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Análise numérica em tanque agitado por

impelidor não convencional: Curva de potência,


Número de bombeio e Hidrodinâmica
AUTORES:
GUSTAVO GOMES FERREIRA
ALESSANDRA TEREZINHA SILVA SOUZA
DANIEL DA CUNHA RIBEIRO
ERMAC UFES - SEMANA DA MATEMÁTICA 2018
I. Introdução
❖ Tanques agitados são amplamente utilizados na indústria
química e metalúrgica em processos como, por exemplo,
polimerização, reações catalíticas, extração de solventes,
Figura 1. Exemplos de incrustações inorgânicas compostas:
precipitação, entre outros. sulfato de bário e estrôncio. Fonte: Cosmo (2009)

❖Dentro dos processos de precipitação, com foco na indústria


petrolífera, desafios são impostos relacionados à garantia de
escoamento, e assim o conjunto tanque impelidor deve ser
dimensionado de modo a garantir uma mistura homogênea
dos reagentes e a suspensão dos precipitados.

Figura 2 Exemplos de incrustações inorgânicas: sulfato


ERMAC UFES - SEMANA DA MATEMÁTICA 2018 22/11/2018 2 de bário. Fonte: Cosmo (2009)
II. Objetivos
Análise hidrodinâmica: Permite entender o escoamento esperado
dentro do tanque agitado.

Curva de potência: Permite determinar a velocidade ótima de


rotação do impelidor

Número de bombeio: Permite determinar a capacidade do sistema de


manter sólidos em suspensão

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III. Metodologia
a. Modelagem Matemática
Escoamento tridimensional, incompressível, isotérmico, monofásico (água) em regime permanente,
dentro de um tanque agitado. E tem como base, as equações de conservação de massa (Equação 1) e
quantidade
1
de movimento (Equação 2):
( )
ρ 
2 +   ρU = 0 (1)
t

3
( )
 ρU

(  
) ( 
) (
+   ρU  U −   μeff U =  p'+   μeff U )
T
+B (2)
t

Onde ρ é a massa específica; é o vetor velocidade; t é o tempo; é a viscosidade efetiva; B é a soma das
forças corpo e p’ é a pressão modificada. O número de potência (Np) e o número de bombeio (Nq) são
dados pelas Equações 3 e 4, respectivamente:
P
NP =
1
N D5 ρ
3
(3)
Q
NQ=
2 ND 3 (4)
Onde é a potência; Q é a vazão volumétrica; é a velocidade rotacional e é o diâmetro do impelidor.
Foi escolhido o modelo de turbulência k-ε, o qual como apresentado por Olino (2010), é muito utilizado na
indústria, apresentando resultados satisfatórios para casos semelhantes.

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III. Metodologia
b. Modelagem Numérica
❖ Simulação Numérica

Software Ansys CFX® 19.1, o qual utiliza o Método dos Volumes Finitos baseado em Elementos (MVFbE), uma variação
do Método de Volumes Finitos utilizando definições do Método de Elementos Finitos.
❖ Critérios de Convergência
Numérica : tolerância prefixada dos resíduos das equações de conservação de 10-4.
Física: Pontos de monitoramento de velocidade em posições distintas dentro do tanque.
❖ Condições Iniciais e de Contorno

Condição de não deslizamento nas paredes do tanque e impelidor. O domínio do tanque é estacionário, porém para a
haste do impelidor, pertencente a este domínio, será considerado velocidade igual à do domínio do impelidor.

Para teste de independência de malha, a velocidade de rotação foi de 100 rpm, condizente ao valor que será utilizado
como padrão para os ensaios experimentais futuros, o qual gerou escoamento de regime turbulento (Re = 7x103).

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III. Metodologia
b. Modelagem Numérica
❖Malha
Elementos unicamente tetraédricos: se adaptam bem à maioria das geometrias, satisfazendo a modelagem
de curvaturas e detalhes da geometria.
A região próxima às pás do impelidor foi refinada com elementos menores, para refinar os cálculos do
escoamento, mais complexos nessa região.

Figura 3: Cortes transversal da malha: visão lateral e diagonal, da esquerda para direita. Figura 4. Perfil de velocidades próximo ao impelidor

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IV. Geometria do Tanque
❖A geometria utilizada para o presente trabalho é de um tanque agitado mecanicamente, com 63,5 [mm] de raio
externo e 165 [mm] de altura. O impelidor não convencional possui 60 [mm] de diâmetro e 15 [mm] de altura. A
razão de diâmetros Dimpelidor/ Dtanque, D/T = ½.
❖Um aparato de formato circular é colocado rente à superfície interna do tanque com diâmetro interno de 24
[mm], o qual será a janela de observação, instalada juntamente à um aparelho especial de fotografia.

Figura 5. Visão diagonal superior da geometria do tanque, tanque aberto e do impelidor não convencional, da esquerda para a direita.

