as coisas, mas eu não podia fazê-las e lutar por
ela ao mesmo tempo. Não haveria como vencer. Agora, neste momento, era
o investimento mais importante que eu já defendi. Ela era a garota mais
preciosa do que minha conta bancária e mais importante do que o meu
nome.
Porque sem ela, por mais nauseante que parecesse, Royce Mattherson não
era nada.
25
Celeste
Estar na casa de Royce, em sua cama, mais uma vez foi surreal.
Especialmente quando ele foi dormir em um de seus quartos para me dar
espaço. Nós nos movíamos um ao outro como aliados desconfortáveis em
guerra, apenas esperando pelo fim antes de estarmos em lados opostos mais
uma vez.
Eu acho que isso teve mais a ver comigo.
Houve momentos em que o vi me observando com uma expressão tão
dolorida que eu queria rastejar em seus braços e beijá-lo. Eu senti falta do
seu calor, seu toque. Eu queria acordar ao lado dele. Meus companheiros de
cama eram Titã, Lady e Totó. Andy ficou ao lado de Royce e choramingou
toda vez que ele me viu. Eu me perguntei se ele estava se lembrando de sua
infeliz luta com meu passado ou se ele sentia que eu estava machucando o
homem que o amava.
Eu não tinha tanta certeza.
Tudo que eu sabia era que meu coração doía e eu estava com medo de
tirá-lo da prateleira novamente. Mentalmente, entendi o raciocínio de Royce.
Eu não sei quando o momento certo iria sair e me dizer o que ele sabia. Teria
o mesmo resultado, independentemente. Eu acho que ele sabia disso
também. Isso só me fez sentir pior. Porque meu medo tinha um
estrangulamento em mim e eu não conseguia enxergar além disso.
Não importa o que eu tentei, não funcionou.
Essas mesmas velhas dúvidas retorceram minha cabeça, me empurrando
mais e mais para baixo. Quanto mais eu olhava para Royce e tudo o que ele
estava fazendo por mim, pior eu me sentia. Royce estava sempre ao telefone,
conversando com Vincent, o investigador particular que descobriu meu
passado, e Maurice, seu advogado. Vincent até veio com a minha parte
específica das verificação de antecedentes e entregou tudo para mim.
“Eu só preciso manter o que tenho em Welsh e sua família. Me desculpe,

mas eles ainda fazem parte do meu trabalho.”
Eu aceitei isso dele, nem mesmo olhando para as páginas, mas entendendo
que ele estava me dando a única cópia disponível. Ele estava me devolvendo
minha privacidade. Royce o acompanhou, depois voltou com uma lixeira e
um longo isqueiro.
"Faça isso ir embora", ele me disse e eu fiz.
Eu li cada folha duas vezes e queimei quando terminei. Eu assisti meu
passado ir em fumaça e me perguntei se eu poderia realmente me livrar disso
tão fácil.
Royce me levou para o trabalho todos os dias, esperando que Pam tentasse
fazer uma aparição, mas durante três dias ficou em silêncio. Maurice
preparou uma ordem para ter seu sinal, depois de me convencer a dar queixa
de chantagem e extorsão se não o fizesse. Vincent tinha sido grande o
suficiente para produzir a trilha dos fundos que lhe tinha dado ao longo dos
anos. Isso significaria que meu passado como uma acompanhante poderia
sair, mas eu estava pronta para encarar a música.
Sexo sombrio e perigoso não mais me atraía. Royce me arruinou para
qualquer outro homem e foi bom eu cortar as coisas com Alina. Embora a
polícia talvez não tenha encontrado nenhuma prova, a circulação de boatos
se tornaria um pesadelo para Royce e eu, mas ele estava disposto a resistir à
tempestade. Seu apoio me fortaleceu.
E então, tudo voltou para ele.
Eu queria desistir. Na verdade, eu simplesmente não conseguia. Um dia a
sensação de traição diminuiria e eu me deixaria deseja-lo novamente. Eu
esperava que ele ainda estivesse lá, esperando por mim. Agora eu só
trabalhava. Sentada à minha mesa estava estranhamente estressante. Eu
estava esperando que Pam aparecesse, para vomitar mais veneno. Eu queria
acabar com isso. Esperar para ver o que ela faria era tão ruim quanto saber
que ela faria isso.
Quando ela entrou no escritório, desta vez com um vestido amarelo
brilhante e saltos brancos, quase suspirei de alívio. Até que ela abriu a boca.
“Você acha que pode me assustar, vadia? Você manda seu namoradinho
mandar o advogado dele atrás de mim com alguma ordem de silencio23 se eu
não cooperar. Foda-se os dois.”
“Pam, esse é meu trabalho. Saia."
Pam sorriu maliciosamente e inclinou a cabeça para trás. Tão alto quanto
ela podia, ela começou a gritar.
“Você não é nada além de uma alta acompanhante paga por Royce
Mattherson por dinheiro. Há quanto tempo ele é um dos seus clientes?”
Então ela pegou o telefone e apertou o play. Como os advogados com
quem trabalhei desde que saí da faculdade vieram correndo com toda a
comoção, seus clientes a reboque, senti o sangue sair do meu rosto. Aqui
estava, o movimento dela. Quando as palavras preencheram o silêncio, olhei
ao redor da sala, vendo várias expressões de raiva, desgosto e interesse
sexual.
“Obtenha segurança aqui e acompanhe essas duas mulheres para fora do
local. Você está demitida, Srta. Essa voz na fita é inconfundivelmente sua...”,
disse Cole.
Eu não esperava que ele me atacasse. Ele me contratou, me deu uma
chance sobre tantos outros. Mas eu vi a luxúria em seus olhos, e acho que o
que ele fez teve mais a ver com a tentativa de me contratar de outra maneira
do que com qualquer sensibilidade delicada.
“Sim, ela enganou todos vocês, pagando-me dinheiro para manter minha
boca fechada, mas ela está matando nossa mãe. Estamos cansadas dela
fazendo algo tão perigoso com sua vida. Celeste, você precisa de ajuda.”
Algo em mim estalou quando ouvi Pam falar. Tão eloquente, tão falsa. Ela
agiu bem, lágrimas de crocodilo derramando-se no rosto perfeitamente feito.
Se eu não a conhecesse, não teria adivinhado que ela estava mentindo. Eu
não me importava com quem estava lá ou com qual problema eu me meteria.
Raiva rolou e borbulhou para a superfície.
Eu pulei para ela, correndo sobre a minha mesa para chegar até ela. Eu ri
quando ela soltou o telefone e tentou correr. Eu a parei, agarrando-a com
extensões de cabelo perfeitamente costuradas e a arrastei até o chão. Em
23
uma proibição não-judicial semelhante contra a divulgação de informações confidenciais ou contra a
discussão pública de um assunto sensível.
segundos, montei-a, dando-lhe um soco no rosto. Estava bem. Tão bom pra
caralho.
A cadela merecia isso de muitas maneiras.
“Ele me estuprou! Ele me tocou. Trancou-me em uma gaiola e disse que eu
só sairia se apenas o agradasse. Eu nunca menti. Mamãe sabia. Ela sabia disso
e agia como se não acreditasse em mim. Eu sei quando a mamãe está
mentindo. Eu sempre soube."
Soco.
Sangue vazou de seu nariz quando alguém gritou. Um homem gritou para
eu soltá-la, mas não consegui; a raiva era demais para conter agora e eu não
queria. Se eu fosse para a prisão, eu iria porque eu dei a ela a surra que
meramente merecia. Eu estava cansada de dar a outra face.
Que tal ela virar a outra maldita bochecha, para que eu pudesse socá-la
novamente.
“Você quer me culpar? Hã? Quem diabos é você, senhorita foda todo
homem que anda para que ele possa agir como se ele me amasse? Pelo
menos eu encontrei um jeito de sobreviver, de lutar de volta. Eu fiz meu
próprio dinheiro. Tudo o que você fez foi se deitar e esperar que ele viesse
até você. Quem é a verdadeira prostituta agora?”
Mãos me agarraram e eu lutei com elas também. Levou um tempo para
tirar o cabelo dos meus dedos e me puxar de seu corpo. Não tem problema,
meus pés funcionariam. Chutei-a de lado e fiquei satisfeita quando a ouvi
suspirar.
"Cadela."
"Você está presa. Você tem o direito de permanecer em silêncio. Qualquer
coisa que você disser pode e será usada contra você no tribunal. Você tem
direito a um advogado. Se você não puder pagar um advogado, um será
fornecido para você. Você entende os direitos como eu os li para você? Com
esses direitos em mente, você quer falar comigo?” o policial me perguntou.
Merda!
“Eu entendo, e não, eu não quero falar com você. Eu quero meu
advogado.”
Eu era uma maldita paralegal; Eu sabia como lidar com a lei e sabia dos
meus direitos. Nunca pensei que estaria nesse lado das algemas, mas não
podia dizer que me arrependi, nem um minuto. Um policial estava checando

