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PROJETO DE PESQUISA
Juiz de Fora
2018
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Juiz de Fora
2018
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 03
2 OBJETIVOS ........................................................................................... 04
2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................. 04
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................... 05
3 PROBLEMA ........................................................................................... 05
4 HIPÓTESE ............................................................................................. 05
5 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 06
6 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 09
7 METODOLOGIA .................................................................................... 09
8 CRONOGRAMA .................................................................................... 11
9 ESQUEMA NE TRABALHO.................................................................. 11
REFERÊNCIAS......................................................................................... 13
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1 INTRODUÇÃO
Embora Caetano Veloso seja mais que sambista, seus versos confessionais
norteiam esta pesquisa que busca entender como os sambas da Praça Onze fazem
a crônica da vida de quem os compôs e de quem os consome, da época de sua
produção até hoje, e como essas canções contribuem para que o antigo bairro de
imigrantes pobres tenha se tornado um lugar de memória, mesmo inexistindo
fisicamente desde 19421. Como diz o compositor, o samba vem das dores de uma
população excluída, canta seus anseios e faz seu prazer. Ademais, no Brasil,
filósofos não costumam ter o prestígio popular do francês Jean Paul-Sartre, do inglês
Bertrand Russel ou do alemão Friedrich Hegel, para ficar no idioma citado por
Caetano Veloso. Já os compositores, se não são gurus, criam breviários que nos
acodem quando a vida desanda ou quando anda tão bem que só a música expressa
tanta felicidade. Daí o título desse trabalho, que é parte de um verso da canção
“Apoteose do Samba”, de Silas de Oliveira.
Oficialmente, o samba já tem mais de um século2, mas há poucos estudos
literários sobre o tema. Fora do Brasil, o reconhecimento da canção popular como
literatura se consolidou em 2016, quando Bob Dylan recebeu o Prêmio Nobel da
área, por suas muitas canções e não pelos poucos livros que publicou. Aqui,
sambistas pioneiros e letristas da Bossa Nova e depois são contemplados com
trabalhos acadêmicos, mas os músicos (compositores, cantores e instrumentistas) e
os sambas a partir dos anos 1930 raramente receberam atenção, como se houvesse
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A Praça Onze foi demolida para a Avenida Presidente Vargas passar. No lugar do bairro com mais
de 100 mil habitantes (MOURA, 1995) foi aberto um bulevar ligando o centro do Rio de Janeiro à
Zona Norte da cidade, num processo de modernização que começara 40 anos antes, com a
demolição dos morros à beira mar e a abertura de largas avenidas para transformar o Rio numa Paris
tropical. A foto que ilustra a capa deste projeto, de Augusto Malta, é dos anos 1920 e faz parte do
acervo do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
2 Considera-se Pelo Telefone, de Donga, o primeiro samba gravado, em 1916.
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2 OBJETIVOS
Onze num lugar de memória e alimentar a nostalgia, sentimento que cresceu a partir
dos anos 1960.
3 PROBLEMA
Como e quanto os sambas da Praça Onze influíram para que o bairro carioca,
hoje inexistente, se tornasse um lugar de memória?
4 HIPÓTESE
5 REVISÃO DE LITERATURA
texto obedece ao ritmo da música (na maior parte dos casos) e a interpretação,
sempre levada em conta pelos compositores, privilegia ambos. Além dos arranjos
que enfatizam os três componentes: letra, melodia e ritmo.
Há poucos estudos literários sobre o samba após os anos 1920. Em
compensação, há fértil bibliografia sobre a Praça Onze, sobre a canção brasileira e
sobre a formação da memória. Há também depoimentos de personagens que
viveram esta história, como João da Baiana, principal personagem focado nesta
pesquisa. Há ainda as 14 canções a serem analisadas, suas gravações e dados
sobre seus compositores em sites e enciclopédias sobre música popular brasileira.
Neste primeiro momento, a previsão é dividir a bibliografia básica em cinco
itens, a saber:
6 MPB é uma sigla controversa. Significa música popular brasileira, mas abarca só um recorte da
produção. Foi criada nos anos 1960 por jovens universitários e/ou da classe média que faziam
samba, mas queriam diferenciar-se dos sambistas tradicionais do morro ou dos subúrbios cariocas,
geralmente negros. Assim, grosso modo, Chico Buarque de Holanda e Sidney Miller fariam MPB,
Paulinho da Viola e Zé Keti seriam sambistas.
