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APOSTILA

 DE  EXEGESE  
Professora: Rachel da Silva Lira

Versão: 1.0
EXEGESE

“ Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso


coração.” ( Jr 29:13)

E uma real necessidade nestes últimos dias, a abordagem correta da


interpretação bíblica Precisamos de alimento sólido, não apenas migalhas,
não de ficar somente a sugar mamadeiras. A exegese abre amplamente o
ensino da Palavra de Deus em nossas vidas com Cristo.
Todo cristão deve aprender a ler a Bíblia, crer nela e estar obediente
aos seus ensinamentos. Desse modo o estudo cuidadoso, sadio e constante
das Escrituras se impõe como principal meio de o homem ir a conhecer a
Deus e a sua vontade para com a sua vida.
A matéria está condensada, tendo em vista o fim a que se destina.
Que Deus se digne a abençoar mais esta apostila para Sua glória

Pr. Ely Alves de Souza

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Exegese: é a arte de explicar ou expor uma idéia, comentário, dissertação,
análise, com o fim de aclarar ou interpretar uma palavra, texto ou
explanação.
Aplica-se particularmente à gramática, à Bíblia e as leis.
Ser exegeta é contextualizar o que foi escrito com a cultura da época
e extrair os princípios morais para o tempo presente. É ver oq eu estaá nas
entrelinhas.

Relação com outras ciências: Relaciona-se com a Hermenêutica, com a


Crítica Textual e com a Homilética.

Hermenêutica: É a ciência e a arte de interpretar o sentido das palavras, o


que queria dizer o autor ou escritor.
Relaciona-se com a Exegese porque, enquanto esta é a transmissão,
comunicação, aplicação, aquela é a interpretação.

Crítica Textual: É a ciência que procura determinar quais as palavras


exatas do texto original.
Tem em vista a pergunta:
O que está escrito?
Relaciona-se com a Exegese porque esta aplica as regras daquela e
da Hermenêutica.
Ex: Carregar uma pedra de 10 Kgs uma andorinha só não faz verão!

Homilética: É a arte de pregar.


Relaciona-se com a Exegese porque usa sua forma clara e lógica de
expor a verdade divina da Evangelho.
Exegese, portanto, tem por fim interpretar em nosso idioma o que foi
escrito nos originais Hebraico-Aramaico e Gregos.
Na interpretação das Escrituras encontramos, em alguns textos,
dificuldades que são comentadas por eruditos. Não se deve concluir,
entretanto, que o leigo não seja capaz de compreender a Bíblia. Devemos
recorrer de fato aos pastores e mestres da Igreja para a explicação das
partes obscuras e de difícil interpretação, mas a todos Deus revela, quando
se examina a Sua Palavra com espírito de oração e desejo de saber a
verdade.

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Devemos acautelar-nos das ciladas do inimigo para não cairmos em
alguns perigos:

O Modernista: Mutila a Palavra.


O Romanista: Acrescenta a Palavra
O Preguiçoso: Ignora a Palavra
O Ignorante: Torce a Palavra
Exegese: Explica, expõe a idéia.
Hermenêutica: Interpreta o sentido das palavras.
Crítica Textual: Determina as palavras exatas do texto original
Homilética: É a arte de pregar.

Cuidados:
A arma exata contra o erro e a mentira é a verdade da Palavra de
Deus. O simples fato de você ser contrário ao erro e a mentira, no campo
da fé, não resolve nada. É preciso que você conheça a verdade! (Jo 8:32 )
O que debela uma doença não é o fato de sermos contra ela, mas em
aplicar-se o medicamento exato. Nesse particular veja a nossa
responsabilidade como Igreja de Jesus Cristo.
“Coluna e Firmeza da verdade” (I Tim 3:15)
O cristão é individualmente responsável pela busca do conhecimento
da verdade (I Tim 2:4). A primeira peça da armadura do cristão é a
Verdade (Ef 6:14).
Um cristão sem o conhecimento da verdade está desprotegido, e em
perigo de cair nas mãos dos salteadores da mente, da fé, da falta de
conhecimento da Verdade Bíblica (II PE 3:18). Falta da maturidade
espiritual ( Ef 4:14; Mt 3:16).
Quanto mais tempo você passar estudando a Bíblia, mais esta
verdade está impressa em você! Jesus (Jô 18:37) O Espírito Santo ( Jo
16:13) A Igreja ( Ef 4:25 – 5:9)
A Bíblia prevê o surgimento e evolução das heresias como um sinal
dos tempos: (I Tim 4: 1; II PE 2:1; MT 24 4-5,12,24,34,42)
O ser humano é incuravelmente religioso, se não for conduzido à
religião certa inventará para si mesmo, ou se apegará a outra que lhe for
proposta com entusiasmo por outra pessoa. “Há caminhos que ao homem
parece direito, mas o final deles é a morte.” (Pv 16:25).
Há uma só fé, um só Senhor, um só batismo, um só Deus e Pai de
todos e sobre todos. (Ef4:6).

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Fatores que favorecem o surgimento e evolução das heresias:

1. Ação diabólica no mundo preparando-o para o reinado do seu


preposto: O anti-cristo ( IICo4:4; ITim4:1; IITs 2:1-16; Rm1:24)
2. O diabo é o autor de toda religião e doutrina falsa, a perversão da
verdade.
3. A Bíblia relata a luta entre os profetas de Deus e os pseudoprofetas.
Moisés, Isaías, Ezequiel, Jeremias, Paulo, João, não lhes dão
tréguas! ( DT34:10; II Rs5:8; Jr23:32; Ez 13:2; Miq3:11; MT 24:24;
IJo4:1).
4. O inimigo sempre se opôs a Deus e a sua Igreja. (Mt13:25).
Procurando corrompê-la por meio de doutrinas falsas e homens
maus, cínicos e de mentes cauterizadas. (IITim 3:1,5; IIPe 3:3)
5. Em nossas próprias igrejas locais vemos pessoas semeando o joio
das falsas doutrinas e nada é feito para detê-las. Pecados outros são
facilmente disciplinados, mas o falso profeta parece que é impune,
está imunizado quanto a disciplina. Uma das ações prediletas do
diabo é subtrair a Palavra de Deus (Mt13:19). Isso ele faz mediante
religiões falsas, falsas interpretações, enganando o povo, subtraindo
a Palavra do púlpito por testemunhos escalafobéticos, balanços,
animações, roubando o tempo que deveria ser da Pregação da
Palavra de Deus, o alimento puro.
6. O evengelho completo compreende a pregação e o ensino da Palavra.
(Mc16:15; Mt28:19)
7. Pregamos muito e ensinamos pouco ou nada.
8. Pregar sem ensinar é preparar o terreno para o surgimento de falsas
doutrinas.

