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GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
DISCENTES
NOVA IGUAÇU-RJ
2017
UNIVERSIDADE IGUAÇU-UNIG
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
NOVA IGUAÇU-RJ
2017
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO DE QUEIMADURA
Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes
térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo
humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir
camadas mais profundas, como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos. As
queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo
geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida.
A lesão pode ocorrer em duas fases: imediata ou tardia. O dano que ocorre no momento
da exposição à origem da queimadura é imediata, sendo que lesões tardias resultam de
ressuscitação inadequada, tratamento indevido como aplicação de gelo e consequente
progressão da queimadura. A pele é capaz de tolerar temperatura de 40 °C por rápidos
períodos. Porém, quando as temperaturas excedem esse ponto, há um aumento
logarítmico na magnitude de destruição do tecido.
Uma queimadura de espessura total, também conhecida como queimadura de terceiro
grau, tem três zonas de lesão tecidual que formam basicamente círculos concêntricos. A
zona central é conhecida como zona de coagulação, e é a região de maior destruição de
tecido. O tecido nesta zona está necrótico (morto) e não consegue ser reparado.
Junto à zona de necrose fica uma região de menor lesão. Essa zona é conhecida como
zona de estase, porque imediatamente após a lesão, o sangue que flui para essa região está
estagnado. As células nesta zona estão lesionadas, mas não de modo irreversível. Se,
subsequentemente, as células forem privadas de oxigênio ou de fluxo sanguíneo, essas
células viáveis morrerão e se tornarão necróticas. Cuidados oportunos e adequados para
queimaduras preservarão o fluxo sanguíneo e o fornecimento de oxigênio a essas células
lesionadas. A ressuscitação do doente resulta em morte das células no tecido lesionado, e
uma queimadura de espessura total.
Considere por um instante um doente que está sofrendo de isquemia miocárdica ou
acidente vascular cerebral. Uma redução no fluxo sanguíneo impede o coração ou o
cérebro de receber o oxigênio necessário para a sobrevivência celular. No modelo de uma
lesão por queimadura, os tecidos da zona de estase também sofrem com o recebimento
inadequado de oxigênio. Desprovido de fluxo sanguíneo e de oxigênio por muito tempo,
o tecido morre; se for preservado ou restabelecido o fluxo sanguíneo, o tecido vulnerável
da zona estase se mantém variável.
Um erro comum que resulta em dano à zona de estase é a aplicação de gelo por alguém
com boas intenções que está no local ou mesmo um socorrista. Quando é colocado gelo
na pele em uma tentativa de parar o processo de queimadura, o gelo causa vasoconstrição,
evitando o restabelecimento do fluxo sanguíneo necessário para minimizar a lesão
resultante da queimadura. Argumenta-se que quando o gelo é aplicado a uma queimadura
o doente tem alguma redução da dor; porém, a analgesia (alívio da dor) será às custas de
destruição adicional do tecido. Por esses motivos, o gelo deve ser evitado e toda
queimadura existente deve ser detida com uso de água em temperatura ambiente, e a
analgesia deve ser providenciada com medicações orais ou parenterais (todas as outras
vias).
A zona mais afastada é conhecida como zona de hiperemia. Esta zona tem lesões celulares
mínimas e é caracterizada pelo aumento do fluxo sanguíneo depois de uma reação
inflamatória iniciada pela lesão da queimadura.
Profundidade da queimadura
A estimativa de profundidade da queimadura pode ser enganosamente difícil até mesmo
aos mais experientes socorristas. Quase sempre, a queimadura que parece ser de espessura
facial (segundo grau) mostrará ser de espessura total (terceiro grau) em 24 a 48 horas. A
superfície de uma queimadura pode parecer ser de espessura parcial a uma primeira vista,
mas depois, quando do desbridamento no hospital, a epiderme superficial se separa,
revelando uma escara branca de queimadura de espessura total por debaixo. Como a
queimadura pode evoluir com o passar do tempo, é sempre prudente evitar o julgamento
final da profundidade da queimadura por até 48 horas após a lesão. No geral, é melhor
simplesmente dizer ao doente que a lesão é ou superficial ou profunda, e que é preciso
tempo para determinar a profundidade definitiva da queimadura. Além disso, o socorrista
não deve nunca tentar calcular a profundidade da queimadura até que tenham sido feitas
tentativas para primeiro desbridar a lesão no hospital.
