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construção mecânica
Msc. Domingos F. O. Azevedo
Introdução – O INÍCIO
7
LIGAÇÃO METÁLICA
Ligações íons metálicos
Elétrons deslocalizados em nuvem eletrônica que
se movimenta entre íons da rede cristalina.
Energia média nos elétrons da nuvem eletrônica
é menor que a dos elétrons de átomo isolado.
Atração – nuvem eletrônica ↔ cátions – estabilidade
reticular.
Baixa energia de ionização perda de elétrons
para a “rede” metálica estabilidade.
8
PROPRIEDADES FÍSICAS
9
PROPRIEDADES FÍSICAS
Força
Ductilidade e
Barra Força Força
maleabilidade Nuvem de
Metálica
elétrons
Forte
Cristal iônico sofre repulsão
ruptura à ação da
força
Vareta Cristal
iônico
10
PROPRIEDADES FÍSICAS
Brilho
Luz incidente sobre superfície metálica absorção e emissão da
radiação pelos elétrons da nuvem eletrônica
Reflexão em todos os ângulos com refletividade de 0,90 a 0,95
Todos os metais têm brilho
11
PROPRIEDADES FÍSICAS
Opacidade
Excitação eletrônica
energia da radiação
absorvida nos estados
eletrônicos vazios
12
PROPRIEDADES FÍSICAS
Eletro condução
Capacidade de transmitir corrente elétrica
Mobilidade eletrônica no sólido metálico
Atração eletrostática entre elétrons e polo positivo da
conexão elétrica
Baixa resistência perda de energia apenas por calor
13
PROPRIEDADES FÍSICAS
Eletro condução
Lei de Ohm
Onde V = voltagem (Volt = J/C)
R = resistência (Ohm = V/A)
I = corrente elétrica (Ampère = C/s)
Resistividade ou
Onde l = distância entre pontos de medição
A = área da seção reta perpendicular à corrente
14
PROPRIEDADES FÍSICAS
Eletro condução (Condutividade elétrica)
Condutividade
Inverso da resistividade
Dada pelo inverso de ohm-metro (Ω-m)-1
15
PROPRIEDADES FÍSICAS
Termo condução (Condutividade térmica)
Capacidade de um material transmitir ou transferir energia na forma
de calor
Condutibilidade térmica em regime permanente
16
PROPRIEDADES FÍSICAS
Condutibilidade térmica em alguns materiais
17
PROPRIEDADES QUÍMICAS
Fragilidade galvânica – suscetibilidade à corrosão
química ou eletrolítica
Degradação do metal ou liga metálica
Ataque corrosivo defeitos no retículo cristalino
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PROPRIEDADES QUÍMICAS
Reatividade
Menos Mais
reativo reativo
Reações
Au Ag vigorosas
Cu [H] e Pb
rápidas
Sn Fe Zn Al Mg Ca Na K
Corrosão
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PROPRIEDADES QUÍMICAS
20
LIGAS METÁLICAS
Misturas sólidas
Presença de 2 ou mais elementos metálicos
Metais estão em maior quantidade
Objetivo
Obter propriedades melhores que em metais puros
Reduzir custos de produção
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LIGAS METÁLICAS
Aplicações
Matéria-prima para:
Montadoras de automóveis
Aeronáutica
Estaleiros
Indústria bélica
Construção civil
Siderúrgicas e metalúrgicas
Eletrônicos
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LIGAS METÁLICAS
Não Ferrosas Ferrosas
Aços Ferros
Fundidos
24
0<%C<2,11 2<%C<4,3
Ligas Al Ligas Mg
Ni Pb, Sn, Zn Mo, Ta, W, Nb
Ligas Ti Ligas Be
Ligas Cu
Latões Cu-Ni
Bronzes
26
ESTRUTURA CRISTALINA
28
ESTRUTURA CRISTALINA
Material cristalino
Arranjo repetido em longa extensão
Padrão tridimensional repetitivo
29
ESTRUTURA CRISTALINA
