Вы находитесь на странице: 1из 12

Resultados e Discussão

De acordo com os dados obtidos nas fichas de notificação da tuberculose


cadastradas no SINAN do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria
Municipal de Saúde de Anápolis, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2016, a
assistência foi oferecida a 268 pacientes.
No ano de 2011 foram diagnosticados 48 casos de tuberculose; já no ano de
2012 foram 43 pacientes; no ano de 2013 foram 50 casos; em 2014 foram
diagnosticados 31 casos; em 2015 foram 38 pacientes e no ano de 2016 foram 58 casos
de tuberculose.
Do total de sujeitos analisados nesta casuística, 70,9%% (190/268) eram do sexo
masculino e 29,1% (78/268) do sexo feminino, constituindo razão homem/mulher de
2,43:1. Não houve diferença estatisticamente significante na distribuição por sexo entre
os anos estudados (p=0,098) (Tabela 1). Mesmo que esteja claro que são mais homens,
mas o p deu normal, não precisa explicar?
Em relação à faixa etária dos pacientes observou-se que variou de 10 a 80 anos.
A faixa etária mais prevalente foi de 41 a 60 anos com 45,5% (122/268) dos casos,
seguida pela faixa de etária de 20 a 40 anos de com 40,7% (109/268); na faixa etária de
61-80 anos com 10,1% (27/268) e 3,73% (10/268) estavam na faixa etária de 10-19
anos, não evidenciando diferença estaticamente significante (p=0,857) (Tabela 1).
Em relação à etnia a cor parda foi a mais prevalente perfazendo 47,8% (128/268)
dos casos, seguidos pela cor branca com 36,6% (98/268) dos casos; 10,8% (29/268) dos
casos relataram a cor preta; seguidos pela cor amarela com 1,9% (5/268); não foram
registrados indivíduos com a etnia indígena entre os anos avaliados e 2,9% (8/268) dos
casos estavam em branco na ficha de notificação. Foi verificada uma diferença
estatisticamente significativa (p=0,0005) quando comparada a etnia entre os anos
estudados evidenciando que no Brasil apresenta grande diversidade étnica, ou seja,
mostra-se uma elevada miscigenação (Tabela 1).
Em relação ao nível de escolaridade foi observado que 28,4% (76/268) dos casos
estavam entre 1º ao 5º ano; seguidos com 26,5% (71/268) entre o 6º ao 9º ano
perfazendo 54,9% (147/268) dos casos com ensino fundamental; 22,4% (60/268) com
ensino médio; 6,7% (18/268) analfabetos; 5,6% (15/268) com ensino superior e 10,4%
(28/268) estavam em branco na ficha de notificação, foi evidenciando uma diferença
estaticamente significante entre os grupos (p=0,0002) (Tabela 1). Explicar?
Já em relação à área de residência, 98,9% (265/268) dos casos estavam na área
urbana e 1,1% (3/268) na área rural, não evidenciando diferença estaticamente
significante (p=0,170). As características sócio-demográficas dos casos de tuberculose
encontram-se descrita na tabela 1.

Tabela 1: Características sócio-demográficas dos casos notificados de tuberculose no município


de Anápolis-GO, 2011 a 2016.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 TOTAL
ANOS P
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
SEXO
Masculino 29 (60,4) 32 (74,4) 33 (66,0) 19 (61,3) 29 (76,3) 48 (82,8) 190 (70,9)
0,098c
Feminino 19 (39,6) 11 (25,6) 17 (34,0) 12 (38,7) 9 (23,7) 10 (17,2) 78 (29,1)

FAIXA ETÁRIA
10-19 1 (2,1) 1 (2,3) 4 (8,0) 1 (3,2) 1 (2,6) 2 (3,4) 10 (3,7)
20-40 18 (37,5) 16 (37,2) 21 (42,0) 10 (32,2) 16 (42,1) 28 (48,3) 109 (40,7)
41-60 24 (50,0) 21 (48,9) 22 (44,0) 18 (58,1) 16 (42,1) 21 (36,2) 122 (45,5) 0,857c
61-80 5 (10,4) 5 (11,6) 3 (6,0) 2 (6,5) 5 (13,2) 7 (12,1) 27 (10,1)