Pam, depois ele falou em seu rádio solicitando EMS.
Perdi a cabeça. Eu ataquei minha irmã e sangue estava em toda parte. Eu
perdi meu emprego, minha história estava lá na frente de advogados, que
certamente poderiam usar isso contra mim, ou pelo menos diria à polícia o
que eles tinham ouvido. Eu não tinha pensado em destruir o telefone na
minha corrida louca para bater no rosto da minha irmã.
Algemas malditas machucam.
Demorou três horas. Três longas horas fazendo-me esperar até que um
advogado estivesse lá. Eu sabia que os irritava imediatamente, mas não
queria me arriscar a dizer algo com raiva que colocaria em risco meu caso. Eu
estava definitivamente olhando para um ataque criminoso, e isso trouxe
tempo de prisão. Sim, esse não foi o melhor movimento do mundo. Agora
que minha raiva esfriou, pude ver isso.
Meu advogado era um homem alto com cabelos escuros e óculos. Seu
terno era caro, eu conhecia dinheiro quando via. Ele também não era o
advogado que eu havia telefonado. Meu advogado, embora não fosse um
alimentador de fundo, não teria desperdiçado seu dinheiro em um terno
como aquele.
"Quem é Você?"
"Prazer em finalmente conhecer você, Celeste."
Eu conhecia essa voz. "Maurice?"
"Maurice Johnson, Advogado, filho de Henrik Johnson."
"De Weiss, Johnson e Cole?" Eu consegui chiar para fora.
"O mesmo. Meu pai não gostou muito quando eu entrei em contato com
ele, mas como eu represento um de seus parceiros silenciosos, eles não
estavam interessados tanto em pressionar as acusações”.
"Parceiro silencioso?"
"Sim. Royce Mattherson deu o capital inicial a Cole, a fim de ajudar a tornar
a empresa exclusiva para corporações de alta remuneração. Ele também
detém a maioria dos clientes, que ele passa por mim para eles. Eles
perderiam todos eles se tocassem em você.”
Royce, mais uma vez, salvando minha bunda. Fechei os olhos e afundei de
volta na cadeira fria. Meu cabelo estava uma bagunça e meu vestido estava
salpicado com o sangue da minha irmã. Eu não estava no meu melhor por um
longo tempo, mas Royce estava lá para mim. No meu pior e melhor dos
tempos. Eu não podia ignorar isso, não importava o quanto eu tentasse.
“E Pam? Ela ainda pode dar queixa.”
“Aparentemente, de acordo com a história dela, você estava agindo em
legítima defesa. Em troca disso, Royce se preparou para dar a ela e a sua mãe
dois milhões de dólares cada. Elas também assinarão uma ordem de silencio
e terão ordens de restrição colocadas sobre elas. Você nunca terá que lidar
com qualquer uma delas novamente. Ainda existem alguns problemas
residuais que surgiram. Sua irmã fez algumas paradas antes de vir até você,
mas vamos lidar com isso em breve.”
“O que mais ela fez?”
“Você não preferiria ir para casa, limpar-se e arrumar suas coisas? É meu
entendimento que você não ficará mais em sua casa. ”
O seu entendimento. Ou o de Royce?
"Royce de novo", eu disse, já sabendo a resposta.
“Para sua proteção. Vou levá-la para sua antiga residência e depois
podemos ir até ele. Ele estará esperando.”
Sim, aposto que ele estaria. Eu não disse nada quando me levantei e
caminhei com Maurice pela porta. Fomos para o processo de liberação, e ele
ficou ao meu lado durante todo o tempo, respondendo a perguntas para mim
e recuperando minhas coisas. Eu estava em um nevoeiro, imaginando
exatamente como eu iria me desculpar com o homem que eu amava por me
salvar.
Como sempre.
26
Royce
Não me incomodou em esperar por ela em sua nova casa. Teria

desperdiçado nossos dois tempos, e eu queria vê-la assim que ela entrasse
em sua casa. Este último ataque de Pam me deixou rangendo os dentes. Eu
tinha que admitir, eu estava parcialmente orgulhoso de Celeste por
defender-se e lutar, mas eu não esperava que estivesse literalmente lutando.
Embora eu tenha conseguido um bom controle dos danos com a ajuda de
Maurice, Vincent e Alina, Pam conseguiu divulgar Celeste para a imprensa.
Pelo que Vincent pode descobrir, ela chegou a pelo menos cinco jornais antes
de ir ao escritório de Celeste. Até então ela estava com raiva o suficiente para
mostrar a Celeste sua vingança e levá-la demitida. Pode ter sido uma má
jogada da minha parte, dando a ordem da silencio para ela antes que eu lhe
desse uma razão sólida para pegá-la, além de enfrentar processos movidos
contra ela.
Pam estava com fome de dinheiro suficiente para que a ideia de se meter
em problemas legais não significasse nada para ela. Quanto eu poderia sair
dela de qualquer maneira enquanto ela tivesse a história suculenta? ela
estava certa, e eu toquei minha mão cedo demais. Agora eu tinha que lidar
com a limpeza, e o ricochete machucaria Celeste mais do que qualquer outra
pessoa. Alina era uma figura nebulosa na história de Pam, e Maurice se
certificou de que ela estivesse coberta.
Mas eu era um dos solteiros mais cobiçados de LA, e esse tipo de
publicidade condenatória não ajudaria. Não importaria se fosse verdade ou
não para as massas. A natureza humana queria desejar os trapos para a
história da riqueza, até aplaudia, mas a maioria não acreditava que eles
realmente existissem. Faria muito mais sentido que eu paguei Celeste com
meu dinheiro sujo do que para explicar que eu simplesmente me apaixonei
por uma paralegal, não importa como eu me encontrasse.
Suspirei, remexendo e esperando por Celeste e Maurice chegarem aqui.

Eu só queria segurá-la e explodir o mundo ao nosso redor. Eu queria que
fôssemos as únicas duas pessoas que restassem na terra e talvez pudéssemos
viver em paz.
Mas isso não era um conto de fadas, e eu nem sabia onde Celeste e eu
estávamos. Eu poderia estar fazendo tudo isso por nada, ter meu nome
arrastado na lama, perder quatro milhões de dólares e ainda não conseguir a
garota. A ideia disso nem sequer fazia sentido para mim, mas meu coração
sentiu o medo.
Eu me virei quando a porta se abriu e Celeste, parecendo abatida e
cansada, entrou pela porta com Maurice em seus calcanhares. Ele estava
carregando a caixa onde eles colocaram as coisas dela de sua mesa, e assentiu
quando ele me viu. Celeste ainda não tinha, e eu tive tempo para estudá-la.
Ela não estava mais brilhando. Ela estava sem graça e sem vida, abatida
pelas circunstâncias que nos cercavam. Eu disse a Maurice para me permitir
explicar a ela que a luta não estava exatamente acabada, mas seria em breve.
Eu me arrependi de ter que adicionar mais peso a seus ombros já magros.
Ela carregou tanto por tanto tempo, e eu queria poder tirar isso dela.
Quando ela olhou para cima, seu rosto se iluminou antes de sua máscara
escorregar. Aquele sinal, pequeno como era, me animava.
"Como você entrou até aqui?" Não havia calor para a pergunta dela,
apenas uma resignação silenciosa como se ela estivesse acostumada com o
meu descontrole. Ela provavelmente estava.
“Eu tive as fechaduras mudadas hoje antes de você chegar em casa. Eu
queria ter certeza de que ninguém poderia entrar aqui, só você e eu.”
"E se eu não quisesse você aqui?"
"Resistente."
"Vou deixar isso aqui e ir para casa", disse Maurice. Levou a caixa até a
mesa da sala de jantar e sentou-a. Eu o encontrei lá e apertei sua mão.
"Obrigado por tudo."
Eu dirigia o meu negócio como um navio apertado, mas até eu reconheci
que Maurice tinha ido além de seus deveres trabalhando com Celeste e os
problemas que tinham vindo deles. Eu o apreciei mais do que ele saberia.
"Eu sei a quem ligar se algum dia me envolver em uma bagunça",
respondeu Maurice. Ele acenou para mim antes de virar para Celeste.
"Não vamos nos encontrar assim novamente, vamos?"

