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0.1. Introdução
O aluno participante deste curso deve ter uma visão global e cibernética que o
leve a entender a natureza de maneira diferente. Tentaremos aqui formar um tipo de
profissional que além de ótimo técnico, consiga entender que apesar da ciência, a
natureza é a mãe da sabedoria. O aluno perceberá com uma visão ampla, que a natureza
regula as nossas vidas e nos dá todas as possibilidades de desenvolvimento.
No contexto deste curso será mostrado que o entendimento do meio ambiente é
um tanto quanto complexo, sendo necessária noções de matemática, educação,
engenharia, biologia, química, sociologia, geologia, advocacia, economia, psicologia,
agronomia e filosofia.
Perceber o que é um desequilíbrio ecológico, “É de fundamental
é fator importante neste curso e saber a diferença importância conhecer
entre crescimento e desenvolvimento é fundamental a diferença entre
crescimento e
para um profissional da área de tratamento de desenvolvimento”
esgotos e meio ambiente.
Por fim, tratamento de esgoto é política, técnica e filosofia, sendo que nunca um
profissional da área conseguirá bons frutos, apenas com estações de tratamento de esgoto.
São necessárias leis, educação e principalmente respeito pelo meio em que se vive.
Apesar da técnica necessária para projetar os reatores, o entendimento das leis é
essencial para a escolha da área a ser implantada, da eficiência exigida e
consequentemente do tipo de tratamento. Verificam-se várias estações de tratamento de
esgoto com ótimo projeto e desempenho não enquadradas na lei devido a erros de
localização e desconhecimento das leis.
No item seguinte serão abordadas as leis necessárias para aprovação de um
empreendimento que cause danos ao meio ambiente. Deve-se entender principalmente o
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CONAMA n º 20, não preocupando-se com a memorização deste, mas sim com o
entendimento de seu contexto.
0.2 Leis Ambientais.
É importante salientar que em esfera nacional existe uma autorização para que os
estados e municípios legislem sobre a proteção dos Recursos Naturais.
A Política Nacional do Meio Ambiente tem como
“O CONAMA
objetivo a compatibilização do desenvolvimento
20 estabelece a
econômico com a preservação do meio ambiente e classificação das
equilíbrio ecológico. Para isso a lei n º 6938/81 revogada águas de acordo
pelo decreto 99274 de 06/06/90 estabelece instrumentos com seus usos
preponderantes”
de apoio.
Instrumentos de apoio à Política Nacional do Meio Ambiente são: Conselho de
Governo (acessora o Presidente da República), Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA (órgão que define as normas), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente –
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ambiente, sendo assim devemos procurá-los e denunciar, somente assim será valorizada a
nossa cidadania.
Constituição Brasileira
O CONAMA n º 20 diz que os esgotos devem ser tratados, para que os rios
mantenham um padrão de acordo com o uso do homem, ou seja, um rio que serve
somente para navegação não tem a necessidade de ter uma qualidade para a recreação de
contato direto ou para o abastecimento humano.
A polêmica é gerada pois esta lei protege o homem e não o meio ambiente. Percebe-
se que os rios de classe 4 praticamente não têm restrições quanto ao lançamento de
esgotos. Os córregos urbanos em sua maioria têm classificação n º 4, e são as principais
vias de doenças, já que estão próximos a população e são a única opção para a
dessedentação dos animais urbanos.
Todo rio deverá ter uma classificação “Todo empreendimento,
cidade, indústria ou
de acordo com o padrão de qualidade
qualquer estabelecimento
desejado. Padrão de qualidade é a condição que despeje efluentes nos
que o rio ao receber um efluente tem de se rios deverão estar
comportar. enquadrados dentro do
padrão de qualidade do rio
O CONAMA n º 20 estabelece um atingido e do padrão de
padrão de emissão que se pode lançar em emissão do órgão poluidor”
qualquer corpo d’água independente do seu
padrão de qualidade.
