Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Luiz Marques
2
Agradecimentos
Prefácio
Introdução
Parte I – Convergência
4. Combustíveis fósseis
4.1. A poluição nos processos de extração e transporte
4.2. O pico do petróleo líquido
4.3. Subsídios aos combustíveis fósseis
4.4. Petróleo e gás não-convencionais. A devastação maximizada
4.5. Desintoxicação ou overdose?
5. A regressão ao carvão
5.1. Os quatro fatores que favorecem a regressão
5.2. 1199 novas usinas termelétricas movidas a carvão
5.3. “A nuvem começa com o carvão”
5.4. O mais poluente dos combustíveis fósseis
5.5. Chuvas ácidas
5.6. O Brasil, a siderurgia e o carvão vegetal
6. Mudanças climáticas
6.1. O aquecimento global
6.2. Desaceleração do aquecimento global desde 1998?
6.3. Projeções para 2050 e para 2100
6.4. Descarbonização. Probabilidades de aumentos no topo das projeções
6.5. Um aquecimento de 2º C é ainda seguro?
6.6. O buraco na camada de ozônio no Ártico
6.7. Elevação do nível do mar
6.8. A bomba-relógio do metano
3
Introdução
“O homem, por seu egoísmo tão pouco clarividente em relação a seus próprios
interesses, por sua inclinação a explorar tudo o que está à sua disposição, em
suma, por sua incúria por seu porvir e pelo de seus semelhantes, parece
trabalhar para o aniquilamento de seus meios de conservação e a destruição
de sua própria espécie. Destruindo por toda a parte os grandes vegetais que
protegiam o solo para obter objetos que satisfazem sua avidez momentânea,
ele conduz rapidamente à esterilidade o solo que ele habita, causa o
esvaimento dos mananciais, afasta os animais que neles encontravam sua
subsistência e faz com que grandes partes do globo, outrora férteis e povoadas
em todos os sentidos, tornem-se agora nuas, estéreis, inabitáveis e desertas.
(...) Dir-se-ia que o homem está destinado a exterminar a si próprio, após tornar
o globo inabitável”.
Fonte: The Crédit Suisse Global Wealth Report 2013 (em rede)
Observação: Riqueza (Wealth) é aqui entendida como o conjunto dos ativos de um indivíduo adulto.
(3) a opacidade entre causa e efeito, isto é, a dissociação 18 entre estilo de vida
e suas consequências ambientais. E inversamente, a dissociação entre as
crises ambientais e suas consequências sobre as sociedades (os “efeitos de
retorno negativo”, discutidos no capítulo 14). Nos dois sentidos da flexa, é
quase sempre impossível provar cientificamente com 100% de certeza e, mais
importante, perceber na experiência cotidiana um vínculo imediato e inequívoco
entre causa e efeito;
(6) talvez o mais importante fator a reforçar o bloqueio mental aqui discutido é a
crença de que os Estados são ainda capazes de assumir sua parcela de
responsabilidade na condução de políticas susceptíveis de reverter a
degradação em curso da biosfera. Essa crença não leva em conta a nova e
mais profunda aliança que se está a selar entre o Estado e as corporações,
como se procurará demonstrar a seguir.
Isto não significa que não haja mais tensão entre o Estado e as
corporações. Mas esta mudou de natureza. Outrora, o Estado era, por assim
dizer, o espelho de uma dada correlação de forças, isto é, da capacidade de
cada classe de se fazer presente e de influenciar – através das lutas sociais,
dos sindicatos, partidos, representações parlamentares, etc – sua política
sócio-econômica e suas diretrizes políticas fundamentais. Hoje, na tensão entre
Estado e corporações predominam outros fatores, entre os quais: (1) a
legislação fiscal, sua implantação e fiscalização, a manipulação contábil e a
evasão de impostos em paraísos fiscais (veja-se capítulo 12); (2) a importação
para dentro do Estado dos conflitos entre os diversos grupos do mundo
corporativo, em função de interesses e alianças conjunturais do Estado com
este ou aquele grupo corporativo; (3) interações disfuncionais entre Estado e
corporações, tais como a corrupção 44 e a burocracia, etc.; (4) enfim, e apenas
secundariamente, as pressões da sociedade civil para que o Estado reassuma
sua identidade histórica de promotor de políticas ambientais e de bem-estar
social. Apenas secundariamente, porque a capacidade e a disponibilidade dos
Estados para atender a essas pressões são cada vez mais condicionadas pelo
pacto corporativo que rege hoje essa nova natureza emergente do Estado. Em
suma, as tensões entre Estado e corporação resultam da metabolização in fieri
na digestão simbiótica de um organismo por outro. Uma metabolização que
deve permanecer imperfeita, pois é apenas conservando um resíduo de
identidade e autonomia em relação às corporações que essa nova entidade
híbrida, o Estado-Corporação, legitima-se aos olhos da sociedade e se mostra
funcional a si próprio.
Portanto, quando nos perguntamos por que, segundo o Climate Change
Performance Index (CCPI) de 2013, “os esforços protetivos [dos Estados] em
relação às mudanças climáticas estão ainda muito aquém do suficiente”, a
resposta começa a se desenhar. Os Estados não têm mais o poder, nem o
interesse e nem mesmo mais a percepção de que lhes caberia agir – como
poder público – em nome da consciência ambiental coletiva e, por conseguinte,
em dissonância com os interesses indefectíveis das corporações: aumentar a
produção e o consumo globais e garantir o fluxo internacional de insumos a
preços que garantam a taxa de lucro.
3. O retrocesso do multilateralismo
Fonte: Jeff Tollefson, Nature, 503, 14/XI/2013, p. 175, a partir de PBL Netherlands Environ. Assessment Agency/UNEP
“invisível” que consiste nos serviços prestados ao homem pelas florestas, pela
biodiversidade e pelos ecossistemas –, entre 1985 e 2010 o capitalismo
destruíra a natureza num valor estimado entre 2,5 a 4,5 trilhões de dólares. O
relatório projeta que em 2050 a destruição dos ecossistemas corresponderá a
18% de toda a produção mundial89. Acerca desses prejuízos externalizados
pela contabilidade corporativa, o relatório GAR 13 da UNISDR, acima citado,
mostra que, “por exemplo, incêndios de coberturas vegetais afetam hoje em dia
todos os continentes com custos dos danos aos ecossistemas tropicais
potencialmente de mais de 3 trilhões de dólares por ano” 90.
Nas próximas crises, os pesos relativos dos fatores econômicos e dos
fatores ambientais na geração das crises tenderão a se inverter, cabendo ao
ciclo clássico do capitalismo cada vez mais um papel apenas coadjuvante e
aos crescentes custos das crises ambientais, acima estimados segundo
diversas abordagens e metodologias, cada vez mais o papel de protagonista.
Como bem afirma James Leape, Diretor Geral Internacional da WWF:
O dies irae do burguês não chegou. O vaticínio não se realizou nem na Rússia,
nem alhures. O capitalismo foi capaz de se dotar de legalidade institucional, de
administrar a pressão social ou, quando acuado, de eliminá-la pelo nazi-
fascismo e regimes congêneres. Suas piores crises econômicas, suas mais
extremas near-death experiences, dispararam mecanismos de parcial
autofagia, de fortalecimento dos mais aptos, de concentração do capital e de
inovação tecnológica, que provocaram sucessivos resets no sistema,
permitindo-lhe renascer mais forte e vigoroso de suas cinzas.
Desde a crise de 2007-2008, a fênix, contudo, tarda a renascer, ou
melhor, está renascendo com a autonomia de voo de uma galinha. Não porque
tenha desaprendido a voar, mas porque encontrou seu teto: os limites da
biosfera. Esses limites mostram-se mais cruamente na China, país que se
asfixia em seu “arpocalipse” e se afunda na mais tentacular crise ambiental do
planeta. Mas eles estão por toda a parte e constituem um anel de ferro que
nenhuma política econômica poderá romper. Pois dopar a economia global com
anabolizantes (subsídios, facilitação do crédito, “relaxamento monetário”,
“inovação” tecnológica para maior produtividade, etc.) no fito de lhe devolver
seu desempenho passado apenas aumentará a pressão sobre os recursos
naturais e corroerá mais ainda o que ainda resta dos pilares de sustentação da
vida no planeta. E, na mesma proporção, diminuirá ainda mais as chances de
funcionamento da engrenagem da acumulação. O que parece ser mais uma
crise dentro do capitalismo é, na realidade, uma crise do capitalismo, ou mais
precisamente das relações entre o sistema econômico e seus limites físicos 97.
Assim, embora o business cycle do capitalismo continue a se produzir, o gráfico
abaixo, elaborado por Gail Tverberg, mostra o quanto o crescimento médio
ocorrido em cada um desses ciclos é decrescente.
Cada linha deste livro tem por objetivo argumentar em favor da ideia
contrária, isto é, de que tudo acabará mal – muito mal e muito em breve – para
um número incontável de espécies, entre as quais a nossa, se não formos
capazes de reagir a tempo e à altura dos desafios que nos confrontam.
Embora lidando com dados e análises colhidos na literatura científica ou
de divulgação científica, este livro inscreve-se, como seu título o indica
suficientemente, no campo da história e das assim chamadas “ciências
humanas”. Sua ambição é contribuir para o reconhecimento da centralidade do
problema das múltiplas crises ambientais presentes, posto que, por sua
envergadura, ubiquidade e aceleração, sua dinâmica aponta para um colapso
23
ambiental global que tornará irrelevante a pauta dos debates que mobilizam
hoje nossas sociedades.
A primeira parte deste livro objetiva reunir e analisar o que a ciência nos
apresenta agora já não mais como tese, mas como crua e elementar
constatação: as crises ambientais estão produzindo rupturas nos equilíbrios
físicos, químicos e biológicos sobre os quais se alicerça a teia da vida. Esta
está, portanto, se desfazendo, o que nos aproxima de um limiar além do qual
deve sobrevir um colapso ambiental. Não sabemos quando nem sob que forma
esse colapso sobrevirá, mas sabemos que ele sobrevirá, se nada for feito, e
que os tempos da profilaxia estão atrás de nós. O traço definidor do momento
presente é a corrida contra o relógio. Em 2009, a Agência Internacional de
Energia (AIE) advertia: “Salvar o planeta não pode esperar. Cada ano que
passa torna-se mais estreita a janela de oportunidade de ação em relação às
emissões em dado período – e os custos de transformação do setor de energia
aumentam. (...) É chegado o tempo de fazer as escolhas duras necessárias a
transformar as promessas em ação” 103. O quinto relatório de 2013 do IPCC
sublinha: “os riscos que estamos correndo aumentarão a cada ano” 104. Essas
advertências valem para todas as crises ambientais discutidas nos 11
primeiros capítulos deste livro.
Talvez não esteja em poder do Homo sapiens desmontar a armadilha
que seu engenho lhe armou. Mas a primeira condição para enfrentar as crises
ambientais presentes é aceitar as constatações acima enunciadas e colocá-las
sem subterfúgios como o problema central da humanidade. É encorajadora,
ainda que inverificável, a proposição de Marx segundo a qual “a humanidade
só se coloca tarefas que ela pode resolver” 105. Mas há uma questão prévia: ela
não será jamais capaz de resolver um problema se não o reconhecer como tal.
De nosso ponto de vista, o que é preciso reconhecer pode-se exprimir nas
duas teses centrais deste livro.
A primeira é que, por definição, o capitalismo é insustentável em termos
ambientais. Assim sendo, a esperança de torná-lo sustentável pode ser
considerada como a mais extraviante ilusão do pensamento político, social e
econômico contemporâneos.
Tinha razão há quarenta anos Arnold Toynbee quando sentenciava 106:
Tem razão, em 2011, Paul Gilding ao afirmar em seu acima citado livro: “nosso
problema não é apenas o débito, ou a desigualdade, ou a recessão, ou a
influência das corporações, ou a devastação ambiental. É o pacote inteiro (the
whole package): o sistema está profundamente avariado e não pode mais ser
reparado por reformas”. A mesma hipótese motiva Nafeez Mosaddek Ahmed,
cujo livro “explora a hipótese segundo a qual essas crises [ambientais]
aparentemente separadas são de fato manifestações da disfunção de um
sistema global, político, econômico, ideológico e ético, disfunção que
caracteriza a civilização industrial in toto”107.
É difícil recusar o diagnóstico proposto por esses autores, de resto,
idêntico ao de tantos outros anteriores a eles. Em uma linguagem mais
24
***
Segundo a FAO, entre 2000 e 2010, o mundo perdeu 1,43 milhão de km 2 (130
mil km2 x 11), o que é mais, proporcionalmente, que os 2 milhões perdidos nos
últimos 31 anos (1980-2010). Além disso, do total dos 10 milhões de km 2 de
perda de floresta ocorridos nos últimos 210 anos, nada menos que 14,3% (1,43
milhão de km2) ocorreram no primeiro decênio de nosso século, isto é, nos 5%
finais desses dois séculos.
“as florestas primárias, mais ricas em biodiversidade, devem perder até 2050
13% de sua area (…) As florestas primárias (…) têm decaído e estima-se que
diminuirão constantemente até 2050, mantido o cenário de base”.
Os incêndios
“No oeste quente e seco dos EUA, a estação dos incêndios dura agora cerca
de 75 dias mais que há uma década”125. Segundo o Arctic Climate Impact
Assessment (ACIA), “a área total queimada na América do Norte tem
aumentado em correspondência com os recentes aumentos de temperatura e
outras mudanças climáticas (...). A área anual queimada no oeste da América
do Norte dobrou nos últimos 20 anos do século XX (...). Ainda que baseada em
estatísticas menos precisas, uma tendência similar parece se verificar também
31
“sete vezes mais incêndios maiores que 10 mil acres [cerca de 40 km 2] cada
ano; cerca de cinco vezes mais incêndios maiores que 25 mil acres cada ano;
duas vezes mais incêndios de mais de mil acres cada ano, com uma média de
mais de 100 por ano entre 2002 e 2011, comparado com menos de 50 durante
os anos 1970. Em alguns estados o aumento dos incêndios é ainda mais
dramático. Desde os anos 1970, a média de incêndios de mais de 1000 acres
quase quadruplicou no Arizona e no Idaho, e dobrou na Califórnia, Colorado,
Montana, New Mexico, Nevada, Oregon, Utah e Wyoming”.
Há, além disso, uma forte correlação entre o aumento de incêndios maiores e o
aumento das temperaturas médias nos EUA, como mostra o gráfico abaixo.
Fonte: The Age of Western Wildfires. Climate Central, Princeton e Palo Alto,
Setembro de 2012 http://www.climatecentral.org/wgts/wildfires/Wildfires2012.pdf
Observação: 58º F = 14,4 C / 60º F = 15,5º C
Fazendeiros incendiários
Mesmo que esse percentual caia ainda para 12%, segundo os autores de um
trabalho de 2009 publicado na Nature Geoscience136, que sublinha a
aceleração dos demais emissores de gases de efeito estufa, deve-se ainda
assim levar em conta que à liberação na atmosfera de CO 2 gerada pelo
desmatamento deve-se acrescentar a gerada pela expansão da fronteira
agrícola e agropecuária, o 4º fator na tabela acima. Isto significa que os 14%
correspondentes às emissões da agricultura são indissociáveis das emissões
decorrentes do desmatamento, havendo aqui um efeito combinado.
(http://darwin.bio.uci.edu/~sustain/bio65/lec15/b65lec15.htm)
Ásia
Fonte: C. O. Paullin, Atlas of the Historical Geography of the United States, Westport, Greenwood Press.
Em 1620, cerca de metade da área dos EUA, algo como 4 milhões de km 2, era
coberta de florestas. O desmatamento atinge proporções alarmantes já em
1850, mas é a partir de 1878, com a promulgação do Free Timber Act e do
Timber and Stone Act, leis pelas quais as terras de domínio público da União
tornavam-se adquiríveis a preços simbólicos (US$ 1,25 a 2,5 por acre) por
qualquer pessoa de nove Estados dos EUA, que tem início a mais desenfreada
devastação. Por volta de 1880, 1.600.000 km 2 de florestas nativas haviam sido
destruídas. Em 1885, seis projetos de lei para a criação de reservas florestais
são apresentados ao Congresso dos EUA. Nenhum deles é aprovado. Em
1891, institui-se o National Forest System. O Congresso outorga por lei o
37
África subsahariana
Tabela comparativa dos dez países que mais desmataram suas florestas
nativas entre 2000 e 2005 (em hectares por ano):
38
Fonte: FAO
País Km2
Brasil 34.660
Indonésia 14.478
Rússia 5.322
México 3.950
Papua 2.502
Perú 2.246
Estados Unidos 2.152
Bolívia 1.352
Sudão 1.178
Nigéria 820
Total 67.308
Total sem o Brasil 32.648
(Fonte: FAO)
Como se vê, entre 2000 e 2005, o Brasil desmatou mais que a soma dos nove
outros maiores desmatadores do planeta.
Como se chegou a tão funesto protagonismo? Ninguém ignora que,
durante toda sua história, as estruturas socioeconômicas fundamentais da
sociedade brasileira constituíram-se através da ocupação predatória de seu
território, em sentido leste-oeste. Assim, a Mata Atlântica que outrora bordejava
a faixa costeira do país devia ser a primeira vítima da predação. De sua área
original de 1.350.000 km2, que chegou a cobrir 15% do território brasileiro, o
equivalente a um quarto de toda a área da Amazônia Legal, restava em 1993
apenas 7%153. A FAO fala em 8%, a SOS Mata Atlântica fala em 7,9% de sua
área original, considerados apenas os fragmentos acima de 100 hectares,
representativos para a conservação da biodiversidade. De qualquer maneira,
isto significa em seu conjunto algo em torno de apenas 100 mil km 2 de mata.
39
Fonte: Folha de São Paulo, a partir do Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica.
Fundação SOS Mata Atlântica e INPE
Além dos 219,77 km2 de perda de florestas, houve nesse mesmo período de
doze meses (2011-2012) supressão de 15 km 2 de vegetação de restinga e 0,17
km2 de destruição de mangues. Mario Mantovani, da SOS Mata Atlântica,
destaca entre as “causas importantes” desse desmatamento, sobretudo em
Minas Gerais: "a indústria do carvão, a siderúrgica e as licenças concedidas
ilegalmente”.
O mesmo processo de destruição ocorre com os outros grandes biomas
do país – o pantanal, o cerrado, a caatinga, os pampas e a floresta amazônica.
O cerrado, por exemplo, é um bioma riquíssimo que abrigava até os anos 1970,
mais de 10 mil espécies de plantas, quase 200 espécies de mamíferos, mais
de 600 espécies de aves e por volta de 800 espécies de peixes 155. Ele já
perdeu para a agricultura e a pecuária mais de 50% de sua cobertura primária
e apenas entre 2008 e 2010 foi desmatado em mais 14.106 km 2 de sua
vegetação original156.
A catástrofe militar
A engrenagem da destruição
Os governos civis
Dos 754.840 km2 desmatados entre 1970 e 2012, segundo os dados do IBGE
acima citados, os 25 anos de governo civil (1988-2012) desmataram 404.218
km2, conforme mostra o gráfico abaixo, com três grandes picos nos governos
de Sarney, Itamar e Lula.
“Até 2020, o governo brasileiro tem uma meta voluntária de reduzir em 80% o
desmatamento em relação à média do período de 1996 a 2005, de acordo com
o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, para o nível de 3.925 km2.”
Fonte: André Monteiro, Dalton Cardoso, Denis Conrado, Adalberto Verissimo & Carlos Souza Jr. (Imazon),
“Transparência – Manejo Florestal”, 2012 (pdf)
“a área mapeada como degradação em 2007 (15983 km2) que foi convertida
em corte raso em 2008, e, portanto, contabilizada pelo PRODES, foi de 1982
km2.”
Mais de 12% das áreas da floresta que foram alvo da atividade madeireira
seletiva em 2007 foram, em apenas um ano, vítimas de uma devastação
completa. O mecanismo em ação parece evidente: antes de se abater a
floresta para fazer avançar a fronteira agropecuária, extraem-se dela as
árvores mais lucrativas.
País
Aceleração da Escassez
“No breve intervalo de uma ou duas gerações, a maioria dos nove bilhões de
habitantes da Terra estarão vivendo a adversidade de uma grave escassez de
água. (...) Os cientistas da água estão mais que nunca convencidos que os
sistemas de água doce em todo o planeta estão em estado precário. (...) Diante
da escolha entre água para um ganho econômico de curto prazo e água para a
saúde dos ecossistemas aquáticos, a sociedade em geral escolhe o
desenvolvimento, frequentemente com consequências deletérias para os
próprios sistemas aquáticos que fornecem esse recurso. (...) O atual aumento
do uso de água e os danos aos sistemas aquáticos avançam numa trajetória
insustentável. Entretanto, o atual conhecimento científico não pode predizer
exatamente como ou precisamente quando se ultrapassará, em escala
planetária, o limite. A ultrapassagem desse ponto crítico pode disparar uma
mudança irreversível com consequências potencialmente catastróficas”.
No século XVI, Camões lamenta em seu poema (Lus. I,8) que outro
povo que não o cristão “inda bebe o licor do Santo Rio”. No século XX, o
Jordão tornou-se um filete de água poluída quando atinge o Mar Morto, o qual,
não sendo mais alimentado por ele, baixou 29 metros desde 1960 e sua área
restringiu-se no mesmo período de 950 km 2 a 637 km2. O Rio Amu Dária, na
Idade Média conhecido como Jayhoun, um dos quatro rios do Paraíso, morre
hoje cerca de 110 km antes de atingir o ex-Mar de Aral. Boa parte da bacia
hidrográfica de Bangladesh, alimentada pelas geleiras do Himalaia, está
comprometida, a começar pelo Brahmaputra e por seu afluente, o rio Tista, já
parcialmente seco.
A situação dos rios da China é crítica, sobretudo no norte, região em que
se concentra grande parte de sua produção agrícola e que sofre hoje de
“absoluta escassez de água” (absolute scarcity), segundo o acima mencionado
Indicador Falkenmark (consumo inferior a 500 m3 per capita por ano). Segundo
o que noticiam Dominic Ziegler e John Parker, editores do The Economist para
a Ásia e Assuntos de Globalização, “o número de rios com áreas significativas
de influência caiu de mais de 50 mil, nos anos 1950, para apenas 23 mil
hoje”235. Portanto, 27 mil rios desapareceram, por causa da irrigação e do uso
industrial da água. E muito do restante de seus recursos hídricos está afetado
pela poluição. Song Lanhe, engenheiro-chefe do serviço de monitoramento da
qualidade da água urbana do Ministério do Interior da China, declarou que
apenas metade das fontes de água nas cidades são potáveis.
O caso do Rio Amarelo, berço da civilização chinesa, é emblemático.
Sendo o mais longo do país, ele irriga 15% das terras da China e alimenta 12%
de sua população. Nos últimos tempos, o rio tem secado antes de atingir o mar,
e em 1997 não correu por 230 dias. De onde o chamado “Projeto de
Transposição de Água Sul-Norte” que levará água do Yangtze para os rios
Amarelo e Hai, através de três mil quilômetros de túneis e canais, com
impactos para a hidrologia e a biodiversidade, além de terríveis transtornos
para as 330 mil pessoas que serão deslocadas pelas obras de engenharia.
Além da escassez, a poluição do Rio Amarelo é extrema. Em 2007, a
Comissão para a Conservação do Rio Amarelo, uma agência governamental,
inspecionou 13 mil quilômetros de seu curso e dos de seus tributários e
60
concluiu que um terço das águas é inapropriado até mesmo para a irrigação
agrícola. Em parte porque quatro mil indústrias petroquímicas foram
construídas em suas margens e apenas cerca de 40% da água usada na
indústria chinesa é reciclada; e em parte o rio é vítima de outras fontes de
poluição, tais como os fertilizantes e agrotóxicos da agricultura e os cadáveres
de homens que boiam no rio. Em finais de 2012, a imprensa chinesa noticiou a
descoberta de 300 cadáveres humanos boiando no Rio Amarelo, na altura da
cidade de Lanzhou. Trata-se das últimas vítimas dos cerca de 10 mil cadáveres
(em sua maioria suicídios, segundo a polícia) achados no rio desde os anos
1960. Também os rios Hai, Huai, Tarim e Jiapingtang na China apresentam
graus variados de poluição e esvaimento. O rio Huai, na China central,
apresenta níveis elevados de arsênico 236. Em março de 2013, o rio Jiapingtang
(e seu tributário, o Huangpu), que abastece os 23 milhões de habitantes de
Xangai, foi envenenado por 16 mil cadáveres de porcos e por mil cadáveres de
patos237. A prática de lançar cadáveres de porcos no rio tornou-se habitual.
Cerca de 500 carcaças são recuperadas por mês nessas águas 238.
Durante quatro dos dez verões de 2003 a 2012, mais da metade dos
1.200 km do Rio Tarim, no noroeste da China, secou. Segundo um estudioso
da ecologia do Rio Tarim, Niels Thevs, da Universidade de Greifswald, na
Alemanha, os fazendeiros de algodão que irrigam as plantações com suas
águas reagem multiplicando e aprofundando a perfuração de poços, o que
acelera o esgotamento dos aquíferos fósseis da região. Ademais, o Rio Tarim
recebe 40% de suas águas do degelo sazonal e a contração nos últimos 40
anos de 8% do volume e de 7% da área das coberturas glaciais que o
alimentam deve agravar ainda mais sua situação 239. No que se refere à bacia
do rio Hai, um estudo do Banco Mundial mostra um decréscimo por ano de 40
bilhões de toneladas de água.
Brasil
Índia
Servido por cinco rios e alimentando, por sua vez, o Yangtze, o Lago
Poyang, na Província de Jiangxi, a SE da China, o maior lago desse país,
conhece um colapso comparável ao do Mar de Aral. Segundo Wang Hao, um
cientista do China Institute of Water Resources and Hydropower Research, o
62
África
de barragens para hidrelétricas nos rios que o servem 251. Hoje, nos meses de
seca, o Lago Chade se reduz a pouco mais que um pântano e no pico da cheia
não ultrapassa sete metros de profundidade.
América do Norte
Índia
China
“Pequim (...) está ficando sem água. Embora mais de 200 rios e córregos
possam ainda ser vistos no mapa oficial da cidade, a triste realidade é que
pouca ou nenhuma água corre mais por eles. (...) Dezenas de reservatórios,
construídos desde os anos 1950, secaram. Encontrar uma fonte limpa de água
na cidade tornou-se impossível. Apenas trinta anos atrás, os residentes de
Pequim consideravam os aquíferos como uma fonte inesgotável. Hoje, os
hidrologistas advertem que estes também estão secando. O aquífero de
Pequim está caindo, mais água está sendo bombeada do que sua capacidade
de restauração e mais e mais água subterrânea tornou-se poluída. Hoje, mais
de 2/3 dos suprimentos totais de água do município provêm de água
subterrânea. O resto provém de águas superficiais, isto é, dos decrescentes
reservatórios e rios de Pequim. Os dois maiores reservatórios da cidade, Miyun
e Guanting têm agora menos de 10% de sua capacidade original e Guanting
está tão poluído que não é mais usado para água potável desde 1997”.
Estados Unidos
Fonte: http://water.usgs.gov/edu/gwdepletion.html
“Uma extrapolação da taxa de declínio atual sugere que 35% do High Plains
meridional será incapaz de sustentar uma irrigação nos próximos 30 anos”.
Além disso, por ser pouco profundo, o High Plains vem apresentando altas
concentrações de sódio, de nitratos e de herbicidas da classe triazina, como o
atrazina, banido na Europa desde 2004 por seus impactos ambientais e por ser um
disruptor endócrino, conforme demonstrado por uma pesquisa de 2010 publicada pela
PNAS.
Oriente Médio
safra de trigo do país em 2002, mas a água que resta deles é cada vez mais
salina e deve ser filtrada de seus metais antes de ser utilizada até mesmo na
agricultura, com custos que excedem, em alguns locais, os da produção da
mesma quantidade de petróleo270.
Uma quantidade de água doce equivalente à do Mar Negro foi perdida
em diversas regiões do Oriente Médio, pertencentes ao subsolo da Turquia,
Síria, Iraque e Irã, ao longo dos rios Tigre e Eufrates. Entre 2003 e 2009, essas
reservas perderam 144 km3, a segunda mais rápida perda de aquíferos após os
da Índia. Por volta de 60% da perda total deve-se ao bombeamento desses
reservatórios subterrâneos para a irrigação, incluindo 1000 poços no Iraque e
20% deve-se ao impacto prolongado da seca de 2007, à diminuição das
geleiras e à desertificação. Os 20% restantes são imputados à diminuição das
águas de superfície (rios, lagos e represas)271.
2.4. Secas
América Latina
Europa
Austrália
África
Estados Unidos
1935, o famoso Deserts on the March. Embora o Dust Bowl tenha sido
celebrizado em 1939 também por John Steinbeck em The Grapes of Wrath
(Vinhas da Ira) e em 1940 por John Ford, no filme homônimo baseado no livro,
a obra de Paul Sears aborda a questão de um ponto de vista socioambiental e
exerceu uma influência profunda na percepção dessa questão 294. A seca que
castiga há anos os Estados Unidos, sobretudo os estados do sudoeste, tem
sido chamada de New Dust Bowl295, mas a nova situação que ela reflete coloca
o país numa situação muito mais grave e sem precedente em sua história,
ainda que as novas técnicas de irrigação intensiva consigam mascará-la graças
à “bolha hídrica” formada pelo bombeamento insustentável dos aquíferos. Em
julho de 2012, a administração federal dos EUA considerou 26 estados norte-
americanos em estado de catástrofe natural, sendo que 14 deles sofrem a
maior seca jamais registrada. Mil 1000 condados foram então considerados
como áreas de desastre (disaster áreas). No final de 2012, a USDA declarou
2245 condados (representando 71% da área do país) áreas de desastre.
Nenhum outro ano anterior na história dos EUA chegou perto dessa cifra 296.
Bagres, carpas e esturjões pereceram pelo calor ou pela seca e apareceram
mortos nas águas dos rios e lagos 297. Em 18 de julho de 2013, um balanço do
NOAA indicava que “a parte do território dos EUA que sofre déficits de
precipitação aumentou na primeira quinzena de julho, passando de 44% no
início do mês a mais de 46% em meados de julho”298.
A maior parte dos estados a oeste do rio Mississipi tem sido afligida por
uma “megaseca” (megadrought) que dura já 13 anos e que não tem paralelo
nos últimos mil anos, segundo uma pesquisa de outono de 2013 da American
Geophysical Union299. Richard Seager afirma que na região sudoeste dos
Estados Unidos “os modelos mostram uma aridificação progressiva (...). Se
forem exatos, então o sudoeste deverá enfrentar uma seca que se torna
permanente”300. Mas também outras regiões à leste do rio Mississipi estão
passando por secas extremas. Pelo Índice de Palmer, a região norte do estado
de Virgínia estava em julho de 2013 em -4 e a região centro-norte de Maryland
a 4,2 na escala Palmer.
O que está por vir, entretanto, será pior que Três Gargantas, sendo a
vítima, desta vez, as cataratas Inga do rio Congo, já obstruídas por outras duas
usinas hidrelétricas, Inga I e II, contruídas em 1972 e 1982. Inga III, cuja
construção deverá ter inicio em 2015, será parte do Grand Inga Hydropower
Project, a ser construído em 6 fases. Em seu todo, ele será o maior complexo
de represas do mundo, um meganegócio avaliado (inicialmente...) em 80
bilhões de dólares, financiado por um pool de bancos, inclusive o Banco
Mundial, e disputado por consórcios da China (Sinohydro, Three Gorges
Corporation), da Espanha (Actividades de Construcion y Servicios, Eurofinsa e
AEE) e da Coreia do Sul (Daewoo-Posco). Menos de 10% da população da
RDC dispõe de eletricidade, pois a energia gerada pelas usinas de Inga I e II
são monopolizadas pelas minas de cobre da província de Katanga, no sul do
país (a assim chamada Katanga copper belt), dominadas por uma corporação
estatal, a Gécamines, e multinacionais canadenses, chinesas, etc. Tal como
Belo Monte, Inga III deverá satisfazer, não as necessidades do povo da
República do Congo, mas a voracidade eletrointensiva da mineração de cobre
e das corporações da distante África do Sul. Graças às novas tecnologias de
transmissão de altas voltagens à longa distância (HVDC), a África do Sul
comprará 2500 MW do total de 4300 MW gerados por Inga III. Segundo Rudo
Sanyanga, Diretor do Programa Africano da ONG International Rivers 313:
“O Vale Bundu (que será inundado para criar um reservatório para a usina
geradora de eletricidade) é basicamente uma paisagem natural entremeada por
campos de cultivo pertencentes a comunidades que ali vivem. Estas
comunidades serão remanejadas e sofrerão muitos impactos sociais. (...) O
povo da República Democrática do Congo não se beneficiará na realidade com
o Grand Inga e pode se empobrecer na medida em que sobre eles incidirá o
ônus de um débito adicional”.
(2) o Zero Net Land Degradation. A Sustainable Development Goal for Rio+20,
apresentado pela UNCCD na reunião do Rio de Janeiro em 2012: “embora as
estimativas variem”, afirma o documento, “mais de 20% das terras do planeta
78
Brasil
A desertificação avança também pelo norte de Minas Gerais (69 mil km²
em 59 municípios). Aqui e no Cerrado, os fatores de agravamento incluem o
desmatamento. Já no Rio Grande do Sul (sobretudo na região de Alegrete, com
o “deserto de São João”340), a desertificação não resulta de seca e aridez, mas
da compactação e arenização do solo causados, respectivamente, pela criação
de gado e pelo plantio de soja.
China e Mongólia
79
Década Número
1950-1959 5
1960-1969 8
1970-1979 13
1980-1989 14
1990-1999 23
2000-2001 mais de 20
2000-2009 (projeção) 100
noroeste da China, com seus 337 mil km 2, a segunda fonte principal, logo após
a Depressão Bodele no Chade, das partículas de poeira do solo que, após
atravessam a China, o Oceano Pacífico e atingem a América do Norte.
A Mongólia sofre também um processo de desertificação. Entre 2002 e
2012, o solo de sua região meridional, de transição entre as estepes e o
deserto de Gobi, perdeu 40% de sua biomassa, enquanto o país como um
todo, com seu 1,6 milhão de km2, perdeu 12% da biomassa de seu solo. Nada
menos que 70% de suas pradarias são consideradas degradadas, seja porque
o solo foi recoberto pela areia, seja porque foi empobrecido pelo excesso de
pastagens. De fato, 80% da perda da vegetação nesse decênio 2002-2012
deve-se à quase duplicação do rebanho bovino, ovino, caprino e de yaks, que
passou de 26 milhões em 1990 a 45 milhões de cabeças em 2012 346. Com o
fim da União Soviética, a Mongólia tornou-se grande exportadora de lã, ao
preço de uma rápida desertificação, fenômeno ao qual se acrescenta agora
uma devastação suplementar pela mineração, já que o país detém reservas de
carvão de alta qualidade avaliadas em 7 bilhões de toneladas, essenciais para
a China, além de reservas preciosas de cobre, ouro e urânio 347.
Essa primeira meta foi reiterada em 2001 pelo objetivo 1C dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (MDG) de cortar pela metade a porcentagem das
pessoas que sofrem fome. Tal objetivo tem por ponto de partida e de chegada
os anos 1990 e 2015 e ambos estão em 2014 longe de serem alcançados.
De fato, em junho de 2002, os mesmos signatários da declaração de
1996 firmaram um segundo documento intitulado: “Declaração da Cúpula
Mundial da Alimentação: cinco anos depois” (WFS:fyl), no qual admitiam que “a
meta da Cúpula Mundial da Alimentação de reduzir o número de subnutridos
pelas metade em 2015, reafirmada pela Declaração do Milênio, não será
atingida”348. Por fim, em novembro de 2009, 60 países reuniram-se na Terceira
Cúpula Mundial da Alimentação (WFS) para firmar uma declaração, na qual se
engajavam “a deter já o aumento – e significativamente reduzi-lo – do número
de pessoas que sofrem fome, subnutrição e insegurança alimentar” 349.
Na primeira metade dos anos 1990 era possível ver apenas a parte
descendente da linha do gráfico abaixo. Era, portanto, natural imaginar que a
fome poderia seria vencida no século XXI.
Fonte: USDA
Fonte: Anne Lowery, “The rich get richer through the recovery”.
The New York Times, 10/IX/2013, a partir de Emmanuel Saez e Thomas Pilketty
84
As causas reais
Quatro tendências
Segundo Lester Brown, no planeta há agora mais terra ocupada pela soja que
pelo trigo ou pelo milho. Em 2009, a China importou 41 milhões de toneladas
de soja, sobretudo dos Estados Unidos, do Brasil e da Argentina. Nesse ano, a
soja representava 31% das exportações do Brasil para a China. Em 2009, a
China passou a ser o destino de 56% das exportações brasileiras de soja,
porcentagem que não passava de 15% em 2000 380.
Nesse panorama, a importação de grãos por parte da China começa
desde 2008 a seguir, ainda que mais suavemente, a curva da soja. O declínio
da produção de grãos em geral na China passou de 392 milhões de toneladas
em 1998 a 358 milhões em 2005 381. Em 1997, a produção de trigo na China
atingiu seu ápice de 123 milhões de toneladas. Ela decaiu em cinco dos oito
anos sucessivos, atingindo em 2005 apenas 95 milhões de toneladas, uma
queda de 23%. No mesmo período, observou-se um declínio semelhante na
produção de arroz, com um pico de 140 milhões de toneladas em 1997 e uma
queda em quatro dos oito anos sucessivos, chegando-se em 2005 a 127
milhões de toneladas. Tais declínios explicam por que em março de 2012, as
importações de grãos da China nada menos que sextuplicaram em relação a
março do ano anterior382. Como advertia em 2011 Robert S. Zeigler, diretor do
International Rice Research Institute: “a situação dos grãos na China é crítica
para o resto do mundo. Se o país tiver de se abastecer no mercado
internacional, isto pode causar imensas ondas de choque nos mercados de
grãos do mundo todo”383.
As projeções para os próximos anos reforçam esses temores, em
especial no que se refere ao aumento das importações chinesas de milho a
partir de 2008. Em 2012, a China importou 5 milhões de toneladas de milho e
deve importar 7 milhões de toneladas em 2013 384. Esse montante corresponde
ainda a apenas 5% de seu consumo nacional, mas é mais do que a soma de
todo o milho importado nos últimos 25 anos. As projeções são de um boom de
importação de milho até 2015, conforme mostram os gráficos abaixo.
Com seu colossal superávit, a China pagará o que for preciso para se
abastecer. Isso coloca problemas para os outros importadores de alimentos,
como o Japão, e para os países celeiros da China, como o Brasil, a Argentina e
os Estados Unidos. A apropriação de terras na África e em geral no “Terceiro
Mundo” por corporações chinesas ou por grandes empresários indianos,
árabes, russos, norte-americanos e outros foi denunciada por Fred Pearce 386 e
pela Oxfam, segundo a qual apenas entre 2007 e 2011, 2.200.000 km 2 de
terras da África, da América Latina e da Ásia foram compradas de seus
proprietários pobres por grandes companhias e convertidos em peças da
engrenagem e do jogo especulativo das commodities387.
Quem será capaz de impedir, nesse contexto, o agronegócio nacional,
que desde sempre dominou o Brasil, e o novo agronegócio internacional de
90
derrubarem o que resta das coberturas vegetais nativas do país para satisfazer
essa demanda a preços crescentes? O Brasil bateu o recorde de produção de
soja no ano de 2013 e, como mostra Pearce, a Etiópia está sendo
recolonizada, com o apoio de seu governo, por corporações chinesas, indianas,
sauditas e outras, que esfolam suas coberturas vegetais nativas para o plantio
de culturas de exportação.
Fonte: FAO
Segundo o The Economist, o preço real dos alimentos atingiu em 2008 seu
mais alto nível desde 1845, quando tiveram início os registros desses preços. E
esse recorde foi de novo batido em 2011.
Preponderância do lixo
elencar. Ainda que seu impacto sobre a proliferação do lixo industrial seja difícil
de quantificar, a obsolescência programada é uma das vias pelas quais, como
nota István Meszáros, “a sociedade ‘afluente’ transformou-se na sociedade da
efluência”414.
mundo do eletronic trash, apenas mais uma toxina invisível, liberada aos
poucos por sua volatilidade ou de imediato pela incineração.
No capitalismo industrial contemporâneo, o fetiche da mercadoria
descoberto por Marx não deixou de existir. Mas o fetiche ganha hoje outro
significado ao passar da esfera da produção à esfera do consumo. O
consumidor torna-se o equivalente contemporâneo dos supliciados do Tártaro:
Íxion, as Danaides, Tântalo e Sísifo. Enquanto o processo de produção
capitalista produz o fetiche da mercadoria, o processo de consumo no
capitalismo produz sua perda, após o ato de aquisição. Trata-se de um
processo igualmente “mágico” pelo qual o objeto que parecia vivo, dotado de
um singular poder de sedução e de transferência erótica, torna-se no limite
abjeto antes de se tornar dejeto, não por perda de funcionalidade, mas por uma
disforia pós-compra (não distante da disforia pós-coito) que conduz a um
desinvestimento de sentido.
Do mundus a Wall-E
A OCDE estima que por volta de 2020 a Europa, cujo crescimento demográfico
é hoje próximo de zero, pode vir a gerar 45% a mais de lixo que o volume
gerado em 1995.
3.1. Esgotos
número suba para 2,7 bilhões em 2015. Essa situação é típica dos países do
Terceiro Mundo. O grande lago Titicaca, entre a Bolívia e o Peru, por exemplo,
com seus mais de 8,5 mil quilômetros quadrados, é considerado hoje o lago
mais ameaçado por eutrofização do mundo em grande parte por ser o destino
de esgotos não tratados, sendo que 18% de sua poluição nas proximidades da
cidade de Puno é proveniente das fezes das populações que vivem à sua
volta423.
No Brasil, a taxa de tratamento dos esgotos é típica dessa região do
mundo, como mostram os dados do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento do Ministério das Cidades e o estudo Progress in Sanitation and
Drinking Water da OMS/UNICEF, 2010. A situação é analisada pelo Instituto
Trata Brasil e por Washington Novaes424. Apenas 46,2% da população
brasileira beneficia-se de coleta de esgotos. Do esgoto gerado, apenas 37,9%
recebe algum tipo de tratamento (36,3% nas cem maiores cidades do país). O
resto, 62,1% do esgoto gerado, vai para os mananciais, os córregos e
rios, para as represas, as praias e o mar, sem receber
tratamento, o que representa uma descarga diária da ordem de 8
bilhões de litros de fezes, urina e outros dejetos. As 81 maiores cidades do
país, com mais de 300 mil habitantes, despejam por dia no ambiente 5,9
bilhões de litros de esgoto não tratado.
A bacia hidrográfica e os mananciais da região metropolitana de São
Paulo fornecem um bom paradigma desse problema típico do Terceiro Mundo.
Bastante limpas até os anos 1920, essas águas foram poluídas até a saturação
pelos resíduos sólidos urbanos, pelos resíduos industriais e pelo esgoto. O
mesmo ocorre no Rio Pinheiros. Segundo Stela Goldenstein 425:
Fonte: Arnaldo Comin, Carta Capital, 20/III/2013, a partir de dados da Abdib. 2012 e 2013 são estimativas
2012 3 1,2
Brasil
2008 53
2009 57
2010 60,8
2011 62
2012 63
Fonte: Abrelpe
104
3.3. Plástico
BPA e ftalatos
Microplásticos
Homero descreve como Ulisses fumigava sua casa para controlar pestes
e Plínio recomendava o uso de arsênico como inseticida. Tais práticas eram,
entretanto, pontuais, pois até o início da II Grande Guerra as pestes eram
controladas pelo que Clive E. Edwards chama de “métodos culturais” 475. Elas
111
Impacto ambiental
8. tributil estanhos (TBT), usado como verniz para barcos e considerada a mais
tóxica substância industrial dispersada nos meios marinhos. Seu consumo na
década de 1990 era da ordem de 50 mil toneladas por ano.
O mercúrio
Ozônio troposférico
Belo Horizonte, Betim e Ibirité cresceu 13,6%, de 9.058 para 10.294” 527.
Segundo o relatório anual de qualidade do ar da Cetesb, “a região
metropolitana de São Paulo atingiu em 2012 o pior índice de poluição por
ozônio (O3) nos últimos dez anos. (...) O ozônio ultrapassou o padrão diário de
qualidade do ar (150 partículas inaláveis) durante 98 dias” 528. Isto significa que
em apenas cinco anos (2008-2012) o número de dias em que a população da
grande São Paulo ficou exposta a concentrações atmosféricas de O 3 danosas
para a saúde humana dobrou, como mostra a progressão abaixo.
2008 – 49
2009 – 57
2011 – 96
2012 – 98
“As perdas de colheita por causa do ozônio têm fortes implicações para o fornecimento
global de comida no futuro” (the crop losses to ozone have very strong implications for
the global food supply in the future).
EUA 29,8
União Europeia 19,2
Alemanha 23,2
Reino Unido 21,8
França 21,1
Fonte: StEP - Solving the E-waste Problem (em rede)
Na Europa, o lixo eletrônico deve mais que dobrar entre 1998 (UE15) e 2020
(UE27). Em 2007, estimava-se a seguinte progressão da quantidade de lixo
eletrônico gerado pela União Europeia546:
1998 (UE15) - 6
2005 (UE27) - 8,3 a 9,1
2020 (UE27) - 12,3
Sua incineração libera na atmosfera partículas de lítio (Li), Ítrio (Y), chumbo
(Pb), zinco (Zn), antimônio (Sb), tantálio (Ta), cobalto (Co), berílio (Be), níquel
(Ni), arsênio (As), titânio (Ti) e outras substâncias tóxicas, inclusive as contidas
em seus componentes de plástico. Além disso, mesmo as substâncias não-
tóxicas têm um enorme impacto ambiental em seus processos de extração e
produção industrial. Como afirmam os autores do documento do PNUMA acima
citado, “consideráveis quantidades de terra são usadas pela mineração, com
desperdício de água, criação de dióxido de enxofre (SO 2), grande dispêndio de
energia e emissões de CO2. Geram-se, por exemplo, 10 mil toneladas de CO 2
na produção de uma tonelada de ouro, paládio ou platina”.
O mesmo vale para os computadores. Segundo um documento da
UNEP/GRID-Arendal, em média um computador usa547:
Plástico 23%
Vidro 15%
ratificaram esse acordo. Mal dispostas a arcar com os custos impostos pela
legislação, as corporações reciclam 12,5% desse material e exportam 80%
dele, sobretudo para a China e o Vietnã, através do porto de Hongkong. A
Europa exporta seu lixo eletrônico, em geral ilegalmente, para os países da
Europa do Leste, para o Paquistão, Índia e China, Egito, Senegal, Costa do
Marfim, Benin, Nigéria e Gana. Em Accra, capital deste país, o mercado de
Agbogbloshie é considerado uma catástrofe sanitária: “os fios elétricos são
queimados, os poluentes lançados ao solo, os níveis de chumbo, arsênico e
cádmio, muito elevados nas descargas. Fumaças acres elevam-se dos
produtos queimados e as pessoas que fazem suas compras as respiram. As
partículas de poluição impregnam também os alimentos, em seguida ingeridos,
o que provoca dores de cabeça e irritações na pele. Suspeita-se, sobretudo,
mesmo que não haja como provar, que a longo prazo elas sejam
cancerígenas”, afirma Samson Atiemo, um especialista do problema no país 549.
