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Resumo
* Doutor, Mestre e Especialista em Ortodontia (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). Professor Assistente de Ortodontia (Univer-
sidade Estácio de Sá - UNESA).
** Doutora, Mestre e Especialista em Ortodontia (UERJ).
*** Professor Adjunto de Ortodontia (UERJ).
**** Professor Titular de Cirurgia Bucomaxilofacial (UERJ).
***** Professor Titular de Ortodontia (UERJ).
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Simulação computadorizada do perfil facial em cirurgia ortognática: precisão cefalométrica e avaliação por ortodontistas
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MOTTA, A. T. S.; BRUNHARO, I. H. P.; MIGUEL, J. A. M.; CAPELLI Jr., J.; MEDEIROS, P. J. D.; ALMEIDA, M. A. O.
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MOTTA, A. T. S.; BRUNHARO, I. H. P.; MIGUEL, J. A. M.; CAPELLI Jr., J.; MEDEIROS, P. J. D.; ALMEIDA, M. A. O.
A B
C D
Figura 1 - Tela de tratamento: A) traçado pré-cirúrgico sobre a imagem pré-cirúrgica; B) movimentação das estruturas esqueléticas do traçado pré-cirúrgico (azul)
construindo o traçado predictivo (vermelho) - a tabela mostra a magnitude das mudanças esqueléticas no plano horizontal e vertical; C) traçado predictivo sobre a
imagem pré-cirúrgica; D) imagem predictiva contornada a partir do traçado predictivo.
bial (união dos pontos columela, subnasal e lábio Para a análise subjetiva, foram apresentadas as
superior) e mentolabial (pontos lábio inferior, imagens para avaliação a 20 ortodontistas (Fig.
ponto B’ e pogônio mole). Calculou-se a diferen- 3). Através de um questionário composto por
ça entre o valor em graus dos ângulos predictivos escalas de 100mm, estes julgaram o grau de se-
e finais, onde valores negativos indicariam ângu- melhança estética entre cinco regiões dos perfis
los predictivos mais agudos. predictivo computadorizado e final: perfil total,
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erro cefalométrico diminuía, ou seja, se o coefi-
10 ciente de correlação se aproximava de -1.
11
12 RESULTADOS
13
Análise cefalométrica
14
As tabelas 1, 2 e 3 exibem os resultados das
Figura 2 - Pontos e ângulos do perfil mole utilizados no estudo: 1) dorso diferenças cefalométricas em milímetros entre os
nasal, 2) pronasal, 3) columela, 4) ponto “S” nasal, 5) subnasal, 6) ponto A’, pontos do perfil predictivo e final e em graus en-
7) lábio superior, 8) estômio superior, 9) estômio inferior, 10) lábio inferior,
11) ponto B’, 12) pogônio mole, 13) gnátio mole e 14) mento mole. tre os ângulos nasolabial e mentolabial, para toda
A B C
Figura 3 - Exemplo de imagem utilizada para comparação entre o perfil predictivo e final de um paciente da amostra. Os avaliadores julgaram o grau de semelhança
entre as imagens 3B e 3C. A) Perfil pré-cirúrgico; B) perfil predictivo computadorizado e C) perfil final pós-cirúrgico.
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Tabela 1 - Amostra total (n = 32): médias, desvios-padrão (d.p.), valores mínimo, máximo e de P para as diferenças cefalomé-
tricas horizontais, verticais e angulares entre os pontos do perfil predictivo e final.
ponto / ângulo média d.p. mínimo máximo P
dorso nasal -0,2297 1,6718 -2,65 3,47 0,443
pronasal -0,2634 1,0398 -2,91 1,59 0,162
columela -0,5063 1,2955 -2,93 1,86 0,035*
ponto “S” nasal -0,9175 1,8135 -3,70 3,18 0,007**
subnasal -0,5937 1,4709 -3,44 3,17 0,029*
ponto A’ -0,2413 1,6797 -4,23 2,12 0,423
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Tabela 2 - Grupo AP (n = 15): médias, desvios-padrão (d.p.) e valores de P para as diferenças cefalométricas horizontais,
verticais e angulares entre os pontos do perfil predictivo e final.