Quando estudar a Bíblia deixe a falar por si mesma!

1. Falsa hermenêutica (IPe3:16; IICo2:17). Tem levado muitos crentes


bem intencionados ao erro da compreensão e aplicação da mensagem
Bíblica.
2. Há pessoas que difundem suas próprias interpretações, idéias,
afirmando que isso é a Palavra de Deus; criando jugos, fardos,
preceitos religiosos (Mt23:4);

Os cuidados de Deus com a mulher: (Ez16:9-12) lavando, ornando,


coroando de glória...
A mulher deve permanecer calada na Igreja (ITim 2:11-12)
O cuidado com os seus, com a família (Tim5:8);

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O que é a Bíblia?

È a revelação de Deus no seu trato com a humanidade. Seu autor é o


próprio Deus. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto central é
o Senhor Jesus Cristo. Crer nisso é de vital importância para o êxito no
estudo da Bíblia.
Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para com
Deus!

Porque devemos estudar a Bíblia?

1. Porque ela ilumina o caminho para Deus. (Slm 119:105, 130)


2. Ela é o alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr 15:16; IPe
2:1,2);
3. Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa na sua operação(Ef6:17)
4. Ela edifica a vida do crente (At20:32)

Como devemos estudar a Bíblia:

Lendo-a diariamente (Dt17:19)


Aquele que não lê a sua Bíblia só recebe alimento quando alguém o
coloca em sua boca. Considera perdido o dia em que não leres a Bíblia.
• Lendo-a conhecendo o seu autor. Ninguém pode melhor
• Explicar um livro do que o seu próprio autor! (Lc 24:45; ICo2:10-
13).
• Lendo-a orando. Na presença do Senhor, em oração as coisas ocultas
são reveladas. (Dn9:21-23; Slm119:18; Jr 33:3)

Condições para entendermos a Bíblia:

• Crer sem restrições no que ela ensina;


• A dúvida é um empecilho à compreensão das Escrituras. (Lc24:24-
25)
• Buscar crescimento espiritual. Crianças só podem comer coisas
leves. Nossa compreensão da Bíblia depende do nosso crescimento
espiritual. (Mc4:33; Jo16:12; Hb5:13-14)
• Ser humilde. Deus revela o seu segredo aos humildes. Quando
chove, os terrenos que primeiramente recebem água são os mais
baixos. Galhos com mais frutos se abaixam mais. (MT 11:25)
• Ser cheio do Espírito Santo; evita os extremos, não só o fanatismo,
mas também o formalismo e o legalismo. (ICo2:10-13)

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A Inspiração da Bíblia:

O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua


inspiração divina. Isto é fato reconhecido nas seguintes passagens:
• Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa... (IITim3:16)
• Cristo padeceu por nós deixando-nos o exemplo... (IIPe 2:21)
• “Na verdade há um espírito no homem e a inspiração do Todo
Poderoso os faz conhecidos.” (Jó32:8)
O que se entende por inspiração divina:

Inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como


um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando-as a receber e
transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.
A própria Bíblia reivindica para si a Inspiração Divina, pois a
expressão: “Assim diz o Senhor” - soa como carimbo de autenticidade
divina; Ocorre mais de 266 nos seus 66 livros, além de outras
expressões equivalentes:
• “Clama a mim”
• “Abre a tua boca e eu te encherei...”
• “A Palavra do Senhor veio a mim...”
• “Dizei a vossos irmãos”
• “Ouvi a Palavra do Senhor...”

Foi o Espírito de Deus quem falou através dos escritores da Bíblia Sagrada!

Falsas Teorias quanto à inspiração das Escrituras:

Há varias teorias falsas, citaremos rapidamente algumas delas:

• Teoria da Inspiração Natural Humana

Ensina que a Bíblia foi escrita por homens dotados de inteligência singular:
• “Dá entendimento aos símplices...” (Slm 119:130)
• “Não podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que
falava.” (At 6:10)
• “Mas se é de Deus não poderemos desfazê-la” (At5:39)

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• Teoria da Inspiração Divina comum

Ensina que a inspiração dos escritores bíblicos é a mesma que hoje


vem ao crente quando ora, prega, canta, ensina e anda em comunhão com
Deus.
A inspiração comum que o Espírito Santo opera hoje admite
gradação, isto é, pode se manifestar em menor ou maior intensidade.
(Lc11:13; Tg 4:2)
A inspiração dos escritores da Bíblia não admite graus, era ou não
era inspirado. A inspiração comum pode ser permanente, a dos escritores
da Bíblia era temporária.

• A Teoria da Inspiração Parcial

Ensina que parte da Bíblia é inspirada e outras não. Ensina que a Bíblia
não é a Palavra de Deus, mas contém a Palavra de Deus.
- “Errais não conhecendo as Escrituras... (Mt22:29)
- “Examinai as Escrituras...” (Jô 5:39)
- “E a Escritura não pode ser anulada...” (Jô 10:35)

• A Teoria do Ditado Verbal

Ensina que a tradução da Bíblia é só quanto as palavras, não


deixando lugar para a atividade e estilo do escritor
Lucas por exemplo fez cuidadosa pesquisa de fatos para poder
escrever o seu Evangelho.
As narrativas de Mateus, Marcos e Lucas são parecidas, não
idênticas.

• A teoria da Inspiração das Idéias

Ensina que Deus inspirou as idéias da Bíblia, mas não as palavras, ficando
estas a cargo exclusivo dos respectivos escritores.
- “Veio a palavra do Senhor a mim dizendo...” ( EZ 3:16-17)
- “Então falou Deus todas as palavras, dizendo...” (Ex 20:1)

• Teoria correta quanto à inspiração das escrituras.