Mais permissiva que a europeia, a legislação norte-americana permite a
exportação de lixo eletrônico a partir dos Estados Unidos. “Apenas no porto de
Hong Kong, atracam por dia até 100 contentores de lixo em proveniência
daquele país [EUA] e do Canadá (...) O volume de papel, plástico e lixo
metálico exportado da Europa decuplicou entre 1995 e 2007 (...), com 20
milhões de contentores de lixo sendo exportados anualmente, hoje, legal ou
ilegalmente”550. O mapa das rotas de exportação de lixo eletrônico foi
reconstituído pela Greenpeace e pela Basel Action Network.
Máfias do Lixo
132
4. Combustíveis fósseis
Fonte: U.S. Department of Transportation, Pipeline and Hazardous Materials Safety Administration
Fontes naturais 5%
Fontes indefinidas 5%
Avalia-se em 4,4 milhões de barris (mais de 278 mil toneladas, com uma
margem de erro de 20% para baixo ou para cima 574) o volume do óleo
derramado no Golfo do México em 2010 ao longo de, admitidamente, 84 dias
em quantidades diárias até dez vezes superiores às reportadas pela British
Petroleum. Seus diretores mentiram em todas as fases do incidente e apenas
em 19 de setembro daquele ano anunciaram ter conseguido fechar o poço.
Mas os dutos submarinos danificados pela explosão continuavam vazando
ainda em setembro de 2011, conforme atestam um filme de Bonny Schumacker
e diversos testemunhos noticiados pela imprensa 575. Ainda em 9 de setembro
de 2012, imagens de satélites mostravam a presença de novos vazamentos
ligados ao poço de Macondo ou aos dutos dele provenientes, o que foi
comprovado pela análise química desses resíduos 576.
irritação dos olhos e garganta, perda de acume visual, infecções nos ouvidos,
tosse, rouquidão, dificuldade respiratória, pneumonia, asma, edemas
pulmonares, sangramento do nariz, sangue na urina e no reto, diarreia, náusea,
vômito, tontura, fraqueza, dores de cabeça, dores musculares e abdominais,
distúrbios gastro-intestinais, irritação da pele, confusão mental, prejuízo de
memória, abortos, depressão e distúrbios neurológicos 581.
Passados os quatro meses e meio da moratória decretada pela
administração Obama (conhecida nos meios petrolíferos não como moratorium,
mas como permitorium582), a indústria do petróleo está de volta desde março de
2012 às perfurações em grandes profundidades no Golfo do México, com mais
oito contratos de plataformas marítimas envolvendo a Ensco, a Seadrill e a
Transocean.
142 poços, 780 amostras de solo, e teve acesso a 5 mil registros médicos.
Reuniu-se, enfim, com 23 mil pessoas das comunidades afetadas. Eis um
resumo de suas conclusões586:
Ártico
De 1950 a 2004, o consumo mundial de petróleo per capita mais que triplicou.
De 2005 a 2011, a demanda global de petróleo subiu de 84 para 88 milhões de
barris por dia, conforme mostra o gráfico abaixo.
144
Fonte: AIE
Fonte: Price of Petroleum, Wikipedia, a partir de dados fornecidos pela BP Workbook of historical data
EROEI
Fonte: R. Hirsch, R. H. Bezdek, R.M. Wendling The Impendig World Energy Mess. Apogee Prime, 2010, p. 128
Este é o veredito de Maria van der Hoeven, Diretora Executiva da AIE em seu
discurso de abertura do 4º Congresso Mundial do Release of Tracking Clean
Energy Progress, em abril de 2013631.
Areias betuminosas
deixam lagos de lama tóxica, além de serem mais intensos emissores de gases
de efeito estufa. Um estudo de Lorne Stockman mostra que 634:
O fracionamento hidráulico
(hydraulic fracturing ou fracking)
1. Terremotos
2. Desperdício de água
3. Toxicidade
5. Poluição atmosférica
O petróleo de coque
1. mais lenta, difícil e custosa será a transição energética, já que uma transição
de matriz energética requer um estoque de energia abundante e barata para se
realizar;
5. A regressão ao carvão
tempo”670. Colin Marshall, diretor executivo da Cloud Peak Energy, outra das
maiores corporações do carvão nos EUA, declarou em setembro de 2013: “Se
a história significa algo, o mundo em poucos anos necessitará de mais
commodities, metais e energia, incluindo carvão” 671 Andy Roberts, da Wood
Mackenzie ecoa: “O crescimento será menor, mas continuará a ocorrer e
simplesmente não vemos o pico do carvão” 672. Os números mostram que nos
últimos dez anos a produção mundial de carvão não cessou de aumentar:
Em 2012, a produção global de carvão foi de 7,83 Gt 673. Em dez anos, houve,
portanto, um aumento de cerca de 45% na produção global de carvão, ao
passo que a população mundial aumentou no mesmo período de 6,35 a 7,08
bilhões, isto é, em apenas pouco mais de 10%. Em 2013, a produção continuou
a aumentar. “Extraímos hoje 8 a 9 Gigatoneladas de carvão por ano e estima-
se que em 2030 serão extraídos 13 Gt por ano (...). Uma Gt é mais que duas
Muralhas da China que tem 6250 km de comprimento” 674. Outro modo de
perceber esse aumento contínuo em nosso século é exprimi-lo em termos de
consumo de toneladas de petróleo equivalente. O gráfico abaixo mostra um
aumento de 56% nesse consumo entre 2001 e 2011, com uma taxa de
crescimento econômico global na década de 4,4%, e de 5,4% nos países fora
da OCDE675.
Fonte: http://gregor.us/coal/the-world-turns-to-coal/
a partir de BP Statistical Review of World Energy June 2013
2004 – 26%
2009 – 27%
2013 – 29,9%
Participação do carvão
na geração de energia elétrica
Alemanha 41%
China 79%
Polônia 80%
EUA 45%
Austrália 78%
África do Sul 93%
Índia 68%
Fonte: World Coal Association
http://www.worldcoal.org/coal/uses-of-coal/coal-electricity/
Entre 2007 e 2012, a demanda global de carvão aumentou a uma taxa anual
de 3,4%. O gráfico abaixo mostra como o suprimento mundial de carvão
(expresso em bilhões de toneladas de petróleo equivalente) alcançou em 2011
o suprimento mundial do petróleo na faixa de 4 bilhões de toneladas de
petróleo equivalente.
Algo entre mais de um terço (34%) e quase a metade (43%) da energia elétrica
mundial provirá em 2030 do carvão. Essas porcentagens variam em função de
se aplicarem (34%) ou não (43%) as políticas preconizadas pela Agência
Internacional de Energia. Na melhor das hipóteses (34%), o carvão pesará
mais que o dobro das hidrelétricas e do nuclear, 50% a mais que o gás (22%),
sendo que as demais fontes, o petróleo (2%) e as renováveis e de menor
impacto ambiental não somarão, juntas, mais que 15%, isto é, menos da
metade do carvão. Isto na melhor hipótese.
Na pior hipótese, a do business as usual, o carvão representará sozinho,
com seus 43%, mais que a soma de todas as fontes, com exceção do gás
(21%) e quase igualará a soma do gás, do nuclear e da energia hidrelétrica
(46%). Tanto na melhor quanto na pior hipótese, o futuro, como se vê, pertence
ao carvão, o mais primitivo e poluente dos combustíveis fósseis.
Outro gráfico realizado a partir de dados e projeções da Agência
Internacional de Energia (AIE) mostra como o aumento do consumo do carvão
162
Fonte: AIE. A partir de Mark P. Mills, The cloud begins with coal. Big Data,
Big Networks, Big Infrastructure and Big Power. An Overview of the Electricity
Used by the Global Digital Ecosystem. Agosto de 2013
http://www.tech-pundit.com/wp-content/uploads/2013/07/Cloud_Begins_With_Coal.pdf?c761ac
Expressas em short tons (1 short ton = 907 kg), essas reservas provadas de
carvão montam hoje a pouco mais de 900 bilhões de toneladas, o que equivale
a 4.196 BBOE (billion barrels of oil equivalent), isto é, energia em carvão
equivalente à energia fornecida por pouco mais de 4 trilhões de barris de
petróleo. O gráfico abaixo mostra a abundância das reservas provadas de
carvão em relação ao gás e ao petróleo, conforme sua distribuição em países
ou regiões e comparadas em termos de equivalentes energéticos de petróleo.
Com exceção da América do Sul e do Oriente Médio, regiões mal aquinhoadas,
essas reservas distribuem-se por 70 países e pelas demais regiões do planeta
de modo não tão desigual quanto o petróleo.
163
Fonte: Alison Sider, “The Future of Coal: Gulf Coast Hums as Exports Rise”.
The Wall Street Journal, 8/I/2014, a partir de Global Trade Information Services (em rede)
Austrália
Alemanha
continuar com térmicas até 2014”, declarou em maio de 2013 Hermes Chipp,
Presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) 707.
Fonte: Greenpeace International. How Clean is Your Cloud, Abril 2012. A partir de Mark P. Mills, The cloud begins with coal. Big
Data, Big Networks, Big Infrastructure and Big Power. An Overview of the Electricity Used by the Global Digital Ecosystem.
Agosto de 2013 http://www.tech-pundit.com/wp-content/uploads/2013/07/Cloud_Begins_With_Coal.pdf?c761ac
Fonte: Microsoft Global Foundation Center. A partir de Mark P. Mills, The cloud begins with coal. Big Data, Big Networks, Big
Infrastructure and Big Power. An Overview of the Electricity Used by the Global Digital Ecosystem. Agosto de 2013
http://www.tech-pundit.com/wp-content/uploads/2013/07/Cloud_Begins_With_Coal.pdf?c761ac
171
Extração
De forma geral, as minas a céu aberto matam tudo o que está à volta, alteram
as coordenadas físicas e biológicas de todo o meio ambiente, desestruturam a
topografia e o solo, inclusive pelo movimento constante de seu maquinário. A
exploração de superfície causa destruição completa da área da jazida, das
áreas usadas para depósito da terra removida (chamada “camada estéril”) para
se atingir o veio, bem como das bacias de rejeito. O primeiro impacto da
mineração a céu aberto é a perda irreversível da paisagem e, antes de mais
nada, da cobertura vegetal e do solo que a sustenta, o assim chamado
capeamento. Quantidades colossais de terra são removidas por escavadeiras
de arrasto (draglines) e pás mecânicas e empilhadas na paisagem
circunstante. O trabalho de desmonte do solo e das rochas é realizado por
explosivos de alta potência.
O carvão extraído é mergulhado em um liquido de densidade
intermediária para separá-lo da terra e das rochas (Float and sink testing) e
para triá-lo segundo seu tamanho. Ele é em seguida enxaguado com água e
substâncias tóxicas para desembaraçá-lo desse líquido. O fluído resultante
dessa lavagem (coal slurry), composto de água usada (blackwater) e os demais
rejeitos desse processo não podem ser reciclados ou aproveitados e são
expedidos para as bacias de rejeito, reservatórios ricos de compostos
172
Águas
Parâmetros DAM
mg/L
Atmosfera, o “arpocalipse”
que estas possam absorvê-los. Além disso, as chuvas ácidas corroem a cera
protetiva das folhas, tornando-as vulneráveis ao frio e a agentes externos.
misturada com esgoto transforma a amônia em uma sua forma mais tóxica.
Gene Likens, que descobriu junto com sua equipe as chuvas
ácidas em 1963, declarou a respeito: “os impactos são grandes,
maiores que jamais pensamos, 50 anos atrás, que poderiam
ser”722.
6. Mudanças climáticas
“a ciência agora mostra com 95% de certeza que a atividade humana é a causa
dominante do aquecimento observado desde meados do século XX. O relatório
confirma que o aquecimento no sistema climático é inequívoco com muitas das
mudanças observadas sem precedentes nos últimos decênios ou em milênios:
aquecimento da atmosfera e do oceano, diminuição da neve e do gelo,
elevação do nível do mar e concentrações crescentes dos gases de efeito
179
estufa. Cada uma das três últimas décadas foi sucessivamente mais quente na
superfície da Terra que todas as precedentes desde 1850”.
“É agora mais certo que nunca, sobre a base de muitas linhas de evidência,
que os homens estão mudando o clima da Terra. A atmosfera e os oceanos
aqueceram-se, fenômenos acompanhados por um aumento do nível do mar,
um forte declínio do gelo do Oceano Ártico e por outras mudanças relacionadas
ao clima. A evidência é clara”.
O clima
O efeito estufa
*em abril de 2012 e em maio de 2013, segundo mensurações realizadas pela NOAA no Observatório de
Mauna Loa, Havaí.
Segundo Pieter Tans, do Earth System Research Laboratory, 400 ppm é o mais
alto nível de concentração de CO 2 nos últimos 800 mil anos738. Se considerada
em termos de CO2 equivalente (ppm CO2-eq.) a evolução dessas
concentrações é a seguinte:
1950 = 329
1990 = 418
2010 = 466
Fonte: European Energy Agency
http://www.eea.europa.eu/data-and-maps/daviz/contribution-of-the-different-ghgs-1#tab-chart_3
1980 – 14,30
1981 – 14,39
1988 – 14,43
1990 – 14,46
1995 – 14,51
1998 – 14,77
2005 – 14,80
2010 – 14,86
2011 – 14,72
Fonte: 2011 Climate Change Index. IGBP (International Geosphere-Biosphere Programe).
http://www.igbp.net/4.56b5e28e137d8d8c09380002241.html
I.3. Segundo um estudo publicado por James Hansen, Makiko Sato e Reto
Ruedy em março de 2012 no Proceedings of National Academy of Science dos
Estados Unidos, “a distribuição das anomalias sazonais nas temperaturas
médias migrou para temperaturas mais altas e o alcance das anomalias
aumentou. Uma mudança importante é a emergência de uma categoria de
verões extremamente quentes, com discrepâncias mais quentes que o triplo
dos desvios padrão para a climatologia dos anos 1951-1980 (período de base).
Esse calor extremo que, durante esse período de base, cobria muito menos
que 1% da superfície da Terra, cobre agora, tipicamente, por volta de 10%
dessa superfície. Disso decorre que podemos afirmar com alto grau de
confiança que anomalias extremas tais como as do Texas e Oklahoma em 2011
e de Moscou em 2010 foram consequências do aquecimento global, porque
sua probabilidade na ausência de aquecimento global seria extremamente
baixa”744. Os autores concluem que, formulados nos termos de um “dado
climático” de seis faces, os verões com temperaturas anomalamente frias têm
agora probabilidade de apenas meio lado de uma face de um dado, os verões
186
com temperaturas típicas cobrem uma face desse dado, os verões com
temperaturas anomalamente quentes cobrem quatro faces e verões com
temperaturas extremamente quentes cobrem meio lado de uma face desse
dado.
I.4. Junho de 2012 foi o 328º mês consecutivo com uma temperatura média
global acima da média do século XX 745 e abril de 2014 foi o mais quente abril,
na média global, de todos os meses de abril dos registros históricos 746.
I.5. Segundo o NOAA (2012), “todos os doze anos do século XXI estão entre os
14 mais quentes nos 133 anos de registros. Apenas um ano no século XX –
1998 – foi mais quente que 2012” 747. Globalmente, os anos de 2012 e de 2013
estão entre os dez mais quentes desde 1850 748.
II.3. O mapa publicado pelo Goddard Institute for Space Studies (GISS), da
NASA, para 2013 mostra um aquecimento particularmente acentuado (em
relação às temperaturas médias do período 1951-1980) no Ártico, na Ásia
Central, na Austrália, cuja temperatura bateu seu recorde histórico, e no
Brasil752. O ano de 2013 foi o mais quente dos registros históricos da Austrália,
com uma temperatura média de 23º C, isto é, 1,2º C acima da média histórica.
Na segunda semana de janeiro de 2013, a temperatura média do país atingiu
40,33º C batendo o recorde de 40,17º C registrado em 1976, segundo o serviço
meteorológico nacional australiano. “Estamos absolutamente aniquilando os
recordes”, afirma a respeito Andy Pitman, da University of New South Wales
em Sydney753;
O passo seguinte nessa série de antecipações foi dado por Peter Wadhams,
diretor do Departamento de Física do Oceano Polar da Universidade de
Cambridge755, para quem se atingirá um Ártico livre de gelo em setembro já no
intervalo de uma década. Finalmente, em abril de 2013 Carlos Duarte, diretor
do Oceans Institute na University of Western Australia, afirma que “o Ártico
pode estar livre de gelo no verão em 2015”. Esse prognóstico foi endossado
por Peter Wadhams, acima citado, para quem “2015 é uma predição muito
séria e estou convencido de que ela se realizará” 756. Em 2012, os
administradores da Rota Marítima do Norte (NSR) que corta a costa norte da
Rússia, abriram essa passagem a 46 navios e em 2013, a 204 navios. Por volta
de 2021, estima-se que essa rota será transitável por oito meses ao ano com
uma decuplicação do tráfico e notadamente com a exportação pela Rússia de
25 milhões de toneladas de gás natural liquefeito e petróleo. O Instituto
Marítimo da Coreia do Sul prevê que em 2030 um quarto do comércio entre a
Europa e a Ásia passará por ela, o que acabará de degradar esse já tão
ameaçado ecossistema757.
III.1. A onda de calor que golpeou Chicago por cinco dias consecutivos entre 12
e 16 de julho de 1995 levou a 3300 internações hospitalares e à morte de mais
de 700 pessoas, com mortes adicionais em St. Louis (Missouri) e em
Milwaulkee (Wisconsin). Segundo as análises e projeções propostas pela
Union of Concerned Scientists, mantidas as tendências atuais, mortes
relacionadas a ondas de calor devem quadruplicar em 2050, com uma onda de
calor semelhante à de 1995 ocorrendo em Chicago em média três vezes por
ano ao final do século XXI 758. Segundo a NOAA, o ano de 2012 foi o mais
188
quente na história dos Estados Unidos desde o início dos registros em 1895,
com 2,9º C acima da média do século XX. “Este calor”, afirma Deke Arndt, do
Climatic Data Center do NOAA, “é um exemplo do que podemos esperar ver
mais frequentemente em um mundo em aquecimento” 759. A afirmação foi
reforçada por Michael Oppenheimer, o laureado Professor do Departamento de
Geociências da Princeton University: “O que estamos vendo é uma janela pela
qual se pode avistar com o quê o aquecimento global realmente se parece.
Parece com calor, com incêndios, com este tipo de desastre ambiental. (...) Ele
fornece imagens vívidas do que se pode esperar ver mais no futuro” 760.
IV. Mais elevados e mais recorrentes ondas e picos de calor nos dois
hemisférios
IV.2. Austrália - Em janeiro de 2014, a Austrália foi atingida por uma onda de
calor em grande parte de seu território interno, com temperaturas batendo
todos os recordes históricos, entre 44,6º C em Century Mine, 47º C em
Melbourne e 49,3º C em Moomba. A onda de calor causou a morte de mais de
100 mil morcegos no estado de Queensland 766, além de impedir a circulação de
189
O “taco de hockey”
Evolução da temperatura nos últimos 12 mil anos
190
“A taxa [atual] é muito maior que a ocorrida mesmo nos mais rápidos eventos
conhecidos na história da Terra, e todos eles foram acompanhados por
mudanças importantes na química oceânica e por extinções em massa na vida
oceânica ou terrestre ou em ambas”.
Uma síntese desses cinco dossiês pode ser expressa nos termos da
declaração de 20 de agosto de 2012 da American Meteorological Society 778:
O Met Office mantém suas projeções de médio e longo prazo (2050 e 2100)
corroboradas por outras que convergem para 3º C até 2050 e para 5º a 7º C
até 2100. Os novos resultados do MET são diversos dos de 2011 em parte
192
“Se se deslocar a data base dois anos para trás, 1996-2010, ao invés de 1998-
2012, o aumento é de 0,14º C por década, na realidade, portanto, maior que a
tendência de longo prazo” [de 0,11º C].
Não se sabe por quanto tempo os oceanos continuarão a absorver calor, nem
quanto desse calor retornará à atmosfera quando do próximo efeito El Niño, ao
que parece iminente787. Será, nesse caso, possivelmente, o fim do suposto
efeito de desaceleração.
(1) A terceira parte do quinto relatório do IPCC (abril de 2014) contempla quatro
cenários, variando em função das emissões de gáses de efeito estufa, que
projetam aumentos de temperatura entre 0,3º C e 4,8º C para o período 2081-
2100, em relação à média de 1986-2005;
194
O relatório prossegue796:
196
Fonte: Michael Slezak, New Scientist, 19/I/2013 adaptado de IPCC J. Hansen, 2012
(b) nas altas latitudes e nos polos, mais que sobre as latitudes equatoriais,
Fonte: http://nasa.gov
As geleiras de altitudes
O degelo na Groenlândia
O degelo na Antártica
Projeções globais
Fonte: NOAA Global Sea level Rise Scenarios for the United States
National Climate Assessment, 6/XII/2012
Fonte: Anthoff, D., Nicholls, R.J., Tol, R.S.J. and Vafeidis, A.T. (2006). “Global and regional exposure to large rises
in sea-level: a sensitivity analysis”. Working Paper 96. Tyndall Centre for Climate Change Research, Norwic
http://www.grida.no/graphicslib/detail/population-area-and-economy-affected-by-a-1-m-sea-level-rise-global-and-
regional-estimates-based-on-todays-situation_d4fe
Crédito: Hugo Ahlenius, UNEP/GRID-Arendal
Fonte: Amanda Leigh Mascarelli, “A sleeping giant?”. Nature Reports Climate Change, 5/III/2009, a partir de
Advanced Global Atmospheric Gases Experiment and the Australian Commonwealth Scientific and Industrial
Research Organisation.
O degelo
1º bilhão – 1810
2º bilhão – 115 anos (1925)
3º bilhão – 35 anos (1960)
4º bilhão – 24 anos (1974)
5º bilhão – 13 anos (1987)
6º bilhão – 12 anos (1999)
216
1 China 1.349.585.838
2 Índia 1.220.800.359
3 EUA 316.668.567
4 Indonésia 251.160.124
5 Brasil 201.009.622
6 Paquistão 197.400.000 (Censo de 2011)
7 Nigéria 174.507.539
8 Bangladesh 163.654.860
- I = PAT ?
- Paradoxo de Jevons
-
ONU descapitalizada, capturada pelas Fundações
China e o filme Speed
Consenso de Washington
224
Fonte: ONU
Veículos automotores
Fontes: (1) Wardsauto; (2) International Transport Forum. Meeting the needs of 9 billion people. OCED, 2011 e
(3) Deborah Gordon e Daniel Sperling, “Surviving Two Billion Cars”. Environmental360 (em rede).
EUA 1,3
Itália 1,4
Canadá 1,6
Japão 1,7
Espanha 1,7
França 1,7
Reino Unido 1,8
Alemanha 1,8
São Paulo (capital) 2,0
Coreia do Sul 2,7
México 3,6
Argentina 3,7
Brasil 5,2 (8,2 em 2002)
China 17,2
Índia 56
China
Pequim acrescenta 1500 veículos por dia às suas ruas e em janeiro de 2009
pela primeira vez mais carros foram vendidos na China que nos EUA 892. A
tendência da China é igualar os padrões de transporte por automóvel dos EUA
(1 unidade para cada 1,3 habitante), o que significaria cerca de 1 bilhão de
227
A Índia e o Brasil
A destrutividade da tecnologia
A biodiversidade do Holoceno
Fonte: Scott, J.M. 2008. Threats to Biological Diversity: Global, Continental, Local.
U.S. Geological Survey, Idaho Cooperative Fish and Wildlife, Research Unit, University Of Idaho.
“Um terço dos anfíbios do mundo, um quinto dos mamíferos e 70% de todas as
plantas estão ameaçados. (...) Das 47.677 espécies avaliadas, 17.291 estão
ameaçadas de extinção. Mais de 1000 peixes de água doce estão ameaçados
de extinção; 12% de todos os pássaros conhecidos, 28% dos répteis e 35%
dos invertebrados estão ameaçados. Os anfíbios formam o grupo mais
ameaçado: 1895 dos 6285 anfíbios correm risco de extinção. Cerca de 114
plantas estão nas categorias “Extintas” ou “Extintas na natureza”.
Três anos depois, a UICN, tendo avaliado 63.837 espécies, acrescentou à sua
Lista Vermelha mais 247 espécies, dentre as quais 60 espécies de pássaros, o
que a leva ao seguinte quadro.
Espécies ameaçadas globalmente em 2012 (%)
(extintas, extintas na natureza, criticamente ameaçadas, ameaçadas e vulneráveis)
(com margens de incerteza)
Fonte: http://www.iucnredlist.org/about/summary-statistics#How_many_threatened
Entre 2000 e 2013, data da última avaliação do UICN, mais que dobrou
o número de espécies ameaçadas, que passaram de pouco mais de 10.000
para 21.286, conforme mostra o gráfico abaixo
8.3. Anfíbios
8.4. Primatas
“Os grandes macacos são nossos parentes. Como nós, eles têm
autoconsciência e têm culturas, ferramentas e medicações; podem aprender a
usar linguagem de sinais e têm conversas com pessoas e entre eles próprios.
Infelizmente, entretanto, não os tratamos com o respeito que merecem e sua
população está agora declinando, vítima do desmatamento, doenças, perda de
habitat, captura e caça...”.
Das 420 espécies da ordem dos primatas avaliadas em 2013 pela UICN, 206
espécies (49%) estão ameaçadas, segundo o relatório da UICN de 2013.
Segundo o World Atlas of Great Apes and their Conservation, chipanzés,
gorilas e orangotangos poderão estar extintos no espaço de uma geração
humana939. Jatna Supriatna, diretor do Conservation International da Indonesia,
estimava em 2007 que a população do gibão em Java, dizimada pelo
desmatamento, caíra para algo como 400 indivíduos. O Alouatta pigra da
Guatemala e do México declinará para 60% de sua população nos próximos 30
anos940. Também em vias de extinção encontram-se o macaco-dourado da
China (Rhinopithecus roxellana), o langur-de-indochina (Trachypithecus
germaini), o douc-de-canelas-cinza (Pygathrix cinerea) do Vietnã e o sagui-de-
cabeça-branca da Colômbia.
Segundo uma avaliação de 2012 realizada pelo Primate Specialist Group
da UICN, mais de 90% das 103 espécies dos lêmures de Madagascar já estão
na Lista Vermelha de espécies ameaçadas. Em 2008, 18 espécies de lêmures
estavam “criticamente ameaçadas”. Em 2012 passam a ser 23 as espécies
“criticamente ameaçadas”941. Entre eles se contam as diversas espécies de
lêmures de Madagascar, tais como o indri (Indri indri), o Microcebus berthae,
o varecia-preto-e-branco (Varecia variegata) e o varecia rubra (Varecia rubra).
Brasil
Felinos
Elefantes
Rinocerontes
Pesticidas
248
Os grandes predadores
Mamíferos aquáticos
A poluição sonora
(1706 pés) em 2004, o que supõe navios de maior calado. A indústria da pesca
por rede de arrasto é hoje um negócio que luta para sobreviver pela falta
crescente de peixes e que recebe, para não colapsar, cerca de 162 milhões de
dólares por ano dos governos dos diversos países, soma que equivale a um
quarto do valor da pesca no período 1014. Ela envolve no mundo todo uma
coalizão de interesses entre lobbies, bancadas parlamentares e corporações
da pesca, como, no Japão, a Tayo e a Mitsubishi.
No gráfico abaixo, percebe-se que, mesmo com a rede de arrasto, muito
mais destrutiva, a pesca atinge um patamar intransponível por volta de 1995 e
começa então a declinar lentamente.
Fonte: FAO, The State of the World Fisheries and Aquaculture 2012.
Obs.: A pesca inclui pesca em água doce.
Fazendas marinhas
fenômeno pela primeira vez descrito por Richard Vollenweider em 1968 1018. Há
uma relação de causa a efeito entre o uso excessivo de fertilizantes à base de
Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Fosfato (K), um setor dominado por dez
corporações mundiais, e a poluição dos solos, da atmosfera e das águas. Ao
prefaciar em 2013 o relatório Our Nutrient World do PNUMA e organizações
associadas, Achim Steiner, Subsecretário da ONU e Diretor Executivo do
PNUMA, assim resume o problema1019:
“excessivo uso de fósforo não está apenas esgotando recursos finitos, mas
desencadeando poluição das águas, local e difusamente, enquanto o uso
excessivo de nitrogênio e a produção de compostos nitrogenados estão
desencadeando ameaças não apenas às aguas, mas também ao ar e aos
solos com consequências para as mudanças globais e a biodiversidade”.
Fonte: GEO Year Book, 2013, a partir de R.J. Diaz e R. Rutger Rosenberg, 2008
Em 2008, outro estudo contava já 405 zonas mortas, cobrindo uma área de 246
mil quilômetros quadrados1027. Em 2011, o World Resources Institute (WRI) e o
Virginia Institute of Marine Science identificaram 530 zonas mortas e 228 zonas
exibindo sinais de eutrofização marinha 1028. Alguns dos casos mais agudos de
zonas mortas sobretudo por poluição e eutrofização são o Adriático Norte, a
Chesapeake Bay nos Estados Unidos, uma área de mais de 18 mil km 2 do
litoral norte do Golfo do México, a foz do Mississipi, a Baía de Tóquio, certas
zonas marítimas que banham a China, o Japão, o sudeste da Austrália e a
Nova Zelândia, bem como o Golfo de Cariaco na Venezuela. Outras dentre as
maiores zonas mortas do oceano encontram-se em partes do Mar do Norte, do
Mar Báltico e no estreito de Kattegat entre a Dinamarca e a Suécia.
Em 2012, Osvaldo Ulloa, do Centro de Investigación Oceanográfica
Copas da Universidad de Concepción no Chile, observou o surgimento de
novas zonas anóxicas na costa de Iquique, no norte do Chile. Segundo Ulloa,
antes desse estudo não se pensava que pudessem existir áreas
completamente sem oxigênio em mar aberto, e ainda menos em níveis tão
258
Fonte: Richard E. Feely, NOAA, Ocean Acidification, the other CO2 problem, 18/XI/2013
http://unfccc4.meta-fusion.com/kongresse/cop19/pdf/131118_1315_3_Feely_Side_Event_COP19_2013.pdf
Outros efeitos
“Está mais que na hora de dizer a verdade sobre o estado dos recifes de coral
do mundo, os viveiros dos estoques de peixes dos mares tropicais litorâneos.
Eles se tornaram ecossistemas zumbis, nem mortos nem de fato vivos em
qualquer sentido funcional, e em trajetória de colapso no intervalo de uma
geração. Haverá remanescentes aqui e ali, mas o ecossistema global de
recifes de coral – com seu celeiro de biodiversidade e de peixes que sustentam
milhões de pobres – deixará de existir. Sobrepesca, acidificação oceânica e
poluição estão levando os recifes de coral ao desaparecimento. Cada um
desses fatores sozinho é suficiente para causar o colapso global dos recifes de
coral; juntos, eles o garantem. A evidência científica a respeito é inequívoca e
tem valor probante, mas parece haver uma relutância coletiva em aceitar a
conclusão lógica de que não há esperança de salvar o ecossistema global de
recifes de coral. (...) Os recifes de coral serão os primeiros, mas certamente
263
9.5. Águas-vivas
Fonte: L. David Roper, World Peak Fishing, a partir de Boyce et alia, “Global phytoplankton
decline over the past century”. Nature, 466, 29/VII/2010, pp. 591-596.
As conclusões desse estudo são tão alarmantes que suscitaram uma intensa
discussão, resumida por Dave Cohen, em rede 1058. Novas mensurações
realizadas em 2013 confirmam, segundo Kevin Friedland, um cientista da
National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), os menores níveis
jamais registrados desses organismos no Atlântico Norte 1059. Por causa ainda
do aquecimento das águas o florescimento primaveril do fitoplâncton tem
ocorrido 50 dias antes do que há uma década o que o põe em dessincronia
com os ciclos reprodutivos de vários mamíferos marinhos que deles se
alimentam.
Nesses mesmos anos, isto é, entre 1871 e 1873, o abade Antonio Stoppani
(1824-1891) definirá essa potência emergente como “uma nova força telúrica
que em força e universalidade pode ser comparada às grandes forças da
Terra”, razão pela qual propõe designar a presente era geológica pelo termo
Antropozoico”1065. Enfim, em 1896, Svante Arrhenius (1859-1927) 1066 calcula
com acume os efeitos que uma alteração de caráter antrópico nas
concentrações dos gases que retêm calor na atmosfera poderia provocar em
266
todo o sistema Terra. No inícios dos anos 1920, Vladimir I. Vernadsky, que
havia cunhado o termo biosfera 1067, introduz a ideia de que, assim como a
biosfera havia transformado a geosfera, a emergência do conhecimento
humano (a que Teilhard de Chardin e Édouard Le Roy dariam o nome de
noosfera) estava transformando a biosfera1068.
Essas pontuais e pioneiras contribuições científicas dos anos 1860-1920
vão de par, sobretudo na Inglaterra e nos Estados Unidos, com as primeiras
reações de cunho filosófico e moral à industrialização e à urbanização, de parte
de artistas e intelectuais como Ruskin, Shaw, Thoreau e Muir, bem como as
primeiras iniciativas legais e as primeiras organizações de defesa do meio
ambiente, tais como o Sea Birds Preservation Act (1869), considerada a
primeira lei conservacionista da Inglaterra, a Plumage League (1889), em
defesa dos pássaros e de seus habitats, a Coal Smoke Abatement Society
(1898), o Sierra Club (1892), a Rainforest Action Network (1895), The
Ecological Society of America (1915), o Committee for the Preservation of
Natural Conditions (1917) e o Save the Redwoods League (1918), mobilizada
pela salvaguarda sobretudo das sequoias, etc.
Durante o segundo Pós-Guerra, eventos como o Great Smog de
Londres e o incêndio do rio Cuyahoga em Ohio, ambos ocorridos em 1952, a
retomada do desmatamento causada pelo housing boom (já comentada no
capítulo 1) e o projeto de inundação e de construção de barragens no Grand
Canyon (1963) mobilizam a consciência ambiental. Em 1958, um filme didático
intitulado The Unchained Goddess, produzido pelo cineasta Frank Capra,
previa que o aquecimento da atmosfera e o degelo provocados pela atividade
humana seriam calamitosos para o planeta. Entre 1947 e 1971, nascem assim
oito das mais influentes ONGs ambientais norte-americanas: Defenders of
Wildlife (1947), Nature Conservancy (1950), WWF (1961), Environmental
Defense Fund (1967), Friends of Earth (1969), International Fund for Animal
Welfare - IFAW (1969), Natural Resources Defense Council - NRDC (1970) e o
Greenpeace (1971).
A publicação de Primavera Silenciosa, de Rachel Carson (1907-1964),
constitui, como se sabe, um divisor de águas. Trata-se do primeiro livro de
ciência a suscitar um sobressalto na opinião pública norte-americana, a ser
discutido em uma coletiva de imprensa pelo Presidente John F. Kennedy e a
permanecer longamente em uma lista de best sellers. Ao alertar para a
mortandade dos pássaros e outros animais causada pelo pesticida DDT, Carton
enfatizava – no ano mesmo da crise dos misseis de Cuba –, que os riscos de
aniquilamento da humanidade não advinham já apenas do inverno nuclear,
mas também da primavera silenciosa. Mais que a guerra nuclear, devia-se
doravante temer a guerra menos ruidosa, mas não menos ruinosa, contra a
natureza. Pois o inverno nuclear podia ser evitado, mas não a primavera sem
pássaros, sinédoque de uma natureza morta, se os homens não aprendessem
a conter sua (auto)destrutividade. Em 1968, cria-se no MIT a Union of
Concerned Scientists (UCS), que se propõe a “discernir os meios para desviar
as aplicações da pesquisa da ênfase presente em tecnologia militar para
soluções dos prementes problemas socioambientais” 1069.
Ainda que ocorrendo simultaneamente em relação aos EUA, o despertar
da consciência ambiental na Europa ocidental continental possui menor
ímpeto1070 e características diversas. As duas guerras, os genocídios e o fato de
ser o cenário mais provável de um terceiro confronto militar, no caso de uma
267
Os trópicos
FAO. Livestock’s Long Shadow. Environmental Issues and Options, 2007 (em rede)
Fonte: FAO. Livestock’s Long Shadow. Environmental Issues and Options, 2007 (em rede)
“muitas das propriedades da água (...) não são dedutíves por princípios
universais das propriedades elementares de seus componentes, oxigênio e
hidrogênio. Em relação às propriedades destes últimos as da água são,
portanto, novas. Esse princípio é por toda a parte atuante em um grau de
diversidade que aumenta constantemente da física do átomo na esfera do
inorgânico às formas sociais no domínio do superorgânico”.
“Tomemos uma árvore dita ‘concreta’, esta, por exemplo, que cresce ao lado de
minha janela. Se esta árvore é ‘particular’, é porque ela difere de tudo o que
não é ela. É preciso, portanto, para ser particular, que ela seja ‘separada’ do
resto do mundo. Ela é isolada ‘pelo pensamento’, quando dela se fala como de
uma coisa ‘particular’ e ‘concreta’. Mas tentemos isolá-la realmente. No estado
atual da técnica, trata-se de algo rigorosamente impossível. Com efeito, como
extrair a árvore do solo sem a arruinar de algum modo? Supondo-se que se
consiga, como retirar a terra que adere às suas raízes e a poeira depositada
em seu tronco e em suas folhas, sem falar do ar que já penetrou na árvore,
mas não foi ainda assimilado por ela? Suponhamos, hipótese impossível, que
se consiga tudo isso. O que ocorre? Nossa árvore morre instantaneamente e
se decompõe muito rapidamente, vale dizer, deixa de ser uma Árvore. A árvore
‘particular’, ou seja, isolada de tudo o que não é ela, não é, portanto, nem ‘real’,
nem ‘concreta’: ela é o produto de uma ‘abstração’, de fato irrealizável. Se se
pudesse realmente ‘fazer abstração’ do resto do mundo, aniquilar-se-ia a
árvore que nele cresceu. Na medida em que a árvore existe, ela está ligada ao
que não é ela”.
(2) Enquanto o IPCC previa em 2007 um aumento dos níveis dos oceanos de
20 a 60 cm até 2100, todos os estudos publicados após 2007 (ao menos sete)
propõem um aumento de 50 cm a 2 metros no mesmo período 1141.
286
(4) Segundo uma pesquisa de 2011, coordenada por Pierre Rampal, do MIT e
publicada no Journal of Geophysical Research - Oceans, a camada de gelo do
Ártico está perdendo espessura a um ritmo em média quatro vezes superior ao
previsto pelos modelos considerados pelo IPCC 1143.
“As tendências atuais estão nos levando cada vez mais perto de uma série de
potenciais pontos de ruptura, que reduziriam de maneira catastrófica a
capacidade dos ecossistemas de prestarem (...) serviços essenciais”.
“Embora o desafio global fosse apresentado como grave, o tom de The Limits
of Growth era otimista, sublinhando reiteradamente o quanto se poderia reduzir
com medidas imediatas o dano causado pelo fato de estarmos nos
aproximando (ou excedendo) os limites ecológicos globais”.
O presente capítulo aborda a primeira tese central desse livro, qual seja
a de que a crença de que o capitalismo pode se tornar ambientalmente
“sustentável” exprime a maior ilusão do pensamento político, social e
econômico contemporâneos. Que o capitalismo não pode reverter a tendência
a um colapso ambiental global eis algo que não deveria ser considerado uma
tese, mas um dado elementar de realidade a dispensar qualquer
argumentação, tal sua evidência. Até um prócer do capitalismo global como
Pascal Lamy, ex-Diretor Geral do Crédit Lyonnais e ex-Diretor Geral da
Organização Mundial do Comércio, afirma numa entrevista de 2007 1163:
Esse passo poderia ser subscrito por Milton Friedman (1912-2006), Prêmio
Nobel de Economia em 1976, conselheiro de Ronald Reagan, professor da
Chicago School of Economics e, segundo o The Economist, "o mais influente
economista da segunda metade do século XX”. Friedman qualifica justamente
como “imoralidade” qualquer iniciativa de um dirigente de corporação visando
atenuar impactos ambientais, se tal iniciativa implicar diminuição dos lucros.
Indagado em 2004 sobre se John Browne, então Presidente da British
Petroleum, tinha o direito de adotar medidas ambientalistas susceptíveis de
afastar a BP de seu lucro ótimo, Friedman respondeu 1174:
296
“Não... Ele pode fazer isso com seu próprio dinheiro. Se ao se deixar guiar por
interesses ambientais, ele dirigir a corporação de maneira a obter resultados
menos efetivos para seus acionistas, estará sendo, penso eu, imoral. Por mais
alta que pareça sua posição, ele é um empregado dos acionistas. Como tal,
tem uma responsabilidade moral muito forte em relação a eles”.
“Há uma e apenas uma responsabilidade social dos negócios: usar seus
recursos e engajar-se em atividades concebidas para aumentar seus lucros,
desde que respeitando as regras do jogo, o que significa engajar-se em
competição livre e aberta sem engano ou fraude”.
2. Regras do jogo
prazo. Como visto no capítulo 3, mais de 90% de todo o lixo produzido no atual
sistema econômico é industrial e mais de 90% da energia e de todo o material
convocados na fabricação de produtos manufaturados são transformados em
lixo. Uma economia baseada na reciclagem suporia, portanto, mudanças
sistêmicas no capitalismo, tais como a erradicação de centenas de toxinas
existentes mesmo nos produtos mais simples. Isso é inviável, em primeiro lugar
porque novos aditivos, sem teste de toxicidade, são acrescentados
constantemente aos produtos, e em segundo lugar porque a legislação protege
a confidencialidade comercial1185.
5. Investir em lobbies
Fonte: OpenSecrets.org. Centre for Responsible Politics, a partir de dados do Senate Office of Public Records
http://www.opensecrets.org/lobby/indusclient.php?id=E01&year=2009
“se você olha para os libertarians [termo que designa nos EUA a extrema
direita], tenderá a ver muitas diferenças em relação aos conservadores no que
se refere a questões como defesa, imigração, drogas, guerra, etc. Mas quando
se trata de questões ambientais, as diferenças, se houver, não são tão
pronunciadas”.
O mais recente indício de que o Estado está perdendo seu poder e sua
identidade é sua reação à crise financeira desencadeada em 2007-2008. Ao
invés de regulamentar a atividade financeira, o Estado lançou-se na mais
abrangente operação de sauvetage dos bancos. Desde setembro de 2008, o
essencial dos recursos financeiros dos Estados Unidos e da Europa tem sido
alocado para socorrer o sistema bancário e “acalmar os mercados”. Conforme
demonstra um documento de julho de 2011 do GAO (Government
Accountability Office) dos Estados Unidos, entre 1º de dezembro de 2007 a 21
de julho de 2010, o Federal Reserve Bank (FED) havia emprestado, através de
diversos programas emergenciais a bancos com problemas de liquidez
(emergency programs and other assistance provided directly to
institutions facing liquidity strains) a quantia de 1 trilhão cento e
trinta e nove bilhões de dólares1192. A adrenalina da crise levou os
bancos a assumirem mais que nunca o controle do Estado e a tomar
de assalto seus recursos. Segundo um relatório sobre conflito de
interesses requerido ao GAO pelo Senador Bernard Sanders, e por ele
publicado em 12 de Junho de 20121193:
“Durante a crise financeira, ao menos 18 antigos ou atuais diretores dos
Federal Reserve Banks [os Bancos Centrais dos estados norte-americanos]
trabalharam em bancos privados e corporações que coletivamente receberam
mais de 4 trilhões de empréstimos do Federal Reserve”.
A evasão fiscal
A evolução das despesas militares dos EUA de 1962 a hoje, indicada no gráfico
abaixo, mostra quão profético era o discurso de Eisenhower.
Conclusão
Claude Lévi-Strauss
“regiões nas quais não há mais propriamente terra, nem mar, nem ar, mas uma
mistura das três da consistência de uma água-viva, na qual não se pode nem
andar, nem navegar, pois tudo se mistura, por assim dizer. Ele [Píteas] afirma
ter visto, ele próprio, essa substância semelhante à água-viva, mas que do
resto apenas ouviu falar”.
“os pilares que Píndaro chama ‘as portas de Gades’ quando afirma que
que elas são o ponto extremo atingido por Héracles”.
uma sabedoria que consistia em viver dentro dos próprios limites. De fato, o
próprio Píndaro afirma nos versos finais da terceira das Odes olímpicas que:
“a virtude de Teron vai longe de sua casa, toca as colunas de Héracles, além
das quais não há via, nem para os tolos, nem para os sapientes, e seria
loucura se eu nela prosseguisse”.
Quam innocens, quam beata, immo uero etiam delicata esset uita, si nihil
aliunde quam supra terras concupisceret, breuiterque, nisi quod secum est!
“Quão inocente, quão feliz, ou antes quão delicada seria a vida, se ninguém
cobiçasse outra coisa que as terras superficiais, em suma, senão o que está
consigo!”
Dante
Hoje, tão somente pelo desejo de visitar um lugar famoso pela altura, subi na
mais alta montanha desta região, que não por acaso chamam Ventoso.
“As primeiras palavras que li foram: ‘E os homens vão admirar os cimos das
montanhas, as vagas do mar, o vasto curso dos rios, o circuito do Oceano e o
movimento dos astros, e esquecem-se deles mesmos’. Fiquei estarrecido,
confesso, e dizendo a meu irmão, desejoso que eu continuasse a ler, que não
me incomodasse, fechei o livro, enraivecido contra mim mesmo por admirar
ainda as coisas terrenas, quando desde há muito deveria ter aprendido,
inclusive dos filósofos pagãos, que nada é digno de admiração senão a alma,
para a qual nada é demasiado grande”.
J’ai découvert que tout le malheur des hommes vient d’une seule chose, qui est de
ne savoir pas demeurer en repos dans une chambre. Un homme qui a assez de
bien pour vivre, s’il savait demeurer chez soi avec plaisir, n’en sortirait pas pour
aller sur la mer ou au siège d’une place.
Descobri que toda a infelicidade dos homens provém de uma só coisa, que é a de
não saber ficar em repouso numa sala. Um homem que tem o suficiente para viver,
se soubesse ter prazer em ficar em casa, não se lançaria ao mar ou ao assalto de
uma praça forte.
Human knowledge and human power meet at a point; for where the cause isn’t
known the effect can’t be produced
Nesse contexto, não há mais lugar para os valores a que remetem as colunas
de Hércules, a sophrosyne, a phronesis e a prudentia greco-latinas. Na
alvorada do capitalismo industrial a virtude da prudência, central na tradição
clássica, perde muito de seu valor. Voltaire a considerava “une sotte vertue” 1250
(uma tola virtude) e “Kant a baniu da moralidade porque seu imperativo não era
senão hipotético”1251. A prudência não podia evidentemente se sobressair na
escala de valores desse Yankee “fabricante de ferramentas” em que se tornara
o Homo sapiens.
Um caveat final
há bom uso possível da técnica no capitalismo pela simples razão de que este
a concebe como uma alavanca para a potenciação do excedente e para o
aumento do consumo. Pôr o engenho humano a serviço da radical diminuição
da pressão antrópica sobre a biosfera e adotar um ideal e um programa
concreto e urgente de autolimitação da produção, com uma radical diminuição
e redistribuição social do consumo 1261, tais são as questões definidoras de uma
nova agenda e de um novo espectro político-ideológico inconcebíveis enquanto
perdurar a ilusão do ilimitado.
