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Metodologia da Pesquisa Cientí ca

de confundimento. Esta última ocorre em virtude se com outro que não a possui. As unidades (ou
da distribuição aleatória (sorteio) dos indivíduos nos indivíduos) são selecionadas a partir do fato de
dois grupos, pois há maior con abilidade em não apresentarem a condição (casos) ou não (controles),
haver grandes diferenças signi cativas entre eles e esses grupos são comparados com fatores
com relação às variáveis de confundimento. passados que se julgam relevantes para a etiologia
da condição/característica de interesse (abordagem
Desvantagens: em geral, são caros e prolongados; retrospectiva).
podem estudar apenas intervenções (exposições)
controladas pelo pesquisador; podem ter problemas Vantagens: curta duração e baixo custo; e ciente
com mudanças de intervenção ou abandono; podem para condições (ou doenças) de baixa incidência;
ser limitados na generalização (grupo representativo) tamanho amostral geralmente menor comparado
e apresentar problemas éticos. ao estudo de coorte, podendo empregar exames e
testes mais caros; possibilidade de investigar muitos
Estudo de coorte: também conhecido por fatores de risco simultaneamente.
estudos longitudinais ou prospectivos (ou, ainda,
dados de painel), inicia-se com um grupo de Desvantagens: informações sobre exposição
pessoas (empresas, estados, municípios etc.) sem dependem da memória do entrevistado ou do
o fenômeno/condição de interesse em estudo, que prontuário; di culdade na seleção dos controles;
serão classi cados segundo exposição ou não ao pouco e ciente para avaliar exposições raras; a
fator de exposição. Os grupos são acompanhados incidência da condição (ou doença) em expostos e
no tempo, e compara-se a ocorrência da condição não expostos não pode ser determinada diretamente;
entre grupos expostos e não expostos ao fator. Nesse a temporalidade pode ser difícil de estabelecer.
estudo, veri ca-se a incidência (ou os casos novos)
do fenômeno de interesse. Estudo transversal: é também conhecido por
estudo de prevalência ou seccional. Caracteriza-
Vantagens: preserva a sequência de tempo; se pela observação de um indivíduo em um único
permite cálculo do risco relativo de forma direta, ponto no tempo, considerando exposição e efeito.
pois informa a incidência; pode evidenciar a relação A prevalência (casos existentes) da condição ou do
do fator de risco com outras condições que possam fator de interesse nos expostos é comparada com
aparecer no decorrer do estudo; e menos sujeito a aquela nos não expostos. Os estudos transversais
vícios de seleção quando comparado ao estudo de têm por objetivo veri car a prevalência do objeto em
caso-controle. estudo e também veri car os fatores associados a
este.
Desvantagem: longa duração e custo elevado;
inadequado para condições (ou doenças) raras, em Vantagens: curta duração; relativamente
virtude de contar os casos novos da ocorrência/ econômico; permite conhecer a prevalência associada
condição; pode haver perdas de seguimento em aos agentes suspeitos; permite a descrição da
virtude da longa duração do acompanhamento; pode população e o conhecimento de suas necessidades;
haver modi cações na composição dos grupos. permite avaliação preliminar de uma hipótese.

Estudo caso-controle: conhecido também por Desvantagens: não quanti ca o risco de


estudo retrospectivo. Seleciona-se um grupo que desenvolver a condição/fenômeno de interesse; a
possui uma característica de interesse e compara- sequência temporal do fenômeno em estudo não

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aparece; limitado epidemiologicamente, por não poder estabelecer associações causa-efeito; pode induzir
facilmente a associações ou interpretações falsas ou fortuitas; quando a prevalência da condição na população
é baixa, necessita-se de mais pessoas na amostra.

Diagrama 1: Tipos de estudos quantitativos em ciência.