TIPOS DE QUEIMADURAS
-Primeiro grau: ocorrem somente vermelhidão e ardor na pele, uma vez que a epiderme
é a única região acometida. Atingem as camadas superficiais da pele, causando
vermelhidão, inchaço, dor local, as vezes insuportável, sem formação de bolhas.(Fig.1)
-Segundo grau: formam-se bolhas, a muita dor e, também, perda de líquido na área
queimada já que, além da epiderme, a derme também é atingida. Atingem as camadas
mais profundas da pele, ou seja, derme e epiderme, causando formação de bolhas, pele
avermelhada, com manchas e coloração variável, dor, inchaço, desprendimento de
camadas da pele, é possível estado de choque.(Fig. 2)
-Terceiro grau: afeta toda a epiderme, derme e a camada mais profunda da pele; o tecido
celular subcutâneo. A dor é pouca, ou ausente. São as queimaduras mais profundas que
atingem todas as camadas da pele, podendo chegar aos ossos. Apresentam pouca ou
nenhuma dor e coloração torna-se branca ou surge a coloração preta, devido a
carbonização dos tecidos.(Fig. 3-4)
Queimaduras por eletricidade são lesões devastadoras que podem facilmente ser
menosprezadas. Em muitos casos, a aparente lesão do tecido não reflete com exatidão a
magnitude da lesão real. A destruição e necrose do tecido são muito maiores que o trauma
visualmente aparenta, porque a maior parte da destruição ocorre internamente conforme
a eletricidade é conduzida através do corpo do doente. O doente terá queimaduras
externas nos pontos de aterramento. Conforme a eletricidade ocorre pelo corpo do doente,
as camadas profundas do tecido são destruídas, apesar das lesões aparentemente menores
na superfícies.
QUEIMADURAS CIRCUNFERENCIAIS
A causa principal de morte em incêndios não é lesão térmica, mas a inalação de fumaça
tóxica. Todo doente com histórico de exposição à fumaça em um espaço fechado deve
ser considerado como em risco de ter uma lesão por inalação. Vítimas com queimaduras
no rosto ou fuligem no escarro correm risco de lesãoo por inalação de fumaça; porém, a
ausência desses sinais não exclui o diagnóstico de uma inalação tóxica. É essencialmente
importante manter um alto índice de suspeita, pois sinais e sintomas podem não se
manisfetar por dias após a exposição.
Há três elementos na inalação de fumaça: lesão térmica, asfixia e lesão pulmonar tardia
induzida por toxina. Ar seco é um mau condutor de calor, a inalação de ar quente
associada a um incêndio de estrutura raramente induz à lesão térmica das vias aéreas
abaixo do nível das cordas vocais. A grande área de superfície da nasofaringe atua de
modo eficaz como trocador de calor e resfria o ar quente inalado para quase a temperatura
do corpo no momento em que o ar alcança o nível das cordas vocais.
Asfixiantes
Leves
Dor de cabeça
Fadiga
Náusea
Moderados
Dor de cabeça intensa
Vômito
Confusão
Torpor/sonolência
Aumento da frequência cardíaca e frequência ventilatória
Graves
Convulsões
Coma
Parada cardiorespiratória
Morte
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
O primeiro e mais importante elemento no atendimento a um doente com exposição à
fumaça é determinar a necessidade de intubação orotraqueal. É necessária a contínua
reavaliação da perviedade da via aérea para se reconhecer o desenvolvimento de sinais de
obstrução da mesma. Mudança no caráter da voz, dificuldade de lidar com secreções ou
salivação, são sinais iminentes de oclusão de via aérea. Sempre que houver dúvida quanto
a perviedade da via aérea do doente, o socorrista deve proceder assegurando a via aérea
por meio de intubação orotraqueal. Em alguns casos, pode ser necessária a intubação de
sequência rápida, se possível, para controlar a via aérea. No caso de longos períodos de
transporte, deve ser considerado um encontro com uma unidade capaz de providenciar
controle definitivo da via aérea.
Doentes com inalação de fumaça devem ser transportados a centros de queimados mesmo
na ausência de queimaduras de superfície. Centros de queimados tratam de um número
maior de doentes com inalação de fumaça e oferecem meios exclusivos e ventilação
mecânica.