330
“Não te dei, oh Adão, nem lugar determinado, nem aspecto próprio, nem
prerrogativa tua, para que o lugar, o aspecto, e as prerrogativas que desejares,
segundo seu voto e sentença, tenhas e possuas. A natureza limitada dos outros
está contida nas leis por mim prescritas. Tu as determinarás para ti, não
coagido por nenhuma barreira, segundo teu arbítrio, cujo poder depositei em
tuas mãos. Coloquei-te no meio do mundo para que dessa posição melhor
possas divisar o que há no mundo”.
“É preciso admitir claramente (...) que as plantas são feitas para os animais e
os animais, para os homens: os animais domésticos para que estes os usem e
deles se nutram; os selvagens, se não todos, ao menos a maior parte, para que
deles se nutra e se sirva para outras necessidades, faça suas roupas e outros
utensílios, etc. E como a natureza nada faz de imperfeito e sem escopo, é para
o homem que fez tudo”.
“Não existe amizade nem vínculos jurídicos com as coisas inanimadas, e nem
com um cavalo ou com um boi, ou com um escravo enquanto escravo: não
temos de fato nada em comum com eles”.
A síntese cristã
[III, 111] “as criaturas dotadas de razão são submetidas à divina Providência
segundo um regime especial diverso do de outras criaturas. Pois elas as
ultrapassam pela perfeição de sua natureza e pela dignidade de seu fim. Pela
perfeição de sua natureza, pois apenas a criatura dotada de razão tem domínio
de seu agir (...). Pela dignidade de seu fim, pois só ela, por sua operação, pelo
conhecimento e o amor de Deus, atinge o fim último do universo. As demais
criaturas não atingem esse fim senão por certa participação à sua semelhança.
[III, 112] O fato que as outras naturezas não tenham domínio sobre seu agir
indica que não são dignas de atenção por elas mesmas, mas que são
subordinadas a outras. O ser que apenas é movido a partir de outro tem valor
de instrumento; o que, ao contrário, move-se por si próprio tem valor de agente
principal. Ora, o instrumento não é objeto de interesse por si mesmo, mas só
enquanto é utilizado pelo agente principal. De onde decorre que todos os
cuidados de que cercamos os instrumentos em todas as operações referem-se,
em sua finalidade, ao agente principal. Por outro lado, toda a atenção colocada
sobre este último, seja por ele próprio, seja por outras criaturas, é por causa
dele mesmo, enquanto agente principal. (...) Entre todos os elementos do
universo, as mais nobres são as criaturas intelectuais porque mais têm acesso
à similitude divina. (...) O fato de que todas as partes do universo sejam
ordenadas para a perfeição do conjunto não contradiz os argumentos
precedentes, pois todas as partes concorrem para a perfeição justamente pelo
fato de que uma é a serviço da outra. (...) Essas afirmações excluem o erro
daqueles que pretendem que o homem peca ao matar os animais. Pela divina
335
“Assim como o homem é feito para Deus, nomeadamente, para que o sirva,
assim também o mundo é feito para o homem, para que possa servi-lo”.
Nostre sunt terre, nostri agri, nostri campi, nostri montes (...) nostri boves,
nostri tauri, nostri cameli (...) nostra maria, nostri omnes pisces
Homini elementa serviunt (...) multis etiam plantis lapidibusque atque metallis
medicae vires datae sunt ad unam eius salutem.
“Os elementos servem ao homem (...) também aos homens são dados, para a
sua saúde, muitas plantas e pedras e metais medicinais”.
O antropocentrismo moderno
“Sei bem que os animais fazem muitas coisas melhor que nós, mas isto
não me surpreende, pois justamente isso prova que agem naturalmente
e por molas, assim como um relógio, que mostra as horas bem melhor
do que nosso entendimento é capaz de nos instruir”.
“Há um juízo que em si mesmo o mais comum entendimento não pode evitar
quando medita sobre a existência das coisas no mundo e sobre a existência
mesma do mundo. Trata-se nomeadamente do fato de que todas as diversas
criaturas – por maior que seja sua complexidade e por várias que possam ser
as relações orientadas a um fim que entretenham umas com as outras, e
inclusive o próprio todo de seus tantos sistemas que, de modo incorreto,
chamamos mundos – nada seriam se neles não houvesse o homem (seres
dotados de razão em geral). Sem os homens a inteira criação se tornaria um
mero deserto, vão e sem finalidade”.
notar que Kant admite em sua tardia Antropologia segundo um Ponto de Vista
Pragmático, que “pode muito bem acontecer que existam seres racionais em
algum outro planeta”. Além disso, esse domínio do homem sobre a natureza é
limitado por sua ignorância de sua Verdade, já que seu conhecimento limita-se
aos fenômenos. Enfim, sua posição diante da natureza não a ameaça, não é
de ordem potencialmente nociva. Homem de seu século, Kant concebe essa
relação de modo não substancialmente diverso da de Buffon, para quem a
natureza “fecundada” pelo homem é superior à natureza bruta, tal como já visto
no início do capítulo 12. Por alguns aspecto, frisa o estudioso português, Kant
retorna à ideia antiga e medieval de um homem “suspenso entre dois mundos,
um ser anfíbio, colocado numa ‘situação média’ (Mittelstand) igualmente
afastada dos extremos, situado no «perigoso ponto intermédio» (gefährliche
Zwischenpunkt) ou na ‘perigosa via média’ (in der gefährlichen Mittelstrasse) da
cadeia dos seres. Por isso mesmo, ele é o ser da mediação, o istmo, a copula
mundi, o terminus medius1286. Isto posto, em nosso planeta, o homem, se
entendido como receptáculo da lei moral, é, para Kant, o único doador de
sentido e o único ser dotado de razão o que lhe confere, e apenas a ele,
inalienável finalidade própria. Como afirmam vários comentadores de Kant,
entre os quais Hannah Arendt, “a mesma operação que estabelece o homem
como ‘fim supremo’ permite-lhe (...) degradar a natureza e o mundo à condição
de meros meios, destituindo-os de dignidade independente” 1287.
Se a filosofia cartesiana partia da separação entre res cogitans e res
extensa, em Kant, esta última – a natureza –, está a tal ponto alijada da
reflexão filosófica que, como sublinha ainda Ribeiro dos Santos, ela é
inteiramente absorvida pelo primeiro polo: “a primeira separação que Kant nos
propõe não é entre homens e coisas, mas sim, no próprio homem, entre
Homem e Humanidade (entre o homem, enquanto ser físico sensível e
racional, e o homem enquanto pessoa ou ser racional moral), entre homo
phaenomenon e homo noumenon”1288. O homem não afirma mais sua
humanidade, portanto, negativamente, em oposição ao não-humano, mas a
afirma na tensão entre seu ser empírico e seu ser transcendental. É inevitável
encontrar nessa forma de “hiperantropocentrismo” de Kant, que lhe garante a
evacuação final da natureza do campo de reflexão sobre o homem como ser
moral, uma insuspeita afinidade com a distinção inicial estabelecida por Hegel,
nas Lições sobre Estética, entre o belo espiritual e o belo natural, o qual é
cirurgicamente expelido da reflexão filosófica sobre o belo.
14.2. Dissonâncias
338
Denegação
“Curto vigor, é fato, o do homem. Mas os recursos infinitos de seu espírito lhe
permitem domar as apavorantes criaturas do mar, da terra e do ar”.
porque esse custo real além de excessivo é crescente, porque a conquista foi
feita a expensas da cadeia da vida, esses índices positivos de curto prazo
estão se convertendo em seus respectivos reversos da medalha. O que
transparece cada vez mais claramente em todas as constantes particulares
acima evocadas é, numa palavra, que o avanço do conhecimento técnico-
científico baseado na ideia de “manejo” científico da biosfera e voltado para a
potenciação incontida da energia, da produção e do consumo não suprime e
nem mesmo diminui as adversidades da natureza que ele apregoa ser capaz
de combater – a escassez, os rigores climáticos, a doença e a agressividade
humana – mas apenas as transforma aos poucos em outras formas
equivalentes, ou piores, de escassez, de doença, de rigores climáticos, de
agressividade e de pulsões primitivas.
É com imensa dificuldade que começamos, em suma, a compreender o
equívoco em que se incorre quando nos limitamos a entender a natureza de
um ponto de vista útil antropocêntrico. A mais forte voz dissonante no coro do
antropocentrismo desde o Iluminismo foi, sem dúvida, a de Rousseau, que, no
Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens, elabora a mais
empolgante defesa, no pensamento moderno, do direito natural das criaturas
não-humanas1338:
“Tout animal a des idées puisqu’il a des sens, il combine même ses idées
jusqu’à un certain point, et l’homme ne diffère à cet égard de la bête que du
plus au moins. Quelques philosophes ont même avancé qu’il y a plus de
différence de tel homme à tel homme que de tel homme à telle bête”.
“Todo animal tem ideias, pois tem um sentido; ele combina mesmo suas ideias
até certo ponto: e o homem não difere a esse respeito dos animais senão pela
escala do mais ao menos. Alguns filósofos chegaram a avançar que pode
haver mais diferença entre homens que entre homens e animais”.
Das Unheimlichste zu sein ist der Grundzug der Menschenwesens (...) Der
Spruch: “Der Mensch ist der Unheimlichste” gibt die eigentliche grieschische
Definition des Menschen
transitório, mas o lugar “natural” para o qual tende toda civilização capaz de
gerar excedente e, assim, satisfazer a demanda de grandes contingentes
populacionais. Com todos os seus defeitos, ele seria o mais eficiente alocador
de recursos e o melhor sistema de organização social de que a humanidade
pôde se dotar desde a assim chamada revolução neolítica, dado espelhar
fielmente as contradições da própria espécie humana, seu caráter ao mesmo
tempo vulnerável e engenhoso, individualista e gregário, agressivo e
cooperativo.
A partir da crise aberta em 2007-2008 começam a se produzir fissuras
nessa convicção. Os sinais de declínio ou esgotamento dos recursos naturais e
os efeitos de retorno negativo aos desequilíbrios antropogênicos da biosfera,
com todo o sofrimento e todos os prejuízos materiais aí implicados, começam a
sair do rol circunscrito das revistas científicas e a fazer manchete na grande
imprensa. Mais importante ainda: a fazer a pauta de Davos. Ouviram-se no
encontro de Davos de 2014 declarações de Jeffrey Seabright, representante da
Coca-Cola1345, e de executivos da Nike e de outras das maiores corporações
sobre o risco crescente de crises, por exemplo, de abastecimento hídrico, de
segurança energética e alimentar, capazes de prejudicar e mesmo inviabilizar
seus negócios. Também projetos como os de transição acelerada para uma
“economia circular” (vide 12.3. Insustentabilidade constitutiva) e intervenções
como a de Al Gore, prestigiada por Ban Ki-Moon e Bill Gates, com o singelo
título: Changing the Climate for Growth and Development, arrancaram aplausos
de auditórios cheios1346.
Paralelamente ao receio de que crises ambientais assumam doravante
magnitudes incontornáveis, crescem fermentos de desencanto diante da
declinante capacidade do capitalismo de abastecer a sociedade de consumo
com a droga de que se tornou adicta, justamente o consumo. A classe média
empobrecida na Europa, nos Estados Unidos e em outros países, assim como
os pobres e “emergentes” aspirantes à terra prometida começam a descobrir
que a sociedade afluente do segundo pós-guerra pertence definitivamente ao
passado. É necessário recordar a conclusão de um estudo da Oxfam, Working
for the few, já citado na Introdução: sete entre dez pessoas vivem em países
onde a desigualdade econômica aumentou nos últimos 30 anos. Em suma, há
um inegável, embora ainda difuso, “mal-estar no capitalismo”.
De outro lado, a resignação começa a ser contestada por setores
crescentes da sociedade à medida mesmo que a velha esquerda se fossiliza
ou se converte às políticas da direita, como é, no Brasil, os casos do PT e do
PCdoB, hoje forças instrumentais da mineração, das empreiteiras e do
agronegócio. Nesse contexto, a capitulação final das sociedades socialistas ao
mercado global revelou-se um bem, porque liberou o pensamento crítico do
peso da herança dos regimes socialistas, de que ele se sentia tributário ou era
acusado de sê-lo. Nos últimos vinte anos, a denúncia do caos a que as
corporações estão conduzindo o planeta vem assumindo formas e discursos
que já nada têm a ver com a velha retórica socialista. As campanhas
ambientalistas na rede e nas ruas, a mobilização da sociedade civil por
milhares de ONGs, as manifestações de protesto dos altermundialistas, dos
anti-consumistas, dos “Indignados”, o movimento Occupy Wall Street e seus
congêneres em vários países, as reivindicações na China, nos EUA, na
Europa, no Brasil e em tantos outros países por políticas públicas que
356
A lição do fracasso
Contrato natural
A
Acidificação oceânica
Acumulação
(ver também Excedente)
Agricultura
Agrotóxicos
Alimentos
(ver também Carne, Insegurança alimentar)
Anóxia, ver Hipóxia
Antropocentrismo
(ver também Ilusão antropocentrica)
Aquecimento global
Aquíferos
363
B
Biosfera
C
Capitalismo
Capitalismo de Estado
Carne
Carvão
Carvão vegetal
Chuvas ácidas
Chuvas torrenciais
Ciência, cisão esquizofrênica
Colapso
Colapso da biodiversidade
Commodities
Contrato natural
Corais
Corporações
D
Demografia
Desertificação
Desigualdade econômica
Desmatamento
Dieback
Distopias
E
Efeitos de retorno negativo
Elevação do nível do mar
Entropia
Envenenamento, ver Intoxicação
Esgotos
Estados-Corporações
Eutrofização
Excedente
F
Fertilizantes
Forças centrífugas
Forças centrípetas
G
Gás
Gás não convencional
Gás hidrofracionamento (fracking)
H
Hidrelétricas
Hipobiosfera
Hipóxia
Homeostase
I
Ilusão antropocentrica
Insegurança alimentar
Insustentabilidade
Interações
Intoxicação
L
Lixo
Lixo eletrônico
Lixo nuclear
Lixo, Resíduos Sólidos Urbanos
M
Matérias-primas
Mercúrio
Metano
Ministério do Meio Ambiente
Mudanças climáticas
Mudanças não-lineares
364
O-P
Ozônio
Pesticidas industriais
Petróleo
Petróleo, derramamentos
Petróleo líquido, escassez
Petróleo não convencional:
areias betuminosas, petróleo de coque, petróleo de xisto
Petróleo, subsídios
Plástico
Plus ultra
Plutosfera
Poluição atmosférica
Poluição das águas
Poluição por combustíveis fósseis
POPs, ver Intoxicação
R
Recursos hídricos
Resíduos Sólidos Urbanos, ver Lixo
Revoltas da fome, ver Insegurança alimentar
S
Secas
Sexta extinção, ver Colapso da Biodiversidade
Síndrome de Vênus
Sinergia
Solos (empobrecimento, erosão e degradação)
T
Tanatosfera, ver Síndrome de Vênus
Termelétricas
Terras raras
Tipping point
U
Urbanização
Referências Bibliográficas
BOMBARDI, Larissa Mies, “Intoxicação e morte por agrotóxicos no Brasil: a nova versão do capitalismo
oligopolizado”. Boletim Dataluta, setembro de 2011.
BONNEUIL, Christophe, FRESSOZ, Jean-Baptiste, L’événement anthropocène, Paris, 2013.
BORRE, Lisa, “Warming Lakes: Climate Change and Variability Drive Low Water Levels on the Great Lakes ”.
Water Currents, 20/XI/2012.
BOURG, Dominique, WHITESIDE, Kerry, Vers une démocratie écologique. Paris, Seuil, 2010.
BOURG, Dominique, FRAGNIÈRE, Augustin (org.), La pensée écologique. Une anthologie. Paris, PUF, 2014.
BROSI, Berry J., BRIGGS, Heather M., “Single pollinator species losses reduce floral fidelity and plant reproductive
function”. Proceedings of National Academy of Sciences, 20/VI/2013.
BROSWIMMER, Franz J., A Short History of the Mass Extinction of Species. Londres, 2002.
BROWN, Lester, R., Outgrowing the Earth: The Food Security Challenge in an Age of Falling Water Tables and
Rising Temperatures. , Washington, Earth Policy Institute. New York: W. W. Norton & Company, 2004.
IDEM, World on the Edge. Earth Policy Institute. Nova York, Norton and Norton Co., 2011.
IDEM, “Can the United States Feed China?”, Earth Policy Institute, 23/III/2011 (em rede).
BROWNE, Mark Anthony et al., “Microplastic Moves Pollutants and Additives to Worms, Reducing Functions Linked
to Health and Biodiversity”. Current Biology, 23, 23, dezembro de 2013, pp. 2388-2392.
BRUNDTLAND, Gro Harlem (dir.) Report of the World Commission on Environment and Development: Our
Common Future, Oxford, University Press, 1987.
BRUNDTLAND, Gro Harlem (dir.), Our Common Future, Oxford Unviersity Press, 1987.
BRUNDTLAND, Gro Harlem, Madam Prime Minister, New York, Farrar, Strauss and Giroux, 2002.
BUCKMINSTER FULLER, Richard, Synergetics. Explorations in the Geometry of Thinking, Nova York, Macmillan
Publishing Co., 1975.
BURCKHARDT, Jacob, Die Kultur der Renaissance in Italien (1860), trad. fr. 3 vol., Paris, Plon, 1958.
BUSSAGLI, Marco, “Anatomia dell’anima”, in La favola di amore e psych . Roma, “L’Erma di Bretschneider, 2012,
pp. 47-55.
CAILLÉ, Alain, FOUREL, Christophe, Sortir du capitalisme. Le scenario Gorz, Lormont, Le bord de l’eau, 2013.
CALANDRA, E., Oltre la Grecia. Alle origini del filellenismo di Adriano, Perugia, 1996.
CAMPBELL, Colin J., The Coming Oil Crisis. Multi Science Publishing, 2004
CARLSTEDT, f., JÖNSSON, B.A., BORNEHAG, C.G., “PVC flooring is related to human uptake of phthalates in
infants”. Indoor Air, 23/II/2013.
CARSON, Rachel, A Silent Spring (1962), Penguin Classics, 2000. Primavera silenciosa. São Paulo, Editora Gaia,
2010.
CASTILHO, Alceu Luís, Partido da Terra. Como os políticos conquistam o território brasileiro. São Paulo, Ed.
Contexto, 2012.
CAULTON, Dana R.,et al. “Toward a better understanding and quantification of methane emissions from shale gas
development”. PNAS, 14/IV/2014.
CERNANSKY, Rachel, When the Rivers Run Black, Matter Publishing, 2014.
CHASE-DUNN, Christopher, KAWANO, Yukio, BREWER, Benjamin D., “Trade Globalization since 1795: Waves
of Integration in the World-System”. American Sociological Review, 65, 1, 2000, pp. 77-95.
CLUGSTON, Christopher O., Scarcity: Humanity’s Final Chapter, Booklocker.com, 2012.
COLE, Thomas, Democritus and the Sources of Greek Anthropology, Atlanta, Scholars Press, American Philological
Association, 1990.
COLLINS, J. P., CRUMP, M. L., Extinction in our times: global amphibian decline. Oxford University Press, 2009.
CONDORCET, Esquisse d’un tableau historique des progrès de l’esprit humain (1793), trad. portuguesa Esboço de
um quadro histórico dos progressos do espírito humano. Campinas, Editora da Unicamp, 1993.
COURT, Thijs de la, Beyond Brundtland: Green Development in the 1990. Londres, Zed Books, Nova York, New
Horizons Press, 1990.
CRODDY, Eric, PEREZ-ARMENDARIZ, Clarisa, HART, John, Chemical and Biological Warfare. A comprehensive
survey for the concerned citizen. New York, Springer-Verlag, 2002.
CRUTZEN, Paul J., “Geology of mankind: the Anthropocene”. Nature, 415, 6867, 2002.
DAGOGNET, François, Considérations sur l’idée de nature. Paris, Vrin, 2000.
IDEM, L’animal selon Condillac. Une introduction au Traité des animaux de Condillac. Paris, Vrin, 2004.
DALY, Herman E., “Sustainable Growth. An Impossibility Theorem” (1990), in DALY, Herman E., TOWNSEND,
Kenneth (org.), Valuing the Earth: Economics, Ecology, Ethics. Cambridge, MIT Press, 1993, pp. 267-285.
DEFFEYES, Kenneth S., Hubbert’s Peak: The Impendig World Oil Shortage, Princeton, 2001.
IDEM, Beyond Oil: The View from Hubbert's Peak, Princeton, 2006
IDEM, When Oil Peaked, New York, Hill and Wang, 2010.
DELL’ORSO, Silvia, Altro che musei. La questione dei beni culturali in Italia, Roma-Bari, Laterza, 2002.
DIAMOND, Jared, Collapse. How societies choose to fail or succeed (2005). Londres, Penguin Books, 2005
DICH, Jan et al., “Pesticides and Cancer”. Cancer, causes and control, 1997, 8, pp. 420-443
IDEM, “Pesticide and prostate câncer. Again”. Ground Truth, 23/I/2013
DIFFENBAUGH, N. S., SCHERER, M., “Observational and model evidence of global emergence of permanent,
unprecedented heat in the 20th and 21st centuries. A letter”. Climate Change, 107, 2011, pp. 615-624
DOBSON, Andrew, ECKERSLEY, Robyin (orgs.), Political Theory and the Ecological Challenge. Cambridge,
University Press, 2006.
DOTTI, Ugo, Vita di Petrarca, Roma-Bari, Laterza, 1992.
366
DOUGLAS, T., “Patterns of land, water and air pollution by waste”. In: M. Newson, (ed.), Managing the Human
Impact on the Natural Environment. John Wiley & Sons, 1992, pp. 150-171.
DUMONT, René, L’Utopie ou la mort! Paris, Seuil, 1973.
DYER, Gwynne, Climate Wars. The Fight for survival as the World overheats. Londres, Random House, 2008.
DUPUY, Jean Pierre, Pour un catastrophisme éclairé. Paris, Éditions du Seuil, 2002.
ECKERSLEY, Robyn, The Green State: Rethinking Democracy and Sovereignty, Cambridge (Mass.), MIT Press,
2004.
EDGAR, Graham J. et al.,“Global conservation outcomes depend on marine protected areas with five key features”.
Nature, 506, 13/II/2014, pp. 216-220
EDWARDS, Clive E., “The impact of pesticides on the environment”, in David Pimentel, Hugh Lehman (eds.) The
Pesticide Question. Environment, Economics, Ethics, New York, Routledge, Chapman, Hall, 1993
EHRLICH, Paul R., The Population Bomb, Sierra Club Ballantines Books, 1968.
EHRLICH, Paul R., EHRLICH, Anne H., The Population Explosion, Nova York, Simon and Schuster, 1990.
EHRLICH, Paul R., HOLDREN, John Paul, “Impact of population growth”, Science,171, 1971, pp. 1212-1217.
ELLIS, Erle C., RAMANKUTTY, Navin, “Putting people in the map: anthropogenic biomes of the world”. Frontiers
in Ecology and the Environment, 6, outubro de 2008, pp. 439–447.
ELLUL, Jacques, La Technique, ou l’enjeu du siècle. Paris: Armand Colin, 1954.
IDEM, Le système technicien, Paris: Calman-Lévy, 1977.
IDEM, Le bluff technologique, Paris: Hachette, 1988.
ENGELMAN, Robert, “Beyond Sustainababble”. State of the World 2013: Is Sustainability Still Possible? The
Worldwatch Institute. New York, Island Press, 2013.
ENGELS, Friedrich, Dialektik der Natur (1872-1882), trad. francesa Paris, Éditions sociales, 1968.
FREDERIKSEN, H. et al., “Metabolism of phthalates in humans”. Molecular Nutrition and Food Research. Julho,
51, 2007, pp. 899-911.
GADELLE, J. et al., “Region-wide glacier mass balances over the Pamir-Karakoram-Himalaya during 1999–2011”.
The Cryosphere, 7, 1263–1286, 2013, pp. 1263-1286
GALLAI, N., SALLES, J.-M., SETTELE, J., VAISSIÈRE, B.E., "Economic valuation of the vulnerability of world
agriculture confronted with pollinator decline". Ecological Economics. Agosto, 2008 (em rede).
GARDNER, Alex S. et al., “A Reconciled Estimate of Glacier Contributions to Sea Level Rise: 2003 to 2009”.
Science. 17/V/2013
GARIBALDI, Lucas A. et al.. “Wild Pollinators Enhance Fruit Set of Crops Regardless of Honey Bee Abundance”,
Science, 28/II/2013.
GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas, The Entropy Law and the Economic Process, Havard University Press, 1971.
IDEM, La Décroissance (1979), Paris, Sang de la Terre, 1995.
GALBRAITH, John Kenneth, The Affluent Society (1958), New York, Houghton Mifflin, 1998.
GERSHWIN, Lisa-ann, Stung! On Jellyfish Blooms and the Future of the Ocean. University of Chicago Press, 2013.
GILDING, Paul, The Great Disruption, Nova York, Bloomsbury Press, 2011.
GILL, Richard J., RAMOS-RODRIGUEZ, Oscar, RAINE, Nigel E., “Combined pesticide exposure severely affects
individual- and colony-level traits in bees”. Nature, 21/X/2012.
GINZBURG, Carlo, Paura, reverenza, terrore. Rileggere Hobbes oggi. Parma, Monte Università, 2008; tradução
portuguesa Medo, reverência, terror. Quatro ensaios de iconografia política, Companhia das Letras, 2014.
GLEICK, Peter H., PALANIAPPAN, Meena, “Peak water limits to freshwater withdrawal and use”, PNAS, 107, 25,
junho, 2010, pp. 11155-11162.
GODIN, Christian, La Haine de la Nature, Seyssel, Éditions Champ Vallon, 2012.
GOLDSMITH, Edward et al., Blueprint for survival. Londres, Penguin Books, 1972.
GORZ, André, BOSQUET, Michel, Écologie et politique (1975), Paris, Seuil, 1978.
GREGORY, Christian A., COLEMAN-JENSEN, Alisha, “Do High Food Prices Increase Food Insecurity in the
United States?” Applied Economic Perspectives and Policy (Oxford), 3/X/2013.
GUATTARI, Félix, Les trois ecologies. Paris, Éditions Galilée, 1988, trad. port. As três ecologias, São Paulo, Papirus,
2013.
HABERMAS, Jürgen, Technik und Wissenschaft als “Ideologie”. Frankfurt: Surkhamp Verlag, 1968. Tradução
portuguesa Técnica e Ciência como “Ideologia”. Lisboa: Edições 70, 2009.
IDEM, Die postnationale Konstellation. Politische Essays (1998), trad. francesa, Après l’État-nation. Une nouvelle
constellation politique, Paris, Fayard, 2000.
HADOT, Pierre, “Conversion”. Exercices spirituels et philosophie antique. Paris, Albin Michel, 2002
HANSEN, James, Storms of My Grandchildren. The truth about coming climate catastrophe and our last chance to
save humanity. Londres, Bloomsbury Press, 2011.
HEEDE, Richard, “Tracing anthropogenic carbon dioxide and methane emissions to fossil fuel and cement
producers, 1854–2010”. Climatic Change, 122, 1-2, janeiro de 2014, pp. 229-241.
HEINBERG, Richard, The Party’s over. Oil, War and the Fate of Industrial Societies, Gabriola Island, New Society
Publishers, 2003
HEINBERG, Richard e CAMPBELL, Colin J., The Oil Depletion Protocol. A Plan to Avert Oil Wars, Terrorism and
Economic Collapse, Gabriola Island, New Society Publishers, 2006
HEINBERG, Richard, Peak Everything: Waking Up to the Century of Declines. Gabriola Island, New
Society Publishers, 2007.
367
IDEM, The End of Growth. Adapting to Our New Economic Reality. Gabriola Island, New Society
Publishers, 2011.
IDEM, Snake Oil: How Fracking’s False Promise of Plenty Imperils Our Future. Post Carbon Institute,
2013.
HESSEL, Stéphane, MORIN, Edgar, Le chemin de l’espérance. Paris, Fayard, 2011.
HIRSCH, Robert L., BEZDEK, Roger H., WENDLING, Robert M., The Impending World Energy Mess.
Apogee Prime, 2010.
HOLLAND, Austin, Examination of Possibly Induced Seismicity from Hydraulic Fracturing in the Eola Field,
Garvin County, Oklahoma. Oklahoma Geological Survey, Agosto de 2011 (em rede)
HONG, Angela C. et al., “Perfluorotributylamine: A novel long-lived greenhouse gas”. Geophysical Research
Letters, 40, 22, 28/XI/2013, pp. 6010-6015.
HOORNWEG, Daniel, BHADA-TATA, Perinaz, KENNEDY, Chris, “Waste production must peak this century”.
Nature, 502, 31/X/2013, pp. 615-617.
HORRIGAN, L., LAWRENCE, R. S., WALKER P., “How Sustainable Agriculture Can Address the Environmental
and Human Health Harms of Industrial Agriculture”. Environ Health Perspectives, 110, 2002, pp. 445–456.
HURST, Cindy, China’s Rare Earth Elements Industry. What Can the West Learn?, Institute for the
Analysis of Global Security (IAGS), 2010 (em rede).
ILLICH, Ivan, La convivialité (1973 e 1975). Oeuvres complètes, Paris, Fayard, 2003, vol. I, pp. 451-580.
International Panel on Climate Change (IPCC - UNEP/WMO). First Assessment Report 1990 – Scientific
Assessment of Climate Change (em rede: www.ipcc.ch)
International Panel on Climate Change (IPCC - UNEP/WMO). Second Assessment - Climate Change
1995: The Science of Climate Change (em rede: www.ipcc.ch)
International Panel on Climate Change (IPCC - UNEP/WMO). Third Assessment Report - Climate
Change 2001: The Scientific Basis (em rede: www.ipcc.ch)
International Panel on Climate Change (IPCC - UNEP/WMO). Fourth Assessment Report - Climate
Change 2007: The Physical Science Basis (em rede: www.ipcc.ch)
International Panel on Climate Change (IPCC - UNEP/WMO). Fifth Assessment Report - Climate
Change 2013: The Physical Science Basis (em rede: www.ipcc.ch)
IPCC, Climate Change 2013. The Physical Science Basis, p. v (em rede)
JONAS, Hans, The Imperative of Responsibility. In search of an Ethics for the Technological Age (1979). The
University of Chicago Press, 1984
IDEM, Sull’orlo dell’abisso. Conversazioni sul rapporto tra uomo e natura. Turim: Einaudi, 2000.
JOUGHIN, Ian, SMITH, Benjamin E., MEDLEY, Brooke, “Marine Ice Sheet Collapse Potentially Underway for the
Thwaites Glacier Basin, West Antarctica”. Science, 12/V/2014.
JONES, Andrew, “The Next Mass Extinction: Human Evolution or Human Eradication”. In, Rudolph Shield (org.),
Extinctions. History, Origins, Causes and Future of Mass Extinctions. Contents Selected from Volumes 2 and 8 of the
Journal of Cosmology. Harvard-Smithsonian, Cambridge, 2011, pp. 259-277.
JÖSTROM, M., ÖSTBLOM, G., “Decoupling waste generation from economic growth – A CGE analysis of the
Swedish case”. Ecological Economics, 69, 7, 15/V/2010, pp. 1545-1552.
KALLENBORN, R., “Persistent organic pollutants (POPs) as environmental risk factors in remote high-altitude
ecosystems”. Ecotoxicology and Environmental Safety, 2006, 63, 1, pp. 100-107.
KAHN, Shfaqat A. et al., “Sustained mass loss of the northeast Greenland ice sheet triggered by regional warming”.
Nature Climate Change, 4, 2014, pp. 292–299.
KEMPF, Hervé, Comment les riches détruisent la planète. Paris, Éditions du Seuil. Tradução portuguesa, Como os
ricos destroem o planeta. Rio de Janeiro, Globo, 2010.
IDEM, Pour sauver la planète, sortez du capitalisme. Paris, Éditions du Seuil, 2009.
KERANEN, Katie et al., “Potentially induced earthquakes in Oklhahoma, USA: Links between wastewater injection
and the 2011 5.7 earthquake sequence”. Geology, 26/III/2013 (em rede).
KLARE, Michael T., The Race for What’s Left, Nova York, Metropolitan Books, 2012.
KOSSIN, James P. et al., “The poleward migration of the location of tropical cyclone maximum intensity”. Nature, 509,
15/V/2014, pp. 349-352.
KUNSTLER, James Howard, The Long Emergency, Nova York, Grove Press, 2005.
KURUTO-NIWA, R. et al., “Estrogeninc activity of alkylphenols, bisphenol S, and their chlorinated derivatives using
a GFP expression system”. Environmental Toxicology and Pharmacology, 19, 1, 2005, pp. 121-130.
KURZ, Robert, Vies et mort du capitalisme, Paris, Nouvelles Éditions Lignes, 2011.
LAGHARI, Javaid R., “Melting glaciers bring energy uncertainty”. Nature, 502, 31/X/2013, pp. 617-618.
LAM, David, “How the World Survived the Population Bomb: Lessons from 50 Years of Extraordinary Demographic
History”. Population Studies Center Research Report 11-743 (em rede).
LAMARCK, Jean-Baptiste de, Système analytique des connaissances positives de l’homme restreintes à celles qui
proviennent directement ou indirectement de l’observation. Paris, A. Belin, 1820.
LATOUCHE, Serge, Bon pour la casse. Paris, Les liens qui libèrent, 2012.
LAZZARIN, Sérgio G., Capitalismo de laços. Os donos do Brasil e suas conexões. Rio de Janeiro, Ed. Campus e
Elsevier, 2011.
LEAKEY, Richard, LEWIN, Roger, The Sixth Extinction. Biodiversity and its Survival. Londres, Weidenfel and
Nicolson, 1996.
368
IDEM, “Trashed: Across the Pacific Ocean, Plastics, Plastics Everywhere”. Natural History Magazine, 112, 9,
Novembro, 2003.
MORA, Camilo et al., “How Many Species Are There on Earth and in the Ocean?”. PlosOne, 23/VIII/2011.
IDEM, “The projected timing of climate departure from recente variability”. Nature, 502, 10/X/2013, pp. 183-187.
MORIN, Edgar, Vers l’abîme? Paris, Éditions de l’Herne, 2007. Tradução portuguesa, Rumo ao Abismo? Ensaio
sobre o destino da Humanidade. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2011.
MOSCOVICI, Serge, Essai de l’histoire humaine de la nature, Paris, Flammarion, 1968.
MOYO, Dambisa F., Winner take All: China’s Race for Resources and What It Means for the World . Basic Books,
2012. Tradução portuguesa, O vencedor leva tudo. Rio de Janeiro, Objetiva, 2012.
NAESS, Arne, “The Shallow and the Deep, Long Range Ecology Movement”. Inquiry, 16, 1973, pp. 95-100
IDEM, “Identification as a Source of Deep Ecological Attitudes”. In Michael Tobias (org.), Deep ecology. San
Marcos, Avant Books, 1984, pp. 256-270.
NILSSON, Chriter et al., “Fragmentation and flow regulation of the world’s large river systems”. Science, 308,
15/IV/2005, pp. 405-406.
NKONYA, Ephraim et al., The Economics of Desertification, Land Degradation, and Drought. Toward an Integrated
Global Assessment. IFPRI Discussion Paper 01086, Maio de 2011 (em rede).
NOBRE, Marcos, CARVALHO AMAZONAS, Maurício, Desenvolvimento Sustentável: a Institucionalização de um
Conceito. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, Edições Ibama, 2002.
NORDHAUS, William, The Climate Casino, Risk, Uncertainty and Economics for a Warming World. New Haven,
Yale University Press, 2013.
NOSS, Reed F., COOPERRIDER, Allen Y., Saving nature’s legacy. Protecting and restoring biodiversity.
Washington, Island Press, 1994.
ORESKES, Naomi, CONWAY, Erik M., Merchants of doubt. How a Handful of Scientists Obscured the Truth on
Issues from Tobacco Smoke to Global Warming. New York, Bloomsbury, 2010. Trad. francesa, Les marchands
de doute Paris, Le Pommier, 2012.
ORLOV, Dmitry, The Five Stages of Collapse: Survivors Toolkit, New Society Publishers, 2013.
PACKARD, Vance, The Waste Makers, trad. francesa, L’art du gaspillage, Paris, Calman-Lévy, 1962.
PÁDUA, José Augusto, Um sopro de destruição. Pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista, 1786-
1888. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2002.
PALMER, Joy A., Fifty Key Thinkers on the Environment, Londres, Routledge, 2006, tradução port., 50 Grandes
Ambientlaistas. De Buda a Chico Mendes, São Paulo, Editora Contexto, 2006.
PEARCE, Fred, The Last Generation. How Nature will take her Revenge for Climate Change. Londres, Eden Project,
2006.
IDEM, When the Rivers Run Dry: what happens when our water runs out. Boston, Beacon Press, 2006a.
IDEM, The Landgrabbers: The New Fight Over Who Owns the Earth. Boston, Beacon Press, 2012.
PETERSON, C.H. et al., "Long-term Ecosystem Response to the Exxon Valdez Oil Spill". Science, 302, 19/XII/2003
PHAM, Christopher K. et al., “Marine Litter Distribution and Density in European Seas, from the Shelves to Deep
Basins”. PlosOne, 30/IV/2014.
PIKETTY, Thomas, Le capital au 21e siècle. Paris, Seuil, 2013.
PINCHOT, Gifford, The Fight for Conservation. New York, Doubleday, 1910.
QIU, Jane, “Tibetan glaciers shrinking rapidly”. Nature, 15/VII/2012.
RADKAU, Joachim, The age of Ecology. Polity
RAHMSTORF, Stephan et al., “Projected sea-level rise may be underestimated”. Potsdam Institute of Climate
Impact Research, 28/XI/2012.
REES, Martin, Our final century. Will civilization survive the twenty-first century? Londres, Arrow
Books, 2003. Tradução portuguesa, Hora final. Alerta de um cientista. São Paulo, Companhia das Letras,
2003.
REEVES, Hubert, Mal de Terre. Paris, Éditions du Seuil, 2003
IDEM, Là où croît le peril… croit aussi ce qui sauve. Paris, Seuil, 2013.
RIBEIRO DOS SANTOS, Leonel, Regresso a Kant. Ética, estética, filosofia política, Lisboa. Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, 2012.
ROBERTS, Paul, The End of the Oil. On the Edge of a Perilous New World, Boston, Houghton Mifflin, 2004
ROCHA, Maria Cecília de Lima e Sá de Alencar, Efeitos dos agrotóxicos sobre as abelhas silvestres no Brasil.
Proposta metodológica de acompanhamento. Brasília, IBAMA-MMA, 2012 (em rede).
ROCKE, Alan J., The Quiet Revolution. Hermann Kolbe and the Science of Organic Chemistry. University of
California Press, 1993
ROSENTHAL, Earl, “Plus Ultra, Non plus Ultra, and the Columnar Device of Emperor Charles V”. Journal of the
Warburg and Courtauld Institutes, 34, 1971, pp. 204-28.
SAAL, Frederick S. vom, et al., “Chapel Hill bisphenol A expert panel consensus statement: Integration of
mechanisms, effects in animals and potential to impact human health at current levels of exposure”. Reprod. Toxicol,
24, 2, 2007, pp. 131-138.
SANTANA, Marcos Oliveira (org.), Atlas das áreas susceptíveis à desertificação do Brasil. Ministério do Meio
Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos, Universidade Federal da Paraíba, 2007.
SCHELLNHUBER, Hans Joachim, FRIELERA, Katja, KABATC, Pavel, “The elephant, the blind, and the
intersectoral intercomparison of climate impacts”. PNAS,, 111, 9, 4/III/2014.
SCHEWE, Jacob et al., “Multimodel assessment of water scarcity under climate change”. PNAS, 16/XII/2013
370
SCHIERMEIER, Quirin, ‘Warter risk as world warms”. Nature, 505, 1-126, 2/I/2014, pp. 10-11.
SCHNEIDER, Philip, HOOK, Simon J., “Space observations of inland water bodies show rapid surface warming
since 1985”. Geophysical Research Letters, 24/XI/2010.
SCHOIJET, Mauricio, Límites del Crecimiento y Cambio Climático. Buenos Aires, Siglo Ventiuno, 2008.
SERRES, Michel, Le Contrat naturel. Paris, Éditions François Bourin, 1990; Flammarion, 1992
IDEM, Éclaircissements. Entretiens avec Bruno Latour. Paris, F. Bourin, 1992.
IDEM, Retour au ‘Contrat naturel’. Paris, Bibliothèque Nationale de France, 1998.
IDEM, La guerre mondiale. Paris, Le Pommier, 2008.
IDEM, Temps des crises. Paris, Le Pommier, 2009.
IDEM, Le Mal propre, Paris, Le Pommier, 2012.
SETTIS, Salvatore, Italia S.p.A. L’assalto al patrimonio culturale. Turim, Einaudi, 2002.
SHIVA, Vandana, Waters Wars. Privatization, Pollution and Profit. Cambridge (Mass), South End Press, 2002
SLADES, Giles, Made to Break. Technology and Obsolescence in America. Cambridge University Press, 2006.
SPRING, Ursula Oswald, COHEN, Ignácio Sanchez, “Water resources in Mexico. A Conceptual Introduction”. In,
Ursula Oswald Spring (ed.), Water Resources in Mexico: Scarcity, Degradation, Stress, Conflicts, Management, and
Policy, Heildelberg, Springer Verlag, 2011
STEFFEN, Will et. al., “The Anthropocene: conceptual and historical perspectives”. Philosophical Transactions of
the Royal Society, 369, 2011, pp. 842-867.
STEFFEN, Will, SANDERSON, A., TYSON, P.D., JÄGER, J., MATSON, P.A, MOORE III, B., OLDFIELD, F.,
RICHARDSON, K., SCHELLNHUBER, H.J., TURNER, L., WASSON, R.J., Global Change and the Earth System:
A Planet Under Pressure. Berlim: Springer-Verlag, 2004.
STRANEO, Fiammetta, HEIMBACH, Patrick, “North Atlantic warming and the retreta of Greenland’s outlet
glaciers”. Nature, 5/XII/2013, pp. 36-43.
SYVITSKI, James, VÖRÖSMARTY, Charles, MARX, Sina, BHADURI, Anik, “Changing the History of the Earth.
The Role of Water in the Anthropocene”. Global Water System Project (GWSP), Bonn, maio de 2013
TAI, P. et al., “Biological toxicity of lanthanide elements on algae”. Chemosphere, 80, 9, Agosto, 2010, pp. 1031-35.
TANDONG Yao et al., “Different glacier status with atmospheric circulations in Tibetan Plateau and surroundings”.
Nature Climate Change, 2, 663-667, 15/VII/2012.
TAYLOR, Paul W., “The Ethics of Respect of Nature”. Environmental Ethics, 3, 3, 1981, pp. 197-218,
trad. francesa por Hicham-Stéphane Afeissa (org.), Éthique de l’environnement. Nature, valeur, respect, Paris, Vrin,
2007, pp. 111-152.
TEILHARD DE CHARDIN, Pierre, “L’hominisation” (1923)
IDEM, “Le coeur de la matière” (1950). Autobiographie spirituelle, Paris, Seuil, 1976, pp. 21-56.
TERBORGH, John, Requiem for Nature (1999). Washington, Island Press, 2004.
TILMAN, David et al, “Forecasting Agriculturally Driven Global Environmental Change” Science, 292, 281, 2001.
IDEM, “The greening of the green revolution”. Nature, 396, 1998, pp. 211–212.
TOCQUEVILLE, Alexis de, L’Ancien Régime et la Révolution. Paris, Michel Lévy, 1856.
TOLLEFSON, Jeff, “Plastic wood is no green guarantee”. Nature, 498, 6/VI/2013.
TOLLEFSON, Jeff et al., “Methane leaks erode green credentials of natural gas”. Nature, 493, 7430, 2/I/2013.
TOLLEFSON, Jeff, “Secrets of fracking fluids pavê way for cleaner recipes”. Nature, 501, 12/IX/2013.
TOLLEFSON, Jeff, GILBERT, N., “Earth Summit: Rio report card”. Nature, 6/VI/2012.
TOMASELLO, Michael, A Natural History of Human Thinking, Harvard University Press, 2014
TOYNBEE, Arnold J., A Study of History, Oxford: Oxford Univ. Press, 1933-1961.
IDEM, Mankind and Mother Earth. Oxford University Press, 1976.
VALÉRY, Paul, De l’Histoire (1928), Regards sur le monde actuel (1931-1945). In, Oeuvres, vol. II.
Paris, Gallimard, 1960.
VASSORT, Patrick, Contre le capitalisme. Lormont, Le bord de l’eau, 2014.
VEGETTI, Mario, Il coltello e lo stilo. Le origini della scienza occidentale (1979). Milão, Il Saggiatore,
1996.
VEIGA, José Eli da, Desenvolvimento sustentável. O desafio do século XX. Rio de Janeiro, Garamond, 2005.
VEIGA, José Eli da (org.), Aquecimento global, frias contendas científicas (2008), São Paulo, Senac, 2ª ed. revista
e atualizada, 2011
Vários Autores, State of the World 2013. Is Sustainability still possible? The Worldwatch Institute, Island Press, 2013.
VERGARA, Walter, SCHOLZ, Sebastian M. (eds.) Assessment of the Risk of Amazon Dieback. A World Bank Study,
2011 (em rede).
VERNADSKY, Vladmir I., The Biosphere (1926), New York, Copernicus, 1998.
VIÑAS, René, WATSON, Cheril S., “Bisphenol S disrupts estradiol-induced nongenomic signaling in a rat pituitary
cell line: effects on cell functions”. Environmental Health Perspectives, 17/I/2013.
VIZIA, Claudio, Un Marx verde? Antropología, Ecología y Marxismo. Buenos Aires, Ediciones Kaicron, 2011.
WEARN, Oliver R. et al., “Extinction Debt and Windows of Convervation Opportunity in the Brazilian Amazon”.
Science, 337, 6091, 13/VII/2012, pp. 228-232.
WEISMAN, Alan, The World Without Us, Londres, Random House, 2007
WELCH, Jarrod R. et al., “Rice yields in tropical/subtropical Asia exhibit large but opposing sensitivities to
minimum and maximum temperatures”. PNAS, 9/VIII/2010
WELZER, Harald, Guerre climatiche. Per cosa si uccide nel XXI secolo. Asterios Editore, 2010.
WILSON, Edward O., The diversity of life (1992), Penguin Press Science, 2001.
371
WRIGHT, Stephanie L., ROWE, Darren, THOMPSON, Richard C., GALLOWAY, Tamara S., “Microplastic
ingestion decreases energy reserves in marine worms”. Current Biology, dezembro, 23, 23, 2012, pp. 2388-2392.
WOLIN, Sheldon S., Democracy Incorporated. Managed Democracy and the Specter of the Inverted Totalitarianism,
Princeton University Press, 2008.
WON-YOUNG Kim, “Induced seismicity associated with fluid injection into a deep well in Youngstown, Ohio”.
Journal of Geophysical Research. Solid Earth, 19/VII/2013
WORTHY, Kenneth, Invisible Nature: Healing the Destructive Divide Between People and the Environment, Nova
York, Prometheus, 2013.
