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O cérebro e o sistema nervoso

Introdução
O que é o cérebro? Por que precisamos de um sistema nervoso?
Seu cérebro é o órgão mais importante de seu corpo. Ele controla tudo o que você faz, seus movimentos, seus
pensamentos e sua memória. Muitas vezes ele não age diretamente, mas pode controlar pequenas quantidades de
substâncias químicas do sangue, que, por sua vez, têm um forte efeito sobre outra parte do corpo.
Embora pareça muito simples, o cérebro é imensamente complicado. E uma massa de tecido esbranquiçado, bastante
mole ao tato, que ocupa cerca de metade do volume da cabeça. Fica posicionado no alto da cabeça, acima dos olhos
e dos ouvidos, estendendo para trás e para a parte inferior da cabeça.
Quase tão importante quanto o cérebro é o restante do sistema nervoso. A medula espinhal estende-se do cérebro
para baixo, ao longo da coluna, O cérebro e a medula espinhal formam o sistema nervoso central. Ao longo do
comprimento da medula espinhal saem nervos semelhantes a fios que se dividem e se ligam com quase todas as
partes do corpo. Os nervos transportam mensagens dos órgãos dos sentidos para o cérebro, e também instruções do
cérebro para outras partes do corpo.
O cérebro funciona como uma rede telefônica complicada mas muito compacta, com um complexo fluxo de
mensagens que chegam, são selecionadas e depois dirigidas a seu destino apropriado.
As membranas protetoras do cérebro
Por ser um órgão tão importante, o cérebro precisa de boa proteção contra acidentes.
Ficando em pé, o ser humano mantém o cérebro e a cabeça afastados de choques e batidas. Mesmo assim, é
necessária uma proteção muito confiável. Por isso o cérebro fica alojado no crânio, uma dura caixa óssea.
Embora de paredes finas, o crânio é muito resistente devido a sua forma arredondada. Uma das formas mais fortes
que se conhece é uma bola rígida. Um ovo, por exemplo, é extremamente resistente, considerando-se como é fina
sua casca. Assim, o mole e delicado cérebro é protegido contra danos externos diretos pelo resistente crânio.
Entretanto, mesmo sendo o crânio rígido e forte, um abalo violento poderia balançar o cérebro e causar-lhe danos. E
preciso, então, maior proteção, que é dada por três membranas, denominadas meninges, que recobrem
completamente o cérebro. A membrana mais externa é chamada de dura-máter, que fornece uma boa proteção e
apoio devidos a sua constituição forte e coriácea.
Junto ao cérebro há uma outra membrana, denominada pia-máter, muito mais fina, que acompanha cada depressão e
cada elevação da superfície do cérebro. Entre essas duas membranas há uma terceira, de constituição esponjosa, a
aracnóide. Os espaços desta membrana são preenchidos por um liquido no qual flutua todo o cérebro, fornecendo a
camada protetora final.
Há ainda grandes espaços dentro do cérebro, que também são preenchidos com o mesmo liquido da aracnóide, de
modo que o delicado tecido do cérebro não se deforma quando movemos nossa cabeça.
A medula espinhal
A medula espinhal é uma extensão do cérebro, estendendo-se da base do crânio até logo abaixo das costelas.
E uma haste de tecido cerebral, com um pequeno canal passando através de todo seu comprimento. Toda a medula é
coberta por membranas, tal como o cérebro, e é também banhada por dentro e por fora com o mesmo liquido
protetor do cérebro.
Como o cérebro, a medula espinhal precisa de proteção. Enquanto o cérebro está seguramente encerrado em um
crânio rígido, a medula espinhal está cercada por um conjunto de ossos chamados vértebras. Estes formam a coluna
vertebral, que é capaz de flexionar-se quando nos dobramos ou movemos. Ao mesmo tempo, a coluna vertebral tem
que ser forte o suficiente para suportar o peso do corpo e dar proteção segura à coluna espinhal.
Poderia parecer que flexibilidade, força e proteção de seu frágil conteúdo não poderiam ser obtidos pela coluna
vertebral, mas sua construção engenhosa toma tudo isso possível.
A coluna vertebral é constituída por mais de duas dúzias de vértebras em forma de anel. A medula espinhal passa
através do buraco existente no centro de cada uma das vértebras, e é completamente protegida pelos arcos ósseos.
As protuberâncias ósseas das vértebras articulam-se de maneira que cada vértebra pode mover-se apenas um pouco,
para não apertar ou machucar a medula espinhal.
