Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Professor:
Dr. José Ângelo Ferreira
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Conhecer e direcionar os custos dos produtos.
•• Medir o custo da falha por toda a organização buscando oportunidades
de melhoria.
•• Identificar os fatores que dirigem os custos.
•• Direcionar os esforços da gestão visando ao controle custos.
•• Reconhecer e refletir sobre a importância do custo como um processo or-
ganizacional-chave para a empresa.
PLANO DE ESTUDO
introdução
6 Pós-Universo
IMPORTÂNCIA
DA GESTÃO
DE CUSTOS
NA EMPRESA
A gestão dos custos surgiu a partir de uma necessidade de apurar corretamente e efi-
cientemente o resultado de uma empresa. É impossível determinar se uma empresa
tem lucro ou prejuízo sem conhecer os seus custos de aquisição de mercadorias ou
de produção.
Dentro das empresas, a apuração dos custos é de responsabilidade da contabili-
dade. A contabilidade de custos evoluiu a partir contabilidade financeira (ou geral),
que, até a Revolução Industrial no século XVIII, era basicamente voltada à contabili-
dade comercial.
Para a apuração dos resultados e dos custos dos produtos vendidos, era neces-
sária apenas uma simples conta de adição e subtração:
Tabela 1
( + ) Estoque Iniciais
( + ) Compras do Período
( - ) Estoque Finais
( = ) Custos das Mercadorias Vendidas
““
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da
necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na
empresa típica da era do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa fina-
lidade primeira e, por isso, nem sempre conseguem atender completamente
a suas outras duais mais recentes e provavelmente mais importantes tarefas:
controle e decisão (MARTINS 2010, p. 23).
saiba mais
Diferença entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial:
A contabilidade financeira ou geral é aquela regida pelas leis, normas e
princípios contábeis, voltada principalmente para atender à legislação vigente
e ao fisco. Suas demonstrações são padronizadas e determinadas por leis.
A contabilidade gerencial é voltada para atender às necessidades de
informações dos usuários internos das empresas (gerentes, supervisores, su-
perintendentes, diretores e outros) e suas demonstrações não padronizadas.
8 Pós-Universo
Preço: resultante.
atenção
O processo inflacionário brasileiro antes do Plano Real (1994) absolvia e ab-
sorvia todas as ineficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava
esse ônus nos preços dos produtos e serviços.
Pós-Universo 11
CONCEITOS
E OBJETIVOS
DE CUSTOS
Conceitos de custo
Existem vários e diferentes conceitos sobre Custos. Gestores que compreendem esses
conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e evitarem in-
formações equivocadas de custos.
Procuramos, dentro dessa grande gama de conceitos, algumas definições de fácil
compreensão e entendimento e que sintetizem a essência e a importância deste
assunto (FERREIRA, 2007):
Custo é:
• Custo é recurso utilizado para atingir um objetivo específico.
• Custo é o valor expresso, em moeda corrente, de atividades e materiais
efetivamente consumidos e aplicados na fabricação e comercialização
dos produtos.
• Custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais
consumidos na fabricação e comercialização da venda.
• Custo é o preço pelo qual se obtém um bem.
12 Pós-Universo
•• Mão de obra direta: está relacionada com todo funcionário que executa
uma tarefa capaz de ser medida e agregada diretamente ao produto como
é o caso de um operário no setor de pintura, onde o tempo consumido na
pintura de um produto ou componente pode ser medido.
•• Mão de obra indireta: está relacionada com todo funcionário que executa
tarefas não diretamente ligadas à transformação do produto (supervisores,
pessoal administrativo etc.) e é de difícil distribuição ao produto, pois não é
possível conhecer quanto tempo o produto consome da pessoa. É o caso
de um operário que tem como função supervisionar ou controlar deter-
minadas tarefas que possuem difícil mensuração. O valor da mão de obra
indireta deve, então, ser estimada ou rateada aos produtos, no entanto, os
critérios de rateio devem ser cuidadosamente elaborados para que não
ocorram distorções quando aos custos que forem alocados aos produtos.
