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ARQUITETURA

(Aula 05)

SÉCULO XIX

 Novas necessidades, novas tecnologias, novos materiais.


 Arquitetura europeia fortemente influenciada pela Revolução Industrial.
 Processo de mecanização da construção → tarefas executadas com maior rapidez e economia-

Período da Revolução Industrial (Inglaterra) + aumento do comércio mundial = novos tipos de edifícios:

 Fábricas;
 Armazéns
 Estações (caminhos de ferro);
 Pontes;
 Portos marítmos (carga/descarga);
 Naves amplas (mercados de trocas comerciais).

A Arquitetura do Ferro

Exposições Universais → grande desenvolvimento neste novo tipo de construções.

FERRO → principal material de construção.

 Produção industrial em série;


 Baixo custo;
 Tecnologia → lâminas de vidro (dimensões).

EDIFÍCIO → montagem de elementos pré-fabricados em série (possibilidade de


montagem/desmontagem).

FERRO + VIDRO → maior harmonia e transparência; grandes áreas envidraçadas → anular barreira
interior/exterior.

 Edifícios de escritórios;
 Pavilhões industriais.

ARQUITETURA CIVIL → mantinha janelas com vitrais, tijolo padronizado e telhas de cerâmica (modelos
mais populares).

Pontes
Ponte de Coalbrookdale, Inglaterra (1777/79)

Primeira obra construída inteiramente em ferro fundido.

Vão: 31m

USO DO FERRO:

 Matéria prima com maior trabalhabilidade, maior facilidade de transporte e menor custo de
produção;
 Vãos de arco de maiores dimensões.

Outros exemplos:

 Sunderland (1793/96) – vão: 63m


 Schuylkill, de James Finley (1809) – vão: 93m

Estufas e Fábricas

FÁBRICAS → estrutura resistente ao fogo; entrada de luz.

ESTUFAS → desenvolvimento de árvores de dimensão média.

Exemplo: Casa das Palmeiras nos Jardins Reais Botânicos (1844/48), Decimus Burton e Richard
Turner
Estrutura em ferro e vidro; 110m de comprimento e 20m de altura; suportada por pilares de
ferro fundido (alguns ocos → rede hidráulica).

Exposições Universais

PALÁCIOS DE CRISTAL:

 Pré-fabricação;
 Montagem/desmontagem;
 Iluminação natural;
 Grandes vãos e áreas expositivas;
 Dimensões das chapas de vidro determinantes.

Exemplo: Palácio de Cristal de Joseph Paxton (1854), Londres → 1ª Exposição Universal

Princípio de conceção: dimensão dos painéis fabricados disponíveis → determina a dimensão e


forma do edifício.

Imagem arquitetónica que resume o avanço tecnológico construtivo no séc. XIX

AUGE TRIUNFAL DA ARQUITETURA DO FERRO → Exposição Universal de Paris

 Grande Pavilhão;
 Pavilhão das Máquinas → exposições industriais (vão: 115m);
 Torre Eiffel → mais alta construção do momento (312,27m) → peças pré-fabricadas de ferro
forjado em reticula cruzada (diminuindo a resistência ao vento).

Em Portugal

 Palácio de Cristal do Porto (1861/65), Dillan Jones

Conceito de arq. importado de Inglaterra; grandiosa obra de pedra, ferro e cristal; 150m de
comprimento e 72m de largura; 3 naves.
 Ponte D. Maria Pia, Porto (1876/77), Engº Gustav Eiffel

 Maior vão até então – 167m


 Métodos revolucionários
 Sistema de pontes metálicas de arco; tabuleiro de 354m de comprimento; cruzetas de
Sto. André;
 Assente em 5 pilares de ferro e cantaria, dividida em 6 vãos;
 Projectada para suportar a passagem de comboios → estrutur elaborada.

 Ponte D. Luís, Porto, Engº Teófilo Seyrig.


 Elevador de Sta. Justa, Lisboa (1902), Engº Raoul Mesnier du Ronsard.

A Escola de Chicago

Movimento que surgiu nos EUA (1880-1900) e veio influenciar a arquitetura mundial na época e
no futuro.

CHICAGO → centro industrial; cruzamento de rotas comerciais.

1871 → incêndio que levou à sua quase completa destruição.