Entre cada par de vértebras há pequenas aberturas através das quais os nervos podem passar, ramificando-se a partir
da própria medula espinhal. A complicada estrutura da coluna é mantida unida por flexíveis cordões de ligamento e
por músculos poderosos.
A estrutura do encéfalo
O encéfalo se parece com uma noz grande, de cor rosa clara. Sua superfície é profundamente enrugada e cheia de
dobras, e sua parte superior está quase dividida em duas partes por um sulco muito profundo.
Essa superfície enrugada ocupa a maior parte do encéfalo e é chamada de cérebro. Na maioria dos animais o cérebro
é bem pequeno, mas no homem ele cresceu tanto que cobre todo o resto do encéfalo.
O cérebro, junto com outras partes do encéfalo, cresce do tronco cerebral, que é uma expansão no topo da medula
espinhal.
Um pouco mais abaixo do tronco cerebral está o cerebelo, com apenas 1/8 do tamanho do cérebro, mas bastante
semelhante em sua aparência exterior. E até mesmo mais enrugado, e está colocado diretamente na parte de trás da
cabeça.
O tálamo e o hipotálamo, outras partes menores do encéfalo, também crescem do tronco cerebral, sendo
completamente cobertos pela massa do cérebro.
Uma série de grandes espaços, ou ventrículos, atravessam toda a estrutura do cérebro, e são preenchidos com
liquido.
O tronco cerebral
O tronco cerebral é algumas vezes chamado de a parte mais velha do cérebro, porque é a principal parte do cérebro
na maioria dos animais primitivos. Controla a maior parte das funções importantes do corpo, e é o sistema de
sustentação da vida. Se o tronco cerebral não for prejudicado, é realmente possível o corpo permanecer vivo por
algum tempo, mesmo depois que o resto do cérebro tenha sido destruído.
O tronco cerebral atua junto com a medula espinhal para controlar as funções vitais, como o batimento regular do
coração, a pressão sanguínea e a respiração.
Mas a função mais importante do tronco cerebral é controlar a consciência, desligando as atividades do cérebro
quando dormimos e ligando quando acordamos. Mesmo quando dormimos o tronco cerebral controla e confere
nossas atividades vitais, mantendo o corpo funcionando.
O tronco cerebral trabalha como um computador, continuamente conferindo e controlando as informações que
entram no cérebro através do sistema nervoso; em seguida ele age em cima dessa informação liberando as
mensagens para que o sistema nervoso controle o corpo inteiro. Não tomamos consciência de todas essas atividades;
podemos apenas notar seus efeitos, O tronco cerebral controla funções, como a respiração, automaticamente.
O cérebro
O cérebro é, provavelmente, a parte mais nova do encéfalo, ou pelo menos a que se desenvolveu mais recentemente
no curso da evolução animal. No homem ele é tão grande que cobre quase totalidade do encéfalo, e constitui cerca
de 70°7o de seu volume total.
O cérebro é constituído por dois grandes hemisférios de tecido cerebral, chamados hemisférios cerebrais, ligados por
uma ponte chamada corpo caloso, situado na parte inferior de uma profunda fissura.
Há duas colunas bastante diferentes nos hemisférios que constituem o cérebro. Na parte externa há uma camada fina
chamada córtex, ou massa cinzenta, que cobre completamente o cérebro. O resto do cérebro é formado pela massa
branca - tecido macio que compõe a maior parte do cérebro.
Minúsculas células nervosas estão amontoadas muito juntas na fina camada do córtex ou massa cinzenta. As fibras
nervosas que carregam as mensagens para dentro do cérebro são encontradas na massa branca. O enrugamento da
superfície do cérebro indica que há maior área de córtex e, portanto, mais células cerebrais podem ser empilhadas.
O cérebro é responsável por nossa inteligência e pela maioria de nossas habilidades. Aqui as informações recebidas
dos órgãos sensoriais são analisadas e processadas. E esta atividade que torna o cérebro humano muito mais
eficiente do que o de qualquer animal.
O cerebelo
O cerebelo fica na parte posterior do encéfalo, atrás do cérebro, e constitui cerca de 10% do volume do encéfalo.
Como o cérebro, o cerebelo tem uma camada externa de massa cinzenta e seu interior é constituído de massa branca.
A estrutura interna do cerebelo é diferente do restante do encéfalo. As minúsculas células de seu córtex estão
arranjadas com uma precisão quase matemática. As células estão arrumadas em uma ordem tão regular que os
cientistas têm sido capazes de acompanhar suas conexões, que se assemelham a um enorme diagrama de instalação
elétrica.
