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BIS 0003 - Bases Matemáticas - Turma B2

2a Avaliação (resolvida) - 21 de agosto de 2015 - Prof. Armando Caputi

Importante: mais do que um gabarito, esta é uma resolução comentada. O objetivo não é só
"dar a resposta certa", mas explicar as ideias principais e argumentos. Nesse sentido, as
resoluções de cada exercício aqui apresentadas são mais extensas do que o esperado na prova.

1. Defina o conceito de função contínua em x = a. Determine os valores de m e n, caso


existam, para que a função abaixo seja contínua no ponto x = 1:


 x 4 − 4x + 3


 se x < 1


 x 3 − 3x + 2



f (x) = 
 n se x = 1





 ( )


 sen m(1−x)
 | 1−x| se x > 1

Resolução:
Uma função f (x) é contínua em x = a se:

1. a ∈ Dom f

2. existe lim f (x)


x→a

3. lim f (x) = f (a)


x→a

Tendo isso em mente, precisamos verificar, com a função dada e no caso a = 1, para quais
valores de m e n as três condições são satisfeitas. A condição (a) é verificada, pois 1 ∈ Dom f
e f (1) = n (independente do valor de n). Para verificar a condição (b), tendo em mente que a
expressão analítica de f (x) é diferente à direita e à esquerda de x = 1, precisamos calcular os
limites laterais de f (x).

Começando pelo limite à direita, note que, neste caso, 1 − x < 0. Logo, |1 − x| = x − 1. Assim:
( ) ( )
sen m(1 − x) sen m(1 − x)
lim f (x) = lim+ = lim+
x→1+ x→1 |1 − x| x→1 x−1
( ) ( )
sen m(1 − x) sen m(1 − x)
= lim+ − = lim+ −m .
x→1 1−x x→1 m(1 − x)
Pondo u = m(1 − x), temos (note que quando x → 1+ , u → 0− ), pelo Limite Fundamental
(trigonométrico):
( )
sen m(1 − x) sen u
lim+ f (x) = (· · · ) = lim− −m = lim− −m = −m.
x→1 x→1 m(1 − x) u→0 u
Limite lateral esquerdo: como x = 1 é uma raiz comum do numerador e do denominador,
estamos diante de uma indeterminação do tipo [0/0]. Fazendo a divisão de cada polinômio por
x − 1, obtemos:

x 4 − 4x + 3 = (x − 1)(x 3 + x 2 + x − 3) x 3 − 3x + 2 = (x − 1)(x 2 + x − 2)

logo
x 4 − 4x + 3 x3 + x2 + x − 3
lim− = lim .
x→1 x 3 − 3x + 2 x→1− x2 + x − 2
Mas o último limite ainda é indeterminado, pois ambos os polinômios têm x = 1 como raiz.
Dividindo novamente por x − 1, obtemos:

x 3 + x 2 + x − 3 = (x − 1)(x 2 + 2x + 3) x 2 + x − 2 = (x − 1)(x + 2),

logo
x3 + x2 + x − 3 x 2 + 2x + 3 6
lim− = lim = = 2.
x→1 x2 + x − 2 x→1− x+2 3
Isto é,
lim f (x) = 2.
x→1−
Assim, os limites laterais serão iguais somente quando m = −2. Nesse caso, teremos

lim f (x) = 2.
x→1

Por fim, para a condição (c) ser satisfeita, devemos ter n = 2.

2
2. Determine o domínio da função abaixo e as assíntotas horizontais e verticais, caso existam:
3x
f (x) = √
x2 − 4

Resolução:
O domínio de f (x) é dado por

Dom f = { x ∈ R | x 2 − 4 > 0} = (−∞, −2) ∪ (2, +∞).

Assíntotas horizontais: para determinar a existência de tais assíntotas, precisamos calcular os


limites
lim f (x) lim f (x).
x→+∞ x→−∞

Começando com x → +∞ (notando que, nesse caso, podemos assumir x > 0):

3x 3x
lim f (x) = lim √ = lim √
x→+∞ x→+∞ x2 − 4 x→+∞
x 2 (1 − 4
)
x2

3x 3x 3
= lim √ √ = lim √ = lim √ =3
x→+∞ x→+∞ x→+∞
x2 1 − 4
x2
x 1− 4
x2
1− 4
x2

Donde se conclui que a reta y = 3 é uma assíntota horizontal (pela direita).

Indo
√ para o caso x → −∞ (notando que, agora, podemos assumir x < 0, o que faz com que
x = −x):
2
3x 3x
lim f (x) = lim √ = lim √
x→−∞ x→−∞ x 2 − 4 x→−∞
x 2 (1 − x42 )
3x 3x −3
= lim √ √ = lim √ = lim √ = −3
x→−∞ x→−∞ x→−∞
x2 1 − 4
x2
−x 1 − 4
x2
1 − x2
4

Donde se conclui que a reta y = −3 é uma assíntota horizontal (pela esquerda).

