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AUTOHEMOTRANSFUSÃO COMO

PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
PULMONARES PÓS-OPERATÓRIA
Michael W. Mettenleiter, M.D., F.A.C.S.

A administração do sangue como um agente terapêutico é um procedimento muito


antigo, primeiramente em casos de anemia onde a substituição das principais
substâncias é bem conhecida. A aplicação que temos em mente é a retirada de
uma pequena porção do sangue, da veia do paciente, e a re-injeção direta em
seu corpo.

Em 1898, Grasfsron e Elfstron[1] aplacaram a autotransfusão em um caso de


pneumonia.

Dez anos depois Balfour[2] usou este método como uma terapia específica. Todos
os autores empregaram-na puramente sem explanações a respeito das ações.

Em 1913 a auto-hemoterapia foi defendida por Spiethoff[3], em dermatologia, e


considerada uma terapia protéica não específica. Auto-hemoterapia, desde então,
vem sendo extensamente usada em uma variedade de doenças e condições. Os
resultados foram encorajadores na pneumonia pós-operatória, furunculoses,
bronquites, enfisemas e urticárias.

Um bom resultado nas complicações pulmonares pós-operatórias é manifestado


pelo declínio da temperatura, no período de vinte e quatro a quarenta e oito horas,
depois da administração e do desaparecimento dos sintomas.

Existem cinco métodos diferentes de aplicação:

1. Injeção intramuscular de sangue desfibrinado; 20 c.c. de sangue são


desfibrinados pela mistura em recipiente de vidro e injetados
imediatamente.

2. Injeção intramuscular de 16 c.c. de sangue fresco, misturados com 4


c.c. de água destilada.

3. Injeção intramuscular de sangue fresco inalterado.

4. Injeção intravenosa de sangue desfibrinado ou sangue mantido no


gelo por algumas horas ou mesmo dias.

5. Injeção intradérmica em pequena quantidade, de 1 ou 2 c.c. de


sangue fresco.

1
A injeção intravenosa ocasionalmente produz zumbidos, palpitação ou outros
sintomas, portanto a aplicação intramuscular é preferível. Até 40 c.c. podem ser
injetados no músculo, sem dificuldades técnicas ou desconforto para o paciente.

Embora, no passado, a auto-hemoterapia foi usada empiricamente, temos


atualmente uma clara explanação sobre suas ações.

Os componentes ásperos do soro sanguíneo bem como as mudanças sutis das


proteínas e dos derivados, foram abordadas em anos recentes. Benhold[4]
reivindica que a variação da albumina, glóbulos, pseudoglóbulos e dos
endoglóbulos, possuem propriedades físico-químicas, permitindo várias
graduações de um ou de outro, porém permanecem com suas funções
características separadas. Quando o sangue é empregado fora da corrente
sanguínea, ou seja, de seu meio natural, ele se transforma em uma substância
diferente para o corpo humano. Sua característica química é alterada
imediatamente após sua retirada do vaso sanguíneo.

O efeito estimulante da proteína parenteral no sistema simpático e parassimpático,


é demonstrado pelo teste a seguir:

A ação da injeção do sangue desfibrinado na corrente intravenosa, provoca a


imediata dilatação dos vasos sanguíneos e a hiperemia periferial na pele, do ponto
da injeção. Este hiperemia torna-se, mais tarde, um azul desbotado.

Os efeitos gerais após a autonomia do sistema nervoso, são ainda mais


admiráveis. Após a injeção do sangue desfibrinado, acorre uma reação vascular
juntamente com uma reação dos tecidos do corpo.

Widal, e alguns outros[5], observaram uma latente diminuição do número de


leucócitos em todo sistema vascular periferial. Mueller e Petersen[6] demonstraram
que esta diminuição corresponde a um crescimento destas células nos órgãos
abdominais. Com este crescimento no número de leucócitos nos órgãos
abdominais há um crescimento correspondente das funções dos tecidos,
particularmente no fígado, acelerando a secreção biliar, bem como o processo de
desintoxicação[7].

Parece evidente que estas reações dependem dos estímulos dos sistemas
simpático e parassimpático, iniciado pela injeção do sangue desfibrinado. Isso
ocorre também com outras proteínas. Sem efeito sobre o sistema vasomotor,
sangue ou tecidos, tais reações ocorrem após a injeção, onde a autonomia do
nervo serve aos órgãos respectivos.

O sistema retículo-endotelial também é estimulado pela auto-hemoterapia.


Recentes investigações fornecem bases fundamentadas para estes efeitos.
(Schurer.[8])

2
Existe um método simples para testas os efeitos do estímulo dos tecidos
subcutâneos e das células da parede vascular. Uma cantárida de 1sq. cm é
aplicado na coxa por vinte e quatro horas. Uma vesícula que se forma, é aberta. O
fluido é retirado, centrifugado e colocado por um tubo em forma de “U”. O
sedimento é, então, embalado a vácuo e a contagem dos glóbulos brancos é feita.
(Kauffman.) A incidência normal de monócitos é por volta de 5 por cento. Após oito
horas da autohemotransfusão, a contagem dos glóbulos brancos aumenta em 22
por cento, sendo que 20 por cento ainda encontram-se presentes após um período
de setenta e duas horas. A curva decresce gradualmente no período de sete dias,
retornando ao normal após algumas semanas.