WWI, State of the World. Governing for Sustainability, 2014
WWI, State of the World. Is Sustainability Still Possible, 2013
WWI, State of the World. Moving to Sustainable Prosperity, 2012
WWI, State of the World. Innovations that Nourish the Planet, 2011
WWI, State of the World. Our Urban Future, 2007
ZAKAIB, G. Dickey, “Overfishing hits all creatures great and small”, Nature, 3/V/2011.
1
NOTAS
Livros e artigos impressos são citados por extenso na bibliografia ao final do volume. Artigos de imprensa (jornais e
revistas) e textos de sítios na internet são referenciados apenas nas notas. Estes últimos foram consultados pela última vez
em maio de 2014.
Principais abreviações:
Notas da Introdução
Cf. A. de Tocqueville (1856, p. 1): “Il n’y a rien de plus propre à rappeler les philosophes et les hommes d’État à la modestie que
l’histoire de notre Révolution; car il n’y eut jamais d’événements plus grands, conduits de plus loin, mieux préparés et moins prévus”.
2
Veja-se, por exemplo, Condorcet (1793/1993, p. 189: “o homem pode predizer com uma segurança quase integral os fenômenos dos
quais conhece as leis; (...) mesmo quando estas lhe são desconhecidas, ele pode, a partir da experiência do passado, prever com uma
grande probabilidade os acontecimentos do futuro”.
3
“Rien n’a été plus ruiné par la dernière guerre que la prétention de prévoir”. De l’Histoire (1928), republicado em Regards sur le monde
actuel (1931-1945/1960, p. 937).
4
Soam cômicas em 2014 as palavras iniciais do World Economic Outlook do FMI, de abril de 2007: “Notwithstanding the recent bout of
financial volatility, the world economy still looks well set for continued robust growth in 2007 and 2008”.
5
Algumas obras foram justamente celebradas por prever essas grandes rupturas históricas: em Impossibilités techniques et économiques
d’une guerre entre grandes puissances. Paris, Paul Dupont, 1899, Jan de Bloch alertava sobre as consequências terríveis de uma guerra
entre países industrializados, previsões confirmadas com a I Grande Guerra (“Les guerres ne pourront donc se terminer”, concluía de
Bloch, “autrement que par l’épuisement entier des deux adversaires ou par un cataclisme social”). No que respeita à implosão da União
Soviética, cf. Emmanuel Todd, La chute finale: Essais sur la décomposition de la sphère Soviétique. Paris, 1976. Dos poucos estudiosos
que previram a crise financeira de 2007-2008, o mais notório é Nouriel Roubini, apelidado “Dr. Doom” pelo The New York Times. Cf. “8
who saw the crisis coming...” CNNMoney/Fortune, agosto de 2008: “In 2005, Roubini said home prices were riding a speculative wave
that would soon sink the economy. Back then the professor was called a Cassandra. Now he's a sage” . Há também os que previram a
bolha imobiliária, mas se calaram de má-fé, como a Standard & Poor’s, cf. Le Monde, 7/II/2013.
6
Cf. Lamarck (1820, p. 154), apud Bourg, Fragnière (2014, pp. 49-50)
7
Cf. The Nine Planetary Boundaries. Stokholm Resilience Centre. Sustainability Science for Biosphere Stewardship. Esses nove limites
serão tratados nos seguintes capítulos: mudanças no uso do solo (capítulos 1 e 2); declínio dos recursos hídricos (capítulo 2); poluição
química (capítulo 3); poluição atmosférica (capítulo 3); mudanças climáticas e buraco na camada de ozônio (capítulo 6); biodiversidade
(capítulos 8 e 9); acidificação oceânica e eutrofização (capítulo 10).
8
Cf. Energy for All. Financing access for the poor. Special early excerpt of the World Energy Outlook 2011. Dados de 2009.
9
Cf. “10 Facts on Sanitation”. World Health Organization. Março de 2011.
10
“In developed countries, only about 30% of the population fall into this category”. Cf. The Crédit Suisse Global Wealth Report 2013, p.
22 (em rede).
11
Sobre esses dados de concentração da riqueza mundial, cf. The Crédit Suisse Global Wealth Report 2013.
12
Cf. Ricardo Fuentes-Nieva, Nicholas Galasso, Working for the few. Political capture and economic inequality, 2014: “seven out of ten
people live in countries where economic inequality has increased in the last 30 years”.
13
Cf. Paul Krugman, “The Undeserving Rich” The New York Times, 19/I/2014: “incomes of the top 1 percent have nearly quadrupled and
the incomes of the top 0.1 percent have risen even more”. Artigo republicado em português com o título “Os ricos sem mérito”. Folha de
São Paulo, 20/I/2014.
14
Porphyrius ad Marcellam, 27, p. 207, 31 Nauck, in Hermann Usener, Epicurea, p. 161, trad. e ed. Ilaria Ramelli, Milão, Bompiani,
2002, p. 367. Na tradução inglesa: “Wealth, if limits are not set for it, is great poverty”. The Epicurus reader. Selected writings and
testimonia, ed. e trad. por Brad Inwood e L.P. Gerson. Indianopolis, Hackett Publishing Comp., 1994, The Vatican Collection of
Epicurean Sayings, n. 25, p. 37.
15
Cf. La Convivialité (1973 e 1975). Oeuvres complètes, Paris, Fayard, 2003, vol. I, pp. 451-580, p. 508
16
Cf. Beck (1986).
17
Da mesma forma, Paul R. Herlich e Anne H. Ehrlich (1990, p. 18) escrevem: “Em quatro anos, a população do mundo cresce apenas
um pouco mais que 7%. Quem poderia notar isso? Por mais veloz que tenha sido em termos históricos a explosão populacional, ela ocorre
em passo de lesma na percepção de um indivíduo”.
18
Sobre essa noção de dissociação, cf. Worthy (2013) e a resenha de Edward Humes, “Blanking out the mess”. Nature, 500, 7460,
1/VIII/2013, pp. 26-27.
19
Cf. Vicent Di Grande, “Face à la crise, les Français se détournent de l'environnement”. Le Monde, 11/I/2013; Emily Swanson, “Poll
finds Americans less concerned about the environment now than Earth Day began”. Huffington Post, 22/IV/2013.
20
Repete-se o erro histórico que, no século XX e ainda hoje, levou a esquerda a recusar o que chamou de liberdades “burguesas”,
tolerando a tirania exercida em nome do socialismo. Esse constrangido silêncio, por vezes cúmplice de atrocidades, permitiu à direita
vender-se, cúmulo do absurdo, como guardiã das liberdades civis.
21
Cf. B. Fisher, N. Nakicenovic (coord.), “3 - Issues related to mitigation in the long-term context”. International Panel on Climate
Change (IPCC), p. 173: “Using the ‘best estimate’ assumption of climate sensitivity, the most stringent scenarios (stabilizing at 445–490
ppmv CO2-equivalent) could limit global mean temperature increases to 2–2.4°C above the pre-industrial level, at equilibrium, requiring
emissions to peak before 2015 and to be around 50% of current levels by 2050” http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/wg3/ar4-
wg3-chapter3.pdf.
22
IPCC - Special Report on Renewable Energy Sources and Climate Change Mitigation. 11ª Sessão do Grupo de Trabalho III,
apresentado em Abu Dhabi em 9 de maio de 2011: “Close to 80 percent of the world‘s energy supply could be met by renewables by
mid-century if backed by the right enabling public policies” (http://srren.ipcc-wg3.de/).
23
Segundo o The Emissions Gap Report 2012, das Nações Unidas, em 2010, as emissões globais de gases de efeito estufa ultrapassavam
já em 14% o nível de emissões desses gases requerido em 2020 para se manter uma alta probabilidade ( a likely chance) de não ultrapassar
um aquecimento global de 2º C em 2100. O nível das emissões de CO 2-eq em 2010 era 20% mais alto que o nível de 2000, malgrado a
retração econômica iniciada em 2008. Tarde demais para dois graus? é o título de um documento apresentado à 18ª Convenção das Partes
sobre o Clima em Doha (COP 18) em 2012 que assim resume o problema: “Ultrapassamos um limiar crítico (...): a tarefa que agora
enfrentamos é conseguir 5,1% anuais de descarbonização por 39 anos consecutivos”, sendo que a taxa média de descarbonização da
economia desde 2000 é de 0,8%. Cf. L. Johson, Too late for two degrees? Low carbon economy Index 2012. PricewaterhouseCoopers
LLP . Veja-se infra o capítulo 6, em especial o item: O salto de 2,4º a 6º Celsius até 2100.
24
Cf. The Climate Change Performace Index 2013 (http://germanwatch.org/en/download/7158.pdf): “This overall view shows that
climate change protection efforts are still far less than sufficient, not only in specific regions, but all over the world” .
25
O termo aparece em Wilhelm Liebknecht, “Our recent Congress”. Justice, 15/VIII/1896.
26
Cf. “The visible hand”. The Economist, 26/I/2013: “State companies make up 80% of the value of the stockmarket in China,
62% in Russia and 38% in Brazil”.
27
Cf. D. Rajeev Sibal, “The Untold Story of India’s Economy”. LSE, The London School of Economics and Political Science, março de
2012.
28
Cf. Fernando Ulrich, “Uma radiografia do crédito bancário no Brasil”. O Ponto Base , 17/VII/2013.
29
Cf. Pedro Henrique Pedreira Campos, citado por Anne Vigna, “Odebrecht, uma transnacional alimentada pelo Estado”. Le Monde
diplomatique Brasil, 34, 7, 75, outubro de 2013, p. 15. Um estudo de Sérgio G. Lazzarin (2011) descreve os mecanismos de controle
compartilhado e a capilaridade da participação do Estado brasileiro na rede corporativa. Agradeço esta referência a Henrique Lian.
30
Cf. Anderson Antunes, “The 20 Companies That Own Brazil”. Forbes, 23/I/2014; “Quem são os proprietários do Brasil?”
http://www.proprietariosdobrasil.org.br/index.php/pt-br/.
31
Cf. Richard Heede (2014, pp. 229-241).
32
Cf. “The rise of state capitalism”. The Economist, 26/I/2013: “the world's ten biggest oil-and-gas firms, measured by reserves,
are all state-owned”; “The visible hand”. The Economist, 26/I/2013: “The 13 biggest oil firms, which between them have a grip
on more than three-quarters of the world's oil reserves, are all state-backed”.
33
Cf. Angela Bittencourt, “Heróis da Nação”. Valor econômico, 3/VII/2013 .
34
A Lei Orgânica dos Partidos Políticos (9.096/1995) e a Lei das Eleições (9.504/1997) permitem doações financeiras por pessoas
jurídicas e físicas a campanhas eleitorais e a partidos políticos. Em 2010, as campanhas eleitorais foram financiadas em 95% pelas
empresas. A campanha eleitoral de um deputado federal custou em 2010, em média, R$ 1,1 milhão; um senador, R$ 4,5 milhões; um
governador, R$ 23,1 milhões. Além disso, 62% dos deputados federais eleitos – 320 parlamentares – receberam doações de apenas 5%
das empresas que financiaram as campanhas em 2010, as principais sendo: Camargo Corrêa, OAS, Andrade Gutierrez, Siderúrgica
Gerdau, Banco Alvorada (Bradesco), BMG, Itaú/Unibanco, Santander, JBS/Friboi, Ambev e Votorantim, . Para cada real investido num
candidato, as empresas obtêm R$ 8,50 em contratos públicos. Cf. Silvio Caccia Brava, “Uma disputa e tanto”. Le Monde Diplomatique
Brasil, Abril, 2014, p. 3. Segundo a Transparência Brasil, citada por Caccia Brava, o custo total das eleições de 2010 e 2012 chega a R$
10,8 bilhões. Na França, o custo das últimas eleições presidenciais e legislativas foi de US$ 30 milhões. Segundo dados do TSE, entre
2002 e 2010, os gastos declarados nas eleições do Brasil para Deputado Federal e Presidente passaram de R$ 827 milhões para R$ 4,8
bilhões, um aumento de 591%. Cf. Ana Luiza Backes, Luiz Carlos Pires dos Santos, “Gastos em campanhas eleitorais no Brasil”.
Cadernos Aslegis, 46, 2012, pp. 47-59; Daniel Bramatti, “Setor privado dá dinheiro também em ano eleitoral”. Estado de São Paulo,
3/IV/2014, p. 4: “entre 2009 e 2012, as direções nacionais do PT, PSDB e PMDB receberam, juntas, pelo menos R$ 1 bilhão em doações
de bancos, empreiteiras e empresas. Esse valor equivale a quase 2/3 das receitas dos três partidos, em média”. Nos últimos quatro anos, o
PT foi o mais bem aquinhoado: “R$ 551 milhões – 71% de suas receitas - vieram de empresas”.
35
Em 2010, a sentença da Suprema Corte dos EUA, no processo Citizens United v. Federal Election Commission, garantiu às
corporações, associações e sindicatos o direito de injetar dinheiro em campanhas eleitorais. Eis o texto da sentença: “ Political spending is
a form of protected speech under the First Amendment, and the government may not keep corporations or unions from spending money to
support or denounce individual candidates in elections. While corporations or unions may not give money directly to campaigns, they
may seek to persuade the voting public through other means, including ads (...)” . Além disso, a Suprema Corte deve sentenciar em breve
sobre o processo McCutcheon v. FEC, que propõe eliminar os limites dos valores máximos estabelecidos em lei (1970) para os doadores
individuais (individual donors) às campanhas eleitorais. Cf. Jessica Jones, “Citizen United four years later – The Unleashed Tide of Secret
Money”. League of Women Voters, 17/I/2014 .
36
O Acordo de Parceria Transpacífica, proposto pelos EUA é um novo tipo de tratado comercial ‘high standard”, acordado em 2011 e
assinado em Singapura, em sua forma final, em dezembro de 2013, que visa, explicitamente, “regulatory coherence” entre as nações
signatárias. Dele participam, ou devem participar, Japão, México, Canadá, Austrália, Malásia, Chile, Colômbia, Cingapura, Peru, Vietnã,
Nova Zelândia, Coreia e Brunei. Cf. CartaCapital, 20/XI/2013, p. 22. Vejam-se: http://www.ustr.gov/about-us/press-office/fact-
sheets/2011/november/outlines-trans-pacific-partnership-agreement e https://wikileaks.org/tpp-enviro/pressrelease.html.
37
Esse acordo versa, por exemplo, sobre a exploração de combustíveis fósseis, o funcionamento da internet, os OGMs e o tipo e duração
de patentes que, em certos casos, poderão durar até 120 anos. Cf. Maxime Vaudano, “Le traité TAFTA va-t-il délocaliser notre justice à
Washington?” Le Monde, 15/IV/2014: “L'expérience montre que le mise en place de mécanismes d'arbitrage international tend à favoriser
les entreprises, au détriment des Etats”.
38
Final report. High Level Working Group on Jobs and Growth (HLWG): “As Leaders requested, the HLWG has analyzed jointly a wide
range of potential options for expanding transatlantic trade and investment. These included, but were not limited to, the following: (...)
Elimination, reduction, or prevention of unnecessary “behind the border” non-tariff barriers to trade in all categories”.
39
Cf. Lori Wallach, “Um tratado para estabelecer o governo das multinacionais”. Le Monde Diplomatique Brasil, novembro, 2013, p. 6.
40
Em seu Capitalismo de laços, 2011, acima citado, Sérgio G. Lazzarin assim o define: “Trata-se de um modelo assentado no uso de
relações para explorar oportunidades de mercado ou para influenciar determinadas decisões de interesse. Essas relações podem ocorrer
somente entre atores privados, muito embora grande parte da movimentação corporativa envolva, também, governos e demais atores na
esfera pública” (p. 4).
41
Cf. Luigi Zingales, “Crony Capitalism and the Crisis in the West”, The Wall Street Journal, 6/VI/2012: “Seven out of the 10 richest
counties in the U.S. are in the suburbs of Washington, D.C., which produces little except rules and regulations”.
42
Cf. The Power Elite, 1956 . Tradução portuguesa, A Elite do Poder, Rio de Janeiro, Zahar, 1965. Sobre o discurso de Eisenhower, vide
infra o capítulo 12. A ilusão de um capitalismo sustentável. No Brasil, o clientelismo foi objeto de uma ampla literatura em que se
destacam as contribuições de Sérgio Buarque de Holanda e Raymundo Faoro.
43
Cf. Sheldon Wolin (2008): “A symbiotic relationship between traditional government and the system of ‘private’ governance
represented by the modern business corporation. The result is not a system of codetermination by equal partners who retain their
distinctive identities but rather a system that representes the political coming-of-age of corporate power”.
44
O Índex de Percepção de Corrupção de 2013 da Transparência Internacional, abrangendo 177 países e territórios, mostra que dois
terços dos países não atingem a nota 50, numa escala de 0 (máximo de corrupção) a 100 (mínimo de corrupção). Vide
http://cpi.transparency.org/cpi2013/results/.
45
Segundo Jeff Tollefson e N. Gilbert (2012): “The climate numbers are downright discouraging. The world pumped 22.7 billion tonnes
of carbon dioxide into the atmosphere in 1990. (…) By 2010 that amount had increased roughly 45% to 33 billion tonnes. Carbon dioxide
emissions skyrocketed by more than 5% in 2010 alone, marking the fastest growth in more than two decades.”
http://www.nature.com/news/earth-summit-rio-report-card-1.10764.
46
“GIEC: Les émissions de gaz à effet de serre s’accélèrent malgré les efforts de réduction” (em rede).
47
Cf. Stephane Foucart, “40 milliards de tonnes: les émissions de CO 2 atteignent un niveau record”. Le Monde, 20/XI/2013.
48
Entrevista concedida a M.-B. Baudet, Le Monde (13/XI/2012): “L’éfficacité énergétique doit être une priorité pour les États”.
49
Cf. Matthews et al.(15/I/2014).
50
Cf. “U.S. energy-related CO2 emissions in 2013 expected to be 2% higher than in 2012”. U.S. Energy Information Administration
(EIA), 14/I/2014.
51
Dados de um trabalho da University of Wollongong, na Austrália, citados por Bernahard Zand, ‘The Coal Monster”. Spiegel Online
International, 6/III/2013.
52
Cf. Jintai Lin et al. (2007), “China’s international trade and air pollution in the United States”. PNAS: 36% of anthropogenic sulfur
dioxide, 27% of nitrogen oxides, 22% of carbon monoxide, and 17% of black carbon emitted in China were associated with production of
goods for export. For each of these pollutants, about 21% of export-related Chinese emissions were attributed to China-to-US export”.
53
Cf. D. Savoye, “Canada: la justice valide la sortie du protocole de Kyoto”. Le Monde, 22-23/VII/2012.
54
Eis os pontos principais do acordo de Doha: um segundo período do Protocolo de Kyoto se estenderá de 2013 a 2020, mas ele envolve
apenas a União Europeia, a Croácia, a Islândia, e outros oito países industrializados, dentre os quais a Austrália, a Noruega e a Suiça. Os
signatários desse acordo são responsáveis por 15% das emissões globais de gases de efeito estufa. O acordo “insta” os países
desenvolvidos a anunciar novas ajudas financeiras “quando as circunstâncias financeiras o permitirem” e a apresentar em Varsóvia em
2013 “informações sobre suas estratégias para mobilizar fundos de maneira a chegarem a 100 bilhões de dólares por ano de 2013 a 2020”.
Além disso, declara sua ambição de adotar um acordo de limitação de emissões de gases de efeito estufa “dotado de força jurídica” na
Conferência da ONU de 2015, acordo que passaria a vigorar em 2020. Cf. Le Monde, 8/XII/2012.
55
Veja-se, por exemplo, o editorial da revista New Scientist, 9/XI/2013: “Deal or no deal. A global climate pact might be unnecessary
after all”.
56
Cf. “Relations commerciales EU-Chine”. Parlement européen. Département thématique, 2011.
57
“Emissão de CO2 cresceu 62% no Brasil entre 1990 e 2005”. O Globo, 26/11/09.
58
Cf. M. Lima, Emissão de metano pela pecuária, Embrapa, 2008, em rede. Sobre as emissões de metano pelas hidrelétricas, vejam-se
em especial as pesquisas de Philip M. Fearnside, discutidas no capítulo 6.
59
Folha de São Paulo. 13/VII/2012, p. 2.
60
Cf. “OEA pede que Brasil suspenda Belo Monte, e governo se diz perplexo”. BBC Brasil. Em nota, o Itamaraty considerou o pedido
impertinente, afirmando: “Sem minimizar o papel que desempenham os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos, o
governo brasileiro recorda que o caráter de tais sistemas é subsidiário ou complementar, razão pela qual sua atuação somente se legitima
na hipótese de falha dos recursos de jurisdição interna”.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110405_belomonte_oea_pai.shtml.
61
Cf. L. Coelho, “OEA cancela audiência sobre Belo Monte após Brasil se negar a ir”. Folha de São Paulo, 26/10/2011.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/997180-oea-cancela-audiencia-sobre-belo-monte-apos-brasil-se-negar-a-ir.shtml.
62
Cf. D. Chrispim Marin, “Brasil não paga OEA por causa de Belo Monte”. Estado de São Paulo, 20/X/2011.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-nao-paga-oea-por-causa-de-belo-monte-,787892,0.htm.
63
“The EU climate and energy package”. European Commission.
64
Cf. “Greenpeace comment on state of Rio+20 negotiations text for adoption”. Greenpeace, 19/VI/2012.
65
“Let me be frank. Our efforts have not lived up to the measure of the challenge (…). Nature does not wait. Nature does not negotiate
with human beings”. Citado pela Agência Reuters, em “Rio+20 summit begins under a cloud of criticism”, 20/VI/2012.
http://af.reuters.com/article/worldNews/idAFBRE85J1H720120620.
66
“We need urgent action. We can not have a Rio+40, there is no time. We are behaving like idiots. The issue of sustainable development
is not for the next generation, it is for ours”. Entrevista publicada em:
http://albeliodias.blogspot.com.br/2012/06/pavan-sukhdev-there-will-be-time-for.html.
67
Cf. Bai et al. (2008). Segundo Nkonya et al. (2011): “For a global assessment of land degradation, remote sensing and georeferenced
data are definitely needed”.
68
Cf. Fred Pearce, “Summit? More like nadir”. New Scientist, n. 2871, 30/VI/2012, Editorial, p. 3.
69
Cf. V. Shiva, Time To End War Against The Earth. Discurso pronunciado na seção de recepção do Sydney Peace Prize em 4 de
novembro de 2010: “When we think of wars in our times, our minds turn to Iraq and Afghanistan. But the bigger war is the war against
the planet. This war has its roots in an economy that fails to respect ecological and ethical limits - limits to inequality, limits to injustice,
limits to greed and economic concentration. A handful of corporations and of powerful countries seeks to control the earth's resources and
transform the planet into a supermarket in which everything is for sale. They want to sell our water, genes, cells, organs, knowledge,
cultures and future”.
70
Monitoradas pelo programa “O Homem e a Biosfera” (MAB), em cooperação com o PNUMA, a UICN e outras agências
internacionais. http://www.unesco.org/new/fr/natural-sciences/environment/ecological-sciences/biosphere-reserves/.
71
Para a situação crítica dessas Reservas na África Ocidental, cf. Amadou Boureima, Réserves de la biosphère em Afrique de l’Ouest,
2008. No que se refere à Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o INPE
72
Declaração de Manuela Carneiro da Cunha a Daniela Chiaretti, “Cresce disputa pelas terras dos índios no país”. Valor econômico,
17/IV/2014, p. 4.
73
Dados de um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco. Cf. M. T. Pádua, “Campeonato de
redução das unidades de conservação”. O Eco; D. Bragança, “Dilma apresenta pacote de bondades de olho na Rio +20”. O Eco.
74
Cf. S. Landrin, “Les périls se multiplient sur les sites naturels du Patrimoine mondial”. Le Monde, 28/VI/2012.
75
Cf. C. Toropova, I. Meliane, D. Laffoley, E. Matthews, M. Spalding, Global Ocean Protection. Present Status and Future Possibilities.
Gland, IUCN, 2010: “Although it is not possible to develop an exact account, fully protected, no-take areas cover only a small portion of
MPA coverage, while a large proportion of MPAs are ineffective or only partially effective”. Veja-se: http://data.iucn.org/dbtw-
wpd/edocs/2010-053.pdf.
76
Cf. Engelman (2013).
77
Tal é a definição proposta pelo Relatório Brundtland de 1987, Our Common Future, para o qual uma sociedade sustentável “meets the
needs of the present without compromising the ability of future generations to meet their own needs”.
78
Cf. Daly (1990/1993, p. 268). Há uma imensa literatura econômica sobre o conceito e as políticas de “desenvolvimento sustentável”.
Veja-se, no Brasil, por exemplo, Veiga (2005); Abramovay (2012).
79
Lovelock (2006, p. 3).
80
Cf. Georgescu-Roegen (1971).
81
“World Bank Group President: This is the Year of Climate Action”. The World Bank News, 23/I/2014.
82
Apud Coral Davenport, “Industry awakens to threat of climate change”, The New York Times, 23/I/2014: “There are a lot of really
significant, monumental issues facing the global economy, but this supersedes all else”.
83
Cf. Interagency Working Group on Social Cost of Carbon, “Social Cost of Carbon for Regulatory Impact Analysis Under Executive
Order 12866”, 2010 . As instâncias governamentais que firmam esse documento são: Council of Economic Advisers, Council on
Environmental Quality, Department of Agriculture, Department of Commerce, Department of Energy, Department of Transportation,
Environmental Protection Agency, National Economic Council, Office of Energy and Climate Change, Office of Management and
Budget, Office of Science and Technology Policy, Department of the Treasury.
84
“The SCC is an estimate of the monetized damages associated with an incremental increase in carbon emissions in a given year. It is
intended to include (but is not limited to) changes in net agricultural productivity, human health, property damages from increased flood
risk, and the value of ecosystem services due to climate change”.
85
Cf. Brad Plumer, “An obscure new rule on microwaves can tell us a lot about Obama’s climate policies”. The Washington Post,
5/VI/2013.
86
“carbon economy- and climate change related losses amounted to over 1.2 trillion dollars in 2010”. Cf. 2nd Climate Vulnerability
Monitor. DARA https://s3.amazonaws.com/daraint/CVM2ndEd-ExecutiveSummary.pdf.
87
Cf. M. A. Sutton, et al., Our Nutrient World: The challenge to produce more food and energy with less pollution. Centre for Ecology
and Hydrology, Edinburgh, 2013.
88
Cf. Andrew Metcalf, “Water Scarcity to Raise Capex and Operating Costs, Heighten Operational Risks”. Moody’s Investor Service,
Report n. 149714, 13/II/2012. Da mesma maneira, os níveis decrescentes do sistema Cantareira, que provê de água a região de Campinas,
em São Paulo, estão ameaçando a rentabilidade de corporações como a Ambev S/A e a Petro Brasileiro S/A (Petr4).
89
Cf. Pavan Sukhdev et al., TEEB (2010) The Economics of Ecosystems and Biodiversity: Mainstreaming the Economics of Nature: A
synthesis of the approach, conclusions and recommendations of TEEB.
90
Cf. UNISDR GAR 13 - Global Assessment Report on Disaster Risk Reduction: “wild-land fires now affect all continents with the cost
of damage to tropical ecosystem services alone potentially exceeding US$3 trillion per year”.
91
Cf. WWF Living Planet analysis shows looming ecological credit crunch: “The world is currently struggling with the consequences of
over-valuing its financial assets, but a more fundamental crisis looms ahead -- an ecological credit crunch caused by under-valuing the
environmental assets that are the basis of all life and prosperity”.
92
Cf. Lester R. Brwon, World on the edge, How to Prevent Environmental and Economic Collapse, New York, Londres, W.W. Norton,
2011: “As we think about the ecological déficits that are leading the world toward the edge, it becomes clear that the values generating
ecological déficits are the same values that lead to growing fiscal déficits”.
93
Citado por Thomas L. Friedman, “The Earth is Full”. The New York Times, 7/VI/2011: “The depletion, deterioration and exhaustion of
resources and the worsening ecological environment have become bottlenecks and grave impediments to the nation’s economic and social
development.”
94
Cf. R. M. Solow, “A Contribution to the Theory of Economic Growth”. The Quarterly Journal of Economics, 1956, 70, 1, pp. 65-94.
95
“Commodity prices overall rose by almost 150% from 2002 to 2010, erasing the real price declines of the last 100 years. Essas
estimativas encontram-se em Towards the Circular Economy. Volume 3:Accelerating the scale-up across global supply chains, 2013.
Uma publicação da Ellen MacArthur Foundation.
96
Maiakóvski, Poemas, São Paulo, Perspectiva, 1989, p. 82: “Come ananás”, traduzido por Augusto de Campos.
97
Economistas conservadores como Claude Jessua, Professor emérito da Université Panthéon-Assas (Paris II), apressam-se em
circuncrever a crise aberta em 2007-2008, afirmando: “Contudo, trata-se de uma crise dentro do capitalismo e não do capitalismo”. Cf.
C. Jessua, Le capitalisme. Paris: PUF, 2010, trad. port., O Capitalismo, São Paulo: L&PM, 2011, p. 113.
98
Cf. Thomas L. Friedman, “The Earth is Full”. The New York Times, 7/VI/2011.
99
Cf. Ricardo Abramovay, Muito além da economia verde, São Paulo, 2012, p. 86: “O problema é que esses avanços [da economia verde]
nem de longe são suficientes para permitir que o crescimento econômico prossiga sem que o equilíbrio climático, a biodiversidade e a
própria oferta de materiais e energia sejam seriamente ameaçados”.
100
Desde 2007, os invernos setentrionais têm sido mais frios que a média dos últimos decênios. O fenômeno se explicaria, segundo
alguns estudiosos, por alterações negativas na Oscilação Ártica (AO) e na Oscilação Norte-Atlântica (NAO) geradas pelo degelo do
Ártico, que permitem às correntes de jato do Ártico invadirem zonas subtropicais, descrevendo uma curva sinoidal que inclui vastas áreas
dos Estados Unidos e da Europa. Cf. C. H. Greene, “The Winters of Our Discontent”. Scientific American, 307, 13/XI/2012: ‘Extensive
losses of Artic summer sea ice have altered the climate in ways that favor the development of negative AO and NAO conditions leading to
more severe winters” ; Stéphane Foucart, “”Nos hivers seront-ils plus froids dans un monde plus chaud?” Le Monde, 29/III/2013.
101
Citado por Ginzburg (2008/2014, pp. 12, 25-26).
102
Veja-se, por exemplo: “Mitigation does not mean the world has to sacrifice economic growth”. Tal quadratura do círculo encontra
ainda seus defensores mesmo em cientistas como Ottmar Edenhofer, do importante Potsdam Institute for Climate Impact Research.
103
“World Energy Outlook 2009”. International Energy Agency (IEA): “Saving the planet cannot wait. For every year that passes, the
window for action on emissions over a given period becomes narrower – and the costs of transforming the energy sector increase. We
calculate that each year of delay before moving onto the emissions path consistente with a 2º C temperature increase would add
approximately $ 500 billion to the global incremental investment cost of $10,5 trillion for the period 2010-2030. A delay of just a few
years would probably render that goal completely out of reach. If this were the case, the additional adaptation costs would be many times
this figure. Countries attending the UN Climate Change Conference [the 15th Conference of the Parties (COP 15) in december 2009 in
Copenhagen] must not lose sight of this. The time has come to make the hard choices needed to turn promises into action”. Veja:
http://www.worldenergyoutlook.org/media/weowebsite/2009/WEO2009.pdf.
104
Cf. IPCC, Climate Change 2013. The Physical Science Basis, p. v (em rede).
105
K. Marx, Zur Kritik der politischen Ökonomie (1859), Vorwort: “die Menscheit immer nur Aufgaben, die sie lösen kann, denn genauer
betrachtet wird sich stets finden, dass die Aufgabe selbst nur entspringt, wo die materiellen Bedingungen ihrer Lösung schon vorhanden
oder wenigstens im Prozess ihres Werdens begriffen sind” (“a humanidade só se coloca tarefas que ela pode resolver, pois, a se as
considerar de perto, se verificará que a própria tarefa surge apenas quando as condições materiais para sua resolução já existem ou ao
menos estão em vias de vir a se constituir”.
106
Cf. Toynbee (1976, p. 9).
107
Cf. Nafeez Mosaddek Ahmed, A User's Guide to the Crisis of Civilization: And How to Save it. Pluto Press, 2010, Introdução (e-book,
3%): “This book explores the hypothesis that these seemingly separate crises are in fact manifestations of the dysfunctional global,
political, economic, ideological, and ethical system that caracterizes industrial civilization in toto”.
108
Há uma biblioteca em crescimento sobre o decrescimento administrado (décroissance, degrowth, managing contraction). Veja-se, por
exemplo, Nicholas Georgescu-Roegen, La Décroissance (1979), Paris, Sang de la Terre, 1995; Serge Latouche, Petit traité de la
décroissance sereine, Paris, Mille et une nuits, 2007; Richard Heinberg, Peak Everything: Waking Up to the Century of Declines. Gabriola
Island, New Society Publishers, 2007; Idem, The End of Growth. Adapting to Our New Economic Reality. Gabriola Island, New Society
Publishers, 2011, cap. 6, parte 1. Na França, o grupo reunido em torno da revista Entropia. Revue d’étude théorique et politique de la
décroissance, dirigida por Jean Claude Besson-Girard. Etapas importantes na formação desse novo pensamento econômico foram o I
Congresso Internacional Economic De-Growth for Ecological Sustainability and Social Equity, Paris, 2008 (Atas em: http://events.it-
sudparis.eu/degrowthconference/appel/Degrowth%20Conference%20-%20Proceedings.pdf) e o II Congresso, que gerou o documento
Degrowth Declaration in Barcelona, de 2010. Isto posto, a ideia de uma incompatibilidade entre capitalismo e decrescimento
administrado (ou “sereno”) é raramente admitida, de onde a importância do ensaio de John Bellamy Foster intitulado: “Capitalism and
Degrowth: An Impossibility Theorem”. Monthly Review, 62, 8, 2011..
109
Cf. John Stuart Mill, Essays on some Unsettled Questions of Political Economy (1844), Londres, Longmans, Green, Reader and Dyer,
1874, pp. 137-140, retomado em A System of Logic Ratiocinative and Inductive, 8ª edição, Londres, Longmans, Green, Reader and Dyer,
2 volumes, 1872, vol. II, pp. 1093-1095: ““man is a being who is determined, by the necessity of his nature, to prefer a greater portion of
wealth to a smaller”. A crítica desse pressuposto foi avançada por Georgescu-Roegen (1971, p. 323).
110
Sobre a diferença entre fluxos de energia e estoques de energia, cf. Georgescu-Roegen (1971, pp. 220-223).
111
Lucrécio, De rerum natura, V, 156-165: Dicere porro hominum causa voluisse parare / praeclaram mundi naturam (...), Memmi,
desiperest.
112
Cf. Hessel, Morin (2011, p. 37): “Ceux qui dénoncent le capitalisme sont incapables d’énoncer la moindre alternative crédible; ceux
qui le considèrent comme immortel s’y résignent”.
113
1. Desaparecimento das mantas vegetais nativas do planeta
Cf. FAO, State of the World’s Forests, Roma, 2012, p. 25: “an estimated 1 billion people depend on forests for subsistence, as an
economic safety net or as a direct source of income” . A afirmação sustenta-se na pesquisa publicada por S. Scherr, A. White, D.
Kaimowitz, A new agenda for forest conservation and poverty reduction: making markets work for low-income producers. Washington,
DC, Forest Trends and CIFOR.
114
Cf. FAO, cit., p. 27: “About 350 million of the world’s poorest people, including 60 million indigenous people, use forests intensively
for their subsistence and survival”.
115
Cf. Butler, Rhett A. “Where Are All These Disappearing Species?” Mongabay.com / A Place Out of Time: Tropical Rainforests and
the Perils They Face. 9 January 2006 http://rainforests.mongabay.com/09where.htm.
116
Cf. Matthew C. Hansen et al., “High-Resolution Global Maps of 21st-Century Forest Cover Change”. Science, 342, 6160, 15/XI/2013,
pp. 850-853; Florence de Changy, “La déforestation sous l’oeil de Google”. Le Monde, 23/II/2014.
119
Cf. Reducing emissions from deforestation in developing countries: approaches to stimulate action (fevereiro de 2011):
“Deforestation, mainly conversion of forests for agriculture activities, has been estimated at an alarming rate of 13 million hectares per
year (in the period 1990-2005)”.
http://unfccc.int/files/press/backgrounders/application/pdf/fact_sheet_reducing_emissions_from_deforestation.pdf.
120
Cf. OECD Environmental Outlook to 2050: The Consequences of Inaction, 2012, pp. 22.
121
“World deforestation decreases, but remains alarming in many countries”. FAO. The Global Forest Resources Assessment 2010:
“Globally, around 13 million hectares of forests were converted to other uses or lost through natural causes each year between 2000 and
2010 as compared to around 16 million hectares per year during the 1990s”. Em rede
(http://www.fao.org/news/story/en/item/40893/icode/).
122
Cf. OECD Environmental Outlook to 2050: The Consequences of Inaction, 2012, pp. 22 e 157: “Primary forests, which are rich in
biodiversity, are projected to shrink in area by 13% (p. 22). Primary forests (...) have been on the decline and are projected to decrease
steadily to 2050 in all regions under the Baseline scenario”
123
Cf. Tollefson, “Plastic wood is no green guarantee”. Nature, 498, 6/VI/2013, p. 13.
124
Cf. Rhett A. Butler, “Where Are All These Disappearing Species?” Mongabay.com / A Place Out of Time: Tropical Rainforests and
the Perils They Face. 9/I/2006.
125
Cf. Jennifer Medina, “Fire Season Starts Early, and Fiercely”. The New York Times, 15/V/2014.
126
Cf. Arctic Climate Impact Assessment, Cambridge University Press, 2005, em especial o capítulo 14, coordenado por Glenn P. Juday,
“Forests, Land Management, and Agriculture”, p. 835: "The total area burned in North America has been increasing concurrently with
recent temperature increases and other climatic changes (...). The annual area burned in western North America doubled in the last 20
years of the 20th century (...). Based upon less precise statistics there appears to be a similar trend in the Russian Federation (...)”.
127
Cf. Litschert, Brown, Theobald (2012, pp. 124-133).
128
Cf. The Age of Western Wildfires. Climate Central, Princeton e Palo Alto, Setembro de 2012: “7 times more fires greater than 10,000
acres each year. Nearly 5 times more fires larger than 25,000 acres each year. Twice as many fires over 1,000 acres each year, with an
average of more than 100 per year from 2002 through 2011, compared with less than 50 during the 1970’s. In some states the increase in
wildfires is even more dramatic. Since the 1970’s the average number of fires over 1,000 acres each year has nearly quadrupled in
Arizona and Idaho, and has doubled in California, Colorado, Montana, New Mexico, Nevada, Oregon, Utah and Wyoming”.
129
Cf. Pierre Le Hir, “Climat et habitat attisent les risques de feux dans les forêts méditerranéennes”. Le Monde, 8/VIII/2013.
130
Cf. “Número de queimadas no Brasil cresce 53% em cinco anos, diz INPE”. Jornal Terceira Via online, 15/VIII/2012.
131
Cf. “Wildfires: A Symptom of Climate Change”. NASA: “What we found is that 90 percent of biomass burning is human instigated”.
http://www.nasa.gov/topics/earth/features/wildfires.html.
132
Cf. Daniel C. Nepstad et al., “Large-scale impoverishment of Amazonian forests by logging and fire”. Nature, 398, 1999, pp. 505-508;
M.A. Cochrane et al., “Fire science for rainforests”. Nature, 421, 2003, pp. 913-919.
133
Cf. Arctic Climate Impact Assessment, Cambridge University Press, 2005, em especial o capítulo 14, coordenado por Glenn P. Juday,
“Forests, Land Management, and Agriculture”, p. 844: “In the tropics, forests contain 20 to 50 times more carbon per unit area than
agricultural land”.
134
Cf. Reducing emissions from deforestation in developing countries: approaches to stimulate action (fevereiro de 2011): “The total
carbon content of forests has been estimated at 638 Gt for 2005, which is more than the amount of carbon in the entire atmosphere” (…) It
is estimated that deforestation contributed approximately 5.8 GtCO2/yr to global greenhouse gas emissions in the 1990s”.
http://unfccc.int/files/press/backgrounders/application/pdf/fact_sheet_reducing_emissions_from_deforestation.pdf.
135
European Commission. Environment. Nature and Biodiversity. Forests: “Deforestation: forests and the planet's biodiversity are
disappearing”: http://ec.europa.eu/environment/forests/deforestation.htm.
136
Cf. G. R. van der Werf et al., “CO2 emissions from forest loss”. Nature Geoscience, 2, 2009, pp. 737-739.
137
FAO, How much Earth’s land is covered by forests: “In 2005, the total amount of forests worldwide was just under 4 billion hectares.
This is equal to about 30 percent of the land area on Earth”. Vide ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/010/i0105e/i0105e03.pdf.
138
Cf. Peter J. Bryant, Biodiversity and Conservation. A hypertext book, University of California Irvine, 2003: “In the last 5,000 years,
humans have reduced forests from roughly 50% of the earth's land surface to less than 20%”. Em rede
http://darwin.bio.uci.edu/~sustain/bio65/lec15/b65lec15.htm.
139
Cf. Bryant, op. cit. (2003): “If deforestation continues at present rates, Thailand will have no forest left in 25 years; the Philippines in
less than 20 years, and Nepal in 15 years.
140
Cf. John Vidal, “Greater Mekong countries lost one-third of forest cover in 40 years”. The Guardian, 2/V/2013.
141
Cf. Beaumont Smith, “A tree falls in Laos”. Asia Times Online, 5/X/2010; Bruno Philip, “Au Laos, une déforestation massive et
silentieuse”. Le Monde, 3/I/2014.
142
Citado por Rhett A. Butler, “80% of rainforests in Malaysian Borneo logged”, Mongabay.com, 17/VII/2013: "Only small areas of
intact forest remain in Malaysian Borneo, because so much has been heavily logged or cleared for timber or oil palm production”.
143
Cf. Gilles van Kote, “Le pillage des forêts de Papouasie-Nouvelle Guinée s’accelère”. Le Monde, 12/XII/2013.
144
“NASA: Deforestation jumps in Malaysia”. Mongabay.com, 10/VI/2013.
145
http://www.fao.org/docrep/016/i3010e/i3010e.pdf.
146
Cf. Gert-Jan Nabuurs et al., “First signs of carbono sink saturation in European forest biomass”. Nature Climate Change, 3,
18/VIII/2013, pp. 792-796: “Overlaying the 1990, 2000 and 2006 CLC data sets revealed an average annual loss of forest and woodlands
of 98,000 ha for all countries together. The country submissions to the Kyoto Protocol in 2012 (for 1990–2010) indicate an average yearly
gross deforestation of about 97,000 ha”.
147
Cf. Perry Anderson, “A Pátria Americana”. Piauí, 85, outubro, 2013, pp. 72-79, p. 74.
148
Veja-se “Interstate Highway System”. Wikipedia.
149
Cf. J. Ridgeway, J. St. Clair, A pocket guide to Environmental Bad Guys. New York: Thunder’s Mouth Press, 1998, p. 37, que segue
dados fornecidos pela Native Forest Action Council, 1997.
Veja-se também http://www.globalchange.umich.edu/globalchange2/current/lectures/deforest/deforest.html
150
European Commission. Environment. Nature and Biodiversity. Forests: “Deforestation: forests and the planet's biodiversity are
disappearing”: “Some 96% of deforestation occurs in tropical regions”.
http://ec.europa.eu/environment/forests/deforestation.htm.
151
Segundo uma declaração feita em 4 de dezembro de 2011 na COP17 de Durban por Helen Gichohi, Presidente da African Wildlife
Foundation: “Deforestation rates in Africa are accelerating (...); 9% of forest cover has been lost between 1995 and 2005 across sub-
Saharan Africa, representing an average loss of 40,000 square kilometres of forest per year (…).” http://www.fao.org/forestry/30071-
b6dab35a5dfc1cb9f4a6283691f9e952.pdf. Sobre o Kenya, cf. Rhett A. Butler, Kenya Forest Information and Data
http://rainforests.mongabay.com/deforestation/2000/Kenya.htm. Sobre o Congo, cf. Idem, “Congo Forest Information and Data”
http://rainforests.mongabay.com/deforestation/2000/Congo.htm. Ambos os artigos com dados fornecidos pela FAO.
152
Cf. Rhett A. Butler, “Nigeria has worst deforestation rate, FAO revises figures”, November 17, 2005, in
http://news.mongabay.com/2005/1117-forests.html.
153
Com suas diversas fitofisionomias, o Bioma Mata Atlântica foi descrito pelo IBGE em 1993 e sua extensão estabelecida pela Lei
Federal 11428/2006, Decreto 6660/2008.
154
Cf. M. Leitão, “A Insensatez”. Jornal O Globo, de 5 de junho de 2009; Fernando Tadeu Moraes, “Desmatamento na mata atlântica é o
maior desde 2008”. Folha de São Paulo, 4/VI/2013; Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Fundação SOS Mata Atlântica
e INPE, 2011.
155
Cf. Jeffrey Brawn, Michael Ward, Angela Kent, “Biodiversity, Species Loss, and Ecosystem Function”. Connexions.
156
Cf. Rafaela Céo, “Desmatamento do cerrado tem queda de 15%, aponta Ministério”. O Estado de São Paulo, 13/IX/2011.
157
Cf. Paulo Barreto et al., Human Pressure on the Brazilian Amazon Forests trad. port., Pressão Humana na Floresta Amazônica
Brasileira, Imazon, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, Global Forest Watch, World Resources Institute, Belem, WRI,
Imazon, 2005, p. 19 .
158
Cf. Hans ter Steege et al., “Hyperdominance in the Amazonian Tree Flora”. Science, 342, 6156, 18/X/2013.
159
Foco de corrupção, a SUDAM foi extinta em 2001, mas recriada em 2007. Veja-se o histórico dessa instituição em
http://www.ada.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=2&Itemid=2.
160
Cf. A. Brandão Jr., C. Souza Jr. “Desmatamento nos assentamentos de reforma agrária na Amazônia”. O Estado da Amazônia 7.
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Belém.
161
Cf. “O Xingu na mira da soja”. Instituto Socioambiental. http://www.socioambiental.org/esp/soja/8.shtm
162
Cf. G. Vasconcelos, “Amazônia e os 3 mil quilômetros de rodovias asfaltadas pelo PAC”. Instituto Envolverde
http://institutoenvolverde.blogspot.com/2008/10/amaznia-e-os-3-mil-quilmetros-de.html.
163
Cf. Sadia E. Ahmed et al., “Temporal patterns of road network development in the Brazilian Amazon”. Regional
Environmental Change, 13, 5, X/2013, pp. 927-937; “50.000 km of roads built across Brazilian Amazon in 3 years”.
Mongabay, 29/X/2013.
164
Cf. “Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite”. Projeto PRODES, Instituto Nacional de Pesquisas Especiais INPE
www.obt.inpe.br/prodes/ Esse monitoramento da floresta é realizado ano a ano pelo INPE desde 1988.
165
Segundo a definição do CCSIVAM, Comissão para Coordenação do Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia, “a região chamada
Amazônia Legal é composta dos seguintes Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, além de parte dos Estados de
Mato Grosso, Tocantins e Maranhão”. Uma área de 5.217.423 km², correspondente a 61% do território nacional. Cf.
http://www.sivam.gov.br.
