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FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS

Pós Graduação em Engenharia de Estradas

Aline Rose P. Melo

Izolda Maria M. Simão

Karina Meneses A. Barros

Neiza Ferreira Carvalho

COMPARATIVO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO NO RESULTADO

DA VAZÃO DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA, ATRAVÉS DO

MÉTODO RACIONAL (A≤4Km²).

Belo Horizonte

2010
Aline Rose P. Melo

Izolda Maria M. Simão

Karina Meneses A. Barros

Neiza Ferreira Carvalho

COMPARATIVO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO NO RESULTADO

DA VAZÃO DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA, ATRAVÉS DO

MÉTODO RACIONAL (A≤4Km²).

Relatório Técnico-científico apresentado à


Faculdade de Engenharia de Minas Gerais
como requisito parcial para a obtenção do título
de Especialista em Engenharia de Estradas,
com ênfase em Drenagem de Rodovias.

Orientador: Prof. Esp. Marcos Marques

Belo Horizonte

2010
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS

Trabalho de conclusão de curso intitulado Comparativo do Tempo de Concentração


no Resultado da Vazão de uma Bacia Hidrográfica, através do Método Racional
(A≤4Km²), de autoria Aline Rose P. Melo, Izolda Maria M. Simão, Karina Meneses A.
Barros e Neiza Ferreira Carvalho, aprovado pela banca examinadora constituída
pelos seguintes professores:

Prof.

Prof.

Prof.

Belo Horizonte, 03 de Dezembro de 2010


RESUMO

Tempo de concentração é conceitualmente, o intervalo de tempo entre o início da


precipitação e o instante em que toda bacia contribui para a vazão na seção
estudada.

Trata-se de uma variável de difícil estimação. Diversas fórmulas empíricas têm sido
propostas para determinar este parâmetro em função de características físicas da
bacia e da sua ocupação.

Na avaliação do Método Racional, a precipitação é constante e uniforme ao longo de


toda a bacia a ser considerada. Dessa forma, admite-se que a duração da chuva é
igual ao tempo de concentração da área em questão e as condições de
permeabilidade durante a ocorrência da mesma permanecem constantes.

O presente trabalho definiu numericamente a comparação entre duas fórmulas,


levando em conta a influência empírica dos parâmetros hidrológicos utilizados pelos
autores R.Peltier/J.Bonnefant e Kirpich no cálculo do tempo de concentração, da
vazão e por conseqüente no dimensionamento das obras.

No desenvolver deste estudo, observamos que se deve estar atento ao tipo da bacia
e do escoamento que as equações do tempo de concentração procuram representar
e adotar cada uma a seu modo nas condições que mais se aproximem para o qual foi
determinado.

Palavras-chave: Tempo de Concentração, Cálculo de Vazão e Método Racional.


LISTA DE QUADROS E FIGURAS

Quadro 1–Métodos para cálculo do Tempo de Concentração..................................20

Quadro 2–Tempos de Acumulação e Coeficiente de Correção da Cobertura

Vegetal.......................................................................................................................23

Quadro 3–T’2 i=0,025m/m.........................................................................................24

Quadro 4–T’2 i=0,05m/m...........................................................................................25

Quadro 5–T’2 i=0,10m/m...........................................................................................26

Quadro 6–T’2 i=0,15m/m...........................................................................................27

Quadro 7–T’2 i=0,20m/m...........................................................................................28

Quadro 8–T’2 i=0,25m/m...........................................................................................29

Quadro 9–Valores do Coeficiente de Run-off “C”......................................................31

Quadro 10–Valores do Coeficiente de Run-off “C” Baptista Gariglio e José Paulo

Ferrari.........................................................................................................................32

Quadro 11–Peltier/Bonnenfant..................................................................................35

Quadro 12–Kirpich.....................................................................................................36

Quadro 13–Análise dos Cálculos – Tempo de Concentração...................................38

Quadro 14–Análise dos Cálculos – Vazões..............................................................40

Quadro 15–Análise dos Cálculos – Dimensionamento das Obras............................42

Figura 1-Mapa Rodoviário de Minas Gerais – DER MG............................................33


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................6
1.1Problema..................................................................................................................7
1.2 Objetivo Geral.........................................................................................................8
1.3 Objetivos Específicos............................................................................................8
1.4 Justificativa......................................................................................................... ..9

2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................10
2.1 Hidrologia.............................................................................................................10
2.2 Ciclo Hidrológico.................................................................................................10
2.3 Fatores intervenientes ao aporte de água em uma determinada seção.........12
2.3.1 Estudo dos fatores intervenientes ......................................................................13
2.3.1.1 Bacia hidrográfica............................................................................................13
2.3.1.2 Conformação Topográfica da Bacia ...............................................................15
2.3.1.3 Coeficiente de Escoamento Superficial ..........................................................15
2.4 Vazão.....................................................................................................................17
2.4.1 Método racional...................................................................................................18
2.5 Tempo de Concentração.....................................................................................19
2.5.1 Fórmulas e tabelas de Tempo de concentração do Método Racional para
bacias de contribuição (A ≤ 4km²)................................................................................22
2.5.1.1 R. Peltier/J.L. Bonnenfant…………………………………………………………22
2.5.1.2 Kirpich…………………………………………………………………………........30
2.6 Tabelas do coeficiente de escoamento para A < 4,0 km..................................31
2.6.1 Áreas < 4,0 km2 – Tempo de concentração por Peltier / Bonnenfant:................31
2.6.2 Áreas < 4,0 km2 – Tempo de concentração por Kirpich:.....................................32

3 METODOLOGIA.......................................................................................................33

4 ANÁLISE DOS DADOS............................................................................................37

5 CONCLUSÃO...........................................................................................................43

REFERÊNCIAS...........................................................................................................46

ANEXO: Mapa de Bacias


6

1 INTRODUÇÃO

Um dos principais parâmetros hidrológicos para se calcular a vazão da área a ser

drenada e assim dimensionar a obra a ser implantada é o tempo de concentração.

Tempo de concentração relativo a uma seção de um curso d’água, é o tempo gasto

para a precipitação partir de um ponto mais longínquo, atravessar toda a bacia

hidrográfica, passando pelo seu curso mais longo e profundo (talvegue) até a sua

saída, ou seja, a exutória.

Essa variável é difícil de ser estimada, uma vez que, existem várias fórmulas

empíricas para o seu cálculo, sendo assim, o projetista ao adotá-las dentro do

proposto, deve estar atento ao que elas oferecem, como:

a) a mais adaptável à forma da bacia, calculada através do coeficiente de forma;

até 1(forma arredondada), entre 1e 3 (intermediária), superior a 3 (alongada).

b) a mais adaptável a região em que será implantada a rodovia – plana,

montanhosa, alagadiça, etc.;

c) a que contiver maior número de elementos físicos da bacia (comprimento do

talvegue, área, declividade, tipo de solo, cobertura vegetal, etc.)

d) a mais adequada para zona rural ou para zona urbana.


7

Para o cálculo desse tempo de concentração foram confrontadas duas fórmulas,

sendo as escolhidas dos autores R.Peltier / J.L.Bonnefant e Kirpich para uma bacia

hidrográfica, definida como a área delimitada cartograficamente por uma linha de

pontos altimétricos que forma o divisor d’ água ou espigão ou também considerada

como a área receptora da precipitação que alimenta parte ou todo escoamento de

seus afluentes.

Este estudo contemplou para o cálculo de vazão o Método Racional, desenvolvido

pelo irlandês Thomas Mulvaney, em 1851, para áreas ≤ 4 km².