"Sim", disse ela, um sorriso brincando em seus lábios. Maurice saiu,
destrancando e fechando a porta atrás dele.
Nós estávamos sozinhos, desajeitados e desconfortáveis. Eu não sabia o
que dizer e ela não me olhava nos olhos. Esta tinha que ser a conversa mais
difícil que eu já tive na minha vida, e nós não dissemos uma palavra um para
o outro. Ela parecia triste lá, com o vestido estendido com manchas de
vermelho nele. Seu lindo coque francês estava meio desfeito e ela tinha
cabelos esvoaçantes ao redor do rosto.
Ela era a criatura mais linda que eu já conheci e ela nem sabia disso. Todas
as mulheres que eu tinha antes empalideciam em comparação. Não
importava se elas eram modelos ou se eram mulheres de negócios de alta
potência. Celeste tinha sobrevivido a coisas que muitas nem conseguiam
sonhar.
Claro, ela lidou com isso de uma maneira horrível, mas eu não poderia
culpá-la por isso. Quem poderia realmente entender como a bagunça de
Welsh a deixara? Desejei, mais uma vez, ter alguns dias a sós com ele. Ele
merecia uma surra longa e profunda que ele não sairia o mesmo.
Eu nunca fui realmente sanguinário antes de Celeste. Zangado, sim. Sujo o
suficiente para querer apagar as luzes de alguém? Algumas vezes. Mas tão
louco que tudo o que me restava era raiva fria? Isso só saiu quando veio a
uma mulher que roubou meu coração.
E ela não estava falando comigo.
Olhamos um para o outro, equilibrando entre o que deveríamos fazer e o
que queríamos fazer e nenhum de nós tinha certeza de qual caminho seguir.
Eu queria muito dela agora que não sabia o que exigir primeiro. Eu pensei
que ela parecia tão cansada, tão quebrada, que eu só queria pegá-la e levá-
la para a cama. Eu queria vigiá-la enquanto ela dormia, como fiz na primeira
noite em que ficamos juntos, e ter certeza de que ela sabia que não teria que
ter medo de novo.
Mas ela não estava falando e eu estava cansado do silêncio. Finalmente eu
suspirei rudemente.
“Eu também posso lhe contar o resto. Pam parou em alguns jornais antes
de ir ao seu escritório. Quando a história da meia-noite for ao ar, tenho
certeza de que você e eu vamos ser notícia de primeira página.”
“Maurice me disse que ela fez mais. A ordem de silencio não cobre isso?”
Ela fez uma pergunta, mas seus traços mal mudaram. Eu odiei esse olhar
vazio. Aquela pequena demonstração de felicidade quando ela me viu pela
primeira vez não estava em lugar algum agora e eu perdi isso.
“Ela já tinha feito isso e não havia como eu conseguir puxá-lo. Vai ficar um
pouco desagradável por um tempo, mas eu acho que eu inventei algo para
esclarecer tudo isso quando explodir. ”
“E o que dizer depois de tudo isso, quando ela acabar de gastar o dinheiro
que você deu a ela que ela simplesmente não vai voltar para mais? Você não
deveria ter cedido.” Agora ela mostrou algo, quando ela balançou a cabeça
para mim, olhando de volta com olhos tristes.
Era melhor que nada, mas precisávamos esclarecer alguma coisa agora.
“O dinheiro é uma troca e não é tão importante para mim quanto você. Eu
não sou bobo o suficiente para lhe dar uma quantia. Ela receberá pagamentos
semanais nos próximos dois anos e, ao fazer qualquer coisa dentro desse
prazo, os pagamentos cessarão automaticamente. Ela vai enfrentar
processos e pena de prisão se quebrar o contrato. Além da ordem de
restrição, a manterá longe de você.”
"Isso e se mudar para sua casa."
Ela revirou os olhos e eu não pude deixar de sorrir, embora fizesse meu
rosto parecer que estava rachando.
“Isso pode ser tão temporário quanto você quiser. Peça-me, Celeste, e eu
vou ter uma casa construída para você em um bairro seguro onde ela não
pode aparecer. Peça-me e você terá um emprego na minha empresa e nunca
mais terá que se preocupar com dinheiro.”
Doeu dizer isso a ela, mas eu tive que dar a ela uma saída. Minha garota
sempre precisou de uma rota de fuga. Eu só esperava que, depois dessa
conversa, essa rota de fuga fosse eu.
"E se eu só quiser você?"
Meus joelhos apenas se dobraram? Porra, espero que não.
"Você já me tem. Você não pedir o que você já tem.”
Ela não se mexeu e eu também não. Esperando. Sempre esperando. Para
ela me ver. Para confiar em mim. Saber que eu faria o que fosse necessário
para fazê-la feliz. Droga, eu esperaria até mais, até que ela soubesse. Ela me
amarrou em nós e eu não queria ser desamarrado.
"Eu menti para você", eu disse, as palavras correndo para fora de mim. “Eu
lhe disse que pessoas como nós não têm finais felizes. Eu estava errado. Nós
podemos, se nós lutarmos por elas. Pode não ser fácil e não teremos uma
história para contar aos netos algum dia, mas será bom o suficiente para nós.
Eu lhe disse que não poderia te dar o que você queria, que isso não
importaria. Mas isso importa Celeste. É mais importante do que eu pensava.
Você é mais do que eu poderia acreditar. Eu queria que minha mãe pudesse
ter conhecido você. Deus, ela teria amado você.”
Eu a observei dar um passo à frente, as lágrimas entupindo minha
garganta. Eu a queria em meus braços, mas ela parecia pronta para fugir, os
olhos arregalados e assustados. Eu não sabia o que fazer. Eu era muito
poderoso, mas eu era impotente quando se tratava dela. Cerrei meu punho
e senti as unhas se cravarem nas minhas palmas. Ela deu outro passo e depois
outro enquanto eu respirava fundo.
“Por que você luta tão duro, Royce? O que isso importa mesmo? Eu vivi
minha vida inteira pelas necessidades de outra pessoa. Você me atropela,
toma conta da minha vida e controla-a. Você tem o poder de me destruir e
isso me apavora. E se você for tão ruim para mim? E se você for pior?”
Eu não consegui responder às perguntas dela. De certa forma, eu era pior.
Eu poderia tirar tudo dela e ela não seria capaz de lutar contra isso. Em um
piscar de olhos, eu poderia colocá-la nas ruas e deixá-la tentando descobrir
uma existência. E eu poderia virar as costas para ela, deixá-la debatendo-se
no escuro.
Mas fazer qualquer uma dessas coisas também me destruiria. Isso era o
que ela não entendeu, não conseguiu entender, e eu tinha que fazê-la ver.
“Porque, Celeste, você poderia fazer o mesmo comigo. Às vezes tenho
medo de ser meu pai. Que eventualmente eu fique com tanta raiva que eu
me autodestrua e faça com que cada pessoa que tenha significado algo para
mim vire meu inimigo. Que vou ver o rosto da minha mãe debaixo dos meus
punhos e não me importarei. Às vezes me preocupo com o fato de ter feito a
minha vida toda sobre o meu negócio e nada mais importa tanto quanto isso.
Mas então eu conheci você.”
Ela levantou as mãos e as colocou no meu peito. Eles eram as únicas coisas
que nos conectavam e meu coração batia contra minhas costelas, doendo
para sair e chegar até ela. Apenas as mãos dela, uma pequena extensão de
espaço, era tudo que eu precisava para me dar força para dizer o resto.
“Eu luto por você, Celeste, porque às vezes eu não posso lutar por mim
mesmo. Porque você me vê e me entende, sem eu ter que explicar, porque
você esteve lá. Eu luto porque não quero que nada machuque você,
especialmente eu. Jesus, Celeste, eu luto porque me apaixonar por você me
salvou e eu preciso salvar você também. Você não vai me deixar lutar?
Apenas uma vez, Celeste, deixe alguém ser sua armadura. Eu sou o homem
para você e juro por Deus que você nunca mais terá que cair.”
Ela caiu nos meus braços pela última vez. E eu peguei ela, assim como eu
prometi.
27
Celeste
Eu nem sabia o que eu estava pensando quando ele me beijou. Havia

alguma palavra para descrever a felicidade correndo em minhas veias ou para
entender o quanto suas palavras significavam para mim?
A resposta era simples - não.
Esse homem, tão quieto e poderoso, um homem que a mídia sabia ser
carismático e sexy de morre, era fraco quando se tratava de mim. Eu vi seus
medos e suas preocupações, suas lutas e seus segredos, e eu o amava de
qualquer maneira.
Eu simplesmente não conseguia pronunciar as palavras.
Eu me arrependi de não tê-las dito, sem gritar a plenos pulmões que ele
era o único homem para mim. Mas ele me machucou tanto. Eu podia
entender, nem aplaudi-lo por querer se vingar de mim, mas ele conseguiu. As
razões não importavam; o resultado só fez com que fosse agridoce.
Aquela garotinha dentro de mim estava presa em seu cofre e ela estava
com muito medo de sair.
Embora, quando ele me tocou, lentamente tirando minhas roupas do meu
corpo, a mulher em mim lentamente começou a se levantar. Ela se arrastou
para fora da escuridão, centímetro a centímetro, sua forma decadente
ganhando peso e beleza até que ela se parecesse comigo novamente. Havia
lágrimas nos olhos dela e senti-as derramarem-se de mim, descendo pelo
meu rosto para infiltrar-se entre a fenda infinitesimal do nosso beijo. Eu
provei sua dor e sua esperança.
Foi fugaz, mas quando ele me pegou e me levou para o meu quarto, senti
crescer.
Ela brotou como uma erva, enchendo-me quando ele me deitou na cama
e finalmente quebrou nosso beijo. Concreto quebrou e desmoronou e as
flores floresceram, suas pétalas brilhando em vermelho, quando ele se
levantou e tirou a jaqueta. Eu não conseguia manter meu olhar longe de seu
corpo enquanto ele se despia para mim.
Seus músculos ficaram tensos e flexionaram sob a camisa. Dedos longos e
ágeis soltaram a gravata e a jogaram para o lado. Senti a queimadura de seu
olhar no meu rosto enquanto o observava desabotoar sua camisa e revelar
meu prêmio. Havia os peitorais que protegiam o coração que pertencia a
mim. O abdômen de tábua de lavar que deu a ele a força, em algum lugar lá
no fundo, para lutar por mim mesmo quando eu não sabia disso. Havia os
braços que me prendiam quando eu chorava e me ancorava quando ele me
jogou no céu.
E suas mãos, aquelas mãos mágicas que conheciam meu corpo mais
intimamente do que eu me conhecia.
Seu cinto veio em seguida. O "whish" dele deslizando das presilhas do cinto
ecoou na sala silenciosa. Meu coração batia no meu peito, um pássaro preso
pronto para ser livre. Eu torci na colcha, ansiosa para tê-lo de volta comigo,
contra mim, dentro de mim. Esperando por ele, vi quando ele abriu a calça e
deixou-a escorregar por suas pernas antes que ele saísse.
Ele estava mais perto agora. Se eu chegasse a ele, sentiria o calor saindo
de sua pele. Meu corpo fez a ação antes que minha mente se aproximasse.
Seu pênis estava na minha mão, a propagação da seda morna precisava de
mim, mesmo quando seus boxers caíram no chão, esquecidos.
Eu o bombeei com golpes longos e fáceis, maravilhando-me com sua
circunferência, o comprimento. Eu queria saboreá-lo. Lentamente eu me
sentei na cama e então me coloquei de joelhos e cotovelos para que seu pênis
estivesse nivelado com a minha boca.
Ainda não. Aguente.
Eu acariciei sua virilha para a direita de seu pênis antes de seguir para baixo
e beijar as bolas pesadas embaixo. Eu serpenteei minha língua e provei-as, a
pele quente e macia sentia se como veludo contra a minha língua. Seu cheiro,
tão masculino, então ele encheu meu nariz enquanto eu esfregava seu pênis
contra a minha bochecha. Este era meu santo graal, a coisa que procurei por
toda a minha vida.
Ele era a luz, a mesma coisa que eu tinha tanto medo porque ansiava tanto.
Quão estúpido eu tinha sido por fugir dele? Para lutar uma batalha perdida?
Minha vida, toda a massa de merda, me moldou só para ele.
Eu era perfeitamente imperfeita e era exatamente o que ele precisava.