A cobrança pelo uso da água será um instrumento de ajuda à despoluição dos
córregos, pois quem jogar esgoto no rio pagará por esta poluição, mesmo que esteja
dentro da legislação. Esta cobrança deverá ser normauizada e regularizada pelas Agências
de Bacias que estão sendo formadas pelos Comitês de Bacias Hidrográficas.
A discussão no momento é sobre a forma de cobrança; se será pela classe do rio,
vazão, carga orgânica, etc. A problemática está na forma de controle, pois a estrutura
fiscalizadora é pequena para a demanda existente.
Simplificando, quem não estiver enquadrado no CONAMA 20 será autuado e
responderá por processos criminais; já quem estiver enquadrado no CONAMA 20 pagará
somente pela poluição remanescente da Estação de Tratamento de Esgoto.
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ART 1º - São Classificadas, segundo seus usos preponderantes, em nove classes, as águas
doces, salobras e salinas do Território Nacional:
Águas doces:
I. Classe Especial – águas destinadas:
a) Ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção;
b) À preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
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Águas salinas:
Águas salobras
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ART 3º - Para Classe Especial são estabelecidos os limite e/ou condições seguintes:
- Coliformes: Ausentes em qualquer amostra
ART 4º - Para as águas classe 1, são estabelecidos os limites e/ou condições seguintes:
a) Material Flutuante, inclusive espumas não naturais: Virtualmente ausentes;
b) Óleos e graxas: Virtualmente ausentes;
c) Substâncias que comuniquem gosto ou odor: Virtualmente ausentes;
d) Corantes naturais: Virtualmente ausentes;
e) Substâncias que formem depósitos objetáveis: Virtualmente ausentes;
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ART 10º - Para águas de Classe 7, são estabelecidos os limites ou condições seguintes:
a) DBO5 dias a 20 º C até 5 mg/l O2 ;
b) OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/l O2 ;
c) pH: 6,5 a 8,5;
d) Óleos e graxas: Virtualmente ausentes;
e) Materiais Flutuantes: Virtualmente ausentes;
f) Substâncias que produzem cor, odor e turbidez: Virtualmente ausentes;
g) Substâncias que formem depósitos objetáveis: Virtualmente ausentes;
h) Coliformes: Para uso de recreação de contato primário deverá ser obedecido o
ART 26º desta Resolução. Para o uso de criação natural e/ou intensiva de
espécies destinadas à alimentação humana e que serão ingeridas cruas, não
deverá ser excedido uma concentração média de 14 coliformes fecais por 100
mililitros com não mais de 10 % das amostras excedendo 43 coliformes fecais
por 100 mililitros. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de
1000 coliformes fecais em 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5
amostras mensais, colhidas em qualquer mês; no caso de não haver, na região,
meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice limite será de
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até 5000 coliformes totais por 100 mililitros em 80 % ou mais de pelo menos
5 amostras, colhidas em qualquer mês;
ART 11º - Para as águas Classe 8, são estabelecidos os limites ou condições seguintes:
a) pH: 5 a 9;
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ART 12º - Os padrões de qualidade das águas estabelecidos nesta Resolução constituem-
se em limites individuais para cada substância. Considerando eventuais ações sinergéticas
entre as mesmas, estas ou outras não especificadas, não poderão conferir as águas capazes
de causarem efeitos letais ou alteração de comportamento, reprodução ou fisiologia da
vida.
$ 1º - As substâncias potencialmente prejudiciais a que se refere esta Resolução,
deverão ser investigadas sempre que houver suspeita de sua presença.
$ 2º - Considerando as limitações de ordem técnica para a quantificação dos níveis
dessas substâncias, os laboratórios dos organismos competentes deverão estruturar-se
para atenderem às condições propostas. Nos casos onde a metodologia analítica
disponível for insuficiente para qualificar as concentrações dessas substâncias nas águas,
os sedimentos e/ou biota aquática deverão ser investigados quanto à presença eventual
dessas substâncias.
