Вы находитесь на странице: 1из 4

FICHAMENTO DE IDEIAS1

Darlin Milene Sousa Oliveira2

Os autores procuram no capítulo o controle do prata perceber o que permitiu a atuação


do Brasil na zona platina, as estratégias lançadas pelo Brasil para se fazer presente nessa área e
a sua relação com as outras potencias. Para isso o autor traça o panorama internacional do
momento, mostrando as nações que atuavam no prata nesse período e as fases de atuação do
Brasil no prata.
De acordo com Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno a dispersão das forças no cenário
internacional abriu um maior espaço para a atuação do Brasil no prata. As dificuldades
enfrentadas pelas nações no plano interno, como a incapacidade dos estados uruguaio e
argentino de articular as forças internas e a abertura externa do Paraguai, além do envolvimento
em guerras internas, no caso da Europa, e da expansão e das guerras civis nos Estados Unidos
acabaram por contribuir para uma maior autonomia da política brasileira em relação ao prata.
Segundo os autores houve na política platina do Brasil um período de transição, no qual
foi marcado pela indefinição das táticas e das estratégias e por uma política de neutralidade
efetiva, que está relacionada de acordo com o autor a frequente mudança do titular dos negócios
estrangeiros. Além disso, as intervenções do Brasil no prata ocorreram em um cenário de
divisões internas, presente no próprio corpo diplomático, que abriu margem para a atuação de
províncias como Rio Grande do Sul e Mato Grosso na política externa, configurando uma
atuação regional.
Os autores discutem ainda como essa política de neutralidade fez com que o Brasil fosse
mal visto pelas outras nações e as relações de negociações e confrontos com os estados atuantes
no prata, como o tratado de amizade com o Paraguai e a política de cooperação com os estados
do prata e com a américa hispânica, que não durou muito em decorrência da mudança nas
políticas império que optou por buscar apoio da Europa, por meio de negociações com os
ingleses marcadas por grandes exigências por parte da Inglaterra. Esses aspectos segundo o
autor evidencia um período oscilante das políticas do Império brasileiro em relação ao prata,
uma vez que o Brasil necessitava de apoio para manter sua presença no prata e nas investidas
contra Rosas, contudo não conseguiu manter alianças duradouras com essas nações.

1
Trabalho submetido a disciplina de História do Brasil Monárquico ministrada pela professora Dr.ª Cristiane
Maria Marcelo.
2
Graduanda do curso de Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI.
Os autores tratam também da atuação de Paulino José Soares de Sousa enquanto
ministro dos negócios estrangeiros, que em um primeiro momento, em decorrência dos acordos
malsucedidos com a Inglaterra e com o Paraguai voltou-se novamente para a política da
neutralidade. Voltando em 1849 Paulino José elaborou uma política autônoma contras Rosas e
Oribe, temendo a ascensão do antigo vice-reino e a incorporação dos outros estados do prata.
O sucesso do plano de Paulino dependia do fim dos conflitos entre o Brasil e a Inglaterra, a fim
de conseguir seu apoio.
As alianças feitas com as outras nações foram baseadas na diplomacia e contando com
o apoio de grandes figuras como Duarte da Ponte Ribeiro. Paulino conseguiu mobilizar pessoas
importantes dentro do Brasil para financiar as investidas contra seus adversários e conseguiu o
apoio de governos vizinhos. Rosas também contribuiu para seu próprio declínio na medida em
que abandonou o tipo de governo que defendia até então, por fechar a navegação dos rios e
esperar pelo apoio inglês. De acordo com o autor a “batalha de Monte Caseros (3 de fevereiro
de 1852) foi grandiosa pelo número de homens engajados (cerca de 50 mil) e pelo seu
significado histórico” (CERVO, BUENO, 2014, p. 125). Essa batalha tem um significado
simbólico de transição de um tipo de governo e políticas destinadas ao prata, marcados pelo
declínio de rosas e das políticas inglesas para o prata e a ascensão do Brasil enquanto potência
hegemônica.
Segundo os autores a atuação do Brasil no prata foi realizada em decorrência de suas
necessidades internas, que diziam respeito a aspectos como finalidade econômica de manter o
comercio regular do charque, uma vez que a produção do Rio Grande do Sul não conseguia
abastecer sozinha a grande quantidade de escravos. Finalidades estratégicas e de segurança, que
consistia na defesa das independências locais, segurança das fronteiras, definição jurídica das
fronteiras e liberdade de trabalho dos brasileiros no Uruguai. Finalidade políticas, defesa da
presença do liberalismo e do funcionamento das instituições liberais.
Os autores falam ainda das relações do Brasil com os dois estados da Argentina, na qual
o Brasil procurou se manter imparcial, no entanto sua atuação favorecia as repúblicas unidas da
Argentina. Em sua relação com a Argentina o brasil conseguiu a não interferência no seu
controle sob o Uruguai, mantendo o comércio regular com o Uruguai e satisfazendo suas
necessidades internas e induziu o reconhecimento argentino da independência do Paraguai.
Por último os autores falam sobre a guerra do Paraguai, abordando os motivos para o
Paraguai declarar guerra e a participação do Brasil na guerra. De acordo com os autores o
governo paraguaio se ressentia da pouca participação nos acordos feitos entre as nações que
atuavam na prata e em decorrência da política desenvolvida por Francisco Solano Lopez de
preservação das nações menores Paraguai e Uruguai contra os interesses imperialistas do Brasil
e da Argentina. Os autores mostram também que havia um interesse do Brasil em manter a
guerra e um interesse em segundo plano da Argentina, que recebia empréstimos volumosos que
ajudavam a manter suas receitas. O Brasil por sua vez financiou e concedeu muitos empréstimos
durante a guerra e teve também acesso a essas áreas de conflito, controlando essas nações a
partir da dependência financeira. A guerra foi mantida pelos sujeitos que se beneficiavam dela,
como negociantes e atravessadores.
Podemos perceber que o Brasil desenvolveu uma política em um primeiro momento
baseada na neutralidade e em um segundo momento baseada na diplomacia e em acordos
internos e externos, demonstrando também interesses imperialistas em relação ao Uruguai e ao
Paraguai. Os autores classificam o Brasil como uma potência periférica guiada por objetivos
próprios.
REFERÊNCIAS

CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. O controle do Prata in. História da política exterior
do Brasil. Brasília: Editora da UNB, 2014, p. 117-138.

Вам также может понравиться