Forma de cristalização formação de sólidos amorfos ou
cristalinos
Solidificação redução da temperatura
Saturação equilíbrio químico em solução
31
ESTRUTURA CRISTALINA
Célula unitária
Unidade básica do retículo
cristalino
14 tipos de células em 7
sistemas cristalinos
32
Reticulados cristalinos
Principais reticulados para os metais:
34
ESTRUTURA
Exercício
CRISTALINA
Determinar o nº de átomos do sistema cristalino cúbico simples
Nº átomos = (nº de átomos em cantos x 1/8) + (nº de átomos em face x ½) + (nº átomos no centro)
35
ESTRUTURA CRISTALINA
36
ESTRUTURA CRISTALINA
Exercício
Determinar a relação entre r e a0 para a célula unitária
cúbico de face centrada
37
ESTRUTURA CRISTALINA
Exercício – O raio atômico do Fe é 1,24 A. Calcular o
parâmetro de rede do Fe em CCC
(4r)2 = 3a02
a0 = 4r / 31/2
Assim
a0 = 4(1,24) / 31/2
a0 = 2,86 A
38
ESTRUTURA CRISTALINA
39
ESTRUTURA CRISTALINA
Cúbico simples – NC = 6
40
ESTRUTURA CRISTALINA
Cúbico de corpo centrado – NC = 8
41
Química Tecnológica
ESTRUTURA CRISTALINA
Cúbico de face centrada – NC = 12
42
ESTRUTURA CRISTALINA
Fator de empacotamento
Fração do volume da célula unitária efetivamente ocupada por
átomos, sendo estes “esferas rígidas”
43
ESTRUTURA CRISTALINA
Exercício
Calcular o fator de empacotamento da célula unitária
CCC
44
ESTRUTURA CRISTALINA
Densidade
Calculada a partir das propriedades da estrutura cristalina
45
ESTRUTURA CRISTALINA
Exercício
Determinar a densidade do Fe CCC, com a0 = 2,866 A
Átomos/célula = 2
Massa atômica = 55,85 g.mol-1
Volume CCC = a03 = 23,55 x 10-24 cm3
n° Avogadro = 6,02 x 1023 átomos.mol-1
46
ESTRUTURA CRISTALINA
Tabela – Resumo – Sistema Cúbico
47
Processo de cristalização
Principais eventos:
- Nucleação (formação de núcleos
atômicos);
50
ESTRUTURA CRISTALINA
Alotropia ou polimorfismo
Carbono grafite (hexagonal)
x
diamante (cúbico)
Nitreto de boro cúbico
x
grafite
Fe CCC
x
CFC
52
ALOTROPIA DO FERRO
Na temperatura ambiente, o ferro puro apresenta estrutura cristalina cúbica de corpo
centrado (CCC), denominada ferrita alfa (α).
A ferrita delta (δ) CCC é estável até a temperatura de 1538°C, que é a temperatura de
fusão do Fe puro.
O ferro líquido (L) é estável até a temperatura de 2880°C, temperatura na qual este
passa
53 para fase vapor.
DEFINIÇÕES – FORMAS ALOTRÓPICAS
54
DEFINIÇÕES – FORMAS
ALOTRÓPICAS
CEMENTITA (do latim "caementum")- Denominação do
carboneto de ferro Fe3C contendo 6,7% de C e estrutura
cristalina ortorrômbica. Apresenta elevada dureza, baixa
resistência, baixa ductilidade e baixa tenacidade.
55
DIAGRAMA Fe-C
56
PRODUÇÃO FERRO-GUSA
Redução de óxidos de ferro a ferro redutor à base de
carbono (carvão)
57
PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA
Dentro do alto-forno tem-se a seguinte
sequência, como ilustra a figura ao lado.
Introduz-se a carga, composta de minério de
ferro, coque e fundente.
Entre 300ºC e 350ºC – dessecação - vapor
de água contido na carga é liberado.
Entre 350ºC e 750ºC – redução - óxido de
ferro perde o oxigênio.
Entre 750ºC e 1150ºC – carburação -ferro
se combina com o carbono formando a gusa.
Entre 1150ºC e 1800ºC – fusão - gusa passa
para o estado líquido
Em torno dos 1600ºC – liquefação - gusa se
separa da escória.
