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CURSO DE DIREITO
Governador Valadares
2019
RECURSOS TRABALHISTAS:
a) Recurso Ordinário:
Não obstante, de acordo com o art. 2º, inciso XI, da Instrução Normativa
39/2016 do TST:
(...)
O art. 895, inciso II, da CLT prevê o cabimento do recurso ordinário, também no
prazo de oito dias, “das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais,
em processos de sua competência originária”, nos dissídios individuais e nos dissídios
coletivos.
No que atine às decisões prolatadas nos dissídios de alçada (que não ultrapassam
dois salários mínimos), não caberá qualquer recurso, salvo se versarem sobre matéria
constitucional (Lei 5.584/1970, art. 2.º , § 4.º), hipótese em que alguns doutrinadores
entendem que o recurso cabível seria o extraordinário (tendo em vista a decisão ter sido
proferida em única instância, ensejando a aplicação do art. 102, II, da CF/1988), e não o
recurso ordinário.
I – (Vetado);
De acordo com Ives Gandra da Silva Martins Filho (2016, p. 326) é obrigatório
no recurso ordinário: ‘‘depósito do valor da condenação, até o limite de R$ 8.183,06.
Não exige prequestionamento, uma vez que a devolutividade é ampla e de toda a
matéria impugnada, ainda que não abordada na sentença (CPC/73, art. 515 e § 1º);
NCPC, art. 1.013, caput e § 1º; Súmulas 393 e 422 do TST)’’ (FILHO, 2016, p. 326).
No que tange aos efeitos, é apenas devolutivo (porque devolve toda a matéria de
fato e de direito), pois já pode ser iniciada a execução provisória. É possível a
apreciação originária de matéria não abordada na sentença, sem que isso constitua
supressão de instância, quando se tratar de omissão (CPC/73, art. 516; NCPC, art.
1.013). A necessidade de devolução do processo à Vara, para apreciação do mérito, se
dá quando esta deixou de examiná-lo por acolher alguma preliminar de extinção do
feito. (FILHO, 2016, p. 326)
b) Agravo de Petição:
O art. 897, § 2º, da CLT explicita que o agravo de instrumento interposto contra
a decisão que não recebe agravo de petição (isto é, que nega seguimento a esse recurso)
não suspende a execução da sentença. O agravo de instrumento é julgado pelo Tribunal
que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada (art. 897, §
4º, da CLT).
Nos termos do art. 897, § 5º, da CLT, sob pena de não conhecimento, as partes
devem promover a formação do instrumento do agravo, de modo a possibilitar, caso
provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de
interposição:
(...)
De acordo com a Lei 7.701/1988, art. 2º, inciso II, f, compete a Seção
Especializada em Dissídios Coletivos, em última instancia, julgar aos agravos de
instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordinário nos processos
de sua competência; e no art. 3º, inciso III, f, do mesmo diploma legal, compete a Seção
Especializada de Dissídios Individuais julgar, em ultima instância, os agravos de
instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordinário em processo de
sua competência. Por fim, o art. 5º, b, da mesma Lei, estabelece que as Turmas do
Tribunal Superior do Trabalho, tem, cada uma, competência para julgar, em ultima
instancia, os agravos de instrumento das decisões de Presidente de Tribunal Regional
que denegar seguimento a recurso de revista, explicitando em que efeito a revista deve
ser processada, caso provido.
d) Recurso de Revista:
Segundo a previsão expressa dos arts. 994, inciso IV, e 1.022 do CPC, os
embargos de declaração são previstos como modalidade específica de
recurso. Logo, conclui-se que possuem natureza recursal para o mesmo órgão
prolator da decisão (CLT, art. 897-A; CPC/73, arts. 535- 538; NCPC, arts.
1.022 a 1.026). (GARCIA, 2017, p. 372)
Nessa linha, o art. 1.022 do CPC prevê o cabimento dos embargos de declaração,
contra qualquer decisão judicial para esclarecer obscuridade, eliminar contradição,
suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou
a requerimento e corrigir erro material.