Assíntotas verticais: tendo em mente o domínio de f (x), as possíveis assíntotas verticais são
as retas x = −2 e x = 2. Para verificar isso, devemos calcular os limites

lim f (x) lim f (x).


x→−2− x→2+

(note que só podemos falar em limites laterais, uma vez que a função não está definida para
valores de x à direita (e próximos) de -2 ou à esquerda (e próximos) de 2).

Temos, por um lado,


lim (3x) = −6 e lim (3x) = 6.
x→−2− x→2+
Por outro lado, √ √
lim − x 2 − 4 = 0+ = lim+ x 2 − 4.
x→−2 x→2

3
Assim,
3x
lim − √ = −∞,
x→−2 x2 − 4
3x
lim √ = +∞.
x→2+ x2 − 4
Donde concluímos que as retas x = −2 e x = 2 são, de fato, assíntotas verticais de f (x).

4
3. Calcule os seguintes limites:

(a)
1
lim (cos x) x 2
x→0

(b) ( )
1
lim x 3 3sen x
x→0

(a) O limite em questão é uma indeterminação do tipo [1∞ ]. Para resolvê-lo, lançaremos mão
do Limite Fundamental (exponencial)

lim (1 + x) 1/x = e.
x→0

Para isso, fazemos as seguintes manipulações algébricas:


1 ( )1 ( ) (cos x−1) 1
(cos x) x 2 = 1 + (cos x − 1) x 2 = 1 + (cos x − 1) (cos x−1) x 2
( ) 1 cos x−1
= [ 1 + (cos x − 1) cos x−1 ] x 2 .
Calculemos separadamente os limites da base e do expoente. Quanto a este último:

cos x − 1 (cos x − 1) (cos x + 1) − sen2 x 1


lim = lim = lim
x→0 x 2 x→0 x 2 (cos x + 1) x→0 x 2 (cos x + 1)
( sen x ) 2 1 1
= lim − =− .
x→0 x (cos x + 1) 2
Note que nesta última passagem usamos o Limite Fundamental trigonométrico.

Quanto ao limite da base, podemos usar diretamente o Limite Fundamental exponencial. Mas
para deixar mais completo, faremos a mudança de variável u = cos x −1, observando que quando
x → 0, também u → 0. Temos
( ) 1
lim 1 + (cos x − 1) cos x−1 = lim (1 + u) 1/u = e.
x→0 u→0

Em suma, considerando os cálculos acima, obtemos


1 ( ) 1 cos x−1 1
lim (cos x) x 2 = lim [ 1 + (cos x − 1) cos x−1 ] x 2 = e−1/2 = √ .
x→0 x→0 e

(b) Este limite envolve o produto de duas funções, uma das quais é infinitésima. Mas não
podemos usar a propriedade do produto de limites, pois não existe o limite
( )
1
lim 3sen x
x→0

Entretanto, a função do limite acima é limitada. De fato,


(1)
−1 ≤ sen ≤1
x

5
donde, sendo a função 3 x crescente,
( )
1
−1 sen
3 ≤3 x ≤ 3.

Isso nos permite usar o Teorema do Confronto para resolver o limite, pois(*)
( )
sen 1
|x |3
3 x ≤ 3|x 3 |,

logo ( )
1
3 sen
−3|x | ≤ x 3
3 x ≤ 3|x 3 |
. Como
lim −3|x 3 | = 0 = lim 3|x 3 |,
x→0 x→0
resulta, pelo Teo. do Confronto, ( )
1
lim x 3 3sen x = 0.
x→0

Obs.: No caso específico desta prova, esse item também poderia ser resolvido apenas mencio-
nando a propriedade: o produto de uma função infinitésima por uma função limitada também
é infinitésimo.

(*) Por um descuido meu, a resolução desse item exigiu um cuidado adicional (observar a
variação de sinal de x 3 ) que não era intenção do exercício. Esse "deslize" será devidamente
considerado (e compensado, se for o caso) na correção da prova.

6
4. Resolva um, e somente um, dos itens abaixo. (Atenção: se ambos forem resolvidos,
nenhum será considerado na correção!)
(a) Enuncie o Teorema do Valor Intermediário e utilize-o para provar que o polinômio
3x 3 − 8x 2 − x + 2 possui exatamente 3 raizes reais.
(b) Mostre, pela definição de limite, que
lim |1 − 2x| = 5
x→3

(a) TVI: Seja dada uma função contínua f (x) e sejam a < b tais que [a, b] ⊂ Dom f . Então,
para todo y tal que f (a) ≤ y ≤ f (b) ou f (b) ≤ y ≤ f (a), existe c ∈ (a, b) tal que f (c) = y.