•• Custos Indiretos: são os custo que não são facilmente vinculados aos pro-
dutos, mas a um conjunto ou à empresa. Como nos custos diretos, os custos
indiretos são encontrados na área produtiva (materiais indiretos, deprecia-
ção, salário dos supervisores, aluguel etc.) e na área comercial (telefone,
viagens, propagandas etc.). No entanto, existe uma dificuldade grande de
atribuir os custos indiretos aos produtos, pois necessitam ser apropriados
através da escolha de critérios que podem provocar distorções no custo
final do produto.
•• Objeto da Gestão de Custos: para Leone (2000, p.29), a gestão dos custos
“atua sobre a empresa, seus produtos, seus serviços, os componentes ope-
racionais e administrativos que compõem sua estrutura funcional e sua
estrutura objetiva”. O objeto da gestão dos custos é todo o produto ou
serviço dentro de uma empresa que pode e precisa ser mensurado, ter um
valor agregado ao sacrifício financeiro e econômico para a produção do
bem ou serviço.
Pós-Universo 15
saiba mais
Na produção de sacolas plásticas, é comum que haja um desperdício (uma
perda) de até 10% de matéria-prima, por isso que já nos pedidos de vendas
existe uma cláusula informando a possibilidade de o pedido ser acrescido
em até 10% da quantidade inicial. Isso acontece porque no início da pro-
dução são acrescentados 10% mais de matéria-prima do que necessário.
Se, em determinado pedido, o desperdício for maior do que 10%, tal parcela
será considerada uma perda normal de produção e será incorporada ao
custo do produto. Se o desperdício for de 15%, dessa porcentagem 10%
será incorporada aos custos das sacolas plásticas, e 5% será considerada (e
deverá ser contabilizada) uma perda.
fatos e dados
A competitividade provocada pela concorrência advinda da abertura de
mercado em 1990, e a busca do crescimento sustentado provocaram nas
empresas a grande corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos
custos dos seus itens, acentuando cada vez mais a importância de acompa-
nhar sua evolução, seus respectivos preços de vendas e servindo também
como orientação nas decisões de permanência ou não destes itens, no rol
dos produtos comercializados.
Fonte: FERREIRA, José Angelo. Custos Industriais
Pós-Universo 17
CLASSIFICAÇÃO
DE CUSTOS
Todo gasto dentro da empresa tem uma classificação para a gestão de custos. Existem
diversas classificações e, em algumas situações, a classificação dos gastos é deter-
minada para a necessidade de informação que os seus gestores querem e para o
sistema de custeio que a empresa irá utilizar.
Apesar de a classificação poder ser diferente de uma empresa para outra, depen-
dendo da sua necessidade, após entender as terminologias empregadas aos custos,
é necessário apreender a fazer a correta classificação e segregação dos gastos con-
forme elencado a seguir:
•• Custos Diretos ou Custos traçados: são custos que podem ser apropriados
diretamente aos produtos fabricados (ex. matéria-prima, embalagem etc.).
•• Custos Indiretos ou Custos alocados: são custos que, para serem apro-
priados ao produto, dependem de cálculos ou estimativas através de critérios
de rateios (ex. aluguel, salários, depreciação etc.).
Objeto de custo
CUSTOS
ATRIBUÍDOS
Custos Diretos
Ex.: papel para
a impressão de
um livro
Custos Indiretos
Ex.: aluguel do
imóvel onde o livro
é impresso
Pós-Universo 19
reflita
Levantar o custo de entrega de uma encomenda para um cliente é econo-
micamente viável, enquanto o custo da etiqueta do endereço do cliente
provavelmente deve ser classificado como indireto, pois não é economi-
camente viável levantar seu custo individual. Os benefícios de conhecer o
valor exato de cada etiqueta não excedem o custo do levantamento dessa
informação. O custo tem um custo e tem-se que avaliar o custo/benefício
do esforço utilizado para apurá-lo.