O sistema retículo-endotelial também á capaz de armazenar matéria corante. A


determinação calorimétrica com Kongored (Schurer) revela uma grande reserva
após a autohemotransfusão. Um outro teste utiliza um índice bactericida após o
método de Wright. Algumas horas após a injeção, o índice revela um crescimento;
e após oito horas alcança o pico máximo de 15 a 20 vezes o normal. Como o
crescimento de monócitos, as mudanças no índice bactericida provam o estímulo
das forças defensivas do organismo, resultando em um aumento da resistência do
corpo.

As investigações de Schurer sugerem que a absorção do sangue injetado inicia-se


rapidamente. Sabemos que a absorção de leite, monoproteicos e outras
substâncias protéicas podem ser demonstradas após um período de quatro a seis
horas[9]. O sangue, em quantidade suficiente, é absorvido após nove horas e
assim produzirá, nas vias sanguíneas, o fermento chamado glycyltryptophanase.

Estímulos sanguíneos que formam tecidos no tutano dos ossos são reconhecidos,
também, após as injeções intramusculares de sangue ou outras fontes protéicas.
Hoff9 e alguns outros puderam demonstrar estes importantes sintomas como parte
da terapia protéica.

Estas conclusões apontam para a sabedoria da autohemotransfusão


imediatamente após a cirurgia, num esforço para prevenir complicações
pulmonares pós-operatórias.

Temos usado a autohemotransfusão em uma séria de 300 casos cirúrgicos,


injetando 20 c.c. de sangue fresco, intramuscular, imediatamente após as
cirurgias. Não foram registrados casos de complicações pós-operatórias como
bronquites ou pneumonias. Somente em um caso desenvolveu-se uma área de
trombose nos pulmões, após a operação. Tratavam-se de gastroenterostomia,
colecistectomia, apendicectomia, histerectomia, ooforectomia, herniotomia,
tireoidectomia, mastectomia, etc., sob anestesia geral com gás e éter, ao invés de
anestesia local. Complicações pós-operatórias podem ocorrer em qualquer tipo de
método anestésico, contudo a ausência de complicações pulmonares, em nossas
séries, indica que é a auto-hemoterapia responsável por bons resultados, e não o
método anestésico utilizado.

3
Existem, algumas vezes, insignificantes quantidades de sangue deixadas na
feridas, sugerindo que a absorção deste sangue pode render uma
autohemotransfusão adicional desnecessária. As alterações físico-químicos em
todo o sangue a em seu soro, são tão delicadas e rápidas que não há comparação
que possa ser feita entre drenar sangue das veias e re-injetá-lo no músculo ou
sangue deixado sobra a ferida para ser absorvido. Estes dois processos são
inteiramente diferentes.

CONCLUSÃO

1. A administração intramuscular de 20 c.c. de sangue


autógeno, após cirurgias, tem efeito estimulante sobre o sistema
retículo-endotelial, bem como sobre o sistema simpático, que
aumenta a atividade e resistência dos tecidos.

2. Este método não é perigoso. Estes procedimentos vem


sendo usados em 300 casos, com bons resultados na prevenção
de complicações pulmonares pós-operatórias, com evidente
redução de embolismo pós-operatório.

Michael W. Mettenleiter, M.D., F.A.C.S.


Instrutor em cirurgia, Pós Graduado pelo Hospital Escola de Nova York

[1]
ELFSTROM, C. and GRAFSTROM, A. A. relatório preliminar de experimentos
com sangue aquecido no tratamento de pneumonia crupe. N. Y. Méd. Jour.,
68: 307, 1898.
[2]
BALFOUR. Brit. Med. Jour., 1909. Cit. Hoffheinz, S.: Eigenbluttherapie in der
Chirurgie. Ergebn. d. Cbir. u. Ortb., 22: 152, 1929.
[3]
SPIETHOFF, B. Zur therapeutischen Verwendung des Eigenserums. Muncb.
Med. Wcbnscbr., 521: 1913.
[4]
CIT. KYLEN. 1st. es berechtigt, das Bluteiweiss als ein spezifisches Organ
aufzufassen? Med. Klinik. 6: 171, 1935
[5]
WIDAL, F. L’anaphylexie. Press Med., 37: 4, 512, 1926.

4
[6]
MUELLER, E. F. and Wiener, P. The mechanism of insulin action. Arcb. Of Int.
Med., 37: 4, 512, 1926
[7]
MUELLER, E. F. And Brutt, H. Die zentrale Bedeutung der Leber bei der
natuerlichen. Abwehr von Infektionen. Munbc. Med. Wcbnscbr., 2044: 1929.
[8]
SCHURER-Waldeheim, F. Ueber die Wirkungsweise der Eigenblutbehandlung.
Deutscb. Ztscbr. f. Cbir., 239: 352: 1933.
[9]
HOFF, F. Klinische Beitraege zur Frage der zentralnervosesn Regulation des
Blutes. Klin. Wcbnscbr., 42, 1751, 1932

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