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Secretaria

SES Estadual de Saúde

GUIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO


EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

VIII REGIÃO DE SAÚDE


PERNAMBUCO - BRASIL
MARÇO/2017
Governador do Estado de Pernambuco
Paulo Henrique Saraiva Câmara
Secretário Estadual de Saúde
José Iran Costa Júnior
Secretária Executiva de Coordenação Geral
Ana Cláudia Callou
Gerente da VIII Gerência Regional de Saúde
Aline Silva Jerônimo
Coordenadora de Atenção à Saúde/ VIII GERES
Jackeline Alves de Lucena Tabosa
Apoiadora Técnica de Saúde Mental/ VIII GERES
Gabriella dos Santos Wrublewski
Coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde Mental
Barbara Eleonora Bezerra Cabral
Autora do Guia
Anne Crystie da Silva Miranda
Colaboradoras
Claudia Cavalcanti Galindo
Jackeline Alves de Lucena Tabosa
Maria Grasiela Alves de Figueiredo Lima
Revisão técnica
Aline Silva Jerônimo
Barbara Eleonora Bezerra Cabral
Claudia Cavalcanti Galindo
Jackeline Alves de Lucena Tabosa

Ficha catalográfica
BRASIL. Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. VIII Gerência Regional de
Saúde. Coordenação de Atenção à Saúde – 2017.

Guia de Monitoramento e Avaliação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial – 1. ed.


– Petrolina: VIII Gerência Regional de Saúde, 2017.
64 p.

ISBN 978-85-94033-00-0

1. Monitoramento e avaliação, 2. Saúde Mental e Atenção Psicossocial, 3.


Orientações técnicas.
_____________________________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AB Atenção Básica
AD Atenção Domiciliar
AIH Autorização de Internação Hospitalar
APAC Autorização de Procedimento de Alta Complexidade
APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
APS Atenção Primária em Saúde
BPA-C Boletim de Produção Ambulatorial Consolidado
BPA-I Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado
CAPS Centro de Atenção Psicossocial
CAPS AD Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas
CAPS ADi Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas Infantojuvenil
CAPS i Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil
CC Casa Civil
CCC Centro de Convivência e Cultura
CDS Coleta de Dados Simplificado
Centro POP Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua
CER Centro Especializado em Reabilitação
CIAP2 Classificação Internacional de Atenção Primária – Segunda Edição
CID10 Classificação Internacional de Doenças – Décima Edição
CRAS Centro de Referência da Assistência Social
CREAS Centro de Referência Especializado de Assistência Social
CRU Central de Regulação de Urgências
CT Comunidade Terapêutica
CTA Centro de Testagem e Aconselhamento
DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
DH Direitos Humanos
DSS Determinantes Sociais da Saúde
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente
eCR Equipe de Consultório na Rua
EPS Educação Permanente em Saúde
eSB Equipe de Saúde Bucal
eSF Equipe de Saúde da Família
ESF Estratégia Saúde da Família
e-SUS AB e-SUS Atenção Básica
FPO Ficha da Programação Físico Orçamentária
GM Gabinete do Ministro
HG Hospital Geral
MS Ministério da Saúde
NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família
OMS Organização Mundial da Saúde
ONG Organização Não Governamental
OS Organização Social
OSC Organização da Sociedade Civil
OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
PEC Prontuário Eletrônico do Cidadão
PNAB Política Nacional de Atenção Básica
PNSB Política Nacional de Saúde Bucal
PR Presidência da República
PSE Programa Saúde na Escola
PTS Projeto Terapêutico Singular
PVC Programa de Volta pra Casa
RAAS Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde
RAAS-PSI Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde Psicossocial
RAPS Rede de Atenção Psicossocial
RAS Rede de Atenção à Saúde
RD Redução de Danos
RUE Rede de Atenção às Urgências e Emergências
SAE Serviço de Atendimento Especializado
SAMU 192 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SAS Secretaria de Atenção à Saúde
SCNES Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
SE Sala de Estabilização
SIA Sistema de Informação Ambulatorial
SIAB Sistema de Informação da Atenção Básica
SIGTAP Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses,
Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde
SIH Sistema de Informação Hospitalar
SIS Sistema de Informação em Saúde
SISAB Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica
SRT Serviço Residencial Terapêutico
SUS Sistema Único de Saúde
TMC Transtornos Mentais Comuns
UA Unidade de Acolhimento
UAA Unidade de Acolhimento Adulto
UAi Unidade de Acolhimento Infantojuvenil
UBS Unidade Básica de Saúde
UPA 24 h Unidade de Pronto Atendimento 24 horas
USF Unidade de Saúde da Família
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .....................7

1 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E .....................8


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

2 A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ...................10

2.1 Principais pontos de atenção ...................11

3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO EM SAÚDE ...................21


MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ...................24

4.1 Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde ...................24


(SCNES)

4.2 Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, ...................25


Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do
Sistema Único de Saúde (SIGTAP)

4.3 Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica ...................26


(SISAB)

4.3.1 e-SUS Atenção Básica ...................27

4.3.2 Classificação Internacional de Atenção Primária – Segunda ...................28


Edição

4.4 Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) ...................29

4.4.1 Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde Psicossocial ...................30

4.5 Sistema de Informação Hospitalar (SIH) ...................31

5 INDICADORES EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO ...................32


PSICOSSOCIAL

5.1 Exemplos de indicadores de referência para o Componente I ...................33


– Atenção Básica em Saúde da RAPS
5.2 Exemplos de indicadores de referência para o Componente ...................35
II – Atenção Psicossocial Especializada da RAPS

5.3 Exemplos de indicadores de referência para o Componente ...................37


III – Atenção de Urgência e Emergência da RAPS

5.4 Exemplos de indicadores de referência para o Componente ...................38


IV – Atenção Residencial de Caráter Transitório da RAPS

5.5 Exemplos de indicadores de referência para o Componente ...................39


V – Atenção Hospitalar da RAPS

5.6 Exemplos de indicadores de referência para o Componente ...................40


VI – Estratégias de Desinstitucionalização da RAPS

5.7 Exemplos de indicadores de referência para o Componente ...................41


VII – Reabilitação Psicossocial da RAPS

REFERÊNCIAS ...................42

APÊNDICE A – Tabela de códigos de procedimentos conforme o ...................47


SIGTAP para preenchimento dos instrumentos de registro
RAAS, BPA-I, BPA-C e AIH de alimentação dos sistemas SIA e
SIH.

ANEXO A – ClAP2 (Capítulo P: Psicológico). ...................58

ANEXO B – Formulário do RAAS-PSI. ...................59

ANEXO C – Formulário do BPA-I. ...................61

ANEXO D – Formulário do BPA-C. ...................62


7

APRESENTAÇÃO

Este guia foi cuidadosamente construído para os trabalhadores envolvidos com


ações de Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Sua elaboração foi motivada,
sobretudo, pela necessidade de qualificar os registros dos municípios pertencentes à
VIII Regional de Saúde de Pernambuco. São eles: Afrânio, Cabrobó, Dormentes,
Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista.
O objetivo principal é reunir informações de fácil entendimento e consulta sobre
monitoramento e avaliação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, com base nas
orientações do Ministério da Saúde (MS), atualizadas até março/2017,
disponibilizando referências técnicas e instrumentos de apoio para serem utilizados
no cotidiano dos serviços.
Interpretar a complexidade e vencer o desafio de produzir indicadores no
campo da Saúde Mental e Atenção Psicossocial requer um compromisso com
processos de monitoramento e avaliação, considerando-os parte essencial da
dinâmica da instituição, compreendendo e valorizando a função dos instrumentos de
registro (quer particulares ou padrão) das atividades.
Por fim, esta proposta reflete a intenção de contribuir com a consolidação das
redes de atenção às necessidades de Saúde Mental, investida da convicção de que o
planejamento em saúde auxilia na melhoria da oferta e é possível apenas por meio de
processos de monitoramento e avaliação continuados e consistentes. A perspectiva é
de que as orientações sejam utilizadas e multiplicadas, alcançando cada vez mais
trabalhadores, inclusive de outros setores e redes.
8

1 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO


PSICOSSOCIAL

Monitorar e avaliar políticas, programas e serviços são condutas essenciais


ao processo de implementação e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS),
contribuindo diretamente com o planejamento das ações e as tomadas de decisão.
Institucionalizar essas práticas, contudo, tem sido um desafio a ser enfrentado pelas
equipes de trabalhadores, quer na gestão, quer na assistência.
Monitorar consiste em um acompanhamento sistemático a fim de diagnosticar
continuadamente uma situação em relação a seus objetivos e metas, por meio de
indicadores produzidos com base em diferentes fontes de dados. O monitoramento
permite que, em tempo, sejam adotadas medidas que qualifiquem a operacionalização
de algo, bem como que se verifique se os recursos estão sendo utilizados com
eficiência.
As informações produzidas ao monitorar devem ser oportunas, apresentadas
em formato de fácil entendimento e de apreensão rápida. Para isso, é necessário que
os indicadores sejam coletados e calculados com periodicidade. No âmbito das
políticas públicas, tradicionalmente, acompanhar o desenvolvimento das propostas
implementadas é identificado como monitoramento.
Avaliar, por conseguinte, implica em acessar os dados monitorados e
compará-los com as referências pertinentes, a fim de emitir juízo de valor,
considerando os pontos de vista de todos os envolvidos com o processo. Na prática,
a avaliação de qualquer atividade de saúde significa confrontar o que vem sendo feito
cotidianamente com o que deveria ser feito como melhor intervenção possível.
Um esquema de avaliação das ações de saúde tem como sentido mais nobre
fortalecer o movimento de transformação da sociedade em prol da cidadania e da
9

garantia dos direitos fundamentais. Portanto, avaliar não deve ser visto como ameaça,
mas sim como um incentivo para que os serviços cumpram padrões mínimos de
qualidade, subsidiando o aprimoramento da condução dos mesmos.
Apesar da necessidade e do movimento internacional de valorização e
incorporação de processos de monitoramento e avaliação, destaca-se que estes ainda
não são bem estabelecidos na Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Comparando
o campo com outras áreas da atenção à saúde, mesmo as análises clássicas
(baseadas em eficácia, efetividade e eficiência, por exemplo) são pouco utilizadas [1].
Por isso, é imperioso pensar desenhos de monitoramento e avaliação no
cotidiano das ações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, privilegiando
interpretações que transmitam a complexidade do campo. Mapear relações e
acontecimentos constitutivos, seja por métodos quantitativos, qualitativos ou ambos,
contribuirá expressivamente para que os parâmetros de qualidades da área sejam
alcançados.
10

2 A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Em 2001, é promulgada uma lei nacional para a Reforma Psiquiátrica, que


redireciona o modelo de assistência psiquiátrica no Brasil, no contexto de um
movimento iniciado na segunda metade da década de 1970. Também conhecida
como Paulo Delgado, a lei Casa Civil (CC)/Presidência da República (PR) nº
10.216/2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com diagnóstico de
transtorno mental [2].
Nesse cenário, a fim de transvalorar a noção de doença e ocupar novos
espaços políticos, o paradigma emergente que trata do cuidado em Saúde Mental tem
sido nomeado Atenção Psicossocial. Falar de Atenção Psicossocial é dizer mais do
que da presença ou ausência de transtornos psíquicos, referindo-se à “ousadia de
inventar um novo modo de cuidar do sofrimento humano” [3].

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), então, instituída pela portaria


Gabinete do Ministro (GM)/MS nº 3.088/2011 [4] e republicada em 2013, afirma
elementos cruciais da Reforma Psiquiátrica, refutando práticas que reduzem a
experiência da loucura e do uso problemático de drogas à noção de doença. Ela
integra o SUS, sendo sua proposição, em significativa proporção, fruto da Luta
Antimanicomial e da transformação ainda em curso da atenção em Saúde Mental.
Afirmando a responsabilidade do SUS de criar, ampliar e articular pontos de
atenção em prol da garantia do cuidado em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, a
RAPS tem se consolidado com a finalidade de acolher pessoas que atravessam
11

experiências de sofrimento e/ou adoecimento psíquico, incluindo as que têm


necessidades decorrentes do uso problemático de drogas.
Como uma rede integrada de serviços, a RAPS é orientada pelos Direitos
Humanos (DH), devendo estimular a autonomia, a liberdade e a cidadania,
combatendo estigmas e atitudes discriminatórias. Considerando os Determinantes
Sociais da Saúde (DSS), assume o compromisso ético-técnico de promover a
equidade e garantir o acesso e a qualidade da assistência, ofertando cuidado integral
e interdisciplinar.
Em consonância com outras políticas, a atenção na RAPS deve ser
humanizada [5], valorizando estratégias de Educação Permanente em Saúde (EPS)
nos processos formativos das equipes e tendo o Projeto Terapêutico Singular (PTS)
como marcador do cuidado centrado na pessoa. No que se refere ao uso problemático
de drogas, a Redução de Danos (RD) é o paradigma âncora para o planejamento da
oferta e desenvolvimento das ações.
É fundamental, ainda, organizar os pontos dessa rede com base na
regionalização e no trabalho intersetorial, a fim de garantir o princípio da integralidade.
No tecer dos fluxos, os dispositivos de base territorial e comunitária devem ser
destacados, valorizando a participação/controle social das pessoas assistidas e seus
familiares, favorecendo a (re)inserção social de quem historicamente foi silenciado e
excluído – e, por vezes, segue sendo.

2.1 Principais pontos de atenção

DISPOSITIVOS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

COMPONENTE I - Atenção Básica em Saúde


A Atenção Básica (AB) ou Atenção Primária em Saúde (APS), conhecida como "porta de entrada"
do sistema de saúde e ordenadora do cuidado, objetiva desenvolver ações de promoção da saúde
e prevenção de doenças, solucionando os casos possíveis (incluindo urgências) e direcionando os
demais, de modo corresponsável, aos outros níveis de assistência. No Brasil, consonante com os
preceitos do SUS (universalidade, acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, humanização,
equidade, participação social etc.), a Estratégia Saúde da Família (ESF) organiza a AB.
12

Unidade Básica de Saúde (UBS)


A UBS ou Unidade de Saúde da Família (USF) é composta por
equipe multiprofissional responsável por um conjunto de ações de
âmbito individual e coletivo. É o dispositivo central da AB, dando
vida à ESF. Como ponto de atenção da RAPS, compromete-se
com a promoção e manutenção da saúde mental; prevenção do
adoecimento psíquico; diagnóstico e cuidado a pessoas com
transtornos, principalmente os Transtornos Mentais Comuns¹
(TMC); reabilitação; ações de RD e cuidado para pessoas com
necessidades decorrentes do uso de drogas, dentre outras. Deve
se articular com os demais serviços da rede, impactando na
situação de saúde e autonomia das pessoas em particular e nos
determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
Conforme a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) [7], uma
equipe de Saúde Família (eSF) atende no máximo 4 mil pessoas
e em média 3 mil e, com a Política Nacional de Saúde Bucal
(PNSB) – Programa Brasil Sorridente [8], a UBS pode contar com
uma equipe de Saúde Bucal (eSB). Para a Organização Mundial
da Saúde (OMS), o manejo e o cuidado de transtornos mentais
no contexto da AB são essenciais para possibilitar que um número
maior de pessoas tenha acesso ao cuidado em Saúde Mental,
proporcionando atenção mais qualificada e reduzindo tratamentos
impróprios ou não específicos [9].
¹TMC referem-se a casos de sofrimento e/ou adoecimento psíquico que
apresentam sinais não psicóticos (por exemplo: insônia, fadiga, sintomas
depressivos, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas
somáticas), mas que limitam as pessoas em suas capacidades funcionais [6].

