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GINECOLOGIA NATURAL E CANDIDÍASE

Copyright © 2018 Mulher Cíclica

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta


publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos
autorais. (Lei 9.610/98)

ORGANIZAÇÃO
Mulher Cíclica

TEXTOS
Jéssica Portes e Raissa Mendes

ILUSTRAÇÕES
Google Imagens, Freepik e Canva

Para citar este material, utilize a seguinte referência:

PORTES, J.; MENDES, R. Ginecologia Natural e Candidíase.


Mulher Cíclica, 2018.
Quem somos ............. 4
Apresentação ............. 5
A Ginecologia Natural ............. 6
A candidíase............. 9
Como a Ginecologia Natural trata ............. 15
Diálogo com o Ventre ............. 17
Meditação Aceitando a Sexualidade ............. 19
Banhos de Assento ............. 22
O.B. de alho ............. 25
Óleos essenciais ............. 27
Alimentação ............. 32
Probióticos ............. 34
Medidas básicas de prevenção e manutenção da saúde
ginecológica ............. 36
Referências ............. 38
MULHER CÍCLICA

A Mulher Cíclica é uma empresa de mulheres e para mulheres,


gestada e parida por nós, Jéssica Portes e Raissa Mendes, e tem a
missão de oferecer acolhimento e cuidado para as mulheres em
todos os seus ciclos.

JÉSSICA PORTES

Mãe, doula, educadora perinatal, terapeuta de Ginecologia


Natural, terapeuta floral (pelo sistema Florais da Lua) e guardiã
de círculo de mulheres. Busco levar a Medicina do Sentir às irmãs
que chegam até mim, auxiliando e orientando cada uma para
que todas estejam em contato com sua verdade mais profunda e
essencial, e dessa forma logrem sua própria cura física,
emocional e espiritual.

RAISSA MENDES

Mãe, psicóloga, doula, educadora perinatal, aromaterapeuta e


facilitadora de Ginecologia Natural. Sou, sobretudo, uma mulher
cíclica, e minha missão é a de levar os saberes e sentidos da
ciclicidade feminina a todas as mulheres que por mim passarem.

4
Olá mulher! Primeiramente, agradecemos por sua confiança em
nosso trabalho. Nós desejamos que sua experiência seja a mais
proveitosa possível!

Neste e-book, você encontrará informações sobre o que é a


Ginecologia Natural e como tratar a candidíase vulvovaginal
através dela. Este material foi desenvolvido com base em nosso
estudo e prática como terapeutas e facilitadoras de Ginecologia
Natural, e tem como principal objetivo te trazer consciência
sobre as alternativas que existem para tratar essa doença que é
tão recorrente nas mulheres que recebemos em nossos
atendimentos e rodas.

Além disso, traremos diversos exercícios reflexivos que


possibilitam compreender em profundidade a candidíase e
algumas práticas e receitas que envolvem a utilização de
medicinas naturais para seu tratamento integral.

É importante lembrar que nenhuma das recomendações aqui


citadas substitui o acompanhamento médico. Nosso objetivo é
trazer consciência e informações de qualidade a respeito das
alternativas que existem para o tratamento da candidíase. Na
dúvida, consulte seu (sua) médico (a).

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Por muito tempo, mulheres foram médicas, anatomistas e
farmacêuticas sem diploma. Eram parteiras, curandeiras e
raizeiras, que bem conheciam seus próprios corpos, seus ciclos,
os ciclos da natureza e as medicinas naturais. Aprendiam o ofício
umas com as outras e passavam o conhecimento para as
gerações seguintes. Elas eram respeitadas nas comunidades onde
viviam, sendo várias vezes a única ajuda médica para as pessoas
mais pobres.

Séculos mais tarde, essas mulheres foram chamadas de bruxas.


Tiveram seus saberes, histórias e corpos queimados nas fogueiras
do patriarcado, em parte devido a estratégias do Estado e da
Igreja para monopolizar o conhecimento acerca da cura das
doenças, e legitimá-lo por meio das universidades criadas no
Renascimento.

Assim, nascia a Medicina, uma profissão alicerçada pela


autoridade da linguagem técnica e educação universitária, que se
transformou em uma atividade reservada aos homens, já que
nesta época apenas eles poderiam ter acesso à educação formal.

A situação das parteiras e curandeiras ameaçava o monopólio


deste saber e, embora a caça às bruxas não tenha extinguido as
parteiras e curandeiras, conseguiu transformar suas práticas em

6
atividades das quais as pessoas deveriam desconfiar, dando
crédito exclusivo ao conhecimento médico universitário.

A história da Medicina se desenvolveu, assim, nos termos do


patriarcado, com livros escritos por grupos majoritariamente
masculinos e uma medicalização cada vez maior sobre o corpo
feminino, sendo utilizados termos técnicos cada vez mais
complicados e desconhecidos pelo público leigo – e pelas
próprias mulheres. Assim, muitas mulheres já não conhecem
mais seus próprios corpos, já não sabem mais como cuidar de si
mesmas, ficando dependentes desse saber médico.

Por tudo isso, como uma forma de resgate da autonomia outrora


existente, muitas mulheres têm buscado conhecer e cuidar de
seus próprios corpos, de modo a desmedicalizar o corpo
feminino e depender cada vez menos da Medicina Convencional.
Dessa forma, a Ginecologia Natural (re)nasce das cinzas das
fogueiras que tentaram queimar os saberes femininos.

