O doping data da antiguidade, quando os gregos inventores dos jogos olímpicos
faziam usos de chás, ervas e cogumelos para melhorar suas habilidades, fazendo com que atingissem melhor desempenho durante as competições. A medida que os acontecimentos esportivos ganharam a notoriedade de grandes eventos, o doping foi ganhando espaço. É sabido que atletas alemães na década de 30, fizeram uso de substâncias esteroides a base de testosterona, assim como atletas russos em um campeonato de halterofilismo na década de 50, ocasião onde os recordes mundiais foram batidos. O mesmo ocorreu na década de 60, com uma equipe estadunidense. Suspeita-se que o médico John Ziegler, da extinta União Soviética tenha prescrito Dianabol, um esteroide anabolizante para os atletas, fazendo com que a equipe dominasse o campeonato mundial de levantamento de peso. Quando o uso de doping provocou a morte do competidor Knut Jensen, ciclista de origem dinamarquesa, ocorrida durante uma das competições de ciclismo conhecida como Giro de Itália, uma das mais importantes da categoria, o comitê olímpico internacional optou por acolher medidas antidoping tanto em provas internacionais como também nos jogos olímpicos, estipulando punições mais rígidas para os atletas , além de dirigentes , médicos e treinadores que incentivam a fazer uso do mesmo. As federações esportivas tem se mobilizado para que essas substâncias ilegais não sejam empregadas pelos atletas, realizando exames de doping regulares, mediante a coleta de sangue ou urina que é o material mais utilizado, visto que é possível detectar o aparecimento de medicamentos e drogas, bem como os produtos oriundos do metabolismo dessas substâncias no organismo. As análises empregadas são capazes de detectar misturas complexas e a técnica mais utilizada é a cromatografia em conjunto com a espectrometria de massas por possuir um amplo banco de dados das substâncias empregadas na identificação da dopagem. No Brasil, um órgão foi criado em 2011, trata-se da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que tem como objetivo principal aperfeiçoar o controle de doping no país e com as olimpíadas do Rio em 2016, o país ganhou um laboratório credenciado pela Agencia mundial de antidopagem ( Wada), para a realização de análises que envolvam suspeita de doping. As substâncias responsáveis pelo doping e de fácil acesso em farmácias, são as estimulantes, diuréticas, analgésicas e antidiarreicas. Atualmente há sete tipos de doping, são eles os esteroides anabolizantes, estimulantes, analgésicos, beta-bloqueantes, hormonas peptídicas, diuréticos, beta-agonistas. Para atletas as substâncias estimulantes, narcóticas, agentes anabólicos, diuréticos, beta-bloqueadores e hormônios peptídeos e análogos são consideradas doping. O uso de anabolizantes por exemplo, tem o intuito de aumentar a força física e massa muscular dos atletas, em contrapartida podem causar efeitos indesejados como ansiedade, agressividade, desordens de pânico, além de afetar os sistemas reprodutor, cardiovascular, renal, hepático de quem faz uso dessas substâncias. Algumas substâncias como a efedrina (considerada lícita em determinadas concentrações) não pertencem mais a lista de doping, sendo o seu uso permitido na forma de suplementos nutricionais. A efedrina age como estimulante nos sistemas cardiovascular e nervoso, aumentando a energia, porém como efeitos colaterais pode ocasionar hipertensão, paranoia e depressão. A cafeína até o ano de 2003, constava na lista de doping como uma das substâncias que dependiam da quantidade encontrada na amostra de urina. Substâncias tidas como suplementos nutricionais ainda enfrentam resistência quanto a sua classificação e comercialização por parte da legislação vigente, isso ocorre devido a alguns produtos não terem sua eficácia comprovada através de provas cientificas. Também é preciso se certificar que tais substâncias não provoquem riscos à saúde. Outra preocupação em relação ao doping trata-se da manipulação genética. Testes realizados em animais comprovaram que uma mutação em virtude de uma proteína bloqueada, aumentou significativamente a massa muscular dos mesmos. Problemas nos joelhos, geralmente estão associados à atividade física, como por exemplo futebol, basquete, esqui, etc...O doping genético, nesse caso, poderia beneficiar o desempenho dos atletas dessas categorias, dando a eles um ligamento de joelho super resistente, por exemplo. É necessário garantir a ética desportiva quanto ao uso da tecnologia, e substâncias ilícitas e ou suplementares, a fim de preservar a saúde e a carreira dos atletas.
Sites consultados:
Substâncias farmacológicas e o doping esportivo. Disponível em:
https://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/biologicas_e_saude/arti cle/download/1049/819 acesso em 16/03/2019
Doping no esporte. Disponível em:
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid =261 acesso em 16/03/2019
A lei antidoping e os direitos fundamentais do atleta. Disponível em :
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_i d=18464&revista_caderno=9 acesso em 16/03/2019
Doping . Disponível em:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/doping acesso em 16/03/2019