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)


O NASF, vinculado à AB, é constituído por profissionais de saúde
de diferentes núcleos formativos que, atuando de modo integrado,
apoiam as eSF, as equipes de AB para populações específicas e
as equipes da Academia da Saúde, matriciando, compartilhando
o cuidado e manejando situações relacionadas ao sofrimento ou
adoecimento psíquico e aos problemas decorrentes do uso de
drogas. De acordo com a portaria GM/MS nº 3.124/2012 [10], o
NASF tipo 1 tem de 5 a 9 equipes de referência, o NASF tipo 2,
de 3 a 4, e o NASF tipo 3, de 1 a 2. A Saúde Mental está entre as
9 áreas estratégicas de atuação do NASF, indicando-se, por
exemplo, que em um município pequeno, que não conta com
Atenção Psicossocial Especializada, é vantagem ter um
profissional de Saúde Mental no NASF, a fim de melhor responder
às necessidades da população. A equipe NASF deve trabalhar
conjuntamente com outras equipes especializadas de Saúde
Mental (como as que compõem os pontos de Atenção
Especializada da RAPS), corresponsabilizando-se pelos casos e
facilitando a integração com as eSF. Esse arranjo institucional
visa à articulação entre as unidades locais de saúde e os serviços
de Saúde Mental, organizando o fluxo e o processo de trabalho.
13

Equipe de Consultório na Rua (eCR)


A eCR é formada por profissionais atuando de modo itinerante,
que ofertam cuidados de saúde à população em situação de rua,
assumindo a responsabilidade, no âmbito da RAPS, de promover
cuidados em Saúde Mental e Atenção Psicossocial para pessoas
em situação de rua em geral; pessoas com diagnóstico de
transtornos mentais e pessoas que fazem uso de crack, álcool e
outras drogas, sempre em parceria com outros pontos de atenção
da rede. O cálculo do número máximo de eCR por município é
baseado nos dados dos censos populacionais relacionados à
população em situação de rua, os quais devem ser levantados por
órgãos oficiais e reconhecidos pelo MS. Segundo a portaria
GM/MS nº 123/2012 [11], o município precisa ter mais de 100 mil
habitantes e uma população mínima de 80 pessoas em situação
de rua para implantar uma eCR, podendo uma equipe atender de
80 a 1000 pessoas. Municípios com população inferior a 100 mil
habitantes têm chances de serem contemplados com eCR, desde
que comprovada a existência do público-alvo do dispositivo pelos
censos oficiais mencionados. Ressalta-se, ainda, que a eCR pode
utilizar as instalações das UBS do território, sempre que
necessário.
Observação: Em municípios ou áreas que não tenham Consultórios na Rua, o
cuidado integral à população em situação de rua deve seguir sendo de
responsabilidade da AB, destacando as eSF e incluindo os profissionais de Saúde
Bucal e os NASF do território onde essas pessoas estão concentradas.

Equipe de apoio aos serviços de Atenção Residencial de


Caráter Transitório
As equipes de apoio aos serviços do componente da RAPS de
Atenção Residencial de Caráter Transitório oferecem suporte
clínico, coordenando o cuidado e prestando serviços de atenção
à saúde de forma longitudinal e articulada com os outros pontos
de atenção. Os gestores deverão ser sensíveis à avaliação dos
dispositivos do componente em questão, considerando a
implantação da equipe de apoio a fim de garantir o cuidado
integral.

Centro de Convivência e Cultura (CCC)


O CCC é uma unidade pública, articulada à Rede de Atenção à
Saúde (RAS) e, em especial, à RAPS, onde são oferecidos, à
população em geral, espaços de sociabilidade, produção e
intervenção na cultura e na cidade. É estratégico para a inclusão
social das pessoas com diagnóstico de transtorno mental e/ou
que fazem uso problemático de drogas, visto que se caracteriza
como dispositivo que deve promover convívio e sustentação das
diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.

COMPONENTE II – Atenção Psicossocial Especializada


Por muito tempo, a atenção especializada em Saúde Mental se restringiu ao cuidado hospitalar.
Contudo, com a reorientação sofrida pelas políticas de Saúde Mental, em decorrência dos
movimentos reformistas, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), em seu caráter substitutivo e
estratégico, passa a ser a referência axial do componente de Atenção Psicossocial Especializada da
RAPS.
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Centro de Atenção Psicossocial


Estabelecido pela portaria GM/MS nº 336/2002 [12], o CAPS é
constituído por equipe multiprofissional que atua
interdisciplinarmente, atendendo a pessoas com diagnóstico de
transtorno mental grave e persistente, decorrente do uso
problemático de drogas ou não. Suas atividades são
desenvolvidas, prioritariamente, em espaços coletivos, a exemplo
de grupos, assembleias, reunião de equipe, dentro outros. Em sua
função de articulador de rede, o CAPS deve trabalhar em parceria
com outros pontos de atenção da RAPS e das demais redes.
Quanto às modalidades, tem-se:
- CAPS I: Indicado para municípios com população acima de 20
mil habitantes, atende a pessoas com diagnóstico de transtorno
mental grave e persistente, decorrente do uso problemático de
drogas ou não, de todas as faixas etárias¹;
- CAPS II: Indicado para municípios com população acima de 70
mil habitantes, atende a pessoas com diagnóstico de transtorno
mental grave e persistente, acima de 18 anos ou, caso não haja
CAPS i de referência, de todas as faixas etárias. Pode, também,
atender a pessoas com necessidades decorrentes do uso
problemático de drogas – conforme a organização da rede de
saúde local;
- CAPS III: Indicado para municípios ou regiões com população
acima de 200 mil habitantes, atende a pessoas com diagnóstico
de transtorno mental grave e persistente, proporcionando
serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas
(incluindo finais de semana e feriados), ofertando retaguarda
clínica e acolhimento noturno a outros serviços de Saúde Mental,
inclusive CAPS AD.
¹Em qualquer situação, independentemente da missão e modalidade dos serviços,
o atendimento a crianças e adolescentes deve considerar as normativas do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas


(CAPS AD)
Serviço de Saúde Mental aberto e de caráter comunitário,
ancorado no paradigma de RD, o CAPS AD é constituído de modo
semelhante ao CAPS geral, contudo é voltado especificamente à
população que faz uso problemático de drogas. Sobre suas
modalidades, tem-se
- CAPS AD: Indicado para municípios ou regiões com população
acima de 70 mil habitantes, atende a crianças e adolescentes ou
adultos com necessidades decorrentes do uso problemático de
drogas;
- CAPS AD III: Indicado para municípios ou regiões com
população acima de 200 mil habitantes, atende a crianças e
adolescentes ou adultos com necessidade de cuidados clínicos
contínuos, funcionando 24 horas (incluindo finais de semana e
feriados) e podendo ofertar, no máximo, 12 acomodações para
observação e monitoramento das condições de saúde das
pessoas assistidas.
15

Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPS i)


Em consonância com os direitos da criança e do adolescente, o
CAPS i é um serviço aberto e de caráter comunitário, indicado
para municípios ou regiões com população acima de 150 mil
habitantes, voltado à assistência de crianças e adolescentes com
diagnóstico de transtorno mental grave e persistente e/ou que
fazem uso problemático de drogas¹. As atividades ofertadas
devem levar em consideração a particularidade da faixa etária,
valorizando o lúdico na produção de tecnologias de cuidado.
¹No cenário nacional, experiências inovadoras e preliminares de atendimento em
CAPS a crianças e adolescentes que fazem uso problemático de drogas têm
suscitado a necessidade de um diagnóstico situacional que subsidie o
reconhecimento pela portaria da RAPS da modalidade Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e outras Drogas Infantojuvenil (CAPS ADi) [13].

COMPONENTE III – Atenção de Urgência e Emergência


Os pontos de Atenção de Urgência e Emergência são responsáveis pelo acolhimento, classificação
de risco e cuidado nas situações de urgência e emergência das pessoas com sofrimento ou
adoecimento psíquico, incluindo aquelas que têm necessidades decorrentes do uso problemático de
drogas. Na RAPS, eles deverão se articular com os CAPS, corresponsabilizando-se pelo cuidado
nas situações que necessitem de internação em Hospital Geral (HG) ou de Serviços Residenciais de
Caráter Transitório.

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192)


O SAMU 192 tem como objetivo chegar precocemente às
pessoas após a ocorrência de alguma situação de urgência ou
emergência de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica,
pediátrica, psiquiátrica, entre outras, que possa desencadear
sofrimento, sequelas ou mesmo morte. Trata-se de um serviço
pré-hospitalar que, com a maior brevidade possível, conecta as
pessoas em situação de urgência ou emergência aos recursos de
que necessitam. Acessado pelo número telefônico “192” e
acionado por uma Central de Regulação de Urgências (CRU),
funciona 24 horas, orientando e enviando veículos tripulados por
equipe capacitada. O SAMU 192 realiza atendimentos em
qualquer lugar (residências, locais de trabalho, vias públicas etc.)
e, como ponto de atenção da RAPS, enfatiza-se a
responsabilidade que tem pela assistência em situações de
urgência e emergência em Saúde Mental (atenção à pessoa em
crise), como supracitado.

Sala de Estabilização (SE)


A SE é um equipamento estratégico para a Rede de Atenção às
Urgências e Emergências (RUE), tratando-se de um ambiente
com condições de garantir assistência 24 horas para
estabilização de pessoas em estados críticos e/ou graves.
Vinculada a um equipamento de saúde (UBS, Unidade Mista,
Unidade de Pronto Atendimento, Hospital etc.), conecta-se aos
outros níveis de atenção, articulando, via CRU, o
encaminhamento a outros pontos das RAS. Como componente
da RAPS, qualifica a oferta de atenção à crise psiquiátrica.
Observação: No cenário atual, a União restringiu o repasse de recursos
financeiros tanto para implantação quanto para manutenção de SE. Com isso,
projetando melhoras futuras, o dispositivo não foi excluído como possível
componente da RUE, em específico, e das RAS, no geral, porém o seu
funcionamento está suspenso por tempo indeterminado.
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Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24 h)


A UPA 24 h funciona todos os dias da semana (incluindo finais de
semana e feriados), sendo um dispositivo de complexidade
intermediária entre as UBS e as portas de urgência hospitalares.
Tem como objetivo diminuir as filas dos hospitais, evitando o
encaminhamento de casos que podem ser solucionados na AB
ou pela própria UPA 24 h. Como componente da RAPS, deve
prestar assistência em situações de urgência e emergência em
Saúde Mental (atenção à pessoa em crise).

COMPONENTE IV – Atenção Residencial de Caráter Transitório


O componente de Atenção Residencial de Caráter Transitório tem a missão de garantir o suporte
necessário em casos de vulnerabilidade social e/ou familiar, acolhendo pessoas que demandem
acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório. Os dispositivos que o integram
funcionam 24 horas e em ambiente residencial.

Unidade de Acolhimento (UA)


Instituída pela portaria GM/MS nº 121/2012 [14], a UA é um
dispositivo da RAPS que oferece cuidados contínuos de saúde a
pessoas de ambos os sexos, com necessidades decorrentes do
uso problemático de drogas e que apresentem acentuada
vulnerabilidade social e/ou familiar, demandando
acompanhamento terapêutico. O tempo máximo de permanência
é de 6 meses, sendo papel da AB apoiar e reforçar o cuidado
clínico geral das pessoas acolhidas e, de responsabilidade do
CAPS, a indicação do acolhimento, o acompanhamento
especializado durante este período, o planejamento da saída e do
seguimento do cuidado e a participação de forma ativa na
articulação intersetorial, a fim de promover a reinserção das
pessoas assistidas na comunidade. As modalidades de UA levam
em consideração a faixa etária atendida:
- Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): Destinada a pessoas
maiores de 18 anos;
- Unidade de Acolhimento Infantojuvenil (UAi): Destinada a
pessoas entre doze anos e dezoito anos incompletos.

Comunidade Terapêutica (CT)


A CT é um serviço de caráter residencial transitório voltado a
acolher, por até 9 meses, adultos com necessidades clínicas
estáveis decorrentes do uso de drogas. Segundo a portaria
GM/MS nº 131/2012 [15], o incentivo financeiro de custeio da CT
é de R$ 15.000,00 mensais para cada módulo de 15 vagas (até
um limite de financiamento de 2 módulos por entidade
beneficiária), diferenciando-a de Centro de Recuperação e
instituições afins, para as quais não se prevê financiamento
público e nem inserção na RAPS. No que se refere à equipe de
apoio aos serviços de Atenção Residencial de Caráter Transitório
(mencionada no Componente I – Atenção Básica em Saúde):
municípios com 3 ou mais CT podem implantar 1 equipe para
cada 3 CT e municípios com menos de 3 CT (menos de 80
pessoas assistidas) seguirão com a atenção integral por conta
das equipes de AB.
Observação: Cabe ressaltar que a CT vai de encontro à lei CC/PR nº 10.216/2001
[2] e ao movimento de Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial, tendo a
inclusão deste dispositivo na RAPS sido um ponto conflituoso. Isso em função de
17

a CT, em geral, utilizar tecnologias como o isolamento social e a internação, além


de se fundamentar em ideologia religiosa. Sua prática tem se inspirado em um
modelo de internação compulsória e violação dos direitos das pessoas em
tratamento, tendo a abstinência como condição e, assim, negando a potência
terapêutica e política da perspectiva da RD. Dessa maneira, o financiamento
público desses dispositivos representa não só uma afronta à lei nacional de
Reforma Psiquiátrica, às resoluções da 14ª Conferência Nacional de Saúde e da
IV Conferência Nacional de Saúde Mental – Intersetorial mas também, ao
movimento reformista em curso no país, que se respalda no caráter laico do
Estado brasileiro [16].

COMPONENTE V – Atenção Hospitalar


Como mencionado na descrição do Componente II – Atenção Psicossocial Especializada,
historicamente, as instituições hospitalares, com ênfase nos Hospitais Especializados em Psiquiatria,
assumiram quase que exclusivamente a função da “assistência” a pessoas com necessidades de
Saúde Mental, violando direitos e silenciando subjetividades. Todavia, ancorado no processo de
Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial, o presente componente redireciona a assistência
hospitalar em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, enfatizando o caráter de transformação social
nas relações com a loucura proposto pela RAPS.

Hospital Geral
Sempre respeitando a lei CC/PR nº 10.216/2001 [2], o HG de
referência para atenção a pessoas com sofrimento e/ou
transtorno mental, decorrentes do uso problemático de drogas ou
não, oferece suporte hospitalar por meio de internações de curta
ou curtíssima duração (até a estabilidade clínica) em situações
assistenciais que indicam a ocorrência de comorbidades de
ordem clínica e/ou psíquica. Funciona integralmente, durante 24
horas diárias, nos 7 dias da semana, sem interrupção da
continuidade entre os turnos. É possível habilitar leitos integrais
especializados em Saúde Mental no HG, qualificando, deste
modo, a assistência no âmbito da atenção à crise, incluídos os
casos de abstinências e intoxicações severas. O acesso a esses
leitos deve ser regulado com base em critérios clínicos e de
gestão, considerando o CAPS¹ como interlocutor. A equipe que
atua nessa enfermaria especializada deve ser de composição
multidisciplinar, trabalhando de modo interdisciplinar e articulado
com o PTS desenvolvido pelo serviço de média complexidade ou
de AB de referência para a pessoa. Especialmente no que é
alusivo à retaguarda a pessoas com complicações decorrentes do
uso problemático de drogas, a oferta do HG, observando o
território, deve respeitar a lógica da RD e outras premissas e
princípios do SUS. O parâmetro adotado pela portaria GM/MS nº
3.088/2011 [4] é de 1 leito em enfermaria especializada para cada
23 mil habitantes.
¹No caso de a pessoa acessar a RAPS por meio do próprio HG e não apresentar
vínculo anterior com um CAPS, deve ser providenciada sua referência a um
dispositivo deste tipo, o qual assumirá a retaguarda assistencial após a alta.
Observação: Dada a história de exclusão, aprisionamento, silenciamento e
negação de direitos escrita pelas instituições totais no campo da Saúde Mental,
cabe ressaltar que o Hospital Psiquiátrico (geralmente conhecido como Sanatório,
Hospício ou Manicômio) não compõe a RAPS, de modo que não deve participar
dos fluxos de encaminhamento desta rede, exceto em caráter transicional de
modelos. É imprescindível o fortalecimento da Luta Antimanicomial, que propõe a
desconfirmação da função social e o fechamento de todos os Hospitais
Psiquiátricos, pari passu com o fortalecimento da rede de serviços territoriais
substitutivos.