ART 13º – Os limites de DBO, estabelecidos para as classes 2 e 3, poderão ser elevados,
caso o estudo da capacidade de autodepuração do corpo receptor demonstre que os teores
mínimos de OD, previstos, não serão desobedecidos em nenhum ponto do mesmo, nas
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condições críticas de vazão (Qcrit = Q7,10 onde Q7,10 é a média das mínimas de 7 dias
consecutivos em 10 anos de recorrência de cada seção do corpo receptor).
ART 14º – Para os efeitos desta resolução, considera-se “Virtualmente ausentes” e “não
objetiváveis” teores desprezíveis de poluentes, cabendo aos órgãos de controle ambiental,
quando necessário, quantificá-los para cada caso.
ART 17º – Não será permitido o lançamento de poluentes nos mananciais sub-
superficiais.
ART 18º – Nas águas de Classe Especial não serão tolerados lançamentos de águas
residuárias, domésticas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias
potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes,
mesmo tratados. Caso sejam utilizadas para o abastecimento doméstico deverão ser
submetidas a uma inspeção sanitária preliminar.
ART 19º – Nas águas de Classe 1 a 8 serão tolerados lançamentos de despejos, desde que,
além de atenderem ao disposto no artigo 21 desta Resolução, não venham a fazer com
que os limites estabelecidos para as respectivas classes sejam ultrapassados.
ART 20º – Tendo em vista os usos fixados para as classes, os órgãos competentes
enquadrarão as águas e estabelecerão programas permanentes de acompanhamento de sua
condição, bem como programas de controle de poluição para a efetivação dos respectivos
enquadramentos, obedecendo ao seguinte:
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ART 21º – Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta
ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeça às seguintes condições:
a) pH entre 5 a 9;
b) Temperatura: inferior a 40 º C, sendo que a elevação de temperatura do corpo
receptor não deverá exceder a 3 º C;
c) Materiais sedimentáveis: Até 1 ml/litro em teste de 1 hora em cone Imhoff. Para o
lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula,
os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;
d) Regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período
de atividade diária do agente poluidor;
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e) Óleos e Graxas: óleos minerais até 20 mg/l e óleos vegetais e gorduras animais até 50
mg/l;
f) Ausência de materiais flutuantes;
g) Valores máximos admissíveis das seguintes substâncias:
Amônia: 5,0 mg/l N
Arsênio total: 0,5 mg/l As
Bário: 5,0 mg/l Ba
Boro: 5,0 mg/l B
Cádmio: 0,2 mg/l Cd
Cianetos: 0,2 mg/l CN
Chumbo: 0,5 mg/l Pb
Cobre: 1,0 mg/l Cu
Cromo Hexavalente: 0,5 mg/l Cr
Cromo Trivalente: 2,0 mg/l Cr
Estanho: 4,0 mg/l Sn
Índice de Fenóis: 0,5 mg/l C6 H5 OH
Ferro solúvel: 15,0 mg/l Fe
Fluoretos: 10 mg/l F
Manganês Solúvel: 1,0 mg/l Mn
Mercúrio: 0,01 mg/l Hg
Níquel: 2,0 mg/l Ni
Prata: 0,1 mg/l Ag
Selênio: 0,05 mg/l Se
Sulfetos: 1,0 mg/l S
Sulfitos: 1,0 mg/l SO3
Zinco: 5,0 mg/l Zn
Compostos organofosforados e
carbonatos totais: 1mg/l em Paration
Sulfeto de Carbono: 1,0 mg/l
Tricloroeteno: 1,0 mg/l
Clorofórmio: 1,0 mg/l
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ART 22º – Não será permitida a diluição de efluentes industriais com águas não poluídas,
tais como água de abastecimento, água de mar e água de refrigeração.
ß único – Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes despejos ou
emissões individualizadas, os limites constantes desta regulamentação aplicar-se-ão a
cada um deles ou ao conjunto após a mistura, a critério do órgão competente.
