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legislação Brasileira
Eduardo de Brito Souto1 / Gabriel D’Arrigo de Brito Souto2 / Martin Kruel Elbern3
Resumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar os limites de tolerância para radiações, os
quais não estão explícitos na NR-15 e indicar as metodologias de avaliação. Para radiações
ionizantes deve-se avaliar a exposição ocupacional individualmente para cada trabalhador
ocupacionalmente, ao passo que para os demais trabalhadores a exposição pode ser
avaliada através de monitoração ambiental. Para as micro-ondas e outros campos
eletromagnéticos deve-se avaliar a intensidade dos campos elétrico e magnético, conforme
Lei Federal 11.934/2009. Para radiação UV deve-se avaliar a irradiância efetiva nos locais
de trabalho e calcular o tempo máximo de exposição diário. Para os lasers a avaliação pode
ser qualitativa.
0. Introdução
A avaliação da exposição à radiaçao pode até parecer mais complexa e cara que a de outros
agentes de risco, mas não se pode aceitar que o PPRA preveja avaliações qualitativas. Na
própria NR-09 (MTE-Brasil, 1978a) consta que deverão ser adotadas as medidas
necessárias [...] sempre que os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes, os
1
Pro-Rad Consultores em Radioproteção S/S Ltda, ebsouto@prorad.com.br
2
Pro-Rad Consultores em Radioproteção S/S Ltda, gabriel.souto@prorad.com.br
3
Pro-Rad Consultores em Radioproteção S/S Ltda, martin@prorad.com.br
adotados pela ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Higyenists.
Outrossim, também existem outros dispositivos legais que devem ser considerados e
cumpridos.
O presente artigo tem por objetivo apresentar os limites de tolerância, os quais não estão
explícitos na NR-15 (MTE-Brasil, 1978b), e indicar as metodologias de avaliação.
1. Radiações Ionizantes
Note-se que estão definidos dois limites distintos, um para Indivíduos Ocupacionalmente
Expostos e outro para “Indivíduos do Público”. Equivoca-se quem ignora este último por
presumir que não se aplica a trabalhadores.
Cabe lembrar que o Decreto Federal 3.048/99 (Brasil, 1999) estabelece que a comprovação
da efetiva exposição aos agentes nocivos deve ser feita com base em um Laudo Técnico de
Condições Ambientais de Trabalho que considere a NHO-05 (FUNDACENTRO, 2001).
Portanto, para outras aplicações, tais como as industriais, radioterapia e medicina nuclear,
entende-se que metodologia e procedimentos de avaliação análogos devem ser utilizados.
A A B C
Figura 1 – Câmaras de ionização (A), detector Geiger Müller (B) e detector de nêutrons (C)
Dado isso, é necessário avaliar a dose que cada trabalhador recebe, de fato,
individualmente. Somente desta forma é possível comprovar se o trabalhador se expôs
acima do limite de tolerância ou não.
2.1. Micro-ondas
As micro-ondas são radiações eletromagnéticas compreendidas entre 300 MHz e 300 GHz
(Hitchcock, 2004). Para estas há limites de tolerância estabelecidos na Lei Federal
11.934/2009 (Brasil, 2009).
Conforme consta nesta Lei, os limites de tolerância são aqueles adotados pela Comissão
Internacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante – ICNIRP, recomendados pela
Organização Mundial da Saúde. As Tabelas 2 e 3 apresentam estes limites.
A B B B
A ACGIH define um tempo máximo de exposição diário. Este tempo é uma função da
irradiância efetiva avaliada no ambiente de trabalho (Equação 1).
Equação 1
A B C
2.3. Lasers
Assim como para a radiação ultravioleta, adota-se as recomendações da ACGIH (MTE-Brasil,
1978a; ACGIH, 2015).
Neste caso é possível realizar avaliações qualitativas. Conforme a ACGIH, normalmente não
é necessário medir a intensidade do feixe e comparar com os limites de tolerância; o risco
pode ser minimizado com medidas de controle apropriadas à classe de risco do laser.
3. Conclusão
4. Referências
ABNT (2016), Norma Brasileira ABNT NBR 25415 – Métodos de Medição e níveis de
referência para exposição à campos elétricos e magnéticos na frequência de 50 Hz e 60 Hz,
Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ACGIH (2015), 2015 TVLs and BEIs, Cincinatti: ACGIH ® Signature Publications.
Ahmed, Syed Naeem (2007), Physics & Engineering of Radiation Protection, Londres:
Academic Press.
Brasil (2009), Lei N. 11.934, de 5 de maio de 2009, Dispõe sobre limites à exposição
humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos; altera a Lei nº 4.771, de 15 de
setembro de 1965; e dá outras providências.
ICNIRP (1998), ICNIRP Guidelines for Limiting Exposure to Time-Varying Electric, Magnetic
and Electromagnetic Fields (up to 300 GHz). Disponível em URL [Consult. 29 Abr 2017]:
<http://www.icnirp.org/cms/upload/publications/ICNIRPemfgdl.pdf>.