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Aula 04
Prof. Graciano Rocha
Aula 04
Como programado, trataremos, desta feita, da lei que procurou mudar a cultura
dos administradores públicos no Brasil quanto às finanças públicas: a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
GRACIANO ROCHA
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................................4
Execução orçamentária........................................................................................................... 20
A LRF foi editada num ambiente de reformas reclamadas por vários setores da
sociedade brasileira, após o final dos governos militares. Entretanto, desde a
redemocratização, o Brasil, como federação, enfrentava problemas econômicos
graves, dos quais a chamada “inflação galopante” podia ser indicada como o
principal.
O trecho da LRF que serve como “mapa” da LRF é o § 1º do art. 1º. Os itens
constantes desse texto são ampliados nas seções da Lei, com a fixação de suas
regras próprias. Vejamos a lei seca:
renúncia de receita;
concessão de garantia;
Previsão constitucional
A LRF, segundo seu próprio texto, baseou-se no Capítulo II do Título VI da
CF/88. É o capítulo chamado “Das Finanças Públicas”, que abarca a Seção I,
sobre Normas Gerais, e a Seção II, “Dos Orçamentos”, ressaltando que esta
última contém a maioria das normas constitucionais que estudamos (regras
sobre leis orçamentárias, créditos adicionais, rito legislativo etc.).
I - finanças públicas;
(...)
(...)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei complementar.
Abrangência da LRF
Outra disposição inicial da LRF diz respeito a quem está submetido às suas
regras e limitações.
A Lei utilizou um critério amplo para fixar sua “clientela”. Todos os órgãos de
todos os Poderes, fundações, autarquias, fundos, empresas estatais
dependentes, de todos os entes da Federação, devem observar as normas
estabelecidas na LRF. Ou seja, está abrangida toda a administração direta dos
entes federados e quase toda a administração indireta.
Questão CERTA. A LRF foi editada (e deixa claro em seu texto) com alcance
sobre todos os entes federados, suas administrações direta e indireta, exceto as
respectivas estatais independentes.
Já temos uma boa noção sobre receitas correntes, mas é bom relembrar: são
as receitas arrecadadas normalmente pelos entes públicos, geralmente de
efeito aumentativo sobre o patrimônio público, e que se destinam,
tipicamente, ao custeio das atividades e serviços a cargo da Administração
Pública.
Cada ente federado terá suas próprias deduções, mas, nos prendendo ao caso
da União, a RCL é calculada da seguinte forma:
No que se refere à LDO, determinou-se que essa lei tratasse dos seguintes
assuntos:
por sua vez, a LOA prevê a reserva de contingência como uma dotação
orçamentária, no montante instituído pela LDO, deixando-a contabilizada,
com recursos atribuídos, e pronta para eventual execução.
metas de inflação.
Assim, quando saem na mídia notícias sobre as “metas de inflação para o ano
que vem”, repare que o PLDO deve ter entrado em discussão no Congresso.
Como visto, as normas para controle de custos e avaliação dos resultados dos
programas estão entre as novidades acrescentadas pela LRF à LDO. Questão
CERTA.
a) (VETADO)
(...)
(...)
Uma preocupação especial com a “rolagem” da dívida pública consta desse art.
5º da LRF. O refinanciamento da dívida, que já apareceria de qualquer modo no
orçamento, deve constar de forma separada, em nome da clareza e publicidade
da informação. É que esse dado representa a continuidade do
endividamento do ente público, o que limita, entre outras coisas, o
montante de recursos que não poderão ser aplicados em despesas que
beneficiem diretamente a sociedade.
Execução orçamentária
Os principais trechos da LRF a respeito desse tópico são o art. 8º e o art. 13:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias (...), o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas,
pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a
especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e
à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da
dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários
passíveis de cobrança administrativa.
Assim, logo após a publicação da LOA, num prazo de até 30 dias, faz-se uma
distribuição das despesas que os órgãos poderão executar mensalmente, ao
lado da distribuição bimestral da arrecadação prevista. Com isso, a cada
período, checa-se se o andamento da arrecadação poderá suportar o calendário
da despesa.
mensal, por órgão, nos termos do art. 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal, com
vistas ao cumprimento da meta de superávit primário estabelecida nesta Lei.
Pelo lado da despesa, cada Poder, mais o Ministério Público, deve estabelecer a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de
O desconto se daria sobre o repasse mensal que o Executivo faz aos outros
Poderes, em obediência ao art. 168 da CF/88:
Questão CERTA. Cada Poder, e o MP, têm sua responsabilidade própria quanto à
limitação de empenho, no caso de ameaça ao cumprimento das metas fiscais
(ora pela arrecadação a menor que o previsto, ora pelo aumento do montante
da dívida). O Executivo deve limitar-se a informar qual a necessidade, em
termos financeiros, dessa limitação.