166
“Choose it or lose it”. Nature, editorial, 23/III/2006: “A new estimate of forest losses made using the SimAmazonia1 computer model
suggests that by 2050, agricultural expansion will eliminate two-thirds of the forest cover of five major watersheds and ten ecoregions.
One in four mammalian species examined will lose 40% of their forest habitat”.
http://www.nature.com/nature/journal/v440/n7083/edsumm/e060323-12.html. Cf. M. Leite, “Simulação inédita aponta alternativas para
desastre anunciado na Amazônia”, in IPAM, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, http://www.ipam.org.br/; SIMAMAZONIA. A
Scientific Framework for Basin-wide Conservation. Spatially Explicit Simulation Model of Deforestation for the Amazon Basin.
http://www.csr.ufmg.br/simamazonia/
167
Cf. Alceu Luís Castilho, Partido da Terra. Como os políticos conquistam o território brasileiro. São Paulo, Ed. Contexto, 2012.
179
A divisa “integrar para não entregar” dos generais foi atualizada pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula.
Respondendo oficialmente a um estudo do Smithsonian Institute, publicado pela revista Science em janeiro de 2001, o Ministério da
Ciência e Tecnologia declarou então à imprensa: "Existe a clara percepção por parte do Governo de que não podemos tratar a Amazônia
como um santuário intocável. Existem 20 milhões de brasileiros que vivem lá". Cf. “Brasil estuda impacte ambiental de plano de
desenvolvimento na Amazónia” 25/I/2011. Público Portugal. Em 12 de fevereiro de 2008, Lula repetiu quase ipse litteris as palavras de
seu antecessor: ''Não somos daqueles que defendem a Amazônia como um santuário da humanidade''. Cf. L. N. Fabíola Salvador,
“Amazônia não é um santuário”. O Estado de São Paulo, 13/II/2008.
180
Cf. Agência Brasil, “Incra contesta denúncia de que é responsável por desmatamento na Amazônia” DCI, 9/VII/2012.
http://www.dci.com.br/incra-contesta-denuncia-de-que-e-responsavel-por-desmatamento-na-amazonia-id301854.html.
181
Cf. PRODES 2011 ‐ Estimativa da taxa de desmatamento da Amazônia em 2010‐2011 (PDF).
182
P. M. Fearnside, “Desmatamento na Amazônia brasileira: história, índices e consequências” (INPA). Megadiversidade, I, 1, Julho,
2005, pp. 113-123: http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/16_Fearnside.pdf.
183
Ver também Philip M. Fearnside, “Soybean cultivation as a threat to the environmental in Brazil”. Environmental Conservation, 28,
2001, pp. 23-38.
184
Cf. Enock Cavalcanti, “A volta do agente laranja. Utilização por sojicultores de veneno proibido na Europa e em plantações no Sul do
Brasil ameaça a friticultura de Mato Grosso” 3/VII/2010 .
185
Cf. “Fazendeiros estão usando o Agente Laranja para desmatar a Amazônia”, mongabay.com, 5/X/2011.
186
Cf. Claire Perlman, “Amazon facing new threat”. The Guardian, 14/VII/2011, cita Jefferson Lobato, do IBAMA: “They have changed
their strategy because, in a short time, more areas of forest can be destroyed with herbicides. Thus, they don't need to mobilize tree-
cutting teams and can therefore bypass the supervision of IBAMA".
187
Cf. Eduardo Carvalho, “Área no Amazonas é desmatada com técnica usada na Guerra do Vietnã”. O Globo, 3/VII/2011.
188
Cf. Francesca Grassi, “O missionário italiano que arrisca a vida pela Amazônia”. Instituto Humanitas Unisinos, 7/VII/2010.
189
Sebastião Pinheiro, Tucuruí. O agente laranja em uma República de Bananas. Porto Alegre, Editora Sulina, 1989.
190
Cf. Laurence Caramel, “Le trafic du bois tropical sape la lutte contre la déforestation”, Le Monde, 28/IX/2012.
191
Cf. D. Bryant, D. Nielsen, L. Tangley, The Last Frontier Forests: Ecosystems and Economies on the Edge. What is the Status of the
World’s Remaining Large Natural Forest Ecosystems? World Resources Institute, 1997: “We have lost almost half -- almost 3 billion
hectares -- of the forests that once blanketed the earth (…), much of it destroyed within the past three decades. Today, just one fifth of the
world's original forest cover remains in large tracts of relatively undisturbed forest. (…) Of the forests that do remain standing, the vast
majority are no more than small or highly disturbed pieces of the fully functioning ecosystems they once were”.
http://www.globalforestwatch.org/english/pdfs/Last_Frontier_Forests.pdf.
192
William F. Laurance et al., “The fate of Amazonian forest fragments: A 32-year investigation”. Biological Conservation, 144, 2011,
pp. 56-67 (PDF).
193
Loc. cit.: “Even a fragment of 10,000 ha in area would be expected to lose a substantial part of its bird fauna within one century”.
194
Cf. Carlos Fioravanti, “Amazônia em 3 dimensões”. Pesquisa FAPESP, 205, março, 2013, pp. 44-49.
195
Laurance et al., loc. cit. (2011): “Field observations and heat-flux simulations suggest that desiccating conditions can penetrate up to
100–200 m into fragments from adjoining clearings”.
196
Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira DEGRAD http://www.obt.inpe.br/degrad/.
197
Cf. B. Deiro, H. Escobar, “Brasil perdeu um RJ de áreas protegidas”. O Estado de São Paulo, 19/XII/2012.
198
Cf. M. T. Pádua, “Campeonato de redução das unidades de conservação”. O Eco; D. Bragança, “Dilma apresenta pacote de bondades
de olho na Rio+20”. O Eco.
199
Cf. Marina Silva, “Aos jovens do presente”. Folha de São Paulo, 9/XII/2013.
211
Cf. Adriano G. Chiarello, Ludmilla M. de S. Aguiar, Rui Cerqueira, Fabiano R. de Melo, Flávio H. G. Rodrigues, Vera Maria F. da
Silva, “Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil”. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, MMA, Brasília, 2008,
p. 685 .
212
Cf. Paul Comstock, “An interview with Fred Pearce”. California Literary Review, 3/IV/2007: Cf. Pearce (2006).
213
O projeto é coordenado pelo Potsdam Institute of Climate Impact Research. Cf. http://www.isi-mip.org/ e Schellnhuber, Frielera,
Kabatatc (2014).
214
Cf. Schewe et al. (2013)
215
Cf. Schiermeier (2014, p. 10)
216
O degelo sazonal supre de água várias regiões populosas do planeta, entre as quais as dependentes do Himalaia, dos Andes e demais
cordilheiras. Apenas para dar um exemplo, 75% da água que serve a Califórnia, inclusive para a irrigação de sua agricultura, provém do
degelo da neve de Sierra Nevada. Cf. Paul Marks, “Fly-bys warn of water sortages”. New Scientist, 15/VI/2013.
217
UNEP – Global Water Resources: “The total usable freshwater supply for ecosystems and humans is about 200 000 km3 of water - less
than 1 percent of all freshwater resources” .
218
Cf. A. Y. Hoekstra et al., “Global Monthly Water Scarcity: Blue Water Footprints versus Blue Water Availability”. PlosOne, 29/II/2012:
“We analyzed 405 river basins for the period 1996–2005. In 201 basins with 2.67 billion inhabitants there was severe water scarcity
during at least one month of the year. The ecological and economic consequences of increasing degrees of water scarcity – as evidenced
by the Rio Grande (Rio Bravo), Indus, and Murray-Darling River Basins – can include complete desiccation during dry seasons,
decimation of aquatic biodiversity, and substantial economic disruption”.
230
Cf. Ursula Oswald Spring, Ignácio Sanchez Cohen, “Water resources in Mexico. A Conceptual Introduction”. In, Ursula Oswald
Spring (ed.), Water Resources in Mexico: Scarcity, Degradation, Stress, Conflicts, Management, and Policy, Heildelberg, Springer Verlag,
2011, p. 5.
231
Cf. R. Seager et al., “Projections of declining surface-water availability for the southwestern United States”. Nature Climate Change
23/XII/2012: “Over southwest North America, models project a steady drop in precipitation minus evapotranspiration, P - E, the net flux
of water at the land surface, leading to, for example, a decline in Colorado River. This would cause widespread and important social and
ecological consequences. (...) Focusing on the near future, 2021–2040, the new simulations project declines in surface-water availability
across the southwest that translate into reduced soil moisture and runoff in California and Nevada, the Colorado River headwaters and
Texas” (PDF).
232
“The Flint is a river running dry. The reasons are many, and include urbanization at the river’s headwaters, water demand from
communities in the upper Flint basin, intensive agricultural water use in the lower basin, and frequent and prolonged drought. The Flint’s
low-flow problems are a reminder that water scarcity is increasingly a serious issue in all regions of the country”. American Rivers.
America’s Most endangered rivers for 2013.
233
“unregulated pumping in the last twelve years has almost dried up over 50 miles of the [San Saba] river for an average of five months
of the year”. American Rivers. America’s Most endangered rivers for 2013.
234
“Mississipi River Levels Likely to Limit Barges in 2013”. Bloomberg, 22/II/2013.
235
Cf. “All dried up”. The Economist, 12/X/2013: “The number of rivers with significant catchment areas has fallen from more than
50,000 in the 1950s to 23,000 now”. Salvo menção expressa, os dados subsequentes provêm em parte desse artigo.
236
Cf. Hamza Mohamed, “Millions face arsenic contamination risk in China, study finds”. The Guardian, 22/VIII/2013.
237
Cf. Nicola Davison, “Rivers of blood: the dead pigs rotting in China’s water supply”. The Guardian, 29/III/2013.
238
“Des cadavres de porcs à nouveau retrouvés dans les rivières chinoises”. Le Monde, 26/III/2014.
239
Cf. Mike Ives, “Melting Glaciers May Worsen Northwest China’s Water Woes”. Yale Environment 360
240
Cf. Luciana Sgarbi, “O Rio São Francisco evapora”, Isto é, 22/VIII/2008.
241
Cf. Diego Souza, “Estudo mostra que volume de água do Rio Doce está diminuindo”. Globo G1 Vales de Minas Gerais, 18/IX/2012.
242
Cf. José A. Marengo (INPE), Roberto Schaeffer (UFRJ/IPCC), Hilton Silveira Pinto (Unicamp) e David Mann Wai Zee (UERJ),
“Mudanças Climáticas e Eventos Extremos no Brasil”. Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), 2009.
243
Cf. Schneider, Hook (2010); Richard A. Lovett, “Global Warming Burning Lakes?” National Geographic, 2/XII/2010.
244
Cf. C. Williams, “Long time no sea”. New Scientist, 2376, 4/I/2003.
245
Cf. Guillaume Le Sourd, Diana Rizzolio, Global Resource Information Database (GRID), PNUMA, 2004.
http://www.grid.unep.ch/activities/sustainable/balkhash/index.php.
246
Cf. Thomas Erdbrink, “Its Great Lake Shriveled, Iran Confronts Crisis of Water Supply”. The New York Time International, 30/I/2014.
247
“Lake Hamoun Has Completely Dried”. Khoorseed.com. http://khorsheed.com/pages/702-sci-drylake.html.
248
Cf. Sanyukta Dasgupta, “Chandola Lake turns into dust bowl”. Down to Earth. 7/X/2011 .
249
Citado por China English News, 27/VIII/2012 : "Poyang has been drying up over the past decade, particularly from 2003 to 2008.
During that time, its annual runoff was 23.2 billion cubic meters, or 15 percent, less than the average of previous years".
250
Cf. Adam Vaughan, “China's largest desert freshwater lake shrinking faster than ever”. The Guardian, 29/XI/2013; “China's largest
desert freshwater lake shrinking”. News Xinhuanet, 28/XI/2013 ; “China’s largest desert lake could vanish in 10 years”. Want China
Times, 24/XII/2011: "Unless adequate measures are taken, Hongjiannao may vanish in just 10 years" .
251
Cf. Jonathon A. Foley, Michael T. Coe, Journal of Geophysical Research, 2001.
252
Cf. Kirk Siegler, “Owens Valley Salty As Los Angeles Water Battle Flows Into Court”. NPR, 11/III/2013.
253
Cf. Rachael Glazon, “Drought causes water level drops in Minnesota and Wiscounsin lakes”, Great Lakes Echo, 25/XI/2009 .
254
Cf. Scott Sutherland, “Lake Michigan, Lake Huron now at lowest levels on record”. Geekquinox. Science and Weather, 6/II/2013 :
“Currently, Lake Michigan and Lake Huron measure nearly 74 cm below their long-term average for the month of February. That's the
lowest level in those lakes since 1918, when record-keeping started, and nearly half of that was lost just in the past year. Levels in Lake
Superior, Lake Erie and Lake Ontario are also below the long-term February average (~28 cm, ~15 cm and ~15 cm, respectively)”.
255
Cf. Borre (2012).
256
Cf. Mark Torregrossa, “Lake Michigan and Lake Huron water levels; where is our water going?”. MLive.com, 7/12/2012
http://www.mlive.com/weather/index.ssf/2012/12/lake_michigan_and_lake_huron_w.html.
257
Uma discriminação detalhada da distribuição da água no planeta encontra-se em Gleick, Palaniappan (2010).
258
Cf. Brown (2004, p. 9): “The world is incurring a vast water deficit. But because this deficit takes the form of aquifer overpumping and
falling water tables, it is nearly invisible. Falling water levels are often not discovered until wells go dry”.
259
Cf. Brown, “Aquifer Depletion”. Encyclopedia of Earth (2010). Ed. Cutler J. Cleveland, Washington, 28/III/2013.
260
Cf. Y. Wada, L. P. H. van Beek, M. F. P. Bierkens, “Nonsustainable groundwater sustaining irrigation: A global assessment”. Water
Resources Research, 48, 2012.
http://www.agu.org/cgibin/highlights/highlights.cgi?action=show&doi=10.1029/2011WR010562&jc=wr.
261
Cf. Julien Bouissou, “L’ouest de l’Inde fait face à sa plus grave sécheresse depuis plus de 40 ans”. Le Monde, 15/III/2013; Aarefa
Johari, “Maharashtra: State of despair”. Hindustan Times, 30/III/2013.
262
Cf. Somini Sengupta, “Thirsty Giant: India Digs Deeper, but Wells Are Drying Up”. The New York Times, 30/IX/2006.
263 Cf. Steven Mufson, “As economy booms, China faces major water shortage”. Washington Post, 16/III/2010; Brown (23/XI/2011).
264
Cf. Jonathan Kaiman, “China says more than half of its groundwater is polluted”. The Guardian, 23/IV/2014.
265
O relatório foi custeado pelo Open Society Institute, editado por Dai Qing e traduzido do chinês pela Probe International, do Canadá,
uma divisão da Energy Probe Research Foundation. Disponível em rede em:
http://www.chinaheritagequarterly.org/016/_docs/BeijingWaterCrisis1949-2008.pdf..
266
Cf. “China Water Risk” http://chinawaterrisk.org/notices/north-china-plain-groundwater-70-unfit-for-human-touch/.
267
Cf. David R. Steward et al., “Tapping unsustainable groundwater stores for agricultural production in the High Plains Aquifer of
Kansas, projections to 2110”. Proceedings of National Academy of Sciences, 26/VIII/2013: “The High Plains Aquifer supplies 30% of the
nation’s irrigated groundwater (...) So far, 30% of the groundwater has been pumped and another 39% will be depleted over the next 50
years given existing trends. Recharge supplies 15% of current pumping and would take an average of 500–1,300 years to completely refill
a depleted aquifer”. Veja-se também “The New Dust Bowl. High Plains Acquifer Pumped Dry”. Daily Kos, 20/V/2013.
268
Cf. Leonard Konokow, Groundwater depletion in the United States (1900-2008). Scientific Investigations Report. Virginia,
Department of Interior, U.S. Geological Survey.
269
Cf. Bridget R. Scanlon, “Groundwater depletion and sustainability of irrigation in the US High Plains and Central Valley”. PNAS,
29/V/2012: “Extrapolation of the current depletion rate suggests that 35% of the southern High Plains will be unable to support irrigation
within the next 30 y. Reducing irrigation withdrawals could extend the lifespan of the aquifer but would not result in sustainable
management of this fossil groundwater”.
270
Cf. Craig S. Smith, “Saudis Worry as They Waste Their Scarce Water”. The New York Times, 26/I/2003.
271
Veja-se o estudo do Gravity Recovery and Climate Experiment da NASA. Em Water Resources Research (American Geophysical
Union), 15/II/2013 .
272
2.4. Secas
Cf. Martin Jung et al., Nature, 2010 apud M. Marshall, “Water cycle goes bust as the world gets warmer”. New Scientist, 10/X/2010.
273
Cf. A. Dai, “Drought under global warming: a review”. WIREs Climate Change, 2, 2011, pp. 45–65: “Global aridity has increased
substantially since the 1970s (…) Climate models project increased aridity in the 21 st century over most of Africa, southern Europe
and the Middle East, most of the Americas, Australia, and Southeast Asia”.
274
Sobre o Palmer Drought Severity Index (PDSI), a escala de mensuração de secas, sobretudo de longo prazo, desenvolvida por Wayne
Palmer nos anos 1960, veja-se http://www.drought.noaa.gov/palmer.html.
275
Cf. “Cambio climático amenaza ampliar sequias y pobreza em América Latina, según ONU”, SPDA. Actualidad Ambiental, 4 de
setembro de 2009 .
276
Cf. “Pior seca em 50 anos” AgroAnalysis, fevereiro de 2009: “Segundo o Departamento de Climatologia do Serviço Meteorológico
Nacional, em 2008 choveu 70% a menos que o normal, reduzindo, em média, 20% da área plantada de milho e soja. A produção agrícola,
que já teve encolhimento de 35% na safra 2007/08, deverá recuar em mais de 20% na safra 2008/09” .
277
“México enfrenta la peor sequía de su historia”, 13/I/2012 http://www.altonivel.com.mx/18544-mexico-enfrento-la-peor-sequia-de-su-
historia.html.
278
Cf. José A. Marengo (INPE), Roberto Schaeffer (UFRJ/IPCC), Hilton Silveira Pinto (Unicamp) e David Mann Wai Zee (UERJ),
“Mudanças Climáticas e Eventos Extremos no Brasil”. Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), 2009.
279
Cf. S. Torres, “Morte de bovinos é a cara da seca”. O Estado de Sâo Paulo, 19/XII/2012.
280
Cf. W. Novaes, “Mais chuva, mais seca, muito mais preocupação”. O Estado de São Paulo, 20/VII/2012.
281
Cf. Michelly Oda, “Semiárido mineiro vai receber R$ 8 milhões para enfrentamento da seca”. Globo Notícias, 3/IV/2013.
282
“Térmicas podem ter que funcionar por mais tempo”. Folha de São Paulo, 18/XII/2012.
283
S. L. Lewis et al., “The 2010 Amazon Drought”. Science, 331, 6017, 4/II/2011, p. 554. DOI: 10.1126/science.1200807.
284
Citado em “Cheias dos rios no Amazonas e seca no Nordeste do Brasil espanta cientistas”. Agência Globo, 19/V/2012
http://www.d24am.com/amazonia/meio-ambiente/cheia-dos-rios-no-amazonas-e-seca-no-nordeste-do-brasil-espanta-
cientistas/59204.
285
Cf. V.A., “Carenza idrica e siccità nell’Unione europea”. Commissione europea, agosto de 2010: “Dal 1980, il numero dei casi di
siccità in Europa ha registrato un aumento e un aggravarsi degli episodi, che hanno comportato costi stimati in 100 miliardi di euro negli
ultimi trent’anni. (...) Negli anni tra il 1976 e il 2006, il numero delle aree e degli abitanti colpiti da siccità è salito all’incirca del 20 % e il
costo medio annuale è quadruplicato”.
286
R. Barrou, “Un immense incendie ravage la Catalogne espagnole”. Le Monde, 23/VII/2012. O incêndio pôde se alastrar também pela
exiguidade dos recursos dos bombeiros, em decorrência da profunda crise financeira do Estado espanhol.
287
Cf. Colin Foliot, “L’Australie touchée par une canicule record due au dérèglement climatique”. Le Monde, 17/I/2014.
288
Cf. Michel Sezak, “Australian inferno previews fire-prone future”. New Scientist, 17/I/2013: “fires are more likely, and likely to be
bigger”.
289
“Middle East and Central Asia: Continued Drought in 2009/10 Threatens Greater Food Grain Shortages”. US Department of
Agriculture: http://www.pecad.fas.usda.gov/highlights/2008/09/mideast_cenasia_drought/.
290
Cf. “China drought forces huge water cutbacks”. New Scientist, 2696, 18/II/2009: “Official statistics show the country's urban supply
systems and irrigation networks are falling short by 40 cubic kilometres of water a year”.
291
Cf. “China suffers worst drought in 60 years”. English.xinhaunet.com, 7/II/2011: “Minimal rainfall or snow this winter has crippled
China's major agricultural regions, leaving many of them parched. Crop production has fallen sharply, as the worst drought in six decades,
shows no sign of letting up”.
292
Cf. Madeleine C. Thomson, Gilma C. Mantilla, “EPID: Focus on Surveillance. Integrating Climate Information into
Surveillance Systems for Infectious Diseases: New Opportunities for Improved Public Health Outcomes in a Changing
Climate”. ISGP Institute on Science for Global Policy .
293
“in respect of Africa it was stated that by 2020, between 75 and 250 million people are projected to be exposed to increased water
stress due to climate change”.
294
O paralelismo entre Vinhas da Ira e Vidas Secas de Graciliano Ramos, de 1938, é evidente, desde logo na intensidade dramática,
humana e social, de ambas as situações de “retirantes”, mas também na ausência de reflexões de parte dos romancistas sobre a dimensão
ambiental do drama.
295
Cf. “The New Dust Bowl. High Plains Acquifer Pumped Dry”. Daily Kos, 20/V/2013; Bryan Walsh, “Rising Temperatures and
Drought Create Fears of a New Dust Bowl”. Times, 5/VII/2012.
296
Cf. Sasha Abramsky, “Dust Bowl Blues”. The Nation, 17/VII/2013: “By the end of 2012, the USDA had declared 2,245 counties
(representing 71 percent of the country’s landmass) disaster areas because of drought. No other year in history has come close to having
so many USDA-designated disaster áreas” .
297
Cf. A. Agudo, “El calor refuta a los ‘climaescépticos’” El País, 10/VIII/2012: “Los peces no han podido soportar la ola de calor y la
peor sequía de los últimos 50 años en Estados Unidos. Miles de bagres, carpas y esturiones han aparecido muertos en las aguas de sus ríos
y lagos”.
http://sociedad.elpais.com/sociedad/2012/08/07/actualidad/1344369168_967859.html.
298
Cf. Stéphane Foucart, “Presque la moitié du territoire des Etats-Unis est en état de sécheresse”. Le Monde, 23/VII/2013.
299
Cf. Bobby Magill, Is the West’s Dry Spell Really a Megadrought? Climate Central, 12/XII/2013.
300
Citado por S. Cypel, “Une sécheresse historique aux Etats-Unis”. Le Monde, 19/VII/2012.
301
Cf. José Antonio Herrera, “As múltiplas transformações no território amazônico: Xingu face ao empreendimento Belo Monte”.
GEDTAM, 3/X/2013.
302
“Belo Monte vai exportar empregos”. Entrevista concedida a Karina Ninni e publicad n’O Estado de São Paulo, 11/IV/2011.
303
Cf. Icelandic Association of Aluminium Production (IAAP): “Eight thousand tons were produced in 1900; by 1950, production had
risen to 5 million tons, and by 2010 global production reached over 40 million tons. It is estimated that the amount of new aluminum will
reach 60 million tons by 2030” .
304
“Energia para quem?”. Instituto Socioambiental. http://www.socioambiental.org/esp/bm/dest.asp#.
305
“Agenda elétrica sustentável 2020. Relatório do WWF-Brasil aponta economia de R$ 33 bi com adoção do cenário Elétrico
Sustentável”. WWF, 2006 .
306
Citado por Washington Novaes, “Belo Monte será ‘uma vergonha’?”. O Estado de São Paulo, 28/VIII/2010. Trata-se da edição de
junho/julho de 2010 do Jornal do Instituto de Engenharia de São Paulo que traz, em duas páginas, uma "Opinião" na qual, a partir de
dados expostos pelo engenheiro Walter Coronado Antunes, ex-presidente da Sabesp e ex-secretário de Obras e Meio Ambiente do Estado,
se lê: "nos anos em que ocorrerem vazões mínimas, Belo Monte será desastroso; durante oito meses a água não será suficiente para
acionar a plena carga nem mesmo a casa de força complementar; ficarão paradas todas as unidades geradoras da casa de força principal,
com 11 mil MW de potência instalada, durante esses oito meses"! E conclui: "a construção do referido aproveitamento hidrelétrico está
longe de ser do interesse nacional".
307
Cf. “Brasil: Índios resistem contra “desenvolvimento” liderado pelo Estado”. Dossiê Belo Monte. Global Voices, 10/V/2013.
Resistindo a uma das mais emblemáticas violências contra os índios na história recente do país, os povos do Rio Xingu invadiram
os canteiros de obras de Belo Monte em 2 de maio de 2013. Cerca de 200 indígenas de diversas etnias lançaram então um
manifesto, denunciando a situação de violência a que estão sendo submetidos: “Vocês estão apontando armas na nossa cabeça.
Vocês sitiam nossos territórios com soldados e caminhões de guerra. Vocês fazem o peixe desaparecer. Vocês roubam os ossos dos
antigos que estão enterrados na nossa terra. Vocês fazem isso porque tem medo de nos ouvir. De ouvir que não queremos
barragem. De entender porque não queremos barragem”. Eis o depoimento do jornalista Ruy Sposati sobre as violências
cometidas contra os jornalistas: “Não é trivial. É a expulsão de jornalistas, em plena democracia, pelo aparato policial do Estado,
do sítio de construção da obra mais cara da história do Brasi, feita com dinheiro público, com seríssimos impactos humanos e
ambientais, escassa demonstração de sua utilidade, inúmeras acusações de violação da lei e, neste fim de semana, a incrível
novidade de jornalistas expulsos por forças policiais, em plena democracia. Cabe lembrar que Belo Monte foi inicialmente orçada
em R$ 4,5 bilhões e já se encontra em quase R$ 30 bilhões”. Cf. Rodrigo Vianna, Escrevinhador, 6/IV/2012 .
308
Cf. Paulo Peixoto, “Ministra do Meio Ambiente critica ‘achismo ambiental’ sobre Amazônia”. Folha de São Paulo, 14/VI/2012.
309
Cf. Energy for All. Financing access for the poor. Special early excerpt of the World Energy Outlook 2011, p.21: “Mini grids,
providing centralised generation at a local level and using a village level network, are a competitive solution in rural areas, and can allow
for future demand growth, such as that from income-generation activities” .
310
Martin Heidegger, “Die Frage nach der Technik” (1953). In: Vorträge und Aufsätze. Neske: Pfullingen, 1954. Tradução portuguesa “A
questão da técnica”. In, Ensaios e conferências. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, pp. 11-37. A decisão de Patrice Chéreau (e de Pierre
Boulez?) de mostrar o Reno como uma usina hidrelétrica na encenação do Das Rheingold do Festival de Bayreuth de 1980 parece
proceder dessa passagem.
311
Cf. Philippe Mesmer, “En Corée du Sud, le ‘projet des quatre fleuves’ vire au desastre écologique”. Le Monde, 14/IX/2013,
312
“Le barrage des Trois-Gorges assèche le lac Poyang”. JOL Press s/d .
313
Apud Liz Kimbrough, “Africa to build world’s largest dam. But who will benefit?” Mongabay.com, 17/XII/2013: "The Bundu Valley
(that will be flooded to create a reservoir for the power plants) is largely a natural landscape interspaced with cultivated fields belonging
to communities that live nearby. These communities will have to be resettled. The resettled people will face many social impacts (...) The
general people in DRC will really not benefit from the Grand Inga and may be impoverished as they incur an additional debt burden."
314
Cf. Kate Showers, “Grand Inga: WillAfrica’s Mega Dam have Mega Impacts?”, International Rivers , já publicado em Stanley D.
Brunn (org.) Engineering Earth: The Impacts of Megaengineering Projects. Dordrecht, Springer, 2011.
315
Cf. Gwynne Dyer, Climate Wars. The Fight for survival as the world overheats. Random House, 2008; Fred Pearce, “Stormy outlook”,
resenha a G. Dyer, “The Climate Wars”. New Scientist, 2755, 10/IV/2010, p. 40.
316
Citado por Justine Canonne, “Guerres et migrations : la faute au réchauffement climatique?”. Sciences humaines, 226, V/2011
http://www.scienceshumaines.com/guerres-et-migrations-la-faute-au-rechauffement-climatique_fr_27101.html.
317
Cf. Manu Aiyappa, “Time we put an end to water wars”. The Times of India, 23/IX/2012.
318
Cf. Aziz Nayani, “Pakistan’s New Big Threat isn’t Terrorism – It’s water”. Atlantic, 19/VII/2013.
319
Citado por G. Dyer, op. cit. (2008), p. 111, a partir do documento The Final Settlement: Restructuring India-Pakistan Relations,
publicado pelo Strategic Foresight Group do International Center for Peace Initiatives (ICPI): “the Indian government had plans to use
the water weapon. A participant warned that any conflict over water would lead to Pakistan using nuclear weapons on a first strike basis
against India”.
320
Sobre a eleição de Narendra Modi, envolvido em pogroms contra muçulmanos (14% da população do país), à posição de Primeiro
Ministro da Índia, cf. Frédéric Bobin, “La réhabilitation diplomatique d’un ancien paria pour les Occidentaux”. Le Monde, 17/V/2014.
321
Cf. Laghari (2013, pp. 617-618).
322
Cf. Steven Solomon, “Drowning Today, Parched Tomorrow”. The New York Times, 15/VIII/2010.
323
Cf. Asian Development Bank. Asian Development Outlook 2013: “Pakistan is one of the most water-stressed countries in the world
(...). At present, Pakistan’s storage capacity is limited to a 30-day supply, well below the recommended 1,000 days for countries with a
similar climate. Climate change is affecting snowmelt and reducing flows into the Indus River, the main supply source” .
324
Cf. Laghari (2013, pp. 617-618).
325
Cf. Walter W. Immerzeel, Ludovicus P. H. van Beek, Marc F. P. Bierkens, “Climate Change Will Affect the Asian Water Towers”.
Science, 11/VI/2010, pp 1382-1385; S. Barley, “Himalayan ice is stable, but Asia faces drought”. New Scientist, 10/VI/2010.
326
Cf. Government of India. Ministry of Water Resources. Draft National Water Policy, 2012 (pdf): “India has more than 17 percent of
the world‟s population, but has only 4% of world‟s renewable water resources”.
327
Cf. Fred Pearce, “China is taking control of Asia’s water tower”. New Scientist, 2862, 26/IV/2012. Os próximos parágrafos apoiam-se
inteiramente neste artigo.
328
Citado por Fred Pearce, vide nota anterior: "a 10 to 20 per cent reduction in the river's flow could dry out great areas [of Bangladesh]
for much of the year". Without the flow of fresh water, salt from the Bay of Bengal would invade the large river delta, causing "an
environmental catastrophe".
329
“The WFS target of reducing the number of the undernourished by half by 2015, reaffirmed by the Millennium Declaration, will not be
attained”.
349
WFS – 2009: “In adopting this declaration we agree to undertake all necessary actions required at national, regional and global levels
and by all States and Governments to halt immediately the increase in – and to significantly reduce – the number of people suffering from
hunger, malnutrition and food insecurity”.
350
Cf. Gilles van Kote, “Il faut préparer les populations à faire face aux crises alimentaires” Le Monde, 28/IV/2013.
351
Cf. FAO – How to Feed the World in 2050 : By 2050 the world’s population will reach 9.1 billion, 34 percent higher than today.
Nearly all of this population increase will occur in developing countries. Urbanization will continue at an accelerated pace, and about 70
percent of the world’s population will be urban (compared to 49 percent today). Income levels will be many multiples of what they are
now. In order to feed this larger, more urban and richer population, food production (net of food used for biofuels) must increase by 70
percent. Annual cereal production will need to rise to about 3 billion tonnes from 2.1 billion today and annual meat production will need
to rise by over 200 million tonnes to reach 470 million tonnes.
352
FAO, “Mai così alto il numero di malnutriti”: “Cifra histórica de 1.020 milhões (...). Tal cifra supera em mais de 100 milhões o nível
do ano passado e representa cerca de 1/6 da população mundial .
353
Cf. Gilles van Kotte, “Alimentation: ‘Notre modele agricole est à bout de souffle’” (entrevista com Olivier De Schutter). Le Monde,
30/IV/2014.
354
Cf. Lester R. Brown, Outgrowing the Earth. The Food Security Challenge in an Age of Falling Water Tables and Rising Temperature.
New York: W.W. Norton, 2004, p. 5.
355
Cf. Duncan Walker, “The children going hungry in America”. BBC News, 6/III/2013 : “Child poverty in the US has reached record
levels, with almost 17 million children now affected. A growing number are also going hungry on a daily basis (...) 47 million Americans
are now thought to depend on food banks. One in five children receives food aid. (...) That's not only because so many people have lost
their jobs, it's also because the jobs that are replacing them are low paying”. http://www.bbc.co.uk/news/magazine-21636723.
356
Citado pela Feeding America: “According to the USDA, more than 17 millions children are living in food-insecure households”
http://feedingamerica.org/hunger-in-america/hunger-facts/quiz.aspx.
357
Cf. “Food Security in the USA. USDA: “50.1 million people lived in food-insecure households”.
http://www.ers.usda.gov/topics/food-nutrition-assistance/food-security-in-the-us/key-statistics-graphics.aspx.
358
Cf. Paul Krugman, “Free to be hungry”. The New York Times, 22/IX/2013.
359
Cf. John Wihbey, “Do high food prices increase food insecurity in the United States?” Journalist’s Resources, 24/X/2013.
360
Cf. Gregory, Coleman-Jensen (2013).
361
Anne Lowery, “The rich get richer through the recovery”. The New York Times, 10/IX/2013.
362
“The official poverty rate will rise from 15.1 percent in 2010, climbing as high as 15.7 percent, (…) the highest level since 1965
(…) poverty never fell below a 1973 low of 11.1 percent.” Washington Post, 23/VII/2012.
http://www.washingtonpost.com/politics/us-poverty-on-track-to-reach-46-year-high-suburbs-underemployed-workers-children-hit-
hard/2012/07/23/gJQAoE6i3W_story.html.
363
“Poverty in the United States. A snapshot”. National Center for Law and Justice http://www.nclej.org/poverty-in-the-us.php.
364
“Increases in Homelessness on the Horizon”. National Alliance to End Homelessness, 28/IX/2011 .
365
Cf. K. Santich, “Latest report: More than 1 million U.S. students are homeless”. Orlando Sentinel, 15/IX/2012: “According to the
federal government, 44 states had an increase in the number of homeless students compared to 2009-2010The number of homeless
children enrolled in public schools nationwide has increased 57 percent since the recession began in the 2006-2007 school year”.
366
Cf. The National Center on Family Homelessness http://www.familyhomelessness.org/index.php.
367
“La France a faim”, Secours populaire français,16/III/2013 ; Sylvain Mouillard, “L’Europe va-t-elle couper les vivres à ses pauvres?”
Libération, 22/XI/2012.
368
“Caritas assists over 1 million people in Spain”. Latin America Herald Tribune, 30/IV/2013.
369
Cf. Vincenzo Pricolo, “Anche in Italia c’è chi soffre la fame”. Il Giornale.it, 17/X/2012.
370
“La crisi fa radoppiare gli italiani poveri: in difficoltà 5 millioni di persone, una su 10”. La Repubblica, 22/IX/2013.
371
Cf. Esther Bintliff, “More hard-up Britons turn to food banks”. Financial Times, 24/IV/2013.
372
Cf. Joel Berg, “A Special Hollyday Appeal: A Tale of Two Cities”. New York Coalition Against Hunger: “The city’s median household
income is $48,743, five percent lower than 2007; and 75,000 more New Yorkers fell below the meager federal poverty line ($18,310 for a
family of three) this year, the largest yearly hike in two decades. The total population of poor New Yorkers is now 1.6 million, equaling
one in five residentes. And now 1 in 4 children live in food insecure homes” .
373
Citado por Lester Brown, op. cit. Outgrowing (2004), p. 11.
374
Cf. Justin Gillis: “Panel warns of Risks to Food Supply from Climate Change”. The New York Times, 1/XI/2013: “climate change
could reduce agricultural output by as much as 2 percent per decade for the rest of this century, compared with what output would be
without climate change”.
375
Arctic Methane Emergency Group (AMEG), Announcement. Governments must put two and two together and pull out all the stops to
save Arctic ice or we will starve” (abril de 2013): "The weather extremes from last year are causing real problems for farmers, not only in
the UK, but in the US and many grain-producing countries. World food production can be expected to decline, with mass starvation
inevitable. The price of food will rise inexorably, producing global unrest and making food security even more of an issue." .
376
Cf. Kate Ravilious, “Over half the world’s population could rely on food imports by 2050 – study”. The Guardian, 7/V/2013.
377
"China's population will rise to 1.6 billion by 2035. If per capita grain consumption in China were to equal the current level of 400 kg
per year, China would need nearly 650 million metric tons of grain by that time." China Daily, 10/III/2013 .
378
Cf. Josh Chin, Brian Spegele, “Zona rural da China vira desastre ambiental”. Valor econômico, 5/VIII/2013, artigo traduzido do The
Wall Street Journal.
379
Cf. Colleen Scherer, “China no longer to be self sufficient in food”. AG Professional, 30/I/2013 ; Leslie Hook, “Chinese grain imports
hit record high”. Financial Times, 10/IV/2012; Lester R. Brown, Can the United States Feed China? Earth Institute Policy, 23/III/2011.
380
Cf. C. Brown-Lima, M. Cooney, D. Cleary, “An overview of the Brazil-China soybean trade and its strategic implications for
conservation”. The Nature Conservancy, 2011: “By 2009, China imported 41 million tons of soybeans, mostly from the US, Brazil and
Argentina. In 2009, soy represented 31% of the total Brazilian exports to China. From 2000 through 2009, Brazil’s overall soybean
exports rose from US$2.2 billion to $11.4 billion”. http://www.nature.org/ourinitiatives/regions/southamerica/brazil/explore/brazil-china-
soybean-trade.pdf.
381
Cf. Lester R. Brown, “Aquifer Depletion”. Encyclopedia of Earth. Ed. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C., 2010, última revisão,
28/III/2013 .
382
Cf. L. Hook, “Chinese grain imports hit record high”: Financial Time, 10/IV/2012: “China’s grain imports hit a record high in March,
as the world’s most populous country increasingly turns to overseas markets to meet its agricultural needs. Customs data from Beijing
revealed that grain imports reached 1.64m tonnes in March, up sixfold from a year earlier and up 50 per cent from the previous month”.
383
Cf. R.S. Zeigler, “China’s grain situation is critical to the rest of the world — if they are forced to go out on the market to procure
adequate supplies for their population, it could send huge shock waves through the world’s grain markets”. Citado por K. Bradsher, “U.N.
Food Agency Issues Warning on China Drought”. The New York Times, 8/II/2011.
384
Cf. “Who will feed China: Agribusiness or its own farmers? Decisions in Beijing echo around the world” www.farmlandgrab.org.
385
Citado em "Marubeni bets on China with Gavilon deal". Financial Times, 29/V/2012: “I see China’s increasing demand for corn as
inexorable”
386
Cf. Pearce (2012).
387
Cf. Fred Pearce, “Stealing the Earth”. The New Scientist, 23/VI/2012, pp. 28-29.
388
Citado por John Vidal, “UN warns of looming worldwide food crisis in 2013”. The Observer, 13/X/2012: “Countries have run
down reserves from an average of 107 days of consumption 10 years ago to under 74 days recently”.
389
Cf. Stéphane Foucart, “Notre civilisation pourrait-elle s’effondrer? Personne ne veut y croire”. Le Monde, 9/II/2013.
390
Cf. Welch et al. (2010).
391
Cf. F. Kaufman, “The food bubble. How Wall Street starved millions and got away with it”. Harper’s Magazine, julho de 2010.
http://frederickkaufman.typepad.com/files/the-food-bubble-pdf.pdf.
392
Citado por Anne Michel, “Des établissements accusés de spéculer sur la faim”. Le Monde, 12/II/2013: “La majorité de ces fonds ont
été créés depuis la crise alimentaire de 2008, dans le but manifeste de faire des profits sur la hausse tendancielle des marches agricoles”.
393
“It may be hard to imagine commodity prices advancing another 460 percent above their mid-2008 price peaks. But the fundamentals
argue strongly that these sectors have significant upside potential”. Apud F. Kaufman, citado na nota anterior.
394
Cf. Nafeez Mosaddeq Ahmed, “Why food riots are likely to become the new normal”. The Guardian, 6/III/2013.
395
“Over the next several decades, food prices are predicted to rise by another 30-50% due to the inability of food production to keep up
with growing demand”. Cf. Christian Nellemann (ed), The environmental food crisis – the environment’s role in averting future food
crises. A UNEP rapid response assessment. UNEP, GRID-Arendal, 2009, citado por E. Boelee, T. Chiramba e E. Khaka (eds), “An
ecosystem services approach to water and food security”. Nairobi: UNEP, Colombo, International Water Management Institute, 2011.
An_Ecosystem_Services_Approach_to_Water_and_Food_Security_2011_UNEP-IWMI.pdf.
396
“Extreme weather, extreme prices. The costs of feeding a warming world”, Oxfam, setembro de 2012: “the world lurches into a third
food price spike in four years” http://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/20120905-ib-extreme-weather-extreme-prices-en.pdf.
397
Cf. C.F. Runge, B. Senauer, “How Biofuels Could Starve the Poor”. Foreign Affairs, 86, 3, 2007.
398
Cf. B. Senauer, M. Sur, “Ending Global Hunger in the 21st Century: Projections of the Number of Food Insecure People”. Review of
Agricultural Economics, 23, 1, 2001, pp. 68-81.
399
Cf. Gilles van Kotte, “Alimentation: ‘Notre modele agricole est à bout de souffle’” (entrevista com Olivier De Schutter). Le Monde,
30/IV/2014.
400
Autor de The Ultimate Resource (1981) e de The Ultimate Resource 2 (1996), livros em que advoga a ideia de que o mercado e a
tecnologia podem garantir um crescimento econômico ilimitado, Julian Simon notabilizou-se por ter ganhado a aposta feita com Paul
Ehrlich de que os preços internacionais de cinco metais – cobre, crômio, níquel, estanho e tungustênio – iriam diminuir ao longo dos anos
1980.
401
Cf. Gurdev S. Khush, “Green Revolution: Preparing for the 21th Century”. Genome, 42, 4, 1999, pp. 646-655.
402
Citado por Stéphane Foucart, “Notre civilisation pourrait-elle s’effondrer? Personne ne veut y croire”. Le Monde, 9/II/2013.
403
Mais recentemente, acrescentaram-se a essa lista peculiaridades biológicas, como a forma da laringe ou a ausência do cio nas mulheres,
hipótese que Lévi-Strauss (1995/2013, p. 211) qualificou de robisonnade génitale.
404
Cf. Tomasello (2014, p. 9): “One new finding is the surprisingly sophisticated cognitive abilities of nonhuman primates, which have
been discovered mostly in the last few decades. Thus, great apes, as the closest living relatives of humans, already understand in human-
like ways many aspects of their physical and social worlds, including the causal and intentional relations that structure those worlds”.
405
Cf. Serres (1998, p. 8): “Sans doute sommes-nous devenus les hommes que nous sommes pour avoir apris – comment, le saurons-nous
jamais? – que nous allions mourir”.
406
O lixo seria o “mal próprio” de nossa espécie, a forma propriamente humana de “marcar” seu território. Cf. Serres (2012).
407
Cf. Ray Anderson, Confessions of a Radical Industrialist. New York, St. Martin’s Press, 2009, citado por Annie Leonard, The Story of
Stuff. Londres, Constable, 2010, pp. 237-238.
408
Apud Annie Leonard, cit., p. 238, cf. Joel Makower, Strategies for the Green Economy :Opportunities and Challenges in the New
World of Business, McGrawHill, 2009.
409
Cf. Helmut Höge, citado por Cosima Dannoritzer, Prêt à Jéter, documentário de 2010 (youtube).
410
Citado por C. Dannoritzer, ver nota precedente: “the article which refuses to wear out is a tragedy of business”.
411
Cf. Bernard London, Ending the Depression Through Planned Obsolescence, 1932 . O artigo viria a ser o primeiro capítulo do
livro The new prosperity. Permanent employment, wise taxation and equitable distribution of wealth. New York, 1933.
412
Cf. London, art. cit. na nota precedente.
413
Cf. Galbraith (1958/1998); Packard (1962); Slades (2006); Latouche (2012) e o documentário de Cosima Dannoritzer, Prêt à Jéter
(2010) acima citado.
414
István Meszáros, Beyond Capital – Towards a Theory of Transition. Londres, Merlin Press, 1995. Tradução portuguesa, Para além do
Capital, São Paulo, Boitempo Editorial e Editora da Unicamp, 2002, p. 987.
415
Cf., por exemplo, Anders (1956/2002); Marcuse (1964/1967).
416
Citado por Vance Packard (1962), op. cit, p. 151 e por Serge Latouche, op. cit. (2012), p. 30.
417
Cf. Gillian Tett, “West’s debt explosion is real story behind Fed QE dance”. Financial Times, 19/IX/2013, artigo reproduzido em
português pelo jornal Valor econômico, 23/IX/2013.
418
Wall-E merecidamente encabeça a lista da revista Time dos “Melhores Filmes da Década” e obteve, além disso, o Golden Globe
Award de melhor filme de animação, o Hugo Award de Melhor Apresentação Dramática, Forma Longa, e o Oscar de Melhor Filme de
Animação.
419
Citado por Rebecca Cathcart, “ Borrowing an idea from Los Angeles, 2091”, The New York Times, 22/V/2008.
420
Cf. Philippe Mesmer, “Le mont Fuji est victime de son succès”. Le Monde, 29/VIII/2013.
421
Citado por David Chazan, “A World Drowning in Litter”. BBC, 4/III/2002: "Every day, the average American uses 101 kilograms of
stuff - that's approximately the weight of a large man” .
422
European Commission. Waste. http://ec.europa.eu/environment/waste/index.htm: Each year in the European Union alone we throw
away 3 billion tonnes of waste - some 90 million tonnes of it hazardous. This amounts to about 6 tonnes of solid waste for every man,
woman and child, according to Eurostat statistics. It is clear that treating and disposing of all this material - without harming the
environment - becomes a major headache.
423
3.1. Esgotos
Cf. Worldwatch Institute, “Global Municipal Solid Waste Continues to Grow” (em rede).
428
Cf. Hoornweg, Bhada-Tata, Kennedy (31/X/2013, pp. 615-617).
429
Cf. Douglas (1992, pp. 150-171).
430
“It is further estimated that between 2007 and 2011, global generation of municipal waste will rise by 37.3%, equivalent to roughly
8% increase per year”.
http://www.unep.or.jp/ietc/publications/spc/iswmplan_vol4.pdf.
431
“the doubling of waste that current projections indicate would bring the volume of municipal solid waste, or MSW, from today’s 1.3
billion tons per year to 2.6 billion tons. Cf. Worldwatch Institute, “Global Municipal Solid Waste Continues to Grow” .