Seu pênis deslizou facilmente em minha boca. Ele provou como meu
refúgio seguro e eu quis rastejar dentro dele e ficar lá. A umidade vazou de
dentro de mim enquanto eu trabalhava minha língua contra ele, balançando
minha cabeça firmemente. Ele segurou meu cabelo, guiando meu avanço e
recuou enquanto flexionava seus quadris.
"Assim."
Segui suas instruções, provocando-o quando ele ficou tenso, esvaziando
minhas bochechas para uma sucção poderosa quando ele suspirou. Esta era
uma dança e eu queria que ele deixasse ir. Minha mão encontrou minha boca
com cada bombada, torcendo e mantendo pressão na base.
Eu não podia esperar engolir tudo dele, mas trabalhei duro para levá-lo o
mais fundo que pude. Eu ignorei a ligeira sensação de engasgar quando ele
bateu no fundo da minha garganta. Isso era para ele. Meu jeito de mostrar a
ele sem palavras como eu me sentia. Palavras que eu não consegui dizer a
ele.
“Foda-se bebê. Eu vou vir se você continuar fazendo isso.”
Esse era o plano. Eu trabalhei mais duro com ele, torcendo minha cabeça
em frente à minha mão para aumentar seu prazer. Seu punho apertou meu
cabelo antes que ele me puxasse para longe dele.
"Não lá, eu quero estar dentro de você."
Eu não podia exatamente discutir com isso. Ele se arrastou sobre mim
quando eu voltei para a cama. Nós nos movemos tão bem juntos que foi
quase coreografado. Minha cabeça bateu no travesseiro enquanto seus
braços se envolviam em torno de mim e ele se estabeleceu entre as minhas
pernas.
"Eu te amo", ele me disse novamente. Eu abri minha boca para dizer
alguma coisa, qualquer coisa. Para dizer a ele como eu me sentia, mas ele
balançou a cabeça.
"Não. Diga-me quando não há mais medo em seus olhos. Eu não estou indo
a lugar nenhum."
Ali estava a chance, a escotilha de escapar para fugir. Eu bati a porta,
cansada de correr, cansada de lutar contra o que eu precisava. Tudo o que eu
pude fazer foi fechar a boca e abrir mais as minhas pernas.
Quando ele deslizou para dentro de mim foi como voltar para casa.
Quantos dias eu tinha ido sem ele? Como eu sobrevivi sem seu toque, sua
posse? Segurei a capa sob meus quadris e me movi contra ele. Ele
estabeleceu um ritmo lento e constante, como o fluxo e refluxo das ondas.
Quando eu envolvi meus braços em volta do seu pescoço, empurrando
meus dedos através dos fios densos em seu cabelo, ele me segurou mais
apertado e moeu contra o meu clitóris. Eu não pude segurar meu choro.
"Segure-se em mim com mais força."
Eu o agarrei o mais forte que pude enquanto ele me trabalhava. Cada
impulso era uma promessa, cada beijo mais profundo que o anterior. Sua
língua duelou com a minha. Um herói conquistador voltando para casa com
seu prêmio. Nós rolamos um contra o outro, empurrando e puxando. Minha
boceta apertou em torno dele e o prazer cravou através de mim.
"Sim!" Eu chorei.
“Dê para mim, baby. Agora."
Ele bateu contra mim, atingindo esse ponto bem no fundo. Ele se moveu
de novo e bateu em um profundo e poderoso impulso que me fez ofegar.
Quando ele se mudou de novo, perdi a capacidade de respirar. E então eu
estava voando, prazer se construindo cada vez mais na minha barriga até
pulsar sobre o meu clitóris e dançar através do meu sangue. Levantando-me
mais ainda até que eu bati de volta ao chão.
Eu fiquei tensa, cada músculo do meu corpo apertando com o impacto. Eu
gritei, silenciosamente, minha boca aberta, minha cabeça jogada para trás e
meus olhos bem abertos. Ele estava lá, me segurando, amortecendo o golpe,
me levando para o próximo.
Eu me senti espremida, torcida e solta. O desejo e a necessidade zumbiam
através do meu corpo enquanto ele se movia. Entre uma respiração e a
próxima, eu estava vindo de novo, passando minhas unhas pelas suas costas,
marcando-o, fazendo dele meu.
"Quase, baby, quase."
Seu choro sufocado só fez o meu prazer mais intenso. Círculos escuros
piscavam na borda da minha visão e então eu estava de volta ao meu corpo,
sentindo tudo de uma vez enquanto ele gritava sua liberação. Cada contração
de seu pênis enquanto ele espirrava dentro de mim enviou réplicas através
de mim.
Eu não conseguia formar palavras quando ele suspirou e me abraçou

perto. Seu peso era reconfortante, aquecendo-me no ar repentinamente frio.
Eu podia ouvir os sons dos carros na rua, o vento lá fora e meu coração
batendo forte. Meu quarto estava nas sombras, mas eu não estava com
medo. Eu não escorreguei no abismo e a dor era inexistente.
"Obrigada", eu sussurrei para ele. Eu estava me transformando em uma
maldita torneira pingando ultimamente e eu odiei.
"Pelo quê?" Ele levantou a cabeça e olhou para mim, franzindo a testa.
"Por amar uma garota que não podia nem se amar."
Ele sorriu, suave e torto, antes de rolar para o lado e me levar com ele. Ele
nos ergueu o melhor que pôde, puxando a coberta de um lado para o outro
até que ele pudesse nos colocar debaixo dela.
"Eu acho que é uma honra ter a chance", disse ele finalmente. “Celeste,
você sempre foi digna de amor, você simplesmente não viu. Estou feliz que
outra pessoa não tenha reivindicado você antes de eu aparecer.”
"Isso colocaria um trapaceiro na sua busca por mim, com certeza."
"Sim, teria quebrado seu coração por perdê-la", ele me disse.
“Perde-lo?”
"Sim. Você é minha garota para sempre. Eu não sei se você sabe disso, mas
eu sou rico e as pessoas gostam de fazer o que eu digo. Eu teria dado todo o
meu patrimônio para ter você.”
"Você está mentindo."
Ele não respondeu, fechando os olhos.
Talvez tenha sido uma mentira, talvez não fosse. Eu gostava de pensar que
ele estava dizendo a verdade. Eu rolei em seus braços e me joguei contra ele.
Um ronco suave me disse que ele estava dormindo quando ele apertou os
braços em volta da minha cintura.
“Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Eu sinto muito por quase
ter perdido você, e tão abençoada que você me perdoou por isso de qualquer
maneira”eu sussurrei.
Ele não me ouviu, eu sabia, mas eu tinha que dizer. Talvez quando tudo
isso acabasse, eu diria a ele novamente. Talvez eu não quisesse. Mas eu me
certificaria de que todos os dias que passássemos juntos ele saberia como eu
me sentia. Toquei minha barriga, imaginando exatamente quando deveria
lembrá-lo que ultimamente não estávamos usando preservativos.
Mas o pensamento de ter seu filho fez algo comigo. Eu mãe. A mãe do filho
de Royce Mattherson. Claro que seria muito melhor se meu nome também
fosse Mattherson, mas um passo de cada vez. Se eu tivesse um tesouro em
meu coração, eu o esbanjaria com todo o amor que nunca recebi enquanto
crescia. Eu me certificaria de que ele ou ela soubesse que eles eram a pessoa
mais importante do mundo, e mamãe sempre os manteria seguros.
Foi um pensamento positivo, mas manteve um sorriso no meu rosto
quando eu fechei meus olhos.
Eu os trataria melhor do que minha mãe me tratou. Pam tinha crescido
mais como minha mãe do que eu e o relacionamento doentio que elas tinham
se baseava mais na satisfação mútua do que no amor. Eu vi isso claramente
agora. O último golpe que Pam faria por um bom tempo. Mas, ao deitar nos
braços de Royce, o conhecimento de que minha história apareceria nos
jornais, que perdi meu emprego e escapara por pouco de uma acusação de
briga não poderia tirar minha felicidade.
Royce me amava. Ele achou que eu valia a pena e eu acreditei nele quando
ele disse isso. Eu confiei nele para encontrar uma maneira de fazer tudo ficar
bem. Fiquei imaginando quanto mais problemas estaríamos se estivesse
grávida. Royce arruinaria todo mundo que tentasse me machucar.
Foi ruim que eu gostei disso?
Provavelmente, mas eu realmente não dou a mínima.
Isso foi o que veio sendo amada por Royce Mattherson.
28
Celeste
Merda
Sim, porque essa era a melhor maneira de ser acordada depois do melhor
sexo da minha vida. Eu me estiquei, ainda sentindo prazer rolando pelos
membros. Royce era o melhor remédio que uma garota poderia ter, e fazer
sexo com ele era tudo que eu poderia esperar. Claro, eu não queria fazer a
próxima vez para envolver a pior semana da minha vida, mas eu poderia
pensar em algumas discussões com ele só para aproveitar esse tipo de
atenção.
Por agora, eu queria saber por que eu estava vendo sua muito sexy bunda
nua em pé ao lado da minha janela e espiando para fora das minhas cortinas
a cada poucos segundos.
"O que você está olhando?"
"Ficamos aqui por muito tempo", disse ele, virando-se para mim. “Eu não
queria tudo isso viesse abaixo aqui. Eu queria você, mas eu queria você na
minha cama. Agora os malditos abutres estão lá fora.”
"Abutres?"
Saí da cama e fui até a janela. Eu pressionei meu corpo para um lado e
espiei como ele fez antes. A rua em frente à minha casa estava coberta de
vans de mídia estacionadas de estações de TV locais, e um casal que não era
tão local. Meu gramado da frente estava cheio de pessoas andando com
câmeras e microfones. Eu até vi alguns âncoras fazendo checagens de
microfone na frente de seus câmeras.
“Você tem que estar fodendo comigo. Isso é mais do que umas paradas. Se
eu pudesse ver Pam agora, eu bateria na cabeça dela. Novamente."
“Você já fez bastante estrago; ela estava pra baixo pela contagem. Eu te
disse que ela fez isso antes do pedido. Ela pode retratar suas declarações,
mas ela espalhou alguns pedaços do som. Eu percebi que eles viriam atrás de
você, eu apenas assumi que não seria tão rápido. Alguém na delegacia de
polícia vazou que você foi libertada.”
“Eles não sabem que você está aqui, no entanto. Talvez você possa sair
primeiro.”
“Celeste, eu vou espancar essa sua bunda tão doce por fazer um
comentário tão estúpido. Eu pensei que nós já estabelecemos que eu sou sua
armadura. Eu posso suportar o calor, mas vai ser um maldito pesadelo por
um tempo.”
"Então, o que fazemos?"
“Agora, nos vestimos e embalamos tudo o que você quer levar. Qualquer
outra coisa que eu não possa comprar para você. Você já pensou em dar sua
casa para alguém?”
Não, na verdade não, porque eu não tinha pensado em me mudar
permanentemente. Mas agora eu podia ver que Royce estava falando sério.
Eu não disse a ele que o amava. Com tudo o que aconteceu, não parecia o
momento certo. E quando ele me levou para a cama, não consegui pensar
muito a não ser no prazer que ele me deu.
Agora eu queria ter dito, porque não era a melhor hora para dizer isso
agora, quando ele estava no modo de controle. Minha vida não era mais
minha, eu vi isso. Eu tive que entregar as coisas para o Royce para passar por
isso. Sua reputação estava em jogo com a merda que Pam puxava. Ela pode
não ser capaz de fazer muito mais, mas isso pode ser o suficiente para
realmente machucar Royce.
Por enquanto, eu seguiria sua liderança e deixaria que ele administrasse
tudo.
Mas para quem dar a minha casa? Eu não tinha família, não depois de tudo,
e só havia uma pessoa em quem eu pudesse pensar que apreciaria o
presente.
"Não vou voltar", eu disse a Royce.
"Não volte atrás."
Vesti-me rapidamente com um par de jeans e uma camiseta enquanto
Royce colocava as calças e a camisa que usava na minha casa. Ele deixou o
paletó e gravata sentado ao lado. Quando ele se virou e viu o que eu usava,
ele balançou a cabeça.
“Não, tome seu tempo se preparando. Você quer apresentar a melhor

