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Introdução aos Materiais de

construção mecânica
Msc. Domingos F. O. Azevedo
Introdução – O INÍCIO

 Produtos de ferro são usados pelo homem desde, pelo


menos, 1200 a.C.
 O minério de ferro é um dos cinco elementos mais
abundantes na crosta terrestre.
 Para obter produtos de ferro do minério o homem
desenvolveu técnicas ao longo do tempo.
 Processo de redução Fe+3 + 3e- (oposto da oxidação).
 Houve a percepção que adições significativas de carbono
reduziam sensivelmente o ponto de fusão e viabilizavam
a produção.
introdução – A EVOLUÇÃO

 A evolução da aplicação do aço como material de


engenharia se deve a diversos fatores técnicos e
econômicos.
 O conhecimento acumulado sobre as relações entre
composição química, estrutura, propriedades e
desempenho e o efeito de processamento sobre estas
características atingiu um nível que vem permitindo o
incessante desenvolvimento científico de nova ligas e o
aprimoramento das ligas existentes.
Aços e ferro fundidos
 Ligas à base de ferro estão entre os principais materiais
industriais há pelo menos, dois séculos.
 Os aços são as ligas à base de ferro mais amplamente
aplicadas.
 Uma das características mais importantes que diferencia
os aços dos ferros é a capacidade que os aços têm de
serem deformados plasticamente.
 A deformação plástica consiste de grande e gradativa
deformação antes da quebra, quando uma força é aplicada.
Fatores que contribuem para a importância
do aço.
 Abundância de minério de ferro.
 Custo relativamente baixo de produção.
 Notáveis combinações de propriedades físicas e
mecânicas.
 Facilidade de serem reciclados.
Estrutura de ligas ferrosas
 A maior parte dos metais e ligas industriais são
empregados em condições em que os átomos se
organizam em cristais.
 Ligas ferrosas que têm estrutura CFC não são magnéticas.
 As ligas com estrutura CCC são magnéticas.
 A maior parte dos metais a pressão e temperatura ambiente
até seu ponto de fusão possui uma única estrutura cristalina
estável.
 CFC e HCP (Hexagonal compacta) e CCC não compacta.
 O ferro apresenta polimorfismo.
REDE CRISTALINA

Cromo Ouro Zinco

Cúbica de corpo centrado Cúbica de face centrada Hexagonal Compacta

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LIGAÇÃO METÁLICA
 Ligações  íons metálicos
 Elétrons  deslocalizados em nuvem eletrônica que
se movimenta entre íons da rede cristalina.
 Energia média nos elétrons da nuvem eletrônica
é menor que a dos elétrons de átomo isolado.
 Atração – nuvem eletrônica ↔ cátions – estabilidade
reticular.
 Baixa energia de ionização  perda de elétrons
para a “rede” metálica  estabilidade.

8
PROPRIEDADES FÍSICAS

 As propriedades são importantes na elaboração de


projetos de estruturas e peças

 Previsão de deformações devido a forças e cargas


definidas

 Avaliação de falhas em estruturas – relação propriedade


física x microestrutura

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PROPRIEDADES FÍSICAS
Força
 Ductilidade e
Barra Força Força
maleabilidade Nuvem de
Metálica
elétrons

 Metais são flexíveis


à ação da força Cátion
Matriz

Forte
 Cristal iônico sofre repulsão
ruptura à ação da
força

Vareta Cristal
iônico

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PROPRIEDADES FÍSICAS

 Brilho
 Luz incidente sobre superfície metálica absorção e emissão da
radiação pelos elétrons da nuvem eletrônica
 Reflexão em todos os ângulos com refletividade de 0,90 a 0,95
 Todos os metais têm brilho

11
PROPRIEDADES FÍSICAS
 Opacidade
 Excitação eletrônica 
energia da radiação
absorvida nos estados
eletrônicos vazios

 Transparência a radiação de alta


frequência  raios-X e raios-γ

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PROPRIEDADES FÍSICAS
 Eletro condução
 Capacidade de transmitir corrente elétrica
 Mobilidade eletrônica no sólido metálico
 Atração eletrostática entre elétrons e polo positivo da
conexão elétrica
 Baixa resistência  perda de energia apenas por calor

13
PROPRIEDADES FÍSICAS
 Eletro condução
 Lei de Ohm 
 Onde V = voltagem (Volt = J/C)
 R = resistência (Ohm = V/A)
 I = corrente elétrica (Ampère = C/s)

 Resistividade ou
 Onde l = distância entre pontos de medição
 A = área da seção reta perpendicular à corrente

14
PROPRIEDADES FÍSICAS
 Eletro condução (Condutividade elétrica)
 Condutividade
 Inverso da resistividade
 Dada pelo inverso de ohm-metro (Ω-m)-1

 Arranjo das camadas eletrônicas


 Distância entre camadas de valência e de condução é
pequena
 Pouca energia envolvida  condução

15
PROPRIEDADES FÍSICAS
 Termo condução (Condutividade térmica)
 Capacidade de um material transmitir ou transferir energia na forma
de calor
 Condutibilidade térmica em regime permanente

 q = fluxo de energia na forma de calor por unidade de tempo e de área


(W/m2)
 K = condutibilidade térmica (W/m.K)
 dT/dx = gradiente de temperatura
 Fluxo de calor não varia com o tempo