Artigo 24º – Os métodos de coleta e análise das águas devem ser os especificados nas
normas aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normauização e Qualidade
Industrial – INMETRO ou, na ausência delas, no Standard Methods for the Examination
of Water and Wastewater – APHA – AWWA – WPCF, última edição, ressalvado o
disposto no artigo 12. O índice de Fenóis deverá ser determinado conforme o método 510
B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 16ª edição, de
1985.
Dos artigos 26º a 34º a Resolução trata sobre Balneabilidade.
ART 35º – Aos órgãos de controle ambiental compete a aplicação desta resolução,
cabendo-lhes a fiscalização para o cumprimento da legislação, bem como a aplicação das
penalidades previstas, inclusive a interdição de atividades industriais poluidoras.
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ART 38º – Os estabelecimentos industriais, que causam ou possam causar poluição das
águas devem informar ao órgão de controle ambiental, o volume e o tipo de seus
efluentes, os equipamentos e dispositivos antipoluidores existentes, bem como seus
planos de ação de emergência sob pena das sanções cabíveis, ficando o referido órgão
obrigado a enviar cópia dessas informações a SEMA, a STI (mic), ao IBGE (SEPLAN) e
ao DNAEE (MME).
ART 39º – Os Estados, Territórios e o Distrito Federal, através dos respectivos órgãos de
controle ambiental, deverão exercer sua atividade orientadora, fiscalizadora e punitiva
das atividades potencialmente poluidoras instaladas em seu território, ainda que os corpos
de água prejudicados não sejam de seu domínio ou jurisdição.
ART 40º – O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores as
sanções previstas na Lei n º 6938, de 31 de agosto de 1981, e sua regulamentação pelo
Decreto nº 88 351, de 01 de junho de 1983.
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Um rio natural é aquele que não tem a interferência do homem, ou seja, não existe
matéria poluidora despejada. Nele convivem num total equilíbrio diversos tipos de
peixes, algas, plantas, microrganismos, bactérias e etc.
Com o despejo de esgoto nas águas, a quantidade de matéria orgânica aumenta
intensamente. Matéria orgânica de forma simplificada é considerada alimento para muitas
formas de seres vivos, o grande problema é que a taxa de reprodução de algumas espécies
é maior que a das outras. O crescimento acelerado de algumas bactérias e
microrganismos leva a mudança brusca no pH e a diminuição do nível de oxigênio no rio,
onde sem oxigênio poucas espécies vivem no sistema aquático.
Rio poluído
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Na figura anterior verificamos que quando o rio está totalmente limpo, vivem em
equilíbrio, peixes, plantas e bactérias. O rio apresenta parâmetros suficientes para a
sobrevivência de cada espécie, mas quando inicia-se o despejo de esgoto, as bactérias que
estavam controladas pela falta de “alimentação” crescem demasiadamente, por estarem
recebendo matéria orgânica que é sua fonte de crescimento. Estas bactérias em ambiente
propício irão consumir o oxigênio, causando a morte dos peixes mais sensíveis.
Outro problema é o aumento da cor da água devido ao aumento da poluição, que
impossibilitará a entrada de luz solar e, portanto acarretará na morte das plantas
submersas.
Com o aumento da matéria orgânica e constante “Desequilíbrio
ecológico é o
diminuição dos níveis de oxigênio, ocorrerá cada vez
aumento de
mais, uma queda no número de espécies. habitantes de
Na fase crítica onde o rio é considerado uma única
totalmente morto, o nível de Oxigênio Dissolvido é
espécie e
conseqüente
menor que 2 mg/l e as bactérias aeróbias apresentam desaparecimento
dificuldades de sobrevivência. Nessa fase o rio está em de outras.”
estado de anaerobiose, onde somente vivem espécies de
microrganismos que não necessitam de oxigênio para sua sobrevivência.