frente que puder quando saímos. Eu preciso colocar as coisas na linha
primeiro, mas tenha certeza que quando você sair por essa porta você tratará
a mídia como se estivesse abaixo de você. Eles receberão uma declaração
nossa depois, quando estivermos prontos.”
Eu balancei a cabeça, confiando em seu julgamento. Fui ao meu armário e
escolhi um vestido envelope prata e sapatos combinando. Eu combinei o meu
colar de pérolas e brincos com ele, adicionando o toque final. Eu entrei então
no chuveiro e me limpei.
Quando terminei, senti que tinha uma armadura e fiquei grata por Royce
ter a ideia de eu me arrumar. Ele estava de gravata com o paletó e parecia
imaculado. Eu sorri suavemente para ele, observando-o operar.
“Quero uma equipe de no mínimo oito na minha localização atual dentro
de meia hora. Quero que eles cozinhem o máximo que puderem, mas não
vou mantê-la aqui a noite toda. Peça a Pauline que escreva uma declaração
dizendo que Celeste foi vítima de abuso sexual infantil e ela é uma
sobrevivente. Certifique-se de que eles saibam que ela faz parte de uma
investigação em andamento e, depois de anos sem assistência da polícia, ela
encontrou forças para contratar um investigador particular e encontrar
outras mulheres que passaram pelo que ela fez”.
Ele ouviu por alguns momentos antes de responder.
“Até onde eu sei, eu a conheci em um evento e ela foi a única para mim.
Ela foi honesta desde o início sobre seu trabalho noturno quando nos
tornamos sérios, e eu usei meus fundos para ajudá-la a sair disso. Foi algo
que ela fez para lidar com o passado dela. Em seguida, adicione alguns
estudos de psicologia sobre promiscuidade e complexo de Madonna24 que
geralmente acontece com casos de abuso sexual como este. Faça funcionar,
e é melhor fazê-la tão forte quanto ela é. Qualquer coisa menos é
inaceitável”.
Ele desligou o telefone e guardou. Eu tentei não chorar. Eu não queria
estragar minha maquiagem perfeitamente aplicada, mas era difícil não amá-
lo muito mais. Ele se virou, ouvindo meu soluço mal contido e veio em minha
direção.
24
Na literatura psicanalítica, o complexo de Madonna-prostituta é a incapacidade de manter a excitação
sexual dentro de uma relação de compromisso amoroso.
"O que foi? O que há de errado? Eu vou cuidar disso Baby, eu prometo.”
“Eu sei que você vai. Eu não estou chateada."
Era verdade. Quero dizer, eu estava louca como o inferno que Pam tinha
fodido nós dois, mas eu não fiquei impressionada com a circunstância. O
controle de Royce sobre a situação tornou difícil para mim surtar. Foi bom
apenas me inclinar para ele, sabendo que ele envolveria seus braços em volta
de mim. Ele acariciou minhas costas com golpes suaves e beijou minha testa.
"Se eu nunca te ver chorar de novo, vai ser muito em breve."
"E se elas são lágrimas felizes?"
“Eu suponho que eu poderia lidar com isso. Mas ver você chorar me faz
querer dar um soco em alguma coisa e prefiro não sentir vontade de me dar
um soco.”
"Você já pensou em terapia?" Eu perguntei a ele.
“Eu já fui antes. Demorou alguns anos antes que eu pudesse colocar minha
raiva em palavras, mas ficou mais fácil.”
“Sim, mas você aceitou mais de si mesmo agora. Você pode estar mais
afinado com a ajuda agora do que era antes.”
“Ok, eu vou fazer um acordo. Eu vou se você for também. Nós podemos
encontrar médicos diferentes, se você quiser, mas você precisa ter certeza de
encontrar um bom lugar em você também. ”
"Para você? Qualquer coisa."
Ele sorriu, beijando-me suavemente e foi perfeito. Eu faria qualquer coisa
por ele. Ele me salvou; coloquei o pescoço na linha e me puxei de volta da
borda. Eu sei que ele disse que não tinha coração e não acreditava em amor,
mas eu sabia que ele mentiu sobre isso quando falou sobre sua mãe e depois
que eu o vi com os cachorros. Royce estava tão cheio de amor. Ele
simplesmente não sabia como expressar isso.
Eu estava feliz por estar recebendo as afeições dele.
“Temos que esperar nossa ajuda chegar aqui. Andar por aí sozinhos nos
deixará atados e abordados. Quando meus guardas chegarem, eles nos
levarão a uma limusine colorida e nos levarão para casa. As equipes de
notícias podem seguir, mas não podem chegar a quilômetros de nossa
residência. Os guardas vão ficar trabalhando no jardim até este ferve para
pegar qualquer retardatários.”
"OK."
"Você já conseguiu tudo embalado que você queria?"