É chamada “Teoria da Inspiração Plenária” ou “Verba”. Ela ensina


que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas. Que os
escritores não funcionaram como máquinas inconscientes, mas houve

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cooperação vital e continua entre eles e o Espírito de Deus.
(Mc16:20; ICo3:9)

Prova da Inspiração das Escrituras:

Ainda que aceitemos a harmonia da Bíblia como uma das mais


convincentes prova de que ela é divinamente inspirada, vemos
necessário dar outras provas dessa inspiração.
• Jesus aprovou a Bíblia: muitas pessoas sabem quem é Jesus,
crêem que ele fez milagres, crêem em sua ressurreição e
ascensão... mas não crêem na Bíblia. Podemos ver nas Escrituras:
-Um só sistema de doutrinas;
-Uma só mensagem de amor;
-Um só meio de Salvação... Um só caminho
-De Gênesis a Apocalipse há uma revelação;
-Um só propósito;
Jesus leu a Bíblia, ensinou a Bíblia. Chamou a Bíblia de a
“Palavra de Deus”; cumpriu a Bíblia. Venceu o inimigo com as
citações Bíblicas... ( Lc24:44; Lc4:16-20; Mc 7:14 ).

A Bíblia é sempre nova e inesgotável:

• O tempo não afeta a Bíblia. É o livro mais antigo do mundo, e o


mais moderno!
• Em mais de 20 séculos o homem jamais foi capaz de melhorá-la;
• Se a Bíblia fosse de origem humana, é claro que há muito ela
estaria desatualizada;
• A Bíblia nunca se torna um livro antigo apesar de ser cheio de
antiguidades;
• Ela é tão atual como um jornal que sairá amanhã;

Quem já se cansou de ler: João 3:16; Salmos 23; Romanos 12:1-3; I


Coríntios 13. Cada vez que as lemos descobrimos o que nunca tínhamos
visto antes!

A imparcialidade da Bíblia:

• Ela põe a descoberto as falhas do homem;


• Ela mostra que Davi era um homem segundo o coração de Deus,
como também revela seus pecados;

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• Revela a embriaguez de Noé, a dissimulação de Abraão
apresentando Sara como sua irmã, o caso de Ló, a idolatria e a
luxuria de Salomão...,
• O homem jamais escreveria um livro como a Bíblia que põe em
relevo as fraquezas e os defeitos humanos.

Como interpretar a Bíblia?

Para você realizar uma viagem teria de presumir alguns pontos


principais, básicos:
• O motorista é confiável, sabe dirigir;
• A condução é confiável, chegará em segurança;
• A documentação de ambos está em ordem para seguir viagem;

A Bíblia contém suas próprias leis de interpretação, quando entendidas e


aplicadas de forma correta entenderemos logo o sentido de determinada
passagem;
1º Passo: Que vejo? (aborda o texto como um detetive) – nenhum
pormenor é sem importância.
2º Passo: Que significa? Porque o texto diz isto? Qual a idéia que ele está
querendo comunicar?
3º Passo: Como isto se relaciona com o restante daquilo que a Bíblia diz?
A Bíblia é harmônica de Gênesis a Apocalipse.
4º Passo: Que significa para mim? Observações e interpretações sem
aplicação é inaproveitável.

• Princípios gerais de interpretação: são os que tratam da matéria


global da interpretação; não se limitando a considerações específicas;
• Princípios gramaticais de interpretação: são os que tratam do texto
propriamente dito; Estabelece aas regras básicas para o entendimento
das palavras e sentenças.
• Princípios históricos de interpretação: tratam do substrato ou
contexto em que os livros da Bíblia foram escritos, as situações
políticas, econômicas e culturais.
• Princípios Teológicos de Interpretação: Tratam da formação da
doutrina cristã. Tudo quanto a Bíblia fala sobre determinado assunto.
È o corpo de crença a que você chama as suas convicções.
O cristão fiel considera a Bíblia como o seu supremo tribunal de
recursos. A crença na concepção virginal de Jesus é abraçada porque a
Bíblia ensina. O que a Igreja crê acerca de Maria deve ser interpretado
pelas Escrituras. Se a tradição, a razão e a Escritura diferem quanto ao

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modo de ver Maria e a concepção virginal de Cristo, qual autoridade
será o árbitro final?
A primeira lei da interpretação diz que a Bíblia é o supremo tribunal de
recursos! Em resposta a essas questões desafiadoras, Jesus dizia: “ Se
alguém quiser fazer a vontade dEle conhecera a respeito da doutrina, se
ela é de Deus ou se falo por mim mesmo. (Jo7:17) ou seja, se você
quiser fazer o que eu lhe peço, então você saberá se o que eu estou
dizendo é certo ou não. É o que Jesus basicamente disse. Se você fizer,
então saberá – fazer vem antes de saber. A entrega pessoal vem antes
do conhecimento.
A autoridade tem que vir com a vontade, a obediência e com o fazer; só
depois de submeter-se à autoridade da Bíblia e obedecê-la, você saberá
que ela é a Palavra de Deus inspirada.

Uma pessoa age como quem tem autoridade, e a passagem explica se


o ato é aprovado ou é reprovado; Por exemplo:
- No jardim “do Edem a serpente disse a mulher: ‘É certo que não
morrereis” (Gn3: 4), você sabe que isto está errado porque Adão e Eva
morreram.
- O rei Davi queria construir um templo para Deus: Assim Natã lhe
disse: “Vai, faze tudo quanto está no teu coração; porque o Senhor é
contigo.” (II Sam 7:3). Natã falou em tom de autoridade a Davi o que
devia fazer, mas lemos que esse conselho foi errado e que Deus não
queria que Davi edificasse o templo. (vs 4-17)

Uma pessoa age com atitude de autoridade e a passagem não mostra


aprovação nem reprovação; nesse caso a ação precisa ser julgada com
base naquilo que o restante da Bíblia ensina sobre o assunto. Por
exemplo:
- Abraão e Sara vão para o Egito por causa da fome em Canaã
(Gn12:10-20), temeroso de que o Faraó pudesse matá-lo para apossar-se
da bela Sara, Abraão disse a sua esposa : “ dize pois que és minha irmã,
para que me considerem por amor a ti e .... por tua causa me conservem
a vida.” Foi uma atitude covarde de Abraão? A passagem não diz, mas
o que diz o restante da Escritura sobre o assunto? (Gn 12:1-2; Mt5:37;
Pv13:5; Ef 4:25)

Toda Escritura tem autoridade, mas há partes que você não tem que
seguir. Porém, precisa ter o cuidado de não usar uma lógica fantasiosa
deixando de fazer o que sabe ser a vontade de Deus para sua vida.
Exemplos:
- Deus disse a Noé: “Faze uma arca de tábuas...” v(Gn 6:14 )

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- Disse Jesus a dois de seus discípulos: “Ide à aldeia que aí esta diante
de vós e logo achareis presa uma jumenta, e com ela um jumentinho.
Desprendei-o e trazeis-mos” (MT 21:2).
Não quer dizer que seja da vontade de Deus construir uma arca ou sair
procurando jumento para desamarrá-los e levá-los a Jesus.

