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QUESTÕES DE ÉTICA

1 – Em razão da estiagem prolongada de chuvas no sudeste e nordeste brasileiro, um


grupo de alunos da EMERJ organizou uma visita ao vale do Jequitinhonha, fronteira entre
Minas Gerais e Bahia, considerado por muitos um dos locais mais pobres no Brasil. João
afirmou em reunião entre os alunos que existiriam muito mais pessoas pobres e que por
isso o que ele seriam fazer não resolveria o problema da pobreza no Brasil. Caio pediu a
palavra e afirmou em sua turma que deveriam ajudar aos pobres daquela região sim, pois
eles estariam confortando o máximo de pessoas que naquele momento eles poderiam.
Pedro concorda com Caio de que devem ajudar, entretanto, afirma que irá fazê-lo pois, se
todos no Brasil tivessem a postura que eles virão a ter, não existiria mais pobreza pois
essa é a ação correta a ser praticada por todos. Renato afirmou que apesar de se
compadecer com as pessoas miseráveis da região, no momento está estudando para um
concurso específico e que não quer parar de estudar para ajudar. Silvia pede a palavra e
condena a postura de Renato, afirmando que Renato não será feliz em sua vida pois a
felicidade é justamente agir de forma correta, procurando praticar o bem, fazer a caridade,
ser bondoso e benevolente. Aponte e explique quais teorias cada um dos alunos utilizou
em seus argumentos. (4 pontos)

R: Caio utilizou a teoria utilitarista pois entende que não irão acabar com a pobreza no
Brasil, mas levarão ajuda e conforto ao maior número possível de pessoas naquele
momento. Pedro concorda em ajudar aos mais pobres, mas argumento que fará isso pois
entende, com base na teoria da ética kantiana que prega que as ações corretas são aquelas
que podem ser universalizáveis, e ajudar ao próximo é uma ação universalizável. Renato
utiliza da teoria do egoísmo ético pois não é obrigado a ajudar e naquele momento, tinha
outros planos para sua vida e o maior compromisso para os adeptos dessa teoria e procurar
serem felizes em primeiro lugar. Por fim, Renata afirma que o correto seria sermos
habitualmente bons e praticarmos o bem. Sendo assim, Renata mostra que é adepta da
teoria da ética da virtude, ética essa idealizada por Aristóteles que entendia que existiram
as virtudes como ser bom, generoso, benevolente, dentre outras, e que a felicidade
consistiria em praticarmos tais virtudes em nossa vida, habitualmente, pois assim, ao final
da nossa vida, se tivermos agido mais de forma virtuosa do que não virtuosa, poderíamos
falar que tivemos uma vida feliz, a chamada vida boa aristotélica
2 – Estudando o Direito Natural, Hugo Grócio afirmou que “O direito natural é tão
imutável que não pode ser mudado nem pelo próprio Deus”. (...) “Do mesmo modo,
portanto, que Deus não poderia fazer com que dois mais dois não fossem quatro, de igual
modo ele não pode impedir que aquilo que é essencialmente mau não seja mau”. A partir
do texto, disserte sobre a teoria da existência de valores universais, que teriam por
fundamento o antigo direito natural moderno, comparando com a questão do relativismo
cultural. (2 pontos)

R: O equilíbrio entre valores universais e respeito ao multiculturalismo é uma questão


tormentosa dentro do estudo da ética. Para a teoria da existência de valores universais,
que encontra em Kant um dos seus maiores defensores, existiriam valores universais que
podem ser entendidos como corretos em detrimento de outros que seriam equivocados
por não poderem ser “universalisáveis”. Essa teoria encontra no direito natural antigo sua
vertente histórica, onde a crença em valores universalmente corretos que, segundo
Grócio, nem mesmo Deus poderia modificar. Já para a teoria do relativismo cultural, se
diferentes culturas existem, diferentes códigos morais também, e assim, a ideia da
existência de valores universais seria utópica, um mito e que por isso não existiria um
padrão objetivo que poderia ser empregado para julgar o código de uma sociedade melhor
do que outros e que o nosso código moral seria apenas um entre muitos, inexistindo uma
moral universal. Assim, seríamos obrigados a respeitar códigos morais diferente dos
nossos. O problema do relativismo cultural é que ele impede de criticarmos determinados
costumes de um povo e inclusive os nossos, pois tudo seria relativo. Assim, até um regime
de segregação racial como o apartheid não poderia ser criticado.