COMPONENTE VI – Estratégias de Desinstitucionalização


Este componente reúne pontos de atenção que cumprem função estratégica no processo de
desospitalização e reinserção social de pessoas que atravessam/atravessaram a experiência de
internamento de longa duração em Hospital Psiquiátrico ou Hospital de Custódia. Considerando a
18

necessidade de acelerar a estruturação e a consolidação da rede extra-hospitalar de atenção à


Saúde Mental em todas as unidades da Federação, implementando diretrizes de melhoria de
qualidade da oferta, os seus pontos de atenção ratificam a imprescindibilidade da
desinstitucionalização ante a história manicomial escrita ao longo de décadas.

Serviço Residencial Terapêutico (SRT)


Mais conhecido como Residência Terapêutica, o SRT, criado pela
portaria GM/MS nº 106/2000 [17], é uma moradia inserida na
comunidade, localizada fora dos limites de unidades hospitalares
gerais ou especializadas e vinculada à rede pública de serviços
de saúde, que acolhe pessoas egressas de internações de longa
permanência (2 anos ou mais ininterruptos) em Hospitais
Psiquiátricos ou Hospitais de Custódia. Configurando-se como
uma estratégia de desinstitucionalização, deve garantir convívio
social, reabilitação psicossocial, resgate da cidadania, promoção
de laços afetivos, reinserção no espaço da cidade e reconstrução
das referências familiares. Segundo a portaria GM/MS nº
3.090/2011 [18], que altera a portaria GM/MS nº 106/2000 [17],
cada SRT deverá estar vinculado a um serviço/equipe de Saúde
Mental de referência, que dará o suporte técnico-profissional
necessário. O número de unidades que um município pode
instalar depende do número de munícipes longamente
internados. Quanto às modalidades, tem-se:
- SRT Tipo I: Destinado a pessoas com diagnóstico de transtorno
mental em processo de desinstitucionalização, devendo acolher,
no máximo, 8 moradores, sendo o recurso financeiro de custeio
mensal condicionado à composição mínima de 4 moradores.
Nesta modalidade, o SRT pode contar com um cuidador de
referência.
- SRT Tipo II: Destinado a pessoas com diagnóstico de transtorno
mental e acentuado nível de dependência (especialmente em
função de comprometimento físico), que necessitem de cuidados
permanentes específicos, devendo acolher no máximo 10
moradores, sendo o recurso financeiro de custeio mensal
condicionado à composição mínima de 4 moradores. Nesta
modalidade, o SRT deve contar com equipe mínima composta por
cuidadores de referência e técnico de Enfermagem.

Programa de Volta pra Casa (PVC)


Instituído pela lei CC/PR nº 10.708/2003 [19] e regulamentado pela
portaria GM/MS nº 2.077/2003 [20], o PVC é uma política pública
de inclusão social que visa fortalecer o processo de
desinstitucionalização, provendo auxílio-reabilitação no valor de
R$ 240,00 a pessoas com diagnóstico de transtorno mental
egressas de internação psiquiátrica de longa permanência (2
anos ou mais ininterruptos). O número de benefícios com os quais
o município pode ser contemplado depende da quantidade de
munícipes que se encaixam no critério de internação de longa
permanência. Mais informações podem ser consultadas no
Manual do Programa “De Volta pra Casa” [21].
Observação: Moradores do SRT também têm direito a receber o auxílio do PVC.

COMPONENTE VII – Reabilitação Psicossocial


O componente Reabilitação Psicossocial, destinado a ações de caráter intersetorial que promovam
a inclusão produtiva, a formação e a qualificação para o trabalho de pessoas com diagnóstico de
transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso problemático de drogas, agrega
iniciativas de geração de trabalho e renda, envolvendo empreendimentos solidários e cooperativas
sociais. Essas iniciativas devem articular sistematicamente as redes de saúde e de economia
19

solidária com os recursos disponíveis no território, a fim de garantir a melhoria das condições
concretas de vida, a ampliação da autonomia, a contratualidade e a inclusão social.

Cooperativa
Regulada pela lei CC/PR nº 5.764/1971 [22], que define a Política
Nacional de Cooperativismo, a Cooperativa é uma associação de
pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de
forma democrática, sem fins lucrativos. Constitui-se por membros
de determinado grupo econômico ou social que, juntos, têm o
objetivo de desempenhar determinada atividade. Identidade de
propósitos e interesses; ação conjunta, voluntária e objetiva para
coordenação de contribuição e serviços; obtenção de resultado
útil e comum a todos são algumas das premissas do
cooperativismo. Por diversos fatores, ao longo da história,
pessoas com diagnóstico de transtorno mental, decorrentes do
uso problemático de drogas ou não, foram equivocadamente
classificadas como incapazes. Sendo a garantia de trabalho e a
geração de renda, provavelmente, dos maiores desafios do
movimento de Reforma Psiquiátrica, dadas as exigências do
sistema capitalista, aposta-se na lógica da Cooperativa como uma
porta para a (re)inserção social por meio do mundo do trabalho.
Nas últimas décadas, experiências exitosas nesse sentido têm
sido narradas no campo da Saúde Mental e Atenção Psicossocial,
com destaque às organizações que envolvem pessoas assistidas
pelos CAPS e seus familiares.

Dispositivos intrasetoriais
A fim de garantir a integralidade do cuidado, correspondendo às
reais necessidades da população, a RAPS não deve restringir sua
articulação aos dispositivos previstos na portaria que a
regulamenta. Nesse sentido, os demais serviços do SUS devem
ser convidados e articulados a esse funcionamento integrado e
integral, na perspectiva intrasetorial, cabendo aos trabalhadores
da RAPS conhecer a realidade do território onde estão inseridos
e identificar com quais dispositivos do setor saúde podem contar.
Policlínica (em especial, o Ambulatório de Saúde Mental, que
costuma disponibilizar assistência psiquiátrica e psicológica),
Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)/Serviço de
Atendimento Especializado (SAE), Centro Especializado em
Reabilitação (CER) são exemplos de serviços que compõem a
rede SUS e podem atuar em parceria com os dispositivos da
RAPS.

Dispositivos intersetoriais
Além da intrasetorialidade, a RAPS depende de articulações
intersetoriais para que seus objetivos sejam alcançados. Assim, a
organização de ações intersetoriais em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial envolve políticas públicas além das de saúde, tais
como: assistência social, educação, habitação, esporte, cultura,
trabalho e renda, segurança pública, judiciário e, ainda, os
diversos recursos da vida comunitária, as associações de
familiares e pessoas assistidas pelos serviços, os movimentos
sociais, dentre outros. Com frequência, parcerias com serviços
como Centro de Referência Especializado para a População em
Situação de Rua (Centro POP), Centro de Referência da
Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado
de Assistência Social (CREAS), Escola, Universidade, Vara de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Vara da Infância
20

e Juventude, dentre outros, são solicitadas. Cabe aos


trabalhadores da RAPS, portanto, diagnosticarem os serviços de
que o território dispõe, a fim de potencializar as articulações para
uma atenção integral.

Dispositivos do Terceiro Setor


Em um sistema capitalista didaticamente dividido em três setores,
sendo o primeiro o Estado/Governo e o segundo as empresas
privadas, Terceiro Setor diz respeito a todas as iniciativas
privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil
organizada. Dentre elas, destacam-se: a Organização Não
Governamental (ONG) ou Organização da Sociedade Civil (OSC);
a Organização Social (OS) e a Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público (OSCIP). Como possibilidades constitutivas
dos territórios, os dispositivos do Terceiro Setor ofertam serviços
à comunidade e, por isto, os trabalhadores da RAPS, sem perder
de vista os princípios e diretrizes do SUS, bem como os ideais de
Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial, devem valorizar tais
parcerias sempre que se revelarem como vias para potencializar
o cuidado. Historicamente, instituições como a Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e as Casas de
Acolhimento para idosos, por exemplo, têm contribuído com a
integralidade da atenção.
21

3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Todo processo avaliativo inicia com a escolha de um método capaz de pôr em


análise informações e questões de interesse. Centrado no cotidiano dos serviços e
garantindo a participação da equipe, das pessoas assistidas e seus familiares, deve
enfocar objetivos, decisões, reivindicações, preocupações, entre outros, como
variáveis que auxiliam a classificar o avanço das ações.
Dessa maneira, as pessoas diretamente envolvidas com aquilo que se avalia
são as mais indicadas para identificar o direcionamento da avaliação. Torna-se
essencial, ainda, no que se refere aos trabalhadores, que o processo avaliativo dê
conta não só de conhecer o que eles pensam que deve ser avaliado, como também a
opinião que têm acerca dos instrumentos mais adequados para isto.
Considerando a complexidade que permeia a definição de parâmetros para a
avaliação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, não é fácil precisar qual(is)
instrumento(s) é(são) mais adequado(s) para cada foco. Todavia, experiências no
cotidiano dos serviços e estudos, como o de Pôrto [23], ajudam a identificar métodos e
instrumentos exitosos que podem ser utilizados e aprimorados.
São exemplos de instrumentos para monitoramento e avaliação em Saúde
Mental e Atenção Psicossocial:
Supervisão clínico-institucional – que garante a reflexão em torno da
organização do processo de trabalho, destacando o acompanhamento de
casos, com apoio de profissional externo à equipe (o supervisor);
22

Reunião de equipe – espaço que deve ser garantido, de preferência


semanalmente, não apenas para discussões de caráter burocrático, mas
sobretudo para reflexões sobre o trabalho realizado, na perspectiva de
construção conjunta de estratégias;
Discussão de caso – fundamental para promover uma ampliação das
possibilidades de cuidado às pessoas atendidas e aos seus familiares;
PTS – utilizado especialmente para os casos mais desafiantes, devendo
necessariamente incluir a avaliação do que se faz, com participação direta
da própria pessoa acompanhada;
Assembleia – que garante encontros sistemáticos de todos que integram o
cotidiano do serviço, na perspectiva de aprimorar sua dinâmica de
funcionamento, promover relações horizontalizadas e instituir participação
social;
Questionário – voltado a pessoas assistidas diretamente pelo serviço, seus
familiares e/ou trabalhadores, reunindo perguntas que ajudem a
circunscrever os fenômenos de interesse;
Caixa de sugestões – sempre disponível para eventuais críticas e
propostas;
Prontuário – instrumento fundamental para o registro do processo
terapêutico de cada pessoa acompanhada;
Livro de registro de grupos – em que as atividades ficam anotadas,
permitindo análise de suas execuções;
Relatórios gerados pelos sistemas de informação – dados consolidados por
competência sobre procedimentos realizados pelo dispositivo.
Historicamente, os primeiros instrumentos usados nos serviços de Saúde
Mental eram apenas de mensuração, centrados nas (in)capacidades das pessoas
atendidas. Quando surge a necessidade de avaliar os programas de saúde, avançam
para instrumentos de caráter descritivo. Somente na década de 1990 é experimentada
uma proposta participativa, abrindo caminhos para os métodos considerados mais
efetivos na contemporaneidade.
Com o intuito de ir além dos indicadores epidemiológicos, as avaliações têm
desenvolvido um instrumental que discute boas práticas, incluindo medidas que
classificam os reflexos delas sobre, por exemplo, a qualidade de vida, a autonomia e
23

a satisfação das pessoas. Destarte, a maioria dos trabalhadores desse campo


concorda que roteiros de avaliação qualitativa são mais adequados [23].
Em suma, a inventividade necessária ao trabalho em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial é indispensável também para o planejamento de métodos e criação de
instrumentos avaliativos, compondo a tarefa de monitorar e avaliar as ações.
Baseando-se em experiências exitosas e sem perder de vista os fundamentos ético-
técnicos, os trabalhadores em Saúde Mental devem exercitar a invenção também
nesse âmbito, atentos à necessidade de pôr em análise suas práticas e efeitos delas
decorrentes.
24

4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Sistema de Informação em Saúde (SIS) é um mecanismo de coleta,


processamento, análise e transmissão da informação necessária para planejar,
organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Os diversos SIS permitem acesso a
um panorama das condições de vida e de saúde da população, transformando dados
em recomendações para a qualificação das ações.
Conhecer os passos de cada etapa de um SIS é fundamental a sua
alimentação, garantindo a fidedignidade dos dados. Ressalta-se, todavia, que
centralizar a avaliação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial no dado limita a
potencialidade do seu uso, visto ser indispensável a valorização do compartilhamento
e da discussão das interpretações com os profissionais dos serviços.
A seguir, são descritos os principais SIS utilizados para o trabalho efetivo de
monitoramento e avaliação dos serviços da RAPS, mencionando os instrumentos de
registro das ações necessários à operacionalização adequada. Nessa descrição, o
preenchimento dos dados que se relacionam diretamente com a produção de
indicadores em Saúde Mental e Atenção Psicossocial é enfatizado.

4.1 Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES)

Regulamentado pelas portarias da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS)/MS


nº 511/2000 [24] e nº 134/2011 [25], o SNCES cadastra todos os estabelecimentos de
25

saúde existentes no país, quer sejam componentes da rede pública ou da privada,


visando subsidiar gestores na implantação/implementação das políticas de saúde,
facilitando o planejamento, a regulação, a avaliação, o controle, a auditoria, o ensino
e a pesquisa.
Trata-se do sistema âncora para operacionalizar os demais SIS,
proporcionando o reconhecimento da rede assistencial existente, suas
potencialidades e lacunas, por meio de um banco de dados que reúne informações
sobre condições de infraestrutura, recursos humanos, equipamentos e serviços
ofertados pelos estabelecimentos de todas as esferas administrativas.
Geralmente, o município designa um profissional digitador para lançar as
informações no SCNES. Sob supervisão do gestor municipal da pasta, coordenadores
de serviços de saúde devem preencher os formulários especificados pelo Manual
Técnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – Versão 2 [26] e
encaminhá-los ao digitador, atualizando sempre que necessário.
Dotar o SUS com uma base cadastral atualizada, única e fidedigna em todo o
país decorre de uma ação conjunta dos municípios, estados e governo federal.
Destaca-se, portanto, o papel essencial dos gestores estaduais, do Distrito Federal e
municipais, que têm a responsabilidade do registro e o desafio de mantê-lo atualizado,
efetuando sistematicamente a disseminação das informações cadastradas.

4.2 Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos,


Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SIGTAP)

Desenvolvido pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), o


SIGTAP é um sistema de gerenciamento que permite a consulta de procedimentos da
amplamente conhecida “Tabela SUS”. Disponibilizado no segundo semestre de 2007
para consulta por gestores e prestadores, a fim de que estes se familiarizassem com
a ferramenta, está em vigor desde janeiro de 2008.
Além de fornecer dados relativos a cada procedimento, demostrando quais
dispositivos e quais profissionais estão habilitados para a execução, o SIGTAP
permite que sejam gerados relatórios variados, de acordo com a necessidade de
quem procura. É um recurso fundamental para a manutenção da saúde financeira dos
serviços do SUS, potencializando o processo de tomada de decisões.
26

Em sua disposição, o SIGTAP compartimenta-se em 4 níveis de agregação:


grupo (de procedimentos com características semelhantes ou de acordo com a
finalidade do atendimento); subgrupo (de procedimentos por tipo e/ou área de
atuação); forma de organização (por sistemas do corpo humano; especialidades; tipo
de exame etc.) e procedimento (detalhamento da intervenção).
No que se refere especificamente ao campo da Saúde Mental e Atenção
Psicossocial, além de procedimentos de AB, no grupo “Procedimentos clínicos” e
subgrupo “Consultas/Atendimentos/Acompanhamentos”, há a forma de organização
“Atendimento/Atenção Psicossocial”. Nessa categoria, é possível acessar diversos
procedimentos executados por dispositivos especializados da RAPS.
Considerando, ainda, o mesmo grupo e o mesmo subgrupo supracitados, na
forma de organização “Outros atendimentos realizados por profissionais de nível
superior”, são encontrados procedimentos de média complexidade de caráter
ambulatorial, geralmente utilizados por ambulatórios de Saúde Mental/Psiquiatria em
Policlínicas.
Por fim, no grupo “Procedimentos clínicos” e subgrupo “Tratamentos clínicos
(outras especialidades)”, na forma de organização “Tratamento dos transtornos
mentais e comportamentais”, e no grupo “Ações complementares de atenção à saúde”
e subgrupo “Ações relacionadas ao atendimento”, na forma de organização “Diárias”,
estão os procedimentos relativos à Atenção Hospitalar na RAPS.
Os profissionais da rede podem e devem acompanhar as atualizações da
“Tabela SUS” via SIGTAP, identificando os procedimentos vigentes e os revogados,
bem como as modificações, evitando registros incompatíveis com os sistemas e
garantindo a fidedignidade dos dados. É mais um instrumento de fácil entendimento,
que permite a qualificação do monitoramento e da avaliação.

