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Resumo
O presente artigo trata do conceito da Terceira Via, uma das estratégias do capitalismo para a
superação da crise no modelo estatal, e seus desdobramentos no contexto das políticas
educacionais brasileiras. Através de um apanhado histórico geral, busca-se entender como se
deu processo de formação do Estado Brasileiro, relacionando suas influências diretas na
função social da escola, da gestão democrática do ensino e na formação do indivíduo perante
a sociedade atual.
Abstract
This article deals with the concept of the Third Way, one of the strategies of capitalism to
overcome the crisis in the state model, and its developments in the context of Brazilian
educational policies. Through a general historical overview, it is sought to understand how the
process of formation of the Brazilian State occurred, relating its direct influences on the social
function of the school, on the democratic management of education and on the formation of
the individual before the present society.
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Este artigo constitui-se no trabalho final da disciplina Organização dos Sistemas Educacionais II, do Curso de
Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, cursada no Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense campus Campos-Centro, no 1º semestre do ano letivo de 2017.
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Licenciando em Letras pelo Instituto Federal Fluminense. E-mail:gabrigomez15@gmail.com.
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Key words: Third Way, Educational Policies, Redefiniton of the Role of the State
INTRODUÇÃO
A compreensão dos reflexos das atuais políticas educacionais, passa pela análise de
como o processo de implementação da Educação se deu no Brasil, país de dimensões
continentais e que, por conseguinte tem dificuldades nas atribuições de políticas públicas,
diante de ações que consigam subsidiar um “desenvolvimento” educacional1 no processo de
consolidação da economia nacional.
Observar esse processo é quase como observar uma contradição no que diz respeito
ao desenvolvimento perante a construção de bases sólidas, e a educação em momento algum
fica fora dessa análise. Segundo Araújo (2011), no princípio, a organização escolar era
designada objetivando aos interesses das classes privilegiadas, cabendo não ao Estado
Nacional, mas sim às províncias e, posteriormente, aos estados, a tarefa de fomento a
educação.
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Destarte, referencia-se a noção de “desenvolvimento educacional”, em um primeiro momento, a uma ideia de
democratização do ensino público, visto que mais a frente os autores retomam a noção de democratização
enfocando sua matriz de qualidade e não apenas de atendimento de massa. Pois nessa seara de ampliação das
bases nacionais é que se constroem as fronteiras da desigualdade no processo educativo que atende as classes
privilegiadas. A princípio, a organização escolar era designada objetivando os interesses seletivos, cabendo não
ao Estado Nacional, mas sim ás províncias e, posteriormente, aos estados, a tarefa de fomento a educação
(ARAÚJO, 2011).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
importante que haja diálogo entre todos os segmentos envolvidos no processo educativo. A
construção de medidas que fortaleçam o sistema como um todo, solidificando a oferta ao
ensino, permanência e êxito escolar são essenciais, assim como a atuação presente no Estado
no que diz respeito a práticas que, em tese, devem ser garantidas por ele.
As proposições neoliberais e as influências da Terceira Via consentem diretamente
com a proposição capitalista de reforma do Estado, em oposição a ideia de que a real crise
encontra-se justamente no capitalismo. O desejo de participação mais democrática da
sociedade, de superação dos cenários de desigualdade e da Educação como catalisadora de
transformações sociais, suscitam um debate mais amplo sobre como se configuram os
interesses políticos no país. Portanto, a identificação de um Estado que se exime das políticas
sociais deve ser observada de perto pela sociedade civil, a fim de se construir esteios em
busca de uma participação de fato mais democrática nas políticas públicas e em consequência,
nos rumos da educação brasileira.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Gilda Cardoso de. Estado, política educacional e direito à educação no Brasil:
"o problema maior é o de estudar". Educ. rev. 2011, n.39, pp.279-292. Disponível em <
http://www.scielo.br/pdf/er/n39/n39a18.pdf>. Acesso em 16 ago. 2017.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação
Escolar: políticas, estrutura e organização. 10° Ed., São Paulo: Cortez, 2012.
<http://cristinasiqueira.pbworks.com/f/pol%25EDticas_publicas_e%2520gestao_da_educacao
_veraperoni.pdf> Acesso em 16 ago.2017.