O objetivo será mostrar a importância da escolha destas fórmulas empíricas do

tempo de concentração a serem usadas, que mais se aproximam dos dados físicos

reais de uma bacia hidrográfica; identificar a influência do tempo de concentração no

calculo da vazão, no dimensionamento das obras e o que ele realmente representa

num todo para a quantificação dos resultados para o qual foi determinado.

1.1 Problema

Em vista do exposto acima, este trabalho comparará duas destas fórmulas,

analisará a real influência do tempo de concentração no cálculo da vazão e propõe

o seguinte questionamento:
8

O dimensionamento das obras de arte é alterado significativamente quando

utilizado diferentes fórmulas empíricas para se calcular do tempo de concentração?

1.2 Objetivo Geral

Avaliar se o dimensionamento das obras de arte é alterado significativamente

quando utilizado diferentes fórmulas empíricas para se calcular o tempo de

concentração.

1.3 Objetivos Específicos

- Levantar dados da bacia hidrográfica (área, declividade, comprimento do talvegue

principal, características da bacia em relação à vegetação e escoamento

superficial);

- Calcular as vazões, com diferentes fórmulas empíricas existentes, em relação ao

tempo de concentração;

- Dimensionar as obras de arte para as vazões calculadas;

- Analisar a existência de alteração no dimensionamento das obras de arte em

função das fórmulas empregadas.


9

1.4 Justificativa

Sendo a vazão de um curso d’água uma grandeza muito importante para a

engenharia, o trabalho traz como pauta uma análise direcionada ao cálculo do

tempo de concentração, um dos principais parâmetros hidrológicos para se atingir a

vazão máxima da seção considerada.

Tendo em vista as divergências do Método Racional para áreas ≤ 4 Km², o intervalo

de área a ser adotado, a influencia do tempo de concentração na vazão e no

dimensionamento das obras de uma bacia hidrográfica, questionamos através de um

estudo de caso, a importância do tempo de concentração nos resultados, numa

comparação de cálculos pelas fórmulas empíricas dos autores R.Peltier /J.Bonnefant

e Kirpich usando este Método.


10

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Hidrologia

Hidrologia (do grego Yδωρ, hydor, "água"; e λόγος, logos, "estudo") consiste na

ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água no planeta

Terra.

Segundo Merrian Webster (1961, p.28), hidrologia é a ciência que trata das
propriedades, distribuição e circulação da água; especificamente, o estudo da
água na superfície da Terra: no solo, rochas e na atmosfera, particularmente
com respeito à evaporação e precipitação.

2.2 Ciclo Hidrológico

Refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo,

águas superficiais, subterrâneas e das plantas (MARTINS, 1975).

Segundo Nelson L. de Souza Pinto e outros, podemos considerar que toda a água

utilizável pelo homem provenha da atmosfera, ainda que este conceito tenha apenas

o mérito de definir um ponto inicial de um ciclo que, na realidade, é fechado.

Quando as gotículas de água, formadas por condensação, atingem determinada

dimensão, precipitam-se em forma de chuva.


11

Parte da precipitação não atinge o solo, seja devido à evaporação durante a própria

queda, seja porque fica retida pela vegetação. A essa última perda (volume que

atinge o solo através das plantas) dá-se a denominação de intercepção.

Do volume que atinge a superfície do solo, parte nele se infiltra, parte se escoa

sobre a superfície e parte se evapora, quer diretamente, quer através das plantas,

fenômeno conhecido como transpiração.

Quando a intensidade da precipitação excede a capacidade de infiltração do solo, a

água se escoa superficialmente. Inicialmente são preenchidas as depressões do

terreno e em seguida inicia-se o escoamento propriamente dito, procurando, os

canais naturais, que vão se concentrando nos vales principais, formando os cursos

dos rios, para finalmente dirigirem-se aos grandes volumes de água constituídos

pelos mares, lagos e oceanos. Nesse processo pode ocorrer infiltração ou

evaporação, conforme as características do terreno e da umidade ambiente da zona

atravessada. A água retida nas depressões ou a água como umidade superficial do

solo pode ainda evaporar-se ou infiltrar-se alterando o volume de água a ser

escoada superficialmente.

As trajetórias percorridas pela água são determinadas pelas linhas de maior declive

do terreno e são influenciadas pelos obstáculos existentes. À medida que as águas

vão atingindo os pontos mais baixos do terreno, passam a escoar em canalículos

que formam a micro rede de drenagem. Sob ação da erosão, vai-se aumentando a

dimensão desses canalículos e o escoamento se processa, cada vez mais, por

caminhos preferenciais, formando os cursos d’água.


12

Das fases básicas do ciclo hidrológico, talvez a mais importante para o


engenheiro seja a do escoamento superficial [...], pois a maioria dos
estudos hidrológicos esta ligada ao aproveitamento de água superficial e a
proteção contra os fenômenos provocados pelo seu deslocamento...
(VILLELA; MATTOS, 1975, p.102).

“O escoamento superficial é o segmento do ciclo hidrológico que estuda o

deslocamento das águas na superfície da Terra” (MARTINS, 1976, p. 36).

2.3 Fatores intervenientes ao aporte de água em uma determinada seção

Segundo Nelson L. de Souza Pinto (1975) alguns fatores influenciam o aporte de

água para uma determinada seção em estudo, como apresentado a seguir:

 Área da bacia hidrográfica;

 Conformação topográfica da bacia: declividades, depressões acumuladoras e

retentoras de água;

 Condições da superfície do solo e constituição geológica do sub-solo

(existência de vegetação e qual o tipo, capacidade de infiltração do solo,

natureza e disposição das camadas geológicas);

 Existência de obras de controle e utilização da água a montante da seção

para irrigação, canalização ou retificação de cursos d’água, construção de

barragens, etc.
13

2.3.1 Estudo dos fatores intervenientes

2.3.1.1 Bacia hidrográfica

Para o autor Paulo Sampaio Wilker (1980) a bacia contribuinte de um curso de água

é a área que recebe a precipitação e irá alimentar uma parte ou todo o curso

d’água.

Segundo o autor, José Augusto Martins (1976) bacia hidrográfica, de uma seção de

um curso d’água, é a área geográfica que coleta a água da chuva que escoa pela

superfície do solo e atinge a seção considerada.

Segundo Swami Marcondes Villela e Arthur Mattos (1979) a bacia hidrográfica é

contornada por um divisor, assim designado por ser a linha de separação que divide

as precipitações que caem em bacias vizinhas e que encaminha o escoamento

superficial resultante para um ou para outro sistema fluvial. Costuma-se considerar

que a área da bacia de drenagem é aquela determinada pelo divisor topográfico

ainda que haja dificuldade em se determinar precisamente o divisor freático, uma

vez que ele não é fixo e pode mudar de posição com as flutuações do lençol

freático.

As características físicas de uma bacia são elementos de grande


importância em seu comportamento hidrológico. De fato, existe uma estreita
correspondência entre o regime hidrológico e estes elementos , sendo
portanto de grande utilidade prática o conhecimento destes elementos, pois
ao estabelecerem-se as relações e comparações entre eles e dados
hidrológicos conhecidos, pode-se determinar indiretamente os valores
hidrológicos conhecidos, pode-se determinar indiretamente os valores
hidrológicos em seções ou locais de interesse nos quais faltem dados ou
em regiões onde, por causa de fatores de ordem física ou econômica, não
seja possível a instalação de estações hidrométricas. (VILLELA e MATTOS,
1979, p. 12)
14

Uma destas características físicas das bacias é a sua forma geométrica, que se

torna importante em função do tempo de concentração (tempo, a partir do início da

precipitação, para que toda a bacia contribua para a seção em estudo), segundo

Swami Marcondes Villela e Arthur Mattos. De acordo com o autor, existem alguns

coeficientes que são utilizados para se determinar a forma da bacia procurando

relacioná-los com as forma geométricas conhecidas:

* Coeficiente de compacidade – é a relação entre o perímetro de uma bacia e uma

circunferência de mesma área. Quanto mais irregular for a bacia tanto maior será o

seu coeficiente. Quanto mais próximo de um, mais próxima da forma circular será a

bacia hidrográfica. A tendência para maiores enchentes é tanto maior quanto mais

próximo da unidade for o valor do coeficiente;

* Fator de forma – é a relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia

e também indica se esta é mais arredondada ou alongada.