58
REAÇÕES EM ALTO-FORNO
C + O2 CO2
CO2 + C 2CO (agente redutor)
3Fe2O3 + CO 2Fe3O4 + CO2
Fe3O4 + CO 3FeO + CO2
Ou
Fe2O3 + 3C 2Fe + 3CO
59
OBTENÇÃO DO AÇO
60
AÇOS
Aços são ligas Fe-C que podem conter outros elementos
Propriedades mecânicas dependem da %C
%C < 0.25% baixo carbono
0.25% < %C < 0.60% médio carbono
0.60% < %C < 1.4% alto carbono
Aços carbono
Baixíssima concentração de outros elementos
Aços liga
Outros elementos em concentração apreciável
61
AÇOS BAIXO CARBONO
Aços Extra-Doces ( < 0,15 % C ) (SAE ou ABNT 1010 e 1015)
Apresentam elevada resiliência, mas pouca dureza e resistência
mecânica.
Contém de 0,10 a 0,15 % de carbono.
São empregados para a construção de pinos, tubos, rebite.
62
AÇOS BAIXO CARBONO
Ferrita Perlita
63
AÇOS MÉDIO CARBONO
Aços Meio Doces 0,3 – 0,40 % C – (SAE ou ABNT 1030 a
1040)
e
Aços Semi-duros 0,40 – 0,60 % C – (SAE ou ABNT 1040 a
1060)
Tratáveis termicamente
A presença de impurezas aumenta a resposta a tratamentos térmicos
Se tornam mais resistentes mas menos dúcteis e tenazes
Usos em molas, pistões, engrenagens...
64
AÇOS MÉDIO CARBONO
Ferrita Perlita
65
AÇOS ALTO CARBONO
66
AÇOS ALTO CARBONO
Somente Perlita
67
RESUMOS DIAGRAMA - AÇOS-
CARBONO
68
AÇO-LIGA OU AÇOS
LIGADOS
69
FORMA COMO SE ECONTRAM
OS ELEMENTOS DE LIGA
A presença de
elementos de liga muda
as linhas do diagrama
de fase Fe-C
70
AÇO-LIGA OU AÇOS LIGADOS
ELEMENTOS DE LIGA MAIS COMUNS
Cr
Ni
V
Mo
W
Co
B
Cu
Mn, Si, P, S (residuais)
71
EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA
Aumentam a dureza e a resistência
Conferem propriedades especiais como:
Resistência à corrosão
Estabilidade à baixas e altas temperaturas
Controlam o tamanho de grão
Melhoram a conformabilidade
Melhoram as propriedades elétricas e magnéticas
Diminuem o peso (relativo à resistência específica)
72
MANGANÊS (residual)
Agente dessulfurante e desoxidante
Aumenta a dureza e a resistência (%Mn>1%)
Baixa a temperatura de transformação da martensita
Entre 11-14% Mn alcança-se alta dureza, alta ductilidade e
excelente resistência ao desgaste (aplicações em
ferramentas resistentes ao desgaste)
73
ENXOFRE (residual)
Agente fragilizador
Se combinado com Mn forma MnS que pode ser
benéfico (melhora a usinabilidade)
Está presente em altos teores em aços para usinagem
fácil
74
NÍQUEL
Aumenta a resistência ao impacto (2-5% Ni)
Aumenta consideravelmente a resistência à corrosão em
aços baixo carbono (12-20% Ni)
Com 36% de Ni tem-se coeficiente de expansão térmica
próximo de zero.