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6 JUSTIFICATIVA
Este trabalho evidencia que o samba conta o que vive e o que pensa a
população que o produz e que consome, retrata a época em que foi criado e perdura
como recado para as gerações seguintes. Tal como os cânones literários, sambas
clássicos atravessam gerações e fortalecem a sensação de pertencimento (ou a
catarse) de quem os ouve e/ou canta. Fez-se o recorte de 14 canções em torno da
Praça Onze, dos anos 1930 aos anos 1980, para explorar os caminhos desse
processo. O objetivo é preencher uma lacuna nos estudos literários sobre a música
popular brasileira. Há muitos trabalhos sobre o período inicial (de sua formação em
meados do século XIX até os anos 1930) e outra boa quantidade abordando a
segunda metade do século XX (a partir da Bossa Nova). No entanto, num
levantamento preliminar, como já foi dito, pouco se encontrou sobre o samba a partir
dos anos 1930, como se houvesse um hiato. A ideia é mostrar que há uma
continuidade na produção do gênero que se tornou um dos símbolos do Brasil.
7 METODOLOGIA
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Produtor fonográfico é o profissional, geralmente músico, que decide como será gravado um disco
e/ou uma música, do repertório ao andamento, os instrumentos que serão utilizados, a sonoridade da
música e até a interpretação do cantor e/ou cantora, além das vozes do coro e a mixagem (mistura
dos sons) e masterização (equalização) da(s) música(s). Grosso modo, seria como o orientador num
trabalho acadêmico. O músico e mestre em Comunicação Social Luís Filipe de Lima tem textos sobre
essa função, que não entraram aqui pela limitação de dez referências bibliográficas. No período
estudado (1920/1982), os dois principais produtores fonográficos do Brasil eram Pixinguinha e
Radamés Gnatalli.
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Nome artístico de Paulo Roberto Pereira de Araújo, que assina arranjos e produção de discos das
Velhas Guardas das escolas de samba, individuais ou em grupo e também a produção da coletânea
O samba é minha nobreza (2000), organizada por Hermínio Bello de Carvalho (que será
entrevistado também, como se verá adiante)..
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8 CRONOGRAMA
Etapa Mar./ Maio Jul./ Set./ Nov./ Jan./ Mar./ Mai./ Jul./ Set./ Nov./ Fev./ Abr./ Jun./ Ago./
Abr. Jun. Ago. Out. Dez. Fev. Abr. Jun. Ago. Out. Dez. Mar. Maio Jul. Set.
Levantamento X X X
bibliográfico
Montagem do X X
Projeto
Coleta de X X
dados
biográficos
Tratamento e X X
análise dos
dados
Elaboração da X X X X
Dissertação
Revisão do X X X X X
texto
Entrega da X
dissertação /
Qualificação
Entrega da X
dissertação /
Defesa
9 ESQUEMA DE TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
2 ONDE E COMO A PRAÇA ONZE ACONTECEU?
2.1 O QUE FOI E COMO FOI A PRAÇA ONZE?
2.2 QUEM ERAM OS SAMBISTAS?
2.3 COMO O SAMBA NASCEU, CRESCEU E APARECEU?
3 QUEM AJUDA A CONTAR ESSA HISTÓRIA?
3.1. POR QUE OS ESTUDOS CULTURAIS?
3.2. COMO ANALISAR CADA CANÇÃO?
4 QUEM CONTA UM CONTO AUMENTA UM PONTO?
4.1 NA PRAÇA ONZE DE JUNHO, ENTREI NA RODA DE SAMBA
4.2 VÃO ACABAR COM A PRAÇA ONZE
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REFERÊNCIAS
BAIANA, João. João Machado Guedes. Depoimento para o Museu da Imagem e do
Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ), a Hermínio Bello de Carvalho e Aluísio Alencar
Pinto. Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1996.
MOURA, Roberto. Tia Ciata e a Pequena África do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.
Coleção Carioca. Volume 32. Prefeitura do Rio. 1995
REFERÊNCIAS FONOGRÁFICAS
KELLY, João Roberto e ANÍSIO, Francisco. Rancho da Praça Onze. Canta Dalva
de Oliveira. Rio de Janeiro. Odeon. 1964. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=tFNDqYTxeyc. Acesso em 08/10/2018.
KETI, Zé (José Flores Jesus). Praça Onze, berço do samba. Rio de Janeiro. CID.
1982. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=efdmPrcge8o. Acesso em
08/10/2018.
MARTINS, Herivelto e OTELO, Grande (Sebastião Prata). Praça Onze. Canta o Trio
de Ouro. Rio de Janeiro. Columbia. 1942. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=IwhhXeGzNec. Acesso em 08/10/2018.
______. ______ Bom dia, avenida. Canta o Trio de Ouro. Rio de Janeiro. Odeon.
1944. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=xZkzpay1rjo. Acesso em
08/10/2018.
VALENTE, Assis. Cansado de sambar. Canta o Bando da Lua. Rio de Janeiro. RCA
Victor. 1937. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=h9637ANDItI. Acesso
em 08/10/2018.
PROJETO DE PESQUISA
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