16
PROPRIEDADES FÍSICAS
 Condutibilidade térmica em alguns materiais

17
PROPRIEDADES QUÍMICAS
 Fragilidade galvânica – suscetibilidade à corrosão
química ou eletrolítica
 Degradação do metal ou liga metálica
 Ataque corrosivo  defeitos no retículo cristalino

Ferro + Oxigênio  Óxido de Ferro


2Fe + 3O2  Fe2O3

18
PROPRIEDADES QUÍMICAS
 Reatividade

Menos Mais
reativo reativo
Reações
 Au Ag vigorosas
Cu [H] e Pb
rápidas
Sn Fe Zn Al Mg Ca Na K
 Corrosão

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PROPRIEDADES QUÍMICAS

 Energia reticular moderada


 Rede cristalina
 Ordenação simples
 Empacotamento denso - alta eficiência de empacotamento
 Ocupação do espaço da célula unitária pelos átomos
 Pontos de fusão e ebulição elevados

20
LIGAS METÁLICAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA


LIGAS METÁLICAS

 Misturas sólidas
 Presença de 2 ou mais elementos metálicos
 Metais estão em maior quantidade

 Objetivo
 Obter propriedades melhores que em metais puros
 Reduzir custos de produção

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LIGAS METÁLICAS
 Aplicações
 Matéria-prima para:
 Montadoras de automóveis
 Aeronáutica
 Estaleiros
 Indústria bélica
 Construção civil
 Siderúrgicas e metalúrgicas
 Eletrônicos

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LIGAS METÁLICAS
Não Ferrosas Ferrosas

Aços Ferros
Fundidos

Baixa Alta Ferro Ferro


Liga Liga Dúctil Maleável
Ferro Ferro
Cinzento Branco

Baixo Médio Alto


carbono carbono carbono

Carbono Carbono Ferramenta


Alta Carbono Inox
Resistência, Tratável
Baixa liga termicamente

24
0<%C<2,11 2<%C<4,3

AÇOS FERROS FUNDIDOS


Se não contiver
qualquer elemento
Sem liga ou de liga em Teores máximos de alguns
Aço-carbono quantidade elementos nos aços sem liga:
superior aos • Al – 0,10% • Ni – 0,30
mínimos indicados • Bi – 0,10 • Nb – 0,06
• B – 0,0008 • Pb – 0,40
• Cr – 0,30 • Se – 0,10
Aço ligado
• Co – 0,10 • Si – 0,50
Aço de Se nenhum elemento • Cu – 0,05 • Ti – 0,05
de liga atingir um teor • Mn – 1,65 • W – 0,01
baixa
de 5% • Mo – 0,08 • V – 0,10
liga
Aço de Se pelo menos um
alta liga elemento de liga
25
ultrapassar um teor
de 5%
LIGAS METÁLICAS
NÃO FERROSOS

Ligas leves Ligas para Ligas baixo Ligas Refratárias


altas T ponto de fusão

Ligas Al Ligas Mg
Ni Pb, Sn, Zn Mo, Ta, W, Nb
Ligas Ti Ligas Be

Ligas Cu

Latões Cu-Ni

Bronzes
26
ESTRUTURA CRISTALINA

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA


ESTRUTURA CRISTALINA
 Classificação dos materiais
 Ordenação
 Sem ordem – gases, ar, etc
 Ordenamento curto alcance – água, polietileno, SiO2 (não-cristalinos ou
amorfos)
 Ordenamento longo alcance – metais, cerâmicas e alguns polímeros
(cristalinos)

28
ESTRUTURA CRISTALINA
 Material cristalino
 Arranjo repetido em longa extensão
 Padrão tridimensional repetitivo

 Material não-cristalino (amorfo)


 Arranjo repetido em longa extensão inexistente
 Rede cristalina  f(substância)
 Estruturas atômicas ou moleculares complexas

29
ESTRUTURA CRISTALINA
 Forma de cristalização  formação de sólidos amorfos ou
cristalinos
 Solidificação  redução da temperatura
 Saturação  equilíbrio químico em solução

Estrutura do SiO2 cristalino (a) e não-cristalino (b)


30
ESTRUTURA CRISTALINA
 Rede Cristalina – conjunto de pontos espaciais 
vizinhança idêntica

 Relação com vizinhos – definição do cristal:


 Número de átomos por célula unitária
 Medidas características dos vetores → parâmetros de rede
 Número de vizinhos que cada átomo possui → número de
coordenação
 Relação entre o volume ocupado pelos átomos e o volume da
célula unitária → fator de empacotamento
 Ângulos entre arestas

31
ESTRUTURA CRISTALINA
 Célula unitária
 Unidade básica do retículo
cristalino
 14 tipos de células em 7
sistemas cristalinos

32
Reticulados cristalinos
Principais reticulados para os metais:

 Cúbico de Corpo Centrado (CCC);


• Ferro α (Fe), (Cr), (Mo) e (W)