76
MOLIBDÊNIO
Em teores < 0,3% aumenta a dureza e a resistência,
especialmente sob condições dinâmica e a altas
temperaturas
Atua como refinador de grão
Melhora a resistência à corrosão
Forma partículas resistentes à abrasão
Contrabalança a tendência à fragilidade de revenido
77
VANÁDIO
78
TUNGSTÊNIO
79
SILÍCIO (residual)
Tem efeito similar ao Níquel
Melhora as propriedades de resistência com pouca
perda de ductilidade
Melhora a resistência à oxidação
Com 2% de Si é usado para a confecção de molas
Aumenta o tamanho de grão (necessário para
aplicações magnéticas)
Agente desoxidante
80
BORO
É um agente endurecedor poderoso (0,001-0,003%)
Facilita a conformação à frio
Tem efeito 250-750 vezes ao efeito do Ni
100 vezes ao Cr
75-125 vezes ao Mo
Aços microligados
81
ALUMÍNIO
Facilita a nitretação
Agente desoxidante
Controla o tamanho de grão pela formação de
óxidos ou nitretos
82
COBALTO
83
FÓSFORO (Residual)
Aumenta a resistência dos aços baixo carbono
Aumenta a resistência à corrosão
Facilita a usinagem
Gera fragilidade à frio (0,04-0,025% no máximo)
84
TITÂNIO
85
AÇOS Inoxidáveis
Estrutura e Propriedades
Impureza predominante - Cr > 11wt%
Pode incluir Ni e Mo
Três classes f (microestrutura)
martensítico tratável termicamente, magnético
ferrítico não tratável termicamente, magnético
austenítico mais resistente à corrosão, não magnético
Resistentes a corrosão e a temperaturas de até 1000ºC
86
NOMENCLATURA - ABNT
87
COMPARAÇÃO DE
PROPRIEDADES
Liga Tipo Lim.Resist. Ductilidade
(#AISI) (MPa) (%EL)
1010 Doce, plano 180 28
A656 HSLA (high strength low alloy) 552 21
1040 Médio C, plano 780 33
4063 Trat. Term. 2380 24
409 Inox α 448 25
304 Inox γ 586 55
410 Inox mart. 483 30
440A Inox mart. 1790 5
88
LIGAS NÃO-FERROSAS
Porquê ?
Apesar da diversidade de propriedades das ligas ferrosas,
facilidade de produção e baixo custo, elas ainda apresentam
limitações:
Alta densidade, baixa condutividade elétrica, corrosão
Diversidade
Existem ligas de uma enorme variedade de metais.
Nós vamos descrever algumas apenas
Cobre, Alumínio, Magnésio, Titânio, refratários, super-ligas, metais
preciosos.
89
LIGAS NÃO-FERROSAS
Ligas de cobre
Cobre puro é extremamente macio, dúctil e deformável a frio.
Resistente à corrosão.
Ligas não são tratáveis termicamente. A melhora das
propriedades mecânicas deve ser obtida por trabalho a frio ou
solução sólida.
As ligas mais comuns são os latões, com Zn, com
propriedades que dependem da concentração de Zn, em
função das fases formadas e suas estruturas cristalinas (vide
Callister sec.12.7)
Os bronzes incluem Sn, Al, Si e Ni. Mas fortes do que os
latões.
Novas ligas com Be possuem um conjunto de propriedades
excepcionais (vide Callister sec.12.7).
90
LIGAS NÃO-FERROSAS
Ligas de Alumínio
Alumínio é pouco denso (2.7g/cm3, 1/3 da densidade de aço),
ótimo condutor de temperatura e eletricidade, resistente à
corrosão. Possue alta ductilidade em função de sua estrutura cfc. A
maior limitação é a baixa temperatura de fusão (660°C).
A resistência mecânica pode ser aumentada através de ligas com
Cu, Mg, Si, Mn e Zn.
Novas ligas com Mg e Ti tem aplicação na indústria automobilística,
reduzindo o consumo a partir de redução do peso.
De 1976 a 1986 o peso médio dos automóveis caiu cerca de
16% devido à redução de 29% do uso de aços, ao aumento de
63% no uso de ligas de Al e de 33% no uso de polímeros e
compósitos.
91
LIGAS NÃO-FERROSAS
Ligas de magnésio
O Mg é o menos denso de todos os metais estruturais (1.7
g/cm3).
Muito utilizado em aviação.
Estrutura hc, com baixo módulo de Young (45 x 103MPa), baixo
ponto de fusão (651°C).
Ligas de titânio
O Ti é pouco denso (4.5 g/cm3), tem alto módulo de Young (107
x 103MPa) e alto ponto de fusão (1668°C).
Ligas de titânio são muito resistentes com limites de resistência
de até 1400 MPa.
Muito reativo, dificultando e encarecendo a produção.