ponto / ângulo média d.p. P
dorso nasal -0,6720 1,1436 0,039*
pronasal -0,1607 1,0405 0,559
columela -0,3013 1,3638 0,407
ponto “S” nasal -0,5120 2,0101 0,341
subnasal 0,2160 1,2130 0,502
ponto A’ 0,1940 1,2737 0,565
A tabela 4 exibe uma distribuição de freqüên- nasal e estômio inferior no plano horizontal. No
cias das diferenças cefalométricas, onde a maior primeiro, 96,9% dos casos (31 pacientes) exibi-
parte dos erros foi menor que 2mm. Contudo, ram diferenças de até 2mm e em nenhum caso
na categoria acima de 3mm não foi estabelecido foram maiores que 3mm, enquanto, no segundo,
um limite máximo e alguns casos discrepantes 65,7% dos casos (21 pacientes) exibiram dife-
apresentaram valores elevados, como expresso renças maiores que 2mm, 56,3% (18 pacientes)
na tabela 1. Destacam-se situações bem distin- maiores que 3mm e em nenhum caso foram me-
tas, como na comparação entre os pontos pro- nores que 1mm.
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Tabela 3 - Grupo V (n = 17): médias, desvios-padrão (d.p.) e valores de P para as diferenças cefalométricas horizontais,
verticais e angulares entre os pontos do perfil predictivo e final.
ponto / ângulo média d.p. P
dorso nasal 0,1606 1,9813 0,743
pronasal -0,3541 1,0626 0,188
columela -0,6871 1,2451 0,037*
ponto “S” nasal -1,2753 1,5958 0,005**
subnasal -1,3082 1,3217 0,001**
ponto A’ -0,6253 1,9268 0,200
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Tabela 4 - Distribuição de freqüências (categorização) das diferenças cefalométricas entre os traçados predictivo e final
para a amostra total (n = 32): frequência de pacientes (f) e porcentagem (%) para cada variação.
< 1mm 1 - 2mm 2 - 3mm > 3mm
ponto
f % f % f % f %
dorso nasal 12 37,5 12 37,5 6 18,8 2 6,3
pronasal 17 53,1 14 43,8 1 3,1 - -
columela 14 43,8 14 43,8 4 12,5 - -
ponto “S” nasal 8 25 10 31,3 11 34,4 3 9,4
subnasal 17 53,1 8 25 3 9,4 4 12,5
ponto A’ 11 34,4 13 40,6 7 21,9 1 3,1
eixo lábio superior 10 31,3 13 40,6 6 18,8 3 9,4
horizontal
(X) estômio superior 12 37,5 11 34,4 4 12,5 5 15,6
estômio inferior - - 11 34,4 3 9,4 18 56,3
lábio inferior 9 28,1 5 15,6 7 21,9 11 34,4
ponto B’ 8 25 10 31,3 5 15,6 9 28,1
pogônio mole 9 28,1 8 25 11 34,4 4 12,5
gnátio mole 9 28,1 15 46,9 3 9,4 3 9,4
mento mole 6 18,8 3 9,4 4 12,5 14 43,8
dorso nasal 4 12,5 16 50 6 18,8 6 18,8
pronasal 16 50 11 34,4 3 9,4 2 6,3
columela 17 53,1 11 34,4 3 9,4 1 3,1
ponto “S” nasal 13 40,6 14 43,8 4 12,5 1 3,1
subnasal 12 37,5 13 40,6 6 18,8 1 3,1
ponto A’ 14 43,8 6 18,8 10 31,3 2 6,3
eixo lábio superior 11 34,4 14 43,8 5 15,6 2 6,3
vertical
(Y) estômio superior 13 40,6 10 31,3 5 15,6 4 12,5
estômio inferior 9 28,1 6 18,8 5 15,6 12 37,5
lábio inferior 5 15,6 9 28,1 4 12,5 14 43,8
ponto B’ 5 15,6 14 43,8 4 12,5 9 28,1
pogônio mole 10 31,3 10 31,3 4 12,5 8 25
gnátio mole 9 28,1 6 18,8 10 31,3 5 15,6
mento mole 7 21,9 5 15,6 7 21,9 8 25
Tabela 5 - Amostra total (n = 32): médias, desvios-padrão (d.p.), valores mínimo e máximo das notas dos avaliadores para
cada região do perfil.
região do perfil média d.p. mínimo máximo
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Tabela 6 - Comparação entre os grupos AP (n = 15) e V (n = 17): médias, desvios-padrão (d.p.), valores mínimo, máximo e de
P para as notas dos avaliadores.
região do perfil grupo média d.p. mínimo máximo P
perfil total AP 60,39 10,6169 40,30 72,80 0,777
V 60,31 9,0637 44,95 73,90
nariz AP 74,37 7,7533 57,60 84,95 0,439
V 76,35 6,3111 58,85 85,15
lábio superior AP 59,65 12,6778 39,30 78,45 1,000
V 60,36 9,9106 39,75 76,80
lábio inferior AP 55,39 12,5632 36,65 74,00 0,955
V 56,53 8,8435 42,80 73,40
mento AP 60,80 12,7487 29,85 76,35 0,970
V 62,91 9,3523 44,85 78,60
*P = 0,05; **P = 0,01.