432
Cf. PNUMA, “The Global Garbage Crisis: No Time to Waste”, 6/XI/2012 .
433
Cf. Hoornweg, Bhada-Tata, Kennedy (31/X/2013, pp. 615-617).
434
Cf. Jöstrom, Östblom (15/V/2010, pp. 1545-1552); Marcos Vinicius Godecke, João Alcione Sganderla Figueiredo, Roberto Harb
Naime, “O consumismo e a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil”, EcoDebate, 5/II/2013.
435
Cf. Heliana Kátia Tavares Campos, “Evolução da geração per capita de resíduos sólidos em países desenvolvidos e emergentes”.
Resíduos sólidos e saneamento (em rede).
436
Maurício Waldman, Lixo. Cenários e Desafios, São Paulo, 2010; Ricardo Abramovay (dir.), Cécile Petitgand, Juliana Simões
Speranza, Lixo Zero, São Paulo, Instituto Ethos, 2013.
437
Cf. Comlurb, apud Abramovay (2013), p. 23, citado na nota anterior.
438
Cf. Abrelpe, Atlas Brasileiro de GEE e Energia Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Rio de Janeiro, 28/II/2013 .
439
Segunda a definição do IPT (1995), lixão é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos sobre o solo, sem medidas
de proteção ao meio ambiente e à saúde pública. O mesmo que descarga de resíduos a céu aberto.
440
Citado por Laura Maia de Castro, “Cidades pedem mais prazo para fim de lixões”. Estado de Sâo Paulo, 27/III/2014, p. 22.
441
Já citado por Abramovay (2013), cit. p. 21.
442
3.3. Plástico
Robert Boyle, Considerations touching the Usefulness of Experimental Natural Philosophy (1663), apud Moscovici (1968) e Lebrun
(1977, p. 48).
443
Cf. Rocke (1993).
444
“A subjugação das forças da natureza, as máquinas, a aplicação da química na indústria e na agricultura, a navegação a vapor, as
estradas de ferro, o telégrafo elétrico, a exploração de continentes inteiros, a canalização dos rios, populações inteiras brotando da terra
por encanto – que século anterior teria suspeitado que semelhantes forças produtivas estivessem adormecidas no seio do trabalho social?”.
O Manifesto Comunista (1848), São Paulo, Editora Boitempo, 1998, p. 44.
445
Cf. Jeffrey L. Meikle, American Plastic. A Cultural History. Rutgers Univversity Press, 1997, pp. 98-100.
446
Vide “TED: Captain Charles Moore on the seas of plastic”. https://www.youtube.com/watch?v=M7K-nq0xkWY
447
Cf. Christian Godin, La Haine de la Nature, Seyssel, Éditions Champ Vallon, 2012.
448
Sobre o impacto do plástico sobre o meio ambiente as referências centrais aqui utilizadas são a coletânea de ensaios organizada por
Andrady (2003) e as Atas da Plastic Debris Rivers to Sea Conference (2005). Outras referências são Mato (2001); Moore (2001); Moore
(2003) e Weisman (2007), capítulo 9 - “Polymers are forever”.
449
Cf. Bettina Wassener, “Raising Awareness of Plastic Waste”. The New York Times, 14/VIII/2011.
450
Cf. Charles Hero, “Putting Plastic on the Agenda at UN Rio+20”,UNEP: “Some estimates are that over 85% of all plastic made does
not actually get recycled today”. http://www.unep.org/wed/voices/plastic.asp.
451
Trata-se da National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES III). Veja-se o sítio do National Institute for Environmental
Health do NIH.
452
Cf. Saal, et al. ((2007, pp. 131-138).
453
Cf. Amanda Gardner, “Studies Report More Harmful Effects From BPA”. US News, 10/VI/2009; Stéphane Foucart, “Le bisphénol A
réduit la testostérone chez le foetus humain”. Le Monde, 20/I/2013.
454
Cf. Hervé Morin, “Nouveaux soupçons sur le bisphénol A”. Le Monde, 25/IV/2014.
455
Cf. “Where BPA is hiding - Still”. One Thing New (em rede).
456
Cf. Kuruto-Niwa et al. (2005, pp. 121-130); Viñas, Watson (2013)..
457
Cf. Frederiksen et al. (2007, pp. 899-911).
458
Cf. Carlstedt, Jönsson, Bornehag (23/II/2013).
459
Cf. Ljubomir Jeftic, Seba Sheavly, Ellik Adler, Marine Litter: A Global Challenge, UNEP, 2009 (em rede).
460
Sobre a plastificação dos oceanos e o impacto do plástico sobre o meio ambiente marinho as referências centrais aqui utilizadas são a
coletânea de ensaios organizada por Andrady (2003), as Atas da Plastic Debris Rivers to Sea Conference (2005) e Pham et al. (2014).
Outras referências são Mato (2001); Moore (2001); Moore (2003) e Weisman (2007), capítulo 9 - “Polymers are forever”; Bettina
Wassener, “Raising Awareness of Plastic Waste”. The New York Times, 14/VIII/2011: “Of the plastic that is simply trashed, an estimated
seven million tons ends up in the sea each year”.
461
Cf. K. Marks, “The world's rubbish dump: a tip that stretches from Hawaii to Japan”. The Independent, 5/II/2008.
462
"Humanity's plastic footprint is probably more dangerous than its carbon footprint". Citado em “Atlantic plastic garbage patch found”
CBC News 16/IV/2010. Veja: http://www.cbc.ca/news/technology/story/2010/04/16/tech-atlantic-garbage-patch.html.
463
Cf. Oliver Milman, “Yatchman describes horror at ‘dead’, rubbish strewn Pacific Ocean”. The Guardian, 21/X/2013; Greg Ray, “The
ocean is broken”. Newcastle Herald, 18/X/2013 : "On the bow, in the waters above Hawaii, you could see right down into the depths. I
could see that the debris isn't just on the surface, it's all the way down. And it's all sizes, from a soft-drink bottle to pieces the size of a big
car or truck”.
464
A descoberta foi apresentada no Oceans Sciences Meeting de 2010 em Portland, Oregon Cf. “Atlantic plastic garbage patch found”.
CBC News, 16/IV/2010.
465
Cf. Audrey Garric, “Peut-on nettoyer les océans des déchets plastiques?” . Le Monde, 3/IV/2013.
466
“Each contains so much plastic that if you were to drag a net through these areas you would pull up more plastic than biomass”.
http://inhabitat.com/even-if-we-stopped-polluting-today-ocean-garbage-patches-would-linger-for-hundreds-of-years.
467
O trabalho foi publicado em abril de 2012 na Geophysical Research Letters. Cf. New Scientist, 5/V/2012, p. 5 e CBC News, “Plastic
garbage in oceans 'vastly' underestimated”, de onde se retira a citação de Proskurowski: “Almost every tow we did contained plastic
regardless of the depth (…) If it’s a particularly windy day, there could be as much as 17 times more plastic in the water than would be
detected at the surface. Veja-se: http://www.cbc.ca/news/technology/story/2012/04/27/plastic-garbage-oceans.html.
468
Cf. Tara Oceans em http://oceans.taraexpeditions.org/en/the-expeditions/tara-oceans/the-expedition.php?id_page=24.
469
Cf. Z. Holman, “Plastic debris reaches Southern Ocean, previously thought to be pristine”. The Guardian, 2/X/2012: "The fact that we
found these plastics is a sign that the reach of human beings is truly planetary in scale."
http://www.guardian.co.uk/environment/2012/sep/27/plastic-debris-southern-ocean-pristine?INTCMP=SRCH.
470
Cf. “Marine Debris”, in NOAA: http://marinedebris.noaa.gov/info/faqs.html#1: “Up to one hundred thousand marine mammals and
possibly more die each year. Half or more of the individuals of certain marine reptile species are affected by the plastic litter, and
beachcombing land mammals become snarled in nets and die.” (…) “214,500 to 763,000 seabirds are killed annually incidental to driftnet
fishing by Japanese fishermen in the North Pacific Ocean” (…)Ingestion of debris may cause a blockage in the digestive tract, perforate
the gut, result in a loss of nutrition (due to displacement of food), or cause a false feeling of being “full”..
471
Cf. Wright, Rowe, Thompson, Galloway (2012). Declaração de Galloway a Nicholas Barrett, “Plastic waste ingested by worms
threatens marine food chains”. Mongabay, 26/II/2014: “These animals tend to play important roles at the base of marine food webs”.
472
Cf. P. Gravel, “Alerte en Arctique”, Le Devoir, 25/X/2012 http://www.ledevoir.com/environnement/actualites-sur-l-
environnement/362289/alerte-en-arctique.
473
Cf. Lusher, McHugh, Thompson (26/XII/2012) .
474
Cf. Browne et al. (23, 23, dezembro de 2013, pp. 2388-2392).
475
Cf. L. Ritter, K.R. Solomon, J. Forget, “Persistent Organic Pollutants”. The International Programme on Chemical Safety (IPCS, orgão
estabelecido pela UNEP, ILO, FAO, WHO, UNIDO e OECD): “POPs are often halogenated and characterised by low water solubility and
high lipid solubility, leading to their bioaccumulation in fatty tissues. They are also semi-volatile, enabling them to move long distances in
the atmosphere before deposition occurs” .
498
Cf. Anne-Lise Bjorke Monsen, do Hospital Universitário Haukeland de Bergen, na Noruega apud Michael Sandelson, “Norway
researches’ toxic salmon warning creates wave”. The Foreigner, 25/XII/2013.
499
Cf. Laurece Girard, “Alerte rouge sur le saumon”. Le Monde, 24/XII/2013.
500
Veja-se http://chm.pops.int/Home/tabid/2121/Default.aspx.
501
EPA - Persistent Organic Pollutants: A Global Issue, A Global Response: “The U.S. Senate has not yet ratified the Stockholm
Convention nor has implementing legislation been passed by the relevant committees of jurisdiction. Once those steps have been taken,
the United States can deposit its instrument of ratification to become a Party of the Stockholm Convention on Persistent Organic
Pollutants”.
502
Cf. Kallenborn (2006, pp. 100-107): “Organochlorines have been found in virtually all environmental compartments on the globe”.
503
Cf. M. Jégo, “Les villages de Sibérie, cimetières des déchets toxiques de l’ex-URSS”. Le Monde, 13/XI/2012.
504
Cf. C. Williams, “Long time no sea”. New Scientist, 2376, 4/I/2003.
505
Cf. Audrey Garric, “Dans les sous-sols de Stocamine, la bombe à retardement alsacienne”. Le Monde, 28/II/2014.
506
Évaluation mondiale du mercure, PNUMA, Genebra, 2002 ; The Global Atmospheric Mercury Assessment: Sources, Emissions and
Transport, 2008; Global Mercury Assessment 2013: Sources, Emissions, Releases and Environmental Transport. PNUMA, 2013 .
507
Cf. Heidi Larson (London School of Hygiene and Tropical Medicine), “Mercury falling”. New Scientist, 12/I/2013, p. 24.
508
Cf. Silvio Assunção, “Grupo revela que queimadas lançam 12 t. de mercúrio por ano na atmosfera”. Jornal da Unicamp, 8-
14/IV/2013.
509
Cit.: “Overall, indications are that emissions from industrial sectors have increased again since 2005”.
510
PNUMA, 2002, cit.:“les données disponibles laissent supposer que les concentrations de mercure dans l’atmosphère ont augmenté
d’un facteur de 3 environ”.
511
Cf. “Mercury Converted to its Most Toxic Form in Ocean Waters: New Study”. Got Mercury? Uma pesquisa realizada por uma equipe
de cientistas da University of Alberta, no Canadá, mostra que: “a relatively harmless inorganic form of mercury found worldwide in ocean
water is transformed into a potent neurotoxin in the seawater itself. After two years of testing water samples across the Arctic Ocean, the
researchers found that relatively harmless inorganic mercury, released from human activities like industry and coal burning, undergoes a
process called methylation and becomes deadly monomethylmercury”. Veja-se: http://phys.org/news/2011-04-mercury-toxic-ocean.html.
512
Cf. A. Pélouas, “L’accumulation inquiétante du nombre de polluants dans l’Arctique”. Le Monde, 28/IV/2012.
513
Cf. “What You Need to Know About Mercury in Fish and Shellfish” FDA / EPA, III/2004 “Some fish and shellfish contain higher
levels of mercury that may harm an unborn baby or young child's developing nervous system. (…) Do not eat Shark, Swordfish, King
Mackerel, or Tilefish because they contain high levels of mercury”.
514
Citado por Gilles van Kote, “Un traité international contre le mercure”. Le Monde, 20/I/2013.
515
3.7. Material particulado e ozônio troposférico
518
WHO Air Quality Guidelines for particulate matter, ozone, nitrogen dioxide and sulfur dioxide, 2005. Global update. Summary of Risk
Assessment (em rede).
519
Cf. “Contaminação mata 7 milhões de pessoas por ano, segundo a OMS”. El País, 25/III/2014.
520
“Air quality deteriorating in many of the world’s cities”. News Release. OMS, 7/V/2014.
521
Entre os compostos orgânicos voláteis, contam-se hidrocarbonetos como o carcinogênico benzeno (C 6H6), liberado pelos motores de
explosão, e o diclorometano (CH2Cl2), um hidrocarboneto clorado, usado como decapante e desengordurante, entre outras funções.
522
Cf. R.B. Devlin et al., “Controlled Exposure of Healthy Young Volunteers to Ozone Causes Cardiovascular Effects”. Circulation
(American Heart Association), 25/VI/2012. Doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.112.094359.
523
Cf. Jeannie Allen, “The Ozone We Breathe”. NASA Earth Observatory, 19/IV/2002: “The U.S. Environmental Protection Agency
(EPA) has established 80 ppb of ozone exposure over eight hours as the National Ambient Air Quality Standard, but recognizes the
possibility that ozone exposure at lower levels over several years can significantly impair human health, especially the health of children”.
524
Cf. S. Foucart, “La pollution mondiale à l'ozone stagne depuis une décennie”. Le Monde, 17/XII/2012.
525
Cf. “Tropospheric Ozone a Growing Threat”. Acid Deposition and Oxidant Research Center p. 4: “ground-level ozone concentrations
have increased to four to five times the levels in the preindustrial era”.
http://www.acap.asia/publication/pdf/Ozone.pdf.
526
Cf. OF.PROAM 01- 090813. Manifestãção PROAM sobre proposta de criação de Grupo de Trabalho Conama visando à atualização
dos padrões nacionais de qualidade do ar (PQAr) estabelecidos pela Resolução Conama 003 de 28 de julho de 1990.
http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/409C7877/Of_PROAM.pdf.
527
Cf. Mateus Parreiras, Tiago de Holanda, “Internações por problemas respiratórios aumentam 13% em BH, Betim e Ibirité”.
em.com.br, 08/V/2013.
528
“Grande SP tem pior qualidade do ar em dez anos, diz CETESB”. UOL Notícias, 23/IV/2013.
529
Cf. S. Foucart, “La pollution mondiale à l'ozone stagne depuis une décennie”. Le Monde, 17/XII/2012.
530
Cf. P. Humblot et al., “Assessment of ozone impacts on farming systems: A bio-economic modeling approach applied to widely
diverse French case (2012). Ecological Economics, 85, 2013.
Cf. Mathias Schluep et al., Recycling. From E-waste to resources. UNEP / StEP, julho de 2009.
544
“Worldwide Smartphone Shipments Top One Billion Units for the First Time, According to IDC”. IDC Analyze the Future, Press
Release, 27/I/2014.
545
Cf. Mathias Schluep et al., Recycling. From E-waste to resources. UNEP / StEP, julho de 2009; Eric Albert, “Les déchets électrôniques
intoxiquent le Ghana”. Le Monde, 28/XII/2013.
546
Cf. Jaco Huisman et al. 2008 Review of Directive 2002/96 on Waste Electrical and Electronic Equipment (WEEE). Bonn: United
Nations University, 2007.
547
Cf. Philippe Rakacewicz, “What is in a computer”. Vital Waste Graphics, UNEP/GRID-Arendal, 2005
http://www.grida.no/graphicslib/collection/vital-waste-graphics?p=2.
548
Cf. List of Industrial Disasters. Wikipedia
549
Cf. Eric Albert, “Les déchets électrôniques intoxiquent le Ghana”. Le Monde, 28/XII/2013.
550
“Smuggling Europe’s Waste to Poorer Countries”. The New York Times, 26/IX/2009: “it is four times as expensive to incinerate trash in
the Netherlands as to put it — illegally — on a boat to China. (...) Paper, plastic and metal trash exported from Europe rose tenfold from
1995 to 2007, the agency says, with 20 million containers of waste now shipped each year either legally or illegally (...).
551
Cf. Latouche (2012, p. 35). O autor baseia-se em dados fornecidos por Alain Gras, “Internet demande de la sueur”. La Décroissance,
35, dezembro de 2006.
552
Cf. Basel Action Network, BAN Report, 2005, “The Digital Dump: Exporting Re-Use and Abuse to Africa”: as much as 75% of the
imports are “junk” and are not economically repairable or marketable. Consequently, this e-waste, which is legally a hazardous waste is
being discarded and routinely burned in what the environmentalists call yet “another “cyber-age nightmare now landing on the shores of
developing countries.”
553
Cf. Mariangela Latella, “I rifiuti (tossici) scomparsi”. Legambiente. In, Golem. Dalla notizia all’informazione, 13/VII/2012.
554
Cf. Vera Viola, “A Napoli i rifiuti tornano in strada”. Il Sole 24 Ore, 8/I/2013; Antonio Crispino, “Nel triangolo della morte, dove
bruciano i rifiuti tossici”. Corriere della Sera. Le Inchieste, 11/X/2012.
555
Cf. “Where does e-waste end-up?”, Greenpeace, 24/II/2009: “Inspections of 18 European seaports in 2005 found as much as 47
percent of waste destined for export, including e-waste, was ilegal”.
556
Os dados da EEA são citados por Elisabeth Rosenthal, “Smuggling Europe’s Waste to Poorer Countries”. The New York Times,
26/IX/2009.
557
“Europol warns of increase in illegal waste dumping”. Europol, 30/VIII/2011: “increase in the volume of illegal waste shipments
across borders, spurred by economic growth and globalisation. Driven by an exceptional ‘low risk – high profit’ margin, illegal waste
trafficking and disposal activities have become one of the fastest growing areas of organised crime. (...) North West Europe plays an
important role in exporting waste to non-EU countries, especially in West Africa and Asia”. .
558
Regulamentação (EC) n. 1013/2006 do Parlamento e do Conselho da Europa de 14 de junho de 2006 sobre carregamentos de lixo (OJ
L 190, 12.7.2006, pp. 1–98).
559
“EU exporting more waste, including hazardous waste”. European Environment Agency, 18/XI/2012: “A large volume of used
electrical products are shipped out of the EU to West Africa and Asia, much of them falsely classified as ‘used goods’ although in reality
they are non-functional. The report estimates this trade to be at least 250 000 tonnes every year, possibly much more. (...) The illegal
waste trade seems to be growing” .
560
Cf. Cahal Milmo, “Britain’s waste”. The Independent, 26/V/2012: “The criminal trade, estimated to be worth at least £300m
worldwide, ranges from hundreds of thousands of broken computers and televisions – so-called "e-waste" – sent to west Africa to be
stripped of their heavy metals in unsafe conditions, to domestic waste smuggled out of Britain under the guise of recyclable paper or
plastic. Used car tyres form an increasingly lucrative illicit Market”.
561
Cf. Sophie Landrin, “Des millions de conteneurs maritimes hautement toxiques”. Le Monde, 2/I/2013.
562
Cf. Jinglei Yu et al., “Forecasting Global Generation of Obsolete Personal Computers”. Environmental Science and Technology,
2010, 44 (9), pp. 3232–3237: “the volume of obsolete PCs generated in developing regions will exceed that of developed regions by
2016−2018. By 2030, the obsolete PCs from developing regions will reach 400−700 million units, far more than from developed regions
at 200−300 million units”.
563
4. Combustíveis fósseis
Cf. James Gerken, “Oil Trains Spilled More Crude Last Year than in the Previous 38 Years Combined”. The Huffington Post, 22/I/2014.
564
Cf. Moving Crude by Rail, AAR, dezembro de 2013 (em rede).
565
Cf. Dan Frosch, Janet Roberts, “Pipeline Spills Put Safeguards Under Scrutiny”. The New York Times, 9/IX/2011.
566
World Ocean Review. Cap. 4, Pollution (em rede).
567
Cf. GEO/SAT 2: “An estimated quarter of milion barrels of oil pollute the Gulf each year” .
568
Cf. Jesica E. Seacor, “Environmental Terrorism: Lessons from the Oil Fires of Kuwait”. American University International Law
Review, 10, 1, 1994.
569
Mati Milstein, “Lebanon Oil Spill Makes Animals Casualties of War” National Geographic, 31/VII/2006.
570
http://www.itopf.com/information-services/data-and-statistics/statistics/index.html: “Approximately 5.7 million tonnes of oil were lost
as a result of tanker incidents from 1970 to 2011”.
571
ITOPF, loc. cit. (em rede).
572
Declaração publicada no Le Monde, 3/XI/2012.
573
Cf. A. Levin, “Oil spills escalated in this decade”, USA Today, 08/VI/2010.
574
Cf. T.J. Crone, M. Tolstoy, “Magnitude of the 2010 Gulf of Mexico Oil Leack”, Science, 330, Outubro de 2010, p. 634.
http://erf.org/system/files/magnitude_of_leak_ScienceVol330.pdf.
575
Cf. R. Kistner, “The Macondo Monkey on BP’s Back” Huffington Post, 30/IX/2011. http://www.huffingtonpost.com/rocky-kistner/the-
macondo-monkey-on-bps_b_988262.html.
576
Cf. S. Goldenberg, “Deepwater Horizon pipe 'responsible for new oil slick in Gulf of Mexico'”. The Guardian, 12/X/2012.
http://www.guardian.co.uk/environment/2012/oct/12/deepwater-horizon-oil-slick-gulf-mexico.
577
Cf. G. Allix, S. Foucart, C. Imbert, “Dossier Marée Noire record de 2010 aux États Unis”, Le Monde, 19/IV/2011.
578
Cf. Stuart Smith, “More Evidence that BP’s Oil Is Blanketing the Ocean Floor and Killing Sea Organisms En Masse; UGA Professor
Samantha Joye: “It looks like everything is dead”. The Stuart Smith Blog, 6/XII/2010.
579
Cf. N. Buskey, “Nearly two years later, oil remains”. DailyComent.com, 12/IV/2012.
580
“Settlement Protects Sea Turtles, Whales, Other Rare Wildlife From Oil-spill Dispersants”. Center for Biological Diversity,
30/V/2013: “Studies have found that oil broken apart by the dispersant Corexit 9527 damages the insulating properties of seabird feathers
more than untreated oil, making the birds more susceptible to hypothermia and death. Studies have also found that dispersed oil is toxic to
fish eggs, larvae and adults, as well as to corals, and can harm sea turtles’ ability to breathe and digest food”.
581
Cf. Wilma Subra, “Summary of Human Health Impacts of the BP Deepwater Horizon Disaster”, Fórum,
Subra Company/Louisiana Environmental Action Network, New Iberia, 19/IV/2011.
582
Cf. B. Reddall, “Analysis: Oil firms hurt by Gulf spill welcome back drill rigs”: “Oilmen deride that period as the permitorium”
Veja-se http://www.reuters.com/article/2012/04/10/us-usa-gulfofmexico-idUSBRE8390IG20120410.
583
Cf. Amy Goodman and Jeremy Scahill, Drilling and Killing. Youtube: "they are simply continuing what the Transatlantic slave trade
and British colonialism did to us in the past." (Youtube).
584
Cf. Bronwen Manby, The Price of Oil. Corporate Responsiblity and Human Rights Violations in Nigeria’s Oil Producing
Communities. Human Rights Watch. New York, Londres, janeiro de 1999, p. 12.
585
Cf. John Entine, “Seeds of NGO Activism: Shell Capitulates in Saro-Wiwa Case”. NGO Watch, 18/VI/2009.
586
Cf. PNUMA, Environmental Assessment of Ogoniland, 2011 : “UNEP’s field observations and scientific investigations found that oil
contamination in Ogoniland is widespread and severely impacting many components of the environment. Even though the oil industry is
no longer active in Ogoniland, oil spills continue to occur with alarming regularity. The Ogoni people live with this pollution every day”.
(...) In 49 cases, UNEP observed hydrocarbons in soil at depths of at least 5 m. (...) At 41 sites, the hydrocarbon pollution has reached the
groundwater. Oil pollution in many intertidal creeks has left mangroves denuded of leaves and stems, leaving roots coated in a bitumen-
like substance sometimes 1 cm or more thick. Mangroves are spawning areas for fish and nurseries for juvenile fish and the extensive
pollution of these areas is impacting the fish life-cycle. Any crops in areas directly impacted by oil spills will be damaged, and root
crops, such as cassava, will become unusable. When farming recommences, plants generally show signs of stress and yields are reportedly
lower than in non-impacted areas. When an oil spill occurs on land, fires often break out, killing vegetation and creating a crust over the
land, making remediation or revegetation difficult”.
587
Cf. World Bank, Defining an Environmental Strategy for the Niger Delta. Washington, D.C., maio de 1995; David Moffat, Olof
Lindén, “Perception and reality: Assessing priorities for sustainable development in the Niger River Delta”. Ambio. A Journal of the
Human Environment, 24, 7-8, dezembro de 1995, pp. 527-538.
588
Cf. Ole Nielsen, “Nigerian oil spills again”. Olelog. What on Earth, 27/XII/2011: “Possibly as much as 550 million gallons of oil
poured into the delta during Shell's roughly 50 years of production in Nigeria a rate roughly comparable to one Exxon Valdez disaster per
year”.
589
“Chevron enfrenta multa de $30 bilhões por problemas ambientais na América Latina, diz Coalizão de Defesa da Amazônia” PR
Newswire, 15/XII/2011 .
590
“Veja os principais vazamentos da Petrobras nos últimos 25 anos”. Folha de São Paulo, 23/VII/2000
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u5494.shtml.
591
Relatório sobre o Impacto Ambiental causado pelo Derramamento de Óleo na Baía da Guanabara”, MMA, 2001, em rede.
592
Citado na BBC Brasil, 21/III/2012 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/03/120321_mpf_denuncia_chevron_cc.shtml.
593
“Óleo vaza de terminal da Petrobrás em São Sebastião”. O Globo, 6/IV/2013.
594
Cf. Heather Libby, “13 oil spills in the last 30 days”. Huffington Post, 12/IV/2013.
595
Cf. Peterson (2003).
596
Cf. Charles Emmerson, Glada Lahn, Arctic Opening: Opportunity and Risk in the High North. Lloyd’s, Chatham House; Gail
Whiteman, Chris Hope, Peter Wadham, “Vast costs of Arctic change”. Nature, 7459, 499, 25/VII/2013, pp. 401-403. “Even major oil
company warns of a potential disaster of Arctic oil drilling”. The Watchers, 1/X/2012.
597
Cf. Terry Macalister, “City investors are getting cold feet about Arctic oil prospecting”. The Guardian, 21/VI/2012: "risks and costs are
simply too high".
598
Cf. Guy Chazan, “Total warns against oil drilling in Arctic”. Financial Times, 25/IX/2012.
599
Cf. Le Monde de 24 de janeiro de 2012.
600
Cf. B. Bidder, M. Schepp, G. Traufetter, “The Black Plague. Russia Plays Game of Arctic Roulette in Oil Exploration”. Der
Spiegel Online, 24/VIII/2012. http://www.spiegel.de/international/business/russian-oil-exploration-in-arctic-circle-causes-
major-environmental-damage-a-851617.html.
601
“Perigo iminente no Mar Pechora. Plataforma de perfuração de petróleo no Ártico Russo ignora segurança ambiental”. Visão Verde,
2/IX/2011; Jeremy Hance, “World first: Russia begins pumping oil from Artic seabed”. Mongabay, 23/XII/2013 .
602
Citado pelo Le Monde de 24 de janeiro de 2010, ver nota precedente.
603
Cf. Jean Michel Bezat, Anne Eveno, “Les profits de Total amputés de 20% en 2013”. Le Monde, 13/II/2014.
604
Cf. “Global Crude Oil and Liquid Fuels Consumption” EIA: “World liquid fuels consumption grew by 0.7 million bbl/d in 2012
to reach 89.0 million bbl/d. EIA expects growth will be higher over the next two years because of a moderate recovery in global
economic growth so that world consumption grows by 0.9 million bbl/d in 2013 and by 1.2 million bbl/d in 2014”.
605
Cf. Transportation Road Map, International Council on Clean Transportation (ICCT), 2010: “In 2030 the number of motor vehicles on
the world’s roads will roughly double from what it was in 2010—from 1.4 billion to about 2.8 billion cars, trucks, motorcycles, and other
vehicles” .
606
Cf. David Strahan, “Dump the pump”. New Scientist, 19/V/2012, pp. 34-38: “Although most governments have policies to encourage
electrification, they are very unlikely to achieve their targets. Even if they do, says Birol, the number of electric vehicles on the road in
2020 will be just 20 million – about 2 per cento f the total fleet”.
607
Cf. C.J. Cleveland, “Net energy from oil and gas extraction in the United States, 1954–1997”. Energy, 30, 2005, pp. 769–782. Citado
por Ajay K. Gupta e Charles A.S. Hall, “A Review of the Past and Current State of EROI Data”. Sustainability, 3, 2011, pp. 1796-1809.
608
Cf. N. Gagnon, C.A.S. Hall, L.A. Brinker, “A preliminary investigation of energy return on energy investment for global oil and gas
production”. Energies, 2, 2009, pp. 490-503. Citados por Gupta e Hall, cit. nota anterior: “These authors [Gagnon, Hall, Brinker] also
estimated through linear extrapolation that the EROI for global oil and conventional natural gas could reach 1:1 as soon as about 2022”.
609
Cf. Kenneth S. Deffeyes, Hubbert’s Peak: The Impendig World Oil Shortage, Princeton, 2001; Richard Heinberg, The Party’s over.
Oil, War and the Fate of Industrial Societies, Gabriola Island, New Society Publishers, 2003; Paul Roberts, The End of the Oil. On the
Edge of a Perilous New World, Boston, Houghton Mifflin, 2004; Colin J. Campbell, The Coming Oil Crisis. Multi Science Publishing,
2004; Idem, Oil Crisis, 2005; James Howard Kunstler, The Long Emergency: Surviving the Converging Catastrophes of the Twenty-First,
Grove-Atlantic, 2005; Richard Heinberg e Colin J. Campbell, The Oil Depletion Protocol. A Plan to Avert Oil Wars, Terrorism and
Economic Collapse, Gabriola Island, New Society Publishers, 2006; Kenneth S. Deffeyes, Beyond Oil: The View from Hubbert's Peak,
Princeton, 2006; Kenneth S. Deffeyes, When Oil Peaked, New York, Hill and Wang, 2010.
610
Cf. Heinberg, Campbell, The Oil Depletion Protocol. A Plan to Avert Oil Wars, Terrorism and Economic Collapse, Gabriola Island,
New Society Publishers, 2006.
611
Cf. Jeremy Leggett, “Burn and crash”. The New Scientist, 2/XI/2013, pp. 28-29.
612
Cf. When oil peaked. New York, Hill and Wang, 2010. Prefácio: “From 2005 onward, oil production has shown no growths” . (…)
Capítulo 1: “A few years ago, Chevron ran a series of ads saying that we were burning two barrels of oil for every new barrel we found.
Today we may be birning five barrels for each newly barrel found”.
613
Apud Heinberg, Campbell, cit., 2006 (e-book: 16%).
614
“World Oil Production Capacity Model Suggests Output Peak by 2006-2007. Oil and Gas Journal, April, 26, 2004 .
615
Apud Heinberg, cit., 2006, nota 45.
616
Apud Heinberg, cit., 2006, nota 46.
617
Cf. Colin Campbell, “Peak Oil Time for ExxonMobil”. ASPO International. “Even though ExxonMobil never will use the word
Peak Oil they have in fact used it by saying that the production will stay flat to 2012”.
618
Apud Heinberg, cit., 2006, nota 48.
619
Apud Heinberg, cit., 2006, nota 49.
620
Apud Heinberg, cit., 2006, notas 39 e 50.
621
Cf. R. Hirsch, R. H. Bezdek, R.M. Wendling The Impendig World Energy Mess. What it is and what it means to you! Apogee Prime,
2010, p. 128.
622
Cf. BP Statistical Review of World Energy June 2013 (em rede): “Oil remains the world’s leading fuel, at 33.1% of global
energy consumption, but it also continued to lose market share for the 13th consecutive year and its current market share is the
lowest in our data set, which begins in 1965”.
623
Citado em Earth, A Graphic Study of the State of the World: “by 2010 we will need on the order of na additional fifty million barrels a
day. This is equivalente to more than six Saudi Arabias of today’s size”.
http://www.theglobaleducationproject.org/earth/energy-supply.php.
624
Cf. C. Hall, “Unconventional Oil: Tar Sands and Shale Oil”. The Oil Drum: Net Energy (em rede).
633
Cf. Marie-Béatrice Baudet, Jean-Michel Bezat, Stéphane Foucart, Hervé Kempf, “Faut-il avoir peur du gaz de schiste?”. Le Monde,
14/IX/2012.
634
Cf. Lorne Stockman, Petroleum coke: the coal hiding in tar sands. OilChange International, janeiro de 2013: “Emissions from tar
sands extraction and upgrading are between 3.2 and 4.5 times higher than the equivalent emissions from conventional oil produced
in North America”.
635
Cf. James Hansen, “Game over for the climate”. The New York Times, 9/V/2012: “Canada’s tar sands, deposits of sand saturated
with bitumen, contain twice the amount of carbon dioxide emitted by global oil use in our entire history (...) The tar sands contain
enough carbon — 240 gigatons — to add 120 p.p.m.”.
636
Cf. Erin N. Kelly et al., “Oil sands development contributes elements toxic at low concentrations to the Athabasca River and its
tributaries”. PNAS, 30/VIII/2010: “We show that the oil sands industry releases the 13 elements considered priority pollutants (PPE)
under the US Environmental Protection Agency's Clean Water Act, via air and water, to the Athabasca River and its watershed”.
637
Veja-se “Tar Sands Oil Extraction - The Dirty Truth”: https://www.youtube.com/watch?v=YkwoRivP17A.
638
Cf. Keranen (2013).
639
Cf. Holland (2011).
640
Cf. Stéphane Foucart, “Quand le gaz de chiste fait trembler la terre”. Le Monde, 29/III/2013.
641
Cf. Won-Young Kim (2011).
642
Cf. Norimitsu Onishi, “California’s Thirst Shapes Debate Over Fracking”. The International New York Times, 14/V/2014.
643
Cf. “Hydraulic Fracturing 101”. Earthworks .
644
Cf. Mike Soraghan, “Two Oil-Field Companies Acknowledge Fracking With Diesel”. The New York Times, 19/II/2010 .
645
Cf. Tollefson (2013, p. 147).
646
Cf. McKenzie, Witter, Newman, Adgate (2012).
647
Cf. Paul Gallay, “Gas Industry Spin Can’t Cover Up Problems Caused by Fracking”. EcoWatch 3/IV/2012.
648
Relatório da AEA Technology encomendado pela Comissão Europeia, citado no estudo conjunto publicado no Le Monde de setembro
de 2012.
649
Citado por Hervé Kempf, “L'exploitation du gaz de schiste serait aussi nocive pour le climat que le charbon”. Le Monde, 29/V/2012.
650
Cf. Jeff Tollefson et al., “Methane leaks erode green credentials of natural gas”. Nature, 493, 7430, 2/I/2013.
651
Cf. Caulton et al. (2014).
652
Cf. Hervé Kempf, “L'exploitation du gaz de schiste serait aussi nocive pour le climat que le charbon”. Le Monde,
29/V/2012.
653
Cf. R.A. Alvarez, et al., “Greater focus needed on methane leakage from natural gas infrastructure”. PNAS, 109, 17, 2012, pp.
6435-6440.
654
Como afirma Lorne Stockman, “o incremento do uso do petróleo de coque é uma clara resultante do incremento da produção de
betume a partir de areias betuminosas”.Cf. Petroleum coke: the coal hiding in tar sands. OilChange International, janeiro de 2013.
655
Segundo Kerry Satterthwaite, uma especialista da Roskill Information Services, citado por Ian Austen, “A Black Mound of Canadian
Oil Waste Is Rising Over Detroit”. The New York Times, 17/V/2013 As demais informações desse parágrafo são retiradas desse artigo.
656
Medições realizadas por pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, em Wuhan. Cf. Yu Dawei, “As US
Refuses a Dirty Fuel, China Only Too Ready to Increase Imports”. The New York Times, 12/III/2013.
657
Cf. Stockman, cit., janeiro de 2013: “on a per-unit of energy basis petcoke emits 5 to 10 percent more carbon dioxide than coal. A ton
of petcoke yields on average 53.6 percent more CO 2 than a ton of coal. The proven tar sands reserves of Canada will yield roughly 5
billion tons of petcoke – enough to fully fuel 111 U.S. coal plants to 2050. Because it is considered a refinery byproduct, petcoke
emissions are not included in most assessments of the climate impact of tar sands or conventional oil production and consumption. Thus
the climate impact of oil production is being consistently undercounted”.
658
Cf. James Burges, “British MoD Predicts Oil Prices to Reach $500 a Barrel by 2040”. OilPrice.com .
659
Cf. “Petrobras completes record bond offering and collects 11 billion dollars”. Mercopress. South Atlantic News Agency, 8/I/2014:
“The oil giant is seeking to spend 237 billion dollars through 2017 in what is considered the world’s largest corporate investment plan by
a single company”.
660
Cf. Sophie Landrin, “Des millions de conteneurs maritimes hautement toxiques”. Le Monde, 2/I/2013; “Le transport par conteneur:
perspectives”. Port Montréal: “Un demi-milliard de conteneurs circulent actuellement sur la planète”; Planetoscope: “Le cabinet Drewry
Shipping Consultants évalue ainsi le nombre de containers manutentionnés sur les ports à 494.4 millions pour l’année
2007”. http://www.planetoscope.com/Commerce/1067-nombre-de-containers-transitant-dans-les-ports-du-monde-entier.html.
661
Cf. Richard C. Duncan, The Olduvai Theory. Sliding Towards a Post-Industrial Stone Age. Institute on Energy and Man, 1996 .
662
Citado por Richard Duncan, ibid: “We have, or soon will have, exhausted the necessary physical prerequisites so far as this planet is
concerned. With coal gone, oil gone, high-grade metallic ores gone, no species however competent can make the long climb from
primitive conditions to high-level technology. This is a one-shot affair. If we fail, this planetary system fails so far as intelligence is
concerned”.
663
5. A regressão ao carvão
Cf. Maria van der Hoeven, Discurso de lançamento do livro de Keisuke Sadamori et al., Medium-Term Coal Market Report 2013.
Market Trends and Projections to 2018. International Energy Agency, Paris, 16 de dezembro de 2013: “More than three-fifths of the rise
in global CO2 emissions since 2000 is due to the burning of coal to produce electricity and heat”.
664
Cf. World Coal Association http://www.worldcoal.org/resources/frequently-asked-questions/.
665
Cf. Juliet Eilperin, “Obama to take sweeping action on climate”. The Washington Post, 22/VI/2013: “According to the Edison Electric
Institute, a utility trade group, there are 1,142 coal-fired utilities in the United States”.
666
Cf. Aaron Blake, “Obama Science adviser calls for ‘war on coal’. The Washington Post, 25/VI/2013: "The one thing the president
really needs to do now is to begin the process of shutting down the conventional coal plants. Politically, the White House is hesitant to say
they’re having a war on coal. On the other hand, a war on coal is exactly what’s needed.” . Na imprensa republicana, o tema assumiu tons
de denúncia. Veja-se, por exemplo, Phil Kerpen, “Obama declares war on coal”. Fox News, 25/VI/2013.
667
Cf. Juliet Eilperin, “Boehner thinks new White House climate rules would be ‘crazy’. But Obama may not have a choice”. The
Washington Post, 20/VI/2013.
668
Cf. Pilita Clark, James Wilson, Lucy Hornby, “Energy: The toll on coal”. Financial Times, 30/IX/2013.
669
Cf. John Finnerty, “‘Coal Caucus’ formed to oppose new strict federal emission limits on coal plants”. Register
Herald.com, 28/IX/2013.
670
Art. cit.: “Like it or not, coal is here to stay for a long time to come”.
671
Cf. Clifford Krauss, “U.S. Coal Companies Scale Back Export Goals”. The New York Times, 13/IX/2013: “We continue to believe that
West Coast exports represent a good long-term opportunity”. (...) “If history means anything, the world in a few years will need more
commodities, both metals and energy including coal.”
672
Apud Clark, Wilson, Hornby, art. cit. Financial Times, 30/IX/2013: “Growth will be lower but it is still going to grow and we just do
not see peak coal”.
673
Cf. Coal Facts. World Coal Association (em rede).
674
Cf. James Syvitski, Charles Vörösmarty, Sina Marx and Anik Bhaduri, “Changing the History of the Earth. The Role of Water in the
Anthropocene”. Global Water System Project (GWSP), Bonn, maio de 2013: “We mine 8 to 9 Gt/y of coal and by 2030 this is expected to
reach 13 Gt/y (…) 1 GT is more than two Great Walls of China which is 6250 km long”.
675
Cf. BP Statistical Review of World Energy June 2013 (em rede)
http://www.bp.com/content/dam/bp/pdf/statistical-review/statistical_review_of_world_energy_2013.pdf.
676
BP Statistical Review of World Energy June 2013 : “Coal reached the highest share of global primary energy consumption (29.9%)
since 1970” (1970 é a data de início dos registros da BP Statistical Review).
677
Cf. Coal Statistics. World Coal Association: “Coal is used in the production of 70% of the world's steel”.
http://www.worldcoal.org/resources/coal-statistics/.
678
Key Workd Energy Statistics 2012
679
Cf. Keisuke Sadamori et al., Medium-Term Coal Market Report 2013. Market Trends and Projections to 2018. International Energy
Agency, 2013.
680
Cf. Milena Gonzalez, Matt Lucky, “Fossil Fuels Dominate Primary Energy Consumption”. WorldWatch Institute (WWI), 24/X/2013 :
“The International Energy Agency predicts that by 2017, coal will replace oil as the dominant primary energy source worldwide”.
681
Cf. “Is coal seeing a comeback?” Centre for Global Energy Studies, 11/X/2011: “Without doubt the rise in oil prices has induced a
market shift towards the use of cheaper fuels such as coal” .
682
Cf. World Coal Association: “It has been estimated that there are over 861 billion tonnes of proven coal reserves worldwide. This
means that there is enough coal to last us around 112 years at current rates of production” .
683
Cf. S. J. Keller, “The Next Climate War”. New Scientist, 13/X/2012, pp. 10-11.
684
Cf. US.EIA: http://www.eia.gov/totalenergy/data/annual/pdf/sec7_9.pdf.
685
Cf. Julien Bouissou, “En Inde, un nouveau Ministre de l’écologie pas ‘vert’ du tout”. Le Monde, 9/II/2014.
686
Cf. Krauss, art. cit. na nota anterior.
687
Cf. Pilita Clark, James Wilson, Lucy Hornby, “Energy: The toll on coal”. Financial Times, 30/IX/2013.
688
“En dépit de la pollution, Pékin continue d’investir des milliards dans le charbon”. La Tribune, 8/I/2014.
689
Cf. Centre for Global Energy Studies, 11/X/2011: “This trend will continue in the future since China’s electricity and industrial sectors
depend heavily on coal and displacement is not easily feasible. Furthermore, domestic coal reserves are not abundant: the Reserves to
Production ratio is 35 years in China compared with 240 years in the US and 500 in Russia. This means that by 2015 China can be
expected to import 2 to 3 times more coal than it does today” .
690
Cf. Arnaud de La Grange, “La Mongolie, futur émirat des steppes”. Le Figaro, 26/VI/2012.
691
Cf. Bridie Jabours, Oliver Milman, “Clive Palmer's Galilee Basin mine given green light by Greg Hunt”. The
Guardian, 20/XII/2013.
692
Cf. Oliver Milman, “Conservationists to fight on against China First mine despite legal change”. The Guardian, 23/XII/2013.
693
Cf. Graham Readfearn, “The whopping climate change footprint of two Australian coalmining projects”. The Guardian, 7/XI/2013;
Greenpeace, setembro de 2012: “Cooking the climate, wrecking the reef. The global impact of coal exports from Australia’s Galilee
Basin” .
694
Dados da Australian Coal Association, in http://www.australiancoal.com.au/exports.html.
695
Cf. Jenny Denton, “A hunger for coal threatens the Heart of Borneo”. Jakarta Post, 20/V/2014.
696
Cf. nota anterior e o Projeto Indomet em http://www.sourcewatch.org/index.php/IndoMet_Coal_Project.
697
Cf. B. Radowitz, “Germany Looks to Fossil Fuel Amid Nuclear Exit”. The Wall Street Journal¸ 10/VI/2011.
698
“China is currently constructing the equivalent of two, 500 megawatt, coal-fi red power plants per week. One 500 megawatt coal-fired
power plant produces approximatively 3 million tons/year of carbon dioxide”. The future of coal. Option for a carbono-constrained
world. An interdisciplinar MIT study, 2007 .
699
Cf. Fred Pearce, “A new course for global emissions? New Scientist, 9/IX/2013, p. 7: “China has been vilified for building two new
coal-fired power stations every week. That’s now down to one”.
700
Cf. “China approves massive new coal capacity despite pollution fears”. Reuters, 7/I/2014.
701
Cf. Ailun Yang, Yiyun Cui, “Global Coal Risk Assessment. Data Analysis and Market Research”. World Resources Institute, novembro
de 2012: “According to WRI’s estimates, 1,199 new coal-fired plants, with a total installed capacity of 1,401,278 megawatts (MW), are
being proposed globally. These projects are spread across 59 countries. China and India together account for 76 percent of the proposed
new coal power capacities” .
702
Cf. Greenpeace, “China’s coal rush faces conundrum”: “Greenpeace East Asia’s coal power plants database estimates that 570 new
coal power plants, with a total installed capacity of 650GW, are proposed, commissioned or under construction in China” .
703
Cf. Marion Guénard, “L'Egypte préfère le charbon aux énergies renouvelables”. Le Monde, 26/IV/2014.
704
“Carvão Mineral já pode ser competitivo no próximo leilão”. Associação Brasileira do Carvão Mineral (ACBM), 24/VII/2013 .
705
“Brasil deve comprar mais carvão da Colômbia em 2013”. Terra, 5/IV/2013.
706
Cf. Luís Paulo de Oliveira Araújo, “Carvão Mineral”. Departamento Nacional de Produção Mineral / Rio Grande do Sul (DNPM/RS),
2012 .
707
Cf. Carlos Eugênio, “Termoelétricas vão operar até 2014”. Diário do Nordeste. 24/V/2013.