Reconstrução e expansão urbanística → base em modelos arquitetónicos arrojados para a


época.

 Armazéns;
 Edifícios de escritórios;
 Grandes edifícios de habitação.
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE 1883 – Soluções:

 Construção em altura;
 Pré-fabricação da estrutura metálica;
 Resistência ao fogo;
 Maior aproveitamento do espaço interior;
 Abertura de grandes vãos na fachada.

LOUIS SULLIVAN → linguagem da verticalidade nos edifícios → acentuada por corpos paralelepípedos
revestidos a tijolo.

 Racionalidade da arquitetura;
 Pragmatismo funcional;
 Solução técnica e construtiva.

“A forma segue a função”

Auditorium building, Chicago (1887-1889), Sullivan e Dankmar Adler

Verticalidade → Arranha-céus (estilo de arquitetura do séc. XX)

Outros exemplos:

 Monadnock Block, David Bumham e John Root, Chicago (1889/92)


 Carson, Pirie, Scott & Co.Building (1898)
 Wain Wright Building, Missuori (1895)

FORMA E COMPLEXIDADE ESTRUTURAL → Estrutura em ferro

 Aumentar a altura dos edifícios sem aumentar excessivamente a dimensão dos pilares dos pisos
inferiores;
 Grandes vãos nas fachadas, quase contínuos;
 Facilitar a entrada de luz (flexibilidade de usos nos edifícios);
 Pré-fabricação;
 Tempo de construção mais curto e mais rigoroso.

Técnica construtiva que virá a influenciar toda a arquitetura do séc. XX


MATERIAIS: ferro, vidro, pedra e tijolo.

SÉCULO XX

Conjunto de movimentos e escolas arquitetónicas (décadas de 20 a 60)

Contexto artístico e cultural do Modernismo (influência do período pós-guerra)

DIVERSIDADE

ANTÓNIO GAUDI – Sagrada Família, Barcelona (Catedral).

OSCAR NIEMAYER – Brasília.

A Arte Nova

 Corrente, início do séc. XX;


 Inspiração e forte influência das formas naturais e da natureza;
 Valorização da linhagem estética do trabalho artesanal e das artes decorativas.

António Gaudi i Cornet (arquiteto) → Casa Batillo, Casa Milá (Barcelona, 1906/10)

O Classicismo Estrutural e o Estruturalismo

 Outra corrente do início do séc. XX;


 Preocupação primeira → solução estrutural;
 Início da utilização do betão armado.

Auguste Perret → Gallerie des machines (1890); Grande Salle (1914); Garage Ponthieu (Paris, 1905),
Theátre des champs-elisèes (Paris, 1910-1913); livro: L’Architecture et le ciment armé (1905).

O Movimento Moderno

Rejeição do repertório formal do passado:

 Aversão à ideia de estilo;


 Eliminação de qualquer elemento de ornamentação;
 Criação e estudo de espaços abstratos, geométricos e mínimos na construção;
 Ideias de industrialização, de economia;
 Noção de design (aparecimento).

→ Os edifícios devem ser económicos, limpos e úteis para a função determinada.

“Menos é mais”, Mies Van der Rohe

“A forma segue a função”, Sullivan

Três Principais Linhas Evolutivas da Arquitetura Moderna:

1º LINHA

 Ideal arquitetónico absolutamente ligado ao projeto moerno e à visão de mundo iluminista;


 Génese na arquitetura realizada com as inovações tecnológicas da Revolução Industrial;
 Problema estético → secundário;
 Tem muito mais a ver com a causa social (e não com a estética).

Johnson Wax Building, Racine (1939), Frank Lloyd Wright

Principais influências:

BAHAUS → escolar de arte e arquitetura de vanguard na Alemanha; uma das primeiras escolas
de design no mundo

Ludwing Mies Van der Rohe e Walter Gropius (1926)

2ª LINHA – Considera as alterações ocorridas nos disversos momento do séc. XIX na definição e
teorização da arte e do seu papel na sociedade.

Especial destaque: Arts and Crafts e Art Nouveau

Considerando várias visões de mundo que propõem novos caminho para a estética

Movimento Dadá

3ª LINHA – Base no Modernismo.

Afima-se que a arquitetura moderna surge com a génesa do movimento moderno, sendo as
interpretações anteriores apenas consequências dessa forma de pensamento.