Bacias com mesmas áreas, porém com formatos diferentes, apresentam

comportamentos adversos. Podemos dizer que uma bacia mais alongada (fator de

forma menor) em relação a uma mais arredondada, é menos susceptível à

inundações devido ao fato de ser dificilmente atingida na sua integridade por chuvas

intensas, tendo em vista, o escoamento não concentrar tão rapidamente quanto na

bacia arredondada.
15

2.3.1.2 Conformação Topográfica da Bacia

De acordo com Swami Marcondes Villela e Artur Mattos (1979), o relevo de uma

bacia hidrográfica tem grande influência sobre os fatores meteorológicos e

hidrológicos, pois a velocidade do escoamento superficial é determinada pela

declividade do terreno, enquanto que a temperatura, a precipitação, a evaporação

são funções da altitude da bacia.

A declividade dos terrenos de uma bacia controla em boa parte a


velocidade com que se dá o escoamento superficial, afetando portanto o
tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos fluviais que
constituem a rede de drenagem das bacias. (VILLELA e MATTOS
1979,p.17)

Para o autor, a magnitude dos picos das enchentes, a maior ou menor possibilidade

de infiltração e a susceptibilidade para erosão dos solos dependem da rapidez com

que ocorre o escoamento sobre os terrenos da bacia.

2.3.1.3 Coeficiente de Escoamento Superficial

Conforme mencionado anteriormente, do volume precipitado sobre a bacia, apenas

uma parcela atinge a seção de vazão, sob a forma de escoamento superficial. Isto

porque parte é interceptada ou preenche as depressões ou se infiltra rumo aos

depósitos subterrâneos. O volume escoado é então um resíduo do volume

precipitado e a relação entre os dois é o que se denomina, geralmente de coeficiente

de deflúvio ou de escoamento.
16

Segundo Carvalho e Batista (2006, p.97) Coeficiente de escoamento


superficial, ou coeficiente run-off, ou coeficiente de deflúvio é definido como
a razão entre o volume de água escoado superficialmente e o volume de
água precipitado. Este coeficiente pode ser relativo a uma chuva isolada ou
relativo a um intervalo de tempo onde várias chuvas ocorreram.

O escoamento superficial sofre influência de diversos fatores que facilitam ou


prejudicam a sua ocorrência. Estes fatores podem ser de natureza climática,
relacionados à precipitação ou de natureza fisiográfica ligados às
características físicas da bacia (VILLELA e MATTOS,1979, p 102);

Dentre os fatores climáticos podem-se destacar, segundo o autor, a intensidade e a

duração da precipitação, pois quanto maior a intensidade, mais rápido o solo atinge

a sua capacidade de infiltração provocando excesso de precipitação que escoará

superficialmente. A duração também é diretamente proporcional ao escoamento,

pois para chuvas de intensidade constante, quanto maior a duração maior

oportunidade de escoamento.

A precipitação antecedente também é um fator importante, pois uma precipitação

que ocorre quando o solo está úmido devido a uma chuva anterior, terá maior

escoamento superficial;

De acordo com o autor, dentre os fatores fisiográficos os mais importantes são a

área, a forma, a permeabilidade, a capacidade de infiltração e a topografia da bacia.

Estes fatores já foram analisados anteriormente.

Outros fatores importantes que influem no escoamento superficial as obras


hidráulicas construídas na bacia, tal como barragem que, acumulando a água
em um reservatório, reduz as vazões máximas do escoamento superficial e
retarda a sua propagação. Em sentido contrário, pode-se retificar um rio
aumentando a velocidade do escoamento superficial (VILLELA e
MATTOS,1979, p 103);
17

Ainda segundo Swami Marcondes Villela e Artur Mattos (1979) há grandezas que

caracterizam o escoamento superficial como a vazão da bacia, o coeficiente de

escoamento superficial, o tempo de concentração, tempo de recorrência e nível

d’água.

2.4 Vazão

Como afirma Holtz (1975), vazão é o volume de determinado fluido que passa por

uma determinada seção de um conduto que pode ser livre ou forçado por uma

unidade de tempo.

Segundo Carvalho e Batista (2006, p.110), “a estimativa da vazão do escoamento

produzido pelas chuvas em determinada área é fundamental para o

dimensionamento dos canais coletores, interceptores ou drenos.”

Existem várias equações para estimar esta vazão, sendo muito conhecido o uso do

Método Racional (método desenvolvido pelo Irlandês Thomas Mulvaney, 1851). Seu

uso é limitado a pequenas áreas.


18

2.4.1 Método racional

O Método Racional estima a vazão máxima de escoamento de uma determinada

área sujeita a uma intensidade máxima de precipitação, com um determinado tempo

de concentração.

Esse Método, embora chamado de Racional é na realidade pouco racional,


pois sua aplicação exige que adotem certas grandezas “a priori” o que
depende muito do critério pessoal, motivo pelo qual nem sempre è
recomendado. (GARCEZ, 1969, pag. 242)

Ainda, de acordo com o autor acima, a fórmula para o cálculo de vazão de uma bacia

hidrografica é expressa pela equação:

Q (m3/s) = 0,0028 x C x I x A

Onde:

- “C” (tabelado) é o coeficiente de escoamento superficial;

- “A” em (ha) é a área da bacia contribuinte;

- “I” (mm/h) é a intensidade pluviométrica em função do posto pluviográfico adotado,

do tempo de retorno e do tempo de concentração, dada pela fórmula:

I = P/Tc (precipitação / tempo de concentração)


19

2.5 Tempo de Concentração

Villela e Mattos (1978, p.104) definem tempo de concentração como “o tempo em

minutos que leva uma gota d’água teórica para ir do ponto mais afastado da bacia

até o ponto de concentração”. Iniciando-se a contagem de tempo no início da chuva,

se esta cobrir toda a bacia, representa o tempo em que toda a bacia contribui para o

escoamento superficial na seção considerada (o ponto de concentração).

“É o intervalo de tempo entre o inicio da precipitação e o instante em que toda bacia

contribui para a vazão na seção estudada.” (Massucci, 2002, p. 225)

O tempo de concentração também pode ser compreendido como aquele


decorrido desde o término da chuva até o instante em que a contribuição do
ponto mais distante da bacia passa pela seção de controle. (FCTH, 1999,
p.71).

Existem várias fórmulas indicadas para a determinação dos tempos de concentração das

bacias hidrográficas, como pode ser observado no Manual de Projeto de Engenharia-

capitulo III- Hidrologia - DNIT. O mesmo Manual recomenda ao projetista escolher a

fórmula do tempo de concentração tendo em vista:

a) a mais compatível com a forma da bacia;

b) a mais adaptável à região do interesse da rodovia;

c) a que contenha o maior número de elementos físicos: declividade de talvegue,

natureza do solo, recobrimento vegetal, etc.;

d) a distinção entre áreas rurais e urbanas.