Para o cristão a Bíblia tem e sempre terá autoridade:


- Disse Deus ao homem: “De toda a árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás, porque no dia que dela comeres, certamente morrerá.” (Gn 2:
16-17).
- Disse a mulher: “Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não
morrais.”
- Disse o inimigo: “É certo que não morrereis...” ( Gn 3:1-5 )
Omissão: citar só a parte que lhe convém e deixar de lado o restante;
Acréscimo: dizer mais do que a Bíblia diz.
Quando você estudar a Bíblia, deixe-a falar por si mesma. Não lhe
acrescente nem lhe retire nada, compare Escritura com Escritura.
Isaías por exemplo diz: “Eis que a virgem conceberá e dará a luz a
um filho” (Is 7:14 ); Mateus diz: “ A virgem conceberá e Dra a luz a um
filho” (Mt1:23).
“Em hebraico, a palavra traduzida em muitas versões como “virgem”
pode na realidade ser traduzida por: “ moça”.
Aplicamos esta regra as grandes verdades bíblicas, e não a versículos
específicos.

Vejamos sobre a segurança da salvação: versículos isolados podem


ser citados sobre ambos os lados da questão, se podemos perder a nossa
salvação ou não.
Paulo aos Gálatas disse: “da graça decaístes” ( Gl 5:4)
Alguns cristãos ao lerem isso concluíram que é possível perder a nossa
salvação depois de have-la obtido. Por outro lado Jesus disse: “As
minhas ovelhas... ninguém as arrebatará da minha mão.” (Jô 27:39)
Um estudo completo do tópico da segurança da salvação indica que o
crente pode ter a segurança de que está salvo com base na obra
consumada por Cristo.
Deixe a Escritura explicar a Escritura. A Bíblia se interpreta por si
mesma, se for estudada apropriadamente.
Quando Jesus se encontrava na Galiléia, à beira-mar, as multidões se
reuniram em volta dEle, bebendo sua preciosas palavras enquanto Ele
explicava os mistérios do Reino dos céus. Jesus concluiu a parábola do
semeador dizendo: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mt 13:9 )

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Depois interpretou a parábola unicamente para os seus discípulos
com esta explicação: “Porque o coração deste povo está endurecido, de
mal grado ouviram...” (Mt13:15)
Temos dois olhos e dois ouvidos, um par vê e ouve espiritualmente e
o outro fisicamente. Comentando isso diz o apóstolo Paulo: “O deus
deste século cegou o entendimento dos incrédulos.” ( IICo 4:4)
Escrevendo aos coríntios Paulo descreve deste modo: “ O homem
natural ( o homem sem o Espírito) não aceita as coisas do Espírito Santo
de Deus, nem pode entendê-las...” ( I Co 2:14).
Outro exemplo notável vemos na ressurreição de Lázaro:
- O bom amigo de Jesus morrera há quatro dias, e a decomposição já se
iniciara. Os amigos se reuniram para consolar Marta e Maria, irmãs de
Lázaro. Então Jesus chegou; a pedra foi removida e Jesus bradou:
“Lázaro, vem para fora” ( Jô 11:43), envolto em uma mortalha, Lázaro
saiu do túmulo em obediência à ordem de Jesus.
Quando João registrou esse acontecimento, disse “muitos, pois
dentre os judeus, que tinham vindo visitar Maria, vendo o que fizera
Jesus, creram nEle. Outros porem, foram ter com os fariseus e lhes
contaram dos feitos de Jesus, os principais convocaram o Sinédrio.
Alguns viram o fato como era, um milagre de Deus! Outros olharam
esse mesmo acontecimento com os olhos totalmente diversos: viram-no
como uma ameaça às suas próprias crenças, metas, objetivos.
Interprete a experiência pessoal à luz da Escritura, e não à luz da
experiência pessoal!
Os acontecimentos que se desdobram através da Bíblia toda, são
interpretados com base no que Deus afirma que é verdade, e não vice-
versa.

- Não concluímos que o mundo se corrompeu porque Deus o destruiu


com um dilúvio nos dias de Noé. Ao contrário diz a Bíblia que, porque
o mundo se corrompera Deus disse que viria o juízo, ia destruí-lo e o
fez!
Suponhamos que você tenha ficado em dificuldades por causa do seu
défict orçamentário. O Senhor lhe fala sobre isso, e você conclui que
Ele quer que você elimine todas as formas de compra a crédito. Você
trabalha arduamente, economiza e paga os seus credores. A sua vida é
revolucionada, livre de todas as dívidas, convencido de que nunca mais
deve voltar a comprara a prazo. Até aqui tudo bem!
Entretanto você dá mais um passo e opina que todos os que têm
cartões de crédito... ou compram a prestação violam um mandamento
bíblico. Para provar seu ponto de vista:
- A ninguém fiqueis devendo coisa alguma. (Rm13:8)