708
Cf. Mark P. Mills, The cloud begins with coal. Big Data, Big Networks, Big Infrastructure and Big Power. An Overview of the Electricity
Used by the Global Digital Ecosystem. Agosto de 2013 : “Based on a mid-range estimate, the world’s Information-Communications-
Technologies (ICT) ecosystem uses about 1,500 TWh of electricity annually, equal to all the electric generation of Japan and Germany
combined – as much electricity as used for global illumination in 1985. The ICT ecosystem now approaches 10% of world electricity
generation. (...) The growth in ICT energy demand will continue to be moderated by efficiency gains. But the historic rate of improvement
in the efficiency of underlying ICT Technologies started slowing around 2005, followed almost immediately by a new era of rapid growth
in global data traffic, and in particular the emergence of wireless broadband for smartphones and tablets. (...) Trends now promise faster,
not slower, growth in ICT energy use”.
709
“How Coal Works”. Union of Concerned Scientists: “While coal mining has long caused environmental damage, the most destructive
mining method by far is a relatively new type of surface mining called mountaintop removal (MTR). Currently practiced in southern
West Virginia and eastern Kentucky, this method requires stripping all trees from the mountaintop and then blasting away the top several
hundred feet with explosives. The resulting debris is dumped into an adjacent valley, burying the streams and destroying everything that
once grew there. The practice leaves behind a flattened area with soils so poor they can only support exotic grasses, a profound change
from a once diverse and heavily forested ecosystem” .
710
Cf. Flávia M. F. Nascimento et al., “Impactos ambientais nos recursos hídricos da exploração de carvão em Santa Catarina”.
http://www.cprm.gov.br/publique/media/evento_nascimento.pdf.
711
Cf. Carolina Resmini Melo, Morgana Nuernberg Sartor Faraco, “Carvão”. Universidade Federal de Santa Catarina, s.d.
http://pt.slideshare.net/materiaissustentabilidade/carvo-9837000.
712
Cf. Dina Cappiello, Seth Borenstein, “More water pollution can be blamed on coal”. The Columbus Dispatch, 19/I/2014: “I’ve made a
career of body counts of dead fish and wildlife made that way from coal”. As citações sucessivas provêm desse artigo.
713
Cf. Michael Brooks, “Frack to the future”. New Scientist, 10/VIII/2013, pp. 36-41.
714
Cf. Michelle L. Bell, Devra L. Davis, Tony Fletcher, “A retrospective assessment of mortality from the London smog episode of 1952:
the role of influenza and pollution”. Environmental Health Perspectives, 2004, Janeiro, 112, 1, pp. 6-8: . “If the excess deaths in the
months after the 1952 London smog are related to air pollution, the mortality count would be approximately 12,000 rather than the 3,000–
4,000 generally reported for the episode”.
715
“Pollution em Chine: pour la première fois, um citoyen poursuit le gouvernement”. Le Monde, 25/II/2014.
716
5.5. Chuvas ácidas
“Rearing cattle produces more greenhouse gases than driving cars”. United Nations News Centre.
http://www.un.org/apps/news/story.asp?newsID=20772&#.U3O-Q_ldWSr.
717
Cf. Kenneth S. Deffeyes, When oil peaked, New York, Hill and Wang, 2010, capítulo 6, posição 929.
718
“Onde ocorre chuvas ácidas no Brasil”. Pensamento verde, 25/VI/2013.
http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/onde-ocorre-chuva-acida-no-brasil/.
719
Cf. David W. Schindler, Peter J. Dillon, Hans Schreier, “A review of anthropogenic sources of nitrogen and their effects on Canadian
aquatic ecosystems”. Biogeochemistry, 79, 2006, pp. 25-44: “In parts of Ontario and Quebec (...), combined inputs of sulphuric and nitric
acids are (...) keeping some lakes at pH values too low to allow the recovery of biological communities”.
720
Cf. “Acid rain in Asia is likely to increase”. World Resources Institute. World Resources 1998-1999: “By 2020, Asian SO2 emissions
could reach 110 million metric tons if no action is taken beyond current levels of control. As a result, damage to natural ecosystems and
crops is likely to increase dramatically”.
http://www.wri.org/publication/content/8435.
721
Cf. Wayne Ma, “China Far From Meeting Environmental Targets”. China Real Time (Wall Street Journal), 26/XII/2013: “Nitrogen-
oxide emissions, which affect air quality, rose by 2.8% in 2012 from 2010 levels (...). China is targeting a reduction of 10% by 2015”.
722
Apud Christopher Joyce, “Rivers on Rolaids: How Acid Rain is Changing Waterways”. NPR, 13/IX/2013:
"The impacts are large, larger than we ever thought 50 years ago they might be."
723
5.6. O Brasil, a siderurgia e o carvão vegetal
Cf. Thiago Medaglia, “A ferro e fogo”. National Geographic, fevereiro de 2013, pp. 89-103.
724
Veja-se Public Eye: “More then 88,000 people participated in the voting for the worst company of the year. The winner of the Public
Eye People's Awards is Vale with 25.042 votes”. (...) “The corporation’s 60-year history is tarnished by repeated human rights abuses,
inhumane working conditions and the ruthless exploitation of nature. Vale is currently taking part in the construction of the Belo Monte
Dam in the Amazon. The dam is likely to result in the forced relocation of 40,000 people, who have neither a voice in the matter nor will
they likely receive compensation”. http://www.publiceye.ch/en/ranking/.
725
Cf. Medaglia, art. cit. p. 90.
726
6. Mudanças climáticas
Cf. “State of Global Temperatures in 2012”. MET Office: “The current 2012 global average temperature is 14.45 °C. This is 0.45 ± 0.10
°C above the 1961-1990 average. Taking into account the range of uncertainty in observing global surface temperature, scientists from the
Met Office suggest that 2012 is very likely to be between the 4 th and 14th warmest year in a record dating back to 1850. Due to a La Niña
through the first part of the year, 2012 is shaping up to be cooler than the average for the past decade”.
740
Cf. Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) Climate Change 2007. Synthesis Report. Summary for Policymakers.
http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/syr/ar4_syr_spm.pdf..
741
Cf. S. Rahmstorf et al., “Projected sea-level rise may be underestimated” Potsdam Institute of Climate Impact Research: “The results
confirm that global warming, which was predicted by scientists in the 1960s and 1970s as a consequence of increasing greenhouse
concentrations, continues unabated at a rate of 0.16 °C per decade and follows IPCC projections closely”. http://www.pik-
potsdam.de/news/press-releases/projektionen-zum-meeresspiegelanstieg-koennten-unterschaetzt-worden-sein.
742
Cf. G. Foster, S. Rahmstorf, “Global temperature evolution 1979-2010”. 2011 Environ. Res. Lett. 6 044022 doi:10.1088/1748-
9326/6/4/044022.
743
Cf. National Climatic Data Center, NOAA. Global Analysis, November 2013: “The combined global land and ocean average surface
temperature for the year-to-date (January–November) was 0.62°C above the 20 th century average of 14.0°C, tying with 2002 as the fourth
warmest such period on record” .
744
Cf. J. Hansen, M. Sato, R. Ruedy, “Perception of climate change”. PNAS, 29/III/2012: “The distribution of seasonal mean
temperature anomalies has shifted toward higher temperatures and the range of anomalies has increased. An important change is the
emergence of a category of summertime extremely hot outliers, more than three standard deviations (3 σ) warmer than the
climatology of the 1951–1980 base period. This hot extreme, which covered much less than 1% of Earth’s surface during the base
period, now typically covers about 10% of the land area. It follows that we can state, with a high degree of confidence, that extreme
anomalies such as those in Texas and Oklahoma in 2011 and Moscow in 2010 were a consequence of global warming because their
likelihood in the absence of global warming was exceedingly small”.
745
“June 2012 was the 328th consecutive month with a global temperature above the 20 th century average”. Vide Oxfam, “Extreme
weather, extreme prices. The costs of feeding a warming world”, Oxfam, setembro de 2012.
http://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/20120905-ib-extreme-weather-extreme-prices-en.pdf.
746
Cf. Seth Borenstein, “April Ties for Hottest Ever on record for the Globe”. The Huffington Post, 20/V/2014.
747
Cf. National Climatic Data Center, NOAA. Global Analysis, Annual 2012: “All 12 years to date in the 21 st century (2001–2012) rank
among the 14 warmest in the 133-year period of record. Only one year during the 20 th century—1998—was warmer than 2012” .
748
Cf. Katy Vincent, “State of the Climate in 2012: Highlights”. NOAA. Climate.gov., 2/VIII/2013: “Worldwide, 2012 was among
the 10 warmest years on record” ; Andrew Freedman, Climate Central: “the world has continued to see above-average
temperatures overall, with 2013 expected to wind up among the top 10 warmest on record”.
749
Cf. G. Foster, S. Rahmstorf, “Global temperature evolution 1979-2010”. 2011 Environ. Res. Lett. 6 044022 doi:10.1088/1748-
9326/6/4/044022.
750
Cf. D. H. Bromwich et al., “Central West Antarctica among the most rapidly warming regions on Earth”. NatureGeoScience, 2012,
23/XII/2012; “West Antarctica Warming Three Times Faster Than Global Average, Threatening To Destabilize This
Unstable Ice Sheet”. Climate Progress, 27/XII/2012..
751
Cf. State of the Climate Global Analysis. July 2012. NOAA: “The Northern Hemisphere land surface temperature for
July 2012 was the all-time warmest July on record, at 1.19°C (2.14°F) above average”.
http://www.ncdc.noaa.gov/sotc/global/2012/7.
752
Cf. Jeremy Hance, “2013 was the seventh hottest year yet”. Mongabay.com, 27/I/2014.
753
Cf. Michel Sezak, “Australian inferno previews fire-prone future”. New Scientist, 17/I/2013: “The heatwave smashed records and
Australia's Bureau of Meteorology has called it "consistent" with climate change. The average temperature across the country
reached 40.33 "We are absolutely annihilating records." says Pitman. “So fires are more likely, and likely to be bigger”.
754
Cf. http://nsidc.org/arcticseaicenews: “Arctic sea ice extent for October 2012 was the second lowest in the satellite record, above 2007.
Through 2012, the linear rate of decline for October Arctic ice extent over the satellite record is -7.1% per decade”.
755
Cf. M. La Page, “Global Warm/ning”. New Scientist, 17/XI/2012, p. 35: “The latest models, which include more processes, still
suggest it will be several decades before the first largely ice-free summer occurs. But if current trends are a reliable guide, such summers
will happen within a decade”. Sobre a declaração de Peter Wadhams, veja-se J. Beilin Nicolas Imbert, “Il faut de toute urgence sauver
l'Arctique!” Le Monde, 27/XII/2012.
756
Cf. Carlos Duarte, “Final frontiers: the Artic”. The Conversation, 4/IV/2013: “the Arctic could be free of ice in summer by 2015”.
“2015 is a very serious prediction and I think I am pretty much persuaded that that’s when it will be happen”.
757
Cf. Richard Milne, “Arctic shipping set for record as sea ice melt”. Financial Times, 21/VII/2013. O editorial do jornal Le Monde de
23 de novembro de 2012 conclui: “Colocar o Ártico sob um regime similar ao do continente branco, onde a exploração de recursos
minerais é proscrita pelo Tratado da Antártica, seria sem dúvida a medida mais sábia. Infelizmente é também a mais irrealista”.
758
Cf. “Climate Hot Map. Global Warming Effects Around the World. Chicago, IL”. Union of Concerned Scientists .
759
Cf. D. Zabarenko, “Warmest U.S. spring on record: NOAA”. Agência Reuters, 7/VI/2012: "This warmth is an example of what we
would expect to see more often in a warming world”.
760
Citado por D. Zabarenko, “West's wildfires a preview of changed climate: scientists”. Agência Reuters, 28/VI/2012 “What we’re
seeing is a window into what global warming really looks like. It looks like heat, it looks like fires, it looks like this kind of environmental
disaster … This provides vivid images of what we can expect to see more of in the future.”
761
Cf. “July 2012 Marked Hottest Month On Record for Contiguous U.S.; Drought Expands to Cover Nearly 63 Percent of the Lower
48”. In, ScienceDaily 8/VIII/2012: “According to NOAA scientists, the average temperature for the contiguous U.S. during July was
77.6°F, 3.3°F above the 20th century average, marking the hottest July and the hottest month on record for the nation. The previous
warmest July for the nation was July 1936 when the average U.S. temperature was 77.4°F. The warm July temperatures contributed to a
record-warm first seven months of the year and the warmest 12-month period the nation has experienced since recordkeeping began in
1895”. Veja-se também: “Past 12 months warmest ever recorded in United States”. CNN Wire Staff, 10/VII/2012.
http://edition.cnn.com/2012/07/09/us/extreme-heat/index.html
762
Cf. G. A. Meehl et al., “Relative increase of record high maximum temperatures compared to record low minimum temperatures in the
U.S.”. Geophysical Research Letters, 36, L23701, 2009. doi:10.1029/2009GL040736: “The current observed value of the ratio of daily
record high maximum temperatures to record low minimum temperatures averaged across the U.S. is about two to one”.
763
Citado em Mudanças climáticas. 26/IV/2014. http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/147
764
Cf. “China endures the worst heat wave in 140 years”. USA Today, 1/VIII/2013 ; Nick Wiltgen, “Shanghai still broiling as deadly,
relentless heat wave grips China”. The Weather Channel, 14/VIII/2013 .
765
Cf. Saleem Shaikh, Sughra Tunio, “Pakistan wilts under under record heat wave”. Thomson Reuters Foundation, 4/VI/2013.
766
“Heatwave hits inland Australia” ABC News, 3/I/2014; Josh Bavas, “About 100,000 bats dead after heatwave in Southern
Queensland”. ABC News, 8/I/2014 .
767
Cf. Colin Foliot, “L’Australie touchée par une canicule record due au dérèglement climatique”. Le Monde, 17/I/2014
768
Cf. Chris Dolce, “NOAA: July 2012 was the hottest month on record”. NOAA News, 8/VIII/2012 .
769
Cf. Jason Samenow, “Confirmed: Greenland reached hottest temperature in modern record this summer” . The Washington Post,
10/IX/2013.
770
Cf. Michel La Page, “Global Warm/ning”. New Scientist, 17/XI/2012, p. 39: “A study in 2008 concluded that the total death toll was
around 70,000”.
771
“Heatwave kills seven in Argentina”. BBC News, 31/XII/2013.
772
Cf. J. Hansen et al., 2007. Climate Change and Trace Gases. Philiosophical Transactions of the Royal Society – A. Vol 365, pp. 1925-
1954. http://pubs.giss.nasa.gov/docs/2007/2007_Hansen_etal_2.pdf: “Civilization developed during a period of unusual climate stability,
the Holocene, now almost 12,000 years in duration. That period is about to end”.
773
Cf. Michael E. Mann, The Hockey Stick and the Climate Wars. Columbia University Press, 2012; Michael Marshall, “The man behind
the hockey stick graph”. New Scientist, 6/III/2012.
774
Citado por Stéphane Foucart e Pierre Le Hir, “Un réchauffement sans précédent depuis 11 mille ans”. Le Monde, 9/III/2013. Veja-se
também Michael Marshall, “The true face of climate’s hockey stick revealed”. New Scientist, 16/III/2013.
775
Cf. Ken Caldeira, “The Great Climate Experience. How far can we push the climate”. Scientific American, setembro de 2012: “In
geologic history, transitions from low- to high-CO2 atmospheres typically happened at rates of less than 0.00001 degree a year. We are re-
creating the world of the dinosaurs 5,000 times faster”.
776
“Perhaps more significant is the rapid rate of increase in atmospheric CO 2 concentration, a rate that is unprecedented over the last 55
million years of the Earth’s history”. Review of the Federal Ocean Acidification Research and Monitoring Plan , 2013 .
777
Ibid: “The rate is far greater than occured in even the most rapid events known from Earth history, and each of these past events were
accompanied by importante changes in ocean chemistry and mass extinctions of ocean or terrestrial life or both”.
778
Citado por C. Wellner, “Global Warming ‘Irreversible’, Warns Scientific Body”. Care2, 28/VIII/2012 .
779
788
6.3. Projeções para 2050 e para 2100
Cf. Camilo Mora et al., “The projected timing of climate departure from recente variability”. Nature, 502, 10/X/2013, pp. 183-187: “The
coldest year in the future will be warmer than the hottest year in the past. (...) Unprecedented climates will occur earliest in the tropics.
(...) “I am certain there will be massive biological and social consequences. The specifics, I cannot tell you”. As declarações de Mora
foram recolhidas por Justin Gillis e publicadas pelo The New York Times, 9/X/2013.
789
Cf. Sokolov, A.P. (et al.), “Probabilistic Forecast for 21st Century Climate Based on Uncertainties in Emissions (without Policy)
and Climate Parameters”. The MIT Joint Program on the Science and Policy of Global Change, Janeiro, 2009. Report 169.
Resumindo os resultados dessa pesquisa, Brad Plumer, do Washington Post (11/04/2011), escreve: “if emissions keep growing at
their current pace, then the average prediction from MIT’s modeling is that the world could heat up 5.2°C by 2100. But that’s just
the average. There’s a 9 percent chance that global surface temperatures could rise more than 7°C.”
790
Cf. Perspectives de l'environnement de l'OCDE à l'horizon 2050 : Les conséquences de l'inaction.
http://www.oecd.org/dataoecd/54/8/49884240.pdf.
791
Cf. Dim Coumou, Alexander Robinson, “Historic and future increase in the global land area affected by monthly heat extremes”.
Environmental Research Letters, 8, 034018, 14/VIII/2013: “Over the same period, more-extreme events will emerge: 5-sigma events,
which are now essentially absent, will cover a small but significant fraction (~3%) of the global land surface by 2040”. (...) Under the low
emission scenario (RCP2.6), the number of extremes stabilizes at 2040-levels. This implies that in the tropics, including South America,
western Africa and the Maritime continent, 3-sigma heat effectively becomes the new norm (about 50% of summer months) and 5-sigma
heat will be common (about 20% of summer months). In the extra-tropics, 3-sigma extremes will also increase, occurring for example in
western Europe in roughly 20% of summer months, but 5-sigma events will still be essentially absent”.
792
Cf. Marcos Pivetta, “Extremos do Clima”. Pesquisa Fapesp, agosto de 2013, pp. 16-21.
793
6.4. Descarbonização. Probabilidades de aumentos no topo das projeções
IPCC Fourth Assessment Report: Climate Change 2007. Working Group III: Mitiagation of Climate Change. 3.4.1 – Carbon-free energy
and decarbonization http://www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/wg3/en/ch3s3-4-1.html.
794
Turn Down the Heat: Why a 4°C Warmer World Must be Avoided. A Report for the World Bank by the Potsdam Institute for Climate
Impact Research and Climate Analytics. Novembro de 2012 (em rede).
795
“This year we estimated that the required improvement in global carbon intensity to meet a 2°C warming target has risen to 5.1% a
year, from now to 2050. We have passed a critical threshold – not once since World War 2 has the world achieved that rate of
decarbonisation, but the task now confronting us is to achieve it for 39 consecutive years”.
Cf. L. Johson, Too late for two degrees? Low carbon economy Index 2012. PricewaterhouseCoopers LLP .
796
“The 2011 rate of improvement in carbon intensity was 0.7%, giving an average rate of decarbonisation of 0.8% a year since 2000. If
the world continues to decarbonise at the rate since the turn of the millenium, there will be an emissions gap of approximately 12 GtCO2
by 2020, 30GtCO2 by 2030 and nearly 70GtCO2 by 2050, as compared to our 2-degree scenario. Even doubling our current rate of
decarbonisation, would still lead to emissions consistent with 6 degrees of warming by the end of the century”.
797
Apud B. McKibben, cit.: "The new data provide further evidence that the door to a two-degree trajectory is about to close.
(...) "When I look at this data, the trend is perfectly in line with a temperature increase of about six degrees." .
798
Cf. IPCC, Climate Change 2013. The Physical Science Basis, p. v (em rede).
799
Cf. UNFCCC. http://unfccc.int/resource/docs/2009/cop15/eng/l07.pdf.
800
As três declarações são citadas por Bill McKibben, “Global Warming's Terrifying New Math”. Rolling Stones, 19/VII/2012: "Any
number much above one degree involves a gamble" (Kerry Emanuel); "If we're seeing what we're seeing today at 0.8 degrees
Celsius, two degrees is simply too much." (Thomas Lovejoy); "The target that has been talked about in international
negotiations for two degrees of warming is actually a prescription for long-term disaster." (James Hansen)
http://www.rollingstone.com/politics/news/global-warmings-terrifying-new-math-20120719.
801
Cf. B. McKibben, “Global Warming's Terrifying New Math”. Rolling Stones, 19/VII/2012 “even if we stopped increasing CO 2 now,
the temperature would likely still rise another 0.8 degrees, as previously released carbon continues to overheat the atmosphere. That
means we're already three-quarters of the way to the two-degree target”.
802
6.6. O buraco na camada de ozônio no Ártico
Agradeço ao Prof. Roberto do Carmo pelas correções e observações críticas feitas a uma primeira redação deste capítulo, que levaram à
reformulação de alguns de seus aspectos. Os eventuais equívocos persistentes são de minha inteira responsabilidade.
878
Citado em Return of the Population Growth Factor. Its impact upon the Millennium Development Goals. Report of Hearings by the All
Party Parliamentary Group on Population, Develop. and Reproduct. Health. Janeiro de 2007
http://www.populationconnection.org/site/DocServer/Return_of_the_Population_Growth_Factor.pdf?docID=224.
879
Cf. Ehrlich (1974/1990, p. 58). Veja-se também Ehrlich, Holdren (1971, pp. 1212-1217).
880
Cf. World Population Prospects. The 2012 Revision. Key Findings and Advance Tables. ONU (em rede).
881
Cf. Gerhard K. Heilig (dir.), Population Estimates and Projections Section. Work Program, Outputs, Challenges, Uncertainties. United
Nations, Department of Economic and Social Affairs (DESA), Population Division (www.unpopulation.org).
882
Cf. Alexandra Geneste, “Onze milliards d’habitants sur la planète en 2100”. Le Monde, 27/VII/2013
883
Cf. Justin Gillis, Celia W. Dugger, “U.N. Forecasts 10.1 Billion People by 2100”. The New York Times, 3/V/2011.
884
Cf. Population Matters for Sustainable Development. (UNFPA), junho de 2012 : “contrary to common perceptions, demographic
change in the medium- and long-term is not destiny. Whether the world population will indeed grow to over 9 billion by midcentury and
level off at about 10 billion by the end of the century, or grow instead to over 10 billion by midcentury and to about 16 billion by the end
of the century depends on policies that countries pursue today”.
885
Cf. “Religious views on birth control”. Wikipedia; Sami Goldstein, “A mulher sob o enfoque judaico”. Semana Judaica: “podemos
afirmar veemente que o judaísmo é totalmente contra o aborto e o planejamento familiar” ; Yiossuf Adamgy, “Conceito do aborto no
Islão”: “A regra geral, por isso, é que o aborto não é permitido no Islão” http://www.estudos-biblicos.net/aborto-YA.html.
886
Cf. “Religious views on birth control”. Wikipedia; Sami Goldstein, “A mulher sob o enfoque judaico”. Semana Judaica: “podemos
afirmar veemente que o judaísmo é totalmente contra o aborto e o planejamento familiar” ; Yiossuf Adamgy, “Conceito do aborto no
Islão”: “A regra geral, por isso, é que o aborto não é permitido no Islão” http://www.estudos-biblicos.net/aborto-YA.html.
887
Cf. Stuart Basten, Wolfgang Lutz, Sergei Scherbov, “Very long range global population scenarios to 2300 and the implications of
sustained low fertility”. Demographic Research, 28, 39, Maio de 2013, pp. 1145-1166 : “Depending on whether the global level of
fertility is assumed to converge to the current European TFR (~1.5) or that of Southeast Asia or Central America (~2.5), global population
will either decline to 2.3-2.9 billion by 2200 or increase to 33-37 billion, if mortality continues to decline”.
888
Cf. Demographia World Urban Areas. (World Agglomerations). 9th Annual Edition, March, 2013 http://www.demographia.com/db-
worldua.pdf.
889
Dados citados por Bernhard Zand, ‘The Coal Monster”. Spiegel Online International, 6/III/2013.
890
Cf. Nick Mead, “The Rise of Megacities”. The Guardian, 4/X/2012 .
891
Cf. Cf. Carlos Gomes, “Global Auto Report”. Scotia Bank Economics, 30/XII/2013; “Boom here, bust there”. The Economist,
2/II/2013; Bernie Woodall, Laurence Frost, “Global auto sales forecast rosy, with reservations, for 2014”. Reuters, 12/I/2014:
“Worldwide, auto sales in 2014 are seen rising 3.4 percent, according to research firm IHS, while LMC Automotive sees an increase of 5
percent”; Mike Ramsey, Neal Boudette, “Global Car Sales Seen Rising to 85 Million in 2014”. The Wall Street Journal, 16/XII/2013:
“The global auto industry is expected to produce 85 million sales in 2014, up from an estimated 82 million this year”.
892
Cf. Deborah Gordon e Daniel Sperling, “Surviving Two Billion Cars”. Environmental360 .
893
Cf. International Transport Forum. Meeting the needs of 9 billion people. OCED, 2011 .
894
Cf. Daniel Sperling, Two Billion Cars, Transforming Transportation. Chicago, University of Illinois, 2010;
Daniel Tencer, “Number of Cars Worldwide Surpasses 1 Billion; Can the World handle this many wheels?” Huff Post, Canadá, Business,
23/VIII/2011.
895
Dados da Anfavea, Le Monde, 6/VII/2013.
896
Cf. Reinaldo Canto, “Parabéns São Paulo chegamos aos 7 milhões de carros”. Carta Capital, 11/III/2011.
897
Evolução da frota de automóveis no Brasil 2001-2012 (Relatório 2013). Observatório das Metrópoles. Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia, 2013 .
898
Cf. Nicolas Bourcier, “São Paulo, monstre urbain, cherche à en finir avec le tout-automobile”. Le Monde, 29/XI/2013.
899
USGS http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/cement/mcs-2013-cemen.pdf.
900
Environmental impact of cement. Geos http://geostechnologies.com/about-geos/environmental-impact-of-cement.
901
8. Colapso da biodiversidade
Na definição da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), “biodiversidade é a variabilidade entre as espécies vivas
de todas as fontes, incluindo as espécies terrestres, marinhas e de outros ecossistemas aquáticos, e entre os complexos ecológicos de que
elas são partes. Isto inclui diversidade no interior de cada espécie, entre espécies e entre ecossistemas”. A biodiversidade contempla
variação, portanto, desde o nível dos genes e dos genomas até o nível dos biomas.
902
Veja-se http://www.cbd.int/convention/parties/list/.
903
http://www.cbd.int/doc/legal/cbd-en.pdf
904
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/gbo3_72.pdf.
905
Cf. Leakey, Lewin, op. cit. (1996), pp. 27.
906
Cf. Leakey, Lewin, op. cit. (1996), pp. 56-57.
907
Cf. May (1988, pp. 1441-1449).
908
Cf. Leakey, Lewin (1996, pp. 38-39 e p. 125).
909
Cf. Collins, Crump (2009, p. 26).
910
“Estimates are up to 100 million of which only about 1.8 million have been named so far. (…) An unprecedented mass extinction of
life on Earth is occurring. Veja-se UNEP: http://www.unep.org/wed/2010/english/biodiversity.asp.
911
Cf. Mora et al. (2011). Esse estudo sugere a existência global de aproximadamente 8,7 milhões (com uma margem de erro de 1,3
milhão para cima ou para baixo) de espécies eucariótidas (organismos dotados de células com núcleo definido e protegido por envoltório
nuclear), das quais aproximadamente 2,2 milhões são marinhas. “Malgrado 250 anos de classificação taxonômica e mais de 1,2 milhão de
espécies já catalogadas”, afirmam os autores, “nossos resultados sugerem que algo como 86% das espécies terrestres existentes e 91% das
espécies oceânicas ainda aguardam descrição”. O trabalho suscitou reações diversas, algumas das quais contendo críticas à metodologia
empregada, que não daria conta de uma biodiversidade global na realidade muito maior. David Pollock, um estudioso de fungos, discorda
dessas projeções no que se refere ao seu domínio de pesquisa: “a abordagem [desse trabalho] parece incrivelmente infundada. Há 43.271
espécies catalogadas de fungos. Dr. Mora e seus colegas estimam que há 660.000 espécies de fungos na Terra. Mas outros estudos
sugerem a existência de até 5,1 milhões de espécies de fungos”. Apud Carl Zimmer, “How Many Species? A Study Says 8.7 Million, but
It’s Tricky”. The New York Times, 23/VIII/2011.
912
Cf. W. Appeltans, “At Least One-Third of Marine Species Remain Undescribed”. WoRMs, 15/11/2012.
http://www.marinespecies.org/news.php?p=show&id=3246.
913
Cf. Diana R. Nemergut et al., “Global patterns in the biogeography of bacterial taxa”. Environmental Microbiology, 1/VIII/2010: “We
know relatively little about the forces shaping their large-scale ecological ranges”.
914
Veja-se UNEP: http://www.unep.org/wed/2010/english/biodiversity.asp.
915
Cf. Catherine Vincent, “Constat d’échec pour la défense du monde sauvage”. Le Monde, 3/III/2013.
932
Cf. Debbie Banks et al., Environmental Crime. A threat to our future. EIA – Environmental Investigation Agency, Londres,
Emmerson Press, 2008: “The vast profits from this illegal trade accrued in bank accounts in Singapore and Hong Kong” .
933
Cf. Charles Ferguson, “Bare-faced bankers should be treated as criminals: prosecuted and imprisoned”. The Guardian, 20/VII/2012
.
934
Cf. Neil Barofsky, The New Republic, 12/XII/2012.
935
Cf. Lenzen et al.(2012, pp. 109-112).
936
8.3. Anfíbios
Cf. P.J. Bishop et al., “The Amphibian Extinction Crisis - What will it take to put the action into the Amphibian Conservation Action
Plan?”. Sapiens, 5, 2, 2012 IUCN Commissions: “Although amphibians have survived multiple previous global mass extinctions, in the
last 20-40 years precipitous population declines have taken place on a scale not previously seen” .
937
J.L. Vial, L. Saylor, The Status of Amphibian Populations: a Compilation and Analysis. IUCN/SSC Declining Amphibian Taskforce,
1993.
938
8.4. Primatas
“The great apes are our kin. Like us, they are self-aware and have cultures, tools, politics, and medicines; they can learn to use sign
language, and have conversations with people and with each other. Sadly, however, we have not treated them with the respect they
deserve”.
939
Cf. R. Black, “Apes extinct in a generation”, 01/09/2005, BBC News. http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4202734.stm
940
UICN, Red List: http://www.iucnredlist.org/details/914/0.
941
Cf. R. Black, “Lemurs sliding towards extinction”, BBC 13/VII/2012 http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-18825901.
942
Cf. Adriano G. Chiarello, Ludmilla M. de S. Aguiar, Rui Cerqueira, Fabiano R. de Melo, Flávio H. G. Rodrigues, Vera Maria F. da
Silva, “Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil”. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, MMA, Brasília, 2008,
p. 685 .
943
UICN, Red List: http://www.iucnredlist.org/details/918/0.
944
William J. Ripple et al., “Status and Ecological Effects of the World’s Largest Carnivores”. Science, 10/I/2014.
A declaração de Ripple foi recolhida por Jeremy Hance, “Over 75 percent of large predators declining”. Mongabay.com, 9/I/2014.
945
Cf. Adriano G. Chiarello, Ludmilla M. de S. Aguiar, Rui Cerqueira, Fabiano R. de Melo, Flávio H. G. Rodrigues, Vera Maria F. da
Silva, “Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil”. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, MMA, Brasília, 2008,
p. 681 .
946
“Sahara mammals decline”. New Scientist, 14/XII/2013.
947
Cf. Mark Kinver, “Illegal tiger trade killing 100 big cats each year”. BBC, 9/XI/2010.
http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-11718648.
948
Cf. Rayane A. Jaoude, “Illegal animal trafficking running rampant in Lebanon”. The Daily Star, 31/VII/2013.
949
Cf. Jeremy Hance, “Lions face extinction in West Africa: less than 250 survive”. Mongabay, 8/I/2014.
950
Cf. Tony Carnie, “Huge decline in big cat numbers”. Iolscitech, 30/IV/2014
http://www.iol.co.za/scitech/science/environment/huge-decline-in-big-cat-numbers-1.1681774#.U2-Ae_ldWSo.
951
Cf. J. Eilperin, “Study: African lion population shrinks to 32,000”. The Washington Post, 5/XII/2012.
952
Cf. John Platt, “Boas notícias para duas espécies raras de leopardo”. Scientific American Brasil, 27/VII/2011. Infelizmente a boa
notícia anunciada nesse artigo não se confirmou.
953
Cf. Carlos Fioravanti, “De olho no gato”. Pesquisa FAPESP, janeiro de 2014, pp. 60-63.
954
Cf. Catherine Vincent, “Constat d’échec pour la défense du monde sauvage”. Le Monde, 3/III/2013.
955
Cf. Maisels, Strindberg, Blake, Wittemyer, Hart et al. (2013).
956
Cf. Laurence Caramel, “Quel avenir pour les ‘big five’ de la savanne?”. Le Monde, 13/II/2014.
957
“Les éléphants pourraient disparaître de Tanzanie dans sept ans”. Le Monde, 9/V/2014.
958
Cf. Michael Graham Richard, “Poachers kill 300 elephants with cyanide in worst massacre in southern Africa for 25 years”.
TreeHugger, 21/X/2013.
959
Cf. “Ivory-for-arms deal”. The Zimbabwean, 23/IV/2008 .
960
Citado em Mongabay (http://news.mongabay.com/2013/0304-forest-elephant-decline.html) “62% of all Africa’s forest elephants killed
in 10 years”: “The analysis confirms what conservationists have feared: the rapid trend towards extinction – potentially within the next
decade – of the forest elephant”.
961
Cf. Bryan Christy, “Blood Ivory”. The National Geographic, outubro, 2012, o documentário The Battle for Elephants, produzido pela
The National Geographic Television e lançado pela BPS em 27 de fevereiro de 2013, e o verbete “Ivory Trade” do Wikipedia.
962
“Between 2007-2012, the number of rhinos poached in South Africa has risen by 5000% anda t presente several rhinos are killed every
day for their horns. Rhino poaching statistics released today [11th january 2013] by the South African government reveal that a record 668
rhinos were killed across the country in 2012, an increase of nearly 50 per cent from the 448 rhinos lost to poachers in 2011”. WWF
Newsletter 11/I/2013.
https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=wm#inbox/13c29d40dec85372.
963
Dados da African Wildlife Foundation (AWF). Veja-se http://awf.org/section/save_rhino.
964
https://mail.google.com/mail/u/0/?shva=1#inbox/141e4fd710ff81d9.
965
Cf. UICN. Grévy’s Zebra Trust. “Towards the end of the 1970s, the global population of Grevy's zebra was estimated to be
approximately 15,000 animals; in 2008 an updated survey estimated approximately 2,500 animals representing more than an 80% decline
in global numbers over the past three decades."
http://www.grevyszebratrust.org/status.html.
966
Cf. GCF, Giraffe Conservation Foundation. http://www.giraffeconservation.org/giraffe_facts.php?pgid=40.
967
Cf. Jim Robbins, “Moose Die-Off Alarms Scientists”. The New York Times, 13/X/2013.
968
Cf. R.A. Vollenweider, “Scientific fundamentals of the eutrophication of lakes and flowing waters, with particular reference to nitrogen
and phosphorus as factors in eutrophication”. OECD Technical Report. Veja-se também, Idem, “Eutrophication of Waters” (2003):
http://www.chebucto.ns.ca/ccn/info/Science/SWCS/TPMODELS/OECD/oecd.html.
1019
“Excessive use of phosphorus is not only depleting finite supplies, but triggering water pollution locally and beyond while excessive
use of nitrogen and the production of nitrogen compounds is triggering threats not only to freshwaters but the air and soils with
consequences for climate change and biodiversity”. Prefácio a M. A. Sutton, et al., Our Nutrient World: The challenge to produce more
food and energy with less pollution. Centre for Ecology and Hydrology, Edinburgh, 2013 .
1020
Cf. Horrigan, Lawrence, Walker (2002, pp. 445–456).
1021
Cf. Alexander Good, “Fertilizer Companies”. Wiki Analysis .
1022
Cf. Tilman (1998, pp. 211–212).
1023
Cf. M. A. Sutton, et al., Our Nutrient World: The challenge to produce more food and energy with less pollution. Centre for Ecology
and Hydrology, Edinburgh, 2013 .
1024
National Rivers and Streams Assessment 2008-2009. A Collaborative Survey. EPA, 28/II/2013.
1025
Cf. R. Black, “Only 50 years left' for sea fish”, http://news.bbc.co.uk/2/hi/6108414.stm#backup.
1026
Cf. D. Perlman, “Scientists alarmed by ocean dead-zone growth”. SFGate, 15/VIII/2008.
http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2008/08/15/MNLD12ADSN.DTL
1027
Cf. R.J. Diaz, R. Rosenberg, “Spreading Dead Zones and Consequences for Marine Ecosystems”. Science, 321, n.
5891, 15/VIII/2008, pp. 926-929. DOI: 10.1126/science.1156401: http://www.sciencemag.org/content/321/5891/926.
1028
Cf. “New Web-Based Map Tracks Marine "Dead Zones" Worldwide”. World Resources Institute, 20/I/2011.
http://www.wri.org/press/2011/01/new-web-based-map-tracks-marine-dead-zones-worldwide:
1029
Cf. E. Gutiérrez, “Aparecen zonas anóxicas en la costa de Chile”. La Jornada. Ciências, 7/XI/2012.
1030
9.5. Águas-vivas
Cf. Tracy McVeigh, “Explosion in jellyfish numbers may lead to ecological disaster, warn scientists”. The Guardian, 12/VI/2011.
1052
Cf. Gershwin (2013).
1053
Cf. Tim, Flannery, “They’re Taking Over!”. The New York Review of Books, 26/IX/2013.
1054
Cf. Gershwin (2013).
1055
Cf. J. Pasotti, “E' allarme per i pesci-ghiacciolo minacciati dal clima che cambia”. La Repubblica, 14/02/2012.
1056
Cf. NASA Satellite Detects Red Glow to Map Global Ocean Plant Health: “In fact, phytoplankton account for half of all
photosynthetic activity on Earth. The health of these marine plants affects commercial fisheries, the amount of carbon dioxide the ocean
can absorb, and how the ocean responds to climate change” .
1057
Cf. D. G. Boyce, M.R. Lewis, B. Worm, “Global phytoplankton decline over the past century”. Nature, 466, 29/VII/2010, pp. 591-
596: "Phytoplankton are the base of the marine ecosystem. It's the fuel on which it runs .… Changes in phytoplankton abundance will
ultimately affect everything higher in the food chain from tiny little zooplankton all the way up to large whales, valuable fisheries and
humans at the top." http://www.cbc.ca/news/technology/story/2010/07/28/phytoplankton-vanishing.html.
1058
Cf. David Cohen, The decline of the empire .
1059
Cf. Mark Fischetti, “Sweeping Change in Phytoplankton Populations Could Remake Oceans”. Scientific American, 8/VIII/2013; “Has
climate change caused a drop-off in a food source crucial to ocean creatures”. Washington Post, 25/XI/2013; Jeff Spross, “Rapid Plankton
Decline Puts The Ocean’s Food Web in Peril”. ClimateProgress, 26/XI/2013.
1060
Como afirma Luis P. Villarreal, “Are viruses alive?”. Scientific American, 8/VIII/2008: “Regardless of whether or not we consider
viruses to be alive, it is time to acknowledge and study them in their natural context—within the web of life”.
1089
Cf. Jorge Luis Borges, “El idioma analítico de John Wilkins”. Otras inquisiciones (1952). Obras Completas, Barcelona, Emecê
Editores, 1989, vol. II, pp. 84-90.
1090
Cf. J. P. Collins, M. L. Crump, Extinction in our times: global amphibian decline. Oxford University Press, 2009, p. 26.
1091
Os números oscilam entre 5416 e 5488 espécies. Cf. J. E.M. Baillie et al., “A Global Species Assessment”, UICN, 2004. Table 2.1
Numbers of threatened species by major taxonomic group http://data.iucn.org/dbtw-wpd/html/Red%20List
%202004/completed/table2.1.html. Outra avaliação da mesma UICN é de 5488 espécies. Veja-se:
http://www.iucnredlist.org/initiatives/mammals.
1092
Cf. Leakey, Lewin, op. cit. (1996), pp. 27.
1093
Vide supra 5.5. Chuvas ácidas e 6.8. O dragão do metano.
1094
Cf. Ch. Delgado, M. Rosengrant, H. Steinfeld, S. Ehui, C. Coubois, Livestock to 2020. The Next Food Revolution, 1999, em rede.
1095
Cf. Mia McDonald, “Food Security and Equity in a Climate-Constrained World”. State of the World 2012. State of the World 2012.
Moving Toward Sustainable Prosperity: “Since the 1970s, global meat production has tripled, increasing 20 percent since 2000 alone.
More than 60 billion land animals are used worldwide for meat, egg, or dairy production” .
1096
Cf. Coco Liu, “As China’s apetite for meat soars, so do its emissions”. ClimateWire, 20/V/2014.
http://www.eenews.net/stories/1059999844.
1097
“Rearing cattle produces more greenhouse gases than driving cars”. United Nations News Centre.
http://www.un.org/apps/news/story.asp?newsID=20772&#.U3O-Q_ldWSr.
1098
Cf. Gleise de Castro, “Oferta de alimento pode triplicar em 10 anos”. Valor econômico, 5/VIII/2013.
1099
ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/010/a0701e/a0701e.pdf.
1100
“Rearing cattle produces more greenhouse gases than driving cars”. United Nations News Centre: “Livestock (...) is a major
driver of deforestation, especially in Latin America where, for example, some 70 per cent of former forests in the Amazon
have been turned over to grazing”.
1101
Cf. David Pimentel, “Eight Meaty Facts about Animal Food”. Cornell Chronicle, 7/VIII/1997: “The 7 billion livestock animals in the
United States consume five times as much grain as is consumed directly by the entire American population. (...) If all the grain currently
fed to livestock in the United States were consumed directly by people, the number of people who could be fed would be nearly 800
million” ; David Pimentel, Marcia H. Pimentel, Food Energy and Society (2008), 3ª ed. Boca Raton, CRC Press, 2012, em particular o
capítulo 8. Livestock Production and Energy Use.
1102
Cf. Pimentel, art. cit. (1997): “Pasture lands are eroding (...) at an average of 6 tons per hectare per year. But erosion may exceed 100
ton on severely overgrazed pastures, and 54 percent of U.S. pasture landi s being overgrazed”.
1103
Cornell Chronicle, 1997: “U.S. agriculture accounts for 87 percent of all the fresh water consumed each year. Livestock directly use
only 1.3 percent of that water. But when the water required for forage and grain production is included, livestock’s water usage rises
dramatically. Every kilogram of beef produced takes 100,000 liters of water” .
1104
“Eating for the Health of you and the Earth”. Physicians Committee for Responsible Medicine:“The Standard American Diet requires
4,200 gallons (...) of water per day. A person following a vegan diet requires 300 gallons a day” . Vida World Watch Institute. “Meat, Now
it’s not personal!” World Watch Magazine. Washington, 2004, pp. 12-20.
1105
United States Environmental Protection Agency (EPA), “Risk Assessment. Evaluation for Concentrated Animal Feeding Operations”.
Maio de 2004.
1106
Apud McDonald, art. cit. (2012).
1107
Cf. Pimentel, art. cit. (1997): “On average, animal protein production in the U.S. requires 28 kilocalories (kcal) for every kcal of
protein produced for human consumption. Beef and lamb are the most costly, in terms of fóssil fuel energy input to protein output at 54:1
and 50:1, respectively. (...) Grain production, on average, requires 3.3 kcal of fossil fuel for every kcal of protein produced”.
1108
Cf. McDonald, art. cit. (2012): “Producing one calorie of energy from meat requires between two and five times as much grain as
producing one calorie of grain eaten directly by humans (up to 10 times in industrially produced beef)”.
1109
Cf. M. Serres, Le contrat naturel. Paris, Éditions François Bourin, 1990; Flammarion, 1992, p. 17: “L’atmosphère de la Terre risque-t-elle
alors de tendre vers celle, invivable, de Vénus?”.
1110
“continuing emissions of greenhouse gases can awaken synergistic feedbacks capable of generating a runaway greenhouse effect”. Cf.
“Many scientists believe runaway greenhouse effect possible”. Greenpeace. Climata Impact Database.
http://archive.greenpeace.org/climate/database/records/zgpz0638.html.
1111
Cf. H. Reeves, F. Lenoir, Mal de Terre, Paris: Éditions du Seuil, 2003, p. 19; R. Madron, J. Jopling, Gaian Democracies. Redefining
Globalisation and People-Power, Londres, Green Books, 2003, p. 38: “Estouros do mercado de ações, enxames de gafanhotos e bolas de
neve rolando montanha abaixo são exemplos de retroalimentação positiva (positive feedback) em ação”.
1112
Didáticas explanações do que se entende por runaway greenhouse effect encontram-se no sítio de Department of Physics and
Astronomy da University of Tennessee: http://csep10.phys.utk.edu/astr161/lect/venus/greenhouse.html e num pequeno filme com James
Hansen no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=ACHLayfA6_4.
1113
Cf. Lee Billings, “Goodbye Goldilocks?”. The New Scientist, 8/VI/2013, pp. 40-43: “Venus seems to have started out habitable, with a
relatively Earth-like ocean and atmosphere. Its proximity to the sun rapidly turned those blessings into a curse. Water began to boil off
from the oceans into the atmosphere, where its heat-retaining qualities caused temperatures to rise still further. The result was a runaway
greenhouse effect that sterilised the planet as all the CO 2 was baked out of its crust and into its atmosphere. Under its stifling sky of
almost purê CO2 today, Venus’s surface temperature is some 460º C – above the melting points of tin, lead and zinc”.
1114
Cf. H. Reeves, F. Lenoir, Mal de Terre. Paris: Éditions du Seuil, 2003, pp. 20-26.
1115
Cf. M. Rees, Our Final Century. Londres: Heinemann, 2003, p. 110: “The interaction of atmosphere and oceans is so complex and
uncertain that we can’t discount the risk of something much more drastic than the ‘best guess’ rate of global warming. The rise by 2100
even exceed five dregrees. Even worse, the temperature change may not be just in direct (or ‘linear’) proportion to the rise in the carbon
dioxide concentration”.
1116
Cf. J. Hansen, Storms of My Grandchildren. The truth about coming climate catastrophe and our last chance to save humanity
(2009). Londres, Bloomsbury, 2011, p. 236: “After the ice is gone, would Earth proceed to the Venus syndrome, a runaway greenhouse
effect that would destroy all life on the planet, perhaps permanently? While that is difficult to say based on present information, I’ve come
to conclude that if we burn all reserves of oil, gas and coal, there is a substantial chance we will initiate the runaway greenhouse. If we
also burn the tar sands and tar shale, I believe the Venus syndrome is a dead certainty”.
1117
Cf. Ken Caldeira, “The Great Climate Experience. How far can we push the climate”. Scientific American, setembro de 2012:
“Molecule for molecule in the atmosphere, methane is about 37 times better at trapping heat than CO 2. Were this methane released
suddenly, as may have occurred in a warming event 55 million years ago known as the Paleocene-Eocene Thermal Maximum, we could
experience truly catastrophic warming. This risk is remote, however, according to most scientists. Some have also suggested that feedback
effects such as melting permafrost could cause a runaway greenhouse scenario where the oceans become so hot they evaporate. Because
water vapor is itself a greenhouse gas, such a stronger water cycle could cause Earth to get so hot that atmospheric water vapor would
persist and never rain out. In this case, atmospheric CO2 from volcanoes and other sources would continue to accumulate. Cosmic rays
would break apart the water vapor at high altitudes; the resulting hydrogen would eventually escape to space. Earth’s climate would then
settle into a state reminiscent of its planetary neighbor Venus”.