3 - Recentemente, o Presidente do STF praticou uma série de atos que muitos


interpretaram como equivocados. Primeiro, escreveu um artigo publicado na revista da
EMERJ no qual critica de forma contundente um entendimento de um colega ministro
em relação a voto proferido. Posteriormente, em uma discussão acalorada com outro
colega de Corte que divergia do seu entendimento, chamou-o de idiota e de embusteiro.
Por fim, abriu uma empresa em sociedade com um amigo e adquiriu, em nome da
empresa, um apartamento em Porto Alegre. Analise a conduta do ministro presidente a
luz da LOMAN e do Código de Ética da Magistratura. (3 pontos)
R: O primeiro ato do Presidente do STF de criticar o voto do colega ministro em um artigo
científico estaria previsto no inciso II do artigo 12 do Código de Ética da Magistratura, e
sendo assim, não haveria qualquer irregularidade na prática. Em relação a ofensa a um
colega ministro do STF em um julgamento, em que pese o acalorado de algumas
discussões e debates, o Código de Ética da Magistratura, em seu artigo 22, caput e
parágrafo único, determina a obrigatoriedade de tratar colega da magistratura com
cortesia sempre utilizando de linguagem escorreita, polida e respeitosa, o que não ocorreu
no caso, tendo o Presidente do STF violado o dispositivo mencionado. Por fim, se o
Presidente do STF for apenas sócio cotista, não haveria qualquer ilegalidade na aquisição
do imóvel em nome da empresa, tendo em vista que o artigo 38 do Código de Ética da
Magistratura admite que juízes sejam sócios cotistas, vedando apenas que sejam sócios
controladores, sendo assim, a compra do imóvel foi apenas um ato praticado pela pessoa
jurídica.
1 – O estudo da ética é essencial para a própria vida em sociedade desde Sócrates é objeto
de investigação da filosofia. Ao final de uma aula de ética na EMERJ, alguns alunos
ficaram em sala conversando. José afirmou que para ele, a chamada regra de prata é a
base da sua vida, ou seja, “não faça ao próximo o que não gostaria que fizessem com
você”, e sendo assim, José falou que não faria mal a outra pessoa apenas por esperar que
tendo essa postura, ninguém veja a fazer mal a ele. Carlos por sua vez afirmou que em
sua vida, sempre procurou agir de acordo com as regras morais que recebeu desde
pequeno, especialmente as regras jurídicas, a razão nos faz entender que obedecer as
regras existentes é o correto, o racionalmente certo. Já Marcos afirmou que algumas
regras morais e mesmo as jurídicas podem conter erro, e sendo assim, o correto seria que
apenas seguíssemos as regras que pudessem ser praticadas por todos sem que com isso
houvesse qualquer mal para outras pessoas e para nós mesmos. Por fim, Maria pediu a
palavra e disse que o correto na verdade seria sempre procurar em nossa vida termos o
hábito de praticarmos o bem, sermos benevolentes e generosos. Com base nos argumentos
apresentados por José, Carlos, Marcos e Maria, diga qual teoria moral mais se aproxima
dos mesmos. (4 pontos)

R: José adota como regra para sua vida o egoísmo ético, pois ele afirma que apenas não
faz aos outros com a expectativa que não façam mal a ele, não é uma ação altruísta mas
sim consequencialista, ou seja, eu fação ou não faço algo, esperando que aja
reciprocidade, pois caso contrário, não faria. Carlos por sua vez adota a teoria do contrato
social pois entende que existem regras, morais e jurídicas, elaboradas a mais tempo, que
devem ser obedecidas para a possibilidade de uma vida pacífica entre as pessoas, pois se
todos obedecerem as regras a mundo elaboradas, estarão agindo de forma racional. Em
relação a Marcos, este adota a teoria da ética kantiana. Para ele, o correto sempre será
agir de forma universalizável, ou seja, apenas praticar ação se esta puder ser praticada por
todos sem que aja com isso prejuízo de outrem. Por fim, Maria afirma que o correto seria
sermos habitualmente bons e praticarmos o bem. Sendo assim, Maria mostra que é adepta
da teoria da ética da virtude, ética essa idealizada por Aristóteles que entendia que
existiram as virtudes como ser bom, generoso, benevolente, dentre outras, e que a
felicidade consistiria em praticarmos tais virtudes em nossa vida, habitualmente, pois
assim, ao final da nossa vida, se tivermos agido mais de forma virtuosa do que não
virtuosa, poderíamos falar que tivemos uma vida feliz, a chamada vida boa aristotélica.
2 – Em sua Suma Theológica, Santo Tomás de Aquino afirmou que a “lei natural são as
proposições imperativas ou preceitos universais da razão prática, participada da lei
eterna, acerca das coisas boas ou atos intrinsecamente bons ou maus, em ordem ao bem
comum da bem-aventurança natural, promulgadas ou impressas naturalmente na razão
humana por Deus como legislador e supremo governante da comunidade natural dos
homens”. A partir do entendimento tomista de direito natural, que pode ser pensado como
a forma embrionária dos direitos humanos contemporâneos, compare com a teoria do
relativismo cultural e analise, sob o fundamento dessas duas teorias, a possibilidade de
que adventistas do 7º dia realizarem prova de um concurso público em data diferente dos
demais candidatos tendo em vista que não podem realizar qualquer tarefa entre o sábado
depois das 12 horas até domingo as 12 horas. Apresente então duas defesas sucintas da
questão controvertida, utilizando a teoria dos valores universais e a teoria do relativismo
cultural sobre a possibilidade dos adventistas do 7º dia poderem realizar concursos em
datas diferentes das demais pessoas. (3 pontos)