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Aí você quebra esta importante regra de interpretação. Ao ler a
Bíblia à luz da sua experiência pessoal... e exige que outros sigam esta
interpretação.
Ao ler a Bíblia fica evidente que você não deve seguir o exemplo de
cada pessoa que encontra, mas procurar saber a raiz de estar sendo
revelado tal fato.
- Moisés matando o egípcio;
- Pedro negando a Jesus;
- Judas indo ao campo para se enfocar;
Jesus Cristo é o homem perfeito. Uma vida digna de ser copiada!
Jesus usava vestes longas e alparcatas. Normalmente andava a pé!
Quando usou uma condução, foi montado num jumento. Nunca se
casou e nunca saiu dos limites do seu país (exceto na infância, quando
seus pais fugiram ao Egito para escapar do rei Herodes, e uma breve
visita à região sírio-fenícia).
Transparece que você não deve seguir o exemplo de Cristo em áreas
como essas. Jesus foi homem de grande amor e compaixão. Você sabe
que deve seguir o exemplo dEle nesta área. Ele disse: “Novo
mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros...” (Jô 13:34-35)
O crente é livre para fazer qualquer coisa que a Bíblia não proíba. A
Bíblia estabelece limites sobre o que não se pode fazer, não sobre o que
se pode. Todas as coisas são lícitas, a menos que especificamente
proibidas; exemplos:
- sexo pré-marital e extra-marital;
- Efeminados, bêbados, ladrões, avarentos;
- Maldizentes ( I Co 6:9-10)
O propósito primário da Bíblia é mudar as nossas vidas, não aumentar o
nosso conhecimento!
- Israel cobiça no deserto, coisas que não possuía;
- comentando isto para a Igreja em Corinto, Paulo disse: “Ora, estas
coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as
coisas más, como eles cobiçaram.” ( I Co 10:6 ).
A incredulidade de Israel durante o êxodo custou àquela nação
quarenta anos de peregrinação no deserto. Paulo disse aos coríntios que
Deus registrou isso para nós, a fim de que não cometêssemos os
mesmos enganos trágicos.
O Senhor nos mostra nas páginas da Bíblia os fracassos e fraquezas,
bem como os pontos fortes do seu povo, para que possamos aprender.
Aprender em seus pontos fortes... evitando os pontos fracos.
Cada cristão tem o direito e a responsabilidade de investigar e
interpretar pessoalmente a Palavra de Deus!
O Espírito Santo quer nos levar ao aprofundamento das grandes
verdades de Bíblicas. Examinar (Jô: 5:39 ) Clamar ( Jr 33:3 )

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Jesus disse que um sinal distintivo daquele que é seu discípulo é que
permaneça em “minha Palavra”. ( Jô 8:31 )
No decorrer das epistolas esse tema é desenvolvido e salientado:
“Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo.” (Cl 3:16)
A seu filho na fé Paulo fez esta colocação: Procura apresentar-se a
Deus, aprovado... (II Tim 2:15 )

É sempre bom saber que:

• O estudo em profundidade nem sempre lhe dá todas as respostas que


procura;
• O estudo da Bíblia não responderá a todas as suas questões;
• As respostas, algumas delas virá mais tarde;
• Outras jamais serão respondidas deste lado do céu.

A apreciação dos mistérios da fé cristã é em si mesma um sinal de


maturidade. Se você tiver a benção de ter um pastor que exponha
fielmente a Bíblia, terá nisso uma herança realmente rica. Porém, não é
para você descansar em outros que o alimentem... é preciso que você
mesmo busque alimentar a sua própria alma.
Você deve manter o equilíbrio entre ser ensinado por outros e
alimentar-se a si próprio, quanto mias apto você ficar para o estudo
pessoal da Bíblia, mais se fiará no seu pastor como um meio de testar a
maneira como você interpretou dada passagem.
Mesmo quando aprender verdades espirituais pela pregação feita por
outros, você tem a responsabilidade de pesar essas verdades com aquilo
que encontrar no seu estudo pessoal da Bíblia.
Veja o exemplo que nos narra Lucas da Igreja em Beréia: (At 17:11)
“ Examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de
fato assim.”
Podemos ver então que:
- Deus nos manda passar tempo com Ele nas Escrituras;
- Examinar as Escrituras, memorizar as Escrituras, guardá-la no
coração. O processo de cavar fundo nas Escrituras e chegar a sua
conclusão pessoal é o que transforma simples crença em convicções
sólidas!

Figuras do texto bíblico:

O estudo das figuras de linguagem do texto bíblico pertence à


retórica. Apesar da importância do estudo desse elemento literário das
Escrituras, ocupar-nos-emos aqui apenas daquilo que interessa mais
diretamente ao texto bíblico e a sua exegese.

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Metáfora:
É a figura em que se afirma que alguma coisa o que ela representa ou
simboliza, ou com o que se compara. Distingue-se do Símile por lhe
faltar o elemento comparação:
- Isaías falando do Messias diz: “Porque foi subindo como um renovo.”
(Is 53:2). Emprega um símile, uma comparação, em que não há figura.
- Quando, porém, o Senhor diz através de Zacarias (3:8) “Eis que Eu
farei vir meu servo, o Renovo.” (temos uma verdadeira metáfora)

Metonímia:

É o emprego de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação.
Exemplo:
- Do efeito pela causa: Os progenitores por suas descendências. “ Duas
nações há no teu ventre.”
- Da causa pelo efeito: Os autores por seus escritos. “ Eles tem Moisés e
os profetas.” ( Lc16:29)
- Do sujeito pelo atributo ou adjunto: Os sonhadores por seus sonhos. “
E como nos interpretou.” (Gn41:13)
- Do atributo ou adjunto pelo sujeito. A idade por aqueles que a tem.
“Falem os dias! E a multidão dos anos ensine a sabedoria.” (Jô 32:7)
Sinédoque:

É a substituição de uma idéia por outra que lhe é associada.


- Do gênero pela espécie; do geral pelo particular. “ Então saiam a ter
com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão.”
(Mt3:5)
- Da espécie pelo gênero; o particular pelo geral. “O pão nosso de cada
dia dá-nos hoje” (Mt6:11)
- Do todo pela parte: És pó e ao pó tornarás.” (Gn3:19)
- Da parte pelo todo: “No suor do teu rosto comerás o pão.” (Gn3:19)

Hipérbole:

É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das


coisas: “As cidades são grandes e fortificadas até o céu.” (Dt1:28)

Ironia:

É a expressão de um pensamento em palavras que, literalmente


entendidas, exprimem o pensamento oposto:
- “Eis que o homem se tornou um de nós.” (Gn3:22) – Usada por Deus.