92
LIGAS NÃO-FERROSAS
Metais refratários
Nb, Mo,W,Ta.
Altíssimo ponto de fusão (de 2468°C a 3410°C).
Ligações atômicas extremamente fortes, alto módulo de
Young, resistência e dureza.
Usados em filamentos de lâmpadas, cadinhos, eletrodos de
soldagem, etc...
Super-ligas
Ligas de Co, Ni ou Fe com Nb, Mo,W,Ta, Cr e Ti.
Usados em turbinas de avião. Resistem a atmosferas
oxidantes a altas temperaturas.
93
Ensaios mecânicos
Extensômetro
mede DL
95
TESTE DE TRAÇÃO
96
TESTE DE TRAÇÃO
Elongação total
Deformação uniforme
Carga, P (kN)
Carga
máxima, Pmax
Deformação
Carga, Pf
elástica
97 Elongação, ∆L (mm)
PROPRIEDADES FÍSICAS
Ductilidade e Maleabilidade
Capacidades de um metal ser estirado em fios ou em
folhas, respectivamente, sem sofrer rupturas
Porcentagem de elongação
Lf = comprimento de elongação
na fratura
L0 = comprimento original Lo
Lf
Importância
Indica grau de deformação
até fratura Ao
Indica grau de deformação
Af
permissível durante fabricação
98
Discordâncias e Mecanismos de
Aumento de Resistência
100
PROPRIEDADES DOS METAIS
DEFORMADOS PLASTICAMENTE
101
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
Os materiais podem ser solicitados por tensões de
compressão, tração ou de cisalhamento.
Como a maioria dos metais são menos resistentes ao
cisalhamento que à tração e compressão e como estes
últimos podem ser decompostos em componentes de
cisalhamento, pode-se dizer que os metais se
deformam pelo cisalhamento plástico ou pelo
escorregamento de um plano cristalino em relação ao
outro.
O escorregamento de planos atômicos envolve o movimento
de discordâncias
102
DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA
Em uma escala microscópica a deformação plástica é o
resultado do movimento dos átomos devido à tensão
aplicada. Durante este processo ligações são
quebradas e outras refeitas.
Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente
envolve o escorregamento de planos atômicos, o
movimento de discordâncias e a formação de maclas
Então, a formação e movimento das discordâncias
têm papel fundamental para o aumento da
resistência mecânica em muitos materiais.
A resistência Mecânica pode ser aumentada
restringindo-se o movimento das discordâncias
103
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
Discordâncias em cunha movem-se
devido à aplicação de uma tensão de
cisalhamento perpendicular à linha
de discordância
O movimento das discordâncias
pode parar na superfície do material,
no contorno de grão ou num
precipitado ou outro defeito
A deformação plástica corresponde à
deformação permanente que resulta
principalmente do movimento de
discordâncias (em cunha ou em
hélice)
104
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
Direção de escorregamento
Plano de escorregamento
Uma distância
interatômica
105
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
EM CUNHA E EM HÉLICE
106
DENSIDADES DE
DISCORDÂNCIAS TÍPICAS
Materiais solidificados lentamente = 103
discordâncias/mm2
Materiais deformados= 109 -1010 discordâncias/mm2
107
CARACTERÍSTICAS DAS
DISCORDÂNCIAS IMPORTANTES PARA
AS PROP. MECÂNICAS
Quando os metais são deformados
plasticamente cerca de 5% da energia é
retida internamente, o restante é
dissipado na forma de calor.
A maior parte desta energia armazenada
está associada com as tensões associadas
às discordâncias.
A presença de discordâncias promove
uma distorção da rede cristalina de
modo que certas regiões sofrem tensões
compressivas e outras tensões de tração.
