Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Atmosféricos
Criado por A. L. de Faria em 05/07/2015 (Revisão 0.1)
1 – Introdução
Devido a necessidade de proteção de tanques atmosféricos contra a ação de fogo externo e comum a utilização
de uma “Tampa de Emergência” em substituição de PSVs.
Este dispositivo é bem mais simples na sua instalação, não necessitando de dispositivo reserva nem tubulações.
Outro ponto importante, como a pressão de alivio e muito próxima da pressão a jusante da PSV, se faz
necessário, dependendo do tamanho do tanque a ser protegido, PSVs muito grandes, necessitando assim prever
carga adicional nas laterais ou no teto do tanque para aguentar o peso das referidas válvulas e seus acessórios.
Este dispositivo, evita também a necessidade de prever estrutura metálica externa para suportar as PSVs em
tanques existentes.
2 – Descrição do Método
A metodologia utilizada é baseada integralmente na API Std 2000 6ª Ed. (2009), porem com comentários
adicionais baseados em documentação técnica apresentada em boletins técnicos da PROTEGO.
3 – Definições Básicas
Para tanques em que seu projeto sigam a norma API 650, a pressão de ajuste deverá ser no máximo igual a
pressão de projeto do tanque, porém, normalmente a pressão de ajuste é definida como sendo 90% da pressão
de projeto, já para a pressão de alivio deverá ser considerado uma sobrepressão de 110% em cima da pressão
de ajuste.
Já para os tanques que são projetados seguindo a norma API 620, a pressão de alívio poderá atingir no máximo
120% da pressão de projeto do tanque.
Para o caso de tanques que não sigam estas normas, por garantia, recomendamos que seja adotado o mesmo
critério usado para os tanques projetados com base na norma API 650.
4 – Desenvolvimento
4.1 – Dados de projeto do tanque
Deverão ser obtidos os dados de operação e projeto do tanque em documentação de fabricante, ou se no
momento da definição do respiro de emergência o fornecedor ainda não tiver sido definido, considerar os
dados da folha de dados do tanque (Projeto Básico ou Detalhamento) observando as margens de segurança
adotadas pela engenharia.
Os dados a serem levantados são:
Diâmetro do tanque;
Altura do tanque em contato com o fluido, que na maioria dos casos corresponderá a altura máxima de
operação (HHLL),
Temperatura máxima de operação;
Pressão máxima de operação;
Pressão de projeto, porem caso seja informado pelo fornecedor a pressão máxima de trabalho admissível
(PMTA) esta deverá ser utilizada.
4.2 – Dados do fluido estocado no tanque
As propriedades físicas que deverão ser obtidas para o produto estocado em questão são:
Nome do produto;
Ponto de fulgor, quando aplicado;
Grau de explosividade, quando aplicado;
Calor latente de vaporização nas condições de alivio;
Temperatura de alivio, considerando que a pressão de alivio é bem próxima a pressão atmosférica,
poderá ser considerado a temperatura de ebulição do liquido a 760 mmHg como temperatura de alivio,
que será uma excelente aproximação;
Peso molecular da fase vapor;
Fator de compressibilidade da fase vapor;
Fator isentrópico da fase vapor (k = Cp/Cv).
4.3 – Calculo da capacidade requerida para o vente (q)
A capacidade requerida para o vente será calculada com base no Item 4.3.3.3.2, Eq. 11 [Ref. 1], expressa em
Nm3 de Ar / h.
𝑄 ∙ 𝐹 𝑇 0,5
𝑞 = 906,6 ( )
𝐿 𝑀
Onde
Q = Entrada de calor, conforme apresentada no Anexo I, expressa em W;
F = Fator ambiental. Normalmente F = 1,0, pois a maioria dos tanques não possuem isolamento térmico. Para
tanques que possuam isolamento térmico ver Tabela 9 na [Ref.1];
L = Calor latente de vaporização do liquido na temperatura e pressão de alivio, expressa em J/kg;
T = Temperatura de alivio, expressa em K;
M = Peso molecular do vapor aliviado.
4.4 – Calculo da área mínima requerida para o respiro (Areq) e do diâmetro da tampa de emergência
A área requerida para o respiro será calculada com base na Eq. 21 na Ref. [1], expressa em cm2.
