Вы находитесь на странице: 1из 9

0

Universidade Federal Rural De Pernambuco


Unidade Acadêmica De Serra Talhada
Engenharia De Pesca

Rayan Cardoso

Manguezais e Estuários

Serra Talhada – PE

2019
1

Universidade Federal Rural De Pernambuco


Unidade Acadêmica De Serra Talhada
Engenharia De Pesca

Rayan Cardoso

Manguezais e Estuários

Parte Escrita do seminário apresentado à disciplina de


Oceanografia Biótica ministrada pelo Prof.º Dráuzio
Véras ao 7º período de Engenharia de Pesca da
Universidade Federal Rural de Pernambuco/ Unidade
Acadêmica de Serra Talhada – UFRPE/UAST,
correspondendo à 2ª avaliação de aprendizagem.

Serra Talhada – PE

2019
2

SUMÁRIO
1. CONCEITO ............................................................................................................... 3
2. CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................... 3
2.1. Geomorfologia ................................................................................................... 3
2.2. Domínio ............................................................................................................. 4
2.3. Geometria ........................................................................................................... 4
2.4. Hidrologia .......................................................................................................... 4
3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ........................................................................ 4
4. PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA FAUNA E DA FLORA ........................... 5
5. FATORES ABIÓTICOS QUE OS CONDICIONAM ............................................. 6
6. IMPORTÂNCIA ....................................................................................................... 6
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 8
3

1. CONCEITO
Segundo Pritchard (1976) “Estuário é um corpo de água costeiro, semiaberto à
comunicação com o mar, no qual a água do mar se mistura física e quimicamente com
água doce proveniente da drenagem fluvial, em regime estuarino”. Entende-se que é o
encontro da água doce proveniente do desague do rio com a agua salgada do mar, sendo
um ambiente de transição destes dois ecossistemas tendo características próprias de
vegetação e fauna tanto superficialmente quanto profundamente.

2. CLASSIFICAÇÃO
Uma classificação que abranja todos os sistemas estuarinos é praticamente
impossível, portanto podemos classificara-los de várias formas, dentre elas as mais
comuns são: quanto a sua geomorfologia/origem, quanto ao seu domínio, geometria e
hidrodinâmica.

2.1.Geomorfologia
Com este critério pretende-se traduzir a relação entre a morfologia do sistema e os
fenómenos que estiveram na sua génese. Assim, consideram-se:

Desembocaduras de rios afogadas: são as mais comuns em todo mundo, causadas pelo
aumento do nível do mar o que resultou na incursão da água do mar para as
desembocaduras dos rios.

Fiordes: são íngremes, sofrem erosões glaciais e tem o canal em forma de U. Eles têm
de 300 a 400 metros de profundidade, mas tipicamente terminam em orla ou soleira rasa
formada por depósitos glaciais terminais.

Estuários com barra: formam-se quando uma ilha ou um esporão de barreira são
construídos paralelos à costa, acima do nível do mar. Como esses estuários são rasos e
normalmente tem apenas uma pequena entrada que os conecta ao oceano, a ação da maré
é limitada.

Tectônico: são reentrâncias costeiras formadas por imperfeição e subsidência locais.


Tanto a água doce quanto a do mar fluem na depressão e formam um estuário.
4

2.2.Domínio
Estuários dominados por ondas: Apresentam caracteristicamente um pontal arenoso
transversal à desembocadura e uma energia baixa na porção média, onde há a tendência
ao acúmulo de lama.

Estuários dominados por marés têm barras arenosas longitudinais ao fluxo fluvial e
canais meandrantes na porção intermediária.

2.3.Geometria
Critério de avaliação mais simples em que se considera os valores médios de
comprimento, largura e profundidade como avaliação meramente subjetiva.

2.4.Hidrologia
É o critério utilizado por Pritchard, em que os gradientes de salinidade em
profundidade e a intensidade da circulação no interior do sistema (devida a presença de
massas liquidas com diferentes densidades permitem distinguir os seguintes grupos de
estuários: Estratificados (com uma clara demarcação da cunha salina), parcialmente
misturados, bem misturados.

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Os estuários são caracterizados por grande variabilidade na salinidade e pela
instabilidade dos seus fatores ambientais. Uma propriedade importante dos estuários
traduz-se pelo fato de, embora havendo variações importantes das afluências de água
doce, não terem tendência para acumular a correspondente água doce no próprio estuário.
As variações na quantidade total de sal não são apenas dependentes da taxa de variação
dos caudais da água doce afluentes. Um aumento no caudal de água doce dá origem a
uma translação transiente para jusante das isolinhas de salinidade à superfície e alguma
diminuição de salinidade a todas as profundidades. Ao mesmo tempo, ocorre uma reação,
que resulta num fluxo acrescido de água salgada nas camadas mais fundas, que pode
originar estratificação vertical.

Assim, nos estuários, tende a estabelecer um equilíbrio dinâmico, quase-estacionário


e que resulta das interações entre o caudal fluvial permanente do rio para o estuário e a
pressão para montante da água salgada. Do equilíbrio das forças associado àquelas
interações resultam as características observadas no estuário.

As diferenças observadas resultam, em grande parte, dos processos que estiveram na


gênese de cada um desses sistemas. Num extremo, e sem que mereça ainda a
5

denominação de estuário, pela ausência de afluência significativa de água doce e de um


rio, têm-se as lagunas costeiras, produzidas pela ação da agitação marítima e onde os
sedimentos são predominantemente marinhos e arenosos. No lado oposto do espectro,
encontram-se os deltas, formados na foz de um rio, em geral em costas de pequena
amplitude de maré e de fraca agitação, devidos, principalmente, a processos fluviais que
criam uma zona de deposição de sedimentos finos, espraiada na bacia costeira adjacente.