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V. Resultados e Discussões
a. Análise Hidrodinâmica
❖ Garantir o menor número de zonas de recirculação nas
bordas, além de monitorar a localização das existentes é
crucial para estudar os fenômenos desejados do
experimento.
Figura 6. Padrão de escoamento formado no interior
do tanque agitado à 100 rpm para Frozen Rotor.
❖ Para N = 100 rpm, observa-se 2 zonas de recirculação.
❖ Comparado os resultados ao de Sophia (2010), apresentou
2 zonas de recirculação principais, mas também outras
secundárias, apresentando maior índice de zonas de baixa
velocidade.
❖ Melhor distribuição da energia do escoamento por toda geometria
(qualidade de suspensão de sólidos)

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Fig. 7. Padrão de escoamento no interior do tanque agitado
Frozen Rotor, N=30 rpm. Fonte: Sophia (2010)
V. Resultados e Discussões
b. Curva de Potência
❖ Relação Consumo vs Custo, a energia necessária para
promover o escoamento.
❖ Muita energia relativa é necessária para manter o
escoamento em regime laminar, no entanto o oposto
ocorre para os regimes transiente e turbulento.
❖ Comparação com a literatura
• Souza (2011, apud OLDSHUE, 1983) encontrou
valores próximos de Np = 1 para regime de
turbulência do tipo 4 pás retas.
• Para tipos diferentes de impelidores, os valores
experimentais obtidos por Nagata (1975) são em
torno de Np = 1,4.
• Analogamente, Paul, Obeng e Kresta (2004, apud
RUSHTON, 1950), apresentou o impelidor radial do
tipo 6 pás para diferentes D/T = 1/5 e D/T = 1/8, Figura 8. Número de potência x Número de Reynolds para o impelidor
valores número de potência: 3 < Np < 5. radial não convencional.

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V. Resultados e Discussões
c. Número de bombeio
❖ O bombeamento pode ser definido como a quantidade de
material descarregado por um impelidor rotativo.

❖ Para regime laminar, o estudo do número de bombeio é


dificilmente caracterizado na literatura.

❖ Mesmo comportamento encontrado na literatura (Sophia


2010 apud Kresta et al. 2004) para Frozen Rotor, porém
valores menores, em torno de 0,6 e 0,9.

❖ Os valores mais altos encontrados podem ser justificados


Figura 9. Número de Bombeio em função da velocidade de
pela geometria do impelidor não convencional, e método de rotação para regimes transiente e turbulento.
cálculo do número de bombeio.

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VI. Conclusão
❖ O entendimento da hidrodinâmica, dos números de potência e bombeio permitiram a boa caracterização do arranjo tanque –
impelidor não convencional.

❖Sobre os resultados:
➢ Os resultados da simulação computacional são satisfatórios como modelo para estudo de precipitação, pois garante padrão de
escoamento de suspensão ótima.

➢ Os valores de número de potência e número de bombeio para o impelidor não convencional possuiu resultados equivalentes à
ótimos quando comparados à literatura, e comportamentos semelhantes.

❖Propostas para estudos futuros:


➢ Posicionamento do impelidor se tornaram objetivos para análises futuras.

➢ Incremento de sais para análise de suspensão dos sólidos e visualização pela Janela de observação

➢ Análise das Zonas de Vórtices;

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ANSYS CFX. Ansys Help: CFX Theory Guide v. 19.1. Cannonsburg: Ansys Inc., 2018.
CHENG, D. et al. Numerical simulation of macro-mixing in liquid-liquid stirred tanks. Journal of Chemical Engineering
Science, v. 101, p. 272-282, 2013.
CHENG, D. et al. Modelling and experimental investigation of micromixing of single-feed semi-batch precipitation in a
liquid-liquid stirred reactor. Journal of Chemical Engineering Journal, 2016.
COSMO, R.P. Modelagem e Simulação Termodinâmica da Precipitação de Calcita em Condições de Poço. Dissertação
(Mestrado em Energia) – Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus, 2009.
MIRANDA, R. C. Simulação de Tanque de Condicionamento de Reagentes por Mecânica dos Fluidos Computacional.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Departamento de Engenharia Química, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte (2008).
NAGATA, S. Mixing – Principles and Applications, Japan, Kodanska Scientific Books,1975.
OLDSHUE, J.Y.; Fluid Mixing Technology. New York: McGraw-Hill Publications, 1983, 574p.
OLINO, A. L. M. Otimização de impelidor KPC utilizando Fluidodinâmica Computacional (CFD). 2010, 76p. Dissertação

VII. Referências (Mestrado em Engenharia Química) – UNICAMP, Campinas, 2010.


PAUL, E. L., ATIEMO-OBENG, V., KRESTA, S. M. Handbook of industrial mixing: science and practice. EUA: John Wiley &
Sons, 2004.
POLEY. I. M. Modelagem e simulação CFD de reações de transesterificação em tanques com agitação mecânica. Tese
(Doutorado Engenharia Mecânica). Universidade Federal De Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.
RIBEIRO, D. C. Modelagem e simulação do escoamento de sistemas multifásicos em reatores agitados mecanicamente.
2012, 206p. Tese (Doutorado em Engenharia Química) - Universidade Federal De Santa Catarina, Florianópolis, 2012.
ROACHE, P. J. Verification and validation in computational science and engineering. Hermosa Publishers, 1998
RUSHTON, J.H. et al. Chemical Engineering Progress. V.46, p.395, 1950.
SOPHIA, L. V. G. Análise comparativa das alternativas para simulação CFD de tanque de mistura operando em regime
turbulento. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) Centro Universitário Da Fei, São Bernardo do Campo
2010.
SOUZA, E. Consumo de Potência para Impelidores Rápidos Aplicados em Processos de Agitação e Mistura. Tese
(Doutorado em Engenharia Química) - Universidade Estadual De Campinas, 2011.

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WANG, et al. Experimental investigation and CFD simulation of liuid-solid-solid dispersion in a stirred reactor. Journal
of Chemical Engineering Science, v. 65, 2010.

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