O cerebelo trabalha de uma única maneira. O resto do cérebro produz sinais que provocam reações nas outras partes
do sistema nervoso. A função do cerebelo é reduzir ou interromper alguns desses sinais, controlando assim a
coordenação e o equilíbrio.
Os sinais processados pelo cerebelo são instruções para movimentos musculares, vindos do cérebro. Os sinais são
muito fortes e, se não forem bem ajustados no cerebelo, não seremos capazes de fazer alguns movimentos precisos
ou delicados. Seríamos, por exemplo, incapazes de pegar um copo de água sem derramar, ou caminhar sem
cambalear.
Os neurônios
As minúsculas células nervosas que compõem o cérebro e o resto do sistema nervoso são chamadas neurônios. Há
12 bilhões de neurônios só no cérebro e muitos milhões mais nos nervos. Mas mesmo esse enorme número constitui
apenas uma pequena parte do cérebro. Amontoadas bem apertadas ao redor e entre os neurônios há um outro tipo de
célula, as chamadas células gilais. A finalidade das células gliais é prover sustentação para os neurônios.
Os neurônios carregam as mensagens por meio de um longo prolongamento chamado axônio. Os axônios crescem
do corpo celular dos neurônios, onde têm lugar as outras funções da célula. Prolongamentos de outro tipo, chamados
dendritos, também saem do corpo celular dos neurônios. O axônio é o mais longo de todos - algumas vezes tem 90
centímetros ou mais de comprimento, embora o corpo da célula seja tão pequeno que só possa ser visto através de
microscópios poderosos. Os sinais são transmitidos de uma célula para outra ao longo dos axônios, e destes para os
dendritos da célula seguinte, aos quais se ligam através de uma junção chamada de sinapse.
Os neurônios podem transmitir apenas a mais simples das informações - "liga" ou "desliga". Toda a nossa atividade
mental está baseada nesse simples sinal de "liga-desliga"; mas, quando há o envolvimento de neurônios suficientes,
informações muito complicadas podem ser manejadas em um código parecido com as linguagens usadas em
computadores.
Como as mensagens passam pelos neurônios
Um sinal carregado por um neurônio pode parecer com uma corrente elétrica sendo carregada através de um fio, mas
na realidade é bem diferente. Uma minúscula carga elétrica é produzida, mas o movimento do sinal ao longo de um
axônio é mais semelhante à queima de um estopim de pólvora.
O sinal move-se com uma velocidade entre 1,5 metro e 90 metros por segundo.
O axônio é um tubo fino cheio de substâncias químicas dissolvidas em água. Muitos têm a parte exterior coberta
com uma camada de material gorduroso, como um isolamento elétrico.
A passagem de um sinal ao longo do axônio envolve o movimento de íons, ou minúsculas partículas eletricamente
carregadas de dois elementos metálicos: sódio e potássio. Normalmente há mais potássio do lado de dentro de um
axônio e mais sódio do lado de fora.
Quando passa um sinal, a membrana que cobre o axônio se altera, permitindo aos íons escoarem através dela,
causando uma mudança súbita nas propriedades elétricas nesse ponto. Essas mudanças oscilam ao longo do axônio
como uma onda.
do o sinal alcança a sinapse, ele deve cruzar um pequeno intervalo para alcançar o próximo neurônio. Minúsculas
bolhas nas ramificações da extremidade dos axônios contêm substâncias químicas, chamadas transmissores. Estas
são liberadas quando atingidas pelos sinais e então atravessam o intervalo da sinapse. Quando contatam os dendritos
da célula seguinte, dão início ao movimento do sódio- e do potássio, transmitindo o sinal.
Agora o primeiro neurônio volta ao estado de descanso normal, esperando por outro sinal. Os transmissores
químicos que carregam um
sinal através do intervalo da sinapse podem ser de dois tipos diferentes.
Alguns são chamados de substâncias químicas excitadoras. Estas são as substâncias que passam a mensagem para o
próximo neurônio, que em seguida, começa as mudanças elétricas que darão origem a sinais a serem produzidos e
passados ao longo do axônio.
Os outros transmissores são chamados de substâncias químicas inibidoras. Sua função é evitar que um sinal seja
produzido em outro neurônio.
Milhares de neurônios estão em contato com os outros através de sinapse, e muitos estarão produzindo sinais
excitadores ou inibidores, O neurônio não produzirá nenhum sinal a menos que receba mais mensagens excitadoras
("liga") do que inibidoras ("desliga").