ETNIA
Branca 24 (50,0) 14 (32,6) 13 (26,0) 12 (38,7) 13 (34,2) 22 (37,9) 98 (36,6)
Preta 2 (4,2) 2 (4,7) 5 (10,0) 8 (25,8) 3 (7,9) 9 (15,5) 29 (10,8)
Amarela 0 (0) 3 (6,9) 2 (4,0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 5 (1,9)
Parda 22 (45,8) 22 (51,2) 24 (48,0) 11 (35,5) 22 (57,9) 27 (46,6) 128 (47,8) 0,0005d

Indígena 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)


Em branco 0 (0) 2 (4,6) 6 (12,0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 8 (2,9)

NEa
Analfabeto 6 (12,5) 5 (11,6) 2 (4,0) 2 (6,5) 0 (0) 3 (5,2) 18 (6,7)
1ª a 5ª ano 11 (22,9) 10 (23,3) 13 (26,0) 13 (41,9) 17 (44,7) 12 (20,7) 76 (28,4)
6ª a 9ª ano 16 (33,3) 7 (16,3) 11 (22,0) 8 (25,8) 8 (21,1) 21 (36,2) 71 (26,5)
Ensino médio 8 (16,7) 6 (13,9) 10 (20,0) 5 (16,1) 13 (34,2) 18 (31,0) 60 (22,4) 0,0002d
Ensino superior 2 (4,2) 2 (4,7) 4 (8,0) 3 (9,7) 0 (0) 4 (6,9) 15 (5,6)
Em branco 5 (10,4) 13 (30,2) 10 (20) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 28 (10,4)

ARb
Rural 0 (0) 2 (4,7) 0 (0) 0 (0) 1 (2,6) 0 (0) 3 (1,1)
Urbana 48 (100) 41 (95,3) 50 (100) 31 (100) 37 (97,4) 58 (100) 265 (98,9) 0,170d

aNE: nível de escolaridade; bAR: área de residência. cA probabilidade de significância (p-valor) refere-se ao teste x2. dA
probabilidade de significância (p-valor) refere-se ao teste Exato de Fisher.
Na tabela 2 foram comparados os pacientes distribuídos de acordo com as
formas clínicas da tuberculose notificadas no SINAN nos anos estudados. Foi
observado que 83,2% (223/268) estavam sob a forma pulmonar da tuberculose; seguida
pela forma pleural com 4,5% (12/268); 4,1% (11/268) com a forma ganglionar; 1,1%
(3/268) dos pacientes estavam na forma miliar da tuberculose e 7,1% (19/268)
desenvolveram outras formas da tuberculose como, por exemplo, geniturinária, óssea,
ocular e laríngea perfazendo 16,8% (45/268) as formas extrapulmonares da doença. Em
todos os anos observados do estudo a forma pulmonar foi a mais prevalente.

Tabela 2: Distribuição dos casos notificados de tuberculose segundo a forma clínica, no


município de Anápolis – GO nos anos de 2011 a 2016.
Formas 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total
Clínicas n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
Pulmonar 41 (85,4) 36 (83,8) 41 (82,0) 27 (87,0) 31 (81,6) 47 (81,0) 223 (83,2)
Pleural 2 (4,2) 4 (9,3) 2 (4,0) 2 (6,5) 1 (2,6) 1 (1,7) 12 (4,5)
Ganglionar 4 (8,3) 1 (2,3) 2 (4,0) 0 (0) 3 (7,9) 1 (1,7) 11 (4,1)
Miliar 0 (0) 1 (2,3) 1 (2,0) 0 (0) 0 (0) 1 (1,7) 3 (1,1)
Outras 1 (2,1) 1 (2,3) 4 (8,0) 2 (6,5) 3 (7,9) 8 (13,8) 19 (7,1)