 Cúbico de Face Centrada (CFC);


• Ni,Al, Pb,Au e Ag

 Hexagonal Compacta (HC)


• Co,Ti, Mg, e Cd
ESTRUTURA CRISTALINA
 Nº de átomos por célula unitária

34
ESTRUTURA
 Exercício
CRISTALINA
 Determinar o nº de átomos do sistema cristalino cúbico simples

Nº átomos = (nº de átomos em cantos x 1/8) + (nº de átomos em face x ½) + (nº átomos no centro)

35
ESTRUTURA CRISTALINA

 Raio atômico  parâmetro de rede (distância entre


arestas da célula unitária)
 Determinar o grau de empacotamento da célula unitária – contato
entre átomos
 Estabelecer relação geométrica entre raio atômico r e parâmetro
de rede a0

36
ESTRUTURA CRISTALINA
 Exercício
 Determinar a relação entre r e a0 para a célula unitária
cúbico de face centrada

Dface2 = a02 + a02


(4r)2 = 2a02
a0 = 4r / 21/2

37
ESTRUTURA CRISTALINA
 Exercício – O raio atômico do Fe é 1,24 A. Calcular o
parâmetro de rede do Fe em CCC

Dcubo2 = a02 + dface2

Como  dface = a021/2


Temos:

(4r)2 = 3a02
a0 = 4r / 31/2

Assim
a0 = 4(1,24) / 31/2
a0 = 2,86 A
38
ESTRUTURA CRISTALINA

 Nº de coordenação (NC) – depende de:


 Nº de ligações covalentes que um átomo pode compartilhar
 Fator de empacotamento cristalino

39
ESTRUTURA CRISTALINA
 Cúbico simples – NC = 6

40
ESTRUTURA CRISTALINA
 Cúbico de corpo centrado – NC = 8

41
Química Tecnológica
ESTRUTURA CRISTALINA
 Cúbico de face centrada – NC = 12

42
ESTRUTURA CRISTALINA

 Fator de empacotamento
 Fração do volume da célula unitária efetivamente ocupada por
átomos, sendo estes “esferas rígidas”

43
ESTRUTURA CRISTALINA

 Exercício
 Calcular o fator de empacotamento da célula unitária
CCC

44
ESTRUTURA CRISTALINA
 Densidade
 Calculada a partir das propriedades da estrutura cristalina

45
ESTRUTURA CRISTALINA
Exercício
 Determinar a densidade do Fe CCC, com a0 = 2,866 A
 Átomos/célula = 2
 Massa atômica = 55,85 g.mol-1
 Volume CCC = a03 = 23,55 x 10-24 cm3
 n° Avogadro = 6,02 x 1023 átomos.mol-1

46
ESTRUTURA CRISTALINA
 Tabela – Resumo – Sistema Cúbico

47
Processo de cristalização

 Processo de formação de cristais sólidos


dos metais a partir de compostos químicos.

Principais eventos:
- Nucleação (formação de núcleos
atômicos);

- Arranjo atômico e definição da estrutura;

- Crescimento dos cristais (moléculas).


Formação dos Materiais Policristalinos
ESTRUTURA CRISTALINA
 Alotropia ou polimorfismo
 Variação de estrutura cristalina para uma mesma substância
 Depende de temperatura e pressão
 Alotropia muda propriedades das substâncias

50
ESTRUTURA CRISTALINA
 Alotropia ou polimorfismo
 Carbono  grafite (hexagonal)
x
diamante (cúbico)
 Nitreto de boro  cúbico
x
grafite
 Fe  CCC
x
CFC

Como modificar as propriedades


de um material?
51
ALOTROPIA DO FERRO

52
ALOTROPIA DO FERRO
 Na temperatura ambiente, o ferro puro apresenta estrutura cristalina cúbica de corpo
centrado (CCC), denominada ferrita alfa (α).

 A estrutura CCC do ferro (ferrita α) é estável até 912°C. Nesta temperatura a


estrutura CCC sofre uma transformação alotrópica para a estrutura cúbica de faces
centradas (CFC), denominada ferro gama (γ) ou austenita.

 A austenita (CFC) é estável entre 912 e 1394° C. Na temperatura de 1394°C ocorre


uma nova transformação alotrópica na qual a estrutura CFC da austenita transforma-se
novamente em CCC, denominada de ferrita delta (δ).

 A ferrita delta (δ) CCC é estável até a temperatura de 1538°C, que é a temperatura de
fusão do Fe puro.

 Acima de 1538°C a estrutura cristalina CCC da ferrita δ torna-se amorfa, sem


ordenação cristalina, caracterizando o estado líquido.

 O ferro líquido (L) é estável até a temperatura de 2880°C, temperatura na qual este
passa
53 para fase vapor.
DEFINIÇÕES – FORMAS ALOTRÓPICAS

 AUSTENITA (do nome do metalurgista inglês Robert Austen)


- Consiste em uma solução sólida intersticial de C (com até
2,11%) no ferro CFC. Em aços ao carbono e aços baixa liga só é
estável acima de 727°C. Apresenta resistência mecânica em
torno de 150 MPa e elevada ductilidade e tenacidade. A
austenita não é magnética.