ARQUITETURA MODERNA → profundas modificações estéticas propostas pelas vanguardas artísticas das
décadas de 10 e 20.

Cubismo, Abstraccionismo (Bauhaus, De Stijl, vanguarda russa) e o Construtivismo.

Gerrit Rietueld

Casa Schroder, Holanda (1924)

MATERIAS: betão, vidro e madeira.

Princípios Abstractos do Movimento Stijl:

 Planos sobrepostos;
 Espaço sem forma;
 Grandes envidraçados;
 Inovações tecnológicas da Revolução Industrial.

Walter Gropius

Edifício da Bahaus, Dessau (1926)

MATERIAS: vidro e ferro.

Impressão → ponto de concentração de toda a luz e claridade existente → vidro + paredes


brancas

Peso das paredes é neutralizado por:

 Altas paredes de vidro;


 Brancura irradiante.

Frank Lloyd Wright

Casa da Cascata, Bear Run, Pensilvânia (1936-1939)

MATERIAS: betão, vidro e prensados de madeira pré-fabricada.

 Aplicação do conceito: prairie houses.


 Grandes corpos balançados sobre a cascata.
 Horizontalidade.
 Interior/exterior: refletem a pureza da tradição japonesa.
 Ligação à natureza → harmonia.
Le Corbusier

 Edifícios sobre pilotis;


 Planta livre;
 Fachada livre;
 Janela em fita;
 Terraço-jardim.

Invenção do conceito PROMENADE

Villa Savoye (Poissy, 1929/31)

Conceitos:

 Máquina de habitar;
 Cidade radiosa.

Unidade de Habitação, Marselha, França (1946/52)

Edifício auto-suficiente → todas as funções de uma cidade

SÉCULO XX – XXI (TRANSIÇÃO DO MILÉNIO)

Arquitetura High Tech

Corrente que emergiu nos anos 70 → grande desenvolvimento tecnológico (corrida ao espaço)

Movimento centrado no emprego de materiais de alta tecnologia

Edifício → catalisador → cria condições técnicas, estimula processos, mas não os cristaliza

 Flexibilidade da arquitetura contemporânea;


 Pesquisa de vanguarda na área de informática;
 Plasticidade dos materiais.

TRANSFORMAÇÃO DOS EDIFÍCIOS → acomodar mudanças.

Richard Rogers e Renzo Piano – Centro Georges Pompidou, Paris (1ª aplicação)

Norman Foster – Hong-Kong and Shangai Bank

Jean Nouvel – Institut du MAnde Arabe, Paris (1988)

(Aula 06)

Vocabulário Técnico de Arquitetura

1. PAREDES
Cantaria – pedra aparelhada → acabamento.
Junta – linha ou superfície de ligação entre duas peças/elementos.
“Matar a junta” → fazer com que as juntas fiquem desencontradas nas fiadas sucessivas
(alvenaria de tijolo ou pedra aparelhada)-

Parede – vedação vertical de qualquer espaço / muro que sustenta o madeiramento de um


edifício.

Na arq. Existem dois tipos de paredes:


 Estruturais → função resistente;
 Enchimento → divisórias de compartimentos.

Parede interior – divide compartimentos;

Parede lateral – constitui a parte lateral de um edifício;

Parede mestra – estrutural.

Meia-parede – serve a dois edifícios.

Rodapé – faixa de proteção em madeira/pedra/tijolo (nas paredes interiores, junto ao


pavimento ou soalho).

Tabique – divisória/parede delgada (tijolo/tiras de tábuas engradadas e ripadas – cobertos de


argamassa/estuque) → não suporta cargas → divisão de galerias/salas/quartos.

2. VÃOS EM PAREDES

Cunhal – ângulo formado pelo encontro de duas paredes → pto. Mais fraco da construção →
exige materiais de melhor qualidade e um aparelho bem travado → suportar cargas

Ombreira/Umbreira – peças verticais da guarnição de um vão (porta/janela)


Pano – superfície de uma parede/muro entre duas arestas → parede onde assenta o peitoril de
uma janela → superfície entre cada nervura de abóbada ogival

Alizar – conjunto de peças de madeira → guarnece o vão de uma porta

Padieira (Lintel/Verga) – em madeira/pedra/ferro → se apoia nas ombreiras de uma porta ou


janela (parte de cima)

Soleira – quadrangular de pedra/cimento/madeira/metal → onde assentam os umbrais das


portas/janelas

3. JANELAS
Abertura numa parede → ventilação/iluminação

Formada geralmente por:


 Caixilho – dividido ou não por Pinázios (pequenas travessas) num certo nº de
partes → vidros;
 Caleira – forma de lâmina com orifícios → escoar água/líquidos para os
encanamentos → adapta-se a portas/janelas (deixar passar ar/voz).

