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R: Caio utilizou a teoria utilitarista pois entende que não irão acabar com a pobreza no
Brasil, mas levarão ajuda e conforto ao maior número possível de pessoas naquele
momento. Pedro concorda em ajudar aos mais pobres, mas argumento que fará isso pois
entende, com base na teoria da ética kantiana que prega que as ações corretas são aquelas
que podem ser universalizáveis, e ajudar ao próximo é uma ação universalizável. Renato
utiliza da teoria do egoísmo ético pois não é obrigado a ajudar e naquele momento, tinha
outros planos para sua vida e o maior compromisso para os adeptos dessa teoria e procurar
serem felizes em primeiro lugar. Por fim, Renata afirma que o correto seria sermos
habitualmente bons e praticarmos o bem. Sendo assim, Renata mostra que é adepta da
teoria da ética da virtude, ética essa idealizada por Aristóteles que entendia que existiram
as virtudes como ser bom, generoso, benevolente, dentre outras, e que a felicidade
consistiria em praticarmos tais virtudes em nossa vida, habitualmente, pois assim, ao final
da nossa vida, se tivermos agido mais de forma virtuosa do que não virtuosa, poderíamos
falar que tivemos uma vida feliz, a chamada vida boa aristotélica
2 – Estudando o Direito Natural, Hugo Grócio afirmou que “O direito natural é tão
imutável que não pode ser mudado nem pelo próprio Deus”. (...) “Do mesmo modo,
portanto, que Deus não poderia fazer com que dois mais dois não fossem quatro, de igual
modo ele não pode impedir que aquilo que é essencialmente mau não seja mau”. A partir
do texto, disserte sobre a teoria da existência de valores universais, que teriam por
fundamento o antigo direito natural moderno, comparando com a questão do relativismo
cultural. (2 pontos)
R: José adota como regra para sua vida o egoísmo ético, pois ele afirma que apenas não
faz aos outros com a expectativa que não façam mal a ele, não é uma ação altruísta mas
sim consequencialista, ou seja, eu fação ou não faço algo, esperando que aja
reciprocidade, pois caso contrário, não faria. Carlos por sua vez adota a teoria do contrato
social pois entende que existem regras, morais e jurídicas, elaboradas a mais tempo, que
devem ser obedecidas para a possibilidade de uma vida pacífica entre as pessoas, pois se
todos obedecerem as regras a mundo elaboradas, estarão agindo de forma racional. Em
relação a Marcos, este adota a teoria da ética kantiana. Para ele, o correto sempre será
agir de forma universalizável, ou seja, apenas praticar ação se esta puder ser praticada por
todos sem que aja com isso prejuízo de outrem. Por fim, Maria afirma que o correto seria
sermos habitualmente bons e praticarmos o bem. Sendo assim, Maria mostra que é adepta
da teoria da ética da virtude, ética essa idealizada por Aristóteles que entendia que
existiram as virtudes como ser bom, generoso, benevolente, dentre outras, e que a
felicidade consistiria em praticarmos tais virtudes em nossa vida, habitualmente, pois
assim, ao final da nossa vida, se tivermos agido mais de forma virtuosa do que não
virtuosa, poderíamos falar que tivemos uma vida feliz, a chamada vida boa aristotélica.
2 – Em sua Suma Theológica, Santo Tomás de Aquino afirmou que a “lei natural são as
proposições imperativas ou preceitos universais da razão prática, participada da lei
eterna, acerca das coisas boas ou atos intrinsecamente bons ou maus, em ordem ao bem
comum da bem-aventurança natural, promulgadas ou impressas naturalmente na razão
humana por Deus como legislador e supremo governante da comunidade natural dos
homens”. A partir do entendimento tomista de direito natural, que pode ser pensado como
a forma embrionária dos direitos humanos contemporâneos, compare com a teoria do
relativismo cultural e analise, sob o fundamento dessas duas teorias, a possibilidade de
que adventistas do 7º dia realizarem prova de um concurso público em data diferente dos
demais candidatos tendo em vista que não podem realizar qualquer tarefa entre o sábado
depois das 12 horas até domingo as 12 horas. Apresente então duas defesas sucintas da
questão controvertida, utilizando a teoria dos valores universais e a teoria do relativismo
cultural sobre a possibilidade dos adventistas do 7º dia poderem realizar concursos em
datas diferentes das demais pessoas. (3 pontos)
R: Para a teoria da existência de valores universais, que encontra em Kant um dos seus
maiores defensores, existiriam valores universais que podem ser entendidos como
corretos em detrimento de outros que seriam equivocados por não poderem ser
“universalisáveis”. Essa teoria encontra no direito natural antigo sua vertente histórica,
onde a crença em valores universalmente corretos. Assim, admitir que os adventistas do
7º dia realizem provas de concursos em dias diferentes dos demais abriria precedente
perigoso, tenho em vista que todos os que alegarem algum motivo de crença ou outro
teria o mesmo o direito de realizar a prova em dia diverso, o que seria inviável e
impossível de universalizar tal possibilidade por uma verdadeira impossibilidade fática
de cada pessoa poder realizar a prova no dia que entendesse ou em dia diferente da
maioria. Utilizando da teoria do relativismo cultural, se diferentes culturas existem,
diferentes códigos morais também, e assim, a ideia da existência de valores universais
seria utópica, um mito e que por isso não existiria um padrão objetivo que poderia ser
empregado para julgar o código de uma sociedade melhor do que outros e que o nosso
código moral seria apenas um entre muitos, inexistindo uma moral universal, e portanto,
não se poderia afirmar que a prática dos adventistas seria incorreta. Sendo assim, o Estado
deveria, em respeito ao relativismo cultural, admitir a possibilidade que os praticantes
dessa crença realizassem as provas de um concurso em data diferente de sábado das 12
horas até domingo às 12 horas.