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Apresentação
Olá!
Você iniciará a partir de agora uma importante vivência pelo mundo da Psicologia e
suas contribuições à Educação, de modo particular, ao desempenho das atividades docentes
de um(a) professor(a).
Muitas pessoas acreditam que para ensinar é necessário apenas conhecer o assunto ou
a matéria a ser ensinada. Ledo engano! Você já deve ter observado que nem sempre alguém
que sabe fazer algo sabe ensinar a fazê-lo. Muitos professores e professoras dominam o seu
conteúdo, mas apresentam dificuldade em ensinar de modo que seus alunos e suas alunas
compreendam. Às vezes escutamos: “A Prof.ª X sabe muito, mas não sabe passar!” Outras
vezes, ouvimos: “Tudo que o Prof. Y ensina se torna fácil, não tem nada difícil que eu não
entenda!” De certo, o domínio do conteúdo a ser trabalhado por um professor é uma das
primeiras e principais habilidades necessárias à tarefa docente, pois ninguém ensina o que
não sabe. E é preciso saber bem e continuar estudando sempre o conteúdo de sua disciplina,
mas existem outras habilidades necessárias a um(a) docente. Que habilidades seriam estas?
É preciso dentre tantos outros aspectos conhecer as teorias psicológicas que explicam como
se dá o funcionamento cognitivo durante o ato de aprender.
Em outras palavras, é de fundamental relevância para quem vai ensinar, entender
como é que se aprende, ou seja, como a mente funciona? Se soubermos como a mente
funciona na hora em que está aprendendo, que processos estão ativados no ato de conhecer,
saberemos que metodologias mais adequadas poderemos usar, de modo, a ensinar mais e
melhor.
Além disso, é importante também conhecer os fenômenos que envolvem
determinadas etapas do desenvolvimento humano, como a adolescência, pois o modo de
ensinar muda de acordo com a clientela para a qual estamos ensinando!
O curso de Licenciatura está destinado àqueles que atuarão no Ensino Fundamental e
Médio, portanto, entender as relações que permeiam o mundo dos(as) adolescentes facilitará
sobremaneira a performance deste(a) profissional.
Assim, compreender os aspectos que perpassam tanto o processo de aprendizagem
como o de desenvolvimento humano pode fornecer-lhe instrumental teórico no que concerne
à implementação de objetivos e metodologias com maior probabilidade de eficácia.
Deste modo, a disciplina Fundamentos Psicológicos da Educação vem pontuar alguns
dos saberes teóricos sobre o desenvolvimento psicológico e
da aprendizagem humana relacionados ao processo de ensino e aprendizagem. Nosso
objetivo, portanto, é que a interação que manteremos durante esta disciplina possa lhe ajudar
na construção de conhecimentos na área da Psicologia no que diz respeito à aprendizagem e
à adolescência, favorecendo a sua futura prática docente.
Para tanto, dividimos a disciplina em três unidades:
Na primeira unidade, situaremos a Psicologia como Ciência, apresentando
rapidamente sua história, conceito, problemas, objeto, métodos e objetivo de estudo, como
também suas principais áreas de aplicação. Finalizando esta unidade com o estudo da
psicologia da educação como disciplina-ponte entre psicologia e educação
Na segunda unidade, estudaremos três importantes teorias vinculadas à Psicologia da
Aprendizagem, a saber, a Concepção Genético-Cognitiva da Aprendizagem, de Jean Piaget;
a Teoria Sociocultural do Desenvolvimento e da Aprendizagem, de Lev Semenovich
Vygotsky e a Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa, de David Paul Ausubel. Três
teorias cognitivistas que explicam o processo de aprendizagem, a partir do qual podemos
inferir ou compreender melhores modos de ensino. Por fim, na terceira unidade,
trabalharemos com as principais teorias e/ou explicações que envolvem a etapa do
desenvolvimento humano conhecida como adolescência, observando como estes
conhecimentos podem facilitar a relação do professor com os/as adolescentes no sentido de
melhor viabilizar os processos de ensino e aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A que conclusões você chegou? Elas podem ser consideradas fidedignas? Por quê?
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA GERAL
A Psicologia não é uma ciência unificada, pois seus estudiosos não estão de acordo
com os objetivos, o objeto primeiro e os métodos utilizados, além do fato de diversos assuntos
serem de difícil relação. Assim, os behavioristas, por exemplo, concordam em estudar o
comportamento observável, através de métodos experimentais e aceitam o uso de animais
em seus estudos, enquanto os gestaltistas não concordam em estudar apenas os
comportamentos observáveis, porém também fazem pesquisa com animais. Para cada
corrente ou escola psicológica teremos um objeto, objetivo e métodos defendidos por seus
precursores. Por isso, a definição de psicologia ser tão ampla: “ciência que estuda o
comportamento e os processos mentais”; é uma tentativa de abranger todas as correntes.
Mas a Psicologia apenas não é unificada, ela também não é completa, primeiro porque
ciência alguma pode ser considerada completa; segundo por que existem muitos fenômenos
ainda não compreendidos e muitas perguntas ainda por serem investigadas. Não podemos
esquecer que a Psicologia como ciência (separada da Filosofia) é muito jovem, se
considerarmos sua data de nascimento em 1879, com Wundt.
Geralmente estes três profissionais são confundidos pela população leiga ou tomados
como sinônimos. Então, vejamos, o Psicólogo Clínico tem formação em Psicologia e estágio
(e/ou especializações) na área Clínica. Ele não pode medicar. O psiquiatra, por sua vez, tem
formação em Medicina, portanto pode medicar e estágio em Psiquiatra (saúde mental).
Finalmente, o psicanalista pode ser um psicólogo clínico ou psiquiatra com estudos na
Psicanálise (que inicialmente era uma das correntes da Psicologia e hoje tem status próprio
de Ciência). O psicanalista só pode medicar se for psiquiatra.
1.6 OS MOVIMENTOS DA PSICOLOGIA
PSICANALÍTICA
Objeto: Personalidade normal e anormal
Principais finalidades: conhecimentos, serviços
Métodos de pesquisa preferidos: Para os pacientes: introspecção informal para revelar
experiências conscientes (associação livre). Para os terapeutas: a análise lógica e a observação
(atenção flutuante) para descobrir material inconsciente.
População estudada: pacientes (sobretudo adultos)
HUMANISTA
Objeto: Questões a respeito da pessoa integral, da experiência humana subjetiva e de
problemas humanos significativos; o extraordinário e o individual, bem como o comum e o
universal.
Principais finalidades: Primariamente, serviços e enriquecimento da vida; secundariamente,
conhecimentos
Métodos de pesquisa preferidos: consciência intuitiva do observador é considerada importante.
São aceitáveis todos os procedimentos - os métodos objetivos, a introspecção informal, o
estudo de caso, a análise literária etc.
População estudada: Pessoas
Quadro retirado de Davidoff (1983: 24).