4.3 Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB)

O SISAB, orientado pela portaria GM/MS nº 1.976/2014 [27] a substituir


gradativamente, até maio de 2015, o Sistema de Informação da Atenção Básica
(SIAB) e outros sistemas utilizados pela AB, foi instituído pela portaria GM/MS nº
1.412/2013 [28]. Com ele, entre outras coisas, é possível obter informações da situação
sanitária e de saúde da população.
27

Uma das principais características do SISAB é o registro de informações


individualizadas, oferecendo ao gestor uma visão mais fidedigna das ações das
equipes em relação a cada cidadão do território. Capaz de gerar relatórios de
indicadores de saúde por estado, município, região e equipe, pode, a partir de uma
utilização sistemática e consistente, qualificar, gradativamente, o monitoramento,
potencializando, consequentemente, o planejamento.
É um sistema que se relaciona diretamente com o financiamento e a adesão
aos programas e estratégias da PNAB, alimentado, em essência, pela ferramenta e-
SUS Atenção Básica (e-SUS AB), a qual propõe incremento da gestão da
informação, automação dos processos, melhoria da infraestrutura e do cotidiano de
trabalho.

4.3.1 e-SUS Atenção Básica

Alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos SIS do MS e


entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para melhorar
o atendimento à população, a estratégia e-SUS AB faz referência à busca por um
SUS eletrônico, reestruturando, em nível nacional, informações sobre as ações
realizadas na AB e permitindo coletar dados individualizados.
Destarte, o e-SUS AB foi desenvolvido para atender a missão do trabalho da
AB de gerir o cuidado em saúde, podendo ser utilizado por profissionais de todas as
equipes de AB, pelas equipes NASF, pela eCR, pela equipe de Atenção à Saúde
Prisional e a da Atenção Domiciliar (AD), além dos profissionais que realizam ações
no Programa Saúde na Escola (PSE) e na Academia da Saúde.
Como um sistema de captação, ele é compatível com 2 modos de registro, que
instrumentalizam a coleta dos dados que serão inseridos no SISAB: a Coleta de
Dados Simplificado (CDS), composta por 7 fichas físicas, e o Prontuário Eletrônico
do Cidadão (PEC), sistema informatizado usado para enviar os registros clínicos dos
atendimentos e também das fichas de CDS.
Cabe ressaltar que tanto o CDS quanto o PEC fornecerão as mesmas
informações ao SISAB, sendo que, com o PEC, o próprio sistema se encarrega de
organizar as informações a serem transmitidas e, no caso do CDS, formulado para
atender equipes que ainda não possuem as condições tecnológicas de informática
necessárias, as fichas terão de ser digitadas no próprio programa do PEC.
28

Mais orientações a respeito do e-SUS AB podem ser encontradas no Manual


de Exportação – API Thrift do Sistema e-SUS Atenção Básica [29]. É necessário
destacar, contudo, que esse sistema produz 7 tipos de relatórios consolidados
(Atendimento; Acompanhamento; Procedimentos; Exames; Conduta; Monitoramento
e Consolidado de Cadastro) que impactam positivamente na tarefa de produção de
indicadores.
Cada relatório consolidado do e-SUS AB agrega informações coletadas tanto
por meio do CDS quanto a partir do PEC, disponibilizando dados específicos que
auxiliam no monitoramento e avaliação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial na
AB. Nesse quesito, a Classificação Internacional de Atenção Primária – Segunda
Edição (CIAP2) merece atenção.

4.3.2 Classificação Internacional de Atenção Primária – Segunda Edição

A CIAP2 é uma ferramenta adequada à AB que permite classificar questões


relacionadas a pessoas e não a doenças, indicando o que motivou a procura pela
consulta, os problemas diagnosticados pelos profissionais de saúde, bem como as
respostas interventivas propostas pela equipe, podendo ser utilizada por
trabalhadores de núcleos formativos distintos.
Qualificando a prática profissional e potencializando o planejamento das ações
e a programação das atividades de EPS, a CIAP2 favorece que o cuidado às pessoas
seja assumido de forma multiprofissional, superando, dentre outros, limites da
Classificação Internacional de Doenças – Décima Edição (CID10), que é de uso
restrito do médico.
Destaca-se, contudo, que a CIAP2 não é uma alternativa à CID10 (que segue
sendo referência para ser usada em morbimortalidade, por exemplo). As duas
classificações apresentam, na verdade, uma relação complexa, tendo, cada uma,
conceitos para os quais não existe correspondente exato na outra, porém
apresentando correspondência em grande parte das rubricas.
Em termos de estrutura, a CIAP2 está organizada em 7 componentes e 17
capítulos. Diferenciados por cores, os componentes são: procedimentos;
sinais/sintomas; infecções; neoplasias; traumatismos; anomalias congênitas e outros
diagnósticos. Os capítulos, por sua vez, têm referência com sistemas orgânicos
(olhos; circulatório; pele etc.), incluindo um geral e outro de problemas sociais.
29

Considerando sinais/sintomas e diagnósticos que indicam questões ligadas


diretamente à Saúde Mental, destaca-se o capítulo P (Psicológico) (Anexo A), que
reúne queixas como “sensação de ansiedade/nervosismo/tensão”, “reação aguda ao
estresse”, “tristeza/sensação de depressão”, dentre outras, além de diagnósticos
como “demência”, “esquizofrenia” e “suicídio/tentativa de suicídio”.
O uso da CIAP2 no PEC se dará nos itens: motivo de consulta (subjetivo) na
escuta inicial; motivo de consulta (subjetivo) no atendimento; problema de saúde
detectado (avaliação) e intervenção (plano). Já na CDS, será restrito à “Ficha de
Atendimento Individual”, em ”problema/condição avaliada” (corresponde ao “A” –
avaliação do profissional), sendo possível incluir até 2 códigos.
Outras orientações acerca do manuseio da CIAP2 no e-SUS AB, junto ao PEC
e à CDS, podem ser consultadas no resumo ilustrado Classificação Internacional de
Atenção Primária – Segunda Edição (CIAP2) [30] produzido pelo MS, o qual, de modo
didático, justifica o valor da ferramenta para os processos de monitoramento e
avaliação em saúde.

4.4 Sistema de Informação Ambulatorial (SIA)

Criado em 1992 e implantado nacionalmente na década de 90, o SIA objetiva


o registro das ações realizadas no âmbito ambulatorial do SUS. Ao longo dos anos,
vem sendo aprimorado para que seja um sistema que, efetivamente, gere informações
sobre o atendimento ambulatorial, subsidiando gestores no monitoramento, na
avaliação e no planejamento.
Integrado ao SCNES, ao SIGTAP e à Ficha da Programação Físico
Orçamentária (FPO), a alimentação do SIA depende dos registros dos instrumentos:
Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I); Boletim de Produção
Ambulatorial Consolidado (BPA-C); Autorização de Procedimento de Alta
Complexidade (APAC) e Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde (RAAS).
Por meio da transcrição de produção que recebe, o SIA faz consolidação e,
antes de aprová-la, valida o pagamento com base em parâmetros orçamentários
estipulados pelo próprio gestor de saúde. Gera, ainda, 3 tipos de relatórios: relatório
de acompanhamento da produção físico orçamentária; relatório da produção e
relatório financeiro e para pagamento.
30

No Manual Técnico Operacional SIA/SUS – Sistema de Informação


Ambulatorial – Aplicativos de captação da produção ambulatorial APAC Magnético –
BPA Magnético – VERSIA – DE-PARA – FPO Magnético [31] são encontrados todos
os esclarecimentos necessários para o manuseio eficiente deste sistema, anexando,
inclusive, os formulários requeridos.
No que se refere aos CAPS, com base na portaria SAS/MS nº 854/2012 [32], que
cria novos procedimentos, é necessária a utilização de 3 formulários: o Registro das
Ações Ambulatoriais de Saúde Psicossocial (RAAS-PSI) (Anexo B); o BPA-I
(Anexo C) e o BPA-C (Anexo D). Para os ambulatórios de Saúde Mental/Atenção
Psicossocial, apenas BPA-I e BPA-C devem ser preenchidos.

4.4.1 Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde Psicossocial

O RAAS-PSI institui uma nova maneira de registro da atenção realizada pelo


CAPS, propondo procedimentos potencialmente mais sensíveis às diretrizes de
funcionamento deste dispositivo. A lógica de registro outrora prevista pela APAC, bem
como a dos procedimentos classificados em intensivo, não intensivo e semi-intensivo
que vinham sendo utilizadas, foram superadas.
Nesse sentido, o RAAS-PSI não se configura somente para controle interno
e/ou para facilitar a digitação. Seu uso pretende ampliar o modo de atuar e de validar
as ações e informações dos serviços. A implantação do RAAS-PSI nos CAPS é uma
oportunidade de pôr em análise os processos de trabalho, buscando efetivamente
orientar o modelo de atenção para o cuidado territorial e centrado na pessoa.
Em relação aos BPA-I e BPA-C, tem-se que os novos procedimentos do RAAS-
PSI qualificam alguns procedimentos dos BPA-I e BPA-C, superando-os. Isto é, nem
todos os procedimentos passíveis de serem registrados nos BPA-I e BPA-C devem
ser utilizados pelo CAPS. A Tabela de códigos de procedimentos de Saúde Mental e
Atenção Psicossocial (Apêndice A) disponível neste guia pode ser consultada.
Mais informações podem ser acessadas em RAAS – Registro das Ações
Ambulatoriais de Saúde: Manual de Operação do Sistema [33], em BPA – Boletim de
Produção Ambulatorial: Manual de Operação do Sistema [34] e em Sobre os novos
procedimentos de CAPS [35]. Nesse último, há uma seção de perguntas e respostas
sobre dúvidas que comumente surgem.
31

4.5 Sistema de Informação Hospitalar (SIH)

Com o objetivo de qualificar a informação em saúde a partir do registro das


internações no âmbito do SUS, o SIH foi implantado por meio da portaria GM/MS nº
896/1990 [36]. Por conseguinte, a portaria GM/MS nº 396/2000 [37] atribuiu a
responsabilidade da gestão do SIH à SAS e a portaria GM/MS nº 821/2004 [38]

descentralizou seu processamento para estados, Distrito Federal e municípios plenos.


A Autorização de Internação Hospitalar (AIH) é um instrumento que registra
todos os atendimentos provenientes das internações financiadas pelo SUS, utilizado
pelos gestores e prestadores de serviços para o pagamento por valores fixos dos
gastos hospitalares (materiais, procedimentos, profissionais e estrutura de hotelaria)
aos estabelecimentos de saúde.
O Laudo para Solicitação da AIH, por sua vez, é o formulário que deve ser
preenchido e encaminhado para que a AIH seja autorizada. Conforme a portaria
SAS/MS nº 1.011/2014 [39], o Laudo pode ser físico (no formato de formulário impresso
e armazenado em papel) ou em suporte digital (a partir de SIS que emitam e
armazenem as respectivas autorizações, transitando os dados entre os gestores).
No quesito “procedimentos relacionados aos pacientes em tratamento em
regime de internação”, estão classificados como instrumentos de registro a AIH
principal (referindo o motivo de internação), a AIH especial (que não gera AIH, mas
pode agregar valor ao procedimento principal) e a AIH secundário (que também não
gera AIH, mas qualifica o registro da informação).
Assim sendo, os procedimentos hospitalares conectados especificamente com
a produção de indicadores em Saúde Mental e Atenção Psicossocial auxiliam na
programação das intervenções neste nível (principalmente a atenção à pessoa em
crise) e são registrados na AIH principal e na AIH especial, conforme Tabela de
códigos de procedimentos de Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Apêndice A).
Como todo sistema de informação, o SIH disponibiliza relatórios gerenciais para
gestores e prestadores, os quais podem ser estudados para monitorar e avaliar os
serviços, aprimorando o planejamento. No SIH – Sistema de Informação Hospitalar
do SUS: Manual Técnico Operacional do Sistema [40] há outras informações de uso,
dirimindo possíveis dúvidas.
32

5 INDICADORES EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

A tarefa de definir boas práticas em Saúde Mental é tão ou mais complexa


quanto descrever o que é ter saúde mental. Mais do que em outras áreas, elencar
aspectos objetivos nesse campo é um desafio, visto que as ações estão atravessadas
pela intersubjetividade das relações entre pessoas atendidas, trabalhadores e
instituições, aumentando, sem dúvidas, a dificuldade do processo avaliativo.
Diversos teóricos advertem sobre problemas comumente encontrados para
monitorar e avaliar com fidedignidade em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. A
qualidade dos serviços, por exemplo, parece obedecer a características peculiares. A
mera extensão da cobertura, número de consultas, internações, dentre outros, não
satisfazem critérios de qualidade em Saúde Mental [23].
Com isso, o estabelecimento de indicadores e parâmetros avaliativos exige
sutileza, advertindo que situações nem sempre precisas escaparão a uma excessiva
rigidez. Destarte, boa estrutura, diversidade de procedimentos e bons dados
estatísticos podem trazer elementos que respondam ao problema da construção de
modos de avaliar, mas não necessariamente garantirão a qualidade do serviço.
De ordem quantitativa ou qualitativa, indicador é um recurso metodológico
utilizado para organizar os dados relevantes dos elementos que compõem um
fenômeno observado, certificando empiricamente a evolução do mesmo. Nas práticas
em saúde, são medidas-síntese, geralmente atreladas a metas e parâmetros, que
informam sobre o estado de saúde e o desempenho do sistema de saúde.
33

É fundamental destacar que o indicador e qualquer outra forma de avaliação


refletem o conjunto de valores do profissional que os constroem, priorizando algumas
dimensões em detrimento de outras. Na área da saúde, além de apontar dimensões
como satisfação das pessoas assistidas e movimentos institucionais, os indicadores
podem revelar o crescimento profissional e pessoal dos trabalhadores.
No campo específico da Saúde Mental e Atenção Psicossocial, estudos
apontam a singularidade da construção de indicadores [23]. Alguns pesquisadores
defendem que a carência de indicadores de Saúde Mental é íntima da pouca utilização
da Epidemiologia, já que se torna difícil transpor instrumentos epidemiológicos para a
área.
Portanto, aliar indicadores a processos avaliativos formativos e participativos,
tomando-os como indutores de boas práticas, permitirá o avanço na construção de
uma proposta avaliativa mais potente e conectada com o compromisso de melhoria
da oferta, de qualificação dos dispositivos e, no geral, de produção de novos modos
de cuidar do sofrimento humano e de transformação social.
Na cotidiano do trabalho, os relatórios padrão gerados pelos SIS permitem a
fácil e rápida conversão de dados consolidados em indicadores. De ordem
quantitativa, reúnem informações e propiciam análises essenciais aos processos de
monitoramento e avaliação, caracterizando-se como uma ferramenta indispensável à
gestão do cuidado e aos gestores.
Ademais, outros indicadores podem ser produzidos tomando como fonte de
dados os registros particulares de cada instituição. Destacam-se os registros (em
geral, em forma de tabela) que compilam, principalmente, os dados
sociodemográficos e de saúde das pessoas assistidas, os livros de presença e as
agendas de ações desenvolvidas não especificadas no SIGTAP.
Por último, é importante defender que a responsabilidade de todos os
dispositivos da RAPS com a produção de indicadores em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial, garantindo a avaliação dos processos, colabora com a consolidação da
mesma, afirmando a Reforma Psiquiátrica, a Luta Antimanicomial e a criação de novos
espaços e modos de cuidado definitivamente substitutivos à lógica manicomial, cujo
centro é o Hospital Psiquiátrico.