Tipos de janelas:

 Janela de ângulo – rasgada no ângulo de um muro;


 Janela aticurga – lintel é menor que o parapeito;
 Janela basculante – folha é móvel em torno de um eixo horizontal;
 Janela de dois batentes – apresenta dois caixilhos;
 Janela falsa – vão preenchido por cantaria;
 Janela fingida – representada exteriormente por uma pintura;
 Janela fixe – folhas não se abrem;
 Janela de sacada – aberta ao nível do pavimento → varanda;
 Janela girante – gira em volta de um eixo vertical;
 Janela de guilhotina – dois caixilhos, um ou os dois deslizam nas ranhuras do aro
de modo a sopreporem-se quando se abre;
 Janela jacente – mais larga do que alta;
 Janela de peito – provida de parapeito;
 Janela de rampa – padieiras e soleira são abertas em talude → apenas para
iluminação;
 Janela rústica – ombreiras são os limites das paredes em que é aberta.

4. PORTAS
Vão rasgado num muro até ao nível do pavimento → acesso

Tipos de portas:
 Porta almofadada – engradada, os vãos deixados entre as couceiras e as
travessas são guarnecidos por almofadas;
 Porta aticurga – templos egípcios → forma prismática ou piramidal truncada;
 Porta cocheira – grande porta → passagem de carros;
 Porta de correr – as batentes deslizam ao longo das paredes em vez de rodarem
sobre gonzos;
 Porta decuma – situada no extremo do decumano máximo;
 Porta engradada – grade constituída por duas couceiras e três travessas;
 Porta de enrolar – elementos de madeira e metal → deslizando no sentido
vertical, enrola junto à verga (quando aberta);
 Porta entaleirada – tábuas grossas ligadas ao macho e fêmea e atravessadaspor
taleiras/travessas em cunha;
 Porta envidraçada – substituem-se as almofadas por caixilhos para vidros.
5. VARANDAS
Alpendre – frente de uma fachada/porta pouco profunda, normalmente sustentada por
colunas/pilares/muros laterais.

Cachorro – pedra/cerâmica/madeira, encravada na parede/muro, saliente, suntenta uma


cornija, cimalha.

Sacada – saliência de elemento excedendo a linda da parede de um edifício.

Terraço – pavimento descoberto sobre um edifício ou ao nível de um andar.

Varanda – obra saliente → no sitio da abertura de uma janela/porta rodeada de grade ou


balaustrada (sacada/balcão).

Guarda – proteção contra quedas.

Patim – pequeno patamar.


6. ESCADAS – degrau, espelho, focinho

7. COBERTURAS

Águas-furtadas/trapeira → último andar de uma casa, aproveitado sobre o madeiramento do


telhado e tendo abertas janelas para lhe dar luz/ar.

Difere da mansarda → forma especial de madeiramento de telhado.

A água deste telhado fica pois roubada/furtada pela janela cuja a frente é vertical. As janelas das
águas furtadas ficam quase sempre recolhidas em relação ao plano da fachada.

O beiral do telhado na sua frente não é interrompido.

Piso de uma casa cuja cobertura é o telhado, tendo uma área útil inferior aos restantes pisos a
que sobrepõe → sótão.

Passadeira – degrau de alvenaria/tijolo/telha em cima do telhado.

Passadiço – corredor/galeria que faz ligação entre dois edifícios ou entre diferentes zonas de
uma construção, passeio lateral de uma rua.
Passeio – parte lateral, um pouco elevada, de algumas ruas → trânsito de peões.

Caixotão – painel reentrante no intrdorso na cobertura de um edifício/teto/abóboda, limitado


por barrote/molduras → forma: quadrada/quadrangular/poligonal, fundo: pintado ou ornado
artesoado (igrejas).