𝑞
𝐴𝑟𝑒𝑞 =
2 𝑘+1
1 𝑘 𝑃 𝑘 𝑃 𝑘
125,15 ∙ 𝑃1 √(𝑀 ∙ 𝑍 ∙ 𝑇) ∙ ( ) ∙ [(𝑃2 ) − (𝑃2 ) ]
𝑘−1 1 1
Onde
q = Vazão requerida conforme determinada no item 4.3, expressa em Nm3 de Ar/h;
T = Temperatura de alívio, expresso em K;
M = Peso molecular do produto na fase vapor;
k = Fator isentrópico do produto na fase vapor (Cp/Cv);
Z = Fator de compressibilidade do produto na fase vapor;
P1 = Pressão de alivio, expressa em kPa abs;
P2 = Pressão atmosférica local ao nível do mar, expressa em kPa abs.
O diâmetro interno da tampa de emergência será calculado pela equação a baixo, expresso em mm e in.
4 ∙ 𝐴𝑟𝑒𝑞
𝐷𝑟𝑒𝑞 = 10 ∙ √
𝜋
IMPORTANTE: Em caso de não se ter uma garantia das informações utilizadas, deverá ser considerado um
diâmetro comercial acima do encontrado pela área mínima requerida.
5 - Exemplos
4∙𝐴𝑟𝑒𝑞
𝐷𝑟𝑒𝑞 = 10 ∙ √ = 369,84 mm = 14,56 in.
𝜋
4∙𝐴𝑟𝑒𝑞
𝐷𝑟𝑒𝑞 = 10 ∙ √ = 225,66 mm = 8,88 in.
𝜋
5.3 – Proteção do tanque de estocagem de Soda Gasta (Projeto UPGN – COMPERJ)
Tanque:
Norma: API 650 (Sobre pressão = 110%)
Diâmetro interno (DInt) = 7,50 m
Altura máxima de operação (HMax.Op) = 7,05 m
Temperatura máxima de operação = 38 °C
Pressão máxima de operação = Atm
Pressão de projeto = 1,0787 kPag
Pressão de ajuste = 1,0787 · 0,90 = 0,9708 kPag
Pressão de alívio (P1) = 0,9708· 1,10 + 101,325 = 102,393 kPa abs
Produto:
Nome: Solução de Soda Gasta
Ponto de fulgor = N/A
Grau de explosividade = N/A
Propriedades físicas do produto:
Considerando que as propriedades da soda gasta não são conhecidas, foi considerado uma solução de NaOH
1,0 %w/w.
4∙𝐴𝑟𝑒𝑞
𝐷𝑟𝑒𝑞 = 10 ∙ √ = 227,33 mm = 8,95 in.
𝜋
5.4 – Proteção do tanque de estocagem de Ácido Sulfúrico 98 %w/w (Projeto UPGN – COMPERJ)
Tanque:
Norma: API 650 (Sobre pressão = 110 %)
Diâmetro interno (DInt) = 3,660 m
Altura máxima de operação (HMax.Op) = 4,570 m
Temperatura máxima de operação = 38 °C
Pressão máxima de operação = Atm
Pressão de projeto = 1,0787 kPag
Pressão de ajuste = 1,0787 · 0,90 = 0,9708 kPag
Pressão de alívio (P1) = 0,9708· 1,10 + 101,325 = 102,393 kPa abs
Produto:
Nome: Solução de Soda Gasta
Ponto de fulgor = N/A
Grau de explosividade = N/A
Propriedades físicas do produto:
4∙𝐴𝑟𝑒𝑞
𝐷𝑟𝑒𝑞 = 10 ∙ √ = 587,61 mm = 23,17 in.
𝜋
ANEXO 1
Entrada de Calor (Tabela 3 da Ref. [1])
Área da superfície molhada Pressão de Projeto Entrada de Calor
ASM Q
m2 kPa g W
< 18,6 ≤ 103,4 63.150 x ASM
≥ 18,6 e < 93,0 ≤ 103,4 224.200 x (ASM0,566)
≥ 93,0 e < 260,0 ≤ 103,4 630.400 x (ASM0,338)
≥ 260,0 > 7,0 e ≤ 103,4 43.200 x (ASM0,820)
≥ 260,0 ≤ 7,0 4.129.700