Estudos qualitativos História oral

Os estudos qualitativos não têm as hipóteses A história oral é uma metodologia de estudo
preconcebidas. O racionício indutivo procura qualitativa bastante usada em pesquisas históricas e
desenvolver as hipóteses a partir de observações. sociológicas. Trata-se de uma metodologia de pes-
O foco está na essência dos fenômenos, sendo quisa que consiste em realizar entrevistas gravadas
que o pesquisador deve apresentar sensibilidade com pessoas que podem testemunhar sobre acon-
e percepção ao coletar e analisar os dados. É tecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida
importante o acesso aos dados no ambiente de ou outros aspectos da história contemporânea. Co-
campo e o estabelecimento da con ança dos sujeitos meçou a ser utilizada na década de 1950, após a
da pesquisa. Os métodos de coleta mais comuns são invenção do gravador, nos Estados Unidos, na Europa
as observações e as entrevistas, e os dados devem e no México, e desde então se difundiu bastante.
ser analisados durante e após a coleta. A análise dos
dados envolve interpretar, organizar, resumir, integrar A história oral surgiu como forma de valorização
e sintetizar, sendo que a narrativa analítica refere- das memórias e recordações de indivíduos. É um
se ao fundamento essencial dos estudos qualitativos. metódo de recolhimento de informações por meio de
No relatório escrito, o pesquisador qualitativo deve entrevistas com pessoas que vivenciaram algum fato
atingir equilíbrio entre descrição detalhada do sujeito ocorrido. Os principais pro ssionais que a utilizam
de pesquisa e análise e interpretação. Os estudos são historiadores, antropólogos, cientistas políticos,
qualitativos mais utilizados são: história oral, grupos sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, jorna-
focais e sociodrama. listas, psicólogos, entre outros (MEIHY; HOLANDA,
2007).

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Apesar do uso crescente, sua credibilidade como O grupo focal é uma técnica de pesquisa que
dado cientí co é questionada por parte de alguns permite a obtenção de dados de natureza qualitativa
acadêmicos: o entrevistado pode ter uma falha de com sessões em grupo de, aproximadamente, 6 a 15
memória, criar uma trajetória arti cial, autocelebrar- pessoas. Para Krueger (1996), esse método descreve
se, fantasiar, omitir ou mesmo mentir. Mesmo diante como pessoas reunidas possuem determinadas
dessa “não con abilidade da memória”, conseguiu- características e produzem dados qualitativos sobre
se estabelecer uma metodologia bem estruturada uma discussão focalizada, em roteiro enxuto elaborado
para a produção de dados a partir dos relatos orais pelo pesquisador, em torno de 5-6 perguntas. Nesse
(MEIHY; HOLANDA, 2007). sentido, as pessoas compartilham um traço comum
(sexo, idade, ocupação, papel que representam na
A história oral segue a seguinte estrutura: comunidade), e o objetivo não é buscar um consenso,
mas mapear as falas. Os grupos selecionados para a
a) Escolha do grupo que será estudado. pesquisa podem ser homogêneos ou heterogêneos,
dependendo do objetivo da pesquisa. É preferível,
b) Formação das redes, entendidas como
na maioria das vezes, ter pessoas de um grupo
subdivisões dos grupos.
homogêneo na discussão. Entretanto, se o objetivo
é provocar polêmica, um grupo heterogêneo
c) Pré-entrevista: momento no qual se apresenta,
certamente traz mais resultados.
em linhas gerais, o projeto de pesquisa para os
participantes, se elucidam os procedimentos e Apesar de tais de nições terem sido elaboradas
a necessidade de utilização de equipamentos sob a in uência de diferentes pesquisas de mercado
eletrônicos para o registro da entrevista e se e marketing, é possível trabalhá-las em perspectiva
agendam datas, horários e locais onde elas e adequá-las às demandas dos pesquisadores das
serão gravadas. ciências humanas e sociais. Para que o grupo focal
atinja pleno êxito, faz-se necessário o desempenho
d) Entrevista.
de seis funções, distribuídas e organizadas em dois
macromomentos: (1) mediador, relator, observador e
e) Transcrição: compreende a passagem literal
operador de gravação, exercidas durante a realização
do oral para a escrita, incluindo as repetições,
do grupo e (2) transcritor de gravação e digitador,
vícios de linguagem, expressões regionais e
que dizem respeito ao pós-grupo:
marcadores conversacionais que caracterizam
a oralidade.
- Mediador: função-chave, responsável por
abertura, motivação, desenvolvimento e conclusão
f) Textualização: trabalho de conferir à entrevista
dos debates. A qualidade dos dados e das informações
um caráter de texto, de leitura agradável e
levantadas está intimamente vinculada ao seu
uida.
desempenho.
g) Transcriação: trabalho de tradução criativa.
- Relator: tem a função de anotar as falas,
h) Conferência. nominando-as, associando-as aos motivos que as
incitaram e enfatizando as ideias nelas contidas.
Deve registrar também a linguagem não verbal dos
Grupo focal participantes, como tons de voz, expressões faciais e
gesticulação.

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