“Sim, praticamente. Alguns dos móveis que eu gostaria de levar, mas isso
pode ser feito mais tarde. Vou mantê-lo principalmente mobiliado para
Marlena.”
"Sua melhor amiga enquanto crescia."
"Como você sabe... não importa, a verificação de antecedentes. Sim, ela
sempre esteve lá por mim, mas ela não pode pagar uma casa tão cedo. Ela
apreciaria mais do que qualquer um que conheço. Ela está namorando um
cara agora, e ele não mora muito longe daqui. Isso pode ajudá-la a aceitar
minha oferta.”
“Você pode querer entrar em contato com ela agora, de qualquer maneira.
Alguém vai descobrir sobre ela, e eu preciso ter certeza de que ela tem
proteção também.”
"Oh meu Deus, eu nem sequer pensei nisso."
“É para isso que você me tem. Qual é o endereço dela?"
Ele beijou meu nariz e eu disse a ele o que ele pediu. Ele voltou ao telefone
e eu o ouvi dizendo a alguém para enviar dois caras para Marlena enquanto
eu procurava pelo meu telefone. Apenas tocou algumas vezes antes de
responder.
"Você está bem?"
Eu era uma amiga horrível. Eu não tinha falado muito com ela nos últimos
dois meses, dando-lhe tempo para apreciar seu novo cara, e eu estava tão
confusa com Royce que não queria incomodá-la. Até agora eu tive que soltar
várias bombas nela.
"Por onde eu começo?" Eu perguntei.
"Desde o começo é sempre bom."
Eu fiz o que ela pediu, contando sobre Royce e nosso relacionamento o
mais rápido que pude. Eu sabia que Marlena e eu não poderíamos ignorar
todos os grandes detalhes, mas eu tentei tirar o máximo de gordura possível
para poder correr para as partes que a afetavam.
“Merda, garota. Onde diabos eu estive? Você não pode pegar um telefone
nem uma vez?”
“As coisas simplesmente aconteceram. Então fiz algo horrível.”
"Afastando-se do melhor homem em sua vida não foi o pior?"
“Oh, cale a boca Marlena. Eu quis dizer que dei um soco em Pam.”
Eu tive que puxar o telefone para longe do meu ouvido enquanto Marlena
gritava no telefone e depois caía em um espasmo de riso. Eu esperei
enquanto ela recuperou o fôlego.
"Você já terminou?" Eu perguntei a ela. Eu não pude deixar de rir com ela.
“Estou tão feliz que você finalmente deu a novilha o que ela merecia. Essa
foi a melhor coisa que você poderia fazer.”
"Bem, talvez."
Eu disse a ela o resto e sua risada desapareceu. Ajudou que ela já soubesse
o que eu estava fazendo com Slick. Ela ficou quieta do outro lado do telefone
por um momento antes de finalmente responder.
"Você deveria tê-la espancado duas vezes mais", ela disse finalmente.
"Esse cara, Royce, você tem certeza que ele ama você?"
"Não há dúvida em minha mente."
“Bom, nenhum nos meus também, mas queria ter certeza que você fez. Vá
com ele, Celeste, você merece alguma felicidade. Agradeça a ele por mandar
esses caras no meu caminho, caso a imprensa apareçam. Eu não vou dizer
nada sobre você para eles, então eles estão latindo na árvore errada.”
"Eu não duvido disso, mas essa não é a única razão pela qual eu liguei."
"Bem, droga, o que mais?"
"Parabéns, você é uma proprietária."
"O que?"
“Marlena, você ficou ao meu lado quando ninguém mais faria isso. Eu te
amo mais do que eu poderia te dizer. Estou indo morar com o Royce. Eu
estava ligando para dizer que vou assinar a minha casa para você. Eu não
conheço mais ninguém que mereça mais.”
Ela gritou. No meu ouvido. Alto.
"Você sabe que eu te amo como uma chapinha ama o fogão certo?"
“Você e essas analogias idiotas. Ligue para o seu homem e diga a ele o que
está acontecendo. Ele pode precisar estar preparado também.”
"Vai fazer. Mas, mana?”
"Sim?"
“Você mantém esse homem. Você ama ele. Eu sei disso, e isso é o
suficiente para mim.”
"Eu nunca vou deixá-lo ir", eu prometi a ela.
“Essa é minha garota. Eu te amo. Para sempre."
"E sempre."
E agora eu amava mais uma pessoa. Para sempre. E sempre.
29
Royce
As coisas iam ficar sob controle. Passamos os últimos dias nos escondendo
em minha casa, minha relações públicas da empresa trabalhando sem parar
para limpar a mídia social e a névoa de televisão que desciam em torno de
nossos ouvidos. Pam fizera sua parte, pelo menos, e disse à imprensa que as
informações que divulgou sobre a presença de sua irmã como acompanhante
tinham sido falsas, distorcidas em seu esquema de tirar dinheiro de Celeste.
Havia alguns ainda sensacionalizando a história, mas a maioria caiu. O que
estava funcionando agora para me dar uma enorme dor de cabeça era o fato
de que Celeste tinha história com Cameron Welsh, homem respeitado nos
círculos educacionais. O caso atingiu as ondas de rádio, graças a algumas
chamadas bem colocadas, e estava tomando precedência sobre a explosão
de uma garota de programa ligado ao solteiro mais cobiçado de LA.
No momento, olhando para os olhos arregalados e assustados de Celeste,
eu não tinha certeza qual deles era pior. Ninguém se importava em fazer
perguntas a ela sobre seu abuso, e como foi horrível. Eles colocaram os
microfones no rosto e fizeram perguntas fodidas. Eu estava tão orgulhoso
dela quando ela disse que falaria com a imprensa em uma série de entrevistas
e agradeceu-lhes por entender sua necessidade de um pouco de privacidade
ao longo desta provação dolorosa.
Não saímos de casa há dois dias desde o último fiasco. Pauline recomendou
que se esconder inteiramente asseguraria que rumores e especulações
aumentassem ridicularmente, e eu estava de acordo.
Ainda assim, toda vez que ela olhava para mim com a expressão "estou me
afogando aqui", eu queria esmagar suas câmeras e quebrar seus microfones.
E talvez dançar em seus rostos enquanto eu estava nisso.
Eu não fiz isso, mas imaginar isso ajudou a manter a raiva à distância.
"A que horas vamos na Helen?" Celeste me perguntou. Um maquiador

estava terminando os últimos toques e estaria viajando conosco no caminho
para o popular talk show25 no caso de haver algum deslize.
“Partimos em meia hora. Você só tem que dar um último empurrão nesse
frenesi da mídia e, esperançosamente, depois dessa noite, não haverá outra
hora.”
"OK." Ela fechou os olhos e deixou a mulher terminar.
Pauline entrou no quarto, os saltos vermelhos clicando no piso de madeira.
Nossa sala de estar foi transformada em um covil de operações. Um
especialista em moda já se certificava de que eu estava perfeito em meu traje
e estava discreto, mas poderoso. Eu estaria ao lado de Celeste enquanto ela
respondia às perguntas e dava a exclusiva para Helen em seu show naquela
noite.
Eu estava em uma camisa cor de ameixa, o botão de cima esquerdo aberto,
com um terno preto de dois botões e corte fino. Além disso, usaria um casaco
Milford26 trespassado. Ela escolheu uma blusa de seda creme de linha com
uma calça de cintura alta e pernas largas de cor marrom para Celeste. O olhar
era rico e, no entanto, desviou-se do berrante. Os cachos de Celeste haviam
sido domados em cachos que pendiam de seus ombros.
Ela só precisava de uma última peça para terminar tudo.
Pauline me entregou uma pequena caixa de veludo vermelho antes de
levar todo mundo para fora da sala. Eu podia ouvi-la dizendo àqueles que
precisavam entrar no avião para se dirigir a uma das duas limusines
25
Talk show é um gênero de programa televisivo ou radialístico, em que uma pessoa ou um grupo de
pessoas se junta e discute vários tópicos que são sugeridos e moderados por um ou mais apresentadores.
26
estacionadas do lado de fora para nos levar ao hangar. Celeste se levantou

devagar e mordeu o lábio.
"Cuidado, ou você vai estragar a sua maquiagem." Ela revirou os olhos para
mim, mas parou de morder o lábio e esfregou os dentes para tirar qualquer
batom que pudesse estar preso.
"Eu não sei se posso fazer isso", disse ela.
"Certamente você pode."
“Eu congelo quando eles me perguntam sobre ele. Tem sido fácil dar a eles
o discurso, mas vou ter que dar alguns detalhes.”
“O show não é ao vivo. Ele vai ao ar amanhã de manhã e eu estarei lá. Esta
é uma entrevista íntima apenas com você, ela e eu. Eu estarei bem aí
segurando sua mão. Se há algo que você não quer responder, não vai, e
vamos nos certificar de que é cortado da fita final. Ela sabe que está
recebendo duas exclusivas e não vai querer estragar tudo.
"Duas? Não posso fazer isso uma segunda vez quando tenho pavor da
primeiro. Ela jogou as mãos para cima e veio ao redor do sofá em minha
direção.”
“Vamos apenas cancelar e ir com a outra sugestão de Pauline. Eu posso
escrever sobre o que aconteceu comigo, ela vai limpá-lo, e nós vamos liberar
isso.”
“Celeste, você é mais forte que isso. Eu vi isso. Desafie-os a discutir com
você. Nossa voz dará a dez outras mulheres a força para testemunhar contra
ele. Lembre-se disso."
Quando o caso chegou aos jornais, mais mulheres apresentaram a mesma
história sobre o que os Welsh fizeram com elas. Nenhuma delas era tão
habilidoso com riqueza e política quanto Celeste. Elas precisavam dela para
chamar a atenção para outras mulheres em sua situação. Os silenciosos que
não se manifestaram e estavam com muito medo de conseguir ajuda.
"Royce, eu não posso."
“Mattherson não entende não pode. Eles fazem, Celeste.”
"Royce, eu não sou uma Mattherson", disse ela. Ela exalou bruscamente e
se afastou de mim. Perfeito.
Ajoelhei-me atrás dela e abri a caixa de veludo. Eu comprei apenas para
ela, feito especialmente para caber em seu dedo. A faixa de ouro estava
coberta de diamantes canários esmagados. Um diamante de cinco quilates
estava no centro, moldado em uma fechadura. Um coração de diamante