Um caso particular do TVI (enunciamos em sala de aula com o nome de Teorema de Bolzano)
ocorre quando f (a) e f (b) têm sinais opostos. O TVI garante, nesse caso, que existe um zero
(raiz) da função em (a, b). Assim, vamos calcular alguns valores da função p(x) = 3x 3 −8x 2 −x+2,
buscando obter resultados de sinais opostos.
p(−1) = −8 < 0; p(0) = 2 > 0; p(1) = −4 < 0; p(3) = 8 > 0
Pelos resultados acima e pelo TVI, podemos afirmar:
(i) p(x) possui ao menos uma raiz entre -1 e 0;
(ii) p(x) possui ao menos uma raiz entre 0 e 1;
(iii) p(x) possui ao menos uma raiz entre 1 e 3.
Logo, p(x) possui ao menos três raízes distintas. Como três é também o número máximo de
raízes de um polinômio de terceiro grau, está provada a afirmação.

(b) Segundo a definição de limite, queremos provar que ∀ ϵ > 0, ∃ δ > 0 tal que
0 < |x − 3| < δ ⇒ |1 − 2x| − 5 < ϵ .
Inicialmente, observamos que se x é suficientemene próximo de 3, a expressão 1 − 2x é negativa
(ela é negativa para todo x > 1/2). Mais formalmente, podemos afirmar,
1
|x − 3| < 1 ⇒ 2 < x < 4 ⇒ x > ⇒ 1 − 2x < 0.
2
(obs.: a escolha de quão próximo x deve estar de 3 é um tanto arbitrária, nesse caso escolhemos
uma distância 1, mas poderia ser menor ou até um pouco maior (no máximo de 5/2))

Assim, caso |x − 3| < 1, podemos escrever


|1 − 2x| − 5 = |(2x − 1) − 5| = |2x − 6| = 2|x − 3|.
Com isso em mente, dado ϵ > 0, tome δ = min{1, ϵ/2}. Tem-se, por um lado, que se |x − 3| < δ,
valem simultaneamente as condições
ϵ
|x − 3| < 1 e |x − 3| < .
2
Consequentemente,
ϵ
|x − 3| < δ ⇒ |1 − 2x| − 5 = |(2x − 1) − 5| = |2x − 6| = 2|x − 3| < 2 = ϵ .
2
Isto prova que
lim |1 − 2x| = 5
x→3

7
5. Esboce os gráficos das funções abaixo: (comentários na próxima página)

f (x) = ⟦cos πx
2 ⟧

b b b b b

b bc b b bc b b bc b b bc b b bc b

−8 −6 −4 −2 2 4 6 8
bc bc bc bc bc bc bc bc

−2

−4

g(x) = 3 f (x − 1)

b b b b b

b bc b b bc b b bc b b bc b b bc

−8 −6 −4 −2 2 4 6 8

−2

bc bc bc bc bc bc bc bc bc

−4

h(x) = 3 ln(1 + 2
π arctan x) (use a aproximação: 3 ln 2 ≃ 2)

−8 −6 −4 −2 2 4 6 8

−2

−4
Comentários e complementos à questão 5:

a) Sobre a função f (x) = ⟦cos πx


2 ⟧, pode ser útil visualizar o gráfico de f (x) em conjunto com
πx
a função cos 2 (gráfico tracejado):

b b b b b

b bc b b bc b b bc b b bc b b bc b

−8 −6 −4 −2 2 4 6 8
bc bc bc bc bc bc bc bc

−2

−4

b) Sobre a função g(x), observe que seu gráfico é obtido a partir do gráfico de f (x) através de
uma translação horizontal para a direita (de uma unidade) seguida de uma dilatação vertical
(de fator 3).

c) Sobre a função h(x), primeiro observe que a função arctan(x) tem como domínio R. Além
disso, resulta
π π
− < arctan(x) < ,
2 2
donde
2
−1 < arctan(x) < 1,
π
logo
2
0 < 1 + arctan(x) < 2.
π
Todos esses valores estão dentro do domínio do logaritmo natural, logo Dom(h) = R.

Ainda da última desigualdade acima, tendo em mente os limites de ln(u) quando u → 0+ e


quando u → 2, obtemos
lim h(x) = 3 ln 2 ≃ 2
x→+∞
e
lim h(x) = −∞
x→−∞

o que explica o esboço do gráfico (ao menos até onde nossas atuais ferramentas podem explicar).

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