Ganhando cada vez mais adeptas, especialmente na América do


Sul, a Ginecologia Natural prioriza a autonomia, o
autoconhecimento e o autocuidado, sem necessariamente
excluir os métodos convencionais. A proposta é eliminar o
raciocínio clínico-médico como única alternativa para entender
os fenômenos relativos ao processo saúde-doença,
especialmente o que se refere ao corpo feminino.

Significa, ao mesmo tempo, apresentar às mulheres outras

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opções de cuidado, de forma mais natural possível, tendo em
mente que diferentes opções e estratégias podem e devem
conviver como direito de escolha da mulher.

Trata-se de reconectar a mulher com seus ciclos e compreender


de que forma a Natureza poderia auxiliá-la no cuidado com o
próprio corpo. É, sobretudo, um resgate desse saber que sempre
nos foi de direito. Afinal, quem sabe melhor de nossos corpos do
que nós mesmas?

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É um desequilíbrio ginecológico causado por conta de fungos do
gênero Candida (especialmente Candida albicans) no interior da
vagina e às vezes na vulva. Os sintomas mais comuns são
corrimentos (leucorreia), coceiras, ardência, dor ao fazer sexo
com penetração, verrugas genitais, vermelhidão e inchaço na
vulva.

Os fungos de Candida estão naturalmente presentes no nosso


organismo. Contudo, eles podem se desequilibrar por diversas
questões, resultando na candidíase, como quando:
• Nossa vagina está mais ácida;
• Durante a gestação;
• Estamos com a imunidade baixa;
• Usamos roupas apertadas ou de materiais sintéticos, que
normalmente impedem a vagina de respirar;
• Por deficiência de vitamina B;
• Com o excesso de açúcar, álcool e carboidratos na dieta;
• Com o uso de pílulas anticoncepcionais, alguns antibióticos,
corticoesteroides e fármacos que atuam contra úlceras;
• Há insuficiência hepática ou de secreções digestivas, de
enzimas pancreáticas e de substâncias que promovem o fluxo
de bile;
• Vivenciamos questões emocionais intensas (veremos mais
adiante).

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A candidíase não é uma doença exclusiva do sistema
geniturinário feminino. Na realidade, antes de se manifestar lá
embaixo ela já se manifestou internamente em nossos intestinos,
sendo que, quando em estados avançados, pode ser a causa de
inúmeros sintomas e doenças, isso porque os fungos em excesso
produzem toxinas que entram na nossa corrente sanguínea e
podem causar diversos danos à saúde. Sonia Hirsch (2014, p. 11-
13) traz alguns exemplos:

“No sistema gastrointestinal: Pode provocar má digestão, azia, gases, cólicas,


coceira ou queimação no esôfago, estômago, intestinos e ânus, borbulhas,
evacuação irregular, garganta seca, sapinho na boca.

No sistema geniturinário: Ela sai do intestino através do ânus e se espalha na vagina


e na uretra. Causa logo muita irritação em ambas, produzindo algum sintoma tipo
inflamação, coceira, ardência e, não sempre, corrimento. A vítima pode sentir
urgência ou incontinência urinária, bem como os sintomas da cistite, que incluem
dor ao urinar e queimação na bexiga. Candidíase dá em homens e mulheres. Mas
nós garotas somos a esmagadora maioria das vítimas de sintomas genitais pela
facilidade com que ela chega à vagina. Como se sabe, arde e coça, incomoda e dói. E
expulsa o prazer.

Na pele: Ela gosta das dobrinhas úmidas em axilas, virilhas, nádegas, sob os seios;
deixa a pele assada e empipocada. Bebezinhos sofrem com assaduras e sapinho
devido à candidíase da mãe. Também dá paniculite no tecido adiposo subcutâneo.
nas unhas Dá panarício em volta delas e afetas as próprias, tornando-as duras,
grossas, estriadas, de cor esbranquiçada ou marrom.

No sistema respiratório: Dá todos os sintomas de alergia, como rinite, espirros,


sinusite, tosse, nariz que acorda entupido.

No sistema endócrino: Mexe com a menstruação das formas mais diversas; costuma
estar por trás de distúrbios da tiroide (hiper e hipo), do pâncreas, das adrenais; influi
na menopausa e na fertilidade.

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No sistema nervoso: Dá depressão, irritabilidade, insônia, dificuldade de
concentração, de pensar e de falar com clareza.

No sistema muscular: Dá os sintomas de fibromialgia e outras formas de artrite dos


tecidos moles, como bursite, fibromiosite, fibrosite, incluindo torcicolo, dores
ciáticas, nos joelhos e nos quadris, além de pontos sensíveis que variam de pessoa
para pessoa. A esmagadora maioria dos pacientes declarados com doenças ditas
reumatoides autoimunes apresenta também candidíase – o que leva a pensar que,
se a cândida está por lá, o quadro é infeccioso e o termo “autoimune”, inadequado.

No sistema imunológico: Reduz a função imunológica; está ligada a fadiga crônica,


apatia, mal-estar e perda da libido; provoca alergia e sensibilidade a produtos
químicos, poeira e alimentos, entre outros, e agrava qualquer condição infecciosa
ou inflamatória.

No sangue: Aumenta cerca de cem mil vezes a carga tóxica das infecções por
estafilococos, podendo levar à síndrome de choque tóxico.