Segundo MASCARENHAS et al., 2005 o maior número de casos da forma


pulmonar da tuberculose pode ser justificada pelo fato de os pulmões terem altas
concentrações de oxigênio, o que torna esse local preferenciável para o Mycobacterium
tuberculosis, que é uma bactéria aeróbica estrita. E conforme uma pesquisa realizada
por esses autores no município de Piripiri, estado do Piauí, Brasil, outros fatores podem
estar associados, tais como falta de meios diagnósticos para a forma extrapulmonar,
associada à ausência de médicos especialistas, eficiência do diagnóstico da forma
pulmonar, procura sistemática de sintomáticos respiratórios pelas ESF, ou boa cobertura
vacinal com BCG.
Na tabela 3 foram comparados os pacientes distribuídos de acordo com tipo de
entrada no sistema, durante os anos estudados. Foram observados 85,8% (230/268)
foram casos novos de tuberculose; seguidos por 8,3% (22/268) por transferência; 3,3%
(9/268) recidiva da doença; 1,5% (4/268) foi reingresso após abandono; não foi
verificado nenhum caso desconhecido e 1,1% (3/268) foram pós-óbito. A Ficha de
Tuberculose mudou em 2015, com isso, nesse quesito, entrou o tipo de entrada pós-
óbito, ou seja, quando o paciente é diagnosticado com tuberculose depois da morte e
não teve tempo para começar o tratamento.

Tabela 3: Distribuição dos casos de tuberculose, de acordo com o tipo de entrada no sistema e ano de
registro, Anápolis - GO, 2011 a 2016.
Tipo de entrada no 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total
sistema n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
Caso novo 43 (89,6) 37 (86,1) 42 (84) 27 (87,2) 34 (89,5) 47 (81,1) 230 (85,8)
Reingresso após
0 (0) 0 (0) 0 (0) 2 (6,4) 2 (5,3) 0 (0) 4 (1,5)
abandono
Desconhecido 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 0 (0) 0 (0)
Transferência 4 (8,3) 6 (13,9) 4 (8) 0 (0) 1 (2,6) 7 (12,1) 22 (8,3)
Recidiva 1 (2,1) 0 (0) 4 (8) 2 (6,4) 0 (0) 2 (3,4) 9 (3,3)
Pós-óbito 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (2,6) 2 (3,4) 3 (1,1)

De acordo com a tabela 4 não foi verificado significância na comparação que se


refere à situação de encerramento em relação ao sexo para os anos estudados. A grande
maioria dos casos obteve cura no tratamento. Foi verificado 17 óbitos por tuberculose
durante os anos observados. No ano de 2016, 27 pacientes ainda estavam em tratamento
perfazendo 46,5% dos pacientes.
Tabela 4: Distribuição dos casos de tuberculose segundo o sexo e a situação de encerramento em
Anápolis – GO por ano observado.
Óbito Óbito outras
Cura Abandono Transferência
SITUAÇÃO DE tuberculose causas
P
ENCERRAMENTO
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)

Masculino 20 (41,7) 3 (6,3) 1 (2,1) 1 (2,1) 4 (8,3)


2011

0,769
Feminino 13 (27,1) 2 (4,1) 2 (4,1) 1 (2,1) 1 (2,1)

Masculino 21 (48,8) 6 (13,9) 2 (4,7) 1 (2,3) 2 (4,7)


2012

0,279
Feminino 11 (25,6) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)

Masculino 24 (48,0) 4 (8,0) 3 (6,0) 0 (0) 2 (4,0)


2013

0,769
Feminino 13 (26,0) 2 (4,0) 2 (4,0) 0 (0) 0 (0)

Masculino 16 (51,6) 1 (3,2) 1 (3,2) 1 (3,2) 0 (0)


2014

0,552
Feminino 12 (38,7) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)