Há também trabalhos como o de Esteves e Mediondo (2003) que procuram aferir

estas fórmulas e introduzir novos processos de determinação.


20

QUADRO 1

Método Equação Termos da Equação Comentários Fonte


tc - tempo de concentração (min)
2
A - área da bacia (km ) Recomendado pela École
L - comprimento do talvegue

IEP(2001)
Ventura

(km) nationale des Ponts et


1/2
tc = 240 (A x L / H) H - diferença de cotas (m)
talvegue Chaussées (France).
entre o ponto mais afastado e
seção de referência da bacia
(m).

Temez (1978) e LNEC


Esse método é recomendado
tc - tempo de concentração (h) pelo IEP (ver IEP, 2001). É
L - comprimento do talvegue
Temez

(1995)
(km) um método muito testado
0,25 0,76
tc = 0,3 (L / i ) i = declive médio da linha de
água nas bacias hidrográficas
principal da bacia (m/m) da Espanha e é recomen-
dado para bacias naturais
3
de área até 300x10 ha
O valor de tc obtido deve ser

(1988) e USDA (1996)


(1984) e Chow et alii.
Kirpich (1940), AISI
multiplicado por 0,20 ou
0,40 conforme sejam
Kirpich

tc - tempo de concentração (min) canasi debetão ou superfícies


0,77 -0,385
tc=0,0195xL xi L - comprimento do talvegue (m) asfaltadas respectivamente;
i = declividade (m/m) é recomendado p/ bacias
de 0,5 a 45,3 ha) com canais
bem definidos e de declives
situados entre 3% e 10%.
Método equivalente ao de

Brisa (1974)
Peckering

tc - tempo de concentração (h) Kirpich e muito mais usado


0,385 L - comprimento do talvegue
tc =((0,871 x L3) / H)
(km) nos projetos Brisa, SA.

tc - tempo de concentração (min) Desenvolvido a partir de Chow et alii


California

(CHPW)
Culverts
Practice

L - comprimento do talvegue pequenas bacias (1988)


3
tc = 57 (L /H) 0,385 (km) montanhosas

H - (m) da Califórnia.
MOTH (1998) e
ASDOT (1995)

tc - tempo de concentração (h)


L - comprimento da linha de
Bransby
Willians

0,2 0,1
tc= 0,605(L / (i xA ) água Especialmente recomendado
principal (km) para bacias rurais
i - declive médio linha d'água (%)
2
A - área da bacia (km )
tc - tempo de concentração (h)
Giandotti

Giandotti

L - comprimento do talvegue
(1940)

1/2
tc = 4 (A) + 3/2 L (km)
1/2 2
0,8 (Hm) A - área da bacia (km )
Hm - altitude média da bacia (m) Derivada a partir de dados de
tc - tempo de concentração (h) bacias hidrográficas italianas
Lo Bosco et
al (2002)

L - comprimento do talvegue
Pasini

tc = 0,108 (AL)1/3 (km)


0,5 2
i A - área da bacia (km )
i = m/m
tc - tempo de concentração (h)
Picking

(2000)
Lança

L - comprimento do talvegue
2 0,333
tc=0,088333(L /i) (km)
i - (m/m)
21

tc - tempo de concentração (h)


Vem Te

(2000)
Lança
Chow
L - comprimento do talvegue
1/2 0,64
tc=0,8773 ((L/( i ) ) (km)
i - (m/km)

Hotchkiss &
alii.,1967;citado por McCallum
1/2 0,36
tc=1,24 (( L / ( i ) ) tc - tempo de concentração (h) Método desenvolvido para

(1995)
Epsey

L - (mile) bacias naturais


i - (ft/mil)

Aplicável a bacias urbanas,

Martins et alii.(2003)
tc - tempo de concentração (min) incluindo ruas pavimentadas

Schaake et
L - (ft) com sarjetas ao longo do
Schaake

0,24
tc= 0,503 L i (ft/ft) passeio.
A - área impermeável na bacia
0,16 0,26
i x Ai (%)

Fonte: Universidade Federal de Ouro Preto

A determinação de um tempo de concentração (Tc) confiável é de fundamental

importância, uma vez que o Método Racional e alguns dos modelos de chuva-vazão

mais utilizados requerem essa estimativa.

Este estudo prioriza analisar a influência do tempo de concentração, adotando-se as

fórmulas empíricas contempladas por R.Peltier /J.Bonnefant e Kirpich no resultado dos

cálculos de vazão e no dimensionamento das obras de arte.


22

2.5.1 Fórmulas e tabelas de Tempo de concentração do Método Racional para


bacias de contribuição (A ≤ 4km²).

2.5.1.1 R. Peltier/J.Bonnenfant

No cálculo do tempo de concentração, preconizado por J.L Bonnenfant e R. Peltier,

em sua obra “ Rapport Sur Une Mission em Afrique Noire“– 1950 – Bureau

Central D’É`tudes Pour Les Équipamentes” D’Outre-mer, Services Des Routs,

levou-se em conta, principalmente, o critério de escolha por um método que

contivesse o maior número de elementos físicos.

O tempo de concentração é calculado pela expressão:

Tc T1 T 2

Onde:

T1 = tempo de escoamento em minutos, tabelados em função da cobertura vegetal,

declividade do talvegue e da área da bacia (Quadro 2).

T2 = ß T’2

ß = (Quadro 2)

T’2 = (Quadros 3, 4, 5, 6, 7, e 8)

α= L

(A) 1/2
23

onde:

α= coeficiente de forma da bacia

L = comprimento do talvegue em hm (hectômetro)

A = área da bacia em ha (hectare)

QUADRO 2

TEMPOS DE ACUMULAÇÃO E COEFICIENTE DE CORREÇÃO DA COBERTURA VEGETAL

CORREÇÃO VALORES DE T1 (min.)


NATUREZA DA COBERTURA DECLIVIDADE DO TALVEGUE
COBERTURA VEGETAL VEGETAL i (m/m)
0,25 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25

Plataformas de Estradas,
Terrenos com Vegetação Rala 1,00 7 5 3 2 2 2
sem Vegetação ou Rochosos
Terrenos Desnudos, Eruditos 1,00 7 5 3 2 2 2
Vegetação Normal, Gramas 1,35 16 13 8 6 5 5
Vegetação Densa e Cerrados 1,67 20 16 10 8 7 6
Floresta Densa 2,50 20 20 18 10 9 8
Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor
24

T’2 – QUADRO 3

i= 0.025 m/m
1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 3.0 4.0

A(ha)

1 3 3 3 4 4 4 5 5 5 5 6 9 13

2 4 5 5 5 6 6 7 7 8 8 8 13 17

5 6 6 7 7 8 8 9 10 10 11 11 17 23

10 7 8 8 9 10 11 11 12 13 13 14 21 32

20 11 12 14 15 16 17 18 19 20 22 23 34 45

30 13 14 15 17 18 19 20 22 23 24 25 28 51

40 15 16 17 18 20 21 23 24 25 27 28 42 55

50 17 19 20 22 24 25 27 29 31 32 34 51 58

60 24 26 29 31 34 35 38 41 43 45 48 72 96

70 30 33 36 39 42 45 48 50 53 55 59 89 119

80 33 36 39 41 46 49 52 55 59 62 65 98 130

90 35 39 42 46 50 53 57 60 64 67 74 106 141

100 38 42 45 50 53 57 61 65 69 73 76 115 153

150 48 53 58 62 67 72 77 82 87 91 96 144 192

200 57 62 67 74 79 85 91 96 102 107 113 170 225

250 69 75 83 90 97 104 111 118 125 132 139 206 227

300 81 89 97 105 113 121 129 137 147 153 160 242 322

400 109 120 131 142 153 168 174 185 196 207 221 327 435

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


25

T’2 – QUADRO 4

i= 0.05 m/m

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 3.0 4.0

A(ha)

