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Tribunal Regional do Trabalho 12ª Região

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região

O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0000066-11.2018.5.12.0027


em 16/07/2018 17:27:34 e assinado por:
- ROGER ELLWANGER DOS SANTOS

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usando o código: 18071617194454100000007690858

18071617194454100000007690858
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 4ª CÂMARA
DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

ROPS Nº. 0000066-11.2018.5.12.0027

CARINA SILVA DE SOUZA, já qualificada nos autos do


Recurso Ordinário em Procedimento Sumaríssimo em epígrafe, que move em
face de ORTHO-X CLINICA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA E
DOCUMENTAÇÃO ORTODONTICA LTDA, vem, oportunamente, à presença de
Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, com fulcro no
artigo 795 e seguintes da CLT, apresentar PROTESTO em face da nulidade
superveniente com a remessa de prova documental suspeita e juntada
intempestivamente, em contrarrazões de RO., desrespeitando o princípio do
contraditório e da ampla defesa.
PRELIMINARMENTE
Tempestividade da impugnação.
Em contrarrazões a recorrida juntou documento (id.
78e09b5), em desconformidade com teor da súmula nº 8 do C. TST.
A presente petitória revela-se como a primeira
oportunidade da recorrente para se manifestar a respeito do aludido
documento, dessa maneira, em respeito a nobre processualística, digna
dessa Justiça Obreira, e, com o intuito de evitar a convalidação do ato nulo,
é que se impõe necessária a presente impugnação.
É, pertinente e tempestivo, portanto, a presente
irresignação, tal qual, preceitua o artigo 795 da CLT, com a finalidade de
permitir a respectiva manifestação/impugnação acerca da nulidade, cuja
inobservância acarretará em cristalino cerceamento de defesa, em
completo desencontro ao princípio da ampla defesa, consagrado pelo
artigo 5º, LV, da CRFB/88.
SÍNTESE FÁTICA
A recorrente propôs reclamatória trabalhista pelo rito
sumaríssimo, o qual, dentre outras características, a celeridade processual se
mostra a mais evidente.
Assim, objetivando maior celeridade na instrução
processual, colacionou aos autos diversos documentos, que dão certeza de
todos os detalhes de sua gestação inclusive data exata da concepção.
Fez isso, por meio exames e laudos médicos emitidos por
médicos diferentes e em datas diferentes, é tão verdade, que a recorrida
não impugnou os exames juntados pela recorrente, inclusive utilizando-os em
sua argumentação em contestação.
Nesse mesmo norte o MM. Juiz “a quo”, entendeu pela
veracidade dos exames, ou seja, validou os documentos acostados pela
recorrente, na instrução processual. Concordando com o estado gravídico
da recorrente, quando afirma que a recorrente “faz jus à reintegração ao
trabalho”.
Isso significa que, se acaso a recorrida tivesse dúvidas a
respeito dos exames acostados, ela deveria impugná-los em contestação ou
até a prolação da sentença, o que não ocorreu.
Ressalta-se, não houve óbice à recorrida, para juntar
quantos documentos fossem necessários à sua tese, oportunamente.
Entretanto, em contestação não juntou um documento sequer, como se
comprova pela ata da audiência, (id. 38de9f1).
Observando o rito processual, utilizando como norte o
entendimento já sedimentado por esse E. Tribunal, a perícia judicial é
desnecessária, quando a informação por ela pretendida já estiver provada
nos autos, e, tiver intuito meramente protelatório.
Muito embora, a sentença proferida pelo MM. Juiz, não
tenha acolhido a fundamentação levantada pela recorrida em nenhum dos
seus termos, a recorrente foi vencida em primeira instância, por razões
relativas a causa de pedir levantadas pelo magistrado e não pelas partes,
ou seja, por fundamentos externos ao que se discute nessa petitória.
Outrossim, inconformada, a recorrente, interpôs Recurso
Ordinário, o qual, foi recebido pelo MM. magistrado “a quo”, porquanto,
preenchidos os pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade (id.
2e5b889).
A recorrida apresentou contrarrazões e com ela juntou
documento, em desconformidade com a súmula nº 8 do C. TST.
Portanto, intempestivo, por não se tratar de fato novo
posterior à r. sentença, tampouco, comprovado o justo impedimento para a
sua oportuna apresentação.
A juntada intempestiva desse documento, por parte da
recorrida, que não se revestiu da forma necessária e exigida pela lei,
caracteriza-se evidente nulidade, cuja inobservância por essa honrada
Câmara, poderá trazer prejuízos irreversíveis à recorrente.
DO DIREITO
A inobservância da forma pode acarretar a ineficácia do
ato processual, ou seja, torná-lo nulo. Porém, o ato processual não é um fim
em si mesmo e sim um meio para se chegar à guarda do direito material em
questão.
Deste modo, alguns atos que atinjam a finalidade
pretendida, mesmo que desrespeitando a forma exigida não sofrerão a
nulidade de acordo princípio da instrumentalidade das formas.
Assim, para se falar em nulidade, o ato em questão ao
desrespeitar a forma deve trazer prejuízo à jurisdição (nulidade absoluta) ou
à parte contrária (nulidade relativa), uma vez que aquele que praticou o ato
não pode, posteriormente, pleitear o reconhecimento da nulidade do ato a
fim de buscar benefícios próprios.
a. Da intempestividade da juntada de documentos na
fase recursal
Destarte, o reconhecimento da nulidade processual
implica na retirada dos efeitos do ato jurídico viciado, em razão do
desrespeito às formalidades legais.
O documento juntado pela parte recorrida não merece
ser recebido por esse honrado juízo, merecendo o desentranhamento dos
autos por contrariar em tudo o enunciado da súmula nº 8 do C. TST, senão
vejamos:
Súmula nº 8 do TST
JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A juntada de documentos na fase recursal só se
justifica quando provado o justo impedimento
para sua oportuna apresentação ou se referir a fato
posterior à sentença.