Um sinal de um ou dois neurônios não é suficiente para acionar um outro - ele deve receber vários sinais de uma
vez. Isto significa que quaisquer sinais ocasionais de milhares de neurônios ao redor não causarão uma mensagem
falsa a ser passada. E quase como o princípio da votação, onde o neurônio precisa dos "votos" de uma série de
outros neurônios antes de ser capaz de emitir um sinal.
Medindo as ondas cerebrais
Nossos neurônios estão continuamente passando seus sinais elétricos por todo o cérebro. Essas centelhas espalham-
se através da superfície do cérebro como as ondas formadas por urna pedra jogada na água. Se esses sinais elétricos
fossem faíscas todo o cérebro cintilaria sem parar, mesmo durante o sono.
Embora muito fracos, os sinais elétricos do cérebro podem ser medidos, mesmo através do crânio e da pele, com o
auxílio de um aparelho especial. Para isso colocam-se fios na pele que captam os sinais e os transmitem para o
aparelho. Ele, então, registra as correntes elétricas geradas no cérebro em forma de gráfico em uma fita de papel.
Esse gráfico é chamado de eletroencefalograma - EEG.
Um EEG mostra que os sinais elétricos não são continuamente produzidos pelo cérebro, mas surgem em erupções
curtas e regulares. Isso produz um padrão no EEG como uma série de ondas, chamadas "ondas cerebrais".
As ondas cerebrais mostram que o cérebro está sempre em atividade, mesmo quando estamos dormindo. O cérebro
adormecido produz ondas grandes e vagarosas. Quando estamos acordados, mas relaxados, as ondas cerebrais são
muito rápidas e menores. Atividades ou pensamentos profundos produzem ondas agudas e denteadas.
Durante as operações cerebrais é possível medir a eletricidade cerebral muito mais precisamente. Os médicos
aprenderam a função exata de algumas partes do cérebro medindo a eletricidade produzida em sua superfície
quando, por exemplo, um dedo é picado ou uma perna é movida. As medições têm sido usadas para produzir
"mapas" do córtex. As ondas cerebrais mostram que o cérebro está sempre em atividade, mesmo quando estamos
dormindo. O cérebro adormecido produz ondas grandes e vagarosas. Quando estamos acordados, mas relaxados, as
ondas cerebrais são muito rápidas e menores. Atividades ou pensamentos profundos produzem ondas agudas e
denteadas.
Durante as operações cerebrais é possível medir a eletricidade cerebral muito mais precisamente. Os médicos
aprenderam a função exata de algumas partes do cérebro medindo a eletricidade produzida em sua superfície
quando, por exemplo, um dedo é picado ou uma perna é movida. As medições têm sido usadas para produzir
"mapas" do córtex.
Rotas através do sistema nervoso
A atividade elétrica dos neurônios não tem lugar apenas no cérebro. Os nervos espalham-se pelo corpo todo desde o
alto da cabeça até a ponta dos dedos dos pés. São feixes de axônios, ou fibras nervosas, dividindo-se e tomando-se
mais finos quanto mais afastados estão do cérebro ou da medula espinhal.
Os corpos das células dos neurônios estão agrupados na massa cinzenta, na superfície do cérebro, na massa cinzenta
similar, na parte interna da medula espinhal, e em pequenos nódulos chamados gânglios, perto da coluna vertebral.
As mensagens dos órgãos dos sentidos, situados nos olhos, nariz, ouvidos e boca, dos órgãos do tato, espalhados por
toda a superfície do corpo, e até mesmo em alguns órgãos internos, chegam ao cérebro através do sistema nervoso.
Os neurônios que carregam essas mensagens para o cérebro são chamados neurônios sensoriais. Outros sinais
passam do cérebro e da medula espinhal de volta para todo o corpo, sendo carregados pelos chamados neurônios
motores.
Os sinais passam ao longo de todo o sistema muito rapidamente, mas não tão depressa quanto em um circuito
elétrico normal. Leva um certo tempo para os sinais serem carregados através da sinapse pelas substâncias químicas
transmissoras. Por esta razão os axônios dos nervos são imensamente compridos de maneira que a mensagem possa
ser levada tão rápido quanto possível, sem ser retardada por sinapses desnecessárias.
A rede neurônica
É difícil perceber como podem ser complicadas as conexões das células nervosas. Os terminais das ramificações de
um axônio não apenas tocam a célula mais próxima mas podem também estar em contato com outras 50.000 células
ou mais. Sabemos que as mensagens passam de um neurônio para o seguinte na rede de células e que sinais
repetidos geralmente passam pelo mesmo caminho. Se queremos dizer a palavra "cérebro", as instruções para a fala
vêm do cérebro e passam ao longo de uma série de caminhos especiais. Se queremos dizer "cérebro" em voz mais
baixa ou mais alta os músculos da caixa da voz (laringe) devem ser instruídos para se moverem de maneiras
diferentes; então, as mensagens devem passar por caminhos diferentes.