Como visto, a LRF dispõe que, para ser considerado responsável em termos
fiscais, cada ente federado deverá empreender esforços para efetivamente
arrecadar as receitas tributárias de sua competência.
O raciocínio por trás dessa “aliviada” no castigo aos entes federados é que a
população não poderia pagar um preço muito alto por causa da ação
irresponsável dos governantes locais. Assim, recursos relativos às áreas de
saúde, educação e assistência social continuarão sendo transferidos,
mesmo para entes que não tenham se esforçado para obter arrecadação
própria.
Renúncia de receita
De cara, vamos à lei seca:
Várias razões podem justificar essa decisão. Por exemplo, um município pode
conceder descontos sobre o IPTU relativamente às empresas que se
instalarem em seu território a partir de certa data. Renuncia-se a parte da
arrecadação para, ao mesmo tempo, aumentar a atividade econômica local (o
que vai resultar, futuramente, em maior arrecadação tributária).
Por outro lado, para renunciar a receita sem ter havido a previsão, na LOA, da
receita já diminuída, a alternativa é a obtenção, a partir de outra fonte, dos
recursos correspondentes para a compensação. Dispensa-se a arrecadação
de um lado para se obter o equivalente a partir de outro setor ou atividade
econômica. Perceba que, nesse caso, não se pode simplesmente desprezar a
previsão da receita feita pela LOA, diminuindo a arrecadação.
Questão ERRADA. Como assinalado, os impostos regulatórios (II, IE, IPI e IOF)
podem ter suas alíquotas alteradas sem que se observem as regras relativas à
renúncia de receita.
Geração de despesa
Vamos começar nosso estudo sobre regras e condições para geração de
despesa pelo art. 16 da LRF:
Você já deve ter percebido que esse prazo de 3 exercícios aparece algumas
vezes na LRF. Aquela história da “ação planejada” que vimos logo no início da
aula se reflete, entre outras coisas, na observância dos efeitos de certos
fenômenos ou atos durante esse período.
Perceba também que a despesa criada ou ampliada deve ser compatível com
o PPA e a LDO, e ter adequação orçamentária e financeira com a LOA.
Todas essas características das DOCC trazem alto risco para o equilíbrio
fiscal: trata-se de despesas que diminuem o patrimônio, que duram bastante
tempo e cuja execução não pode ser interrompida.
É por isso que a LRF traz tantas condições para a criação de DOCC. Vamos
esquematizá-las:
Veja que, diferentemente da renúncia de receita, que pode ser “absorvida” pela
LOA, a LRF não dá alternativa quanto às DOCC: elas devem ser
acompanhadas de medidas de compensação, e ponto final.
O § 7º do art. 17 evita que uma despesa seja criada para um período curto,
fugindo à classificação como DOCC, e, posteriormente, seja prorrogada.
Assim, estaríamos diante de uma DOCC camuflada, desobrigada de seguir todas
essas regras.
Para a LRF (art. 18), a despesa total com pessoal de um ente federado abrange
os seguintes itens:
Os limites de 50% ou 60% são, por fim, “rateados” entre os Poderes e órgãos
dos entes federados, cabendo a maior parcela ao Executivo (maior
“empregador”, como regra). Vejamos um quadro demonstrativo desse rateio:
Questão ERRADA. A LRF estabeleceu, em seu art. 19, § 1º, uma forma de
“rateio” entre os órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário dos entes
federados. Eles fariam a divisão dos limites entre seus órgãos segundo as
médias das despesas com pessoal observadas nos três exercícios anteriores à
edição da Lei. Além disso, essa divisão deveria se dar na forma de percentuais
da RCL.
Além disso, os Poderes e órgãos dos entes federados não devem esperar que a
despesa com pessoal ultrapasse o limite máximo para fazerem alguma coisa. A
LRF também instituiu procedimentos de cautela, no tocante a esse assunto.
A questão indica a previsão trazida pelo art. 59, § 1º, inc. II, da LRF, que
atribui aos tribunais de contas a tarefa de avisar quanto ao limite de alerta
relativo às despesas com pessoal. Questão CERTA.
Transferências voluntárias
Vejamos os dispositivos aplicáveis ao tema:
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência
voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
II - (VETADO)
Das assertivas acima, a opção que reflete uma das exigências da LRF para a
realização de transferências voluntárias é a previsão orçamentária de
contrapartida por parte do ente favorecido. Gabarito: D.
(...)
(...)
(...)
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título,
a emprêsa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja
concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.
(...)