 FERRITA (do latim "ferrum")- Consiste em uma solução sólida


intersticial de C (com até 0,022%) no ferro CCC. A ferrita é
magnética e apresenta baixa resistência mecânica, cerca de 300
MPa, excelente tenacidade e elevada ductilidade.

54
DEFINIÇÕES – FORMAS
ALOTRÓPICAS
 CEMENTITA (do latim "caementum")- Denominação do
carboneto de ferro Fe3C contendo 6,7% de C e estrutura
cristalina ortorrômbica. Apresenta elevada dureza, baixa
resistência, baixa ductilidade e baixa tenacidade.

 PERLITA (nome derivado da estrutura da madre pérola


observada ao microscópio)- Consiste na mistura mecânica das
fases ferrita (88,5% em peso) e cementita (11,5% em peso)
formada pelo crescimento cooperativo destas fases. Apresenta
propriedades intermediárias entre a ferrita e a cementita
dependendo do tamanho e espaçamento das lamelas de
cementita.

55
DIAGRAMA Fe-C

56
PRODUÇÃO FERRO-GUSA
 Redução de óxidos de ferro a ferro  redutor à base de
carbono (carvão)

57
PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA
 Dentro do alto-forno tem-se a seguinte
sequência, como ilustra a figura ao lado.
 Introduz-se a carga, composta de minério de
ferro, coque e fundente.
 Entre 300ºC e 350ºC – dessecação - vapor
de água contido na carga é liberado.
 Entre 350ºC e 750ºC – redução - óxido de
ferro perde o oxigênio.
 Entre 750ºC e 1150ºC – carburação -ferro
se combina com o carbono formando a gusa.
 Entre 1150ºC e 1800ºC – fusão - gusa passa
para o estado líquido
 Em torno dos 1600ºC – liquefação - gusa se
separa da escória.

58
REAÇÕES EM ALTO-FORNO
 C + O2  CO2
 CO2 + C  2CO (agente redutor)
 3Fe2O3 + CO  2Fe3O4 + CO2
 Fe3O4 + CO  3FeO + CO2
Ou
 Fe2O3 + 3C  2Fe + 3CO

59
OBTENÇÃO DO AÇO

 Oxidação dos elementos constituintes do ferros-gusa,


exceto Ferro (C, Si, Mn, P, S)

60
AÇOS
 Aços são ligas Fe-C que podem conter outros elementos
 Propriedades mecânicas dependem da %C
 %C < 0.25%  baixo carbono
 0.25% < %C < 0.60%  médio carbono
 0.60% < %C < 1.4%  alto carbono
 Aços carbono
 Baixíssima concentração de outros elementos
 Aços liga
 Outros elementos em concentração apreciável

61
AÇOS BAIXO CARBONO
 Aços Extra-Doces ( < 0,15 % C ) (SAE ou ABNT 1010 e 1015)
 Apresentam elevada resiliência, mas pouca dureza e resistência
mecânica.
 Contém de 0,10 a 0,15 % de carbono.
 São empregados para a construção de pinos, tubos, rebite.

 Aços Doces (0,15 –0,30 % C) (SAE ou ABNT 1020)


 Apresentam uma média resistência mecânica (de 40 a 55
kgf/mm2) e uma resiliência suficiente. Contém de 0,15 a 0,20 % de
carbono.
 São utilizados para a fabricação de engrenagens a serem
cementadas e órgãos de máquinas mediamente solicitados.

62
AÇOS BAIXO CARBONO

Ferrita Perlita

63
AÇOS MÉDIO CARBONO
 Aços Meio Doces 0,3 – 0,40 % C – (SAE ou ABNT 1030 a
1040)
e
 Aços Semi-duros 0,40 – 0,60 % C – (SAE ou ABNT 1040 a
1060)

 Utilizados na forma de martensita (fase extremamente dura mas


frágil) temperada (tratamento térmico para aumentar tenacidade
da martensita)
 Usos em facas, martelos, talhadeiras, serras de metal...

 Tratáveis termicamente
 A presença de impurezas aumenta a resposta a tratamentos térmicos
 Se tornam mais resistentes mas menos dúcteis e tenazes
 Usos em molas, pistões, engrenagens...
64
AÇOS MÉDIO CARBONO

Ferrita Perlita

65
AÇOS ALTO CARBONO

 Aços Duros 0,60 – 0,70 % C – (SAE ou ABNT 1060 a 1070)


 Apresentam uma notável resistência mecânicas a tração (90
kgf/mm2) e uma elevada dureza Brinel (270 kgf/mm2), mas pouca
resiliência e tenacidade. São empregados para a construção de
órgãos de máquinas destinadas ao beneficiamento, tais como mola
e engrenagens

 Aços Extra Duros 0,70 – 1,20 % C – (SAE ou ABNT 1070 a


1095)
 Apresentam resistência que pode chegar a 110 kgf/mm2, porém
são muito frágeis e empregado para a construção de cilindros,
estampos, matrizes, ferramentas, punção, molas, etc.