108
INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS
ATRAÇÃO REPULSÃO
109
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
EM MONOCRISTAIS
110
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM
MATERIAIS POLICRISTALINOS
A direção de escorregamento varia de
grão para grão
LINHAS DE ESCORREGAMENTO
111
Na maioria dos grãos há 2 sistemas de escorregamento operando
Planos e direções de deslizamento
das discordâncias
Sistemas de deslizamento: conjunto de planos e direções de
maior densidade atômica
113
Maclas
114
Mecanismos de aumento de resistência dos
metais
1. Aumento da resistência por adição de elemento de liga
(formação de solução sólida ou precipitação de fases)
2. Aumento da resistência por redução do tamanho de grão
3. Aumento da resistência por encruamento
4. Aumento da resistência por tratamento térmico
(transformação de fase): será visto posteriormente
115
1- Aumento da resistência por adição
deátomos
Os elemento depodem
de soluto ligacausar tanto tração (átomos
menores) como compressão (átomos maiores) na rede
cristalina
Os átomos de soluto se alojam na rede próximo às
discordâncias de forma a minimizar a energia total do
sistema
116
1- Aumento da resistência por adição de
elemento de liga
EX: INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM
SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS
118
Aumento da resistência por
diminuição do tamanho de grão
119
ESCOAMENTO E DISCORDÂNCIAS
121
Dependência da tensão de escoamento com
o tamanho de grão
EQUAÇÃO DE HALL-PETCH
σesc= σo + Ke (d)-1/2
σo e Ke são constantes
σo= tensão de atrito oposta ao movimento das
discordâncias
Ke= constante relacionada com o empilhamento
das discordâncias
d= tamanho de grão
Essa equação não é válida para grãos muito
grosseiros ou muito pequenos
122
Dependência do limite de escoamento com
o tamanho de grão
123
3- ENCRUAMENTO OU
ENDURECIMENTO PELA
DEFORMAÇÃO À FRIO
É o fenômeno no qual um material endurece devido à
deformação plástica (realizado pelo trabalho à frio)
Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de
discordâncias e imperfeições promovidas pela
deformação, que impedem o escorregamento dos planos
atômicos
A medida que se aumenta o encruamento maior é a força
necessária para produzir uma maior deformação
O encruamento pode ser removido por tratamento térmico
(recristalização)
124
GRAU DE DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA EM TERMOS DE
TRABALHO À FRIO (TF)
125
VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO
ENCRUAMENTO
O encruamento aumenta a
resistência mecânica
O encruamento aumenta o
limite de escoamento
O encruamento diminui a
ductilidade
126
ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA
Antes da deformação Depois da deformação
127
RECRISTALIZAÇÃO
(Processo de Recozimento para Recristalização)
128
MECANISMO QUE OCORRE NO
AQUECIMENTO DE UM MATERIAL
ESTÁGIOS: ENCRUADO
Recuperação
Recristalização
Crescimento de grão
129
MECANISMO QUE OCORRE NO
AQUECIMENTO DE UM MATERIAL
ENCRUADO
Ex: Latão
130
RECUPERAÇÃO
Há um alívio das tensões internas armazenadas
durante a deformação devido ao movimento das
discordâncias resultante da difusão atômica
Nesta etapa há uma redução do número de
discordâncias e um rearranjo das mesmas
Propriedades físicas como condutividade térmica e
elétrica voltam ao seu estado original
(correspondente ao material não-deformado)
131
RECRISTALIZAÇÃO
Depois da recuperação, os grãos ainda estão
tensionados
Na recristalização os grão se tornam novamente
equiaxiais (dimensões iguais em todas as direções)
O número de discordâncias reduz mais ainda
As propriedades mecânicas voltam ao seu estado
original
133
CRESCIMENTO DE GRÃO
134
Crescimento de grão por difusão
135
Dependência do tamanho de grão
com o tempo de aquecimento
136
TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO
137
TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO
Chumbo - 4°C
Estanho - 4°C
Zinco 10°C
Alumínio de alta pureza 80°C
Cobre de alta pureza 120°C
Latão 60-40 475°C
Níquel 370°C
Ferro 450°C
Tungstênio 1200°C
138
DEFORMAÇÃO À QUENTE E
DEFORMAÇÃO À FRIO
139
DEFORMAÇÃO À QUENTE
VANTAGENS
• Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma
deformação (necessita-se então de máquinas de menor capacidade se
comparado com o trabalho a frio).
• Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a
tenacidade
• Elimina porosidades
• Deforma profundamente devido a recristalização
DESVANTAGENS:
• Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em custo
• O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos
• Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas
140
DEFORMAÇÃO À FRIO
141