O cérebro pode selecionar diferentes conjuntos de caminhos para obter resultados semelhantes. Por causa dessa
habilidade, as pessoas podem, muitas vezes, sobrepujar danos cerebrais, aprendendo a usar partes diferentes do
cérebro para duplicar as funções das partes prejudicadas.
Isso é importante para nós, porque, ao contrário de outras células do corpo, as células do cérebro não podem crescer
ou regenerar-se depois do nosso nascimento. Células cerebrais estão morrendo a cada minuto, mas temos as
remanescentes tomando o seu lugar e geralmente não notamos qualquer efeito prejudicial.
Os reflexos
O controle cerebral é essencial para muitas de nossas funções, mas em algumas situações é necessário que o corpo
reaja muito rapidamente, na verdade, sem esperar instruções. Essas reações de emergência são chamadas reflexos.
Afastar o dedo de uma picada de alfinete é uma reação muito comum para evitar ferimentos. Isso acontece
rapidamente, antes mesmo que possamos perceber o que houve. É um reflexo.
Mini órgãos sensoriais da pele chamados receptores, registram a picada do alfinete e imediatamente passam os sinais
para os nervos que correm pelo braço em direção à medula espinhal. Os sinais são então transmitidos para outras
fibras nervosas (neurônios) que os carregam para a massa cinzenta dentro da medula espinhal.
Na medula, os sinais saem em duas direções. Alguns contatam fibras nervosas que os conduzem diretamente de
volta aos músculos do braço. Eles fazem os músculos do braço reagirem violentamente, afastando a mão para longe
da picada do alfinete. Enquanto isso, os outros sinais originais ainda estão sendo levados ao cérebro, através da
medula espinhal.
Uma fração de segundo mais tarde percebemos que fomos picados. E dói. O cérebro instrui agora a cabeça e os
olhos para se moverem e observarem o ferimento.
Algumas vezes temos que levar uma picada quando recebemos uma vacina, por exemplo. Contudo, sabemos disso
com antecedência, e, embora a picada da agulha acione um reflexo, o cérebro manda uma mensagem inibidora pela
medula espinhal. Então o reflexo é contido antes de ser completado e o braço, portanto, não se afasta da picada.
O sistema nervoso autônomo
Algumas das atividades do sistema nervoso, como o pensamento e o controle dos movimentos, são muito óbvias
para nós. Mas o sistema nervoso também está trabalhando, sem que o percebamos, no controle dos órgãos internos.
Esta é a responsabilidade de uma parte especial do sistema nervoso chamada sistema nervoso autônomo, que regula
a circulação sanguínea, a digestão, a respiração, os órgãos reprodutores e a eliminação dos resíduos do organismo.
Também controla glândulas importantes que têm efeitos poderosos sobre o corpo. O sistema nervoso autônomo
trabalha independentemente da maior parte do cérebro e suas células estão agrupadas em gânglios próximos da
coluna vertebral. Ele opera inteiramente por reflexos e, embora o tronco cerebral também esteja envolvido em suas
atividades, não temos consciência disso.
Esse sistema está dividido em duas partes, os Sistemas nervosos simpáticos e parassimpático, que trabalham um em
oposição ao outro. Um dos sistemas estimulam um órgão, uma glândula, por exemplo, fazendo-a trabalhar bastante,
O outro sistema faz cessar esse trabalho. Primeiro um começa; depois o outro, e o resultado é que o órgão é mantido
trabalhando no nível correto.
O trabalho do sistema nervoso simpático pode ser observado quando estamos bravos ou assustados; sua ação faz o
coração bater mais rápido e a respiração tornar-se mais profunda. As pupilas dos olhos dilatam-se e nos tornamos
pálidos à medida que o sangue é drenado da pele para alimentar os músculos de que podemos precisar para uma
reação qualquer. Isso tudo acontece porque o sistema simpático foi, acionado, fazendo o corpo ficar pronto para uma
emergência.
As funções do córtex
Os músculos dos nossos órgãos internos trabalham automaticamente, mas a maioria dos nossos músculos trabalham
apenas quando queremos movê-los. Estes são os músculos voluntários.