1 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 5 8

2 3 3 4 4 4 4 5 5 5 6 6 9 12

5 4 4 5 5 6 6 6 7 7 8 8 12 16

10 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 15 20

20 8 9 10 10 11 12 13 14 14 15 16 24 32

30 9 10 11 12 13 13 14 15 16 17 18 27 35

40 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 30 40

50 12 13 14 16 17 18 19 20 22 23 24 36 48

60 17 19 20 22 24 25 27 29 31 32 34 51 68

70 21 23 25 27 29 31 34 36 38 40 42 63 84

80 23 25 28 30 32 34 37 39 41 44 46 69 92

90 25 27 30 32 35 37 40 42 45 47 50 75 100

100 27 30 32 35 38 40 43 45 49 51 54 81 108

150 34 37 41 44 48 51 54 58 61 65 68 102 135

200 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 120 160

250 49 54 59 64 69 73 78 83 88 93 98 147 198

300 57 63 68 74 80 85 91 97 102 108 114 171 228

400 77 85 92 100 108 116 123 131 139 146 154 231 306

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


26

T’2 – QUADRO 5

i= 0.10 m/m

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 3.0 4.0

A(ha)

1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 4 5

2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 6 8

5 3 3 3 4 4 4 5 5 5 5 6 8 11

10 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 7 11 14

20 6 6 7 7 8 8 9 10 10 11 11 17 23

30 6 7 8 8 9 10 10 11 11 12 13 19 25

40 7 8 8 9 10 11 11 12 13 13 14 21 28

50 8 9 10 11 12 13 14 14 15 16 17 25 34

60 12 13 14 15 17 18 19 20 22 23 24 36 48

70 15 16 18 19 21 22 24 25 27 28 30 45 59

80 16 18 20 21 23 24 26 28 29 31 33 49 65

90 18 19 21 23 25 26 28 30 32 34 35 53 71

100 19 21 23 25 27 29 31 32 34 36 38 57 78

150 24 26 29 31 34 36 38 41 43 46 48 72 96

200 28 31 34 37 40 42 45 48 51 54 57 85 113

250 35 38 42 45 48 52 55 59 62 66 69 104 139

300 40 44 48 52 56 60 64 68 72 77 81 121 161

400 54 60 65 71 76 82 87 92 98 103 109 168 218


Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor
27

T’2 QUADRO 6

I= 0.15 m/m

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 3.0 4.0

A(ha)

1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3

2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 5 7

5 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 5 7 9

10 3 3 3 4 4 4 5 5 5 5 6 9 12

20 5 5 6 6 6 7 7 8 8 9 9 14 19

30 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 10 16 21

40 6 6 7 8 8 9 9 10 10 11 12 17 23

50 7 7 8 9 10 10 11 12 12 13 14 21 28

60 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 29 39

70 12 13 15 16 17 18 19 21 22 23 24 36 49

80 13 15 16 17 19 20 21 23 24 25 27 40 53

90 14 16 17 18 20 22 23 25 26 27 29 43 58

100 16 17 19 20 22 23 25 27 28 30 31 47 62

150 20 22 24 26 27 29 31 32 33 35 37 59 79

200 23 25 28 30 32 35 37 39 42 44 46 69 92

250 28 31 34 37 40 42 45 48 51 54 57 85 113

300 33 36 40 43 46 49 53 56 59 63 66 99 132

400 44 49 53 58 62 67 71 76 80 84 89 134 178

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


28

T’2 – QUADRO 7

i= 0.20 m/m

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 3.0 4.0

A(ha)

1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 4

2 1 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 4 5

5 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 6 8

10 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 7 10

20 4 4 5 5 6 6 6 7 7 8 8 12 16

30 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 13 18

40 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 15 20

50 6 7 7 8 8 9 10 10 11 11 12 18 24

60 8 9 10 11 12 13 14 14 15 16 17 25 34

70 10 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 31 42

80 11 13 14 15 16 17 18 20 21 22 24 34 46

90 12 14 15 16 17 19 20 21 22 24 25 37 50

100 13 15 16 18 19 20 22 23 24 26 27 40 54

150 17 19 20 22 24 25 27 29 31 32 34 51 68

200 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 60 80

250 24 27 29 32 34 37 39 42 44 47 49 73 98

300 28 31 34 37 40 45 46 48 51 54 57 85 114

400 38 42 46 50 54 58 62 65 69 73 77 105 154

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


29

T’2 – QUADRO 8

i= 0.25 m/m

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 3.0 4.0

A(ha)

1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 3 4

2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 4 5

5 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 4 5 9

10 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 9

20 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 7 11 14

30 4 4 5 5 6 6 6 7 7 8 8 12 16

40 4 5 5 6 6 7 7 8 8 8 9 13 18

50 5 6 6 7 7 8 8 9 10 10 11 16 21

60 8 8 9 10 11 11 12 13 14 14 15 23 30

70 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 28 38

80 10 11 12 13 14 15 16 17 18 20 21 31 41

90 11 12 13 15 16 17 18 19 20 21 22 33 45

100 12 13 14 17 17 18 19 21 22 23 24 36 48

150 15 17 18 20 21 23 24 26 27 29 30 46 60

200 18 20 21 23 26 27 29 30 32 34 36 54 65

250 22 24 26 28 31 35 36 37 39 42 44 66 68

300 25 28 31 35 36 38 41 45 46 48 51 76 102

400 34 38 41 45 48 52 55 59 62 65 69 103 137

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


30

2.5.1.2 Kirpich

O Tempo de Concentração calculado através da expressão de Kirpich leva em

conta o comprimento do talvegue principal e a declividade da bacia:

0,77
0,294xL
T
c i

Onde:

Tc = Tempo de concentração, em h;

L = Extensão do talvegue principal, em km ;

i = Declividade do talvegue em %

L
i
L L L
1 2 ..... n
i i i
1 2 n

Sendo:

L = Comprimento total do talvegue em Km;

L1 , L2 .. Ln = Comprimentos parciais do talvegue em Km;

i1 , i2 .. in = Declividades parciais em m/m.


31

2.6 Tabelas do coeficiente de escoamento para A ≤ 4,0 km2

Iremos agora através das tabelas abaixo, indicar o coeficiente de escoamento

superficial, que juntos ao tempo de concentração definidos pelas fórmulas de

R.Peltier / J.Bonnenfant e Kirpich têm a finalidade de calcular cada uma das vazões

e dimensionar as obras de arte das bacias hidrográficas.