Nesse mesmo norte tem sido o entendimento dessa


Egrégia Corte, conforme os recentes julgados abaixo:
RECURSO. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS NA FASE RECURSAL.
AUSÊNCIA DE MOTIVO QUE OBSTOU A SUA OPORTUNA JUNTADA.
NÃO CONHECIMENTO. À luz do disposto no art. 435, parágrafo único, do CPC,
admite-se a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a
contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis
após esses atos, desde que a parte que os produzir comprovar o motivo que a
impediu de juntá-los anteriormente. No caso sub judice, os documentos anexados
pelo obreiro ao recurso ordinário não podem ser admitidos, pois sequer alegou a
razão que obstou a sua oportuna apresentação. (RO 0005610-80.2013.5.12.0018,
SECRETARIA DA 3A TURMA, TRT12, LIGIA MARIA TEIXEIRA GOUVEA,
publicado no TRTSC/DOE em 01/03/2018).
Insta ressaltar que laudo médico juntado pela recorrida,
intempestivamente, usou como parâmetro, exame médico (id. 38e211f) e
(id. 1155cc5), ambos juntados pela recorrente no dia 21/02/2018.
Considerando que a recorrida foi citada no dia
27/04/2018, conforme (id. 350ed15) e teve acesso a todos os documentos
até então acostados aos autos, é inescusável sua desatenção, visto que teve
tempo hábil suficiente para apresentar sua defesa em tempo oportuno.
A recorrida prova a necessidade, tampouco, o motivo da
não juntada oportunamente. Inadmissível, portanto a juntada do presente
laudo médico particular, ora juntado em grau de recurso.
Faz jus, portanto, ao seu desentranhamento, por todo o
até aqui exposto.
b. Da suspeição do laudo médico intempestivo,
parcialidade no teor do laudo, litigância de má-fé.
Entretanto, se acaso Vossa Excelência entender que o
laudo médico, trata-se de documento novo, e, optar pelo não
desentranhamento dele dos autos.
O QUE NÃO SE DESEJA.
Vale mencionar, e, apenas por ressalva de direitos, que a
empresa emissora do documento intempestivo, aqui em debate, a GAIA
(centro de reprodução humana), tem, como sócia-proprietária, irmã da
proprietária da empresa recorrida (ortho-x).
Isto posto, presume-se que o referido laudo esteja eivado
de parcialidade, assim, não merece o acolhimento por esse honrado juízo.
A recorrente prova todo o alegado por meio de
documentos, oportunamente colacionados à essa petitória. Pois, bem, para
esclarecer o que se está sendo, aqui alegado, é necessário saber quem são
os sócios das mencionadas empresas.
Da empresa recorrida segundo o contrato social (id.
29012eb) são os Srs.:
 CLAUDIA COSTA FABRIS (sócia administradora);
 VELCIDES FABRIS (sócio).
Da empresa privada (GAIA centro de reprodução
humana) que emitiu a declaração aqui rebatida, juntada
intempestivamente, segundo a receita federal (doc. – QSA/GAIA) (doc. –
Cartão do CNPJ) tem em seu quadro de sócios os Srs.:
 CLEICI COSTA POU (sócia)
 JUAN CARLOS POU FLORENTINO (sócio administrador)
Ocorre que CLAUDIA COSTA FABRIS e CLEICI COSTA POU,
são irmãs, conforme certidões de casamento (doc. - Certidão de casamento
Claudia Costa Fabris) e (doc. – Certidão de casamento Cleici Costa Pou).
Como se não bastasse o médico que emitiu a
declaração rebatida, DR. JUAN CARLOS POU, é cunhado dos sócios da
empresa recorrida, como também fica comprovado pelos documentos por