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pectivamente) e o ponto B’, no sentido vertical gião nasal nestes dois estudos podem ter resul-
(1,57mm), e pontos do lábio inferior também tado da participação de indivíduos submetidos a
apresentaram médias desta magnitude. No grupo cirurgias mandibulares isoladas, o que não resul-
AP, os erros cefaloméricos chegaram a 2,08mm taria em alterações no nariz. Uma avaliação dos
para o ponto lábio inferior e 2,70mm para o es- programas PPP e OTP exibiu uma nota média
tômio inferior, ambos no sentido horizontal. En- total de 55,00, onde o lábio inferior obteve a pior
tretanto, pontos em outras regiões mostraram va- avaliação (51,00), enquanto as regiões mais bem
lores próximos, como o ponto S nasal (0,91mm), avaliadas foram o lábio superior, o mento e a re-
no sentido horizontal, e os pontos lábio superior gião cervical (64,00)23. Médias mais baixas para
(0,90mm), estômio superior (0,88mm), gnátio’ o lábio inferior foram encontradas testando-se
(1,07mm) e mentoniano’ (1,90mm), no vertical. tanto o PPP (52,9) quanto o OTP (52,5), e mais
Observa-se na literatura3,7,18,24 que, assim altas para o ângulo nasolabial, que recebeu 70,6
como o Vistadent neste trabalho, os programas de e 62,5, respectivamente18.
simulação computadorizada raramente simulam A comparação dos grupos AP e V na análise
com sucesso a acomodação do lábio inferior após subjetiva não resultou em diferença estatistica-
impacção maxilar ou avanço mandibular, onde o mente significante, mostrando que o componen-
lábio inferior que se apresentava contido sob os te vertical não foi determinante na qualidade das
incisivos superiores é liberado. O lábio inferior imagens predictivas, segundo a percepção dos
está sujeito a variadas influências, sendo difícil avaliadores. Desta forma, pode-se sugerir que o
apontar exatamente como este irá se posicionar programa avaliado não apresentou restrições à
após os movimentos esqueléticos23. execução de predições em casos de impacção de
Na análise angular, a tendência de serem ori- maxila seguida de giro mandibular. Entretanto,
ginados ângulos predictivos mais agudos se repe- no único caso de reposicionamento inferior de
tiu nas três situações (amostra total, grupo AP maxila obteve-se uma imagem predictiva bas-
e V), o que pode demonstrar uma tendência à tante deficiente, com distorção do lábio superior,
compressão da imagem predictiva na utilização quando o programa expandiu a imagem para au-
do programa testado. Isto não dependeu direta- mentar o terço médio da face.
mente da presença de rotação mandibular, pare- A baixa correlação encontrada sugere que
cendo uma falha constante do programa. Pode-se as diferenças cefalométricas não influenciaram
sugerir que a notória imprecisão nos lábios pode- diretamente a avaliação das imagens pelos or-
ria gerar posições mais evertidas na predição, o todontistas. Em um trabalho com a maioria das
que levaria a uma redução nos valores dos ângu- diferenças cefalométricas abaixo de 1mm, foram
los nasolabial e mentolabial. encontrados na avaliação subjetiva conceitos ape-
Os resultados da análise subjetiva sugerem nas regulares a bons, e este fato foi atribuído à
que houve, em comparação com outros traba- baixa qualidade visual das imagens23. Em outro
lhos, uma melhor avaliação por parte dos pro- estudo, apesar de resultados relativamente ruins
fissionais no presente estudo. Os resultados de nas predições cefalométricas, observou-se ava-
um trabalho testando o programa PPP também liações de regulares a boas na análise subjetiva,
exibiram o nariz (61,53) como a variável de me- sugerindo que erros de 1mm a 2mm foram acei-
lhor nota média e o lábio inferior (42,63) como táveis clinicamente8.
a região de pior predição, mas com valores in- Na verdade, a obtenção de um traçado pre-
feriores aos 75,42 e 56,00, respectivamente, do dictivo correto pode não garantir uma imagem
Vistadent13. As melhores notas atribuídas à re- fotográfica com detalhes satisfatórios no perfil, já
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que outros fatores parecem estar envolvidos neste sentaram-se mais agudos que nos traçados finais.
