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USUCAPIÃO1
A. INTRODUÇÃO
CC, arts. 1238-1241 e Lei de Registros Públicos, art. 167, I, 28: a sentença da usucapião tem
natureza meramente declaratória. A Súmula 237/STF vem em harmonia com esse entendimento.
A regra do 193 não se aplica à prescrição aquisitiva, devendo ser alegado em sede de contestação.
A sentença retroage ao exato momento em que são preenchidos os requisitos legais. Existe um
entendimento, para Defensoria, que retroage à data da posse, havendo a convalidação de
quaisquer atos de disposição pelo usucapiente. A teoria da aparência é um bom argumento para
terceiros. Essa posição é defendida por CHAVES/ROSENVALD e há um precedente do STJ (inf.
420, AgRg. no Agravo 1.319.516).
Obs.: Sendo o usucapiente um possuidor de má-fé, supõe-se que ele percebeu frutos antes do
preenchimento do requisito temporal, sendo que ele teria que indenizá-los. Retroagindo à data
da posse, ele não teria que indenizar a percepção de tais frutos.
Súmula 263/STF. O possuidor deve ser citado pessoalmente para a ação de usucapião. Ver
NCPC, art. 246. Isso se aplica à eventual terceiro que venha exercendo a posse sobre o bem.
Não cabe usucapião sobre bens públicos: arts. 183, § 3º, e 191, parágrafo único, da CRFB; art.
102 do CC/02. Ver E. 287/CFF:
Art. 98: O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não
exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem
pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de
serviços públicos.
Tem uma EXCEÇÃO: art. 9º, § 3º, do Estatuto da Cidade. É possível aplicar, por analogia,
esse artigo à usucapião especial rural. Isso se a sucessão da posse se opera dentro do próprio
núcleo familiar.
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Usucapião significar tomar pelo uso, ou seja, adquirir um bem pelo uso prolongado que dele se faz.
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CC, art. 1.244: as regras sobre impedimento, suspeição e interrupção da prescrição se aplicam à
usucapião. Lembrar da discussão do incapaz e do Estatuto da Cidade, após o Estatuto da Pessoa
com Deficiência.
Cabe usucapião sobre bem gravado com cláusula de inalienabilidade? Está superado o
entendimento de que não caberia. O STJ tem posição consolidada no sentido de que a cláusula
de inalienabilidade não impede a ocorrência da usucapião.
O art. 1.393 prevê a inalienabilidade do usufruto; em paralelo, o art. 1.391 prevê a usucapião
de usufruto.
TERRAS NÃO REGISTRADAS: a maioria dos publicistas afirma que as terras não registradas
são presumidamente públicas; o STJ decide de maneira oposta, afirmando que milita a presunção
em favor do particular, cabendo ao Poder Público comprovar a sua titularidade. Ver REsp.
964.223.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO
I. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
REQUISITOS:
(iii) Animus domini (art. 1.238). Quem tem posse direta não tem animus domini. Fazer
conexão com o E. 237/CJF e a lógica de interversão ou inversão da posse.
(iv) Posse prolongada. Nesta modalidade de usucapião, o prazo é de 15 (quinze) anos
(art. 1.238, caput).
Obs.: Em homenagem à teoria sociológica da posse, o parágrafo único do 1.238 traz
uma redução de 5 (cinco) anos para o possuidor que tiver estabelecido no imóvel a
sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. O
prazo nesse caso será de 10 (dez) anos.
(v) Bem hábil de usucapião.
Singularidades: (i) a existência de justo título e (ii) boa-fé (art. 1.201). Justo título seria o
título hábil em tese à aquisição da propriedade. A hipótese que sempre cai é a alienação a
non domino.
No parágrafo único, em homenagem à teoria sociológica da posse, reduz de 10 (dez) para 5
(cinco) anos, desde que os possuidores tiverem estabelecido sua moradia ou realizado
investimentos de interesse social e econômico, e desde que a aquisição tenha sido onerosa.
III. USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL ou PRO LABORE (art. 191 da CRFB, L. 6.969/81 e art. 1.239
do CC)
Singularidades: (i) prazo de 5 anos; (ii) exige-se que o usucapiente não seja proprietário de
qualquer outro imóvel urbano ou rural (durante o período aquisitivo de 5 anos); (iii) a área
usucapida não pode ser superior a 50 hectares.
Sobre o (iii):
A posse vem sendo exercida sobre área de 150 hectares. Quando chega no 5º ano, o possuidor
quer usucapir 50 hectares desses 150. Dois entendimentos:
A) Cabe, já que respeitado o limite geográfico exigido pelo ordenamento jurídico. Posição
minoritaríssima do MARCO AURÉLIO VIANNA.
B) E. 313/CJF2, no sentido de que não cabe a usucapião especial. Fundamentos: (i)
interpretação literal; (ii) interpretação teleológica, já que essas modalidades de usucapião
que estão previstas na Constituição têm como objetivo a mitigação das desigualdades
sociais, não se prestando a beneficiar grandes possuidores.
Imagine-se que o Incra fixa um módulo rural mínimo em 40 hectares em determinada área.
O sujeito vem exercendo a posse sobre uma área de 25 hectares, preenchendo os requisitos
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Arts. 1.239 e 1.240: Quando a posse ocorre sobre área superior aos limites legais, não é possível a aquisição pela via da
usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a dimensão do que se quer usucapir.
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previstos na CRFB e no CC/02, porém não atende ao módulo rural mínimo. Cabe usucapião,
segundo o STF (RE. 422.349). Ver também, no mesmo sentido, o REsp. 360.017.
Há uma segunda posição, vencida pelo julgado do Supremo, que vem no E. 312/CJF.3
Obs.: Tais discussões valem para a usucapião especial urbana, adaptando-se os exemplos.
IV. USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA (art. 183 da CRFB, art. 9º do Estatuto da Cidade, e 1.240 do
CC/02)
O limite é de 250m2. Esse limite de 250m2 vale para apartamentos? Hoje, é induvidoso
que tal limite se aplica a apartamentos (E. 85/CJF4). Ver E. 314/CJF5.
Situação interessante seria um sujeito que adquire (copropriedade) por herança (saisine) um
imóvel de quarto e sala que um de seus 7 irmãos já habita. Supostamente, não haveria a
consumação da usucapião. Mas, em interpretação teleológica, pode-se sustentar que aquela
copropriedade não viabiliza o acesso ao direito de moradia, havendo a possibilidade de
consumação da usucapio.
O proprietário ingressa com uma reivindicatória contra o usucapiente; este, com base na
Súmula 237/STF, invoca a usucapião como matéria de defesa; o juiz julga improcedente a
pretensão reivindicatória com base na usucapião arguida em matéria de defesa. O réu
usucapiente pode levar essa sentença ao registro para regularizar a sua aquisição de
propriedade por usucapião?
O art. 7º da L. 6.969/81 (usucapião especial rural) e o art. 13 do Estatuto da Cidade (usucapião
especial urbana) amparam tal pretensão. Os processualistas ressaltam que haveria violação
ao devido processo legal. Ver NCPC, arts. 246, § 3º, e 259. O registro da sentença produz
efeitos erga omnes, sendo necessário que, potencialmente, toda a coletividade integre o polo
passivo, daí a necessidade da publicação de editais. Ver E. 315/CJF:
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Art. 1.239: Observado o teto constitucional, a fixação da área máxima para fins de usucapião especial rural levará em
consideração o módulo rural e a atividade agrária regionalizada.
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Art. 1.240: Para efeitos do art. 1.240, caput, do novo Código Civil, entende-se por "área urbana" o imóvel edificado ou
não, inclusive unidades autônomas vinculadas a condomínios edilícios.
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Art. 1.240: Para os efeitos do art. 1.240, não se deve computar, para fins de limite de metragem máxima, a extensão
compreendida pela fração ideal correspondente à área comum.
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Art. 1.241: O art. 1.241 do Código Civil permite ao possuidor que figurar como réu em
ação reivindicatória ou possessória formular pedido contraposto e postular ao juiz seja
declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel, valendo a sentença
como instrumento para registro imobiliário, ressalvados eventuais interesses de
confinantes e terceiros.