O rio fica negro, borbulha devido a liberação de gases, dentro dele já não existe
mais luz e oxigênio. Poucos animais conseguem sobreviver sob ele. Apenas algumas
espécies de bactérias e vírus são capazes de viver e o que era um meio em equilíbrio,
transforma-se em desequilíbrio ecológico.
O tratamento de esgoto depende de fatores políticos, e hoje com a mídia abrindo
espaço para eventos ligados à preservação ambiental ficam atraentes, as obras de
saneamento básico. A construção de estações de tratamento de esgotos juntamente com
seus respectivos coletores têm se tornado um fato, mas o problema é que os córregos
urbanos continuam poluídos após estes grandes e divulgados investimentos, levando a um
descrédito da população em relação ao órgão realizador. Acontece que os sistemas de
coletas são deficientes, e grande parte dos esgotos que deveriam estar indo para as
estações tratamento de esgoto são lançados nos córregos urbanos, sem um devido
tratamento. As principais formas de lançamentos irregulares são extravasores instalados
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em poços de visitas, que entopem em época de chuva; Sub-bacias sem cota com o
interceptor obrigando ao lançamento direto no córrego; ligações prediais de esgoto
sanitário em galerias de águas pluviais; entupimento e rompimento de interceptores
levando o esgoto a galeria mais próxima; construções e aterros sobre vielas sanitárias.
Um trabalho deste porte deveria ser rotineiro nas empresas de Saneamento, mas
infelizmente poucas cidades do Brasil o realizam.
Emerson Marçal Júnior realizou este trabalho pioneiro e jamais visto na Cidade de
Campinas atuando como coordenador do grupo de despoluição de córregos urbanos da
Sanasa - Ambiental.
O grupo era formado por 6 estagiários e o desafio era a limpeza de um córrego
que já apresentava interceptores por toda a sua extensão.
“Ao monitorarmos todo o córrego
percebemos que num determinado trecho a “Acontece que grande
DBO alterava-se de 30 mg/l para 180 mg/l. parte dos esgotos que
deveriam estar indo para
Percebemos também que conseguiríamos ter as Estações de
acesso ao local, devido a mata que existia nas Tratamento de Esgotos
margens do córrego e verificamos que o estão sendo lançados nos
corpos d’água através de
cadastro existente estava incompleto; sendo
ligações irregulares. O
assim resolvemos implantar o uso de um órgão público responsável
compressor de fumaça a fim de detectar os fica em descrédito com a
pontos de lançamento. A partir deste dia
população devido ao alto
valor investido e retorno
começamos a descobrir ligações clandestinas e visual inexistente. Com o
através da conscientização e de obras trabalho de despoluição
reparadoras conseguimos baixar a DBO de 30 de córregos urbanos os
resultados são visíveis e a
para 8 mg/l no ponto 1 e de 180 para 18 mg/l
população aprova a obra.”
no ponto 2”.
Através de tecnologia de baixo custo como o injetor de fumaça, bolinhas de
isopor, corantes para a água, trabalho de conscientização e medidas restauradoras
consegue-se realmente transformar esgoto “a céu aberto” em córregos urbanos de boa
aparência.
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PH (Potencial Hidrogênico)
A medida do pH é a concentração hidrogênica das águas, o mesmo deve se
encontrar entre 6,0 e 8,0. Valores fora desta faixa tornam o meio extremamente seletivo
para vários seres vivos.
OD (Oxigênio Dissolvido)
Concentração de oxigênio dissolvido na água.
Alcalinidade
Em geral, quanto maior o valor da alcalinidade, maior será a capacidade da água
residuária manter seu pH próximo do neutro.