processo. Falhas inerentes ao programa, como no 2) A avaliação da semelhança entre as ima-
acoplamento do traçado à fotografia ou no recorte gens predictivas computadorizadas e finais pelos
da imagem predictiva promovendo um contorno ortodontistas exibiu notas médias superiores à li-
pouco nítido e artificial, podem influenciar negati- teratura, variando de 56,00 para o lábio inferior
vamente o resultado. Assim como variações indivi- a 75,42 para o nariz. A qualidade das imagens
duais, já que diferenças em milímetros podem ter predictivas não apresentou diferenças significan-
significado distinto dependendo da região onde tes em relação às alterações verticais.
ocorrem e da complexidade do caso em questão. 3) A baixa correlação entre as análises cefalo-
A construção da imagem parece ser diferente em métrica e subjetiva indicou que uma não influen-
casos de avanço, onde a mandíbula tem que ser ciou diretamente a outra, sugerindo que outros
esticada ou deslizada para frente até atingir a linha fatores, como falhas inerentes aos procedimentos
do perfil predictivo, ou recuo mandibular, onde digitais do programa, características individuais
esta tem que ser encurtada ou recortada, e tais dos pacientes e problemas de padronização foto-
diferenças operacionais podem resultar em varia- gráfica estiveram envolvidos no processo de pre-
ções adicionais. Além disso, por mais fidedigna que dição computadorizada.
a imagem predictiva seja ao contorno do traçado 4) Em comparação com a performance de
predictivo, esta continuará apresentando algumas outros sistemas de simulação computadorizada,
características da imagem pré-cirúrgica, da qual o programa testado pode ser considerado útil na
foi originada. E esta pode diferir da imagem final prática clínica ortodôntica e cirúrgica. Entretan-
em cor da pele, postura dos lábios, corte do cabelo, to, baseando-se em algumas limitações observa-
por causa de diferenças de peso ou até pelo pró- das, recomenda-se cautela no planejamento e
prio envelhecimento do paciente. apresentação do caso, sendo que algumas predi-
Alguns recursos de melhorias de imagens es- ções podem exigir melhorias com as ferramentas
tão disponíveis nos programas, mas não foram de ajuste disponíveis no programa.
utilizados neste estudo, evitando a presença de
variáveis adicionais. Entretanto, tais recursos de AGRADECIMENTOS
retoque tiveram pouca influência no julgamento Aos professores e residentes do serviço de
da qualidade das imagens em outro estudo22. Na Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Univer-
prática clínica, entretanto, o profissional tem a sitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ) pela parce-
opção de realizar alterações no contorno das ima- ria no tratamento e na seleção dos pacientes da
gens predictivas, baseando-se em sua experiência amostra.
profissional e superando, de certa forma, algumas
deficiências do programa.
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Simulação computadorizada do perfil facial em cirurgia ortognática: precisão cefalométrica e avaliação por ortodontistas
Abstract
Aim: To verify the accuracy of a video imaging software on the soft tissue profile prediction of patients who un-
derwent different types of orthognathic surgery. Methods: Presurgical and posttreatment lateral cephalograms and
photographs of 32 patients were used. Profile predictions were obtained from hard tissue manipulation on the pre-
surgical tracings. Prediction evaluation was applied to the total sample and to subgroups with maxillary impaction or
downgraft (V) or without surgeries in the vertical plane (AP). Points of prediction’s soft tissue line were compared with
those of the posttreatment tracing. Prediction and posttreatment profile images were subjectively compared by 20
orthodontists. Five regions (overall profile, nose, upper lip, lower lip and chin) were graded from 0 to 100 with a visual
analog scale. Results and Conclusions: Soft-tissue profile points showed location variability, with more than 60% of
the errors up to 2mm and 17% greater than 3mm. Statistically significant differences in the cephalometric analysis
were more frequently observed on the vertical plane. Nasolabial and mentolabial prediction angles were more acute
than those of the posttreatment tracings. The aesthetic analysis showed greater mean values in comparison with other
studies, varying from 56.00 for the lower lip to 75.42 for the nose. Prediction images precision showed no significant
difference between cases with or without vertical changes. This program can be considered useful in orthodontic and
surgical clinical practice. However, based on some observed limitations, the authors recommend caution in treatment
planning and case presentation, and some predictions may require improvement with enhancement tools.
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