Cândida, enzimas e hormônios: Hormônios são moléculas produzidas pelas


glândulas e células especializadas para controlar, por meio do sangue, inúmeras
funções do organismo, do crescimento à fertilidade, do sono à produção de insulina.
A cândida interfere com os hormônios e sabota as enzimas. Isso gera os sintomas
mais inesperados.

TPM: Por exemplo, a síndrome pré-menstrual melhora muito com suplementos de


vitamina B6. Não porque a B6 tenha alguma coisa especial com menstruação, mas
porque todas as nossas células dependem de B6. E quem tirou a B6 que estava ali? A
toxina da cândida. Ou seja, candidíase provoca TPM.

Artrite dos tecidos moles, fibromialgia: A vítima desses quadros é sempre deficiente
em vitamina B6, pela mesma razão: toxinas da cândida.

Hipoglicemia: Ela também provoca crises de hipoglicemia. Suas toxinas impedem


que a glicose seja processada de modo eficiente, e como todas as células dependem
da glicose, ter cândida é como ter hipoglicemia. Com desejos reais e ardentes por
mais açúcar.”

11
As medicinas orientais, como a Medicina Tradicional Chinesa
(MTC), também têm contribuições bastante importantes para a
compreensão da candidíase. Segundo a MTC, a candidíase pode
estar relacionada a uma desarmonia no elemento/movimento
Madeira ou no elemento/movimento Terra, como explica Flávia
Parente (2016):

“Problemas emocionais são uma das causas mais comuns da candidíase,


geralmente envolvendo os sentimentos de frustração, impotência diante das coisas
da vida e raiva. Estes sentimentos moram no elemento Madeira; um dos canais
energéticos deste elemento, o meridiano do Fígado, passa pelos órgãos genitais e,
como a consequência dos estímulos de emoções negativas à Madeira é o Calor, este
pode se instalar nos órgãos genitais gerando a candidíase. Se estes sentimentos
tiverem relação com o parceiro fica ainda mais fácil esta combinação.

Uma dieta irregular pode também ser uma das causas. Alimentos gordurosos e
derivados do leite frequentemente geram em nosso organismo Umidade, termo
utilizado em MTC para classificar excesso de muco. Tal excesso altera a fisiologia
do elemento Terra, que através do meridiano do Baço-Pâncreas, é responsável
pelo equilíbrio dos líquidos em nosso organismo. Caso essa alteração se some
a questões emocionais, as secreções podem ser ainda mais intensas.

O excesso de trabalho e de exercícios físicos e a falta de equilíbrio entre


trabalho/exercício e repouso geram desarmonia no mesmo elemento anterior, Terra,
daí o mecanismo é o mesmo, porém com secreções menos intensas e com uma
facilidade maior no tratamento.”

Isso já nos dá um bom embasamento para a compreensão das


causas emocionais da candidíase, que na maioria das vezes são
determinantes para um tratamento realmente efetivo. Sem essa
compreensão, muitas vezes tratamos momentaneamente os
sintomas físicos, mas pouco tempo depois a candidíase volta a se
manifestar.

12
É alarmante o número de mulheres que estão desesperadas em
busca da cura da candidíase, já que, na grande maioria dos casos,
os tratamentos alopáticos pouco resolvem, e muitas vezes
pioram a infecção tornando-a consistente.

A doença normalmente se manifesta por conta da baixa


imunidade, que por sua vez tem como uma das principais causas
o estresse emocional. Tendo isso em vista, podemos nos
questionar sobre os motivos pelos quais a imunidade baixa
manifestou algo justamente nesse espaço sagrado que é a
vagina/vulva e não em outro local do corpo.

O que observamos atendendo e acompanhando inúmeros casos


da doença é que ela expressa nada mais nada menos do que um
grito de socorro da alma feminina. As mulheres com crises
repetidas normalmente estão no meio de um grande turbilhão
emocional em suas vidas, estressadas e insatisfeitas com algo
que ainda não conseguiram resolver, e a coceira insistente e
terrível lhes ‘chama’ a todo o momento para fazê-las, de algum
modo, compreender que é necessário olhar para essa área de
suas vidas.

O forte incômodo pede para que elas revisem suas crenças a


respeito da sexualidade e que transmutem velhos padrões nos
relacionamentos. Pelas palavras da médica Christiane Northup
(1999, p. 174):
“Dada a nossa história coletiva, não é de se surpreender que os ‘locais de entrada’
do corpo feminino causem problemas em tantas mulheres. Distúrbios da vulva,

13
da vagina, do colo do útero e do trato urinário inferior estão relacionados
principalmente com os sentimentos de violação que as mulheres têm em seus
relacionamentos amorosos ou em seu trabalho. Como 80% das células imunitárias
de nossos corpos estão em superfícies mucosas, como a vagina, a uretra, o colo do
útero e a bexiga, e como a função dessas células é fortemente influenciada pelos
hormônios do estresse, como o cortisol, não é difícil entender como uma percepção
de violação, com a subsequente cascata biológica de hormônios desencadeada em
reação a essa percepção, poderia deteriorar o bom funcionamento dessa área do
corpo. A incapacidade de dizer não a uma violação pode levar a uma maior
propensão a infecções secundárias. (...) Memórias de incesto ou estupro e o
sentimento de culpa relacionados à sexualidade também podem causar repetidos
episódios de vaginite. A mulher que tem problemas na vagina, na vulva ou no colo
do útero pode encontrar-se numa situação em que é usada, sexualmente ou no
trabalho, sem a sua cooperação e sem o seu consentimento total e consciente, ou
talvez ela se sinta compelida a fazer algo contra sua vontade ou a agir de maneira
sexual que entre em conflito com suas emoções.”