A maioria dos produtos químicos que causam queimaduras químicas são ácidos fortes ou
bases. A corrosão pode ser causada por compostos químicos corrosivos como o ácido
sulfúrico e hidróxido de sódio. O ácido fluorídrico pode causar danos até o osso e suas
queimaduras, por vezes, não são imediatamente evidentes. Queimaduras químicas podem
ser de primeiro, segundo ou queimaduras de terceiro grau, dependendo da duração do
contato com o produto, a força da substância e outros fatores.(Fig.8-9)
Sintomas
Os sintomas das queimaduras químicas podem variar de acordo com a maneira como a
queimadura tiver ocorrido. As queimaduras causadas pela ingestão de produtos químicos
serão tratadas de modo diferente das queimaduras na pele. Os sintomas de queimadura
química podem depender de alguns dos seguintes fatores:
Prevenção
Queimaduras por radiação são causadas pela exposição prolongada à luz (a partir do sol),
UV curtimento de cabines, terapia de radiação (em pessoas em terapia contra o câncer),
lâmpadas solares, fallout radioativo e raios-x. De longe, a queimadura mais comum
associada com radiação é a exposição ao sol, especificamente as ondas gamas de
comprimento de luz UVA e UVB, sendo o UVB o mais perigoso. As cabines de
bronzeamento artificial também emitem estes comprimentos de onda e podem causar
danos semelhantes à pele, tais como irritação, vermelhidão, inchaço e inflamação. Casos
mais graves de queimaduras de sol resultam no que é conhecido como envenenamento de
sol ou "insolação". Queimaduras por micro-ondas são causadas pelos efeitos térmicos da
radiação do micro-ondas.(Fig. 10-11)
Para se proteger da exposição à radiação nuclear e dos seus efeitos no caso de algum
acidente nuclear, é preciso:
Limitar o tempo de exposição à fonte de radiação;
Ir para o mais longe possível da fonte de radiação. No caso de um acidente nuclear,
é necessário evacuar a área atingida pela radiação, que deve ser maior de acordo com
a quantidade de radiação emitida;
Usar roupas próprias que dificultem o contato da radiação com a pele e com os
pulmões, como luvas e máscaras;
Evitar comer ou beber água que tenha origem no local contaminado, pois isso, leva
a radiação diretamente para o interior do corpo, causando danos mais graves ao
organismo.
Distúrbios gastrointestinais como náuseas e vômitos podem ser imediatamente
percebidos após a ingestão de alimentos contaminados principalmente em bebês e
crianças.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
A maior prioridade no atendimento a um doente exposto a agentes químicos é a segurança
pessoal e da cena. Como em uma emergência, o socorrista deve sempre se proteger
primeiro. Se houver alguma possibilidade de exposição a perigo químico, garantir a
segurança da cena e determinar se é necessário usar alguma roupa especial ou
equipamentos de respiração. Evitar contaminação do equipamento e dos veículos de
emergência; um veículo contaminado cria risco de exposição a todos os outros no seu
caminho. Tentar obter identificação do agente químico o quanto antes. Retire todas as
roupas do doente, já que podem estar contaminadas com agente químico, seja na fora
líquida ou em pó. As roupas contaminadas precisam ser descartadas com cuidado. Se
alguma substância particulada ficar sobre a pele, esta deverá ser escovada. Em seguida,
enxágue (lavagem) o doente com abundantes quantidades de água. A lavagem dilui a
concentração do agente contaminante e retira todo reagente remanescente. O importante
na lavagem é usar grandes quantidades de água. Um erro comum é enxaguar o
doente com 1 ou 2 litros de água e depois parar o processo de lavagem assim que a água
começar a se acumular no chão. Quando a lavagem é feita com pouca quantidade de
líquido, o agente irritante se espalha pela superfície do corpo do doente e não é levado
embora com o líquido. Não conseguir providenciar adequado escoamento e drenagem do
líquido da
lavagem pode causar lesão a áreas do corpo do doente antes não expostas e não lesionadas
se a lavagem contaminada se acumular sob o mesmo. Um modo simples de conseguir
escoamento em um ambiente pré-hospitalar é colocar o doente sobre uma prancha e
depois incliná-lo com uso de uma armação de madeira ou outros meios para elevar a
cabeça. Na extremidade inferior, coloque um saco plástico grande para recolher o
escoamento contaminado
. Normalmente evita-se o uso de agentes neutralizantes para queimaduras químicas. É
comum no processo neutralizante que estes agentes liberem calor em uma reação
exotérmica. Desse modo, um socorrista bem-intencionado pode criar uma queimadura
térmica além da queimadura química. Soluções para descontaminação mais disponíveis
comercialmente são feitas para fins de descontaminação do equipamento, e não de
pessoas.