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se
devam incorporar ao patrimônio das emprêsas privadas de fins lucrativos.
Veja que a exigência de lei específica para realizar ajuda financeira a empresas
já estava presente no arcabouço normativo desde a década de 60. A CF/88
acrescentou as fundações e fundos a essa lista.
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos
públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do
Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos
de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
previsão orçamentária;
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores
inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
Uma disposição interessante diz respeito ao último RREO do ano: ele deve
trazer informações adicionais relativamente aos demais. Vejamos:
I - da limitação de empenho;
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e
órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
c) concessão de garantias;
(...)
(...)
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo
limite, nos termos dos arts. 22 e 23;
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por
cento) do limite;
Dessa forma, o Poder Legislativo, que titulariza o controle externo, bem como o
sistema de controle interno de cada Poder, e mais o Ministério Público, devem
fiscalizar o cumprimento das normas da LRF, com prioridade aos temas dos
incisos do art. 59.
Por fim, os Tribunais de Contas também devem verificar os cálculos dos limites
da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão relacionado no art. 20 da
LRF.
A questão acima é uma das mais polêmicas que o CESPE já elaborou. A LRF
dispõe que os tribunais de contas devem alertar os Poderes/órgãos sempre que
as despesas com pessoal ultrapassarem 90% do limite fixado. O raciocínio do
gabarito é que 95% é mais que 90%, e, por isso, o alerta deve ser dado. Mas
muita gente não concorda com isso até hoje... De qualquer forma, questão
CERTA.
Questão ERRADA: não há esse item entre os tópicos que deverão ter
fiscalização com especial ênfase, indicados nos incisos do art. 59 da LRF.
Dívida e endividamento
Nessa parte, a LRF inicia suas disposições com o estabelecimento de alguns
conceitos. Vamos à leitura individualizada deles.
LRF, Art. 29, inc. I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total,
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; (...)
A LRF não revogou a Lei 4.320/64 quanto ao presente assunto, mas trouxe o
acréscimo relativo a essas operações de curto prazo, que não foram abordadas
por sua antecessora.
os restos a pagar;
Assim, operações como venda de títulos públicos, aprovação (mesmo sem uso)
de crédito, reconhecimento de dívida, financiamento de bens, receitas
antecipadas, leasing etc., todas são tratadas, para os fins da LRF, como
operações de crédito, sendo contadas, portanto, nos limites e metas de
dívida estabelecidos.
A ideia da LRF foi “cortar pela raiz” o endividamento excessivo dos entes
públicos. Embora algumas dessas operações não resultem em endividamento
imediato, seus efeitos futuros também podem afetar o equilíbrio fiscal.
Essa foi a razão para o conceito tão alargado de operação de crédito.
Dessa forma, o simples risco de assumir dívida alheia traz, para o ente
público, a necessidade de registrar a garantia prestada como uma operação de
crédito, afetando seu limite de endividamento.
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o
Presidente da República submeterá ao:
No caso da dívida fundada que tiver “estourado”, o ente público terá três
quadrimestres para reconduzi-la aos limites, sendo que pelo menos 25%
dessa eliminação do excedente deverá ocorrer logo no primeiro
quadrimestre. Isso é estatuído pelo art. 31 da LRF:
Seguindo em frente:
Entretanto, como visto acima, a compra de títulos emitidos pelo ente público,
por parte da instituição financeira, para fins de investimento, não se inclui na
vedação. Assim, é possível, por exemplo, que o Banco do Brasil compre títulos
emitidos pelo Tesouro Nacional, com a ideia de manter aplicações financeiras
conservadoras.
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez
de dezembro de cada ano;
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de
juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica
financeira, ou à que vier a esta substituir;
IV - estará proibida:
§ 1º As operações de que trata este artigo não serão computadas para efeito do
que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde que liquidadas no
prazo definido no inciso II do caput.
A LRF estabelece que, caso as ARO sejam quitadas até 10 de dezembro, como
requerido, seu montante não será considerado para efeito da regra de
ouro. Ou seja, as ARO não comprometerão o limite de operações de crédito
que podem ser contraídas, liberando maior “margem” de financiamento para o
ente público.
Questão ERRADA. A liquidação das operações do tipo ARO deve incluir juros e
outros encargos.
A questão traz uma previsão contrária ao disposto no art. 38, § 1º, da LRF, que
ressaltamos anteriormente. Questão ERRADA.
Questão CERTA. Esse é o teor do art. 43, § 1º, da LRF, que busca manter a
vinculação entre as receitas e as despesas previdenciárias.