66
AÇOS ALTO CARBONO

Somente Perlita

67
RESUMOS DIAGRAMA - AÇOS-
CARBONO

68
AÇO-LIGA OU AÇOS
LIGADOS
69
FORMA COMO SE ECONTRAM
OS ELEMENTOS DE LIGA

DISSOLVIDOS NA FORMANDO FORMANDO


MATRIZ CARBONETOS COMPOSTOS
INTERMETÁLICOS

A presença de
elementos de liga muda
as linhas do diagrama
de fase Fe-C

70
AÇO-LIGA OU AÇOS LIGADOS
ELEMENTOS DE LIGA MAIS COMUNS
 Cr
 Ni
 V
 Mo
 W
 Co
 B
 Cu
 Mn, Si, P, S (residuais)

71
EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA
 Aumentam a dureza e a resistência
 Conferem propriedades especiais como:
 Resistência à corrosão
 Estabilidade à baixas e altas temperaturas
 Controlam o tamanho de grão
 Melhoram a conformabilidade
 Melhoram as propriedades elétricas e magnéticas
 Diminuem o peso (relativo à resistência específica)

72
MANGANÊS (residual)
 Agente dessulfurante e desoxidante
 Aumenta a dureza e a resistência (%Mn>1%)
 Baixa a temperatura de transformação da martensita
 Entre 11-14% Mn alcança-se alta dureza, alta ductilidade e
excelente resistência ao desgaste (aplicações em
ferramentas resistentes ao desgaste)

73
ENXOFRE (residual)
 Agente fragilizador
 Se combinado com Mn forma MnS que pode ser
benéfico (melhora a usinabilidade)
 Está presente em altos teores em aços para usinagem
fácil

74
NÍQUEL
 Aumenta a resistência ao impacto (2-5% Ni)
 Aumenta consideravelmente a resistência à corrosão em
aços baixo carbono (12-20% Ni)
 Com 36% de Ni tem-se coeficiente de expansão térmica
próximo de zero.

Usado como sensores em aparelhos de precisão


75
CROMO
 Aumenta a resistência à corrosão e ao calor
 Aumenta a resistência ao desgaste (devido à formação de
carbetos de cromo)
 Em aços baixa liga aumenta a resistência e a dureza
 É normalmente adicionado com Ni (1:2)

76
MOLIBDÊNIO
 Em teores < 0,3% aumenta a dureza e a resistência,
especialmente sob condições dinâmica e a altas
temperaturas
 Atua como refinador de grão
 Melhora a resistência à corrosão
 Forma partículas resistentes à abrasão
 Contrabalança a tendência à fragilidade de revenido

77
VANÁDIO

 Forma carbetos que são estáveis a altas temperaturas


 Inibe o crescimento de grão (0,03-0,25%) e melhora
todas as propriedades de resistência sem afetar a
ductilidade

78
TUNGSTÊNIO

 Mantém a dureza a altas temperaturas


 Forma partículas duras e resistentes ao desgaste à
altas temperaturas

Presente em aços para ferramentas

79
SILÍCIO (residual)
 Tem efeito similar ao Níquel
 Melhora as propriedades de resistência com pouca
perda de ductilidade
 Melhora a resistência à oxidação
 Com 2% de Si é usado para a confecção de molas
 Aumenta o tamanho de grão (necessário para
aplicações magnéticas)
 Agente desoxidante

80
BORO
 É um agente endurecedor poderoso (0,001-0,003%)
 Facilita a conformação à frio
 Tem efeito 250-750 vezes ao efeito do Ni
100 vezes ao Cr
75-125 vezes ao Mo

Aços microligados

81
ALUMÍNIO
 Facilita a nitretação
 Agente desoxidante
 Controla o tamanho de grão pela formação de
óxidos ou nitretos

82
COBALTO

 Melhora a dureza à quente


 É usado em aços magnéticos

83
FÓSFORO (Residual)
 Aumenta a resistência dos aços baixo carbono
 Aumenta a resistência à corrosão
 Facilita a usinagem
 Gera fragilidade à frio (0,04-0,025% no máximo)

84
TITÂNIO

 Reduz a dureza martensítica e a endurecibilidade de


aços ao cromo
 Impede a formação da austenita em aços ao cromo

85
AÇOS Inoxidáveis
 Estrutura e Propriedades
 Impureza predominante - Cr > 11wt%
 Pode incluir Ni e Mo
 Três classes  f (microestrutura)
 martensítico  tratável termicamente, magnético
 ferrítico  não tratável termicamente, magnético
 austenítico  mais resistente à corrosão, não magnético
 Resistentes a corrosão e a temperaturas de até 1000ºC

86
NOMENCLATURA - ABNT

87
COMPARAÇÃO DE
PROPRIEDADES
Liga Tipo Lim.Resist. Ductilidade
(#AISI) (MPa) (%EL)
1010 Doce, plano 180 28
A656 HSLA (high strength low alloy) 552 21
1040 Médio C, plano 780 33
4063 Trat. Term. 2380 24
409 Inox α 448 25
304 Inox γ 586 55
410 Inox mart. 483 30
440A Inox mart. 1790 5

88
LIGAS NÃO-FERROSAS

 Porquê ?
 Apesar da diversidade de propriedades das ligas ferrosas,
facilidade de produção e baixo custo, elas ainda apresentam
limitações:
 Alta densidade, baixa condutividade elétrica, corrosão

 Diversidade
 Existem ligas de uma enorme variedade de metais.
 Nós vamos descrever algumas apenas
 Cobre, Alumínio, Magnésio, Titânio, refratários, super-ligas, metais
preciosos.