TUPINAMBÁ MIGUEL DE CASTRO traz a hipótese de usucapião arguida como matéria de defesa
em ação de usucapião intentada por terceiro; nesse caso, a sentença poderia ser levada a
registro pois teriam sido observadas as especificidades da ação de usucapião. Ver E.
569/CJF6.
Dentre os requisitos está que a área seja maior que 250m2. Outra premissa é a de que haja
composse. Essa modalidade resulta necessariamente um condomínio. Como a usucapião
coletiva pressupõe a composse, na sentença o juiz fixará as frações ideais; em uma
interpretação conforme à Constituição, se sustenta que as frações ideais pertencentes a cada
um dos condôminos não poderia superar a área de 250m2.
VI.
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No caso do art. 1.242, parágrafo único, a usucapião, como matéria de defesa, prescinde do ajuizamento da ação de
usucapião, visto que, nessa hipótese, o usucapiente já é o titular do imóvel no registro.
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A usucapião é ao mesmo tempo um prêmio, para aquele que exerceu a posse por um longo
período de tempo, e uma sanção, para o proprietário que estava em desídia.
A usucapião é um dos efeitos da posse, ou seja, somente os possuidores irão usucapir. Meros
detentores não irão jamais usucapir. Dentre as várias classificações da posse, tem-se aquela que
a divide em:
Posse ad interdicta: é aquela posse que trará ao possuidor os efeitos da posse, exceto a
usucapião. Logo, esse possuidor tem direito aos frutos, direito à indenização pelas
benfeitorias, direito à proteção possessória.
Exemplos: posse de um locatário; posse de um comodatário.
Posse ad usucapionem: além desses efeitos, o sujeito poderá solicitar a declaração de
propriedade, ou seja, trata-se da posse que o sujeito exerce com a intenção de um dia ser
dono (animus domini).
Exemplo: invasão de um lote vago.
Ao se preencherem os requisitos da usucapião, o possuidor já se torna proprietário
independentemente de qualquer manifestação do Estado. Logo, a ação de usucapião (art. 1.241,
do CC) é meramente declaratória. A ação de usucapião tem por finalidade trazer para o autor
segurança jurídica e permitir a circulação de riquezas.
No CPC/15, a ação de usucapião não possui mais rito especial. O art. 246, § 3º, do CPC prevê
que na ação de usucapião de imóvel, os confinantes (vizinhos) serão citados pessoalmente, exceto
quando tiver por objeto, unidade autônoma de prédio em condomínio, caso que tal citação é
dispensada. Logo, na ação de usucapião, a citação é pessoal.
Isso porque (i) a propriedade adquirida pela usucapião é uma construção contínua que se inicia
no primeiro dia da posse; (ii) sendo declaratória, a eficácia da ação será ex tunc; e (iii) caberá ao
possuidor adquirente (usucapiendi) o pagamento de eventuais ônus que venham a recair sobre o
bem (ônus que não foram alcançados pela prescrição tributária).
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Exemplos: servidão, enfiteuse e superfície.
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EXCEÇÃO: em se tratando de usucapião pro labori (usucapião rural), o art. 8º, da L. 6.969/81
estabeleceu a imunidade tributária (tecnicamente seria uma isenção) como forma de beneficiar a
pessoa que preencheu os requisitos da usucapião.
B. REQUISITOS DA USUCAPIÃO
1. REQUISITOS PESSOAIS
É necessário que haja a figura de um POSSUIDOR que exerça sobre um bem uma posse ad
usucapionem (posse qualificada para fins de usucapião).
Esta posse é exercida com o chamado animus domini, ou seja, a pessoa tem que atuar com a
intenção de vir a se tornar proprietário daquele bem.
UNIÃO DE POSSES: é aquela possibilidade que a lei estabelece para que o atual possuidor, para
fins de contagem do prazo de usucapião, possa somar a sua posse com a do seu antecessor (art.
1.207, do CC c/c art. 1.243, do CC). Esta some pode ser obrigatória ou facultativa.