Os movimentos voluntários, como caminhar, mover os braços ou usar os dedos, são diretamente controlados pelo
cérebro. Uma estreita faixa de córtex que atravessa o topo de nosso cérebro, chamado de córtex motor, está em
ligação direta com os nossos movimentos.
O córtex motor recolhe informações de outras partes do cérebro, incluindo os sinais dos órgãos dos sentidos.
Quando a decisão de mover um músculo ou uma série de músculos é tomada, o córtex transmite suas instruções para
a parte apropriada do corpo.
Partes diferentes do córtex motor têm funções especiais, cada uma controlando os movimentos de certas partes do
corpo. Partes importantes e complexas, tais como mãos e lábios, requerem um controle muito cuidadoso e os muitos
neurônios necessários para esse trabalho ocupam grandes áreas do córtex. Partes menos complicadas precisam de
menos controle e, portanto, há áreas menores de córtex destinadas a elas.
Da mesma maneira que o movimento é controlado pelo córtex motor, partes especiais do córtex sensorial são
responsáveis pelo tato. Outras partes cuidam da visão, da audição e de todos os outros sentidos.
Onde ocorre o pensamento
O movimento e os sentidos ocupam apenas duas estreitas faixas transversais do córtex cerebral.
O resto do córtex não tem funções tão facilmente reconhecíveis. Contém as áreas de associação, e é onde,
provavelmente, ocorre o pensamento. Por "pensamento", queremos dizer o exame e a interpretação do enorme
número de sinais que chegam ao cérebro, e a decisão de qualquer ação a ser efetuada - ou, às vezes, a decisão de não
agir.
Algumas funções, entre elas a fala, estão espalhadas pelo córtex em pequenas áreas. A fala é também controlada por
várias áreas diferentes do cérebro, além de uma parte do córtex.
A maneira pela qual as áreas de associação trabalham ainda não é bem compreendida. Algumas vezes grandes partes
do cérebro podem ser afetadas, por doença ou por acidente, sem provocar muitos problemas; por outro lado, danos
em pequenas partes podem originar graves distúrbios. Na realidade, a maneira pela qual o cérebro funciona é muito
mais complicada do que parece à primeira vista.
Partes muito grandes do cérebro parecem não ter nenhuma finalidade aparente, mas, como os neurônios estão de tal
maneira interligados, acredita-se que todas as partes do cérebro têm alguma função. Talvez parte dessa "reserva"
cerebral comece a ser usada para substituir os neurônios que vão morrendo à medida que envelhecemos.
O cérebro "lógico"
O cérebro esta quase que dividido em duas seções (hemisférios) por um sulco profundo. Em algumas operações
sérias do cérebro é realmente necessário dividi-lo completamente. A medida que essas operações foram sendo feitas,
os cirurgiões descobriram que cada uma das metades podia funcionar sozinha, como um "cérebro" separado, embora
as metades esquerda e direita do cérebro funcionem de maneira bem diferente.
Cada lado do cérebro controla o lado oposto do corpo, com as fibras nervosas cruzando-se no corpo caloso, no fundo
do sulco que separa os dois hemisférios.
Normalmente os dois lados do cérebro devem trabalhar juntos e eles se comunicam entre si através do corpo caloso.
Quando este é cortado, e os dois hemisférios são mantidos separados, podem ser observadas as diferenças entre eles.
Na maioria das pessoas, o lado esquerdo do cérebro é responsável pelo pensamento "lógico". Este é o raciocínio
exato, detalhado e minucioso que precisamos, por exemplo, para a matemática. Também usamos o lado esquerdo do
cérebro para controlar nossa fala, um processo infinitamente complicado que nenhuma máquina é capaz de dominar.
Pequenas partes separadas do hemisfério esquerdo cuidam das ações necessárias para a escrita, para o som que
produzimos quando falamos e para dar nome às coisas que podemos ver.
Algumas vezes uma pessoa de idade sofre um derrame que afeta essa parte do cérebro e então não é mais capaz de
falar adequadamente.
A parte esquerda do cérebro funciona dessa maneira na maioria das pessoas, mas nos canhotos o lado direito do
cérebro pode ser a metade "lógica". Em algumas pessoas canhotas, a fala pode ser controlada por ambos os lados.
O cérebro "artístico"
O lado direito do cérebro é a parte "artística", relacionando-se com o entendimento e a interpretação do mundo que
nos cerca - mas, geralmente, não com a fala.
O lado direito do cérebro examina as situações e problemas em geral e dá uma resposta ou solução imediata, bem
diferente da maneira como funciona o lado esquerdo, seguindo uma série de passos cuidadosos e deliberados.