branco estava ao redor do buraco da fechadura que era feito de um diamante
negro. A única mulher a segurar meu coração, e é aí que ficaria.
“Você não é um Mattherson ainda,” eu a corrigi. Ela se virou, uma
discussão em seus lábios. Ela parou quando me viu.
“Você é, de longe, a única mulher na minha vida que me viu. Não por causa
do que eu poderia fazer por você, não pelo que eu queria fazer com você,
mas eu. Apenas eu. O homem assustado que desejou ter sido capaz de salvar
sua mãe e lutou para manter sua raiva sob controle. Você me viu e me
impediu de me afogar. Você tem força, querida. Você me salvou. Agora basta
usar uma onça27, apenas uma partícula, e salvar as mulheres. Não me deixe
afundar, Celeste. Tome meu nome e seja minha âncora. Mantenha meu
coração seguro.”
"Maquiagem", ela gritou, acariciando seu rosto.
"Não é exatamente a palavra que eu estava esperando."
"Droga, Royce, você poderia ter feito isso antes de eu ficar pronta", ela se
irritou comigo.
"Ainda não é a resposta."
“Você já sabe a resposta, seu idiota. Sim. Um milhão de vezes sim.”
"Essa é minha garota."
Dane-se a maquiagem; foi arruinada de qualquer maneira. Eu me levantei
e coloquei o anel em seu dedo antes de beijá-la para selar o acordo. Eles
gritariam conosco em um minuto, mas quem dava uma merda. Ela poderia
sair com um saco e ainda seria a única mulher que fez meu coração disparar
uma batida.
"O que você quer dizer com a masmorra dele?" Helen perguntou. Seu
cabelo loiro duende quase se misturava com as luzes brilhantes. Seus olhos e
modos amáveis haviam aliviado a maior parte da tensão de Celeste. Segurei
sua mão com mais força quando a pergunta trouxe toda a sua tensão de volta
ao seu corpo.
"Ele tinha um porão", Celeste começou devagar. “Lá embaixo ele mantinha
uma gaiola com grossas barras de aço pintadas de preto. Ele colocou placas
27
antiga unidade de medida de peso de diversos países.
de gesso preto em torno de três lados, de modo que apenas a frente era
visível. Ele me colocou lá e me acorrentou até que eu estava pronta para sair.
“Por que você não esperou a sua mãe ou pai vir buscá-la? Certamente ele
teria deixado você sair antes que eles viessem.”
"Eu poderia ter, mas ele bateu na gaiola, gritou comigo, e outras vezes se
masturbou ..." Celeste engoliu em seco, incapaz de continuar.
"Corte a câmera", disse Helen e saiu de seu assento. Ela afundou na frente
de Celeste e agarrou nossas mãos unidas em suas frias.
“Você não responde a outra pergunta, a menos que queira, ok? Aquele
desgraçado merece ser enforcado por suas bolas e espancado com tacos
quentes.” Suas palavras surpreenderam um riso aguado de Celeste.
"Obrigado por ser tão gentil", disse Celeste.
“Querida, você sabe quantas mulheres tiveram algum tipo de abuso sexual
durante a vida? Eu tenho; É a razão pela qual eu queria fazer isso especial
para você. Você é uma sobrevivente. Não deixe que ele ganhe outro dia. Nem
mais um segundo. Mantenha sua cabeça erguida e lute contra ele. Todos os
dias depois de ser estuprada, tive que lutar apenas para abrir os olhos. Eu era
uma celebridade, essas coisas não aconteciam com pessoas como eu. Nunca
vai embora, mas fica melhor.”
"Você?" Celeste perguntou.
"Sim. Por que você acha que seu noivo me escolheu para a exclusiva? Ele
não confiaria você com qualquer um, e ele conhecia suas coisas” Helen
explicou.
“Nós compartilhamos um advogado e ele a representou. O dinheiro faz o
mundo pequeno às vezes,” eu disse a ela.
"Maurice é incrível", disse Celeste.
“Ele é isso, mas ele não segura uma vela para você. Temos muito para fazer
uma exposição, e eu vou ser tão feliz por estar em seu casamento também.
Nós não temos que continuar.”
"Não." Celeste enxugou as lágrimas com os dedos cuidadosos e depois
endireitou-se. Ela virou um pouco para mim.
“Eu te amo tanto e você está certo. Matthersons não sabe o que 'não pode'
significa”.
Ela se virou para Helen como se ela não tivesse deixado cair uma bomba
que explodiu no meu crânio e reverberou através do meu corpo. Ela me
amava. Ela disse as palavras. Eu engoli, tentando não cair da cadeira. Em vez
disso, levantei as mãos entrelaçadas à minha boca e beijei seu anel de
noivado.
"Role a câmera", disse Helen, quebrando o momento, mas eu não poderia
estar mais feliz.
Eu venci. Eu peguei ela. Minha Garota de Uma Hora se tornou minha garota
para sempre, anzol, linha e chumbada. Através de quaisquer tensões e
provações que enfrentamos, isso apenas nos fortaleceu. Haveria momentos
em que nós dois cometeriamos erros. Inferno, nós éramos humanos apenas
depois de tudo, mas nada poderia ser pior do que o que nós já enfrentamos
juntos. As pessoas tinham casamentos baseados em muito menos.
Nós pelo menos tínhamos confiança, amor e fomos testados com fogo. Nós
passaríamos por isso e então nossa vida poderia começar. Eu não estaria
sozinho de novo, e ela não teria mais que sentir medo. Aquela masmorra
poderia ficar em sua mente como uma lembrança que poderia ser usada
como um trampolim para um amanhã melhor.
“Acho que temos o suficiente sobre o Welsh. Pelo que a Celeste me deu, o
público vai condená-lo muito antes que um júri o faça. Nós podemos seguir
caminho para vocês dois agora. Tudo bem?"
Celeste se virou para mim e eu assenti.
"Vá em frente", disse Celeste.
"Então, como vocês se conheceram?"
Nós conversamos sobre isso, então sabíamos como responder. Às vezes,
mesclar o suficiente da verdade com as mentiras tornava mais fácil de engolir.
Eu aprendi isso há muito tempo. Então nosso conto não era tão bonito
quanto tantos outros, mas foi o suficiente. Sempre seria o suficiente.
“Foi meio horrível, na verdade. Eu estava indo por um caminho muito
escuro com a minha vida. Não acreditei no amor nem encontrei nenhum tipo
de felicidade. Eu me coloco em situações perigosas apenas para me sentir
viva, para me punir por ter quebrado minha família. ”
"Você pensou que estava suja depois de tudo o que aconteceu?" Helen
perguntou, entendendo nos olhos dela.
"Sim. Eu fiz. Eu sei agora que não era o jeito certo de pensar. Royce e eu
nos conhecemos em um evento de arrecadação de fundos para violência
doméstica e eu queria que ele fosse o meu perigo para a noite. O homem
inatingível. Ele disse não."
"Mesmo?" Helen perguntou. Ela se virou para mim com olhos
questionadores.
“Mais como se eu estivesse com medo dessa linda mulher que usava uma
máscara para esconder sua dor. Dor que eu entendi e vi através. Olhei nos
olhos dela e pensei que, se a tocasse, se me permitisse levá-la a um encontro,
estaria perdido.”
"Eu o ignorei depois daquela noite e, aparentemente, funcionou",
acrescentou Celeste.
Sim, sim. Ela me mandou correndo para conseguir o que eu nunca pensei
que teria.
Uma chance de amor, quebrado e tudo.
Epílogo
celeste
Se meus pés ficassem maiores, eu ia dar um soco em Royce em seu rosto

sexy e irritante.
Sentei-me na minha mesa na LAD / CA, Vida após abuso doméstico /
infantil, a organização sem fins lucrativos que Royce tinha passado tempo em
me ajudar a começar e me mexer. Levou dois anos, mas agora que o
julgamento com o Welsh acabou, ele recebeu sua sentença pesada, e eu me
casei com o homem dos meus sonhos, as coisas eram ... normais.
Royce ainda fez meu coração parar quando ele olha para mim, embora
minha bunda fosse larga o suficiente agora que eu sentia pena dele quando
ele me carregava para qualquer lugar. Ele ia ficar tão bravo que eu comecei a
trabalhar quando deveria estar em casa, descansando, mas não me importei.
Três novas mulheres entraram com seus filhos. Duas mulheres foram
vítimas da violência doméstica e o último filho da mulher foi molestado pelo
tio. Nossa organização ajudou aqueles que não podiam pagar
para obter terapia, aconselhamento jurídico e advogados se eles precisassem
ir a julgamento. Vincent ajudou-me a descobrir que informação eu poderia
ter em cada um dos meus clientes, e tentamos dar-lhes a pouca paz que
podíamos.
Esfreguei minha barriga, notando que minha filha parecia estar dormindo
agora. Típico de bebê, durma durante o dia e me mantenha acordado a noite
toda. Houve momentos em que eu estava com tanto medo que me mantive
acordada durante a noite. E se ela estivesse ferida? E se eu não pudesse salvá-
la?
Mas Royce estava sempre lá.
Ele foi comigo para a terapia. Lidei com meus medos de que até ele
pudesse virar rostos e machucar nosso filho. Ele ficou ao meu lado, entendeu,
me amou de qualquer maneira, e fez os medos irem embora. Eu não acho
que poderia ter sobrevivido por muito mais tempo sem ele.
Quanto mais eu pensava sobre as coisas loucas que eu estava fazendo,