Acessio possessionis: a união de posses será em virtude de um título singular e será,
portanto, facultativa.
Exemplo: um negócio jurídico que tenha como objeto a transmissão da posse — isso pode
acontecer em regiões carentes como favelas; nesse caso, o novo possuidor poderá optar se
somará a sua nova posse com a posse do antigo possuidor.
Sucessio possessionis: a transmissão se dá a título universal e será obrigatória. Exemplo:
transmissão da posse pelo princípio da saisine.
Após o advento do Estatuto da Pessoa com Deficiência (L. 13.146/15), os bens pertencentes
a um deficiente podem sim ser usucapidos.
Em regra, não corre prazo de usucapião (nem prescrição extintiva) entre os cônjuges na
constância do casamento. Porém, o art. 1.240-A, do CC estabeleceu uma exceção quando
um dos cônjuges abandonar o lar ficando o outro na posse exclusiva sobre o bem titularizado
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por ambos. Nesta hipótese, poderá ocorrer a usucapião sobre a quota-parte daquele que
permaneceu de forma exclusiva naquele bem.
A usucapião pode ser utilizada em defesa por um possuidor no âmbito de uma reivindicatória
ou possessória. Ver Súmula 237/STF.
Porém, a usucapião não poderá ser conhecida de ofício pelo juiz já que o CPC autoriza o
reconhecimento de ofício apenas da prescrição extintiva e não da prescrição aquisitiva.
Obs.: Uma mera notificação extrajudicial não seria capaz de interromper o prazo de
usucapião.
2. REQUISITOS REAIS
Logo, os bens fora do comércio como, por exemplo, os bens públicos não poderiam ser
usucapidos (art. 183, § 3º, da CRFB; art. 191, parágrafo único, da CRFB; art. 102, do CC; Súmula
340/STF).
Obs.: Alguns autores vêm defendendo a possibilidade de usucapião de bens públicos dominicais
a partir de uma interpretação civil-constitucional baseada na função social da propriedade e no
princípio da proporcionalidade. Esta posição não é referendada pelo STF nem pelo STJ, que
entendem que a ocupação de um bem público sequer configura posse; seria uma hipótese de mera
detenção.
Para os administrativistas, terra devoluta seria aquela que não está registrada em nome de
ninguém, tendo para si, portanto, a presunção de que se estaria diante de uma terra pública.
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Ver Inf. 421/STJ.
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Para os civilistas, terra devoluta seriam sim terras públicas por já terem sido submetidas ao
procedimento discriminatório da L. 6.383/76. Para os civilistas, a terra que não está registrada
em nome de ninguém é terra adéspota (res nullios). Desta forma, de acordo com o STJ, estas
terras adéspotas não seriam devolutas, mas sim res nullios; logo, poderiam ser objeto de
usucapião9.
Obs.’’: De acordo com o STJ10, é possível a usucapião sobre bem público, ou seja, não da
propriedade pública, mas de direitos reais que sobre esta propriedade pública são exercidos.
Obs.’’’: As EMPRESAS ESTATAIS, por atuarem sobre regime de direito privado, em tese, se
sujeitam à usucapião de seus bens.
A jurisprudência do STF faz uma divisão entre estatais prestadoras de serviço público e estatais
econômicas. Os bens das estatais prestadoras de serviço público e estatais econômicas não seriam
passíveis de usucapião, desde que seus bens estejam afetados a uma destinação pública.
Obs.’’’’: CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA (art. 1.225. XI, do
CC — regulamentado pela MP. 2.220/01):
Esta nova modalidade de direito real tem como requisitos os mesmos estabelecidos para a
usucapião urbana individual (art. 1.240, do CC) com apenas uma diferença: a usucapião é sobre
imóvel particular e a concessão de uso especial para fins de moradia ocorre sobre imóvel público.
Este novo instituto tem por finalidade regularizar a ocupação de terras púbicas, trazendo aos
possuidores uma maior segurança jurídica. O possuidor que preencher os requisitos terá direito
à declaração da concessão de uso administrativa ou judicialmente. Este direito de concessão é
transferível, seja causa mortis ou inter vivos. Este direito também poderá ser concedido
coletivamente (art. 2º, da MP 2.220/01).