O cérebro "artístico" está ligado à observação do ambiente que nos rodeia. Ele pode, por exemplo, identificar um
rosto familiar em uma multidão; mas é o lado esquerdo que vai buscar o nome da pessoa em nossa memória.
As habilidades musicais também dependem do lado direito do cérebro, da mesma maneira que as habilidades
visuais, como a pintura.
Embora cada metade do cérebro possa operar sozinha, ambas devem trabalhar juntas para funcionarmos
normalmente. Para a maioria das atividades, usamos os dois lados simultaneamente, e eles trabalham de maneira
muito bem coordenada. Imagine que você está escrevendo a descrição de uma gravura: primeiro você olha a
gravura, e o lado direito de seu cérebro torna-se ativo (um cientista poderia provar isso usando um EEG); em
seguida você começa a escrever, e o lado esquerdo do cérebro é ativado. Quando você olha para um diagrama
complicado, são necessárias ambas as partes - a "lógica" e a "artística" - do cérebro.
A aprendizagem e a memória
Aprender significa realizar uma mini mudança na estrutura do cérebro. Os sinais encontram o seu caminho através
da rede de neurônios no cérebro, e sinais repetidos tendem a tomar sempre o mesmo caminho, passando de um
neurônio para outro através das sinapses.
Se vamos começar uma nova atividade, como aprender a tocar violão, os sinais devem ser transmitidos através de
caminhos já existentes a fim de dar instruções apropriadas para que os dedos pressionem as cordas de uma
determinada maneira. Como no início temos poucos caminhos para escolher, os movimentos dos nossos dedos são
bastante desajeitados.
Com mais exercícios a mesma mensagem é passada mais e mais freqüentemente, e então os caminhos começam a
mudar. Mais sinapses se desenvolvem para levar as instruções para os músculos dos dedos. Quando esses novos
caminhos evoluem, nós achamos mais fácil mover os dedos exatamente como se deseja, e, finalmente, podemos
tocar bem, sem mesmo olhar o que estamos fazendo. Uma seção inteira do cérebro é "religada" para agir como um
computador que toca mi
O cérebro de um bebê tem menos conexões entre seus neurônios do que o de um adulto. Essas conexões aumentam
muito rapidamente à medida que o bebê aprende sobre o mundo ao seu redor. Por isso é muito importante falar com
os bebês e dar-lhes grande quantidade de brinquedos para captar seu interesse enquanto seu cérebro se desenvolve
mais completamente.
A aprendizagem e a memória são semelhantes e ambas, provavelmente, dependem de alterações no cérebro. A
memória ainda não é bem compreendida, mas também ela pode depender de mudanças nos caminhos que os sinais
produzidos pelos neurônios realizam no cérebro.
Alguns cientistas acreditam que substâncias químicas especiais possam estar envolvidas no armazenamento de
informações na memória. A memória não está localizada em nenhuma parte especial do cérebro, mas fica
armazenada em grandes partes de sua superfície. Há vários tipos diferentes de memória. Uma é muito curta e
consiste em uma rápida análise de todo o material recebido dos órgãos sensoriais. Quase tudo é rapidamente
esquecido. As vezes surge alguma coisa que nos interessa e então pensamos nela por um instante. Isso também
desaparecerá em poucos segundos, a menos que nós a repitamos várias vezes para nós mesmos ou a decoremos. Isso
parece fazer a informação "grudar" na mente. E o que temos que fazer para decorar um número de telefone. Depois
de repetirmos o número várias vezes ou o usarmos com freqüência, ele se tornará permanente em nossa memória.
Quando alguma coisa é gravada em nossa memória, permanece para sempre. Nós algumas vezes "esquecemos"
alguma coisa, mas o que acontece realmente é que esquecemos como achá-la no enorme sistema de armazenagem
do cérebro. Provavelmente o caminho usual não é o mais efetivo, porque não tem sido usado o suficiente. A
informação que procuramos permanece arquivada até que possamos alcançá-la por outro caminho através do
cérebro. Essa informação só estará realmente perdida se, em idade avançada, morrer um número de células do
cérebro suficiente para que a área de armazenamento não funcione mais.
Glossário
Axônio: um fio longo que se estende do corpo de uma neurônio, ao longo do qual os sinais são carregados.
Células gilais: células especiais que estão amontoadas ao redor e entre os neurônios. Elas ajudam a sustentar os
delicado tecido nervoso.
Cerebelo: uma área pequena e profundamente vincada na parte posterior do cérebro, relacionada com o controle da
coordenação dos movimentos e do equilíbrio.