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- “Clamai aos deuses que escolhestes.” (Jz10:14)
- “ Na verdade vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria.”
(Jó12:2) – Usada por homens
- “O tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas!” (Mt27:40)

Prosopopéia:

É a personificação de coisas ou de seres irracionais:


- “Todos os meus ossos dirão...” (Sl35:10)
- “A voz do sangue do teu irmão...” (Gn4:4)

Antropomorfismo:

É a linguagem que atribui a Deus ações e faculdades humanas, e até


órgãos e membros do corpo humano:
- “E o Senhor aspirou o suave cheiro...” (Gn8:21)
- “Porque retrais a tua mão...”

Enigma:
É a enunciação duma idéia em linguagem difícil de entender.
Apenas a encontramos propriamente dita no caso de Sansão com os
filisteus. “Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura.” (Jz 14:14)
Alegoria:

É a narrativa em que as pessoas representam idéias ou princípios. As


narrativas bíblicas são verídicas e não alegóricas. Temos, porém uma
interessante aplicação alegórica, feita por Paulo, do incidente de Agar e
Sara e seus respectivos filhos. (Gl421-28)

Símbolo:

É o emprego de algum objeto material para evocar idéia ou coisa


espiritual ou moral.
Símbolos do Espírito Santo:
- Óleo – usado para ungir (ISam 10:1; 16:13)
- Água – traz vida e limpeza (Is 58:11; Os 10:12)
- Vento – sopra em todas as direções (Jo3:8; At 2:2)
- Selo – marcar, tornar conhecido, identificação. (II Tim 2:19; Ef 1:13; II
Co1: 21-22)
Outros símbolos:

- Árvore – símbolo da graça de Deus e da vida eterna. (Gn 2:9; AP 2:7;


22:2; Slm 1:3)

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- Fermento – é sempre usada esta palavra na Bíblia com o sentido de
maldade, influência contrária à santidade, ou coisa que estraga o ambiente
espiritual.
Na oferta de manjares não era permitido o fermento; (Lev 2:11)
Jesus recomendou que os discípulos se guardassem do fermento dos
fariseus e dos saduceus. O fermento dos fariseus era a hipocrisia e o
orgulho de espiritualidade. A dos saduceus era o materialismo, negação da
verdade de Deus. (At 23:8; I Co 5:6; Gl 5:9)

Tipo:

É a representação de pessoa ou transação futura na esfera espiritual


ou religiosa. Pessoas ou coisas do mundo material que tenham com elas
certa correlação de analogia.
Tipos não humanos de Jesus:
- A Luz para o mundo em trevas. Jesus veio ser a luz. Como no princípio
tudo era sem forma e vazio, Deus disse: “Haja luz.” (Gn 1:3; Is 9:2; Jo8:1;
IPe 2:9).
- A Arca – era o único meio para escapar do castigo. (Gn 6:13; IPÊ 3:20-
21)
- A coluna de fogo – visto como uma proteção contra os inimigos de Deus;
Parábola:

É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências


diárias normais. Jesus usava exemplos naturais do conhecimento do povo,
para levar ao entendimento espiritual. Revelam verdades desconhecidas
com base em fatos e verdades conhecidas.
• A ovelha do homem pobre (II Sam 14:6) _ Natã o profeta, foi
enviado por Deus para repreender a Davi que havia mandado Urias
para um lugar perigoso.
• Um lavrador a lançar a semente no campo. (Lc8:4-15) – Parábola do
Semeador.
• A boa e a má semente: (MT 13:24-30) – Parábola do Trigo e do Joio.
• Perda de uma moeda (Lc 15: 8-10) – Parábola da dracma perdida.
• A construção de uma casa. (MT 7:24) Parábola da casa sobre a
rocha.

Há quatro coisas que devemos ter em mente se desejamos


compreender as parábolas:
a) As parábolas nos Evangelhos estão relacionadas com Cristo;
b) As parábolas devem ser estudadas à luz da época a que se
relacionam;

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Ex: Torna-se mais fácil entender a parábola da moeda perdida ao
sabermos que as mulheres do antigo Oriente lidavam muito com
dinheiro, e que seus recursos pessoais se apresentavam
principalmente em forma de jóias.
c) Observe a explicação das parábolas dadas por Jesus. Muitas
vezes a explicação é dada logo após a parábola. Ex: Ovelha
perdida. (Lc15:7)
d) Compare os ensinamentos da parábola com todo o contexto da
Escritura, como forma de evitar conclusões precipitadas.
Compare suas conclusões com o contexto geral da Escritura,
do contrário suas conclusões entrarão em contradição com a
revelação no seu escopo geral. Jesus não deixava dúvidas em
seus ensinos, nem confusão.

O perigo do mau uso da Bíblia:

Existe grande perigo no mau uso da |Bíblia quando se despreza o seu


estudo sistemático e metódico dentre os quais destacaríamos os seguintes:

a) A Escritura pode ser mal aplicada quando você ignora o que ela diz
sobre determinado assunto;
b) A Escritura pode ser mau aplicada quando você toma um versículo
fora do seu contexto;
c) A Escritura pode ser mau aplicada quando você lê uma passagem e a
faz dizer o que ela não diz;
d) A Escritura pode ser mal aplicada quando você dá ênfase indevida as
coisas menos importantes;
e) A Escritura pode ser mau aplicada quando você a usa para tentar
levar Deus a fazer o que você quer, em vez daquilo que Ele quer que
seja feito;

Como crescer no estudo Bíblico:

Vá você mesmo diretamente ao texto. Temos o direito de comparar aquilo


que os pregadores dizem com aquilo que está exarado na Escritura.

Faça anotações das conclusões das conclusões do seu estudo:


• Não confie na memória, ela pode falhar;
• Por falta de papel no momento de inspiração, um famoso mestre da
música erudita e clássica do passado, escreveu muitas das suas partituras
imortais na manga do próprio paletó, enquanto viajava de trem. Cultive
o bom hábito de fazer anotações, será uma fonte para o uso futuro.