Masculino 16 (42,1) 4 (10,5) 1 (2,6) 7 (18,5) 1 (2,6)


2015

0,485
Feminino 7 (18,5) 0 (0) 1 (2,6) 1 (2,6) 0 (0)

Masculino 15 (25,9) 0 (0) 3 (5,2) 5 (8,6) 3 (5,2)


2016

0,549
Feminino 4 (6,9) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (1,7)
A probabilidade de significância (p-valor) refere-se ao teste Exato de Fisher.
A tabela 5 refere-se aos casos de tuberculose relacionados ao HIV de acordo
com o sexo dos pacientes por ano estudado. Foi observado que 85,5% (229/268) dos
casos eram HIV negativo e 14,5% (39/268) eram HIV positivo.
De acordo com o Ministério da Saúde, 2002, nem todas as pessoas expostas ao
bacilo da tuberculose são infectadas. Mas entre os infectados, a probabilidade de
adoecer aumenta, quando há infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV),
outras formas de imunodepressão, desnutrição, silicose, diabetes e em usuários de
drogas endovenosas.
Conforme o manual de recomendações para o manejo da coinfecção TB – HIV
do Ministério da Saúde de 2015, a tuberculose ativa em pessoas que vivem com
HIV/Aids é a condição de maior impacto na mortalidade por Aids e por TB no país.
Além disso, segundo o Relatório Global de Controle da Tuberculose desenvolvido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2011, pessoas infectadas pelo HIV estão 21
a 34 vezes mais propensas a desenvolver TB ativa quando comparadas à população
geral.
Tabela 5: Distribuição dos casos de tuberculose relacionados ao HIV de acordo com o sexo dos pacientes por ano observado.

Positivo Negativo
HIV p
n (%) n (%)

Masculino 5 (10,4) 24 (50)


2011

0,518
Feminino 2 (4,2) 17 (35,4)

Masculino 7 (16,3) 25 (58,1)


2012

0,347
Feminino 1 (2,3) 10 (23,3)

Masculino 4 (8) 29 (58)


2013

0,486
Feminino 1 (2) 16 (32)

Masculino 0 (0) 19 (61,3)


2014

0,0003*
Feminino 0 (0) 12 (38,7)

Masculino 7 (18,4) 22 (57,9)


2015

0,905
Feminino 2 (5,3) 7 (18,4)

Masculino 8 (13,8) 38 (65,5)


2016

Feminino 2 (3,4) 10 (17,3) 0,949

Total 39 (14,5) 229 (85,5)


A probabilidade de significância (p-valor) refere-se ao teste Exato de Fisher.*Estatisticamente significativo.

A baciloscopia, importante instrumento diagnóstico para a tuberculose, foi


realizada em 77,2 (207/268) dos casos, com resultado positivo em 56,3% (151/268);
20,9% (56/268) com resultado negativo e 22,8% (61/268) dos casos não foram
realizados este exame (Tabela 6).

Tabela 6: Distribuição dos casos de tuberculose segundo o resultado da baciloscopia de escarro em Anápolis por
ano observado.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 TOTAL
Baciloscopia
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
Positiva 21 (43,8) 26 (61) 28 (56) 20 (64,5) 24 (63,2) 32 (55,2) 151 (56,3)

Negativa 16 (33,3) 6 (13,4) 11 (22) 3 (9,7) 7 (18,4) 13 (22,4) 56 (20,9)

Não realizado 11 (22,9) 11 (25,6) 11 (22) 8 (25,8) 7 (18,4) 13 (22,4) 61 (22,8)