1118
“It looks like if we fuly ‘develop’ all of the world’s coal, tar sands, shales and other fóssil fuels we run a high risk of ending up in a
few generations with a largerly unlivable world”. Cf. M. La Page, “Global Warm/ning”. New Scientist, 17/XI/2012, p. 39.
1119
[os trabalhos mais recentes] “montrent que sans une réduction immédiate des émissions globales de méthane, le climat se réchauffera
vers un point de bascule dangereux dans les dix-huit à trente-cinq années qui viennent". Citado por Hervé Kempf, “L'exploitation du gaz
de schiste serait aussi nocive pour le climat que le charbon”. Le Monde, 31/V/2012.
1120
“After forty years living with the concept of Gaia I thought I knew her, but I realize now that I underestimated the severity of her
discipline. I knew that our self-regulating Earth had evolved from those species that left a better environment for their progeny and by the
elimination of those who fouled their habitat, but I never realized just how destructive we were, or that we had so grievously damaged the
Earth that Gaia now threatens us with ultimate punishment of extinction”.
1121
“[There] is no possibility of [Venus's] runaway greenhouse conditions occurring on the Earth". Reports on progress in physics, 68, 6,
2005. Citado no verbete “Runaway Greenhouse Effect” do Wikipedia.
1122
“How Likely Is a Runaway Greenhouse Effect on Earth?” MIT Technology Review, 13/I/2012: “Is there any missed physics or weak
assumptions that have been made, which if corrected could mean that the runaway is a greater risk? We cannot answer this with the
confidence which would make us feel comfortable.”
http://www.technologyreview.com/view/426608/how-likely-is-a-runaway-greenhouse-effect-on-earth/.
1123
Cf. Aristóteles, Metafísica, livro VIII (H), 1045a. “Aliquid est totum praeter partes”. Aristoteles Metaphysica, edição trilíngue por
Valentín García Yebra. Madri, Editorial Gredos, 1982, p. 431. Na tradução francesa por J. Tricot, Paris, 1975, p. 475: “pour tout ce qui a
pluralité des parties, et dont la totalité n’est pas comme une pure juxtaposition, mais dont le tout est autre chose que l’assemblage des
parties, il y a une cause d’unité”.
1124
Cf. G. H. Lewes, Problems of Life and Mind. Londres, Trübner, 1875, p. 412: “The emergent is unlike its components insofar as these
are incommensurable, and it cannot be reduced to their sum or their difference”.
1125
Cf. C. Lloyd Morgan, “The Case for Emergent Evolution”. Journal of Philosophical Studies, 4, 13, 1929, pp. 23-38, p. 28: “the word
‘emergent’ was suggested by George Henry Lewes for specialized use in contradistinction to ‘resultant’”. Cf. C. Lloyd Morgan, “Mind
and body in their relation to each other and to external things”, Scientia, 1915, citado também no verbete “Emerger, émergence, un
émergent”, in A. Lalande, Vocabulaire technique et critique de la Philosophie, Paris, 1926.
1126
Cf. Georgescu-Roegen, op. cit. (1971), p. 13: “Most of the properties of water, for example, are not deducible by some universal
principles from the elemental properties of its components, oxygen and hydrogen; with respect to the latter properties, the former are
therefore novel. The principle is at work everywhere with a degree of diversity that increases constantly from the physics of the atom in
the inorganic field to the social forms in the superorganic domain”.
1127
R. Madron, J. Jopling, Gaian Democracies. Redefining Globalisation and People-Power, Londres, Green Books, 2003, p. 31.
1128
Cf. Buckminster Fuller (1975, p. 3): “Synergy means behaviour of whole systems unpredicted by the behaviour of their parts taken
separately”.
1129
Uma definição mais simples de sinergia que a de Buckminster Fuller, posto que deixa escapar a diversidade qualitativa dos efeitos de
sinergia (em relação à simples somatória dos fatores), é proposta por Paul R. Ehrlich e Anne H. Ehrlich, The Population Explosion, Nova
York, Simon and Schuster, 1990, p. 22: “Synergisms occur when the joint impact of two (or more) factors is greater than the sum of their
separate impacts”.
1130
Cf. A. Kojève, “Le Concept, le Temps et le Discours. Essai d’une mise à jour du Système hégélien du Savoir” (inédito, pp. 108-109),
apud Auffret (1990, p. 35).
1131
Cf. Cf. Karten von Leist, Denis Pêtre, “OTC derivatives market activity in the first half of 2011”. Bank for International Settlements,
Basileia, 2011 http://www.bis.org/publ/otc_hy1111.pdf. Cf. Fred Burks, “Financial time bomb: Five megabanks monopolize $700 trillion
derivatives market”. Examiner.com, 14/II/2012: “Most disturbing is the fact that 95% of all U.S. derivatives are monopolized by just five
megabanks and their holding companies”
1223
Cf. S. Freud, Charakter und Analerotik (1908), trad. francesa, “Caractère et érotisme anal”. Oeuvres Complètes, Paris, PUF, 2007,
vol. VIII, pp. 187-194.
1224
Cf. Amérique. Paris, Bernard Grasset, 1986; trad. inglesa, Londres, New York, Verso, 1989, pp. 15-16: “The obsessive fear of the
Americans is that the lights might go out. (…) The skylines lit up at dead of night, the air-conditioning systems cooling empty hotels in
the desert, and artificial light in the middle of the day all have something both demented and admirable about them: the mindless luxury
of a rich civilization, and yet of a civilization perhaps as scared to see the lights go out as was the hunter in his primitive night. There is
some truth in all of this”.
1225
Cf. Francesca Gino, Cassie Mogilner, “Time, Money and Morality”. Psychological Science, 31/XII/2013 .
1226
Cf. Chase-Dunn, Kawano, Brewer (2000, pp. 77-95): “from the 1830s there was a rise to a high mound between 1850 and the late
1880s, then a decline until 1905, and then another rise before World War I, a small decline during the war, and then another rise for the
roaring twenties. A big downturn corresponded with the crash of 1929. With some wiggles, trade globalization declined to a very low
level in 1945, and then began the most recent great wave of trade globalization”.
1227
“Regards sur le monde actuel” (1931). Oeuvres, II, Paris, Gallimard, 1960, p. 923.
1228
Paris, Gallimard, 2008, p. 13: “La reencontre de l’humanité avec les limites de la planète est um phénomène qui n’a aucun précédent
dans l’histoire de l’espèce”.
1229
Cf. Gianfranco Bologna, diretor científico da WWF na Itália, Living Planet Report 2010 da WWF, e a edição de 2012 deste mesmo
relatório, realizado pela WWF em colaboração com a London Zoological Society, o Global Footprint Network e a Agenzia Spaziale
Europea. Disponível em rede. A declaração de Gianfranco Bologna foi publicada no jornal La Repubblica de 15 de maio de 2012. Veja-se:
http://www.repubblica.it/ambiente/2012/05/15/news/living_planet_rapporto_wwf-35213937/.
1230
Cf. P. Gilding, The Great Disruption. Why the Climate Crisis Will Bring On the End of Shopping and the Birth of a New World. New
York, Bloomsbury Press, 2011, p. xi: “Why are we the first generation that, rather than sacrificing ourselves for our children’s future, are
sacrificing our children’s future for ourselves?”.
1231
Cf. Henrique Lian, “Sustentabilidade como justiça intergeracional”. Vários autores, Novo Contrato Social. São Paulo, Instituto Ethos,
2013, p. 77.
1232
Cf. Lester R. Brown, World on the edge, How to Prevent Environmental and Economic Collapse, New York, Londres, W.W. Norton,
2011: “We used to think it would be our children who would have to deal with the consequences of our deficits, but now it is clear that
our generation will have to deal with them. Ecological and economic déficits are now shaping not only our future, but our present”.
1233
Veja-se a respeito o documento publicado em 1980 pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais: “Em seu desejo de realizar seu desenvolvimento econômico e em sua busca de riquezas naturais, a humanidade deve aceitar a
realidade da limitação dos recursos e da capacidade dos ecossistemas. Ela deve levar em conta as necessidades das gerações futuras”.
Intitulado World conservation strategy: Living resources conservation for sustainable development, ele foi publicado pelo WWF, o UICN
e o PNUD, cf. G. Granier, Y. Veyret, Développement durable. Quels enjeux géographiques? Paris, La documentation française, dossier n.
8053, 2006, p. 2.
1234
Esse adágio indígena norte-americano é citado por Lester Brown em Building a Sustainable Society, 1982: "We have not inherited the
earth from our fathers, we are borrowing it from our children".
1235
Cf. A. Chastel, Leçon inaugurale fait ele Mercredi 20 janvier 1971. Collège de France. Chaire d’Art et de Civilisation de la
Renaissance en Italie, 1971.
1236
Cf. Calandra (1996); Marques (2008, p. 61). Como é sabido, a restruturação do establishment politico-militar ambicionada por
Adriano traduzia-se por uma política voltada para a neutralização das forças centrífugas do Império, recentrando-o no eixo greco-romano.
Seu desinteresse pela expansão do limes imperial retomava o que Ânio Floro chamou de inertia Caesarum, cf. Floro, Epitome, I, 8: “A
Caesare Augusto in saeculum nostrum haud multo minus anni ducenti, quibus inertia Caesarum quasi consenuit atque decoxit” (De César
Augusto ao nosso tempo transcorreram não muito menos de duzentos anos, durante os quais a inércia dos Césares como que envelheceu
[o império] e quase o reduziu a nada).
1237
Cf. Aubenque (1972/1999, p. 233); Hadot (2002, pp. 223-238).
1238
E, muito mais tarde, Filo de Alexandria, cf. De somniis, I, 22, 139-140, apud Bussagli (2013, p. 54).
1239
Essa máxima da sabedoria délfica é igualmente socrática e Platão a cita nada menos que seis vezes em seus Diálogos:
Cármides (164D), Protágoras (343B), Fedro (229E), Filebo (48C), Alcibíades I (124A, 129A, 132C) e Leis (II.923A).
1240
Cf. Lara Nicolini, Introduzione a Apuleio, Le Metamorfosi, Roma, BUR, 2005, pp. 40-41.
1241
Cf. Momigliano (1988, p.174).
1242
“Ad Dyonisium de Burgo Sancti Sepulcri ordinis sancti augustini et sacre pagine professorem, de curis propriis”. Familiarum rerum
libri, IV, 1, in Opere, Florença, Sansoni, 1992, pp. 385-392. Sobre uma datação alternativa da carta em 1353, cf. Dotti (1987, pp. 38-39).
1243
Cf. Burckhardt (1860/1958, vol. II, pp. 198-99).
1244
Cf. Rosenthal (1971, p. 227).
1245
Cf. Edmund Spenser, The Faerie Queene (1596): “For noble Britons sprung from Troians bold”.
1246
Francis Bacon, Meditationes Sacrae (1597)
1247
Cf. Francis Bacon, “Aphorisms concerning the interpretation of nature, I, 3.
1248
M. Heidegger, “Die Frage nach der Technik” (1953). In: Vorträge und Aufsätze. Neske: Pfullingen, 1954. Tradução portuguesa
“A questão da técnica”. In, Ensaios e conferências. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, pp. 11-37.
1249
Das Kapital. Kritische der politischen Oeconomie, Hamburgo: Verlag Otto Meissner, vol. I, p. 307, nota 13:
“Aristoteles' Definition ist eigentlich die, dass der Mensch von Natur Stadtbürger. Sie ist ebenso charakteristisch für das
klassische Alterthum, als Franklin's Definition, dass der Mensch von Natur lnstrurnentenmacher, für das Yankeethum”.
1250
Voltaire, carta a La Harpe de 31 de março de 1775, apud Aubenque (1963, p. 1).
1251
Aubenque (1963, p. 1).
1252
Cf. J. Ellul, La Technique, ou l’enjeu du siècle. Paris: Armand Colin, 1954, p. 3. Idem, Le système technicien, Paris: Calman-Lévy,
1977 e Id., Le bluff technologique, Paris: Hachette, 1988.
1253
Cf. H. Jonas, The Imperative of Responsibility. In search of an Ethics for the Technological Age (1979). The University of Chicago
Press, 1984; H. Jonas, Sull’orlo dell’abisso. Conversazioni sul rapport tra uomo e natura. Turim: Einaudi, 2000.
1254
Op. cit.: “The danger derives from the excessive dimensions of the scientific-technological-industrial civilization. What we could call
the Baconian program – namely, to aim knowledge at power over nature, and to utilize power over nature for the improvement of the
human lot – lacks in its capitalist execution from the outset the rationality as well as the justice with which it could have been conjoined”.
1255
Cf. H. Marcuse, Kultur und Gesellschaft. Frankfurt, 1965, citado por Habermas (1968/2009, p. 47).
1256
Cf. M. Serres, Le contrat naturel, Paris, Éditions François Bourin, 1990; Flammarion, 1992, p. 61.
1257
Cf. Marcuse (1964).
1258
Sobre a comparação entre a ação nefasta do homem sobre a natureza e a hybris trágica, cf. R. Argullol, “Vers un humanisme
polycentrique”. Diogène n° 206, abril-junho de 2004, pp. 151-156.
1259
Cf. P.-M. Schuhl, Machinisme et philosophie. Paris: PUF, 1947.
1260
Cf. G. Lebrun, “Sobre a tecnofobia”. In, A Filosofia e sua história. São Paulo: Cosacnaify, 2006, pp. 481-508.
1261
Apenas nos países chamados “em desenvolvimento” vivem atualmente 1 bilhão e 400 milhões de pessoas em extrema pobreza
(menos de US$ 1,25 por dia), o que significa 1/5 da população mundial. Cf. The World Bank. “New Data show 1.4 Billion Live on less
than US$ 1,25 a day. But Progress against Poverty remains strong”. 26/VIII/2008.
1262
Cf. “Anthropomorphisme et causes finales”. Revue scientifique, 4/III/1899, apud A. Chollet, “Anthropomorphisme”. Dictionnaire de
théologie catholique, Paris, 1937, vol. II, p. 1367.
1263
Moscovici (1968, p. 22).
1264
Cf. Die Geschichte der Natur, Göttingen, 1948, apud Moscovici, cit. (1968), p. 40.
1265
Cf. Georgescu-Roegen (1971, pp. 276-277).
1266
Refiro-me aos subtítulos dos capítulos November (If I were the wind) e Arizona and New Mexico. On top (Thinking like a Mountain).
Cf. A. Leopold, A Sand County Almanac. Oxford University Press, 1949.
1267
“Ogni indirizzo di pensiero che ponga l’uomo al centro della realtà e che riconduca al bene dell’umanità la causa finale di tutte le
cose”. Enciclopedia Filosofica. Fondazione Centro Studi Filosofici di Gallarate. Milão, Bompiani, 2006, vol. I, ad vocem.
1268
André Jacob (dir.), Encyclopédie Philosophique Universelle, vol. II – Les Notions Philosophiques, sob a direção de Sylvain Auroux,
Paris, PUF, 1990, p. 105: “L’anthropocentrisme designe une doctrine qui place l’homme au centre du monde. (...) L’anthropocentrisme
énonce, en outre, l’idée suivant laquelle toutes les choses de l’univers (minéraux, végétaux, animaux) sont subordonnées à l’être humain”.
1269
Cf. Lovejoy (1936/1957, p. 186). A obra é uma referência central para a história do antropocentrismo.
1270
Oratio Ioannis Pici Mirandulani Concordia Comitis (1486), edição e tradução por Eugenio Garin, Edizione Nazionale dei Classici
del Pensiero Italiano, Florença, Vallecchi, 1942, p. 107: Nec certam sedem, nec propriam faciem, nec munus ullum peculiare tibi dedimus,
o Adam, ut quam sedem, quam faciem, quae munera tute optaveris, ea, pro voto, pro tua sententia, habeas et possideas. Definita ceteris
natura intra praescriptas a nobis leges coercetur. Tu, nullis angustiis coercitus, pro tuo arbitrio, in cuius manu te posui, tibi illam
praefinies. Medium te mundi posui, ut circumspiceres inde commodius quicquid est in mundo.
1271
Cf. Thomas Cole, Democritus and the Sources of Greek Anthropology, Atlanta, Scholars Press, 1990, p. 1. Entre os precedents citados
por Cole, ressaltem-se: L. Preller, “Die Vorstellungen der Alten besonders der Griechen von dem Ursprunge und den ältesten Schiksale
des menschlichen Geschlechts”. Philologus 7, 1852, pp. 35-60; E. A. Havelock, The Liberal Temper in Greek Politics. New Haven, 1957,
pp. 25-35; G. Boas, Essays on Primitivism and related Ideas in the Middle Ages, Baltimore, 1948, pp. 1-67.
1272
I Presocratici, Hermann Diels, Walther Kranz (eds.), texto original e tradução italiana aos cuidados de Giovanni Reale. Demócrito,
frag. B 34, Milão, Bompiani, 2006, pp. 1364-1365.
1273
Oratio, op. cit., ed. cit. p. 103: esse hominem creaturarum internuntium, superis familiarem, regem inferiorum; sensuum perspicacia,
rationis indagine, intelligentiae lumine, naturae interpretem; stabilis aevi et fluxi temporis interstitium, et (quod Persae dicunt) mundi
copulam, immo hymenaeum, ab angelis, teste Davide, paulo deminutum.
1274
Apud Vegetti, (1979/1996, p. 26).
1275
Ireneu de Lião, Esclarecimento e refutação da pseudo-gnose. Livro III: Doutrina cristã. São Paulo, Paulus, 1995, p. 351.
1276
Summa contra Gentiles cum commentariis Ferrariensis (1258-1265), ed. Leonina, XIII-XV, Roma, 1918-1930: [III, 111] Oportet
tamen aliquem rationem providentiae speciale observari circa intellectuales et rationales naturas, prae aliis creaturis. Praecellunt enim
alias criaturas et in perfectione naturae, et in dignitate finis. In perfectione quidem naturae, qui sola criatura rationalis habet dominium
sui actus (...). In dignitate autem finis, quia sola criatura intellectualis ad ipsum finem ultimum universi sua operatione pertingit, scilicet
cognoscendo et amando Deum: aliae vero creaturae ad finem ultimum pertingere non possunt nisi per aliqualem similitudinis ipsius
participationem. [III, 112] (...) aliorum vero conditio, quae non habent dominium sui actus, hoc indicat, quod eis non propter ipsa cura
impendatur, sed velut ad alia ordinatis. Quod enim ab altero tantum agitur, rationem instrumenti habet: quod vero per se agit, habet
rationem principalis agentis. Instrumentum autem non quaeritur propter seipsum, sed ut eo principale agens utatur. Unde oportet quod
omnis operationis diligentia quae circa instrumenta adhibetur, ad principale agens referatur sicut ad finem : quod autem circa principale
agens vel ab ipso vel ab alio adhibetur, inquantum est principale agens, propter ipsum est. (...) Inter omnes autem partes universi,
nobiliores sunt intellectuales creaturae; quia magis ad similitudinem divinam accedunt. (...) Non est autem ei quod praemissis rationibus
est ostensum contrarium, quod omnes partes universi ad perfectionem totius ordinantur: sic enim ad perfectionem totius omnes partes
ordinantur, inquantum una deservit alteri. (...) Per haec autem excluditur error ponentium homini esse peccatum si animalia bruta
occidat. Ex divina enim providentia naturali ordine in usum hominis ordinantur.
1277
Citado por Lovejoy (1936/1957, p. 187)
1278
Apud, Jill Kraye, “Moral Philosophy”, in Charles B. Schmitt, The Cambridge History of Renaissance Philosophy. Cambridge
University Press, 1988, pp. 301-386, p. 310.
1279
De motu libri I (1591), Florença, 1591, p. 1001, apud, Kraye, citado na nota antetior, p. 310.
1280
Cf. Francis Bacon, The Wisdom of the Ancients (1609), trad. portuguesa, A Sabedoria dos Antigos. São Paulo, Editora da UNESP,
2002, pp. 75-85. Sobre a importância e o sucesso da obra, cf. Michel Malherbe, La philosophie de Francis Bacon, Paris, Vrin, 2011, pp.
131-134.
1281
Cf. F.S. Mason, “Scienza e religione nell’Inghilterra del XVII secolo”. In, Christopher Hill, Saggi sulla rivoluzione inglese (1957),
Milão, Feltrinelli, 1971, pp. 283-303.
1282
Esse locus classicus da moderna concepção antropocêntrica da natureza encontra-se na sexta e última parte do Discours de la
Méthode (1637) de Descartes: “il est possible de parvenir à des connaissances qui soient fort utiles à la vie, et qu’au lieu de cette
philosophie spéculative qu’on enseigne dans les écoles, on en peut trouver une pratique, par laquelle, connaissant la force et les actions du
feu, de l’eau, de l’air, des astres, des cieux et de tous les autres corps qui nous environnent, aussi distinctement que nous connaissons les
divers métiers de nos artisans, nous les pourrions employer em même façon à tous les usages auxquels ils sont propres, et ainsi nous
rendre comme maîtres et possesseurs de la nature”. Oeuvres et lettres, Paris, Gallimard, Pléiade, 1953, p. 168. A passagem é citada, entre
outros, por P.-M. Schuhl em Machinisme et Philosophie, Paris, PUF, 1947, p. 40.
1283
Oeuvres et lettres, Paris, Gallimard, Pléiade, 1953, p. 1256: Je sais bien que les bêtes font beaucoup de choses mieux que nous, mais
je ne m’entonne pas; car cela même sert à prouver qu’elles agissent naturellement et par ressorts, ainsi qu’une horloge, laquelle montre
bien mieux l’heure qu’il est, que notre jugement ne nous l’enseigne. Veja-se também a carta de Descartes a Henri Morus, de 5 de fevereiro
de 1649, loc. cit., p. 1312.
1284
Cf. Immanuel Kant, Kritik der Urteilskraft (1790, Ak V,442): Es ist ein Urtheil, dessen sich selbst der gemeinste Verstand nicht
entschlagen kann, wenn er über das Dasein der Dinge in der Welt und die Existenz der Welt selbst nachdenkt: dass nämlich alle die
mannigfaltigen Geschöpfe, von wie grosser Kunsteinrichtung und wie mannigfaltigem zweckmässig auf einandere bezogenen
Zusammenhange sie auch sein mögen, ja selbst das Ganze so vieler Systeme derselben, die wir unrichtiger Weise Welten nennen, zu
nichts da sein würden, wenn es in ihnen nicht Menschen (vernünftige Wesen überhaupt) gäbe; d. i. dass ohne den Menschen die ganze
Schöpfung eine blosse Wüste, um sonst und ohne Endzweck sein würde.
1285
Cf. Leonel Ribeiro dos Santos, Regresso a Kant. Ética, estética, filosofia política, Lisboa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2012,
p. 139. Agradeço ao autor a cortesia de me dar a conhecer seu livro, que tomo por guia na discussão sobre o antropocentrismo de Kant.
Veja-se sobretudo o capítulo 3: “Kant e os limites do Antropocentrismo ético-jurídico”.
1286
Cf. Ribeiro dos Santos, op. cit. p. 144.
1287
Apud Ribeiro dos Santos, p. 125: “The same operation which establishes man as the ‘supreme end’ permits him […] to degrade nature
and the world into mere means, robbing both of their independent dignity”. The Human Condition, Chicago University Press, 1958, pp.
155-156.
1288
Cf. Ribeiro dos Santos, op. cit. p. 145.
1289
The Imperative of Responsability (1979), The University of Chicago Press, 1984, p. 4.
1290
Plutarco, L’intelligence des animaux (959 B). Tradução francesa, Paris, Les Belles Lettres, 2012, p. 3.
1291
Cf. Ch. Darwin, Autobiography (1876): "In October 1838, that is, fifteen months after I had begun my systematic inquiry, I happened
to read for amusement Malthus on Population, and being well prepared to appreciate the struggle for existence which everywhere goes on
from long-continued observation of the habits of animals and plants, it at once struck me that under these circumstances favourable
variations would tend to be preserved, and unfavourable ones to be destroyed. The results of this would be the formation of a new species.
Here, then I had at last got a theory by which to work".
1292
Cf. Ch. Darwin, The Origin of Species, chapter III: “I use the term Struggle for Existence in a large and metaphorical sense, including
dependence of one being on another, and including (which is more important) not only the life of the individual, but success in leaving
progeny” (…) A struggle for existence inevitably follows from the high rate at which all organic beings tend to increase. (…) Hence, as
more individuals are produced than can possibly survive, there must in every case be a struggle for existence, either one individual with
another of the same species, or with the individuals of distinct species, or with the physical conditions of life. It is the doctrine of Malthus
applied with manifold force to the whole animal and vegetable kingdoms”.
1293
Cf. Christian Godin, La Haine de la Nature, Seyssel, Éditions Champ Vallon, 2012.
1294
Cf. Naess (1973, pp. 95-100); Idem (1984, pp. 256-270).
1295
Cf. Taylor (1981, pp. 134-137).
1296
Sobre a noção de ética ambiental, vejam-se as antologias organizadas por Callicott, Rocha (1996), Afeissa (2007, pp. 95-228) e
Bourg, Fragnière (2014, pp. 593-605), bem como as Introduções e as bibliografias propostas por esses autores.
1297
Cf. Albert Schweitzer, “Die Ehrfurcht vor dem Leben”. Tradução francesa, “Le respect de la vie”. Sermão pronunciado em 23 de
fevereiro de 1919 na igreja Saint-Nicolas de Estrasburgo: “O respeito da vida e a empatia por outra vida, eis o grande evento para o
mundo”. In, Bourg, Fragnière (2014, pp. 605-610).
1298
Cf. Hans Jonas, La domanda senza risposta. Alcune riflessioni su scienza, ateismo e la nozione di Dio. Gênova, Il Melangolo, 2001.
1299
Freud é o primeiro a reconhecer, nesse mesmo texto e em outros, a precedência de Schopenhauer: “Poucos homens puderam discernir
a importância enorme que a admissão de processos mentais inconscientes teria para a ciência e a vida. Acrescentemos logo, no entanto,
que não foi a psicanálise que deu o primeiro passo neste sentido. Filósofos de renome podem ser citados como precursores, sobretudo o
grande pensador Schopenhauer, cuja ‘vontade’ inconsciente se equipara aos instintos da mente na psicanálise”. Eine Schwierigkeit der
Psychoanalyse (1917), trad. port. “Uma dificuldade da psicanálise”, Obras completas, XIV (1917-1920), São Paulo: Companhia das
Letras, 2010, p. 251. Freud reitera o reconhecimento dessa precedência em outros textos, tais como “Contribuição à história do
movimento psicanalítico” (1914) e “Além do Princípio do Prazer” (1920). Em sua “Autobiografia” (1925), ele precisa a natureza das
afinidades entre seu pensamento e o de Schopenhauer: “As profundas concordâncias entre a psicanálise e a filosofia de Schopenhauer –
ele não apenas defendeu a primazia da vontade e a extraordinária importância da sexualidade, como reconheceu inclusive o mecanismo da
repressão – não podem ser atribuídas a meu conhecimento de sua teoria. Li Schopenhauer bastante tarde em minha vida”.
1300
Cf. Karl Marx, Das Kapital (1867), Parte 3: A Produção de Mais Valia Absoluta; capítulo 7: O Processo de Trabalho e o Processo de
Produção de Mais Valia: “Die Arbeit ist zunächst ein Prozess zwischen Mensh und Natur (...). Er tritt dem Naturstoff selbst als eine
Naturmacht gegenüber. Die seiner Leiblichkeit angehörigen Naturkräfte, Arme und Beine, Kopfe und Hand, um sich den Naturstoff in
einer für eignes Leben brauchbaren Form anzueignen. Indem er durch diese Bewegung auf die Natur ausser ihm wirkt und sie verändert,
verändert er zugleich seine eigne Natur” .
1301
“Was aber von vornherein den schlechtesten Baumeister vor der besten Biene auszeichnet, ist, daß er die Zelle in seinem Kopf gebaut
hat, bevor er sein Wachs baut”.
1302
Cf. James Lovelock, The Vanishing Face of Gaia: A final warning (2009), trad. port., São Paulo, Editora Intrínseca, 2010, p. 35.
1303
“The SPICE project will investigate the effectiveness of Solar Radiation Management (SRM) using stratospheric particles. It
addresses the three grand challenges in solar radiation management: 1. How much, of what, needs to be injected where into the
atmosphere to effectively and safely manage the climate system? 2. How do we deliver it there? 3. What are the likely impacts?”
http://www2.eng.cam.ac.uk/~hemh/climate/Geoengineering_RoySoc.htm. Veja-se George Monbiot, ‘Ballon debate” 2/IX/2011
http://www.monbiot.com/2011/09/02/balloon-debate/.
1304
Cf. “Sequestro de CO2 por fertilização dos oceanos falha em teste” Veja-se: http://www.ecodebate.com.br/2009/03/26/sequestro-
de-co2-por-fertilizacao-dos-oceanos-falha-em-teste/.
1305
“This is complete science fiction. We ought to stop talking about it”. Citado em Stephen Battersby, “Cool it”. New Scientist,
22/IX/2013, p. 32.
1306
Cf. J. Hansen, Storms of My Grandchildren. The truth about coming climate catastrophe and our last chance to save humanity
(2009). Londres, Bloomsbury, 2011, p. 230: “It is generally a bad idea to try to cover up one pollution effect by introducing another; such
an approach is likely to have many unintended effects. It is hard to match nature”.
1307
Cf. F. Engels, “Anteil der Arbeit an der Menschwerdung des Affen”. Dialektik der Natur (1873-1883). K. Marx, F. Engels, Werke.
Berlim: Dietz Verlag, vol. 20, 1962, p. 452. Cf. http://www.mlwerke.de/me/me20/me20_444.htm: “Schmeicheln wir uns indes nicht zu
sehr mit unsern menchschlichen Siegen über die Natur. Für jeden solchen Sieg rächt sie sich an uns. Jeder hat in erster Linie zwar die
Folgen, auf die wir gerechnet, aber in zweiter und dritter Linie hat er ganz andre unvorhergesehene Wirkungen, dir nur oft jene ersten
Folgen wieder aufheben”. Já citado por F. Magdoff, J. Bellamy Foster, What every environmentalist needs to know about capitalismo, op.
cit. 2011, p. 11
1308
The Cambridge Project for Existential Risk (2013): “Many scientists are concerned that developments in human technology may soon
pose new, extinction-level risks to our species as a whole. Such dangers have been suggested from progress in AI, from developments in
biotechnology and artificial life, from nanotechnology, and from possible extreme effects of anthropogenic climate change. The
seriousness of these risks is difficult to assess, but that in itself seems a cause for concern, given how much is at stake”
http://cser.org/index.html.
1309
Cf. M. Serres, Le contrat naturel, op. cit. (1990/1992), p. 61: “À force de la maîtriser, nous sommes devenus tant et si peu maîtres de
la Terre, qu’elle menace de nous maîtriser de nouveau à son tour”.
1310
“Paradoxically, most common approaches to increase agricultural efficiency, such as cultivation of all available land and the use of
pesticides, reduce the abundance and variety of wild insects that could increase production of these crops”. A afirmação de Lawrence D.
Harder, da University of Calgary, em Alberta no Cabadá foi citada por Red Orbit. Your Universe online
http://www.redorbit.com/news/science/1112794650/wild-bee-loss-affecting-crop-pollination-030113/. Sobre o artigo em questão, cf.
Lucas A. Garibaldi et al.. “Wild Pollinators Enhance Fruit Set of Crops Regardless of Honey Bee Abundance”, Science, 28/II/2013 .
1311
Cf. Jessica Hamzelou, “Global health report card”. New Scientist, 22-29/XII/2012, p. 6: “we now have a grip on some common
infectious desease, which have saved millions of children from early deaths. Collectively, however, we are spending more o four lives
living in poor health and with disability”.
1312
Cf. “Global Burden of Disease: Massive shifts reshape the health landscape worldwide”. Institute of Health Metrics and Evaluation
(IHME), University of Washington, Washington D.C.: “Globally, health advances present most people with a devastating irony: avoid
premature death but live longer and sicker” .
1313
Cf. D. Kerr, Prefácio a D. Jackson Nakazawa, The Autoimmune Epidemic, Touchstone/Simon and Schuster, 2007: “The prevalence of
autoimmune diseases like systemic lupus erythematosus, or lupus, multiple sclerosis, and type 1 diabetes is on the rise. In some cases,
autoimmune diseases are three times more common now than they were several decades ago. These changes are not due to increased
recognition of these disorders or altered diagnostic criteria. Rather, more people are getting autoimmune disorders than ever before.”
1314
Cf. M. Pongsiri, et al., “Biodiversity Loss Affects Global Disease Ecology”. Bioscience, 59/11, 2009, pp. 945-954.
1315
Todos os dados citados estão em Lena H. Sun, “CDC says ‘nightmare bactéria a growing threat”. The Washington Post, 5/III/2013 .
1316
Cf. “Tuberculose: les cas de résistance atteignent des niveaux alarmants”. Le Monde, 31/VIII/2012. Veja-se também “Alarming levels
of drug-resistant TB found worldwide”. The Economic Times, 30/VIII/2012: “In a large international study published in the Lancet
medical journal on Thursday, researchers found rates of both multi drug-resistant TB (MDR-TB) and extensively drug-resistant TB
(XDR-TB) were higher than previously thought and were threatening global efforts to curb the spread of the disease. Most international
recommendations for TB control have been developed for MDR-TB prevalence of up to around 5 per cent. Yet now we face prevalence up
to 10 times higher in some places, where almost half of the patients ... are transmitting MDR strains, Sven Hoffner of the Swedish
Institute for Communicable Disease Control, said in a commentary on the study. TB is already a worldwide pandemic that infected 8.8
million people and killed 1.4 million in 2010”. E ainda R. Loddenkemper, G. Sotgiu, C. D. Mitnick, “Cost of tuberculosis in the era of
multidrug resistance: will it become unaffordable?”. European Respiratory Journal, 40, 1/VII/2012: “In 1905, Robert Koch ended his
Nobel Lecture on “The current state of the struggle against tuberculosis” with the optimistic sentence: “If the work goes on in this
powerful way, then the victory must be won”. At the end of the 1970s and the beginning of the 1980s, many believed that tuberculosis
(TB) was nearly vanquished. Now, more than 100 years after Koch’s Nobel Lecture, TB has emerged as an even greater public health
problem, mainly for two reasons: co-infection with HIV and the development of complex mycobacterial drug resistance patterns. The
World Health Organization (WHO) estimates that of the 8.8 million new cases in 2010, 3% were caused by multidrug-resistant (MDR)
strains of Mycobacterium tuberculosis, defined as resistance to at least the two most powerful anti-TB drugs (…). Furthermore, 30,000
cases were thought to be due to extensively drug-resistant (XDR) strains, defined as MDR plus resistance to any fluoroquinolone and at
least one second-line injectable anti-TB drug (…). The estimated prevalence of MDR-TB in new and previously treated cases in 2010 was
650,000 worldwide. MDR- and XDR-TB are man-made phenomena that emerge as a result of inadequate treatment of TB and/or poor
airborne infection control in healthcare facilities and congregate settings”.
http://erj.ersjournals.com/content/40/1/9.short
1317
Cf. Richard Knox, “Drug-Resistant Tuberculosis A 'Serious Epidemic' In China”. NPR, 6/XII/2012.
1318
Cf. Catherine Vincent, “Les gaz émis par les moteurs diesel reconnus comme cancérogènes”. Le Monde, 13/VI/2012.
1319
Cf. Sabine Rohrmann et al., “Meat consumption and mortality. Results from the European Prospective Investigation into Cancer and
Nutrition”, BMC Medicine, 7/III/2013: “The results of our analysis support a moderate positive association between processed meat
consumption and mortality, in particular due to cardiovascular diseases, but also to câncer”. http://www.biomedcentral.com/1741-
7015/11/63.
1320
“There is no evidence that [leaded gasoline] has introduced a danger in the field of public health.” Citado em A Climate of Corporate
Control. How Corporations Have Influenced the U.S. Dialogue on Climate Science and Policy, documento em rede publicado pela Union
of Concerned Scientists, veja-se: http://www.ucsusa.org/assets/documents/scientific_integrity/a-climate-of-corporate-control-report.pdf.
1321
Cf. Catherine Vincent, “Les gaz émis par les moteurs diesel reconnus comme cancérogènes”. Le Monde, 13/VI/2012.
1322
Cf. Shan Juan, Wang Qian, “Exposure to smog is severe hazard”. China Daily, 12/VI/2011 .
1323
Cf. Cheng Yingqi, “Beijing residents face rising cancer threat” China Daily. 12/X/2012 : "Pollution and unhealthy lifestyles are the
primary causes for the high cancer rate".
1324
Veja-se http://www.who.int/features/qa/15/en/index.html: “Cancer is a leading cause of death worldwide and the total number of cases
globally is increasing. The number of global cancer deaths is projected to increase 45% from 2007 to 2030 (from 7.9 million to 11.5
million deaths). (...) New cases of cancer in the same period are estimated to jump from 11.3 million in 2007 to 15.5 million in 2030.
1325
Esta estimativa é citada pela própria OMS no artigo “Global cancer rates could increase by 50% to 15 million by 2020”: Cancer rates
could further increase by 50% to 15 million new cases in the year 2020, according to the World Cancer Report, the most comprehensive
global examination of the disease to date”.
1326
Sobre o artigo de Freddie Bray e de sua equipe publicado na Lancet Oncology, veja-se “Cancer Rates Expected To Increase 75% By
2030” Medical New Today: “the incidence of cancer is expected to increase by more than 75% by the year 2030 in developed countries,
and over 90% in developing nations. http://www.medicalnewstoday.com/articles/246061.php.
1327
Cf. Paul Benkimoun, “Chute spectaculaire de la qualité du sperme”. Le Monde, 6/XII/2012; “Alerte sur le sperme”. Le Monde,
6/XII/2012
1328
Cf. E. Craig, “After Years of Edging Up, Life Expectancy in the U.S. Dips, Report Says”. Fair Warning 10/XII/2010 .
1329
Cf. Sabrina Tavernese, “Life Spans Shrink for Least-Educated Whites in the U.S.”. The New York Times, 20/IX/2012.
1330
Cf. “Marked Fall in Last 10 Years: Life Expectancy Shrinks for Germans on Low Incomes”. Spiegel Online International,
12/XII/2011: “those on low earnings could expect to live an average of 77.5 years in 2001 but only 75.5 years in 2010. (...) The former
communist east of Germany saw an even more dramatic decline in life expectancy among those on low earnings. In the east, life
expectancy shrank from 77.9 years to 74.1 years over the decade to 2010”.
1331
Cf. Peter Aldhous, “Forget labels, taget faulty wiring to help mental illness”. New Scientist, 15/XII/2012, p. 12: “Some critics argue
that it’s time to rip up the manual and start again”.
1332
Citado por Debora Brauser, “Experts React to DSM-5 Approval”. Medscape Medical News, 3/XII/2012 : "DSM-5 opens up the
possibility that millions and millions of people currently considered normal will be diagnosed as having a mental disorder and will receive
medication and stigma that they don't need".
1333
Cf. Marcia Angell, “The Epidemic of Mental Illness. Why?”. The New York Review of Books, 23/VI/2011.
1334
Cf. Cf. E. Bromet et al., “Cross-national epidemiology of DSM-IV major depressive episode”. BMC Medicine, 9, 90, 2011: “The
World Health Organization ranks depression as the fourth leading cause of disability worldwide, and projects that by 2020, it will be the
second leading cause” ; C.J. Murray, A.D. Lopez (eds.), The Global Burden of Disease: A Comprehensive Assessment of Mortality and
Disability from Diseases, Injuries, and Risk Factors in 1990 and Projected to 2020 Cambridge (Mass), Harvard University Press, 1996.
1335
Cf. M. N. Stagnitti, “Antidepressant Use in the U.S. Civilian Noninstitutionalized Population, 2002” Medical Expenditure Panel
Service¸ 9/V/2005 .
1336
Cf. D. Healy, Les Médicaments psychiatriques démystifiés, Elsevier, 2009; M. Angell, The Truth About the Drug Companies: How
They Deceive Us and What to Do About It. Londres, Random House, 2004. Segundo Marcia Angell, Professora da Harvard University,
dos 170 experts que contribuíram à redação da 4ª edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) publicado pela
American Psychiatric Association, 95 mantinham laços financeiros com as corporações farmacêuticas. Quanto aos autores dos capítulos
sobre esquizofrenia e perturbações do humor, 100% deles estavam ligados a essa indústria. Cf. M. Angell, “Industry- Sponsored Clinical
Research, A Broken System”. The Journal of the American Medical Association, 300, 9, 2008, pp. 1069-1071 .
1337
Essa “secularização” da concepção providencialista da história foi bem dissecada por Karl Löwith em Weltgeschichte und
Heilgeschehen. Die theologischen Voraussetzungen der Geschichtsphilosophie. Tradução francesa: Histoire et Salut. Les présupposés
théologiques de la philosophie de l’histoire. Paris, Gallimanrd, 2002.
1338
Cf. Jean-Jacques Rousseau, Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les hommes (1754)
1339
“Rousseau père”. Le Courrier de l’Unesco, março, 1963; Anthropologie structurale deux, Paris, 1973. Agradeço Nádia Farage por
essa indicação.
1340
Cf. M. Heidegger, Einführung in die Metaphysik (1934), Tübingen: Niemeyer, 1957, pp. 112-116. Apud D. Janicaud, “L’humanisme:
des malentendus aux enjeux”. Revue philosophique de Louvain, 99, 2, 2001, p. 191.
1341
Segundo o Public Religion Research Institute, 36% dos norte-americanos acreditam que o aquecimento global é signo de uma
iminente parousia, isto é, do retorno de Cristo. O Instituto Gallup, em pesquisa de junho de 2012, mostra que 46% da população dos
Estados Unidos acredita que o homem e o universo foram criados em sua presente forma há menos de dez mil anos. Apenas 15% dos
entrevistados não acreditam em um fiat divino. As onze pesquisas realizadas pela Gallup a respeito nos últimos 30 anos (1982-2012)
indicam que 40% a 47% dos entrevistados naquele país professam tais crenças. A exportação do obscurantismo norte-americano tem dado
seus frutos. Seguindo o exemplo da Louisiana e do monkey bill promulgado em abril de 2012 no Tennessee, a Coreia do Sul, por exemplo,
acaba de adotar textos escolares criacionistas. Cf. D. Merica, “Survey: one in three Americans see extreme weather as a signo f biblical
end times”. CNN, 13/XII/2012; F. Newport, “In U.S., 46% hold creationist view of Human Origins”, Gallup Politics, 1/VI/2012; H.
Thompson, “Tennessee ‘monkey bill’ becomes law”. Nature, 11/IV/2012; P. Barthélémy, “Offensive anti-Darwin en Corée du Sud”, Le Monde,
10/VI/2012.
1342
Cf. Alex Berezow, Hank Campbell, “Science left out”. New Scientist, 2/II/2013, pp. 24-25.
1343
Cf. Hessel, Morin (2011): “Maintenant nos sociétés doivent choisir: la métamorphose ou la mort”.
1344
Cf. Goldsmith et al. (1972) http://www.theecologist.info/page33.html.
1345
“Increased droughts, more unpredictable variability, 100-year floods every two years. When we look at our most essential
ingredients, we see those events as threats.” Apud, Coral Davenport, “Industry awakens to threat of climate change”, The New York Times,
23/I/2014.
1346
Cf. Manuela Kasper-Claridge “Cost of climate change high on Davos agenda”. Sítio da DW, 24/I/2014.
1347
O que não é, de resto, um fenômeno exclusivo do socialismo, pois ocorreu de modo equivalente em países capitalistas como o Japão,
a Coreia do Sul e a China insular.
1348
Immanuel Kant, Zum ewigen Frieden. Ein philosophischer Entwurf (1795); Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto Comunista.
1349
Cf. Arnold J. Toynbee, A Study of History, Oxford: Oxford Univ. Press, 1935, Vol. I, p. 147: "the Wars of Nationality, which began in
the eighteenth century and are still the scourge of the twentieth."
1350
Cf. Theodore Roosevelt, The Strenuous Life, 1899, citado em epígrafe por Dambisa Moyo, Winner take All: China’s Race for
Resources and What It Means for the World . Basic Books, 2012. Tradução portuguesa, O vencedor leva tudo. Rio de Janeiro, Objetiva,
2012, p. 5.
1351
Cf. Piketty (2013), capítulo 14 de seu livro, seção: “Taxação confiscatória de rendas excessivas: uma invenção americana”), citado por
Paul Krugman, “EUA, onde o capital é rei”. CartaCapital, 9/IV/2014, p. 50.
1352
Cf. Andrew Dobson, “Representative Democracy and the Environment” (em rede); Robyn Eckersley (2004, capítulo 5.4.
Representing ‘Exclude Others’: the Political and Institutional Challenges): “Andrew Dobson has defended the provocative idea of proxy
representation of both non-human animals and future generations in representative assemblies by deputies”
1353
Tais como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a United Nations Framework Convention on Climate
Change (UNFCCC), o International Panel on Climate Change (IPCC), a Food and Agriculture Organization (FAO), a United Nations
Convention to Combat Desertification (UNCCD), a World Meteorological Society (WMO), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) etc.
1354
Michel Serres, Le Contrat naturel. Paris, Éditions François Bourin, 1990; Flammarion, 1992; Idem, Retour au ‘Contrat naturel’.
Paris, Bibliothèque Nationale de France, 1998.
1355
Forma nominal do verbo nascor, nascer; “natura: action de faire naître”. Cf. Alfred Ernout, Antoine Meillet, Dictionnaire
étymologique de la langue latine (1932), Paris, Klincksieck, 2001, p. 430. Cf. Michel Serres, Retour au ‘Contrat naturel, Paris, BNF,
1998, p. 15: “Nous avons assez agi sur les choses, nous avons tenté d’examiner ses objets, il est temps de connaître le monde; je préfère
parler, plutôt, de nature, non point aux sens ordinaires, mais dans le pur sens etymologique, puisqu’elle est en train de naître, tout à fait
nouvelle pour nous, nos connaissances et nos actes globalisés”
1356
Cf. “Democracy”, in A. Dobson, R. Eckersley (orgs.), Political Theory and the Ecological Challenge. Cambridge, University Press,
2006, p. 135. In D. Bourg, A. Fragnière (org.), La pensée écologique. Une anthologie. Paris, PUF, 2014, p. 832.
1357
Palestra proferida em 27 de fevereiro de 1980 para os estudantes de Louvain-la-Neuve sobre o tema “Luta anti-nuclear, ecologia e
política”, in Cornelius Castoriadis, Daniel Cohn-Bendit, De l´écologie à l’autonomie. Lormont, Le bord de l’eau, 2014, p. 45.
1358
Milton Friedman, citado por Richard Heinberg, The End of Growth, op. cit., 2011, p. 231.
1359
Cf. Ernst Bloch, “Redonner ses chances à l’utopie”. Entropia, 1, Lyon, citado por Serge Latouche, “L’État et la révolution (de la
décroissance)”. Entropia. Revue d’étude théorique et politique de la décroissance, 13, outono, 2012, pp. 74-86.