É claro que nem toda mulher que tem candidíase vulvovaginal


vivencia esse contexto, e nem toda mulher que vivencia
situações como as mencionadas por Northrup necessariamente
têm ou terão candidíase. Contudo, é fundamental compreender
que essas questões podem existir e, uma vez que se tome
consciência delas, estar em constante contato consigo mesma,
revisitar suas próprias emoções e ir em busca de um tratamento
mais profundo.

A candidíase é, sem sombra de dúvidas, uma grande e insistente


oportunidade de transformar a si mesma em alguém melhor e
muito mais consciente.

14
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os tratamentos de
toda e qualquer queixa através da Ginecologia Natural não são
feitos somente utilizando ervas medicinais. Na verdade, eles
sempre envolvem, além do cuidado físico do corpo da mulher, o
cuidado sutil (emocional/energético/espiritual) dela. Percebemos
que quando esses dois lados são tratados, os resultados são
muito mais efetivos do que quando cuidamos somente de uma
parte.

Nossa proposta aqui é unir e disponibilizar ferramentas de modo


que você possa mergulhar em si mesma e compreender em
profundidade o modo como irá trilhar seu caminho de cura. Para
isso, traremos a seguir algumas medicinas da Ginecologia Natural
que promovem um aprofundamento na forma como a doença se
manifesta em cada mulher e um tratamento holístico, profundo e
completo, através de meditações, práticas de reconexão, banhos
de assento, uso de ervas medicinais, óleos essenciais,
probióticos, mudanças de hábito e na alimentação.

Muitas pessoas se assustam ao ter consciência de quanto estrago


a dona Candida pode causar, e ainda mais ao observar como a
medicina convencional tem se mostrado pouco eficiente no
combate e cura da doença.

15
O que percebemos é que o tratamento integrativo da
candidíase, da forma como propomos aqui, baseado em
mudanças alimentares e utilização de medicinas que atuam
enfraquecendo o fungo, além de medidas para compreender e
sanar questões emocionais relacionadas à doença, é uma das
únicas maneiras realmente eficientes para o tratamento, sendo
que se faz necessário que a mulher esteja comprometida com a
própria cura e compreenda a fundo que essa pode ser uma
grande oportunidade de transformações reais em sua vida,
iniciando pelos seus hábitos e autocuidado. Esse é um dos
maiores objetivos da Ginecologia Natural: proporcionar um novo
olhar sobre nossas saúde e as doenças que o corpo manifesta.

16
É importante iniciar o processo de cura fazendo uma sincera
reflexão sobre as crenças que carrega e experiências dolorosas
relacionadas ao feminino. Durante a reflexão podemos nos
lembrar de nossas ancestrais e também questionar sobre suas
histórias e dores, pois muitas vezes não temos uma relação
pessoal difícil conosco mesmas e nem passamos por experiências
de dor, mas nossas ancestrais passaram, e por algum motivo
ficamos com a missão de fazer um trabalho de cura que elas não
puderam realizar.

Nesse sentido, deixamos aqui um exercício que propõe uma


conversa com nosso ventre. Sugerimos que faça esse exercício
durante o período pré-menstrual ou menstrual, onde as
habilidades intuitivas e introspectivas estão mais aguçadas.
Reserve um momento sozinha, pense sem pressa em cada uma
das questões e escreva elas em um diário. O exercício de
escrever torna a prática ainda mais potente.

QUESTÕES DO EXERCÍCIO

• Quais são as doenças/dores manifestadas pelo seu ventre?


• Que recursos você usa para silenciar a voz e as dores dele
(comida, bebida, drogas, sexo, consumismo, acomodação,
trabalho, doença)?

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• Identifique e anote sobre os choques físicos e emocionais
absorvidos pelo ventre e sua manifestação em dores,
doenças, disfunções, etc.
• Relembre como foi sua primeira experiência sexual (idade,
reação, consequências).
• Como é sua atitude sexual (ativa, passiva, reprimida,
indiferente, agressiva)?
• Se você deu à luz, como foi a experiência e qual sua reação?
• Pergunte ao ventre o que sente em relação aos homens que
fazem ou fizeram parte da sua vida.
• Quem ainda “permanece” no seu ventre e de que maneira
sente e reage à lembrança?
• Quantos foram os homens que entraram em seu espaço
sagrado, o que sentiu e ainda sente em relação a eles?
• Sofreu algum tipo de violência sexual? O que seu ventre ainda
sente a este respeito?
• Você faz sexo ou amor? Qual a reação do seu ventre a essa
atitude?
• Peça para o ventre “contar” sua história e, então, anote-a com
muito carinho e atenção.

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Outro exercício importante para o processo de compreensão e
cura da candidíase envolve uma aceitação de aspectos da nossa
sexualidade e de como vivenciamos a nossa energia sexual, já
que são temas relacionados à candidíase. É o que propõe a
meditação “Aceitando nossa sexualidade”, canalizada por
Miranda Gray (2014):

“As flores são um belo reflexo da linda e sensual natureza da sexualidade feminina.
Mostram-nos que a nossa natureza sexual é linda quando está aberta; e está aí para
ser vista, nutrida e disfrutada. Pontos de vistas tradicionais e a publicidade moderna
podem, ambos, limitar e prejudicar nossa opinião sobre as energias sexuais da
mulher. É hora de deixar que a flor da nossa sexualidade se abra e de aceitarmos
toda sua beleza, de desfrutar como se expressa em nossas vidas. Livres de medo,
limitação e expectativa, podemos descobrir nossa verdadeira sexualidade sagrada.”