89
LIGAS NÃO-FERROSAS
 Ligas de cobre
 Cobre puro é extremamente macio, dúctil e deformável a frio.
Resistente à corrosão.
 Ligas não são tratáveis termicamente. A melhora das
propriedades mecânicas deve ser obtida por trabalho a frio ou
solução sólida.
 As ligas mais comuns são os latões, com Zn, com
propriedades que dependem da concentração de Zn, em
função das fases formadas e suas estruturas cristalinas (vide
Callister sec.12.7)
 Os bronzes incluem Sn, Al, Si e Ni. Mas fortes do que os
latões.
 Novas ligas com Be possuem um conjunto de propriedades
excepcionais (vide Callister sec.12.7).

90
LIGAS NÃO-FERROSAS

 Ligas de Alumínio
 Alumínio é pouco denso (2.7g/cm3, 1/3 da densidade de aço),
ótimo condutor de temperatura e eletricidade, resistente à
corrosão. Possue alta ductilidade em função de sua estrutura cfc. A
maior limitação é a baixa temperatura de fusão (660°C).
 A resistência mecânica pode ser aumentada através de ligas com
Cu, Mg, Si, Mn e Zn.
 Novas ligas com Mg e Ti tem aplicação na indústria automobilística,
reduzindo o consumo a partir de redução do peso.
 De 1976 a 1986 o peso médio dos automóveis caiu cerca de
16% devido à redução de 29% do uso de aços, ao aumento de
63% no uso de ligas de Al e de 33% no uso de polímeros e
compósitos.

91
LIGAS NÃO-FERROSAS
 Ligas de magnésio
 O Mg é o menos denso de todos os metais estruturais (1.7
g/cm3).
 Muito utilizado em aviação.
 Estrutura hc, com baixo módulo de Young (45 x 103MPa), baixo
ponto de fusão (651°C).

 Ligas de titânio
 O Ti é pouco denso (4.5 g/cm3), tem alto módulo de Young (107
x 103MPa) e alto ponto de fusão (1668°C).
 Ligas de titânio são muito resistentes com limites de resistência
de até 1400 MPa.
 Muito reativo, dificultando e encarecendo a produção.
92
LIGAS NÃO-FERROSAS
 Metais refratários
 Nb, Mo,W,Ta.
 Altíssimo ponto de fusão (de 2468°C a 3410°C).
 Ligações atômicas extremamente fortes, alto módulo de
Young, resistência e dureza.
 Usados em filamentos de lâmpadas, cadinhos, eletrodos de
soldagem, etc...

 Super-ligas
 Ligas de Co, Ni ou Fe com Nb, Mo,W,Ta, Cr e Ti.
 Usados em turbinas de avião. Resistem a atmosferas
oxidantes a altas temperaturas.

93
Ensaios mecânicos

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA


TESTE DE TRAÇÃO
Mede Força

Extensômetro
mede DL

95
TESTE DE TRAÇÃO

96
TESTE DE TRAÇÃO
Elongação total
Deformação uniforme
Carga, P (kN)

Carga
máxima, Pmax

Deformação
Carga, Pf
elástica

97 Elongação, ∆L (mm)
PROPRIEDADES FÍSICAS
 Ductilidade e Maleabilidade
 Capacidades de um metal ser estirado em fios ou em
folhas, respectivamente, sem sofrer rupturas
 Porcentagem de elongação

 Lf = comprimento de elongação
na fratura
 L0 = comprimento original Lo
Lf
 Importância
 Indica grau de deformação
até fratura Ao
 Indica grau de deformação
Af
permissível durante fabricação
98
Discordâncias e Mecanismos de
Aumento de Resistência

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA


Discordâncias e Mecanismos de
Aumento de Resistência

- Conceitos básicos: características das discordâncias,


sistemas de escorregamento
- Aumento da resistência por diminuição do tamanho
de grão
- Aumento da resistência por solução sólida
- Encruamento, recuperação, recristalização e
crescimento de grão

100
PROPRIEDADES DOS METAIS
DEFORMADOS PLASTICAMENTE

A capacidade de um material se deformar plasticamente está relacionado com a


habilidade das discordâncias se movimentarem

101
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
 Os materiais podem ser solicitados por tensões de
compressão, tração ou de cisalhamento.
 Como a maioria dos metais são menos resistentes ao
cisalhamento que à tração e compressão e como estes
últimos podem ser decompostos em componentes de
cisalhamento, pode-se dizer que os metais se
deformam pelo cisalhamento plástico ou pelo
escorregamento de um plano cristalino em relação ao
outro.
 O escorregamento de planos atômicos envolve o movimento
de discordâncias