A sua queimadura é superficial, mas para diminuir a chance de ficar cicatriz você deve
tomar os seguintes cuidados:
Primeira semana :
Lave com água corrente, por 5 minutos, três vezes ao dia, com sabão neutro ou
sabonete de glicerina em toda a área queimada;
Não é necessário cobrir a área com curativos.
Segunda semana:
Gravidade da queimadura
Condições que classificam como queimaduras graves:
Extensão/profundidade maior do que 20% de SCQ em adultos;
Extensão/profundidade maior do que 10% de SCQ em crianças;
Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos;
Presença de lesão inalatória;
Politrauma e doenças prévias associadas;
Queimadura química;
Trauma elétrico;
Áreas nobres/especiais (veja o terceiro tópico do item 4);
Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio (suicídio), entre outras.
Limpe a ferida com água e clorexidina degermante a 2%. Na falta desta, use água
e sabão neutro 12;
Posicionamento: mantenha elevada a cabeceira da cama do paciente, pescoço em
hiperextensão e membros superiores elevados e abduzidos, se houver lesão em
pilares axilares;
Administre toxóide tetânico para profilaxia/ reforço antitétano;
Administre bloqueador receptor de H2 para profilaxia da úlcera de estresse;
Administre heparina subcutânea para profilaxia do tromboembolismo;
Administre sulfadiazina de prata a 1% como antimicrobiano tópico;
Curativo exposto na face e no períneo;
Curativo oclusivo em quatro camadas: atadura de morim ou de tecido sintético
(rayon) contendo o princípio ativo (sulfadiazina de prata a 1%), gaze
absorvente/gaze de queimado, algodão hidrófilo e atadura de crepe;
Restrinja o uso de antibiótico sistêmico profilático apenas às queimaduras
potencialmente colonizadas e com sinais de infecção local ou sistêmica. Em
outros casos, evite o uso;
Evite o uso indiscriminado de corticosteróides por qualquer via;
As queimaduras circunferenciais em tórax podem necessitar de escarotomia para
melhorar a expansão da caixa torácica;
Para escarotomia de tórax, realize incisão em linha axilar anterior unida à linha
abaixo dos últimos arcos costais;
Para escarotomia de membros superiores e membros inferiores, realize incisões
mediais e laterais;
Habitualmente, não é necessária anestesia local para tais procedimentos; porém,
há necessidade de se proceder à hemostasia.– Linhas de incisão para escarotomia:
Trauma elétrico:
Identifique se o trauma foi por fonte de alta tensão, por corrente alternada ou
contínua e se houve passagem de corrente elétrica com ponto de entrada e saída;
Avalie os traumas associados (queda de altura e outros traumas);
Avalie se ocorreu perda de consciência ou parada cardiorrespiratória (PCR) no
momento do acidente;
Avalie a extensão da lesão e a passagem da corrente;
Procure sempre internar o paciente que for vítima deste tipo de trauma;
Avalie eventual mioglobinúria e estimule o aumento da diurese com maior infusão
de líquidos;
Na passagem de corrente pela região do punho (abertura do túnel do carpo), avalie
o antebraço, o braço e os membros inferiores e verifique a necessidade de
escarotomia com fasciotomia em tais segmentos.