Cérebro: uma grande área abobadada que constitui a maior parte do encéfalo. O raciocínio, a memória e os sentidos
são controlados pelo cérebro.
Corpo caloso: uma pequena tira de tecido que liga os dois hemisfério do cérebro. Os sinais passam do lado direito
para o lado esquerdo do cérebro através do corpo caloso.
Córtex: camada exterior do cérebro, formada de massa cinzenta.
Córtex motor: parte da superfície do cérebro na qual as instruções para o movimento muscular são processadas.
Córtex sensorial: parte da superfície do cérebro na qual a informação vinda dos órgãos dos sentidos é processada e
convertida nas "sensações" que sentimos.
Dendritos: finas ramificações de um neurônio que estão em contato com o axônio de outro neurônio na sinapse.
EEG: eletroencefalograma; a medida das atividades elétricas do cérebro, registradas em forma de gráfico em uma
estreita tira de papel.
Gânglios: pequenos grupos de neurônios, onde os sinais nervosos são processados.
Hemisfério: as duas estruturas com formato de cúpula que compõem o cérebro.
Hipotálamo: uma pequena parte do cérebro que está relacionada com a expressão das emoções (como mudança de
pulsação, transpiração, etc.); controla o sono e governa a ação da glândula mais importante do corpo humano, a
hipófise (pituitária).
Íon: partícula química eletricamente carregada. do o sal comum, ou cloreto de sódio, é dissolvido em água, ele se
separa em dois íons: o de sódio e o de cloro.
Massa branca: massa de axônios multo juntos. A massa branca compõe a maior parte do interior do cérebro e o
exterior da medula espinhal.
Massa cinzenta: parte do tecido nervoso no qual estão situados os corpos dos neurônios. A maior parte do lado
externo do cérebro e interno da medula espinhal.
Medula espinhal: um grande feixe de células nervosas que desce do cérebro dentro da coluna vertebral.
Membrana: a cobertura fina de um tecido ou célula. Os neurônios são cobertos com uma fina membrana através da
qual passam as substâncias químicas transmissoras.
Meninges: membranas que cobrem o cérebro e parte da medula espinhal. Há três membranas: dura-máter, aracnóide
e pia-máter.
Nervo: feixe de axônios através dos quais passam os sinais do e para o cérebro.
Neurônio: célula nervosa que passa os sinais para outros neurônios ao longo do axônio, que é semelhante a um fio.
Receptores: grupo de células que podem receber um sinal e passá-lo para o sistema nervoso. Receptores típicos são
os do tato, na pele, e os de luz, na retina do olho.
Reflexo: resposta automática do corpo que inicialmente não envolve o cérebro. Um exemplo de reflexo é afastar a
mão de um objeto quente.
Sinapse: intervalo entre o axônio de um neurônio e os dendritos de outro neurônio.
Sistema nervoso autônomo: parte do sistema nervoso que funciona sem nosso conhecimento consciente. Ele
controla todo o sistema de sustentação de vida do corpo.
Sistema nervoso central: o cérebro e a medula espinhal são as partes essenciais do sistema nervoso, formando
juntos o sistema nervoso central.
Sistema nervoso parassimpático: uma parte do sistema nervoso autônomo que influencia a pupila dos olhos, a
pulsação, a respiração, a digestão e os órgãos sexuais. Sua ação geralmente é oposta à do sistema nervoso simpático.
Sistema nervoso simpático: parte do sistema nervoso autônomo que influencia a pulsação, a respiração e muitas
outras funções. Sua ação é oposta à do sistema nervoso parassimpático, preparando o corpo para a ação em uma
emergência. Também controla a fala e o engolimento.
Substâncias químicas inibidoras: substâncias transmissoras que evitam ou interpretam a produção de um sinal em
um neurônio.
Substâncias químicas excitadoras: substâncias transmissoras presentes em minúsculas quantidades e que
estimulam um neurônio a produzir um sinal.
Substâncias transmissoras: substâncias químicas presentes em minúsculas quantidades, que carregam um sinal de
um neurônio para outro através da sinapse.
Tálamo: a parte do cérebro que processa a informação vinda dos órgãos dos sentidos e exerce algum controle sobre
a atividade dos músculos.
Tronco cerebral: uma protuberância no topo da medula espinhal, formando a parte posterior do cérebro. O tronco
cerebral controla a maioria de nossas funções vitais, e é uma parte importante do sistema nervoso autônomo.
Ventrículos: espaços cheios de fluido dentro do cérebro e também dentro da medula espinhal.

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