Conforme MASCARENHAS et al., 2005, para detecção da tuberculose


costuma-se usar a baciloscopia (pesquisa por bacilos álcool-ácido-resistentes – BAAR,
como o M. tuberculosis) e/ou raio X de tórax). A baciloscopia é o exame mais difundido
e rápido, além de precisar de poucos recursos para sua execução. Os bacilos podem ser
encontrados no escarro ou aspirado pulmonar. Vê-se que, poucas pessoas se submetem
ao estudo radiológico, mas essa situação não é contestada, visto que a forma pulmonar
pode ser confirmada quando há confirmação por, pelo menos, duas baciloscopias
positivas.
O Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologia em Saúde – BRATS, 2011, diz
que os testes laboratoriais, como a baciloscopia e a cultura (padrão-ouro para
diagnóstico da tuberculose pulmonar), são os preconizados pelo Ministério da Saúde
para confirmação de casos suspeitos de tuberculose pulmonar, caracterizados por
sintomatologia clínica ou pelo exame de imagem do tórax. E se o diagnóstico
laboratorial não puder ser realizado, poderá haver confirmação pelo critério clínico
epidemiológico.
Segundo a Secretaria de saúde do estado do Paraná a baciloscopia direta do
escarro permite a descoberta da fonte de infecção, ou seja, os casos bacilíferos. Já a
radiografia de tórax é um método para investigação da tuberculose, pois aponta para
suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do
comprometimento pulmonar. Ainda conforme o Jornal Brasileiro de Pneumologia,
2004, a radiografia de tórax é um diagnóstico auxiliar para casos de tuberculose, mas é
indispensável submeter os pacientes ao exame bacteriológico para que seja feito um
diagnóstico correto, pois não se aceita, exceto em crianças, o diagnóstico de tuberculose
pulmonar sem investigação do agente causal pela baciloscopia de escarro.
Conclusões

Em relação à descrição da população com tuberculose notificados em Anápolis, GO,


entre janeiro de 2011 a dezembro de 2016, o presente estudo permite destacar as seguintes
conclusões:

 No ano de 2011 foram diagnosticados 48 casos de tuberculose; já no ano de 2012 foram 43


pacientes; no ano de 2013 foram 50 casos; em 2014 foram diagnosticados 31 casos; já em 2015
foram 38 pacientes e no ano de 2016 foram 58 casos de tuberculose.

 Os 268 sujeitos analisados 70,9%% eram do sexo masculino e 29,1% do sexo feminino;

 Em relação à idade foram observados 45,5% dos pacientes estavam na faixa etária de 41 a 60
anos; seguida pela faixa de etária de 20 a 40 anos de com 40,7%;

 A cor parda foi a mais prevalente com 47,8% dos casos, seguidos pela cor branca com 36,6%
foi verificada uma diferença estatisticamente significativa quando comparada as etnias entre os
anos estudados (p=0,0005);

 Em relação ao nível de escolaridade foi observado que 54,9% dos casos com ensino
fundamental; 22,4% com ensino médio; 6,7% analfabeto; 5,6% (15/268) com ensino superior e
10,4% estavam em branco na ficha;

 Sobre a área de residência 98,9% dos casos estavam na área urbana e 1,1% na área rural;

 Em relação à forma clínica da tuberculose foi observado que 83,2% estavam sob a forma
pulmonar da tuberculose; seguida pela forma pleural com 4,5%; 4,1% com a forma ganglionar;
1,1% dos pacientes estavam na forma miliar da tuberculose e 7,1% desenvolveram outras
formas da tuberculose perfazendo 16,8% as formas extrapulmonares da doença.

 Em todos os anos observados do estudo a forma pulmonar foi a mais prevalente.

 A grande maioria dos casos 85,8% que entraram no sistema de notificação eram casos novos de
tuberculose;

 Em relação à situação de encerramento da doença a grande maioria dos casos obteve cura no
tratamento. Foi verificado 17 óbitos por tuberculose durante os anos observados.

 No ano de 2016, 27 pacientes ainda estavam em tratamento perfazendo 46,5% dos pacientes.