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• Estude constante e sistematicamente a Palavra de Deus. George Muller,
famoso pregador inglês,leu a sua Bíblia cerca de duzentas vezes e cem
vezes ele o fez de joelhos;
• Transmita aos outros os resultados do seu estudo. Este princípio se
tornou básico no ministério do apostolo Paulo.
• Aplique o seu estudo a sua própria vida. Vemos o exemplo da vida de
Esdras que tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor e para
cumprir e para ensinar a Israel os seus estatutos e os seus juízos. (Esdras
7:10)
• Na ordem das prioridades Deus espera que :
1) Busquemos, examinemos , leiamos a Lei do Senhor;
2) Pratiquemos a Lei do Senhor em nosso viver;
3) Ensinemos a Lei do Senhor, não somente em palavras mas com a
própria vida.

Da teoria à prática:

Tome a sua Bíblia,abrindo-a por exemplo em I Pedro 2; daí proceda da


seguinte maneira, observando os seguintes passos:
1) Leia a passagem cuidadosamente; tome um caderno para anotações e
escreva na cabeça duma página a palavra OBSERVAÇÃO e em
seguida:
- Anote toda e qualquer minúcia texto;
- Anote substantivos, verbos e outras palavras chaves;
- Veja a importância das perguntas: Quem? Que?Quando? Porque ?
Como?
- Escreva o que lhe parece obscuro, o que você não entendeu da
passagem;
- Anote referências Bíblicas de outros textos, eles lançarão luz sobre o
texto que está sendo estudado;
- Anote as possíveis aplicações encontradas ao longo do estudo do texto;
2) Interpretação: tome o seu caderno de anotações e anote um resumo
dos pensamentos chaves que lhe afloram a mente enquanto você estuda
o texto;
3) Correlação: anote os versículos que se correlacionam com o texto;
4) Aplicação: escolha aquela que você sente definitivamente que Deus
quer que você ponha em prática;

A Bíblia e os seus preceitos não nos foram dados para serem


teorizados, mas para serem vividos e fazerem parte inseparável de nossa
vida!
Tudo isso deve ser feito com oração, pois trata-se da Palavra de
Deus, quando parecer que duas doutrinas ensinadas na Bíblia são

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contraditórias, aceite ambas como escriturísticas, crendo confiadamente
que elas se explicarão dentro de uma unidade mais elevada.
Existe na Bíblia certo número de aparentes contradições ou
paradoxos. Aparentes porque na realidade não o são. Parecem
contraditórios porque a mente finita do homem não pode compreender a
mente infinita de Deus.

Eis alguns dos conhecidos paradoxos para a mente humana:


• A Trindade: Não servimos a três Deuses, mas sim a um só Deus,
contudo cada pessoa da divindade é plena e completamente Deus, e não
apenas um terço de Deus. Em essência podemos concluir que um, mais
um, mais um são iguais a um.
• A dual natureza de Cristo Jesus é Deus completo e homem completo.
Não é meio Deus e meio Homem. Todavia Ele não é duas pessoas, mas
uma. Outra vez um mais igual a um.
Quando você interpretar a Bíblia, não permita que a lógica humana o
faça dizer nem mais nem menos do que de fato diz.
• As Escrituras falam com clareza, você pode falar com clareza;
• As Escrituras fazem silêncio, você deve fazer silêncio!

Certa ocasião Jesus se viu numa discussão com os saduceus sobre a


questão de vida além desta. Será que o Antigo Testamento a ensina de fato?
Observe a linha de raciocínio de Jesus: Quanto a ressurreição dos mortos,
não tendes lido no livro de Moisés, no trecho referente a sarça, como Deus
falou: Eu Sou o Deus de Abraão. O Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ora
Ele não é Deus de mortos e sim de vivos... (Mc 12: 26,27 ; Ex 3:6).
Pelo raciocínio podemos delinear a seguinte forma:
1. Deus é Deus de vivos;
2. Deus é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó;
3. Abraão, Isaque e Jacó estão entre os que vivem;

Outra passagem narra o seguinte: “Tendo se levantado alta madrugada,


saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.” (Mc1:35) Daí somos
inclinados a deduzir que o cristão fiel deve ter sua hora tranqüila, estar a
sós com Deus.
1. O crente deve ser semelhante a Cristo;
2. Cristo tinha momentos a sós com o Pai;
3. O crente deve buscar momentos a sós com o Pai.

Não tenha medo de usar o raciocínio dedutivo no seu estudo da Bíblia.


Você fez isso o tempo todo, a vida inteira.
O martelo é a ferramenta certa para pregar um prego, mas usar o martelo
não garante que o prego não vá entortar. Quando você usa as regras da

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Exegese é necessário que ao interpretar um texto esteja em harmonia com
todo o contexto bíblico; senão você estará entortando o prego!

Exemplos de Interpretação de Textos Bíblicos:

• Saul e a médium de Em-Dor ( I Sam 28: 11-15 ). Foi realmente


Samuel que se apresentou a Saul? Deus aprovaria o aparecimento de
Samuel para responder a Saul? Teria a feiticeira poder para trazer
verdadeiramente o espírito de Samuel ali? Se não foi Samuel,quem
foi então?
Vamos a Exegese:

a) Samuel era morto (25:1)


b) A mediunidade é pecado gravíssimo, condenado pela Bíblia de ponta
a ponta,onde o castigo é a pena máxima. (Lv20:27; Dt 18:10-12, Ap
21:8).
c) Dizer que Deus permitiu o aparecimento de Samuel mediante a
pitonisa,é afirmar contradições na própria Palavra de Deus. (ISm
15:23; Lc 16:26).
d) É pecado cuja prática Deus não permitiu a ninguém, absolutamente a
ninguém,muito menos a Samuel que era o segundo dos profetas,
quanto a importância, depois de Moisés no AT (Jr15:1).
e) Fosse Samuel o veículo transmissor estaria Deus respondendo,pois
Samuel não poderia falar senão pela inspiração. E se não foi o
Senhor quem falou, não foi Samuel.
f) Argumento Ontológico: Deus se identifica como Deus dos vivos: De
Abraão, Isaque e Jacó (Gn3:15, Mt 22:32). Nenhum deles perdeu a
sua personalidade, integridade. Seria Samuel o único a poluir-se,
indo contra a natureza do seu ser, indo contra Deus econtra a
doutrina que ele mesmo pregara ( ISm 15:23) quando em vida nunca
o fez? Impossível!
g) Argumento Escatológico: O pecado de Samuel seria ainda mais
grave,por ter estado ele no seio de Abraão, recebendo uma revelação
superior, um conhecimento mais exato das coisas encobertas e não
te-las considerado, nem obedecido a Deus (Lc 16:27-31), mas
Samuel nunca desobedecera a Deus ( ISm 12:3,4)
h) Argumento Doutrinário: Consultar os espíritos é procedimento
condenado pela Bíblia inteira ( Dt18:10; I Sm 15:23; Ap 21:8; 22:15)

Aceitando-se a profecia do pseudo-Samuel, cria-se uma nova doutrina que


é a revelação divina por meios escusos. Contraria a revelação em todo o

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contexto bíblico. Como verdade divina é necessária que sejam de absoluta
precisão; o que não acontece no presente caso.