As lagunas estuariais, os estuários típicos e os deltas são formações devidas ao efeito


combinado dos processos marinhos e fluviais, sendo uns ou outros predominantes, em
maior ou menor grau.

4. PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA FAUNA E DA FLORA


Os manguezais são ambientes estuarinos especiais, caracterizados por apresentarem
densa vegetação de halófitas (plantas que vivem em condições salinas),
chamadas mangues. A densidade das espécies de mangues (Avicenia schaueriana, A.
germinans, Laguncularia racemosa, Rhizophora mangle) e as condições naturais dos
estuários dão aos manguezais uma condição única de uma eficiente "armadilha de
nutrientes"; aí, a decomposição da matéria orgânica é feita por bactérias anaeróbicas que,
desprendendo grande quantidade de ácido sulfúrico (H2S), conferem odor característico
a estes ambientes.

Podem ser encontrados nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. No litoral


brasileiro, ocorrem em vários estuários desde o Amapá (2° de latitude Norte) até o litoral
sul de Santa Catarina, na foz do rio Araranguá (29° de latitude Sul). No estado da Bahia
além do complexo estuarino de Camamú, a Baía de Todos os Santos, considerada um
grande estuário e a maior do país, é conhecida pela degradação de seus ambientes.

Por conta do solo extremamente nutritivo, movimento hídrico suave, uma vegetação
que serve de abrigo e acumularem muita matéria orgânica, os manguezais acabam
servindo de refúgio principalmente para organismos jovens em suas primeiras etapas de
desenvolvimento. Por isso muito dos animais que habitam os manguezais não passam
toda a sua vida neste ambiente. Os camarões, por exemplo, após o nascimento da nova
geração em alto mar, os indivíduos migram para dentro do manguezal e lá permanecem
durante a fase de crescimento, passando de larvas a camarões jovens e quando chegam a
um certo estágio de maturação voltam para o ambiente marinho.
6

Outros animais utilizam os manguezais como moradia fixa como caranguejos,


sururus, taiobas, mariscos em geral e ostras. Estes precisaram de adaptações para suportar
as mudanças diárias do ecossistema. Os caranguejos, por exemplo, enterram-se em
galerias que escavam no solo, na maré baixa, e sobem nos troncos e raízes das árvores
durante a maré cheia.

Peixes como sardinhas, garoupas e tainhas utilizam os manguezais para reprodução e


alimentação. Anfíbios, répteis e mamíferos, como a lontra, utilizam o manguezal como
refúgio, fonte de alimento e local para reprodução.

Aves também se utilizam destes ambientes para reprodução, alimentação e descanso,


principalmente para aves marinhas e/ou migratórias. As mais comuns são as garças, os
guarás, o colhereiro e o martim-pescador.

5. FATORES ABIÓTICOS QUE OS CONDICIONAM


Os principais fatores que tendem a limitar a produtividade primária em ambientes
aquáticos são: a disponibilidade de luz, os níveis de nutrientes (principalmente N e P) e a
temperatura. A radiação solar é fundamental para que a fotossíntese ocorra. A
produtividade primária aquática ocorre predominantemente na zona eufótica dos
ambientes aquáticos, que por sua vez é determinada pela profundidade do ambiente e pela
transparência da água.

Os principais nutrientes limitantes à produtividade primária em ambientes aquáticos


são nitrogênio (N) e fósforo (P). Em geral, há uma relação positiva entre a produtividade
primária e os níveis de N e P do ambiente, ou seja, quanto maior os níveis de N e P maior
tende a ser a produtividade primária.

A temperatura pode exercer efeitos diretos e indiretos sobre a produtividade primária


aquática. O efeito direto está ligado ao metabolismo. O aumento da temperatura acelera
o metabolismo dos organismos, aumentando consequentemente a produtividade primária.

6. IMPORTÂNCIA
É um bioma de extrema importância para a reprodução de um grande número de
espécies marinhas, terrestres e de água doce, por isso ele é chamado por muitos de
berçário da vida. Além de servir como berçário para os animais, os manguezais também
7

servem para amortecer o impacto das marés e para conter os sedimentos trazidos pelos
rios, evitando assim o assoreamento das praias.

Por se tratar de um bioma muito produtivo as populações que vivem próximas a essas
regiões sustentam suas famílias com o que subtrai recursos dos manguezais como
crustáceos (caranguejo, lagosta, camarão), moluscos (ostra, mexilhão), peixes (Garoupa,
Manjuba, Robalo, Sardinha), casca do tronco do Mangue-vermelho (impermeabilização
da panela de barro) entre outros, com isso se tornando um ambiente produtivo
economicamente. Além do homem, grande número de peixes, moluscos, crustáceos e
aves conseguem seu alimento através dos manguezais.
8

7. REFERÊNCIAS

BALDASSIN, Paula. Estuários – onde os rios se encontram com o mar. Disponível em:
https://www.iguiecologia.com/estuarios/. Acesso em 24 de junho de 2019.

CARICCHIO, Camilla. Estuários. ZonaCosteira UFBA. Disponível em:


http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/estuarios.html. Acesso em 24 de junho de 2019.

DESAFIO UHU. ESTUÁRIOS - quando os rios encontram o mar.... Disponível em:


https://desafiouhu.abae.pt/wp-content/uploads/2016/03/Aula-9-estuarios.pdf. Acesso em
24 de junho de 2019.

DUARTE, António. Caracterização Dos Ambientes Estuarinos. Mistura em Estuários.


Disponível em:
http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/Num6/Num6_pag_41_55.pdf. Acesso em 24
de junho de 2019.

Вам также может понравиться