Caleira – canal para escoamento de águas.

Clarabóia – abertura feita numa cobertura → entrada de luz natural.

Vigamento – conjunto de toda a armação ou travejamento que → sustenta a cobertura de um


telhado/teto/sobrado.

Alçado – desenho da fachada; projeção sobre um plano vertical paralelo a uma das faces do
objeto.

Alicerce – fiada de pedras/maciço de alvenaria/betão, enterrados no solos → fundação das


paredes.

Alinhamento – colocação de vários elementos arquitetónicos segundo uma linha ou eixo


determinados; fileira de menires ou bloco de pedras.

Burgau – pedra miúda misturada com areia grossa (cascalho).

Fachada – face exterior de um edifício (distinção → posição: anterior/posterior/lateral).

Embasamento – base continuada ou alicerce → sustentar o edifício.

Cércea – altura de um edifício (molde).

Empena – parte superior e triangular de uma fachada → assenta o vigamento de um telhado de


duas águas.

Prumada – vertical tirada a partir da linha de prumo.

Friso – zona do entablamento entre a arquitrave e a cornija (arq. greco-latina); sem decoração
(exceto na ordem dórica) → faixa pintada ou moldurada; guarnece no interior a parte superior
de uma parede.

Galeria – corredor aberto composto por arcadas/colunatas.

Cave – abaixo do nível do arruamento de acesso.

Sótao – situado entre o teto do último andar de uma casa e o telhado.


Saguão – pequeno pátio estreito e descoberto no interior de um edifício → iluminação e
ventilação.

(Aula 07)

Materiais

 Terra
 Pedra

Sainte Chapelle em Paris → pedra e vidro (vitrais)

 Betão e pedra
 Ferro e vidro
 Aço e vidro
 Vidro e aço
 Alumínio e vidro
 Titânio

Formas

Grécia clássica → derivação da construção em pedra a partir da construção com madeira.

(imagem)

Período Romano → construção em pedra e betão; novas formas e volumes contendo mais do que um
piso.

Período Renascentista → construção com pedra e madeira; sistema construtivo inovador: cúpula;
utilização da cúpula e dos vãos p/ a iluminção/ventilação.

Igreja Santa Maria di Fiori, Florença

Casa típica da zona Marsh Arabes no Iraque → totalmente construída com canas; forma rudimentar de
construção.

Casa típica Shinto Shrine na zona Ise do Japão → madeira e colmo; habitação.

Casa típica da Ilha de Gotland na Suécia → madeira e colmo; depósito agrícola de madeiras e feijão.

Casa típica rural do norte da Noruega → largas traves de madeira, cobertura: terra e ervas; habitação.

Museu Hamar Bispegard na Noruega → elementos estruturais construídos com lamelado de madeira
colada; pavimento em bancada em betão.
Westminster Hall em Londres → cobertura em carpintaria (período medieval) com madeira de
casquinha.

Cúpula da Catedral de Ely em Inglaterra → pedra e madeira.

(Aula 09)

Interação da Arquitetura com a Engenharia

TEMA ARQUITETURA ENGENHARIA


Definição Arte da Edificação Cinência da Construção
Origens e Formação Beaux Arts (história) École Polytechnique (lógica)
L.B. Alberti – 1446 Galileu – 1638
“De Re Aedificatória” “Diálogo Sobre as Duas
Delineamento e Matéria Novas Ciências”
Cinemática: Leis da
Aceleração e da Isocronia do
Pêndolo
Objeto Organização espacial das Organização da construção
formas edificadas
Objetivos Satisfazer as necessidades e Optimização de
sensações custo/qualidade
Modos de inferência Abdutivo: a conclusão é Indutivo: n → n+1
verosimel. Dedutivo: Se... Então...
Reflexão em ação.
Metodologia Sintética e morfológica: das Analítica e funcional: das
partes com as partes, das partes com as partes,
partes com o todo, manipulando processos e
manipulando formas e produtos
significados.

“O quê, quem, onde, porque meios, porquê, como, quando?”

Marcus Fabius Quintilianus in Instituto Oratotia, I séc. a.C.

Modelos de representação Proporcionais. Simbólicos e analógicos.