A vedação do art. 44 procura evitar que o patrimônio público seja alienado para
aplicação de recursos em favor de despesas correntes. Situações desse tipo
representam, em regra, a dilapidação do patrimônio, visto que as despesas
correntes, representadas pela aquisição de bens consumíveis, serviços e
transferências diversas de recursos, diminuem a situação patrimonial líquida.
Prestações de contas
Esse trecho da LRF, constante dos artigos de 56 a 58, é origem de diversas
polêmicas, discutidas pelo STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.238-5.
(...)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além
das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais
receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
Na ADI 2.238-5, esse aspecto foi questionado. A ação ainda não teve
julgamento final, mas, em sede de cautelar, o STF deferiu a medida, com base
no seguinte trecho do Voto do Relator:
Não obstante, o próprio TCU deixou clara sua atuação nesse assunto,
contrariamente ao raciocínio do CESPE, ao emitir o parecer prévio das contas de
2012 da Presidente da República (trecho do Voto do Relator):
C da primeira-dama.
E de seus secretários.
GRACIANO ROCHA
RESUMO DA AULA
1. As ideias/necessidades principais que levaram à edição da LRF foram:
controle das contas públicas, de forma a evitar déficits; necessidade de
planejar a ação governamental, aplicando os recursos de forma racional e
sustentável; controle das despesas com pessoal e do montante da dívida
pública, para evitar o “sufocamento” dos entes governamentais num
contexto de gastos sem desenvolvimento econômico; transparência da
gestão orçamentária e financeira, com disponibilização de demonstrativos e
resultados em meios de acesso público.
10. O Anexo de Metas Fiscais da LDO, criado por ordem da LRF, traz metas que
os entes públicos devem perseguir nos três exercícios seguintes, relativas a
receita, despesa, resultado nominal, resultado primário e montante da
dívida.
11. O Anexo de Riscos Fiscais da LDO, também criado pela LRF, discrimina os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.
Esses riscos se classificam em riscos orçamentários e riscos de dívida.
19. Para a LRF, a despesa total com pessoal de um ente federado abrange os
seguintes itens: gastos com os ativos, os inativos e os pensionistas,
relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares
e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, bem
como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.
20. A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês
em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o
regime de competência.
21. A LRF determina que a despesa total com pessoal, em cada período de
apuração e em cada ente da Federação, não deve exceder os seguintes
percentuais da receita corrente líquida (RCL): União – 50%; Estados, DF e
Municípios – 60%.
27. São condições para que seja concedida ajuda financeira a pessoas físicas
ou jurídicas (abrangendo as pertencentes e as alheias à Administração):
autorização em lei específica; previsão orçamentária; atendimento às
exigências da LDO; vedação a investimentos destinados ao patrimônio de
empresas privadas com fins lucrativos.
28. Segundo a LRF, o ente público não deverá se “sacrificar” além dos custos
definidos em lei ou além do custo de captação para realizar a transferência
de recursos ao setor privado. Como exceção, é possível que uma lei
específica autorize essa transferência subsidiada, desde que a parcela
correspondente ao subsídio seja prevista na LOA.
33. O Poder Legislativo, que titulariza o controle externo, bem como o sistema
de controle interno de cada Poder, e mais o Ministério Público, devem
fiscalizar o cumprimento das normas da LRF, com prioridade aos temas dos
incisos do art. 59.
40. No caso da dívida fundada que tiver “estourado”, o ente público terá três
quadrimestres para reconduzi-la aos limites, sendo que pelo menos 25%
dessa eliminação do excedente deverá ocorrer logo no primeiro
quadrimestre.
41. Enquanto perdurar o excesso de dívida, o ente não poderá contratar nova
operação de crédito (exceto o refinanciamento do principal da dívida
mobiliária), e deverá obter resultado primário para recondução da dívida
ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho
(contingenciamento de despesas).
42. Caso o prazo para recondução da dívida ao limite seja ultrapassado, sem
sucesso, o ente público também ficará impedido de receber transferências
voluntárias, enquanto perdurar o excesso.
46. O TCU emite parecer prévio apenas sobre as contas prestadas pela
Presidente da República, pois as contas atinentes aos Poderes Legislativo e
Judiciário e ao Ministério Público não são objeto de pareceres prévios
individuais.
C da primeira-dama.
E de seus secretários.
QUESTÕES ADICIONAIS
76. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) Com as disposições da LRF, procura-
se preservar o equilíbrio entre receitas e despesas.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E C E C E C C C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C C C C C C E C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C C E D C C C C C E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C E E E E E C C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E C C C C D C C C E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
C C C C E E C E C C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E C E E E E E C E C
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C C C C B C E E E E
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
C E C E E E C E C E
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C C C E E E E C E C
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110
C C E C C E E C C C
111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
C E E E C E C E E E