Contradições gritantes:
“Quem te farei subir”; “Faze-me subir Samuel”; “ Saul perguntou a
pitonisa: o que vês? Como é a sua figura?; Disse o pseudo-Samuel: Porque
me inquietaste,fazendo-me subir?
Biblicamente vemos:
- Seria fácil para a pitonisa descrever o perfil de Samuel, homem
conhecido;
- Subir é vir debaixo. Embaixo está o abismo,o inferno... ( o rico ergueu os
olhos Lc16:23; Ap 20:14-15)
- O lugar para onde os salvos são levados fica em cima;
Exs: A experiência de Jacó na visão da escada (Gn 28:12); Sobem aos céus
(Sl107:26), Quem subiu aos céus (Pv30:4); Ainda não subi para meu Pai
(Jô 20:17).

• O fruto proibido:

“Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais ...” (Gn 3:1-6)
Especulações várias têm surgido em torno dotipo de fruto que Eva teria
servido.
a) O fruto proibido seria maçã?
Esta idéia se enraizou de tal maneira que muitos citam frequentemente.
Porque a maçã? Esta fruta tem certas propriedade que consideravam
auxiliar na inteligência.
A árvore apresentava características notáveis:
- Árvore boa para se comer:
- Agradável aos olhos:
- Desejável para dar entendimento;
A maçã era considerada uma fruta que preenchia melhor essa
característica, fixou-se então na mente do povo: O fruto proibido foi a
maçã.
No entanto, prova-se que não poderia ter sido a maçã porque a região
não é propícia a este tipo de fruta. Chama-se de “pomo de Adão” à
saliência que aparece no pescoço do homem porque ao comer do fruto que
a mulher lhe deu, teria se engasgado;
Não seria influência da literatura grega essa idéia. Nela aparecem as
maçãs de ouro do jardim de Hespécrides, guardadas por um dragão que
também davam vida.

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b) Seria figo?
É a opinião de Teodoreto. Baseava-se talvez no fato de que Adão e Eva
reconhecendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram para
si aventais. (Gn3:7)

c) Seria Damasco?
Um jornal farmacêutico publicou há pouco tempo,a interpretação dada por
Whithead:
- O fruto proibido que Eva colheu deve ter sido damasco e nunca uma
maçã; Explica que, se aceitar a versão de que o paraíso terrestre a que se
refere a Bíblia ficava situado na Mesopotâmia, onde floresceu a mais antiga
civilização, terá que se abolir a história da maçã,fruto que nãoé próprio
daquela região;
- Damasco e marmelos são os únicos frutos que deveriam crescer
espontaneamente naquela região, mas como o marmelo precisa ser cozido
para se comer,fica apenas a hipótese do damasco.
- Diz ainda Whithead: a versa original da bíblia em hebraico designa o
fruto por “tapuach” o que significa uma espécie de algumas coisas; pela
forma como Adão comeu, deduziu-se que seria um fruto.
- O damasco ainda é designado no Oriente Médio por “maçã de ouro”.
c) Como entender então?
O importante não é saber qual a fruta que Eva tomou. O que devem
reconhecer é que o pecado consistiu na desobediência!
Enquanto muitos se preocupam com a fruta, talvez estejam incorrendo no
pecado da desobediência, não seguindo as determinações divinas.

• O sinal de Caim:

“E pôs o Senhor um sinal em Caim...” (Gn4:15)


Uns dizem que Deus não pôs um sinal, porém o deu a Caim. Outros,
todavia argumentam que o sinal foi colocado nele. Se Deus lhe teria
colocado um sinal no corpo, qual seria ele? É a pergunta que se levanta:
- Estava na testa: H Guthe opina que o sinal foi colocado na testa. Denotava
aderência ao culto de Jeová. (Ex 13:9; Is 44:6; IRs 20:38)
- Suteliffe abona esta opinião quando escreve: O sinal posto em Caim dava
a entender que pertencia a Deus, que estava debaixo de sua proteção e que,
por conseguinte, ninguém o podia tocar.
Foi um costume da antiguidade marcar os escravos de um templo como
emblema da divindade a que serviam;
Outros acham que Caim trazia na testa o nome do próprio Abel.
- Eram espécies de chifres. Alguns rabinos esposavam esta idéia.

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- Foi a cor preta: como castigo, por tão hediondo crime,sua pele foi mudada
de cor;
- Feição de fera: o crime era tão grave que lhe mudou a feição, uma feição
de fera;
- Teria ficado mudo ou com grande impedimento na fala. Este mal teria
passado a sua posteridade, conforme pensa Bryant.
- Corpo tremente: corpo tremulo e a mente agitada. Com dificuldade
levaria água e alimento à boca.
- O sinal da cruz;
- Outros acham que o sinal dado era interno;
Um cão que estaria sempre sentado ao lado dele e o acompanhando a todo
lugar;
- As vestes de Caim seriam diferentes das de todomundo;
- Vagabundo: Caim foi para a terra de NOD. Nod é particípio do verbo
vagar. Deus disse que ele seria “ fugitivo e vagabundo” (Gn4:12)
- O sinal seria uma enfermidade mental, física ou uma paralisia;
- A consciência a acusá-lo sempre: o castigo maior, o remorso eo andar
errante sem encontrar tranqüilidade.
Contudo,apesar da severidade do castigo infligido ao culpado, há sempre
um lugar junto à justiça, para a piedade e misericórdia; que estende a mão
ao pecador desejando levá-lo a melhores sentimentos. Deus abomina o
pecado, mas ama o pecador. (Rm5:20)

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