5.1 Exemplos de indicadores de referência para o Componente I – Atenção


Básica em Saúde da RAPS
34

DISPOSITIVO¹ AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos relatórios padrão do PEC
Motivo de visita – ACS (Tipos de - Número de visitas realizadas a
acompanhamento): Saúde Mental pessoas com necessidades de Saúde
Mental
Motivo de visita – ACS (Tipos de - Número de visitas realizadas a
acompanhamento): Tabagismo pessoas com tabagismo
Motivo de visita – ACS (Tipos de - Número de visitas realizadas a
acompanhamento): Usuário de álcool pessoas com necessidades
decorrentes do uso de álcool
Motivo de visita – ACS (Tipos de - Número de visitas realizadas a
acompanhamento): Usuário de outras pessoas com necessidades
drogas decorrentes do uso de outras drogas
Problemas/Condições avaliadas - Número de pessoas avaliadas com
(Condições avaliadas): Saúde Mental necessidades de Saúde Mental
Problemas/Condições avaliadas - Número de pessoas avaliadas com
(Condições avaliadas): Tabagismo diagnóstico de tabagismo
Problemas/Condições avaliadas - Número de pessoas avaliadas com
(Condições avaliadas): Usuário de necessidades decorrentes do uso de
álcool álcool
Problemas/Condições avaliadas - Número de pessoas avaliadas com
(Condições avaliadas): Usuário de necessidades decorrentes do uso de
outras drogas outras drogas
UBS Agravos e ou sintomas mais - Número de pessoas baseado na
NASF frequentes baseados na CID10: CID10 com episódio depressivo não
[Exemplo] F329 – Episódio especificado
eCR depressivo não especificado
Problemas mais frequentes baseados - Número de pessoas baseado na
na CIAP2: [Exemplo] CIAP2 com queixa de
Tristeza/Sensação de depressão tristeza/sensação de depressão
Encaminhamentos: Encaminhamento - Número de encaminhamentos para
para CAPS CAPS realizados
Temas e práticas de saúde (Temas - Número de atividades que
para saúde): Dependência química trabalharam a temática “dependência
(tabaco, álcool e outras drogas) química (tabaco, álcool e outras
drogas)”
Temas e práticas de saúde (Temas - Número de atividades que
para saúde): Prevenção da violência trabalharam a temática “prevenção
e promoção da cultura de paz da violência e promoção da cultura de
paz”
Temas e práticas de saúde (Temas - Número de atividades que
para saúde): Saúde Mental trabalharam a temática “saúde
mental”
Temas e práticas de saúde (Práticas - Número de Sessão 1 do Programa
em saúde): Programa Nacional de Nacional de Controle do Tabagismo
Controle do Tabagismo Sessão 1 realizadas
Temas e práticas de saúde (Práticas - Número de Sessão 2 do Programa
em saúde): Programa Nacional de Nacional de Controle do Tabagismo
Controle do Tabagismo Sessão 2 realizadas
35

Temas e práticas de saúde (Práticas - Número de Sessão 3 do Programa


em saúde): Programa Nacional de Nacional de Controle do Tabagismo
Controle do Tabagismo Sessão 3 realizadas
Temas e práticas de saúde (Práticas - Número de Sessão 4 do Programa
em saúde): Programa Nacional de Nacional de Controle do Tabagismo
Controle do Tabagismo Sessão 4 realizadas
Com base nos registros particulares do serviço
Acompanhamento pela eSF a pessoa - Número de pessoas com histórico
com histórico de internamento em de internamento em Hospital
Hospital Psiquiátrico Psiquiátrico acompanhadas pela eSF
Renovação de receitas de controle - Número de pessoas com
especial de pessoas com necessidades de Saúde Mental que
necessidades de Saúde Mental renovam receitas de controle especial
Acompanhamento sistemático pela - Número de pessoas acompanhadas
eSF de pessoas também assistidas pela eSF que são assistidas por
por CAPS CAPS
Identificação de uso problemático de - Percentual de pessoas identificadas
drogas no território adscrito no território adscrito que fazem uso
problemático de drogas
Criança atendidas com necessidades - Número de crianças encaminhadas
relacionadas à Saúde Mental pela rede de educação com
encaminhadas pela rede de necessidades relacionadas à Saúde
educação Mental
Ações de matriciamento em Saúde - Número de ações de matriciamento
Mental e Atenção Psicossocial em Saúde Mental e Atenção
desenvolvidas na UBS em parceria Psicossocial desenvolvidas na UBS
com a equipe NASF em parceria com a equipe NASF
Prevenção ao uso inadequado de - Número de pessoas que utilizam
benzodiazepínicos benzodiazepínicos acompanhadas
pela eSF
¹São mencionadas as instituições que constituem o Componente I – Atenção Básica em Saúde. Contudo, nem todos os
procedimentos se referem ao tipo de oferta possível de cada serviço citado, cabendo à equipe observar qual ação é de fato
desenvolvida pelo dispositivo.

5.2 Exemplos de indicadores de referência para o Componente II – Atenção


Psicossocial Especializada da RAPS

DISPOSITIVO¹ AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos relatórios padrão do SAI
Acolhimento noturno de paciente em - Número de vezes em que pessoas
Centro de Atenção Psicossocial foram acolhidas em turno noturno no
CAPS I CAPS
CAPS II Acolhimento em terceiro turno de - Número de vezes em que pessoas
CAPS III paciente em Centro de Atenção foram acolhidas em terceiro turno no
CAPS i Psicossocial CAPS
CAPS AD Acolhimento diurno de paciente em - Número de vezes em que pessoas
CAPS AD III Centro de Atenção Psicossocial foram acolhidas em turno diurno no
CAPS
Atendimento individual de paciente - Número de atendimentos individuais
em Centro de Atenção Psicossocial realizados no CAPS
36

Atendimento em grupo de paciente - Número de atendimentos em grupo


em Centro de Atenção Psicossocial realizados no CAPS
Atendimento familiar em Centro de - Número de atendimentos familiares
Atenção Psicossocial realizados pelo CAPS
Atendimento domiciliar para - Número de atendimentos
pacientes de Centro de Atenção domiciliares realizados pelo CAPS
Psicossocial e/ou familiares
Práticas corporais em Centro de - Número de vezes que pessoas
Atenção Psicossocial assistidas pelo CAPS foram
beneficiadas por atividades que
envolvem práticas corporais
individuais ou em grupo
Práticas expressivas e comunicativas - Número de vezes que pessoas
em Centro de Atenção Psicossocial assistidas pelo CAPS foram
beneficiadas por atividades que
envolvem práticas expressivas e
comunicativas individuais ou em
grupo
Atenção às situações de crise - Número de ações desenvolvidas
para o manejo de situações de crise
pela equipe do CAPS
Ações de Reabilitação Psicossocial - Número de ações de reabilitação
psicossocial desenvolvidas pela
equipe do CAPS articuladas ou não
com outros dispositivos
Promoção de contratualidade no - Número de acompanhamentos
território realizados a pessoas em seus
contextos reais de vida (casa;
trabalho; iniciativas de geração de
renda/empreendimentos solidários;
contextos familiares, sociais e
comunitários-territoriais etc.) a fim de
ampliar redes sociais e autonomia
Acolhimento inicial por Centro de - Número de novas pessoas
Atenção Psicossocial acompanhadas pelo CAPS
Ações de articulação de redes intra e - Número de atividades realizadas em
intersetoriais articulação com outros pontos de
atenção, quer da RAPS ou de outras
redes
Fortalecimento do protagonismo de - Número de atividades realizadas
usuários de Centro de Atenção que fomentam a participação de
Psicossocial e seus familiares pessoas assistidas pelo CAPS e seus
familiares nos processos de gestão
dos serviços e da rede
Matriciamento de equipes da Atenção - Número de atividades de
Básica matriciamento realizadas a equipes
da AB
Matriciamento de equipes dos pontos - Número de atividades de
de atenção da urgência e emergência matriciamento realizadas a equipes
e dos serviços hospitalares de de atenção de urgência e emergência
referência para atenção a pessoas e de serviços hospitalares
com sofrimento ou transtorno mental
e com necessidades de saúde
decorrente do uso de álcool, crack e
outras drogas
37

Ações de Redução de Danos - Número de ações de RD realizadas


Acompanhamento de Serviço - Número de ações de suporte a
Residencial Terapêutico por Centro equipes dos SRT realizadas
de Atenção Psicossocial
Com base nos registros particulares do serviço
Pessoas acompanhadas pelo CAPS - Número/Percentual de pessoas
que fazem uso de tabaco acompanhadas pelo CAPS que
fazem uso de tabaco
Pessoas acompanhadas pelo CAPS - Percentual de pessoas
distribuídas por sexo acompanhadas pelo CAPS de acordo
com o sexo
Idade das pessoas assistidas pelo - Média de idade das pessoas
CAPS assistidas pelo CAPS
Pessoas acompanhadas pelo CAPS - Percentual de pessoas
distribuídas por bairro de domicílio acompanhadas pelo CAPS de acordo
com o bairro de domicílio declarado
Pessoas com histórico de - Número de pessoas com histórico
internamento em Hospital Psiquiátrico de internamento em Hospital
acompanhadas pelo CAPS Psiquiátrico acompanhadas pelo
CAPS
Adultos assistidos pelo CAPS que - Número/Percentual de adultos
iniciaram o acompanhamento no assistidos pelo CAPS que iniciaram o
CAPS i acompanhamento no CAPS i
Crianças atendidas no CAPS i que - Número/Percentual de crianças
apresentam genitores ou atendidas no CAPS i que apresentam
responsáveis acompanhados pelo genitores ou responsáveis
CAPS geral ou CAPS AD acompanhados pelo CAPS geral ou
CAPS AD
Realização de visita domiciliar para - Número/Percentual de visitas
avaliação psicossocial por demanda domiciliares realizadas por demanda
judicial judicial
Realização de reunião de equipe - Número de reuniões de equipe
realizadas no CAPS
Frequência diária de pessoas - Média diária de pessoas que
atendidas no CAPS frequentam o CAPS
¹São mencionadas as instituições que constituem o Componente II – Atenção Psicossocial Especializada. Contudo, nem todos
os procedimentos se referem ao tipo de oferta possível de cada serviço citado, cabendo à equipe observar qual ação é de fato
desenvolvida pelo dispositivo.

5.3 Exemplos de indicadores de referência para o Componente III – Urgência e


Emergência da RAPS

No estudo realizado para a confecção deste guia, não foram identificados


registros de procedimentos em relatórios padrão de SIS que indicassem
especificamente a assistência prestada por dispositivos do Componente III –
Urgências e Emergência da RAPS em situações de atenção à pessoa em crise
psiquiátrica, o que reitera a importância dos registros particulares de cada serviço.
38

DISPOSITIVO¹ AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos registros particulares do serviço
Assistência prestada à pessoa em - Número de atendimentos de
crise psiquiátrica atenção à crise psiquiátrica realizado
SAMU 192 Ações de matriciamento em Saúde - Número de ações de matriciamento
SE Mental e Atenção Psicossocial em Saúde Mental e Atenção
desenvolvidas em parceria com Psicossocial desenvolvidas em
UPA 24 h
CAPS parceria com CAPS
Intervenção em situação de - Número de pessoas assistidas em
intoxicação por uso de substâncias situação de intoxicação por uso de
psicoativas substâncias psicoativas
¹São mencionadas as instituições que constituem o Componente III – Urgência e Emergência. Contudo, nem todos os
procedimentos se referem ao tipo de oferta possível de cada serviço citado, cabendo à equipe observar qual ação é de fato
desenvolvida pelo dispositivo.

5.4 Exemplos de indicadores de referência para o Componente IV – Atenção


Residencial de Caráter Transitório da RAPS

DISPOSITIVO AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos relatórios padrão do SIA
Acompanhamento de pessoas - Número de pessoas acompanhadas
adultas com sofrimento ou por UAA
transtornos mentais decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas –
Unidade de Acolhimento Adulto
(UAA)
UAA Com base nos registros particulares do serviço
Pessoas acompanhadas pela UAA - Número/Percentual de pessoas
que fazem uso de crack acompanhadas pela UAA que fazem
uso de crack
Tempo de permanência na UAA (no - Média de dias de permanências na
máximo 6 meses) UAA
Idade das pessoas assistidas pelo - Média de idade das pessoas
UAA assistidas pela UAA
Com base nos relatórios padrão do SIA
Acompanhamento da população - Número de pessoas acompanhadas
infantojuvenil com sofrimento ou por UAi
transtornos mentais decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas –
Unidade de Acolhimento
Infantojuvenil (UAi)
UAi
Com base nos registros particulares do serviço
Acolhimento em UAi realizado por - Número/Percentual de crianças e
demanda judicial adolescentes acolhidos pela UAi por
demanda judicial
Distribuição por sexo das crianças e - Percentual de crianças e
adolescentes acolhidos na UAi adolescentes acolhidos na UAi
conforme o sexo
39

Nível de escolaridade das crianças e - Percentual de crianças e


adolescentes acolhidos na UAi adolescentes acolhidos na UAi
conforme o nível de escolaridade
Com base nos relatórios padrão do SIA
Acompanhamento de pessoas com - Número de pessoas acompanhadas
necessidades decorrentes do uso de por CT
álcool, crack e outras drogas em
Serviço Residencial de Caráter
Transitório – Comunidade
Terapêutica (CT)
Com base nos registros particulares do serviço
CT Pessoas com histórico de - Número de pessoas com histórico
internamento em Hospital Psiquiátrico de internamento em Hospital
acolhidas pela CT Psiquiátrico acompanhadas pela CT
Práticas religiosas das pessoas - Percentual de pessoas acolhidas
acolhidas pela CT pela CT distribuídas conforme a
prática religiosa declarada
Pessoas acolhidas pela CT - Percentual de pessoas acolhidas
beneficiárias de programas sociais pela CT conforme o recebimento ou
não de benefícios sociais

5.5 Exemplos de indicadores de referência para o Componente V – Atenção


Hospitalar da RAPS

DISPOSITIVO AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos relatórios padrão do SIH
Tratamento clínico em Saúde Mental - Número de internamentos para
em situação de risco elevado de tratamento clínico em Saúde Mental
suicídio em situação de risco elevado de
suicídio
Tratamento clínico para contenção de - Número de internamentos para
comportamento desorganizado e/ou tratamento clínico para contenção de
disruptivo comportamento desorganizado e/ou
disruptivo

Serviço hospitalar Tratamento clínico para avaliação - Número de internamentos para