Essa meditação normalmente acontece na Bênção Mundial do


Útero de maio, mas pode ser feita também na fase pré-ovulatória
do ciclo menstrual ou durante a lua cheia. Para fazê-la, coloque
uma flor ou ramo de flores em sua frente.

MEDITAÇÃO “ACEITANDO NOSSA SEXUALIDADE”

• Feche os olhos e leve a atenção a teu corpo. Sinta que a


energia do teu útero mora no teu baixo ventre. Respire
profundamente e relaxe essa parte do teu corpo.

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• Abra os olhos e fixe teu olhar na flor diante de ti. As flores são
um belo reflexo da nossa divindade feminina.
• Enquanto inspira a beleza da flor dentro de ti, diga
mentalmente: “Eu respiro a beleza desta flor no meu útero”.
• Se conscientize de que o teu corpo e a tua sexualidade são
encantadores. (Pausa)
• Agora, inspire a sensação de suavidade e a fragrância das
pétalas e diga mentalmente: “Eu inspiro a sensualidade desta flor no
meu útero”.
• Se conscientize de que a sensualidade é teu modo natural
como mulher de conectar com o mundo. (Pausa)
• Inspire a abertura da flor e diga mentalmente “Eu inspiro a
abertura desta flor no meu útero”.
• Se conscientize de que a sexualidade do teu corpo te abre ao
mundo para dar e receber. (Pausa)
• Inspire a energia de amor e vida que tua flor emana e diga
mentalmente “Eu inspiro o amor e a vida que emana desta flor para o meu
útero”.
• Se conscientize de que a tua sexualidade é a energia do amor
e da vida. (Pausa)
• Agora imagine que uma flor vive no teu útero. Sinta que tua
sexualidade e sensualidade não devem ser ocultadas na
obscuridade, e sim que devem ser abertas à claridade. (Pausa)
• Se conscientize de que tua sexualidade e sensualidade são
belas expressões do divino feminino para serem apreciadas e
desfrutadas. (Pausa)

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• Se conscientize de que, como as flores, nossa sexualidade e
sensualidade chegam de diferentes formas e que cada uma
delas tem sua própria beleza e sacralidade. (Pausa)
• Durante todo o dia, leve tua atenção à flor do teu útero e
deixa que sua beleza e suas energias emanem desde ti, em
teu modo de caminhar, de falar e interagir com o mundo.
• Termine a meditação dando graças ao sagrado feminino e à
flor: “Agradeço ao divino feminino pela beleza do meu corpo, minha
sensualidade e minha sexualidade. Abençoa-me para que eu possa crescer em
total adaptação desse belo e sagrado aspecto de mim mesma. Agradeço a esta
flor pelos seus presentes de sensualidade, sexualidade, amor e vida. E peço a
essas energias que habitem meu útero e cresçam em harmonia dentro de mim.
Coloca as flores em algum lugar onde possas vê-las, a fim de que possas
recordar de conectar-te, em tu dia a dia, com a sensualidade e sexualidade do
teu útero”.

21
Os banhos de assento são um forte e indispensável aliado no
tratamento da candidíase e não apenas dela, como de muitas
outras queixas ginecológicas como herpes, vaginose bacteriana,
miomas, lacerações do parto, bartholinite, infecção urinária, etc.

Através dele, as propriedades medicinais das ervas escolhidas


ficam em contato direto com a região íntima, o que proporciona
alívio nos sintomas e fortalecimento da área para a não
manifestação de próximas crises.

Aliados aos cuidados emocionais e alimentares, costumam


proporcionar resultados muitíssimo satisfatórios e imediatos de
alívio de sintomas e de cura em médio prazo.

DO QUE VOU PRECISAR PARA FAZER

• Uma bacia grande que comporte suas nádegas e em que, de


preferência, a água cubra até a região do umbigo;
• Água;
• Ervas indicadas para a candidíase

22
COMO FAZER

• Após escolher as ervas, separe cerca de 6 colheres de sopa


cheias de erva seca ou 10 colheres de sopa cheias dela fresca
e prepare um chá forte com cerca de 2 litros de água.
• Existem, basicamente, duas maneiras de preparar o chá que
são através de decocção ou infusão. O modo de preparo deve
ser levado em consideração para que seja possível aproveitar
o máximo das suas propriedades terapêuticas.
• Decocção: fervemos as ervas junto da água, por em
média 10 minutos, e é indicado principalmente quando a
parte utilizada são aquelas mais duras e densas como
cascas, raízes e algumas sementes.
• Infusão: as ervas não são fervidas junto da água, pois
desse modo se perdem propriedades terapêuticas
importantes. A infusão é especialmente recomendada
para ervas nas quais a parte utilizada são mais maleáveis
e delicadas como as folhas, pétalas das flores e ramos
finos. Para preparar a infusão, basta desligar o fogo
quando a água estiver fervendo e somente então
adicionar as ervas. Após isso, abafar por cerca de 10
minutos e então estará pronto para uso.
• Quando o chá estiver pronto misture-o com água morna
suficiente para encher a bacia até um ponto que cubra seu
ventre, verifique a temperatura e, se estiver agradável, sente-
se com os pés protegidos do frio, usando meias, e permaneça
sentada por volta de 15 a 20 minutos.