mais eu percebia que teria sido uma questão de tempo antes que eu acabasse
morta ou em uma situação para a qual eu não estivesse preparada. O amor
de Royce me salvou. Através de toda a dor e da luta, eu sobrevivi.
"Celeste? Royce está aqui” disse Pam.
Foi difícil, às vezes, olhar para minha irmã. Talvez tenha sido porque
durante o caso, aprendi que o Welsh tinha feito o mesmo com ela. Que ela
me odiava porque eu tinha sido forte o suficiente para dizer. Ela foi quebrada
porque perdeu seu relacionamento com nosso pai, e tudo que ela tinha para
se agarrar foi a nossa mãe.
Eu a perdoei e a ordem restritiva foi rescindida. Ela até deu a Royce de
volta todo o dinheiro que ele lhe deu. Isso, mais do que tudo, me dizia que
ela estava pronta para mudar. Eu não a conhecia, não realmente, mas estava
ansiosa por isso.
Todos cometeram erros e ela não era diferente. Sabendo o que eu sabia,
eu meio que entendi sua espiral perigosa. Ela encontrou dinheiro do jeito que
eu encontrei sexo. Quanto eu poderia culpá-la por fazer algo como eu?
"Obrigado, mana."
"Eu sinto muito por tudo."
“Você diz isso todos os dias, Pam. E toda vez eu digo que é água debaixo
da ponte.”
"Um dia eu vou acreditar em você e vou parar de dizer isso."
Ela sorriu hesitante e depois esfregou minha barriga antes de sair. Era
estranho nosso tipo de relacionamento. Não ia acontecer da noite para o dia,
mas eu queria ter algum elo com minha família. Minha mãe sempre ia ser
quem ela era, e eu não conseguia aguentar ela, não importava o que. Pam
saíra de casa e entrara em seu próprio apartamento com o salário que eu lhe
pagava. Ela estava seguindo em frente, lenta mas seguramente.
“Tem minha garota. Você deveria estar na cama. E você dirigiu o cupê.
Quantas vezes eu já te disse que sentar tão perto do volante não é bom para
o bebê?”
"Uau, papai urso, eu estou bem."
Ele resmungou, mas ele se inclinou e me beijou de qualquer maneira, como
sempre. Quanta dificuldade eu poderia realmente entrar com ele? Ele estava
enrolado em volta do meu dedo mindinho.
“Vamos para casa, Baby. Marlena ligou e disse que quer jantar com você,
então eu disse a ela para nos encontrar lá.”
"Podemos convidar Pam?" Royce e Pam ainda estavam tendo uma fase
difícil. Eu apreciei que ele era tão meu protetor que ele ainda deu a ela o
olhar de soslaio, mas eu estava pronta para isso estar atrás de nós.
"Ela está tentando, amor", eu disse a ele. Ele suspirou.
“Eu sei que você está aí fora, Pam. Entre.”
A porta abriu e Pam entrou, um rubor manchando suas bochechas. "Eu só
queria ter certeza de que ela estava bem", disse ela.
“Não, você só queria ter certeza que eu não gritei com ela. Eu vejo como
você olha para mim quando ela fica em apuros. Eu prometo a você, Pam, eu
nunca vou machucar sua irmã. Eu a amo mais que a própria vida.”
"Eu acredito em você. Eu só..."
"O que?" Royce perguntou. Ele se levantou e se virou para ela. Eu
reconheci esse rosto. Era como ele parecia quando se preparava para
resolver um problema, consertar alguma coisa. Ele pode não ter se importado
muito com ela no passado, mas seu relacionamento comigo significava que
sua proteção se estendia a ela.
“Seria realmente bom ter minha irmã de volta. Você sabe, como quando
éramos crianças?”
Foram as lágrimas que fizeram isso. Pam nunca chorou. Nem uma vez eu a
vi chorar. E aqui estava ela, com uma blusa de moletom e calça jeans,
trabalhando com as crianças, chorando no meu escritório, e segurando seu
corpo tão duro que ela quebraria se um vento soprasse. Eu conhecia esse
medo, senti, provei. Rejeição se transformou em luz para mim. Eu vi em todos
os lugares, e eu amei a escuridão, ansiava pelo que eu sabia. Eu não queria
que ela tivesse mais medo como eu estava.
"Você nunca a perdeu, querida", eu disse. Ela desmoronou e Royce puxou-
a para um abraço antes de levá-la até mim. Ele me ajudou a segurá-la
enquanto eu acariciei seu cabelo e sussurrei um disparate para acalmar seus
soluços. Depois de alguns minutos, ela saiu dos meus braços e limpou o nariz.
"O jantar está bem?"
"Sim, mana, eu acho que está" Royce disse a ela. Pam olhou para Royce,
surpresa com a resposta dele. Eu apenas sorri.
Royce gostava de salvar coisas. Sempre gostou, sempre faria. Ela se

acostumaria com isso. Ele estaria por perto por um longo tempo.
Ele era meu homem para sempre e eu estava tão feliz que o encontrei.
FIM
Obrigado por ler o livro Garota de uma Hora, da Series Perdidos livro 1 .Eu
realmente espero que você tenha gostado!
· Quer saber quando meu próximo livro está disponível? Você pode ficar
por dentro inscrevendo-se para o meu novo boletim informativo de
lançamento aqui , siga-me no twitter em @LeTeishaNewton , ou curtir
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· Avaliações ajudam outros leitores a encontrar livros. Eu aprecio todas as

revisões, positivas ou negativas.
· Este é o primeiro livro da série Lost, uma coleção de romances

independentes sobre histórias de quem precisa de segundas chances, ou
perdeu muito em suas vidas, encontrando amor. Espero que você os ame
tanto quanto eu gostei de escrevê-los!
Interessado em ler o próximo livro da série? Vira a página para um

excerto do CICATRIZES ...
Capítulo 1
A vida bate a merda fora de você. Chorar só te mata, então levante-se e

lute ...
River
Respiração doía. Eu forcei cada respiração dolorosa através do meu corpo,

bombeando meus braços e pernas para correr mais rápido. Meu inimigo não
parava, ele não se cansaria nem me deixaria em paz. Derrick Reese queria ter
certeza de que eu não sobreviveria ao erro de me apaixonar por ele. Foi uma
coisa estúpida, na verdade. Olhando para trás, ele nunca deveria ter
aparecido no meu radar.
Eu não namorava playboys.
Mas algo sobre o olhar em seus olhos, seu charme de menino, e a maneira
como ele me disse que queria mudar, mas não encontrou a mulher certa, me
fisgou. Sim, foi estúpido, mas eu me apaixonei por isso. Eu estava cego pela
atenção dele, a sensação das mãos dele no meu corpo, e pelo jeito que ele
olhava para mim - como se eu fosse a única garota no mundo.
Foi apenas uma manobra.
Um jogo perfeitamente desenhado que eu não tinha percebido que estava
jogando. Não antes de eu não ter mais amigos, eu parei de sair, e me vi
apaziguando suas birras porque não me machucava da maneira que eu
estava com medo.
Corri mais, tentando escapar da memória dele e do gosto amargo do
fracasso na minha boca. O cascalho sob meus pés rangia e deslizava, mas eu
mantive meu chão. Cada passo me fortalecia, aumentava meus limites,
assegurava que, quando eu fizesse a pergunta certa, quando finalmente
fizesse o que pretendia fazer, estaria pronta para isso.
Um suspiro, dois.
Meus pulmões pareciam ser papel de parede, rangendo contra o interior
das minhas costelas, me punindo por me fazer melhor. Essa dor, no entanto,
foi boa. Isso me lembrou que eu estava viva, que eu tinha sobrevivido a ele e
que continuaria.
A floresta estava quieta, a solidão diminuindo minhas emoções
desgastadas quando parei. O silêncio só foi quebrado pela minha respiração
ofegante. Coloquei minhas mãos nos meus quadris, andando levemente para
trás e para frente para acalmar meu batimento cardíaco, e parar meus
membros das caimbras. Ande, continue andando, sempre observando.
Aquelas palavras se tornaram meu mantra nos dois anos que eu estive
longe de Derrick. Eu não contatei meus amigos ou família, ele sempre me
encontrou quando eu fiz. Eu ficava fora do radar, pagando tudo em dinheiro,
nunca permanecendo em um lugar por mais do que algumas semanas, e
ficando sob os trabalhos da mesa, onde eles não se importavam com
papelada ou identificação.
Era uma vida difícil, mas pelo menos eu estava livre.
Bem, mais ou menos. Eu sempre tive que olhar por cima do ombro e estava
cansada disso. Derrick às vezes se aproximou de mim outras vezes. Ele
deixava notas onde eu poderia vê-las, ou aparecia em lugares que eu
trabalhava e tentando me seguir para casa. Eu estava cansada disso. Eu
queria me afastar dele completamente - ou morrer tentando.
Indo para a minha kitnet alugada levou apenas alguns minutos. Um quarto
de hora depois, estava banhada, vestida de jeans, regata, e meus tenis, e eu
estava fora da porta. Ter um carro significava que eu tinha que registrá-lo,
manter minha licença e seguro. Não é seguro com Derrick sempre lá fora para
me encontrar.
Então eu fui até o Pantera Jiu-jitsu MMA Gym e fiquei do lado de fora.
Parecia um grande armazém vazio com o seu revestimento de metal
enferrujado e placa de aço. Este lugar, no centro da cena das artes marciais
mistas de Stockton, na Califórnia, foi subestimado, indesejado e deixado de
lado.
Seu exterior não combinava com a reputação que tinha. Os lutadores
disputavam a chance de entrar, de serem treinados por treinadores que
haviam trabalhado com lutadores de renome e podiam fazer ou quebrar
carreiras. Eu não me importei com a sua notoriedade. Eu não tinha utilidade
para seus treinadores e o prestígio de ser um lutador do Pantera.
Não, o que eu precisava era muito pior do que isso.
Eu tinha ouvido falar do dono, Ethan Kendall. Ele não era bom, um
condenado que tinha servido duro em Oakwood Prison em Staffordshire,
Inglaterra. Ele não sabia ser legal, e a razão pela qual ele abrira a academia
era por causa de seus laços de máfia russa.
Ele amava a violência.
Ele era um sociopata.
Ele era um assassino.
Eu não me importei. Porque eu precisava de um monstro para me
transformar em um. Eu não iria sobreviver Derrick a menos que eu me
certificasse de que ele nunca mais pudesse me tocar, nunca me achasse. Eu
tinha que matá-lo e queria que Ethan Kendall me ensinasse como.
Eu respirei fundo e me dirigi para a entrada. O crepúsculo estaria
desaparecendo em breve, transformando-se em uma escuridão nítida
acentuada pela brisa pesada. O inverno estava chegando em breve a
Stockton, e me perguntei se estaria aqui para vê-lo.
Parte de mim esperava que eu estivesse.
Porque isso significaria que Ethan tinha me ajudado, que eu tinha feito o
que eu precisava, e eu poderia viver em uma cidade que eu vim a amar. A
porta da academia ficava do lado direito e eu entrei. O cheiro de suor, tapetes
de plástico e óleo me atingiu. Os lutadores posicionados ao lado de diferentes
anéis e trabalhando em esteiras não marcaram minha entrada.
Eu os observei, movendo-se através dos movimentos, atacando almofadas
e corpos com determinação unilateral. Treinadores para os lados de fora ao
lado dos ringues chamavam combinações e conselhos, mas os lutadores
estavam em silêncio.
Havia uma raiva controlada fervendo no quarto. Aqui estava a violência
que se transformou em um esporte com regras, respeito e honra, apesar dos
lutadores personas às vezes retratados. Meu sangue zumbiu através do
sangue. Eu tinha a raiva fervente, queimando através de mim e queimando a
parte de trás da minha garganta.
Eu precisava que fosse temperada, formada e forjada em uma arma. Eu
poderia encontrar isso aqui.
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