2.6.1 Áreas < 4,0 km2 – Escoamento superficial por R. Peltier / J.Bonnenfant:

QUADRO 9

VALORES DO COEFICIENTE DE RUN-OFF "C"

0 < A <10 ha 10 ha < A 400 ha


NATUREZA DA
COBERTURA 10% a 10% a
< 0,5% 5%<10% > 30% < 5% 5%<10% > 30%
30% 30%
Plataformas,
0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
estradas

Terreno erodido 0,55 0,65 0,70 0,75 0,55 0,60 0,65 0,70

Pequenos Bosques 0,50 0,55 0,60 0,65 0,42 0,55 0,60 0,65

Matas, Cerrados 0,45 0,50 0,55 0,60 0,30 0,36 0,42 0,50

Floresta Comum 0,30 0,40 0,50 0,60 0,18 0,20 0,25 0,30

Floresta Densa 0,20 0,25 0,30 0,40 0,15 0,18 0,22 0,25

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


32

2.6.2 Áreas < 4,0 km2 – Escoamento por Batista Gariglio e José Paulo Ferrari:

QUADRO 10

VALORES DO COEFICIENTE DE RUN-OFF “C”


BAPTISTA GARIGLIO E JOSÉ PAULO FERRARI

5% a 10% a
Complexo Solo/Vegetação d<5% 10% 20% d>20%
Veg. Rala 0,70 0,75 0,80 0,85
Baixa Permeabilidade
Veg. Densa 0,65 0,70 0,75 0,85
ROCHA
Média Veg. Rala 0,60 0,65 0,70 0,75
Permeabilidade Veg. Densa 0,55 0,60 0,65 0,70
Veg. Rala 0,50 0,55 0,60 0,65
Baixa Permeabilidade
(Solo Argiloso) Veg. Densa 0,45 0,50 0,55 0,60
Floresta 0,40 0,45 0,50 0,55
Média Veg. Rala 0,35 0,40 0,45 0,50
SOLOS Permeabilidade Veg. Densa 0,30 0,35 0,40 0,45
(Solo Argilo-Arenoso) Floresta 0,25 0,30 0,35 0,40
Veg. Rala 0,20 0,25 0,30 0,35
Alta Permeabilidade
(Solo Arenoso) Veg. Densa 0,15 0,20 0,25 0,30
Floresta 0,10 0,15 0,20 0,25

Fonte: Adaptado da apostila de Marcos Jabor


33

3 METODOLOGIA

Selecionamos o trecho de Prados a Dores de Campos, situado na região das

vertentes, como referência de estudo de caso para análise comparativa das fórmulas

do tempo de concentração de R.Peltier / J.Bonnenfant e Kirpich no cálculo da vazão

e dimensionamento das obras de arte.

NA figura nº1 abaixo, mostra a localização do trecho no Mapa Rodoviário de Minas

Gerais, com o destaque para o posto pluviométrico eleito como o mais

representativo para o estudo (Posto Pluviométrico de Barbacena);

Figura 1: Mapa Rodoviário de Minas Gerais – DER-MG

A seguir é apresentada a equação de chuva do posto acima citado (Posto de

Barbacena – com 17 anos de observação):

3000 ,000 xT 0, 208


I
(t 23.080 )1.003
34

Para iniciar o estudo foram delimitadas as bacias hidrográficas, calculadas suas

áreas, comprimento do talvegue principal e a declividade efetiva da mesma.

Em seguida foi calculado o tempo de concentração e as vazões para todas as

bacias hidrográficas com áreas inferiores ou iguais 4,0 km2 no qual se propõe o

Método Racional.

A partir das vazões calculadas foram dimensionadas as obras de arte das

respectivas bacias contribuintes.

O mapa das bacias hidrográficas citadas e os cálculos descritos acima juntamente

com o resultado dos dimensionamentos das obras de arte, serão apresentados a

seguir:

Ressaltamos que, neste estudo, foram adotados os parâmetros hidrológicos (área,

comprimento do talvegue, declividade efetiva e coeficiente de escoamento

superficial), considerados cada um ao seu modo para o tempo de concentração

calculado, ora por R.Peltier / J.Bonnefant, ora por Kirpich, com a finalidade de avaliar

a influência destes, no resultado das vazões e por conseqüência no

dimensionamento das obras de arte.


35

QUADRO 11
R.PELTIER / J.BONNENFANT
Rodovia: PRADOS - DORES DE CAMPOS MÉTODO RACIONAL A<4 km² ou <400 ha
Posto Pluviométrico: 122-BARBACENA Q=2,8x10˙³x Ax Cx I
Run-Off 3
Bacia Área (A) L i Tc Tc Intensidade (mm/h)_ Vazão (Q) - m /s OBRA PROJETADA
C
Nº Estaca Ha Hm m/m - horas min 15 25 50 15 25 50 Bueiro Hw/D
1 19,41 6,23 0,104 0,50 0,30 18,21 126,21 140,36 162,13 3,43 3,81 4,41 BDTC 1,20 1,72
2 91,94 14,84 0,038 0,35 1,30 77,91 51,46 57,23 66,10 4,64 5,16 5,96 BDTC 1,00 1,99
3 14,47 4,71 0,059 0,42 0,37 22,07 115,38 128,31 148,21 1,96 2,18 2,52 BSTC 1,00 1,65
4 19,03 4,53 0,033 0,35 0,48 28,61 100,73 112,02 129,40 1,88 2,09 2,41 BSTC 1,00 1,54
7 28,15 5,37 0,062 0,42 0,38 22,94 113,18 125,87 145,39 3,75 4,17 4,81 BSTC 1,20 1,89
8 20,73 5,65 0,036 0,35 0,53 31,65 95,12 105,79 122,19 1,93 2,15 2,48 BSTC 1,00 1,62
9 7,76 2,93 0,020 0,50 0,42 25,23 107,81 119,89 138,49 1,17 1,30 1,51 BSTC 0,80 1,68
10 10,45 4,46 0,020 0,35 0,49 29,59 98,86 109,94 126,99 1,01 1,13 1,30 BSTC 0,80 1,40
11 210,16 19,64 0,015 0,35 2,07 124,29 35,22 39,17 45,25 7,26 8,07 9,32 BSCC 1,50 X 2,00 1,19
12 32,26 6,39 0,012 0,35 0,60 35,85 88,33 98,23 113,47 2,79 3,11 3,59 BSTC 1,20 1,34
13 15,06 4,01 0,036 0,35 0,43 25,73 106,71 118,67 137,08 1,57 1,75 2,02 BSTC 1,00 1,27
14 172,51 25,34 0,027 0,35 2,46 147,38 30,44 33,85 39,10 5,15 5,72 6,61 BTTC 1,20 0,99

- As obras foram projetadas para as vazões que estão em negrito.


36

QUADRO 12
KIRPICH
Rodovia: PRADOS - DORES DE CAMPOS MÉTODO RACIONAL A<4,0 km² ou < 400 ha
Posto Pluviométrico: 122-BARBACENA Q=2,8x10˙³x Ax Cx I
Run-Off
Bacia Área (A) L i Tc Tc Intensidade (mm/h) Vazão (Q) - m3/s OBRA PROJETADA
C
Nº Estaca Ha km % - horas min 15 25 50 15 25 50 Bueiro Hw/D
1 19,41 0,62 10,40 0,50 0,11 6,59 175,80 195,51 225,83 4,78 5,31 6,14 BDTC 1,20 1,25
2 91,94 1,48 3,80 0,35 0,32 18,95 123,98 137,87 159,26 11,17 12,42 14,35 BSCC 2,00 x 2,50 1,00
3 14,47 0,47 5,90 0,42 0,11 6,61 175,68 195,37 225,67 2,99 3,32 3,84 BSTC 1,20 1,50
4 19,03 0,45 3,30 0,35 0,13 8,02 167,69 186,49 215,41 3,13 3,48 4,02 BSTC 1,20 1,60
7 28,15 0,54 6,20 0,42 0,12 7,17 172,42 191,75 221,48 5,71 6,35 7,33 BDTC 1,20 1,48
8 20,73 0,57 3,60 0,35 0,15 9,20 161,54 179,65 207,51 3,28 3,65 4,22 BSTC 1,20 1,62
9 7,76 0,29 2,00 0,50 0,12 6,96 173,63 193,09 223,04 1,89 2,10 2,42 BSTC 1,00 1,60
10 10,45 0,45 2,00 0,35 0,16 9,61 159,51 177,39 204,90 1,63 1,82 2,10 BSTC 1,00 1,30
11 210,16 1,96 1,50 0,35 0,56 33,63 91,80 102,09 117,92 18,91 21,03 24,29 BDCC 2,00 x 2,00 1,15
12 32,26 0,64 1,20 0,35 0,26 15,44 135,32 150,49 173,82 4,28 4,76 5,50 BDTC 1,20 1,08
13 15,06 0,40 3,60 0,35 0,12 7,06 173,05 192,45 222,29 2,55 2,84 3,28 BSTC 1,20 1,30
14 172,51 2,53 2,70 0,35 0,54 32,63 93,45 103,92 120,04 15,80 17,57 20,29 BDCC 2,00x 2,00 0,95
37

4 ANÁLISE DOS DADOS

Em função dos resultados obtidos no item anterior, faremos uma análise

comparativa das duas fórmulas utilizadas em relação ao tempo de concentração,

aos resultados das vazões e a obra projetada para cada uma das bacias do trecho.