(Tipos de leito: diagnóstica e adequação terapêutica, tratamento clínico de avaliação
obstétrico, clínico, incluindo necessidades de saúde diagnóstica e adequação terapêutica,
psiquiátrico, decorrentes do uso de álcool e outras incluindo necessidades decorrentes
pediátrico ou drogas do uso de álcool e outras drogas
saúde mental) Tratamento clínico de transtornos - Número de internamentos para
mentais e comportamentais devido ao tratamento clínico de transtornos
uso de álcool mentais e comportamentais devido
ao uso de álcool
Tratamento clínico de transtornos - Número de internamentos para
mentais e comportamentais devido ao tratamento clínico de transtornos
uso de crack mentais e comportamentais devido
ao uso de crack
Tratamento clínico dos transtornos - Número de internamentos para
mentais e comportamentais devido ao tratamento clínico dos transtornos
mentais e comportamentais devido
40

uso das demais drogas e/ou outras ao uso das demais drogas e/ou outras
substâncias psicoativas substâncias psicoativas
Com base nos registros particulares do serviço
Acompanhamento em leito pediátrico - Número/Percentual de crianças
a criança com necessidades acompanhadas em leitos pediátricos
relacionadas à Saúde Mental com necessidades de Saúde Mental
Atendimento psicológico realizado a - Número de atendimentos
pessoa com diagnóstico de tentativa psicológicos realizados a pessoas
de suicídio com diagnóstico de tentativa de
suicídio
Outras drogas usadas por pessoas - Percentual de “outras drogas”
acompanhadas em internamento usadas declaradas por pessoas
hospitalar em tratamento clínico dos acompanhadas em internamento
transtornos mentais e hospitalar em tratamento clínico
comportamentais devido ao uso das devido ao uso problemático de
“demais drogas e/ou outras drogas
substâncias psicoativas”
Com base nos relatórios padrão do SIH
Diária de Saúde Mental com - Número de diárias de Saúde Mental
permanência de até sete dias com permanência de até sete dias
Diária de Saúde Mental com - Número de diárias de Saúde Mental
permanência entre 08 a 15 dias com permanência entre 08 a 15 dias
Serviço hospitalar Diária de Saúde Mental com - Número de diárias de Saúde Mental
(Tipo de leito: permanência superior a 15 dias com permanência superior a 15 dias
saúde mental)
Com base nos registros particulares do serviço
Tempo de permanência em - Média de dias de permanência de
internamento hospitalar em leito de pessoas em internamento hospitalar
saúde mental em leito de saúde mental
Taxa de ocupação de leitos de saúde - Percentual de ocupação de leitos de
mental em HG saúde mental em HG

5.6 Exemplos de indicadores de referência para o Componente VI – Estratégias


de Desinstitucionalização da RAPS

DISPOSITIVO AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos relatórios padrão do SIA
Acompanhamento de paciente em - Número de pessoas acolhidas em
Saúde Mental (Residência SRT
Terapêutica)
Com base nos registros particulares do serviço
Tempo de permanência em Hospital - Número de anos de permanência
SRT Tipo I Psiquiátrico (considerando a soma de em Hospital Psiquiátrico de pessoas
SRT Tipo II todas as internações) de pessoas acolhidas em SRT
acolhidas em SRT
Pessoas acolhidas em SRT - Percentual de pessoas acolhidas
distribuídas por sexo em SRT de acordo com o sexo
Pessoas que residem em SRT - Número/Percentual de pessoas
beneficiárias do PVC acolhidas em SRT beneficiadas com
o auxílio-reabilitação do PVC
41

5.7 Exemplos de indicadores de referência para o Componente VII – Reabilitação


Psicossocial da RAPS

Como um dispositivo independente do SUS (ainda que seus membros sejam


de um grupo social organizado com base em um dispositivo da RAPS ou outra RAS),
a Cooperativa não está vinculada a um SIS, o que tem por consequência a ausência
de instrumentos de registros formais. Logo, essa configuração ratifica a importância
dos registros particulares no que se refere à produção de indicadores.

DISPOSITIVO AÇÃO/PROCEDIMENTO INDICADOR


Com base nos registros particulares do serviço
Cooperados ativos - Número pessoas associadas à
Cooperativa
Cooperativa Cooperados ativos acompanhados - Número de pessoas associadas à
por CAPS Cooperativa que são acompanhados
por CAPS
Ações desenvolvidas em parceria - Número de ações desenvolvidas em
com dispositivos da RAPS parceria com dispositivos da RAPS
42

REFERÊNCIAS

[1]WETZEL, C.; KANTORSKI, L. P. Avaliação de serviços em saúde mental no


contexto da reforma psiquiátrica. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 13, nº
4, p. 543-548, dez. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/tce/v13n4/a12.pdf>. Acessado em: 11 nov. 2016.

[2]BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Dispõe sobre a proteção e os


direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental. Lei CC/PR nº 10.216, de 06 de abril de 2001. Diário
Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 2, 09 abr. 2001.

YASUI, S. A atenção psicossocial e os desafios do contemporâneo: um outro


[3]
mundo é possível. Cad. Bras. Saúde Mental, Florianópolis, v. 1, nº 1, p. 1-9,
jan./abr. 2009. Disponível em:
<http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/1005/1122>.
Acesso em: 20 jun. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Institui a Rede de Atenção


[4]
Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS). Portaria GM/MS nº 3.088, de 23 de dezembro de
2011. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 37, 21 maio 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política


[5]
Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização e
humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas
as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. (Série B. Textos Básicos
de Saúde) Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf>. Acesso em:
18 jan. 2017.

LUDERMIR, A. B.; MELO FILHO, D. A. Condições de vida e estrutura ocupacional


[6]
associadas a transtornos mentais comuns. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 36, nº 2, p.
213-221, abr. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n2/9214.pdf>. Acesso
em: 06 dez. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[7]
Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da
Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde) Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf>. Acesso em: 18 jan.
2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[8]
Atenção Básica. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Passo a passo das ações
para Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 17 p.
Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/Passo_a_Passo_Saude_Buc
al_final.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
43

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[9]
Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Brasília:
Ministério da Saúde, 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Caderno de
Atenção Básica, nº 27) Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad27.pdf>. Acesso
em: 18 jan. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Redefine os parâmetros de


[10]
vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às
Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações
específicas, cria a Modalidade NASF 3, e dá outras providências. Portaria GM/MS nº
3.124, de 28 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p.
223, 31 dez. 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Define os critérios de número


[11]
máximo de equipes de Consultório na Rua (eCR) por município. Portaria GM/MS nº
123, de 25 de janeiro de 2012. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 48, 26
jan. 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Estabelece que os Centros


[12]
de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de
serviços: CAPS I, II e III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e
abrangência populacional, conforme disposto nesta portaria. Portaria GM/MS nº 336,
de 19 de fevereiro de 2002. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 22, 20
fev. 2002.

[13]BASTOS, I. T. et al. Identidade do cuidado em Centro de Atenção Psicossocial


Infantojuvenil para usuários de álcool e drogas. Rev. esc. enferm. USP, São
Paulo, v. 48, nº esp2, p. 116-122, dez. 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342014000800116&lng=en&nrm=iso>. Acessado em: 26 jan. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Institui a Unidade de


[14]
Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e
Outras drogas (Unidade de Acolhimento), no componente de atenção residencial de
caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial. Portaria GM/MS nº 121, de 25
de janeiro de 2012. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 40, 21 maio 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Institui incentivo financeiro de


[15]
custeio destino aos estados, municípios e ao Distrito Federal para apoio ao custeio
de Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades
Terapêutica, voltados para pessoas com necessidades decorrentes do uso de
álcool, crack e outras drogas, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial. Portaria
GM/MS nº 131, de 26 de janeiro de 2012. Diário Oficial da União – Seção I,
Brasília, p. 40, 27 jan. 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE MENTAL (ABRASME). Nota da


[16]
Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) sobre a regulamentação das
Comunidades Terapêuticas. Disponível em: <http://www.abrasme.org.br/>. Acesso
em: 06 mar. 2017.
44

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Cria os Serviços


[17]
Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental, no âmbito do Sistema Único de Saúde,
para o atendimento ao portador de transtorno mental. Portaria GM/MS nº 106, de 11
de fevereiro de 2000. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 23, 24 fev.
2000.

[18]BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Estabelece que os Serviços


Residenciais Terapêuticos (SRTs), sejam definidos em Tipo I e II, destina recurso
financeiro para incentivo e custeio dos SRTs, e dá outras providências. Portaria
GM/MS nº 3.090, de 23 de dezembro de 2011. Diário Oficial da União – Seção I,
Brasília, p. 62, 30 dez. 2011.

[19]BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Institui o auxílio-reabilitação


psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de
internações. Lei CC/PR nº 10.708, de 31 de julho de 2003. Diário Oficial da União –
Seção I, Brasília, p. 3, 01 ago. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Dispõe sobre a


[20]
regulamentação da Lei nº 10.708, de 31.07.2003, nos termos de seu artigo 8º.
Portaria GM/MS nº 2.077, de 31 de outubro de 2003. Diário Oficial da União –
Seção I, Brasília, p. 43, 04 nov. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[21]
Ações Programáticas Estratégicas. Manual do Programa “De Volta pra Casa”.
Brasília: Ministério da Saúde, 2003. 18 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Manual_PVC.pdf>.
Acesso em: 11 mar. 2017.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Define a Política Nacional de


[22]
Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras
providências. Lei CC/PR nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Diário Oficial da
União – Seção I, Brasília, p. 10354, 16 dez. 1971.

PÔRTO, K. F. Elementos para uma política de avaliação das ações de saúde


[23]
mental na atenção primária: Contribuições de uma pesquisa avaliativa qualitativa.
2012. 257 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Universidade Estadual de
Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, 2012. Disponível em:
<http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/paganex/karime2012mestrado.pdf
>. Acesso em: 27 jan. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Aprova a Ficha


[24]
Cadastral dos Estabelecimentos de Saúde – FCES, o manual de preenchimento e a
planilha de dados profissionais constantes dos anexos I, II e III, desta portaria, bem
como a criação do Banco de Dados Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
Portaria SAS/MS nº 511, de 29 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União –
Seção I, Brasília, p. 47, 19 jun. 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Constitui


[25]
responsabilidade dos gestores municipais, estaduais e do Distrito Federal/DF, bem
45

como dos gerentes de todos os estabelecimentos de saúde na correta inserção,


manutenção e atualização sistemática dos cadastros no SCNES dos profissionais de
saúde, em exercício dos seus respectivos serviços de saúde, públicos e privados.
Portaria SAS/MS nº 134, de 04 de abril de 2011. Diário Oficial da União – Seção I,
Brasília, p. 53, 31 maio 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[26]
Regulação, Avaliação e Controle. Manual Técnico do Cadastro Nacional dos
Estabelecimentos de Saúde – Versão 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 162 p.
(Série A. Normas e Manuais Técnicos) Disponível em:
<https://www.jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2014/09/Manual-
de-Preenchimento-SCNES-Fichas-completas.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Altera e acrescenta


[27]
dispositivos à Portaria nº 1.412/GM/MS, de 10 de julho de 2013. Portaria GM/MS nº
1.976, de 12 de setembro de 2014. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p.
53, 15 set. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Institui o Sistema de


[28]
Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). Portaria GM/MS nº 1.412, de
10 de julho de 2013. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 294, 11 jul.
2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[29]
Atenção Básica. Manual de Exportação – API Thrift do Sistema e-SUS Atenção
Básica. Disponível em:
<http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus/manual_exportacao_1.3/docs/manualExport
acao_e-SUSABv1_3.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Classificação Internacional de Atenção Primária –


[30]
Segunda Edição (CIAP2). Disponível em: <http://www.cosemsce.org.br/v2/wp-
content/uploads/downloads/2014/05/guia_CIAP2-1.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[31]
Regulação, Avaliação e Controle. Coordenação Geral de Sistemas de Informação.
Manual Técnico Operacional SIA/SUS – Sistema de Informação Ambulatorial –
Aplicativos de captação da produção ambulatorial APAC Magnético – BPA
Magnético – VERSIA – DE-PARA – FPO Magnético. Brasília: Ministério da Saúde,
2009. 69 p. Disponível em:
<http://www.saude.am.gov.br/docs/programas/bucal/manual_sia/MANUAL_OPERAC
IONAL_SIA.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Altera, na Tabela


[32]
de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do
Sistema Único de Saúde atributos dos procedimentos, a partir da competência
Outubro de 2012. Portaria SAS/MS nº 854, 22 de agosto de 2012. Diário Oficial da
União – Seção I, Brasília, p. 54, 24 ago. 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[33]
Regulação, Avaliação e Controle. Coordenação Geral de Sistemas de Informação.
46

RAAS – Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde: Manual de Operação do


Sistema. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 33 p. Disponível em:
<http://www.saude.campinas.sp.gov.br/sistemas/raas/Manual_Operacional_RAS_v_
1_2.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[34]
Regulação, Avaliação e Controle. Coordenação Geral de Sistemas de Informação.
BPA – Boletim de Produção Ambulatório: Manual de Operação do Sistema.
Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 25 p. Disponível em:
<http://www.saude.am.gov.br/docs/programas/bucal/manual_bpa/Manual_Operacion
al_BPA.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sobre os novos procedimentos do CAPS.


[35]
Disponível em:
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/janeiro/29/Documento-Sobre-
Procedimentos-de-CAPS-RAAS-PSI.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2017.

[36]BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Incube ao INAMPS de


implantar o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) e o Sistema de
Informações Ambulatoriais do SUS (SIA-SUS). (Ementa elaborada pelo CD/MS).
Portaria GM/MS nº 896, 29 de junho de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, p.
12656, 02 jul. 1990.

[37]BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Aprova o Manual do Sistema


de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde – SIH/SUS e Sistema de
Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA-SUS. Portaria GM/MS
nº 396, de 12 de abril de 2000. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 17, 14
abr. 2000.

[38]BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Determina a implantação


gradativa da descentralização do processamento do Sistema de Informação
Hospitalar – SIH, facilitando o controle do teto financeiro da assistência pelos gestores
estaduais/municipais, conforme estabelecido na Programação Pactuada Integrada –
PPI, aprovada e monitorada pelas Comissões Intergestores Bipartite – CIB. Portaria
GM/MS nº 821, 04 de maio de 2004. Diário Oficial da União – Seção I, Brasília, p.
19, 05 maio 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Estabelece formas


[39]
de suporte dos laudos de autorização utilizados no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS) no Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e no Sistema de Informação
Ambulatorial (SIA) do SUS. Portaria SAS/MS nº 1.011, 03 de outubro de 2014. Diário
Oficial da União – Seção I, Brasília, p. 68, 06 out. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


[40]
Regulação, Avaliação e Controle. Coordenação Geral de Sistemas de Informação.
SIH – Sistema de Informação Hospitalar do SUS: Manual Técnico Operacional
do Sistema. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em:
<http://www.saude.sc.gov.br/sih/versoes/manuais/MANUAL_SIH_janeiro_2015.pdf>.
Acesso em: 13 mar. 2017.
47

APÊNDICE A – Tabela de códigos de procedimentos de Saúde Mental e Atenção Psicossocial conforme o SIGTAP para
preenchimento dos instrumentos de registro RAAS, BPA-I, BPA-C e AIH de alimentação dos sistemas SIA e SIH.