102
DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA
 Em uma escala microscópica a deformação plástica é o
resultado do movimento dos átomos devido à tensão
aplicada. Durante este processo ligações são
quebradas e outras refeitas.
 Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente
envolve o escorregamento de planos atômicos, o
movimento de discordâncias e a formação de maclas
 Então, a formação e movimento das discordâncias
têm papel fundamental para o aumento da
resistência mecânica em muitos materiais.
A resistência Mecânica pode ser aumentada
restringindo-se o movimento das discordâncias

103
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
 Discordâncias em cunha movem-se
devido à aplicação de uma tensão de
cisalhamento perpendicular à linha
de discordância
 O movimento das discordâncias
pode parar na superfície do material,
no contorno de grão ou num
precipitado ou outro defeito
 A deformação plástica corresponde à
deformação permanente que resulta
principalmente do movimento de
discordâncias (em cunha ou em
hélice)

104
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS

Direção de escorregamento

Plano de escorregamento
Uma distância
interatômica
105
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
EM CUNHA E EM HÉLICE

106
DENSIDADES DE
DISCORDÂNCIAS TÍPICAS
 Materiais solidificados lentamente = 103
discordâncias/mm2
 Materiais deformados= 109 -1010 discordâncias/mm2

 Materiais deformados e tratados termicamente= 105 -106


discordâncias/mm2

107
CARACTERÍSTICAS DAS
DISCORDÂNCIAS IMPORTANTES PARA
AS PROP. MECÂNICAS
 Quando os metais são deformados
plasticamente cerca de 5% da energia é
retida internamente, o restante é
dissipado na forma de calor.
 A maior parte desta energia armazenada
está associada com as tensões associadas
às discordâncias.
 A presença de discordâncias promove
uma distorção da rede cristalina de
modo que certas regiões sofrem tensões
compressivas e outras tensões de tração.

108
INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS
 ATRAÇÃO  REPULSÃO

109
MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
EM MONOCRISTAIS

 Durante a deformação plástica o número de


discordâncias aumenta drasticamente
 As discordâncias movem-se mais facilmente
nos planos de maior densidade atômica
(chamados planos de escorregamento). Neste
caso, a energia necessária para mover uma
discordância é mínima
 Então, o número de planos nos quais pode
ocorrer o escorregamento depende da
estrutura cristalina

110
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM
MATERIAIS POLICRISTALINOS
A direção de escorregamento varia de
grão para grão
LINHAS DE ESCORREGAMENTO

111
Na maioria dos grãos há 2 sistemas de escorregamento operando
Planos e direções de deslizamento
das discordâncias
 Sistemas de deslizamento: conjunto de planos e direções de
maior densidade atômica

 CFC: {111}<110> (mínimo 12 sistemas)


 CCC: {110}<111> (mínimo 12 sistemas)
 HC: apresenta poucos sistemas de deslizamento (3
ou 6) por isso os metais que cristalizam nesta
estrutura são frágeis

PARA ALGUNS MATERIAIS COM ESTRUTURAS CCC E HC O


ESCORREGAMENTO DE ALGUNS PLANOS SÓ SE TORNAM
112 OPERATIVOS A ALTAS TEMPERATURAS
CFC: {111}<110>
(mínimo 12 sistemas de
escorregamento)
Planos: {111}= 4
Direções: 3 para cada plano

113
Maclas

 Discordâncias não é o único defeito cristalino responsável


pela deformação plástica, maclas também contribuem.
 Deformação em materiais cfc, como o cobre, é comum
ocorrer por maclação

114
Mecanismos de aumento de resistência dos
metais
1. Aumento da resistência por adição de elemento de liga
(formação de solução sólida ou precipitação de fases)
2. Aumento da resistência por redução do tamanho de grão
3. Aumento da resistência por encruamento
4. Aumento da resistência por tratamento térmico
(transformação de fase): será visto posteriormente

115
1- Aumento da resistência por adição
 deátomos
Os elemento depodem
de soluto ligacausar tanto tração (átomos
menores) como compressão (átomos maiores) na rede
cristalina
 Os átomos de soluto se alojam na rede próximo às
discordâncias de forma a minimizar a energia total do
sistema

116
1- Aumento da resistência por adição de
elemento de liga
EX: INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM
SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS

Quando um átomo de uma impureza esta presente, o


movimento da discordância fica restringido, ou seja,
deve-se fornecer energia adicional para que continue
havendo escorregamento. Por isso soluções sólidas de
metais são sempre mais resistentes que seus metais
puros constituintes
117
2- Aumento da resistência por diminuição do
tamanho de grão
ex: DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM MATERIAIS
POLICRISTALINOS
O contorno de grão interfere
no movimento das
discordâncias
 Devido as diferentes
orientações cristalinas
presentes, resultantes do
grande número de grãos, as
direções de
escorregamento das
discordâncias variam de
grão para grão

118
Aumento da resistência por
diminuição do tamanho de grão

 O contorno de grão funciona como um barreira para a


continuação do movimento das discordâncias devido as
diferentes orientações presentes e também devido às
inúmeras descontinuidades presentes no contorno de grão.