23
ERVAS INDICADAS

As ervas utilizadas para tratar a candidíase são aquelas que


possuem propriedades antifúngicas e que fortaleçam a região.
Elas podem ser utilizadas em conjunto ou sozinhas. No caso de
resolver utilizar uma erva que deve ser preparada por decocção
junto de outra por infusão, inicia-se preparando a decocção e
após fervê-la por 10 minutos, apagar o fogo e adicionar as ervas
de infusão na mesma água.

Algumas indicadas são:


• Aroeira (decocção);
• Barbatimão (decocção);
• Camomila (infusão);
• Cravo (decocção);
• Mil-em-rama (infusão);
• Orégano (infusão);
• Tomilho (infusão).

24
O alho é uma dádiva que a Mãe Natureza nos oferece. Sendo um
alimento rico em propriedades medicinais, seu uso na
Ginecologia Natural é famoso e muito eficaz. Com potentes
propriedades antibióticas, anti-inflamatórias e antifúngicas, atua
no tratamento de diversas infecções ginecológicas, dentre elas a
candidíase.

Uma das formas mais simples de utilizar o alho no tratamento da


doença é introduzindo ele no canal vaginal. Dessa forma, todo o
ambiente tem contato direto com as suas medicinas que atuam
proporcionando alívio dos sintomas, e em casos mais amenos,
até a sua cura.

COMO FAZER

• Descasque 1 dente de alho e faça com uma faca pequenos


cortes em sua superfície de modo que fique mais fácil seu
sumo estar em contato com a mucosa ;

25
• Passe com uma agulha um fio e amarre para que ele fique
pendurado, como um O.B.;

• Introduza no canal vaginal por no mínimo 7 e no máximo 28


noites seguidas, dependendo da intensidade dos sintomas e
tempo que a doença se apresenta, e retire pela manhã
puxando o fio que deve ficar para fora do canal vaginal;

• Descarte o alho pela manhã e na noite seguinte utilize um


novo fazendo o mesmo procedimento.

26
Os óleos essenciais (OEs) são substâncias naturais extraídas das
cascas, folhas, resinas, madeiras, raízes, rizomas, sementes,
frutos e flores de algumas plantas medicinais aromáticas. São
diferentes das essências sintéticas – estas não possuem
propriedades terapêuticas e podem causar alergias.

Essas substâncias aromáticas são altamente concentradas,


voláteis, lipossolúveis (solúveis em gordura), hidrofílicas (não
solúveis em água), líquidas em temperatura ambiente (mas
algumas podem cristalizar com o tempo, mesmo sem qualquer
mudança brusca na temperatura), raramente viscosas (com
exceção de óleos como o de mirra e sândalo) e podem
apresentar colorações diversas. Por sua alta volatilidade, seu
contato com a luz e com o calor pode favorecer a perda de
algumas moléculas, até sua completa evaporação.

Os óleos essenciais atuam de forma terapêutica tanto a nível


físico, quanto a nível emocional e energético, equilibrando
nossos hormônios, aliviando dores, amenizando emoções
intensas e nos conectando com o nosso Ser. Contudo, não é
porque são naturais que podem ser usados de qualquer forma.
Alguns OEs, assim como podem nos equilibrar, também podem
causar desequilíbrios. Por isso é preciso conhecê-los a fundo.

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Separamos, então, alguns dos óleos essenciais mais importantes
para o tratamento da candidíase, que aliviarão tanto os sintomas
físicos quanto as causas mais profundas.

ÓLEOS ESSENCIAIS INDICADOS

Gerânio (Pelargonium graveolens)


Tem propriedades antifúngicas, antibacterianas e suavizantes. É
afrodisíaco e relaxante. Potente regulador hormonal, tende a
equilibrar os hormônios (principalmente o estrogênio e a
progesterona). Alivia dores, cólicas, sintomas da TPM, agitação e
estresse. Tonifica o útero e ameniza inchaços, acne, oleosidade
excessiva, coceiras, prurido e manchas de pele. É um poderoso
rejuvenescedor da pele também. A nível psicoaromaterapêutico,
favorece a conexão do ventre com o coração, trazendo leveza,
tranquilidade, serenidade, autocuidado e um despertar do
feminino em nós. O gerânio acalenta, acolhe. É seguro para uso
na gestação, especialmente após o primeiro trimestre.

Tea tree (Melaleuca alternifolia)


Poderoso imunoestimulante, antifúngico, antibacteriano e
antiviral. Alivia coceiras, elimina verrugas, oleosidade excessiva, é
cicatrizante. A nível psicoaromaterapêutico, tem ação intensa
dá movimento, acelera. Pode ser muito forte para algumas peles
mais sensíveis, e deve ser evitado por pessoas que tenham
doenças autoimunes.

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Sálvia esclareia (Salvia sclarea)
Também tem ação antifúngica e antibacteriana. É um potente
strogen-like, repondo e equilibrando os níveis de estrogênio no
corpo. Também é um forte antidepressivo natural, além de aliviar
a ansiedade, estresse, agitação e insônia. É suavizante da pele,
alivia coceiras, vermelhidão, ardência. Pode ser afrodisíaco para
algumas pessoas. A nível psicoaromaterapêutico, além de tratar
questões psicológicas, favorece a conexão. Deve ser evitado por
gestantes e pessoas que tenham doenças relacionadas ao
excesso de estrogênio (endometriose, miomas etc.).