No Quadro 13 apresentado a seguir, mostra os resultados dos tempos de

concentração das bacias hidrográficas que foram estudados utilizando as fórmulas

sugeridas por R.Peltier / J.Bonnenfant e Kirpich.

A análise comparativa entre os resultados mostra que, para as bacias hidrográficas

com área de contribuição menores que 20 ha, os resultados são ligeiramente

próximos. Porém para as bacias hidrográficas com área de contribuição maiores que

20 ha e principalmente quando se aproximam de 4 km² existe uma diferença grande

de resultados entre as duas fórmulas. Os tempos de concentração calculados por

R.Peltier / J. Bonnenfant são superiores aos calculados por Kirpich.


38

QUADRO 13
ANÁLISE DOS CÁLCULOS - TEMPO DE CONCENTRAÇÃO

PELTIER (1) KIRPICH (2) DIFERENÇA RELAÇÃO


Bacia Área (A) L i Run-
Tc Tc Tc Tc
Off

Nº Estaca Ha km % - horas min horas min min -


1 19,41 0,62 10,40 0,50 0,30 18,21 0,11 6,59 11,6 0,4
2 91,94 1,48 3,80 0,35 1,30 77,91 0,32 18,95 59,0 0,2
3 14,47 0,47 5,90 0,42 0,37 22,07 0,11 6,61 15,5 0,3
4 19,03 0,45 3,30 0,35 0,48 28,61 0,13 8,02 20,6 0,3
7 28,15 0,54 6,20 0,42 0,38 22,94 0,12 7,17 15,8 0,3
8 20,73 0,57 3,60 0,35 0,53 31,65 0,15 9,20 22,5 0,3
9 7,76 0,29 2,00 0,50 0,42 25,23 0,12 6,96 18,3 0,3
10 10,45 0,45 2,00 0,35 0,49 29,59 0,16 9,61 20,0 0,3
11 210,16 1,96 1,50 0,35 2,07 124,29 0,56 33,63 90,7 0,3
12 32,26 0,64 1,20 0,35 0,60 35,85 0,26 15,44 20,4 0,4
13 15,06 0,40 3,60 0,35 0,43 25,73 0,12 7,06 18,7 0,3
14 172,51 2,53 2,70 0,35 2,46 147,38 0,54 32,63 114,7 0,2

- Diferença = Tc R.Peltier - Tc Kirpich


- Relação = Tc R.Peltier / Tc Kirpich
39

No Quadro 14, iremos analisar os resultados das vazões calculadas adotando os

tempos de concentração calculados pelas formulações sugeridas por R.Peltier

J.Bonnenfant e Kirpch.

Observamos que as vazões calculadas para o tempo de concentração de R.Peltier e

J. Bonnenfant são menores que aquelas para o tempo de concentração de Kirpich

em todas as bacias.

Isto se deve ao retardo do escoamento superficial considerado pelo tempo de

concentração de R.Peltier / J.Bonnenfant, onde altera significativamente a

intensidade de precipitação, diminuindo os valores da vazão e dimensionamento das

obras.

Quanto maior a área de contribuição da bacia hidrográfica, maior a diferença entre

as vazões.
40

QUADRO 14
ANÁLISE DOS CÁLCULOS - VAZÕES
Rodovia: PRADOS - DORES DE CAMPOS MÉTODO RACIONAL A<4,0 km² ou < 400 ha
Posto Pluviométrico: 122-BARBACENA Q=2,8x10˙³x Ax Cx I
PELTIER (1) KIRPICH (2) RELAÇÃO DAS VAZÕES
Bacia Área (A) L i DIFERENÇA (2) - (1)
Run Off Vazão (m3/s) Run Off Vazão (m3/s) (2) / (1)
Nº Estaca Ha km % - 15 25 50 - 15 25 50 15 25 50 15 25 50
1 19,41 0,62 10,40 0,50 3,43 3,81 4,41 0,50 4,78 5,31 6,14 1,4 1,5 1,7 1,4 1,4 1,4
2 91,94 1,48 3,80 0,35 4,64 5,16 5,96 0,35 11,17 12,42 14,35 6,5 7,3 8,4 2,4 2,4 2,4
3 14,47 0,47 5,90 0,42 1,96 2,18 2,52 0,42 2,99 3,32 3,84 1,0 1,1 1,3 1,5 1,5 1,5
4 19,03 0,45 3,30 0,35 1,88 2,09 2,41 0,35 3,13 3,48 4,02 1,3 1,4 1,6 1,7 1,7 1,7
7 28,15 0,54 6,20 0,42 3,75 4,17 4,81 0,42 5,71 6,35 7,33 2,0 2,2 2,5 1,5 1,5 1,5
8 20,73 0,57 3,60 0,35 1,93 2,15 2,48 0,35 3,28 3,65 4,22 1,4 1,5 1,7 1,7 1,7 1,7
9 7,76 0,29 2,00 0,50 1,17 1,30 1,51 0,50 1,89 2,10 2,42 0,7 0,8 0,9 1,6 1,6 1,6
10 10,45 0,45 2,00 0,35 1,01 1,13 1,30 0,35 1,63 1,82 2,10 0,6 0,7 0,8 1,6 1,6 1,6
11 210,16 1,96 1,50 0,35 7,26 8,07 9,32 0,35 18,91 21,03 24,29 11,6 13,0 15,0 2,6 2,6 2,6
12 32,26 0,64 1,20 0,35 2,79 3,11 3,59 0,35 4,28 4,76 5,50 1,5 1,6 1,9 1,5 1,5 1,5
13 15,06 0,40 3,60 0,35 1,57 1,75 2,02 0,35 2,55 2,84 3,28 1,0 1,1 1,3 1,6 1,6 1,6
14 172,51 2,53 2,70 0,35 5,15 5,72 6,61 0,35 15,80 17,57 20,29 10,6 11,8 13,7 3,1 3,1 3,1
41

No Quadro 15 destacamos o dimensionamento das obras de arte adotando os

resultados das vazões das bacias hidrográficas calculadas pelas duas fórmulas

empíricas do tempo de concentração foco deste estudo.

Analisando as informações, constatamos que as obras dimensionadas a partir do

tempo de concentração de R.Peltier / J.Bonnanfant e Kirpich para áreas até 20 ha

resultam em dimensões muito próximas ou quase iguais. Á medida que estas áreas

vão aumentando as dimensões das obras vão se distanciando cada vez mais umas

das outras.

Ressaltamos que para efeito de cálculo das vazões e conseqüentemente o

dimensionamento das obras hidráulicas, foi considerado o resultado do tempo de

concentração calculado pelas fórmulas. Não adotamos mínimo para o tempo de

concentração, previsto nas instruções normativas.