 Em relação aos casos de tuberculose relacionados ao HIV 85,5% dos casos eram HIV negativo e
14,5% eram HIV positivo.
 Em relação à baciloscopia, este exame foi realizado em 77,2 dos casos, com resultado positivo
em 56,3% dos casos; 20,9% com resultado negativo e 22,8% dos casos não foram realizados
este exame;

 Campanhas preventivas em massa podem contribuir para o esclarecimento dos comportamentos


de risco da população, salientando a importância de uma abordagem individualizada, no sentido
de se contextualizar a informação fornecida com a realidade vivenciada por cada cidadão;

 Devido a grande importância da doença, medidas são necessárias para sua prevenção e
controle. Esses dados podem influenciar no conhecimento prévio de muitas pessoas e
por meio da educação em saúde esse assunto pode despertar raciocínio e interesse, por
parte da comunidade. Uma das ações que está diretamente ligada à comunidade é a
educação em saúde, uma forma de promoção à saúde responsável por levar
conhecimento às pessoas. Mas é necessário sensibilização para que seja estabelecido um
trabalho educativo efetivo. Dentre as tais atividades de promoção à saúde que podem
influenciar no melhor conhecimento da comunidade são: projetos de educação em saúde
voltados para o tema Tuberculose, comunicação e mobilização social que informe
questões epidemiológicas, medidas preventivas; Inserir informações sobre a tuberculose
na mídia, e; Elaborar e validar materiais educativos que podem ser utilizados nas redes
de atenção e demais locais.
Discussão

A diferença do número de casos de tuberculose (mais frequente em pessoas do sexo


masculino) pode ser causada por fatores econômicos, culturais e sociais relacionados à
exposição. Em muitas sociedades são os homens os únicos responsáveis pelo sustento da
família, o que poderia resultar em maior exposição ao bacilo Mycobacterium tuberculosis fora
de casa (BELO et al., 2010).
Além de serem os mais afetados, os homens sofrem mais pelo fato de estarem mais
expostos, comerem menos, beberem mais, fazerem menos consultas de saúde e quando doentes,
abandonarem o tratamento mais facilmente. A grande maioria dos tuberculosos são homens
entre 20 a 49 anos, a idade produtiva de trabalho. Quando esse provedor da família fica
internado para tratamento, a família pode ficar com o sustento prejudicado. A maioria dos
tuberculosos convivem com muitas pessoas em suas casas, sendo que estas muitas vezes são
sustentadas apenas por um mesmo provedor. Assim, entende-se que a falta de vínculo
empregatício de outros membros familiares é um ponto a ser considerado, pois a tuberculose
acomete principalmente a classe social menos favorecida, sendo diretamente relacionada à
pobreza e à má distribuição de renda (Paraíba hoje, 2011).

Bibliografia

BELO, MTCT; LUIZ, RR; HANSON, C; SELIG, L; TEIXEIRA, EG; CHALFOUN, T;


TRAJMAN, A. Tuberculose e gênero em um município prioritário no estado do Rio de
Janeiro. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Vol.36, n 5. São Paulo Sept./Oct. 2010. Disponível
em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000500015>. Acesso em 07/08/2017

Paraíba hoje. As principais notícias do estado. 2011. Disponível em:


<https://paraibahoje.wordpress.com/2011/10/09/tuberculose-avanca-e-afeta-mais-homens/>
Acesso em 07/03/2017

MASCARENHAS et al. Perfil epidemiológico da tuberculose entre casos notificados no


Município de Piripiri, Estado do Piauí, Brasil. 2005. Disponível em: <
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742005000100002>.

Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 2002. Disponível em:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_l.pdf>.
Ministério da Saúde. Recomendações HIV/Tuberculose. 2013. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/recomendacoes_manejo_coinfeccao_tb_hiv.pdf>.

Secretaria de saúde. Governo do estado de Paraná. Disponível em:


<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=939>.

SANTOS et al., Educação em saúde para prevenção de Tuberculose. XIII JORNADA DE


ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife. Disponível em:
<http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R0569-3.pdf>.

Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Disponível em:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ProgramaTB.pdf>.

Вам также может понравиться