Ylang-ylang (Cananga odorata)


É um potente afrodisíaco, além de antifúngico e antibacteriano.
Suaviza a pele, relaxa, alivia a ansiedade e a depressão. Diminui o
estresse e, em doses mais elevadas, é sedativo.
Psicoaromaterapeuticamente, nos conecta à nossa sexualidade,
favorecendo que a vivenciemos de forma mais plena. É seguro
para gestantes.

E COMO USAR?

Inalação direta
Pingar de 1 a 2 gotas de OE nas mãos, em um algodão ou lenço
de tecido e colocar próximo ao nariz, inalando profundamente. É
útil para aliviar questões emocionais e favorecer o estado
meditativo, levando sempre em consideração as indicações e
especificidades do OE utilizado.

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Colar aromático
Pingar de 1 a 2 gotas de OE em um algodão e colocar esse
algodão dentro do colar aromático. É útil para aliviar questões
emocionais e favorecer o estado de relaxamento e conexão
durante horas, levando sempre em consideração as indicações e
especificidades do OE utilizado.

Difusão aérea
Pingar de 5 a 7 gotas de OE em um difusor de ambientes elétrico
com um pouco de água. Prefira sempre o elétrico, que aquece
menos; o difusor à vela aquece excessivamente o óleo essencial,
fazendo com que você desperdice muito OE; e prefira difusores
de cerâmica ou vidro não poroso, para evitar reações com o óleo
essencial. Quanto menor o ambiente, menos gotas você deve
colocar no difusor. É útil para aliviar questões emocionais e
favorecer o estado de relaxamento e conexão durante horas por
todo o ambiente, levando sempre em consideração as indicações
e especificidades do OE utilizado.

Aplicação direta com diluição


Diluir de 1 a 3 gotas de OE em 1 colher de sopa (15ml) de óleo
vegetal (de coco, semente de uvas etc.) e aplicar externamente
na vulva ou abertura no canal vaginal. É útil para aliviar a coceira,
vermelhidão, inchaço, corrimentos, verrugas, dor etc. levando
sempre em consideração as indicações e especificidades do OE
utilizado. Após a aplicação, não abafe a região e prefira ficar sem
calcinha. Essa forma de uso não deve ser feita por gestantes.

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Aplicação na calcinha
Pingar 1 gota de OE na calcinha de algodão e usar a calcinha
durante o dia ou noite, devendo evitar roupas apertadas por
cima. É útil para aliviar a coceira, vermelhidão, inchaço,
corrimentos, verrugas, dor etc. levando sempre em consideração
as indicações e especificidades do OE utilizado. Jamais ultrapasse
1 gota, especialmente de óleos essenciais mais agressivos, como
o tea tree. Essa forma de uso não deve ser feita por gestantes.
Essa é uma medida de urgência, para quando você já tiver
tentado de tudo e nada solucionou.

ALGUNS CUIDADOS

• Grávidas precisam ter cuidado redobrado ao usar os óleos


essenciais. Eles são extremamente concentrados e podem
passar pela barreira placentária, alcançando o bebê. Além
disso, alguns causam contrações, devendo ser evitados nesse
período.
• Mesmo que seguros para uso na pele, teste os OEs indicados
antes de usá-los. Para saber se algum deles é dermoagressivo
para sua pele, pingue 1 gota no antebraço e observe as
reações nas próximas 24h. Se ficar vermelho, coçando ou
ardendo, esse OE é dermoagressivo para você.
• OEs comprovadamente dermoagressivos jamais devem ser
usados das formas sugeridas anteriormente. É o caso dos OEs
de orégano, tomilho, canela, cravo, wintergreen e bétula
doce.

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Cuidar da alimentação é uma das partes mais importantes do
tratamento integrativo da candidíase, isso porque, como já
vimos, ela é uma doença que sempre tem origem intestinal e que
apenas se torna uma infecção vulvovaginal se a região íntima
está, por algum motivo, enfraquecida (alterações no PH,
pequenas lesões e irritações por atividades sexuais intensas etc.).

Basicamente, a dieta aqui proposta tem como objetivo fazer com


que o fungo ‘morra de fome’. Deixamos de ingerir alimentos que
servem para seu desenvolvimento em nós e passamos a ingerir
outros que atuam contra o fungo ou fortalecem o sistema
imunitário.

Aqui passaremos algumas instruções básicas que você pode


aplicar no seu dia-a-dia, mas caso tenha algum tipo de restrição
alimentar ou observe que não se encaixam na sua dieta, consulte
um (a) nutricionista para obter uma dieta específica para você.

ALIMENTOS A SEREM EVITADOS

• Industrializados e ricos em açúcar (sorvetes, sobremesas


prontas, etc.);
• Bebidas alcoólicas;

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• Legumes e frutas ricos em açúcar e carboidratos (banana,
batatas, figo, ameixa, manga, mandioca, batata-doce,
beterraba, etc);
• Alimentos feitos a base de farinha de trigo (pães, massas,
bolos, biscoitos, etc);
• Produtos de padaria feitos com fermento biológico;
• Cogumelos e qualquer variedade de fungos.

ALIMENTOS A SEREM CONSUMIDOS

• Óleo de coco;
• Alho;
• Cebola;
• Temperos e ervas com propriedades antifúngicas (tomilho,
orégano, cravo);
• Alimentos ricos em proteínas (ovos, carnes, grão-de-bico,
feijões, etc.);
• Limão;
• Iogurtes e coalhadas naturais e caseiras, por serem ricos em
probióticos;
• Probióticos naturais como o kefir e a kombucha (falaremos
mais adiante).