Queimaduras químicas:
A equipe responsável pelo primeiro atendimento deve utilizar proteção universal
para evitar o contato com o agente químico;
Identifique o agente causador da queimadura: ácido, base ou composto orgânico;
Avalie a concentração, o volume e a duração de contato;
Lembre que a lesão é progressiva, remova as roupas e retire o excesso do agente
causador;
Remova previamente o excesso com escova ou panos em caso de queimadura por
substância em pó;
Dilua a substância em água corrente por no mínimo 30 minutos e irrigue
exaustivamente os olhos no caso de queimaduras oculares;
Interne o paciente e, na dúvida, entre em contato com o centro toxicológico mais
próximo;
Nas queimaduras por ácido fluorídrico com repercussão sistêmica, institua a
aplicação por via endovenosa lenta de soluções fisiológicas com mais 10ml de
gluconato de cálcio a 10% e acompanhe laboratorialmente a reposição do cálcio
iônico;
Aplique gluconato de cálcio a 2,5% na forma de gel sobre a lesão, friccione a
região afetada durante 20 minutos (para atingir planos profundos) e monitore os
sintomas dolorosos;
Caso não haja melhora, infiltre o subcutâneo da área da lesão com gluconato de
cálcio diluído em soro fisiológico a 0,9%, na média de 0,5ml por centí- metro
quadrado de lesão, com o uso de agulha fina de 0,5cm, da borda da queimadura
com direção ao centro (assepsia normal);
Nos casos associados à dificuldade respiratória, poderá ser necessária a intubação
endotraqueal;
Curativo no enxerto
Curativo de Brown é um curativo compressivo feito no enxerto. Em extremidades feito
com fita crepe. Em outras áreas a gaze é substituída sobre o enxerto. Ele é retirado
somente depois do quinto dia, quando já se deu a integração.( Fig. 18-19)
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
BOATE KISS
O relógio marcava 3h17 do dia 27 de janeiro de 2013 quando Elissandro Spohr, 28 anos,
o Kiko, escapou pelo portão de ferro da boate Kiss, ganhando a Rua dos Andradas.
Conhecido playboy de Santa Maria, cidade a 300 quilômetros de Porto Alegre, Kiko
estendeu a mão e puxou para a calçada três meninas que se espremiam entre centenas de
outras pessoas em desespero, acotovelando-se para fugir do inferno de fumaça e chamas
em que se transformou a casa noturna. Filho do dono de uma cadeia de revenda de pneus
com filiais pelo Brasil, Kiko era amparado por um segurança, que o conduzia sempre com
uma das mãos nas costas. De camisa branca e calça jeans escura, chorava e berrava:
“Minha boate, minha casa! Perdi tudo”.
A fumaça tomava conta dos 615 metros quadrados da casa noturna que era ponto de
encontro na cidade repleta de universitários. O desespero, até ali, era não pela contagem
de corpos que já ia perto de 40 vítimas, mas pela destruição da Kiss. Nem ele nem os
frequentadores pareciam ter, naquele momento, a noção de que a catástrofe em curso era
produto de uma sucessão de desmandos e erros dos donos da boate e dos poderes públicos.
Uma tragédia que, em minutos, consumiu a vida de mais de 230 jovens, quase todos
recém-saídos da adolescência.
A espuma barata, inapropriada para isolamento acústico de locais fechados e com grande
concentração de público, em contato com os fogos de artifício – também inadequados
para recintos fechados e sem autorização para uso na casa noturna – produziu a fumaça
tóxica que fez da boate Kiss uma espécie de câmara de gás.
Com os corpos ainda sendo retirados e algumas pessoas na agonia dos últimos momentos
de vida, Kiko ficou murmurando durante alguns minutos próximo ao estacionamento do
Carrefour, em frente à boate, antes de deixar o local. A fila de corpos crescia. Gritos,
correria desesperada em busca de ajuda, pedidos de socorro.
RELATO DE CASO
CONCLUSÃO
ANEXOS
Figura 23 cinesioterapia
Figura 25 cinesioterapia
REFERÊNCIAS
http://terapiadomovimento.blogspot.com.br/2009/07/fisioterapeutico-em- pacientes-
queimados.html
http://sbqueimaduras.org.br/queimaduras-conceito- e-causas/
https://www.saredrogarias.com.br/noticias/queimadura-
quimica-por- radiacao-e- inalatoria
https://pt.healthline.com/health/queimaduras-quimicas
https://www.claudiolemos.com/cirurgia-plastica/cirurgia-plastica-feminina/tratamento-
de-queimaduras/
http://rbqueimaduras.org.br/details/305/pt-BR/queimadura-em-60--do-corpo-em-paciente-
do-sexo-masculino-de-13-anos-de-idade--relato-de-caso
http://veja.abril.com.br/brasil/eles-sobreviveram-ao-inferno-da-boate-kiss/