Linguagens de expressão Desenho livre e rigoroso. Cálculo e desenho técnico.
Delineamento: linhas e
ângulos (L.B.Alberti – 1486)
Critérios de aferição Folgados Rigorosos
Crítica: cronologias, obras, (...)
autores, tópicos
Estética: harmonia, escalas
musicais e proporcionais
Paradigmas Arte, disciplina e ciência do Ciência do artificial
artificial
Problemas Mal estruturados: Bem estruturados.
Não têm formulação
definitiva nem regra de
paragem; mais ou menos
aceitáveis, únicos e
sintomáticos de outros
problemas; não existe
conjunto numerável de
soluções nem teste final.
Disciplinas auxiliares Ciências humanas e artes Ciências matemáticas e
visuais físicas
Atribuições Profissionais Estatuto da Ordem dos Estatuto da Ordem dos
Arquitetos Engenheiros
“...defesa do meio ambiente
e dos recursos naturais, a
segurança do pessoal
executante, dos utentes e do
público bem como a procura
das melhores soluções,
ponderando fatores de
economia...” (Artº1 do
Código Deontológico)
Problemáticas profissionais (...) Urbanismo, informática,
produtividade agrária,
proteção ambiental,
biotecnologia, obras
públicas-geotécnica,
recursos naturais,
construção naval,
investigação e formação,
universidade → empresa
Grau de especialização Nulo, para efeitos Elevado
profissionais Civil, eletrotécniva, minas,
química, naval, geográfica,
agronómica, silvícola,
metalúrgica e mecânica
Órgãos de classe Ordem dos Arquitetos Ordem dos Engenheiros

(Aula 11)

Interação da Arquitetura com a Sustentabilidade

50% da população mundial vive hoje em cidades

80% da população da Europa vive hoje em cidades

→ aumentar de 6 para 9 biliões durante este século


Construção de edifícios mais sustentáveis → novo processo de construção também ele mais sustentável.

Finais dos anos 80’s → Instituto dos Arquitetos Americanos → Comité de Ambiente (COTE).

1993 → Conselho da Construção Verde dos EUA (USGBC) → objetivo: transformar e qualificar a industria
da construção → ranking construção verde.

Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) → avaliação da construção sustentável →


eficiência energética e qualidade do ar interior (hoje utilizado nos EUA e Canadá).

Institut du monde arabe, Paris (1988), Jean Nouvel

→ a luminosidade do ambiente é regulada através de painéis com diafragmas, semelhantes aos das
máquinas fotográficas.

The Tjibaou Centre Cultural in New Caledonia (1993/98), Renzo Piano

Conceito de Construção Sustentável

“Criação e gestão responsável de um ambiente construído saudável, baseado na eficiência de rescursos


naturais e princípios ecológicos.” (Kibert, Charles, 1994)

Procura responder às necessidade atuais minimizando os impactes ambientais através da concretização


de vários objetivos:

 Aumento do ciclo de vidas das construções;


 Economia de energia, água e materiais;
 Utilização de materiais reutilizáveis de origem natural e local;
 Reciclagem de resíduos associados ao fim de vida das construções.

Poupança de
água potável

Qualidade
ambiental no Local Eficiência
interior dos energética
edifícios
sustentável

Preservação
dos recursos e
conservação
dos materiais

Local sustentável:

 Onde já existam infraestruturas construídas → antigas zonas industriais descontaminadas;


 Possibilidade de criação de novos tipos de mobilidade;
 Minimize o parqueamento automóvel e desencorajem a sua utilização;
 Permita o aproveitamento das águas das chuvas;
 Preserve e dinamize os espaços livres naturais;
 Permita o aproveitamento da luz solar;
 Contribua para o controlo da luz elétrica durante a noite.

Eficiência no uso de água:

 Redução das áreas impermeabilizadas;


 Controlo das áreas irrigadas rezindo-as ao mínimo;
 Seleção do sistema mais eficiente para as águas utilizadas;
 Promoção no local do tratamento e utilização de águas utilizadas.

Eficiência energética:

 Redução de consumos de energia nos edifícios;


 Aproveitamento máximo da luz solar para iluminação;
 Implementação de sistema de produção de energia renovável no local;
 Não contribuir para o aumento do efeito estufa através dos sistemas de climatização dos
edifícios.

