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| 4 f SOBRE A ETICA MILITANTE* Antonio Ozai da Silva? Para Mary, “as idéias dominantes de uma Spoca sempre foram as idéias da lasse|dominante” (1). Portanto, é perfeitamente compreensivel, que os valores burgueses e pequeno-burgueses estojam incrusiados em nosso pensar e agi, Dias apés dia, desde que nascemos, a ideclogia burguesa nos & transmitide das mals variadas formas e a assimilamos no nosso processo de fermagéo, inculcam-nos valores que, na sua esséncia, néo devem ~ assim nos ensinam — Ser questionados. Assim, mecénica e maniqueisticamente aprendemos que existe 9 bom e © mau, Tudo 0 que nos “bons costumes” da civilizacéo “crista? ocidental 6 considerade mau. Esse maniqueisme baseia-se na necessidade de preservar 0 “bom” ¢ derrotar o ‘mau’: Para Isso, cultua-se © ordem e a harmonia 6 procura-se neger 4 existéncia do con maligno. dando-the um coritetdo A existéncia de correntes de pensamento com graves desvios burgueses ¢ pequeno-burgueses no selo do movimento operario 6 resultante da influencia desta concepao ideolégica burguesa no mundo. 0 ideelismo e o mecanicismo refletem-se também no comportamonto ¢ agéo Individual dos militantes. Isto explica os *horrores (compreensiveis) de determinados companheiros diante da luta politica @m nosso meio, da existéncia de contradigées. Para estes é » preferivel a ordem © a’harmonia, a conciliacdo, 0 contlito é visto como um sistirbio a ser eliminado. Nessa concepgo, a minoria configura-se como uma perturbagao dg bom andamento da organizagao, deve ser, portanto, combatida ¢ climinadajo militante critico e questionador € um empecilho que deve ser resolvido; a existéncia de diferentes posigas num partido ou outra organizagao € identificado como elemento extremarents negalivo. O Idealista ndo vé que sfo as contradigbes que movem o mundo: que a critica © as criges sao fatores positives no processo de transformagéio social, Um dos Principios .fundamentais do materialismo dialético ensina-nos que: o ee re ewer eee eT FOF FFFIITIISFUVOEELEBLLY © | Publicada no Informativo QUINZENA, N° 92 em 01.05.90 * Mombrof de equipe do CPV E Autor da Historia das Tendencies no Brasil sassy SULOUUUUEVELE a a a 2 s a 8 8 » 8 ® 5 : . J , ; OS Melafisicos, idealistas oy Materialistas, de um desenvolvimento” ou dé uma “tendéncja para o Seeenvolvimento inerente de todas as coisas", aste desenvolvimento resulta de ume contradicao intema, de lificar 0 distanciamento entre uposta inevitabilidade da contradi¢go, E que através do processo de Tormagéo, ca we ee PH He Ree er ere wr VFO TPF TPIIIISIISIS SSISELVULBUBEVEEY, 3 “Aquele que se Inciina perante as regras estabelecidas pelo inimigo jamals venceré” afirmava Trotsky (3). E inadmissivel, em nosso meio,, préticas excludentes e o uso de métodos condenados do ponto de vista da étca.revoluciondria. A “quelmagéio" e a “Totulacao" politica so exemplos tipicos d substituig6 da diocussée’ politica pela tentativa de aniquilar e excluir 0 que diverge. Mais grave ainda 6 quando semelhantes métodos sao praticados por companhelros de nivel de direco. Neste contoxto, as relagdes entre os militantes sao extremamente dificeis. A sooptagao através dos privilégios proporcionades pelo alinhamento politica substitul o processo de convencimento; transforma pessoas em "papagalos” da “tinha justa’, colbe a visio critica neceesérla & stuagdo politica. Com estes ™etodos e préticas, uma casta, manipulando habilmente os que esto em volta, “ganham” representatividade e véem-se em condigdes de instaurarem o reino dos poutos que, sob um discurso pretensamente democrétlco e revolucionétio, controlam © movimento € sobrevivem de forma parasitérla. Com isto estabelece.se a dispute entro 08 diverses “ois, “principes" ¢ os bajuladores de sempre, para ver quem fica com a fatia malor do banquete real. Este 6 um dos fatores que dificultam ao surgimento de liderangas que estejam realmente compromatidas com a transformagéo socal © néo com a ‘corte’. A realeza Permite, no maximo, que os que estéo em baixo possam almejar as benesses da "corte". Degsa forma, 6s candidates & coroa no fitubeiam em usar qualquer meio, desde gue isto 0 aproxime do topo. Aqui, ocore um mecanismo de reprodugao des mélodos e préticas inerentes aos que fazem do poder o seu reinado. : O millitante que, na sua agéo, faz use deates métodos, deve ser combatido. No entanto, par sermos coerente eticamente, nao podemos fazer o bom combate com as mesmas armas ideolégicas do inimigo: 6 condenavel que, sob o pretexto de combater praticas castrenses © anti-éticas, fagamos uso desta Tesmas praticas, Agir dessa maneira significa concordar com a maxima que os melos justificam os fins? Para responder, primeiro precisamos identificar de quais melos, por exemplo, choca-se com os fins que @ classe dominante impde

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