R: Para a teoria da existência de valores universais, que encontra em Kant um dos seus
maiores defensores, existiriam valores universais que podem ser entendidos como
corretos em detrimento de outros que seriam equivocados por não poderem ser
“universalisáveis”. Essa teoria encontra no direito natural antigo sua vertente histórica,
onde a crença em valores universalmente corretos. Assim, admitir que os adventistas do
7º dia realizem provas de concursos em dias diferentes dos demais abriria precedente
perigoso, tenho em vista que todos os que alegarem algum motivo de crença ou outro
teria o mesmo o direito de realizar a prova em dia diverso, o que seria inviável e
impossível de universalizar tal possibilidade por uma verdadeira impossibilidade fática
de cada pessoa poder realizar a prova no dia que entendesse ou em dia diferente da
maioria. Utilizando da teoria do relativismo cultural, se diferentes culturas existem,
diferentes códigos morais também, e assim, a ideia da existência de valores universais
seria utópica, um mito e que por isso não existiria um padrão objetivo que poderia ser
empregado para julgar o código de uma sociedade melhor do que outros e que o nosso
código moral seria apenas um entre muitos, inexistindo uma moral universal, e portanto,
não se poderia afirmar que a prática dos adventistas seria incorreta. Sendo assim, o Estado
deveria, em respeito ao relativismo cultural, admitir a possibilidade que os praticantes
dessa crença realizassem as provas de um concurso em data diferente de sábado das 12
horas até domingo às 12 horas.

3 – Em uma audiência, um advogado questionou o magistrado afirmando que a decisão


estaria em desacordo com uma súmula do STF. O magistrado ficou irritado e falou aos
berros que ali ele decidia como ele quisesse e que se o advogado quisesse que recorresse.
Posteriormente, esse mesmo magistrado recebeu determinação do CNJ de que estaria
sendo investigado por suposto favorecimento a uma parte em um processo. Em resposta,
afirmou o magistrado que o CNJ não poderia iniciar processo administrativo disciplinar
tendo em vista que ainda a corregedoria do tribunal a qual ele estaria vinculado ainda não
teria terminado a apuração dos fatos. Por fim, o magistrado foi informado pela
corregedoria do tribunal que compõe de que não poderá receber qualquer auxílio privado
para o simpósio que está organizando com demais membros do respectivo tribunal.
Analise os atos praticados. (3 pontos)

R: Em relação ao primeiro ato, o magistrado se equivocou, tendo em vista que os artigos


22 e 26 do Código de ética da magistratura afirmam que deve utilizar de linguagem polida
e falar de forma cortês com os advogados e que também deverá estar aberto a críticas de
forma respeitosa como foi no caso mencionado. Em relação a sua afirmação sobre
investigação do CNJ ter que esperar o resultado do processo disciplinar que está
ocorrendo na respectiva corregedoria, esta está equivocado, tendo em vista que o artigo
12 da Resolução 135/2011autoriza o início até simultâneo do processo administrativo
disciplinar entre corregedoria local e CNJ. Por fim, a atitude da corregedoria estaria
equivocada, tendo em vista que o CNJ firmou entendimento, em recente resolução que
“Os congressos, seminários, simpósios, encontros jurídicos e culturais e eventos
similares, quando promovidos por Tribunais, Conselhos de Justiça e Escolas Oficiais da
Magistratura, com participação de magistrados, podem contar com subvenção de
entidades privadas com fins lucrativos, desde que explicitado o montante do subsídio e
que seja parcial, até o limite de 30% dos gastos totais”. Sendo assim, o magistrado
poderia receber doação de até 30% dos gastos totais para a realização do evento.

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