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Projeto de criação de truta gera renda em São Francisco Xavier

Para incentivar a geração de renda às famílias, em especial às mulheres do distrito de


São Francisco Xavier, a Prefeitura de São José dos Campos está ampliando o projeto de
criação de trutas no distrito, que oferece condições apropriadas, como água limpa e
fria. Os atendimentos às famílias interessadas são feitos pelos técnicos do Programa de
Desenvolvimento Rural (Proder), vinculado à Secretaria de Serviços Municipais (SSM).

A criação de trutas é uma opção para as mulheres em razão de não exigir grande
esforço físico, ao contrário de outras atividades muito comuns no distrito, como
criação de gado, retirada de leite ou cultivo de hortaliças e frutas. O investimento no
negócio é baixo e há demanda de mercado pelo produto.

Patrícia Monteiro, de 35 anos, mãe de dois filhos, apostou na criação de truta para
ajudar na renda familiar, e hoje já deslancha sozinha. Ela se interessou pelo projeto há
três anos e hoje já tem planos audaciosos.

“No começo foi um pouco difícil. Hoje já aprendi toda a técnica de produção da truta.
Este ano minha meta é produzir uma tonelada de peixe”, disse. No primeiro ano,
Patrícia explica que produziu 280 quilos de truta. No ano passado, foram cerca de 400
quilos, o que gerou um lucro de cerca de R$ 3.500.

Além do incremento na produção, ela também pretende outra inovação: a venda de


filé. “Com isso eu pretendo aumentar meus lucros em 50%”, explica. Ela também
aposta na criação de peixe o ano todo. “Antes fazia uma produção ao ano e durante
quatro meses os tanques ficavam ociosos. Agora vou investir em alevinos de vários
tamanhos para manter a produção durante o ano todo”, disse.

Para isso ela já está construindo o terceiro tanque, que faz parte de um projeto piloto:
a utilização de lona de nylon ao invés de concreto, que tem um custo médio de R$
500.

“A renda da minha família melhorou bastante. Quero incentivar outros moradores de


São Francisco a criar trutas. Esta é uma alternativa excelente para as mulheres”,
concluiu Patrícia.

Segundo a coordenadora do Proder, a criação de trutas não traz impacto ao meio


ambiente. “Muitas mulheres e famílias de São Francisco têm potencial para a criação
de truta, e lá a água é abundante em muitas propriedades. Além disso, existe demanda
para a venda da truta. A Patrícia, por exemplo, vende a produção sem sair de casa,
porque os moradores e alguns restaurantes daqui mesmo são seus consumidores”,
disse.

As famílias interessadas em conhecer o programa de criação de trutas da Prefeitura de


São José dos Campos podem procurar os técnicos do Proder, por meio do telefone
3945-9514.
Governo tem linhas de crédito para incentivar produção de pescado

A criação de trutas é uma das atividades que podem usufruir de linhas de crédito
especiais do Governo federal. A informação foi dada pelo sub-secretário da Secretaria
Especial de Pesca, Célio Antônio. A produção de pescado está sendo incentivada pelo
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Pesca), com
aporte de recursos de R$ 55 milhões, e do Programa de Agronegócios (Prodeagro),
com linhas de financiamento de até R$ 200 mil.

Dispor de água limpa e abundante e de espaço para construção de dez a 12 tanques


com cinco metros de diâmetro e 1,5 metro de profundidade pode resultar em
produção mensal de uma tonelada de peixe, correspondente a R$ 5 mil, em média,
com margem de lucro entre 30% e 40%. A criação de trutas requer investimento de R$
200 mil, que inclui a preparação dos tanques e a compra de 60 mil alevinos.

O negócio é de alto risco, segundo o consultor do Sebrae-RJ, Álvaro Martins Carneiro,


devido à especialização, investimento e tempo de maturação, estimado em dois anos.
A maior dificuldade ao cultivo da truta é a água corrente, que deve ser renovada a
cada hora. Para isso, é preciso contar com equipe de funcionários que mantenha
controle sobre a substituição da água, já que os tanques não utilizam bomba.

Outra providência, segundo Marcos Guilherme Rigolino, do Instituto de Pesca, em


Campos do Jordão, São Paulo, é contar com capital de giro de R$ 10 mil para compra
de ração balanceada e 100 mil ovos embrionados. O milheiro, vendido pelo próprio
instituto, custa de R$ 23 a R$ 28, e de alevinos, R$ 110.

O produtor levará dois anos só gastando com o negócio, já que precisará comprar os
peixes em diferentes estágios de desenvolvimento. O peixe para o abate deve estar
pesando, entre oito meses e um ano, 300 gramas - afirma Rigolino.

Quando começou, em 1990, Afonso Celso Vívolo tinha apenas uma modesta criação
com oito tanques, produzindo 300 quilos de trutas por mês. Hoje, a Filés de Truta NR,
em Sapucaí Mirim, Minas Gerais, produz 30 toneladas em 145 tanques, que geram um
faturamento mínimo de R$ 500 mil.

O empresário montou ainda um entreposto de pescado. "Entre os clientes, tenho a


rede Viena de restaurantes, no Rio de Janeiro, e os supermercados Pão de Açúcar", diz.

Para montar a truticultura, é preciso outorga do Instituto Nacional de Águas e o aval


do Ibama, que vai observar se a criação põe em perigo área de preservação ambiental.

SERVIÇO
Instituto de Pesca, 0xx-12-263-1021
Filés de Truta NR, 0xx-35-3655-1143
Sebrae-RJ, 0800-782020
Raio x

>>Negócio: Truticultura
>>Investimento inicial: R$ 200 mil (construção de oito a dez tanques e compra de 60
mil alevinos)
>>Tanques: cinco metros de diâmetro e 1,5 metros de profundidade
>>Produção: uma tonelada
>>Número de funcionários: dez a 20
>>Faturamento médio mensal: R$ 5 mil
>>Margem de lucro: 30% a 40%
>>Risco do negócio: alto, na avaliação do consultor do Sebrae-RJ, Álvaro Martins
Carneiro

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