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O documento discute as origens e pressupostos da Geografia como disciplina acadêmica. Ele explica que os primeiros conceitos geográficos surgiram na Grécia Antiga, mas o conhecimento geográfico permaneceu disperso até o século XVIII. No início do século XIX, três fatores levaram à sistematização da Geografia: o mapeamento completo da Terra, a acumulação de dados empíricos sobre lugares diferentes e melhorias na cartografia. A disciplina se estabeleceu principalmente na Aleman
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Origens e Pressupostos Da Geografia Segundo Moraes 2008
O documento discute as origens e pressupostos da Geografia como disciplina acadêmica. Ele explica que os primeiros conceitos geográficos surgiram na Grécia Antiga, mas o conhecimento geográfico permaneceu disperso até o século XVIII. No início do século XIX, três fatores levaram à sistematização da Geografia: o mapeamento completo da Terra, a acumulação de dados empíricos sobre lugares diferentes e melhorias na cartografia. A disciplina se estabeleceu principalmente na Aleman
O documento discute as origens e pressupostos da Geografia como disciplina acadêmica. Ele explica que os primeiros conceitos geográficos surgiram na Grécia Antiga, mas o conhecimento geográfico permaneceu disperso até o século XVIII. No início do século XIX, três fatores levaram à sistematização da Geografia: o mapeamento completo da Terra, a acumulação de dados empíricos sobre lugares diferentes e melhorias na cartografia. A disciplina se estabeleceu principalmente na Aleman
- O vocábulo Geografia remonta à antigüidade clássica .
Na Grécia, já se conhecia algumas perspectivas de um conhecimento dito Geográfico com: Tales e Anaximandro (medição do espaço e a discussão da forma da Terra), Heródoto ( descrição dos lugares, numa perspectiva regional), Hipócrates ( relação entre o homem e o meio – cuja obra tem o título Dos ares, dos mares e dos lugares).
- Um elemento característico desses estudos é que em
vários momentos a discussão de temas, hoje tidos como Geografia, não tinham articulação, na obra de um mesmo autor. Exemplo: Aristóteles, discute a concepção de lugar, na sua Física, sem articulá-la com a discussão da relação homem-natureza, apresentada em sua Política, e sem vincular esses estudos com sua Meteorologia.
- O conhecimento geográfico estava disperso – faltava-
lhe um conteúdo unitário. Esse quadro perdura até o final do séc. XVIII.
- Isso não quer dizer que inexistissem autores
expressivos, no decorrer deste enorme período da história da humanidade (Cláudio Ptolomeu: Síntese Geográfica que, principalmente em sua versão árabe intitulada Almagesto, vai constituir um resgate ao pensamento grego clássico, durante a Idade média).
-Até o final do séc. XVIII não é possível falar de
conhecimento geográfico, como algo padronizado, com um mínimo que seja de unidade temática, e de continuidade nas formulações. Designam-se como Geografia: relatos de viagem, escritos em tom literário, curiosidades, relatórios estatísticos etc. È o que Nelson W. Sodré denomina de pré-história da Geografia.
- A sistematização do conhecimento Geográfico só
vai ocorrer no início do séc. XIX. - Os pressupostos históricos da sistematização geográfica objetivam-se no processo de avanço e domínio das relações capitalistas de produção.
- O primeiro desses pressupostos: conhecimento
efetivo da extensão real do planeta. Terra conhecida/ forma real dos continentes – “grandes navegações” – a constituição de um espaço mundial, que tem por centro difusor a Europa. Elementos de destaque no processo de transição do feudalismo para o capitalismo.
- O segundo pressuposto: existência de um
repositório de informações, sobre variados lugares da Terra. Formação de base empírica para comparação em Geografia ( caráter variável dos lugares). Estados Europeus incentivam o inventário dos recursos naturais, presentes em suas possessões, gerando informações mais precisas.
- O terceiro pressuposto: reside no aprimoramento
das técnicas cartográficas. Outra Classe de pressupostos
- Correntes filosóficas do séc. XVIII que vão propor
explicações abrangentes do mundo – afirmação das possibilidades da razão humana; aceitação da existência de uma explicação racional do mundo deslegitimando a visão religiosa ( E. Kant – enfatizou a questão do espaço; Hegel e Herder, destacaram a questão da influência do meio sobre a evolução da sociedade).
- Pensadores e políticos do Iluminismo – estes
autores foram os ideólogos das revoluções burguesas, que interessava ao modo de produção emergente ( Rousseau – discutiu a relação entre a gestão do Estado, as formas de representação e a extensão do território de uma sociedade; Montesquieu em o O Espírito das Leis, discute a ação do meio no caráter dos povos).
- Trabalhos desenvolvidos pela Economia Política
atuaram na valorização dos temas geográficos: Adam Smith e Malthus.
- Finalmente, o temário geográfico vai obter o
pleno reconhecimento de sua autoridade, com o aparecimento das teorias do evolucionaismo ( Darwin e Lamarck – o papel desempenhado pelas condições ambientais na evolução das espécies, a adaptação ao meio). - Então no início do séc. XIX a Terra estava toda conhecida. A Europa articulava um espaço de relações econômicas mundializado, o desenvolvimento do comércio punha em contato os lugares mais distantes, uso maior de mapas, fé na razão humana. As bases da ciência moderna estavam assentadas. E, os temas geográficos estavam legitimados como questão relevante. A sistematização da geografia ocorria já num momento de pleno domínio das relações capitalistas.
- O processo de transição do feudalismo para o
capitalismo manifestou-se a nível continental na Europa. Porém, não de forma homogênea. Existiram, assim, vias singulares de desenvolvimento do capitalismo. A Geografia será fruto de uma dessas singularidades. Aquela da via particular do desenvolvimento do capitalismo na Alemanha. Humboldt e Ritter , alemães, estabelecem uma linha de continuidade nesta disciplina. É na Alemanha que aparecem os primeiros institutos e as primeiras cátedras dedicadas a esta disciplina; é de lá que vêm as primeiras teorias, as primeiras propostas metodológicas e as primeiras correntes de pensamento.