CÓDIGO DO NOME DO DESCRIÇÃO DO INSTITUIÇÃO INSTRUMENTO QUANT. MÁX. IDADE DO CBO DOS PRINCIPAIS
PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO HABILITADA DE REGISTRO MENSAL USUÁRIO EXECUTANTES¹
03.01.08.002-0 Acolhimento noturno Ação de hospitalidade noturna realizada Média RAAS (Atenção 14 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
de paciente em Centro nos CAPS como recurso do Projeto complexidade Psicossocial) 322205 – Técnico de Enfermagem
de Atenção Terapêutico Singular de usuários já em - CAPS I
Psicossocial acompanhamento no serviço, que recorre - CAPS II
ao afastamento do usuário das situações - CAPS III
conflituosas, visando ao manejo de - CAPS i
situações de crise motivadas por - CAPS AD
sofrimentos decorrentes de transtornos - CAPS AD III
mentais (incluídos aqueles por uso de
drogas) e que envolvem conflitos
relacionais caracterizados por rupturas
familiares, comunitárias, limites de
comunicação e/ou impossibilidades de
convivência, objetivando a retomada,
resgate, redimensionamento das relações
interpessoais, o convívio familiar e/ou
comunitário. Não deve exceder o máximo
de 14 dias.
03.01.08.003-8 Acolhimento em Consiste no conjunto de atendimentos Média RAAS (Atenção 30 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
terceiro turno de desenvolvidos no período compreendido complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
paciente em Centro de entre 18 e 21 horas. - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
Atenção Psicossocial - CAPS II 225125 – Médico Clínico
- CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
- CAPS i 239415 – Pedagogo
- CAPS AD 251510 – Psicólogo Clínico
- CAPS AD III 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
03.01.08.019-4 Acolhimento diurno de Ação de hospitalidade diurna realizada nos Média RAAS (Atenção 30 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
paciente em Centro de CAPS como recurso do Projeto complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
Atenção Psicossocial Terapêutico Singular, que recorre ao - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
afastamento do usuário das situações - CAPS II 225125 – Médico Clínico
conflituosas, visando ao manejo de - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
situações de crise motivadas por - CAPS i 225170 – Médico Generalista
sofrimentos decorrentes de transtornos - CAPS AD 239415 – Pedagogo
mentais (incluídos aqueles por uso de - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
drogas) e que envolvem conflitos 251605 – Assistente Social
relacionais caracterizados por rupturas 322205 – Técnico de Enfermagem
familiares, comunitárias, limites de 515305 – Educador Social
comunicação e/ou impossibilidades de 791115 – Artesão com material
convivência, objetivando a retomada, reciclável
48

resgate, redimensionamento das relações


interpessoais, o convívio familiar e/ou
comunitário.
03.01.08.020-8 Atendimento individual Atendimento direcionado à pessoa, que Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
de paciente em Centro comporte diferentes modalidades, complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
de Atenção responda às necessidades de cada um, - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
Psicossocial incluindo os cuidados de clínica geral que - CAPS II 225125 – Médico Clínico
visam à elaboração do Projeto Terapêutico - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
Singular ou dele derivam, promovam as - CAPS i 225170 – Médico Generalista
capacidades dos sujeitos, de modo a tornar - CAPS AD 239415 – Pedagogo
possível que eles se articulem com os - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
recursos existentes na unidade e fora dela. 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.021-6 Atendimento em grupo Ações desenvolvidas coletivamente que Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
de paciente em Centro explorem as potencialidades das situações complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
de Atenção grupais com variadas finalidades, como - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
Psicossocial recurso para promover sociabilidade, - CAPS II 225125 – Médico Clínico
intermediar relações, manejar dificuldades - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
relacionais, possibilitando experiência de - CAPS i 225170 – Médico Generalista
construção compartilhada, vivência de - CAPS AD 239415 – Pedagogo
pertencimento, troca de afetos, autoestima, - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
autonomia e exercício de cidadania. 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.022-4 Atendimento familiar Ações voltadas para o acolhimento Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
em Centro de Atenção individual ou coletivo dos familiares e suas complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
Psicossocial demandas, sejam elas decorrentes ou não - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
da relação direta com os usuários, que - CAPS II 225125 – Médico Clínico
garanta a corresponsabilização no - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
contexto do cuidado, propicie o - CAPS i 225170 – Médico Generalista
compartilhamento de experiências e - CAPS AD 239415 – Pedagogo
informações com vistas a sensibilizar, - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
mobilizar e envolvê-los no 251605 – Assistente Social
acompanhamento das mais variadas 322205 – Técnico de Enfermagem
situações de vida. 515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.024-0 Atendimento domiciliar Atenção prestada no local de morada da Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
para pacientes de pessoa e/ou familiares, para compreensão complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
Centro de Atenção de seu contexto e suas relações, - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
Psicossocial e/ou acompanhamento do caso e/ou em - CAPS II 225125 – Médico Clínico
familiares situações que impossibilitem outra - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
modalidade de atendimento, que vise à - CAPS i 225170 – Médico Generalista
49

elaboração do Projeto Terapêutico Singular - CAPS AD 239415 – Pedagogo


ou dele derive, que garanta a continuidade - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
do cuidado. Envolve ações de promoção, 251605 – Assistente Social
prevenção e assistência. 322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.027-5 Práticas corporais em Estratégias ou atividades que favoreçam a Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Centro de Atenção percepção corporal, a autoimagem, a complexidade Psicossocial) 223605 – Fisioterapeuta Geral
Psicossocial coordenação psicomotora e os aspectos - CAPS I 223810 – Fonoaudiólogo
somáticos e posturais da pessoa, - CAPS II 223905 – Terapeuta Ocupacional
compreendidos como fundamentais ao - CAPS III 225125 – Médico Clínico
processo de construção de autonomia, - CAPS i 225133 – Médico Psiquiatra
promoção e prevenção em saúde. - CAPS AD 225170 – Médico Generalista
- CAPS AD III 239415 – Pedagogo
251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
03.01.08.028-3 Práticas expressivas e Estratégias ou atividades que possibilitem Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
comunicativas em ampliação do repertório comunicativo e complexidade Psicossocial) 223905 – Terapeuta Ocupacional
Centro de Atenção expressivo dos usuários, favorecendo a - CAPS I 225125 – Médico Clínico
Psicossocial construção e utilização de processos - CAPS II 225133 – Médico Psiquiatra
promotores de novos lugares sociais e - CAPS III 225170 – Médico Generalista
inserção no campo da cultura. - CAPS i 239415 – Pedagogo
- CAPS AD 251510 – Psicólogo Clínico
- CAPS AD III 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.029-1 Atenção às situações Ações desenvolvidas para manejo das Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
de crise situações de crise, entendidas como complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
momentos do processo de - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
acompanhamento dos usuários nos quais - CAPS II 225125 – Médico Clínico
conflitos relacionais com familiares, - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
contextos, ambiências e vivências geram - CAPS i 225170 – Médico Generalista
intenso sofrimento e desorganização. Esta - CAPS AD 239415 – Pedagogo
ação exige disponibilidade de escuta - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
atenta para compreender e mediar os 251605 – Assistente Social
possíveis conflitos, podendo ser realizada 322205 – Técnico de Enfermagem
no ambiente do próprio serviço, no 515305 – Educador Social
domicílio ou em outros espaços do território 791115 – Artesão com material
que façam sentido ao usuário e sua família, reciclável
favorecendo a construção e a preservação
de vínculos.
03.01.08.034-8 Ações de Reabilitação Ações de fortalecimento de usuários e Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Psicossocial familiares, mediante a criação e complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
desenvolvimento de iniciativas - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
50

preferencialmente intersetoriais e em - CAPS II 225125 – Médico Clínico


articulação com os recursos do território - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
nos campos do trabalho/economia - CAPS i 225170 – Médico Generalista
solidária, habitação, educação, cultura, - CAPS AD 239415 – Pedagogo
direitos humanos, que garantam o - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
exercício de direitos de cidadania, visando 251605 – Assistente Social
à produção de novas possibilidades para 322205 – Técnico de Enfermagem
projetos de vida. 515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.035-6 Promoção de Acompanhamento de usuários em Média RAAS (Atenção - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
contratualidade no contextos reais de vida – cenários de vida complexidade Psicossocial) 223810 – Fonoaudiólogo
território cotidiana – casa, trabalho; iniciativas de - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
geração de renda/empreendimentos - CAPS II 225125 – Médico Clínico
solidários; contextos familiares, sociais e - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
comunitários-territoriais, mediando - CAPS i 225170 – Médico Generalista
relações para a criação de novos campos - CAPS AD 239415 – Pedagogo
de negociação e diálogo que garantam e - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
propiciem a participação de usuários em 251605 – Assistente Social
igualdade de oportunidades, a ampliação 322205 – Técnico de Enfermagem
de redes sociais e a autonomia. 515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.004-6 Acompanhamento de Ações de acompanhamento no campo de Média RAAS (Atenção 01 18-130 anos 322205 – Técnico de Enfermagem
paciente em Saúde desinstitucionalização e da reabilitação complexidade Psicossocial) 516220 – Cuidador em Saúde
Mental (Residência psicossocial, com foco no resgate de - SRT Tipo I
Terapêutica) cuidados das dimensões do morar, - SRT Tipo II
propiciando a construção de um espaço
promotor de autonomia e ressignificação
cotidiana. Devem oportunizar vivências de
escolhas, protagonismo na caracterização
dos espaços, resgate da convivência
comunitária e reinserção social (trabalho,
lazer, educação, entre outros), sempre de
forma articulada à rede de saúde
disponível no território.
03.01.08.037-2 Acompanhamento de Conjunto de atividades de caráter Média RAAS (Atenção 01 18-130 anos 223505 – Enfermeiro
pessoas adultas com terapêutico e protetivo, realizado em complexidade Psicossocial) 223905 – Terapeuta Ocupacional
sofrimento ou espaço residencial transitório destinado a - UAA 2241E1 – Profissional de
transtornos mentais pessoas adultas com sofrimento ou Educação Física na Saúde
decorrentes do uso de transtornos mentais decorrentes do uso de 225125 – Médico Clínico
crack, álcool e outras crack, álcool e outras drogas, em situação 225133 – Médico Psiquiatra
drogas – Unidade de de vulnerabilidade social e familiar. Tais 251510 – Psicólogo Clínico
Acolhimento Adulto atividades têm como eixo organizador a 251605 – Assistente Social
(UAA) moradia, a educação, o trabalho e a 322205 – Técnico de Enfermagem
convivência social/familiar, na perspectiva 411010 – Assistente administrativo
da reintegração social (pertença grupal;
atividades da vida diária; autocuidado;
suporte; acompanhamento e
51

monitoramento do cuidado em outros


pontos de atenção da rede de saúde, em
especial no Centro de Atenção
Psicossocial de referência; articulação com
a rede ampliada: alfabetização, reinserção
escolar, lazer, cultura, geração de trabalho
e renda).
03.01.08.038-0 Acompanhamento da Conjunto de atividades de caráter Média RAAS (Atenção 01 10-18 anos 223505 – Enfermeiro
população terapêutico e protetivo, realizado em complexidade Psicossocial) 223905 – Terapeuta Ocupacional
infantojuvenil com espaço residencial transitório destinado à - UAi 2241E1 – Profissional de
sofrimento ou população infanto-juvenil com sofrimento Educação Física na Saúde
transtornos mentais ou transtornos mentais decorrentes do uso 225125 – Médico Clínico
decorrentes do uso de de crack, álcool e outras drogas, em 225133 – Médico Psiquiatra
crack, álcool e outras situação de vulnerabilidade social e 239415 – Pedagogo
drogas – Unidade de familiar. Tais atividades têm como eixo 251510 – Psicólogo Clínico
Acolhimento organizador a moradia, a educação, o 251605 – Assistente Social
Infantojuvenil (UAi) trabalho e a convivência social/familiar, na 322205 – Técnico de Enfermagem
perspectiva da reintegração social 411010 – Assistente administrativo
(pertença grupal; atividades da vida diária;
autocuidado; suporte; acompanhamento e
monitoramento do cuidado em outros
pontos de atenção da rede de saúde, em
especial no Centro de Atenção
Psicossocial de referência; articulação com
a rede ampliada: alfabetização, reinserção
escolar, lazer, cultura, geração de trabalho
e renda).
03.01.08.036-4 Acompanhamento de Conjunto de atividades de caráter Média RAAS (Atenção 01 18-130 anos 223505 – Enfermeiro
pessoas com terapêutico e protetivo, realizado em complexidade Psicossocial) 223905 – Terapeuta Ocupacional
necessidades espaço de regime residencial de caráter - CT 2241E1 – Profissional de
decorrentes do uso de transitório destinado a pessoas adultas Educação Física na Saúde
álcool, crack e outras com necessidades decorrentes do uso de 225125 – Médico Clínico
drogas em Serviço álcool e outras drogas. Tais atividades 225133 – Médico Psiquiatra
Residencial de Caráter (individuais e coletivas) devem estimular o 225170 – Médico Generalista
Transitório – convívio social e enfocar lazer, cultura, 239415 – Pedagogo
Comunidade esporte, alimentação e direitos dos 251510 – Psicólogo Clínico
Terapêutica (CT) usuários do Sistema Único de Saúde. 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
411010 – Assistente administrativo
03.01.08.023-2 Acolhimento inicial por Consiste no primeiro atendimento ofertado Média BPA-I - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Centro de Atenção pelo CAPS para novos usuários, por complexidade 223810 – Fonoaudiólogo
Psicossocial demanda espontânea ou referenciada, - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
incluindo as situações de crise no território. - CAPS II 225125 – Médico Clínico
O acolhimento consiste na escuta - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
qualificada, que reafirma a legitimidade da - CAPS i 225170 – Médico Generalista
pessoa e/ou familiares que buscam o - CAPS AD 239415 – Pedagogo
serviço, e visa reinterpretar as demandas, - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
construir o vínculo terapêutico inicial e/ou 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
52

corresponsabilizar-se pelo acesso a outros 515305 – Educador Social


serviços, caso necessário. 791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.025-9 Ações de articulação Estratégias que promovam a articulação Média BPA-C - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
de redes intra e com outros pontos de atenção da rede de complexidade 223810 – Fonoaudiólogo
intersetoriais saúde, educação, justiça, assistência - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
social, direitos humanos e outros, assim - CAPS II 225125 – Médico Clínico
como os recursos comunitários presentes - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
no território. - CAPS i 225170 – Médico Generalista
- CAPS AD 239415 – Pedagogo
- CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.026-7 Fortalecimento do Atividades que fomentem a participação de Média BPA-C - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
protagonismo de usuários e familiares nos processos de complexidade 223810 – Fonoaudiólogo
usuários de Centro de gestão dos serviços e da rede, como - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
Atenção Psicossocial e assembleias de serviços, participação em - CAPS II 225125 – Médico Clínico
seus familiares conselhos, conferências e congressos, a - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
apropriação e a defesa de direitos, e a - CAPS i 225170 – Médico Generalista
criação de formas associativas de - CAPS AD 239415 – Pedagogo
organização. - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.030-5 Matriciamento de Apoio presencial sistemático às equipes de Média BPA-C - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
equipes da Atenção Atenção Básica que oferte suporte técnico complexidade 223810 – Fonoaudiólogo
Básica à condução do cuidado em Saúde Mental, - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
por meio de discussões de casos e do - CAPS II 225125 – Médico Clínico
processo de trabalho, atendimento - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
compartilhado, ações intersetoriais no - CAPS i 225170 – Médico Generalista
território e contribua no processo de - CAPS AD 239415 – Pedagogo
cogestão e corresponsabilização no - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
agenciamento do Projeto Terapêutico 251605 – Assistente Social
Singular.
03.01.08.033-0 Apoio a Serviço Apoio presencial sistemático aos Serviços Média BPA-C - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Residencial de Caráter Residenciais de Caráter Transitório, que complexidade 223810 – Fonoaudiólogo
Transitório por Centro busque manutenção do vínculo, - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
de Atenção responsabilidade compartilhada, suporte - CAPS II 225125 – Médico Clínico
Psicossocial técnico-institucional aos trabalhadores - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
destes serviços, monitoramento dos - CAPS i 225170 – Médico Generalista
projetos terapêuticos, promoção de - CAPS AD 239415 – Pedagogo
articulação entre os pontos de atenção com - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
53

foco no cuidado e ações intersetoriais que 322205 – Técnico de Enfermagem


favoreçam a integralidade. 515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
03.01.08.039-9 Matriciamento de Apoio presencial sistemático às equipes Média BPA-C - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
equipes dos pontos de dos pontos de atenção de urgência e complexidade 223810 – Fonoaudiólogo
atenção da urgência e emergência, incluindo UPA, SAMU, Salas - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
emergência e dos de Estabilização e os serviços hospitalares - CAPS II 225125 – Médico Clínico
serviços hospitalares de referência para atenção a pessoas com - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
de referência para sofrimento ou transtorno mental e com - CAPS i 225170 – Médico Generalista
atenção a pessoas necessidades de saúde decorrentes do uso - CAPS AD 239415 – Pedagogo
com sofrimento ou de álcool, crack e outras drogas, que oferte - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
transtorno mental e suporte técnico à condução do cuidado em 251605 – Assistente Social
com necessidades de Saúde Mental através de discussões de
saúde decorrente do casos e do processo de trabalho,
uso de álcool, crack e atendimento compartilhado, ações
outras drogas intersetoriais no território e contribua no
processo de cogestão e
corresponsabilização no agenciamento do
Projeto Terapêutico Singular.
03.01.08.031-3 Ações de Redução de Conjunto de práticas e ações do campo da Média BPA-I - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Danos saúde e dos Direitos Humanos, realizadas complexidade BPA-C 223810 – Fonoaudiólogo
de maneira articulada inter e - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
intrasetorialmente, que buscam minimizar - CAPS II 225125 – Médico Clínico
danos de natureza biopsicossocial - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
decorrentes do uso de substâncias - CAPS i 225170 – Médico Generalista
psicoativas, ampliando o cuidado e o - CAPS AD 239415 – Pedagogo
acesso aos diversos pontos de atenção, - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
incluídos aqueles que não têm relação com 251605 – Assistente Social
o sistema de saúde. Voltado, sobretudo, à 322205 – Técnico de Enfermagem
busca ativa e ao cuidado de pessoas com 515305 – Educador Social
dificuldade para acessar serviços, em 791115 – Artesão com material
situações de alta vulnerabilidade ou risco, reciclável
mesmo que não se proponham a reduzir ou
deixar o uso de substâncias psicoativas.
03.01.08.032-1 Acompanhamento de Suporte às equipes dos Serviços Média BPA-I - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Serviço Residencial Residenciais Terapêuticos, com a complexidade BPA-C 223810 – Fonoaudiólogo
Terapêutico por Centro corresponsabilização nos Projetos - CAPS I 223905 – Terapeuta Ocupacional
de Atenção Terapêuticos dos usuários, que promova a - CAPS II 225125 – Médico Clínico
Psicossocial articulação entre as redes e os pontos de - CAPS III 225133 – Médico Psiquiatra
atenção, com o foco no cuidado e no - CAPS i 225170 – Médico Generalista
desenvolvimento de ações intersetoriais, - CAPS AD 239415 – Pedagogo
visando produção de autonomia e - CAPS AD III 251510 – Psicólogo Clínico
reinserção social. 251605 – Assistente Social
322205 – Técnico de Enfermagem
515305 – Educador Social
791115 – Artesão com material
reciclável
54