119
ESCOAMENTO E DISCORDÂNCIAS

A tensão necessária para mover a


discordância e gerar a deformação
plástica está relacionada não só com a
energia para mover e criar
discordâncias, mas também para
dissociá-las dos átomos de soluto.
120
 Qual das duas ligas com teores iguais de soluto
apresentará o maior limite de escoamento?
 Al-Cu
 Al-Si

121
Dependência da tensão de escoamento com
o tamanho de grão
EQUAÇÃO DE HALL-PETCH
σesc= σo + Ke (d)-1/2

 σo e Ke são constantes
 σo= tensão de atrito oposta ao movimento das
discordâncias
 Ke= constante relacionada com o empilhamento
das discordâncias
 d= tamanho de grão
Essa equação não é válida para grãos muito
grosseiros ou muito pequenos

122
Dependência do limite de escoamento com
o tamanho de grão

123
3- ENCRUAMENTO OU
ENDURECIMENTO PELA
DEFORMAÇÃO À FRIO
 É o fenômeno no qual um material endurece devido à
deformação plástica (realizado pelo trabalho à frio)
 Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de
discordâncias e imperfeições promovidas pela
deformação, que impedem o escorregamento dos planos
atômicos
 A medida que se aumenta o encruamento maior é a força
necessária para produzir uma maior deformação
 O encruamento pode ser removido por tratamento térmico
(recristalização)

124
GRAU DE DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA EM TERMOS DE
TRABALHO À FRIO (TF)

 %TF= Ainicial-Afinal x 100


Ainicial

125
VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO
ENCRUAMENTO
O encruamento aumenta a
resistência mecânica

O encruamento aumenta o
limite de escoamento

O encruamento diminui a
ductilidade

126
ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA
 Antes da deformação  Depois da deformação

127
RECRISTALIZAÇÃO
(Processo de Recozimento para Recristalização)

 Se os metais deformados plasticamente forem submetidos


ao um aquecimento controlado, este aquecimento fará com
que haja um rearranjo dos cristais deformados
plasticamente, diminuindo a dureza dos mesmos

128
MECANISMO QUE OCORRE NO
AQUECIMENTO DE UM MATERIAL
ESTÁGIOS: ENCRUADO

 Recuperação
 Recristalização
 Crescimento de grão

129
MECANISMO QUE OCORRE NO
AQUECIMENTO DE UM MATERIAL
ENCRUADO

Ex: Latão

130
RECUPERAÇÃO
 Há um alívio das tensões internas armazenadas
durante a deformação devido ao movimento das
discordâncias resultante da difusão atômica
 Nesta etapa há uma redução do número de
discordâncias e um rearranjo das mesmas
 Propriedades físicas como condutividade térmica e
elétrica voltam ao seu estado original
(correspondente ao material não-deformado)

131
RECRISTALIZAÇÃO
 Depois da recuperação, os grãos ainda estão
tensionados
 Na recristalização os grão se tornam novamente
equiaxiais (dimensões iguais em todas as direções)
 O número de discordâncias reduz mais ainda
 As propriedades mecânicas voltam ao seu estado
original

Forma-se um novo conjunto de grãos que são


equiaxiais
132
RECRISTALIZAÇÃO

Forma-se um novo conjunto de


grãos que são equiaxiais

Pode-se refinar o grão


de uma liga monofásica
mediante deformação
plástica e recristalização

133
CRESCIMENTO DE GRÃO

 Depois da recristalização se o material permanecer por


mais tempo em temperaturas elevadas o grão continuará à
crescer
 Em geral, quanto maior o tamanho de grão mais mole é o
material e menor é sua resistência

134
Crescimento de grão por difusão

Pode-se refinar o grão


de uma liga
monofásica mediante
deformação plástica e
recristalização

135
Dependência do tamanho de grão
com o tempo de aquecimento

136
TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO

 A temperatura de recristalização é dependente do tempo


 A temperatura de recristalização está entre 1/3 e ½ da
temperatura de fusão

137
TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO

 Chumbo - 4°C
 Estanho - 4°C
 Zinco 10°C
 Alumínio de alta pureza 80°C
 Cobre de alta pureza 120°C
 Latão 60-40 475°C
 Níquel 370°C
 Ferro 450°C
 Tungstênio 1200°C

138
DEFORMAÇÃO À QUENTE E
DEFORMAÇÃO À FRIO

 Deformação à quente: quando a deformação ou trabalho


mecânico é realizado acima da temperatura de
recristalização do material
 Deformação à frio: quando a deformação ou trabalho
mecânico é realizado abaixo da temperatura de
recristalização do material

139
DEFORMAÇÃO À QUENTE
VANTAGENS
• Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma
deformação (necessita-se então de máquinas de menor capacidade se
comparado com o trabalho a frio).
• Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a
tenacidade
• Elimina porosidades
• Deforma profundamente devido a recristalização

DESVANTAGENS:
• Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em custo
• O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos
• Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas

140
DEFORMAÇÃO À FRIO

• Aumenta a dureza e a resistência dos materiais, mas a


ductilidade diminui
• Permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias
estreitas
• Produz melhor acabamento superficial

141

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