Preservação dos materiais de construção e redução de resíduos:

 Locais para reciclagem durante a fase de construção;


 Redução da produção de resíduos;
 Reutilização de edifícios e aproveitamento de materiais de construção provenientes de outros
edifícios;
 Utilização de materiais extraídos ou produzidos na região;
 Aquisição de produtos com base em madeira provenientes de florestas sustentáveis.

FASES DE INTERVENÇÃO MEDIDAS DE INTERVENÇÃO


Projeto  Adoção de soluções passivas para a
conservação de energia e conforto
ambiental
 Sistema construtivo detalhado e
exata compatibilidade entre as
especialidades do projeto
Construção  Solução construtiva rigorosa e
detalhada
 Critério de seleção de produtos e
materiais (eco-produtos)
 Impactes ambientais temporários
durante a construção
Utilização  Controlo de usos e atividades
 Procedimentos de utilização
Manutenção  Definição de rotinas e
procedimentos de manutenção
 Monitorização de nível de eficiência
mantido

Iluminação:

Aproveitar luz natural para servir as necessidades das actividades desenvolvidas no edifício.

Eventuais consumos energéticos para colmatar as necessidades

Para obter o máximo aproveitamento da luz natural deve-se considerar:

 Forma e volume do edíficio


 Superfície e características das áreas envidraçadas
 Orientação solar

Qualidade do ar

 Adequação dos espaços à sua função e número de utilizadores


 Condições óptimas de ventilação preferencialmente natural
 Selecção de materiais que não causem residuos ou poluição atmosférica (amianto)

Temperatura

Factor mais importante a nível de conforto ambiental e que mais influência o consumo energético.
Factores:

 Inércia da construção
 Área de exposição solar directa
 Caudal e velocidade da renovação do ar

Gestão de Água

 Instalação de sistemas de redução e controle do fluxo de água em torneiras e autoclismos


 Sistemas de reutilização de águas cinzentas (para rega ou autoclismos)
 Sistemas de recolha de água das chuvas

Ruído

A fim de garantir o conforto acústico e insonorização face ao ruído exterior deve ser tido em conta:

 A configuração do edifício
 A dimensão das divisórias e sua articulação
 O sistema construtivo utilizado
 Os materias de revestimento das superfícies

Humidade

Influência o grau de conforto térmico e propicia o aparecimento de bactérias e fungos que causam
patologias aos humanos. No entanto ventilação forçada desnecessária ao invés de natural está tambem
na origem de várias patologias.

 Utilização de ventilação natural correctamente dimensionada e adaptada às diferentes


estações
 Selecção de materiais que se adaptam as condições de humidade do meio interior e
exterior

Utilização

A articulação das partes do edifício de forma funcional e ergonómica e atenção à qualidade na


construção e materiais empregues contribuem para o conforto sensitivo do ser humano. A organização
espacial de acordo com o uso do espaço contribuem para o conforto necessário para as actividades a
desenvolver no edifício.

Manutenção

A manutenção da eficiência e sustentabilidade de um edifício é tão importante como a sua manutenção


como património

 Minimiza necessidade de novas construções


 Manutenção do conforto ambiental previsto no projecto
•Definição clara de usos e actividades
•Maximização de conforto e eficiÊncia
•Requisitos socio-económicos
Programa

•Localização
•Caracteristicas do ecossistema local
•Dados sobre vento, radiação solar e chuvas
•Geometria
•Solução estética
Projecto •Sistema Construtivo
•Sistemas de eficiencia energética
•...

•Procedimentos sustentáveis
•Estudo de alternativas
•Redução do impacte
Construção •Segurança, higiene e saúde no trabalho

•Manual de utilização
•Listagens de materiais, produtos e fornecedores
Exploração/ •Controlo do uso dos espaços
Utilização

•Manual de Procedimentos
•Listagens de materias recicláveis/reutilizáveis
•Resíduos a eliminar
Desconstrução

•Verificação de eficiência
•Correcção em futuras intervenções
Monitorização

Princípios da arquitectura sustentável

A arquitectura sustentável não está associada a nenhum estilo arquitectónico, baseia-se no conforto,
diminuição de resíduos e de consumo.
Segundo a agenda 21:

Espaço

Conforto Resíduos

Energia
Água
Materiais
Adequação Construção

Participação

Indicadores de sustentabilidade

 Conforto térmico, acústico e visual


 Qualidade do ar interior
 Consumo energético
 Fontes energéticas
 Emissões de CO2
 Consumo de água potável
 Ciclo de vida dos materiais.