03.01.08.016-0 Atendimento em Consiste no atendimento em grupo (no Média BPA-C - 6-130 anos 225125 – Médico Clínico
Psicoterapia de Grupo mínimo 5 e no máximo 15 pacientes) complexidade 225133 – Médico Psiquiatra
realizado por profissional de Saúde Mental - Serviço 225170 – Médico Generalista
de acordo com projeto terapêutico ambulatorial de 251510 – Psicólogo Clínico
específico. Destina-se particularmente aos Saúde
pacientes com os chamados Transtornos Mental/Atenção
Mentais Comuns (TMC). Psicossocial

01.01.01.002-8 Atividade Consiste nas atividades educativas sobre Média BPA-C - 7-130 anos 223208 – Cirurgião Dentista
educativa/Orientação promoção e prevenção à saúde complexidade Clínico Geral
em grupo na Atenção desenvolvidas em grupo. Recomenda-se o - Serviço 223272 – Cirurgião Dentista de
Especializada mínimo de 10 participantes, com duração ambulatorial de Saúde Coletiva
mínima de 30 minutos. Deve-se registrar o Saúde 223405 – Farmacêutico
número de atividades realizadas por mês. Mental/Atenção 223505 – Enfermeiro
Psicossocial 223605 – Fisioterapeuta Geral
223710 – Nutricionista
223810 – Fonoaudiólogo
223905 – Terapeuta Ocupacional
2241E1 – Profissional de
Educação Física na Saúde
225125 – Médico Clínico
225133 – Médico Psiquiatra
225170 – Médico Generalista
239415 – Pedagogo
251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
03.01.04.003-6 Terapia em grupo Atividade profissional em grupo (Grupo Média BPA-C - - 223810 – Fonoaudiólogo
Operativo; Terapêutico), de no mínimo 5 e complexidade 223905 – Terapeuta Ocupacional
no máximo 15 pacientes, realizada por - Serviço 225133 – Médico Psiquiatra
profissional de nível superior com formação ambulatorial de 251510 – Psicólogo Clínico
para utilizar esta modalidade de Saúde 251605 – Assistente Social
atendimento, com duração média de 60 Mental/Atenção
minutos. Psicossocial

03.01.08.014-3 Atendimento em Atividade profissional em grupo (no mínimo Média BPA-I - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Oficina Terapêutica I – 5 e no máximo 20 pacientes), de complexidade BPA-C 223905 – Terapeuta Ocupacional
Saúde Mental socialização, expressão e inserção social, - Serviço 2241E1 – Profissional de
com duração mínima de 2 horas, ambulatorial de Educação Física na Saúde
executada por profissional de nível médio, Saúde 225125 – Médico Clínico
por meio de práticas como carpintaria, Mental/Atenção 225133 – Médico Psiquiatra
costura, teatro, cerâmica, artesanato, artes Psicossocial 225170 – Médico Generalista
plásticas, entre outras, requerendo material 239415 – Pedagogo
de consumo específico de acordo com a 251510 – Psicólogo Clínico
natureza da oficina. As oficinas
terapêuticas poderão também funcionar
em espaços específicos, com a condição
de supervisão e acompanhamento por
profissional de Saúde Mental lotado na
unidade de saúde a qual a oficina está
55

vinculada. A unidade de saúde para


supervisionar este procedimento deverá
contar com equipe composta de, no
mínimo, 4 profissionais de nível superior,
sendo pelo menos 1 da área de Saúde
Mental.
03.01.08.015-1 Atendimento em Atividade profissional em grupo (no mínimo Média BPA-I - 0-130 anos 223505 – Enfermeiro
Oficina Terapêutica II – 5 e no máximo 20 pacientes), de complexidade BPA-C 223905 – Terapeuta Ocupacional
Saúde Mental socialização, expressão e inserção social, - Serviço 2241E1 – Profissional de
com duração mínima de 2 horas, ambulatorial de Educação Física na Saúde
executada por equipe multiprofissional ou Saúde 225125 – Médico Clínico
professor de nível superior. Mental/Atenção 225133 – Médico Psiquiatra
Psicossocial 225170 – Médico Generalista
239415 – Pedagogo
251510 – Psicólogo Clínico
03.01.08.017-8 Atendimento individual Consiste no atendimento psicoterápico Média BPA-I - 0-130 anos 225133 – Médico Psiquiatra
em Psicoterapia realizado por profissional de Saúde Mental. complexidade BPA-C 251510 – Psicólogo Clínico
- Serviço
ambulatorial de
Saúde
Mental/Atenção
Psicossocial
03.01.01.007-2 Consulta médica em Consulta clínica do profissional médico na Média BPA-I - 0-130 anos 225125 – Médico Clínico
Atenção Especializada Atenção Especializada. complexidade BPA-C 225133 – Médico Psiquiatra
- Serviço 225170 – Médico Generalista
ambulatorial de
Saúde
Mental/Atenção
Psicossocial
03.01.01.016-1 Consulta/Atendimento - Média BPA-I - 0-130 anos 223550 – Enfermeiro psiquiátrico
domiciliar na Atenção complexidade BPA-C 223710 – Nutricionista
Especializada - Serviço 225125 – Médico Clínico
ambulatorial de 225133 – Médico Psiquiatra
Saúde 225170 – Médico Generalista
Mental/Atenção 251510 – Psicólogo Clínico
Psicossocial
03.01.04.004-4 Terapia individual Atividade profissional terapêutica individual Média BPA-I - 0-130 anos 223810 – Fonoaudiólogo
com duração média de 60 minutos, complexidade BPA-C 223905 – Terapeuta Ocupacional
realizada por profissional com formação - Serviço 225133 – Médico Psiquiatra
para utilizar esta modalidade de ambulatorial de 251510 – Psicólogo Clínico
atendimento. Saúde 251605 – Assistente Social
Mental/Atenção
Psicossocial
03.01.01.004-8 Consulta de Consulta clínica de profissionais de saúde Média BPA-I - 0-130 anos 223208 – Cirurgião Dentista
profissionais de nível (exceto médico) de nível superior na complexidade BPA-C Clínico Geral
superior na Atenção Atenção Especializada. - Serviço 223405 – Farmacêutico
Especializada (exceto ambulatorial de 223505 – Enfermeiro
médico) Saúde 223605 – Fisioterapeuta Geral
56

Mental/Atenção 223710 – Nutricionista


Psicossocial 223810 – Fonoaudiólogo
223905 – Terapeuta Ocupacional
2241E1 – Profissional de
Educação Física na Saúde
239425 – Psicopedagogo
251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
03.03.17.010-7 Tratamento em Tratamento de transtornos mentais e Nível Hospitalar AIH (Proc. 31 3-130 anos 223505 – Enfermeiro
Psiquiatria em Hospital comportamentais realizado - Serviço Principal) 223905 – Terapeuta Ocupacional
Dia exclusivamente em Hospital Dia. hospitalar (Tipos 225124 – Médico Pediatra
de leito: pediátrico, 225133 – Médico Psiquiatra
leito dia/saúde 225170 – Médico Generalista
mental) 251510 – Psicólogo Clínico
251605 – Assistente Social
03.03.17.013-1 Tratamento clínico em Internação para preservação da vida em Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos 225124 – Médico Pediatra
Saúde Mental em situação de risco elevado de suicídio, - Serviço Principal) 225125 – Médico Clínico
situação de risco realizada exclusivamente em Hospital hospitalar (Tipos 225133 – Médico Psiquiatra
elevado de suicídio Geral, Hospital Especializado em Pediatria de leito: obstétrico, 225170 – Médico Generalista
e Maternidade. clínico, 225250 – Médico Ginecologista e
psiquiátrico, Obstetra
pediátrico ou
saúde mental)
03.03.17.014-0 Tratamento clínico Internação para tratamento de transtornos Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos 225124 – Médico Pediatra
para contenção de mentais que resultem em comportamento - Serviço Principal) 225125 – Médico Clínico
comportamento desorganizado e/ou disruptivo, realizada hospitalar (Tipos 225133 – Médico Psiquiatra
desorganizado e/ou exclusivamente em Hospital Geral, de leito: obstétrico, 225170 – Médico Generalista
disruptivo Hospital Especializado em Pediatria e clínico, 225250 – Médico Ginecologista e
Maternidade. psiquiátrico, Obstetra
pediátrico ou
saúde mental)
03.03.17.015-8 Tratamento clínico Internação para avaliação diagnóstica e Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos 225124 – Médico Pediatra
para avaliação adequação terapêutica, realizada - Serviço Principal) 225125 – Médico Clínico
diagnóstica e exclusivamente em Hospital Geral, hospitalar (Tipos 225133 – Médico Psiquiatra
adequação Hospital Especializado em Pediatria e de leito: obstétrico, 225170 – Médico Generalista
terapêutica, incluindo Maternidade. clínico, 225250 – Médico Ginecologista e
necessidades de psiquiátrico, Obstetra
saúde decorrentes do pediátrico ou
uso de álcool e outras saúde mental)
drogas
03.03.17.016-6 Tratamento clínico de Internação para tratamento de transtornos Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos 225124 – Médico Pediatra
transtornos mentais e mentais e comportamentais devido ao uso - Serviço Principal) 225125 – Médico Clínico
comportamentais abusivo de álcool, realizada hospitalar (Tipos 225133 – Médico Psiquiatra
devido ao uso de exclusivamente em Hospital Geral, de leito: obstétrico, 225170 – Médico Generalista
álcool Hospital Especializado em Pediatria e clínico, 225250 – Médico Ginecologista e
Maternidade. psiquiátrico, Obstetra
pediátrico ou
saúde mental)
57

03.03.17.017-4 Tratamento clínico de Internação para tratamento de transtornos Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos 225124 – Médico Pediatra
transtornos mentais e mentais e comportamentais devido ao uso - Serviço Principal) 225125 – Médico Clínico
comportamentais de crack, realizada exclusivamente em hospitalar (Tipos 225133 – Médico Psiquiatra
devido ao uso de crack Hospital Geral, Hospital Especializado em de leito: obstétrico, 225170 – Médico Generalista
Pediatria e Maternidade. clínico, 225250 – Médico Ginecologista e
psiquiátrico, Obstetra
pediátrico ou
saúde mental)
03.03.17.018-2 Tratamento clínico dos Internação para tratamento de transtornos Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos 225124 – Médico Pediatra
transtornos mentais e mentais e comportamentais devido ao uso - Serviço Principal) 225125 – Médico Clínico
comportamentais das demais drogas e/ou outras substâncias hospitalar (Tipos 225133 – Médico Psiquiatra
devido ao uso das psicoativas, realizada exclusivamente em de leito: obstétrico, 225170 – Médico Generalista
demais drogas e/ou Hospital Geral, Hospital Especializado em clínico, 225250 – Médico Ginecologista e
outras substâncias Pediatria e Maternidade. psiquiátrico, Obstetra
psicoativas pediátrico ou
saúde mental)
08.02.01.025-3 Diária de Saúde Consiste na diária utilizada para identificarNível hospitalar AIH (Proc. 7 4-130 anos -
Mental com o quantitativo de dias que o paciente - ServiçoEspecial)
permanência de até 7 permanece internado para tratamento dos hospitalar (Tipo de
dias transtornos mentais e comportamentais leito: saúde
devido ao uso de álcool, crack e demais mental)
drogas e/ou outras substâncias
psicoativas. Esta diária é de uso exclusivo
em Hospital Geral que tem leito habilitado
em Saúde Mental.
08.02.01.026-1 Diária de Saúde Consiste na diária utilizada para identificar Nível hospitalar AIH (Proc. 15 4-130 anos -
Mental com o quantitativo de dias que o paciente - Serviço Especial)
permanência entre 8 e permanece internado para tratamento dos hospitalar (Tipo de
15 dias transtornos mentais e comportamentais leito: saúde
devido ao uso de álcool, crack e demais mental)
drogas e/ou outras substâncias
psicoativas. Esta diária é de uso exclusivo
em Hospital Geral que tem leito habilitado
em Saúde Mental.
08.02.01.027-0 Diária de Saúde Consiste na diária utilizada para identificar Nível hospitalar AIH (Proc. 30 4-130 anos -
Mental com o quantitativo de dias que o paciente - Serviço Especial)
permanência superior permanece internado para tratamento dos hospitalar (Tipo de
a 15 dias transtornos mentais e comportamentais leito: saúde
devido ao uso de álcool, crack e demais mental)
drogas e/ou outras substâncias
psicoativas. Esta diária é de uso exclusivo
em Hospital Geral que tem leito habilitado
em Saúde Mental.
¹São considerados principais executantes aqueles profissionais que geralmente têm composto as equipes no cenário regional local. Para ver demais profissionais executantes possíveis, acessar o
SIGTAP.
58

ANEXO A – ClAP2 (Capítulo P: Psicológico).


59

ANEXO B – Formulário do RAAS-PSI.


60
61

ANEXO C – Formulário do BPA-I.


62

ANEXO D – Formulário do BPA-C.


63

CONTATOS

VIII Regional de Saúde de Pernambuco


VIII Gerência Regional de Saúde
Coordenação de Atenção à Saúde
Av. Fernando Góes, s/n, Centro.
CEP: 56302-130, Petrolina/PE
Telefone: (87) 3866-6564
E-mail: gab8geres@hotmail.com

Universidade Federal do Vale do São Francisco


Coordenação de Residência Multiprofissional
Residência Multiprofissional em Saúde Mental
Av. José de Sá Maniçoba, s/n, Centro
CEP: 56304-917, Petrolina/PE
Telefone: (87) 2101-6795
E-mail: coremu@univasf.edu.br

Autora do Guia
Anne Crystie da Silva Miranda
Bacharelado em Psicologia com formação de psicóloga pela Univasf (2014)
Residência Multiprofissional em Saúde Mental pela Univasf (2017)
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4946432138361585
Telefone: (74) 98828-8608
E-mail: annecrystie@hotmail.com
64

SES Secretaria
Estadual de Saúde

VIII Região de Saúde

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