42

QUADRO 15

ANÁLISE DE CÁLCULOS - DIMENSIONAMENTO DAS OBRAS DE ARTES


Rodovia: PRADOS - DORES DE CAMPOS MÉTODO RACIONAL A<4,0 km² ou < 400 ha
Posto Pluviométrico: 122-BARBACENA Q=2,8x10˙³x Ax Cx I
PELTIER (1) KIRPICH (2)
Bacia Área (A) L i Run-Off C Vazão (Q) - m3/s OBRA PROJETADA Run-Off C Vazão (Q) - m3/s OBRA PROJETADA
Nº Estaca Ha km % - 15 25 50 Bueiro Hw/D 15 25 50 Bueiro Hw/D
1 19,41 0,62 10,4 0,50 3,43 3,81 4,41 BDTC 1,20 1,72 0,50 4,78 5,31 6,14 BDTC 1,20 1,25
2 91,94 1,48 3,8 0,35 4,64 5,16 5,96 BDTC 1,00 1,99 0,35 11,17 12,42 14,35 BSCC 2,00 x 2,50 1,00
3 14,47 0,47 5,9 0,42 1,96 2,18 2,52 BSTC 1,00 1,65 0,42 2,99 3,32 3,84 BSTC 1,20 1,50
4 19,03 0,45 3,3 0,35 1,88 2,09 2,41 BSTC 1,00 1,54 0,35 3,13 3,48 4,02 BSTC 1,20 1,60
7 28,15 0,54 6,2 0,42 3,75 4,17 4,81 BSTC 1,20 1,89 0,42 5,71 6,35 7,33 BSTC 1,20 1,48
8 20,73 0,57 3,6 0,35 1,93 2,15 2,48 BSTC 1,00 1,62 0,35 3,28 3,65 4,22 BSTC 1,20 1,62
9 7,76 0,29 2,0 0,50 1,17 1,30 1,51 BSTC 0,80 1,68 0,50 1,89 2,10 2,42 BSTC 1,00 1,60
10 10,45 0,45 2,0 0,35 1,01 1,13 1,30 BSTC 0,80 1,40 0,35 1,63 1,82 2,10 BSTC 1,00 1,30
11 210,16 1,96 1,5 0,35 7,26 8,07 9,32 BSCC 1,50 X 2,00 1,19 0,35 18,91 21,03 24,29 BSCC 2,00 x 2,00 1,15
12 32,26 0,64 1,2 0,35 2,79 3,11 3,59 BSTC 1,20 1,34 0,35 4,28 4,76 5,50 BDTC 1,20 1,08
13 15,06 0,4 3,6 0,35 1,57 1,75 2,02 BSTC 1,00 1,27 0,35 2,55 2,84 3,28 BSTC 1,20 1,30
14 172,51 2,53 2,7 0,35 5,15 5,72 6,61 BTTC 1,20 0,99 0,35 15,80 17,57 20,29 BDCC 2,00x 2,00 0,95

- Considerou-se para dimensionamento das obras as vazões em negrito.


43

5 CONCLUSÃO

Devido ao questionamento na utilização do Método Racional, em relação à variação

do intervalo de área, da influência do Tempo de Concentração no cálculo da vazão e

no dimensionamento das obras de uma bacia hidrográfica, resolvemos simular neste

trabalho o estudo de caso como cálculo deste Método para áreas ≤ 4 Km², e

procurar estabelecer faixas de área de contribuição para o cálculo de vazão.

Primeiramente, selecionamos para estudo, o trecho Prados a Dores de Campos

onde obtivemos parâmetros Físico-Hidrológicos das bacias para que pudéssemos

resgatar estes elementos de comparação proposto.

Embora sejam abundantes as fórmulas empíricas na literatura, contemplamos neste

trabalho o cálculo do tempo de concentração pelas fórmulas dos autores R. Peltier/J.

Bonnenfant e Kirpich para a análise comparativa dos resultados.

Os resultados de cálculos dos tempos de concentração apresentados nos quadros

das pag.35 e pág.36 confirmam o retardo de escoamento superficial (T’1= tempo

que a partícula d’água leva da delimitação da bacia até o início do talvegue, T’2=

tempo considerado para esta partícula percorrer o talvegue e atingir a seção de

drenagem) conceituado por R.Peltier/J.Bonnefant, tornando o tempo de

concentração consideravelmente maior em relação aos calculados por Kirpich, que

por sua vez não apresenta tal retardamento.


44

Apresentamos as vazões calculadas pelo Método Racional, que no Quadro de Nº14,

mostra visivelmente a diferença de valores entre as duas fórmulas comparadas,

onde as vazões calculadas por R.Peltier / J.Bonnenfant são menores independente

do tamanho de suas áreas. Tal fato se deve à influência do retardo de escoamento

superficial considerado, que diminui a intensidade de precipitação e o resultado de

vazão.

Podemos observar neste estudo de caso, que as áreas até 20 Ha, as dimensões das

obras projetadas ficariam bem próximas ou quase iguais, conforme comparados os

resultados de cálculo. À medida que estas áreas vão aumentando as obras se

distanciam na mesma proporção.

Embora as diferentes Fórmulas de Tempo de Concentração sejam tão discutidas e

tão pouco entendidas, vale ressaltar a importância da experiência de um projetista

ao decidir por elas, no que oferecem com suas limitações, vantagens e eficiências,

ponto fundamental para um trabalho bem sucedido.

A análise dos resultados mostra que o Tempo de Concentração sofre alteração de

valor em função da fórmula utilizada no seu cálculo. Podemos afirmar que o Método

Racional considera as precipitações distribuídas de forma homogênea, atingindo

toda a área da bacia hidrográfica.


45

Assim sendo, as opções das duas fórmulas empíricas para o cálculo do tempo de

concentração de R.Peltier / J.Bonnenfant e Kirpich neste estudo atenderiam

inicialmente da mesma forma os resultados de vazão e dimensionamentos das

obras para áreas menores de 20 Ha, comprovado através de cálculos.

Posteriormente, para áreas maiores que 20 ha, sugerimos metodologias que

considerem o retardo do escoamento, onde as abstrações das precipitações em

função dos armazenamentos naturais e artificiais levam a aproximações hidrológicas

mais condizentes com a realidade de cada bacia contribuinte.

Porém, vale ressaltar como ponto de partida, que pesquisas desta importância,

deveriam ser propostas com outras bacias hidrográficas e em regiões diferentes,

com a mesma Metodologia e Fórmulas utilizadas neste trabalho, para que

pudéssemos dar continuidade a este confronto de parâmetros hidrológicos tão

polêmicos incluindo o cálculo do Tempo de Concentração.


46

REFERÊNCIAS

DER, Manual de Projetos de Engenharia Hidrologia

DER, Normas AGETOP Estudos Hidrológicos

GARCEZ, L. N, Hidrologia, São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 1974

HOLTZ, Antônio. C. T, Vazão de Dimensionamento de Bueiros, Rio de Janeiro:

DER,1975

JABÔR, Marcos. A, Apostila Drenagem de Rodovias

MARTINS, José. A, Hidrologia Básica, São Paulo: Ed. Edgard Blucher,1976

PINTO, Nelson. L. S, Dimensionamento Hidráulico dos Bueiros, Rio de Janeiro:

DER,1976

VILLELA, Swami. M, Hidrologia Aplicada, São Paulo: Ed. Mc Graw-Hill do

Brasil,1979
47

ANEXO 1

TÍTULO: Mapa de Bacias

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