Exemplos de projectos sustentáveis:

 Terraced houses – Affoltern am albis, Suiça


o Construção em madeira local
o Telhados verdes (recolha de água
o Uso da energia solar de forma passive e activa
 Edifício Salvatierra – Rennes , França
o Estrutura em betão, terra e madeira
o Uso de materiais pré fabricados
 Urbanização da Quinta do Zé Rita – Barreiro, Portugal
o Geometria permite um aumento das zonas verdes, e espaços comuns
o Vegetação seleccionada para permitir a ventilação natural e controlo da temperatura e
da qualidade do ar
(Aula 12)

PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA RISCOS DE INCÊNDIO

Objetivos:

 Deteção, alarme e alerta precoces de um foco de incêndio;


 Permitir evacuação de pessoas de forma rápida e segura: caminhos de evacuação, prevê o
controlo de fumo nos espaços, sinalética e iluminação de emergência;
 Impedir de forma passiva a propagação do incêndio → compartimentação corta-fogo, definição
do comportamentos dos materiais de acabamento em relação ao fogo;
 Criar meios de combate ao incêndio de 1ª e 2ª intervenção e automáticos;
 Garantir condições para os bombeiros;
 Garantir que o edifício não entre em colapso → proteção dos elementos estruturais contra o
fogo;
 Definição de medidas de autoproteção.

Este projeto é transversal às diversas especialidades envolvidas no projeto de edifícios.

Estabilidade → proteção contra o fogo dos elementos estruturais.

Instalações Elétricas → deteção de incêndios.

Águas e Esgotos → rede de combate a incêndios.

Instalações Mecânicas → sistemas de controlo de fumos.

ACESSIBILIDADES

(Aula 13)

Regime Jurídico

Autor de projecto – técnico ou técnicos que elaboram e assinam com autonomia o projecto de
arquitectura e cada um dos projectos de engenharia ou paisagismo, com todas as resposabilidades que
daí advém.

Coordenador de projecto – autor do projecto ou técnico que integra a equipa e a quem compete
garantir a articulação da equipa de projecto. Assegura a participação dos vários membros, a
compatibilidade entre os projectos e as condições necessárias à realização do projecto nos moldes
previstos pelo/os autor/es do projecto.

Empresa de Projecto – Pessoa singular ou colectiva que assume a obrigação contratual de elaboração de
projecto.

Equipa de Projecto – Equipa multidisciplinar com o objectivo da elaboração do projecto contratado pelo
dono da obra. (integram-na os autores de projecto e o coordenador).

Projecto – Conjunto coordenado de documentos escritos e desenhados, incluem o projecto ordenador e


outros. Caracterizam a concepçao a nível funcional, estétito e construtiva.
Projecto ordenador – matriz dos outros projectos e que define as características impostas pela função
da obra contratada.

Técnico – pessoa singular qualificada/formada e certificada para desempenhar funções no processo de


elaboração e execução do projecto.

Deveres do coordenador de projecto:

1. Representa a equipa de projecto durante as fases de projecto perante o dono da obra, o


director de fiscalização de obra e quaisquer outras entidades
2. Verificar a qualificação dos membros da equipa de projecto
3. Assegurar a articulação dos membros da equipa em função das características do projecto e
com os restantes membros assegurar a funcionalidade e exequibilidade das soluções adoptadas.
4. Assegurar a compatibilidade entre peças desenhadas e escritas, de modo a garantir a
integridade e coerência do projecto.
5. Junto do dono da obra clarificar o impacte no custo/eficiência das soluções propostas.
6. Certificar que o coordenador em matéria de segurança e saúde actua em conformidade com a
lei.
7. Verificar o respeito da lei na elaboração do projecto, sem deste modo retirar responsabilidades
a cada autor de projecto.
8. Instruir o processo para constituição da equipa de projecto.
9. Disponibilizar ao dono da obra, autores ou intervenientes na execução que assim solicitem,
todas as peças do projecto e o processo de constituição da equipa.
10. Comunicar com um prazo de 5 dias úteis e cessação de funções como coordenador.

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