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Os alimentos probióticos são aqueles que contêm pequenos
seres vivos amigos que ajudam na manutenção da nossa saúde e
equilíbrio de diversas doenças.

SÃO EXEMPLOS DE ALIMENTOS RICOS EM PROBIÓTICOS

• Kombucha;
• Kefir;
• Iogurtes naturais.

Além de disponíveis em alimentos específicos, os probióticos


também podem ser encontrados em cápsulas, normalmente
vendidos em lojas de produtos naturais e farmácias de
manipulação.

Diversas pesquisas científicas recentes demonstram que alguns


deles, principalmente os do tipo Lactobacillus, têm a capacidade
de restaurar a microbiota vaginal agindo especificamente contra
a vaginose bacteriana e a candidíase vulvovaginal. Nesses casos,
atuam protegendo as mucosas vulvovaginais e tratando tais
patologias através da produção de ácido lático, H2O2 e outras
substâncias que agem contra os causadores das doenças e
limitam seu crescimento e proliferação.

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Além disso, trazem o benefício de poderem ser utilizados por um
longo período sem efeitos secundários, ao contrário dos
tratamentos convencionais.

COMO USAR

Além da ingestão na alimentação, uma forma eficaz de


tratamento com os probióticos é através dos óvulos vaginais.
Nesse caso recomendamos que mande manipular 15 óvulos
vaginais de Lactobacillus acidóphillus a 1 bilhão e inicie o
tratamento após o término da menstruação.

No primeiro dia sem fluxo deve-se introduzir 1 óvulo no canal


vaginal antes de dormir durante 7 noites seguidas, nos próximos
7 dias utiliza-se o O.B. de alho que devem ser introduzidos no
canal vaginal durante 7 noites seguidas e finalizar o tratamento
com mais 7 noites de introdução de lactobacillus.

Esse tratamento costuma ser altamente eficaz, e geralmente


notam-se resultados na primeira semana, mas é importante fazê-
lo até o final de modo a, além de eliminar os microorganismos
que causam as infeccções, também fortalecer a microbiota
íntima, tornando-a resistente a novos quadros das infecções.

É importante lembrar que durante ele deve-se permanecer com


os cuidados com a alimentação, a ingestão oral de probióticos,
como o kefir ou a kombucha, de modo a fortalecer a microbiota
intestinal e os banhos de assento, diariamente.

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Conforme já mencionado, a candidíase vulvovaginal apenas se
manifesta quando nossa região íntima está enfraquecida, e esse
enfraquecimento pode ser causado por diversos fatores, alguns
deles muito comuns, que devem ser revistos e substituídos por
bons hábitos que ajudam tanto na prevenção quanto no processo
de tratamento da doença.

Alguns hábitos nocivos que muitas de nós temos são:

-Uso de sabonetes íntimos e higiene incorreta. A lavagem da vulva


deve ser feita somente com água, e quando necessário, passando
um cotonete nas dobrinhas onde as células mortas podem se
acumular e formar algumas placas esbranquiçadas naturais. Além
disso, é sempre recomendado que, quando possível, após evacuar,
a mulher que tem candidíase recorrente se limpe com papel
higiênico tomando muito cuidado para os resíduos das fezes não
entrarem em contato com a área genital e completem a
higienização com água corrente ou chá de camomila, que fortalece
os tecidos. A utilização de sabonetes e duchas vaginais para
‘limpar’ a região acaba, na realidade, fazendo com que toda a
barreira de proteção natural composta por micro-organismos ‘do
bem’ seja eliminada, propiciando ainda mais todos os tipos de
infecção, por esse motivo, não é recomendada.

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-Uso de calças apertadas, calcinhas de tecido sintético e
absorvente diário. Tanto as calças apertadas quanto as calcinhas
e os protetores diários (muitas vezes utilizado pelas mulheres
com candidíase por conta do corrimento) fazem com que a
região toda fique extremamente abafada, quente e ainda mais
úmida, o que propicia muito o desenvolvimento da doença. Uma
recomendação importante é que todas as mulheres passem a
dormir sem calcinha e usar roupas leves, de tecidos soltos
sempre que possível. Além disso, tomar sol na região íntima
também é maravilhoso para a nossa saúde ginecológica. Sempre
que puder, não perca a oportunidade de oferecer luz para sua
menina.

-Relações sexuais com ejaculação interna. Quando temos uma


relação sexual onde há ejaculação interna pode ocorrer um
desequilíbrio em nosso PH vaginal, que em seu estado saudável
sempre é ácido. O PH do sêmen é básico, fazendo com que haja
desequilíbrio. Muitas mulheres, inclusive relatam, que após
relações onde ocorre a ejaculação, logo sentem ardências e
desconfortos que logo progridem para quadros de candidíase,
vaginose ou outras infecções vaginais.
Uma medida interessante a ser tomada nesses casos é, logo após
a relação, fazer uma lavagem interna com uma solução composta
de água e vinagre de maçã. O vinagre de maçã atua trazendo
novamente o PH ácido que pode ter sido desequilibrado, e
equilibrando novamente a região. Para fazer a lavagem interna
recomendamos que tenha uma ducha vaginal e dilua 2 colheres
de sopa de vinagre de maçã em 400ml de água e lave
internamente.

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NORTHRUP, C. Women’s bodies, women’s wisdom. Nova Iorque, Estados
Unidos da América: Bantam Books, 1994.

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