ora acostados.
A recorrente entende ser proibido a juntada de
documentos quando em fase recursal, entretanto, excepcionalmente e
dentro da legalidade, somente se acaso não houver o desentranhamento
do referido documento juntado intempestivamente pela requerida, os
documentos ora acostados (doc. 01, 02, 03, 04, 05 e 06) devem ser juntados
como contraprova em decorrência de fato superveniente.
O fato do não desentranhamento do documento nulo,
sob a ótica da recorrente, se transformará em fato novo, pois, superveniente,
e, por essa razão, fará jus ao direito de juntar contraprova, nos termos do
artigo 435 do CPC.
Esse é o entendimento do E. TRT 12, como se verifica pelo
recente julgado a seguir:
JUNTADA DE DOCUMENTO. FASE RECURSAL. A juntada de documentos
na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua
oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença, conforme prevê a
Súmula nº 8 do TST. Tratando-se de documentos referentes a fatos
supervenientes à instrução processual, relativamente à controvérsia acerca de
suspeição de testemunha, não há se falar em preclusão, devendo os
documentos serem conhecidos. (RO 0003894-63.2015.5.12.0045,
SECRETARIA DA 3A TURMA, TRT12, ALEXANDRE LUIZ RAMOS,
publicado no TRTSC/DOE em 29/06/2017)
Excelência, o que ocorre aqui, é um evidente abuso de
direito, por parte da recorrida, agindo com manifesta má-fé no processo,
trazendo documento cristalinamente eivado de parcialidade, com o intuito
desvirtuar a verdade dos fatos, as quais, inclusive já obtidas em 1ª instância,
por meio de 3 laudos diferentes, realizados em datas diferentes, avalizadas
por médicos diferentes.
A recorrida trazendo tal documento, ainda que
intempestivo, se acaso aceito, é claramente um meio ardiloso para colocar
dúvida ao juízo, merecendo responder por perdas e danos nos termos do
artigo 793-A, por contrariar o artigo 793-B, II, merecendo, então a aplicação
do artigo 793-C todos da CLT.
DOS REQUERIMENTOS
Diante de todo o exposto, requer o recebimento do
presente protesto, para impugnar a juntada intempestiva do documento (id.
nº 78e09b5), desentranhando dos presentes autos, pois, se assim ocorrer,
ensejará um possível prejuízo à recorrente, e consequente nulidade nos
termos do artigo 794 da CLT e súmula nº 8 do TST. Subsidiariamente, se acaso
entender tratar-se de fato novo, e optar pelo não desentranhamento, O QUE
NÃO SE DESEJA, requer a juntada dos documentos oportunamente
acostados nos termos do artigo 435 do CPC, como contraprova ao referido
documento juntado intempestivamente, para impugná-lo tendo em vista
estar eivado de parcialidade, em decorrência da suspeição.
Termos em que
Pede Deferimento.
Criciúma, 13 de julho de 2018.
Roger Ellwanger dos Santos
OAB/SC nº 51.294

Rol de documentos
Doc. 01 – Cartão CNPJ / ORTHO-X (RECORRIDA);
Doc. 02 – QSA / ORTHO-X (RECORRIDA);
Doc. 03 – Cartão CNPJ / GAIA CENTRO DE REPRODUCAO ASSISTIDA LTDA;
Doc. 04 – QSA / GAIA CENTRO DE REPRODUCAO ASSISTIDA LTDA;
Doc. 05 – Certidão de casamento Claudia Costa Fabris / sócia / recorrida;
Doc. 06 – Certidão de casamento Cleici Costa Pou (irmã da recorrida) x Juan
Carlos Pou (médico que assinou a declaração intempestiva).

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