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Nitrogênio
O nitrogênio apresenta-se principalmente como nitrogênio orgânico, nitrogênio
amoniacal, nitrito e nitrato. O nitrogênio orgânico ocorre em esgotos sanitários,
principalmente devido à presença de proteínas ou seus produtos de degradação como
poliptiptídeos e aminoácidos. A degradação desses compostos e de uréia gera nitrogênio
amoniacal. O nitrogênio amoniacal, pode estar presente em águas residuárias industriais
que utilizam sais de amônia ou uréia. As formas oxidadas de nitrogênio, (nitritos e
nitratos) podem estar presentes em efluentes de sistemas de tratamento aeróbios, ou nas
águas residuárias industriais. A presença excessiva de nitrogênio causa a eutrofização dos
corpos d’água, que é a proliferação de algas.
Fósforo
O fósforo encontra-se presente em águas residuárias, principalmente como
ortofosfatos e polifosfatos, bem como na forma de fósforo orgânico. A presença
excessiva de fósforo causa a eutrofização dos corpos d’água.
Sulfatos
O íon sulfato é um dos principais ânions presentes em águas naturais. Em
ambiente anaeróbio, os sulfatos geram sulfetos que são responsáveis por problemas de
corrosão, pela emissão de odor desagradável e que, dependendo da concentração podem
causar inibição a determinados processos biológicos como a metanogênese.
Óleos e Graxas
O termo óleos e graxas aplica-se a grande variedade de substâncias orgânicas que
são extraídas das soluções ou suspensões aquosas por hexana ou triclorofluoretano
(Freon). Hidrocarbonetos, ésteres, óleos, gorduras, ceras e ácidos orgânicos de cadeia
longa são os principais materiais que são dissolvidos por esses solventes.
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Outras relações importantes são aquelas entre sólidos fixos e sólidos voláteis.
Relações SF/SV, SSF/SSV, SDF/SDV elevadas indicam a predominância absoluta de
material inerte na água residuária e a necessidade de sua separação prévia a fim de se
efetivar o tratamento biológico.
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g) balanço de sólidos:
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0.7 Questões:
2) Uma indústria altamente poluidora quer se instalar próximo a uma área de proteção ambiental, onde
existe uma numerosa variedade de espécies. Se uma indústria lhe contratar, qual decisão você defenderia?
a) Aceitaria o desafio de tratar os esgotos desta firma próximo a área escolhida ( );
b) Tentaria convencê-los de que seria ideal um estudo de viabilidade ambiental ( );
c) Negaria o pedido por ser perto de área de proteção Ambiental ( );
d) Mostraria que eles não conseguiriam as licenças de instalação ( );
e) NDA ( );
d) O efluente daquela indústria misturado ao rio não atenderá o padrão de qualidade estabelecido
( ) correta ( ) incorreta
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9) O que você entende por desenvolvimento sustentável? Crescer e se desenvolver são sinônimos?
10) Uma cidade para ter qualidade de vida, necessariamente tem que ser desenvolvida?
11) Você acha que as pessoas morrem mais de diarréias, câncer e AIDS em cidades grandes ou pequenas
proporcionalmente? Justifique a sua resposta?
12) Você acha que as pessoas morrem mais de diarréias, câncer e AIDS em cidade desenvolvidas ou
subdesenvolvidas?
13) Somente as estações de tratamento de esgoto salvariam a qualidade de nossos rios? Justifique?
14) Em 1950 praticamente não tínhamos nenhum rio poluído, quantos anos você acha que levaríamos para
despoluí-los?
15) Se você fosse o Presidente da República qual seria seu plano para Despoluição de Córregos? Você
mudaria alguma das leis?
17) Que problemas ao Rio podem ser causados pela presença de nitrogênio e fósforo?
18) Faça um esquema de uma ETE completa (será questão do primeiro teste).
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c) DBO = 1800 mg/l; DQO = 5000 mg/l; N = 100 mg/l; P = 200 mg/l
d) DBO = 180 mg/l; DQO = 1800 mg/l; N = 100 mg/l; P = 100 mg/l
23) Preencha:
Obs.: Todos os exercícios deverão ser feitos e enviados para a correção, o envio do capítulo seguinte
depende da correção dos exercícios. Dúvidas referentes ao texto e sugestões devem ser escritas juntamente
com as respostas dos capítulos.
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