Se o uso do bem for comercial, ou seja, não for para fins de moradia, estar-se-á, neste caso, diante
de uma autorização urbanística de uso especial (art. 9º, da MP. 2.220/01).
(i) VOLUNTÁRIO (art. 1.711, do CC): criado pela entidade familiar voluntariamente por
escritura pública, sendo depois levado a registro.
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Ver Inf. 344, 381 e 476/STJ.
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Ver REsp. 575.572.
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Ver Inf. 260/STJ.
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No condomínio pro indiviso, há tanto uma indivisibilidade jurídica quanto fática. Nesse
caso, é possível a usucapião desde que um dos condôminos exerça posse exclusiva
excluindo-se o outro condômino.
Nesse caso, basta que o sujeito ocupe a área de atuação exclusiva do outro condômino
para que haja a usucapião.
Segundo o STJ, só será possível a usucapião de vaga de garagem quando esta tiver
matrícula e registro próprio, ou seja, quando for um imóvel autônomo. Se a vaga de
garagem for uma área comum do edifício, não será possível a usucapião.
Não será possível a usucapião porque quem ocupa área comum do edifício será
considerado mero detentor (art. 1.208, do CC). Segundo o STJ12, a ocupação prolongada
de área comum de edifício não deve ser tratada como posse, sendo mera detenção, o que
inviabiliza a usucapião de área comum.
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Ver REsp. 214.680.
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TERRAS INDÍGENAS: não é possível a usucapião de terras indígenas, pois estas são terras da
União dadas em usufruto especial aos indígenas nos termos do art. 231, da CRFB.
3. REQUISITOS FORMAIS
Animus domini Justo título (art. O sujeito deve O sujeito deve Os sujeitos O sujeito deve
1.201, parágrafo utilizar o imóvel utilizar o devem utilizar exercer posse
único, do CC) + para sua moradia ou imóvel para sua o imóvel para exclusiva sobre
boa-fé subjetiva. para o seu trabalho. moradia. Tem sua moradia. imóvel urbano
Ela é chamada que ser uma O imóvel tem de até 250m².
também de área urbana de que ser maior O sujeito tem
usucapião pro até 250m².Não que 250m². que já ser
labore. O imóvel pode ser Não pode ser proprietário em
deve ser localizado proprietário de proprietário de regime de
em uma área rural. nenhum outro nenhum outro condomínio. O
O imóvel deve ter imóvel. Não ex-cônjuge tem
até 50 hectares e pode ser que ter
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Art. 1.242, parágrafo único, do CC: para haver a redução para 5 anos, a aquisição da
propriedade deverá ser ONEROSA (não pode ser doação).
Na usucapião extraordinária, não há aquisição, mas sim invasão. Por isso que na
usucapião extraordinária não há necessidade de justo título.
Para tanto, este procedimento extrajudicial será conduzido pelo Cartório de Registro de
Imóveis, desde que o usucapiendi peticione através de advogado, quer se trate de imóvel
urbano ou rural. Não pode haver qualquer lide nesse procedimento extrajudicial.
Art. 2.029, do CC: para a usucapião extraordinária e ordinária, será aplicada a regra de
transição prevista no art. 2.029, do CC.
Até o dia 11/01/05 (dois anos da entrada em vigor do CC/2002), os prazos previstos para
a usucapião ordinária e extraordinária serão acrescidos de mais 2 anos, evitando o efeito
surpresa para o proprietário. Logo, se o possuidor completar o prazo de usucapião entre
11/01/03 e 11/01/05, ele deverá ainda se manter na posse por mais 2 anos13.
o O sujeito só pode adquirir esta propriedade pela usucapião urbana uma única vez
(art. 1.240, § 2º, do CC).
o Esta modalidade foi criada com a CRFB/88. Logo, ela só pôde ser reconhecida a
partir de outubro de 1993.
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Ver REsp. 1.088.082.
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14
Ver Enunciado 497/CJF.