Custo
Benefício
$ 57.000,00
Custo Fixo Unitário = = $ 11,40 por unidade
5.000
Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 8.000 uni-
dades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi
de $ 57.000,00
$ 57.000,00
Custo Fixo Unitário = = $ 7,12 por unidade
8.000
Pós-Universo 21
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
11,40 7,12
0
1 2
Custos Variáveis: são custos que se alteram com o volume de produção. Porém,
os custos variáveis unitários são constantes, por exemplo, a matéria-prima utiliza-
da na fabricação de um produto, quanto mais se produz, mais matéria-prima se
consome, porém cada produto em individual consumirá sempre a mesma quanti-
dade de matéria-prima.
4.500
4.000
3.500
Total Produzido
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
$ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00
Custo Total da Matéria-Prima
6%
5%
% Commissão
4%
3%
2%
1%
0%
$ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00
Volume de Vendas
Figura 4 - Custo Variável Unitário (5% Comissão) não Altera com o Volume de Vendas.
Fonte: Ferreira (2007)
Custos Variáveis
$
Custos Fixos
Volume de produção
Fixos Variáveis
Os custos fixos são controla-
dos por algum nível dentro
Os custos variáveis são controlados
da empresa. Normalmente,
Controle geralmente pelo centro de custos
são controlados por níveis
que os realiza.
mais altos dentro da hierar-
quia organizacional.
Os custos fixos são aqueles
relacionados com a capa-
Esses custos variam em função do
Atividade cidade. São aqueles que
nível de atividade.
independem do volume de
atividade.
Do mesmo modo que os custos fixos,
Os custos fixos devem ser re-
os custos variáveis devem ser anali-
lacionados com uma faixa de
sados dentro de uma faixa efetiva de
Faixa volume. São raros os custos
volume. Fora dos limites dessa faixa,
de Volume fixos que permanecem cons-
os custos variáveis terão normalmen-
tantes além de uma faixa de
te outro comportamento quando
volume.
tomados unitariamente.
•• Diretos e variáveis
•• Diretos e fixos
•• Indiretos e variáveis
•• Indiretos e fixos
Objeto do Custo:
Objeto do Custo:
Livro de Poesias
Livro de Poesias
VARIÁVEIS
CUSTOS
COMPORTAMENTO DO CUSTO
Ex.: Energia
Ex.: Folhas de
consumida pelas
papel utilizadas
máquinas de
na impressão
impressão na
do livro
confecção do livro
Objeto do Custo:
CUSTOS FIXOS
Objeto do Custo:
Livro de Poesias
Livro de Poesias
Ex.: Aluguel do
Ex.: Salário do
imóvel da
auxiliar de Edição
Editora
atenção
Direcionador de Custo (Cost Driver): é um fator ou um nível de atividade
ou volume que afeta o custo. É uma relação de causa e efeito entre o nível
de atividade ou volume de um determinado produto e seu custo total. Por
exemplo, o número de livros impressos é um direcionador de custos da
quantidade de papéis utilizados na impressão de cada livro (BORNIA, 1995).
$ 230.000,00
Custo Unitário = = $ 28,75 por par
8.000
saiba mais
Outras classificações de custos (FERREIRA, 2007):
Custos Históricos: são custos apurados após o encerramento do período
(mês, por exemplo).
Custos Predeterminados: são custos calculados antes que ocorram efe-
tivamente. Utilizados principalmente para orçamentos e custo padrão. Ao
utilizar o custo predeterminado, se faz necessário o levantamento do custo
histórico para verificar variações ou distorções ocorridas.
Custos de Produção do Período: é a soma dos custos incorridos no período.
Ressalta-se que a primeira e talvez mais importante segregação dos custos seja com
relação a sua ligação com o volume de produção, os custos fixos e variáveis.
Os custos variáveis estão diretamente ligados ao volume de produção. Já os
custos fixos independem da produção, entretanto, à medida que aumentamos a
produção, conseguimos diminuir a proporção os custos fixos alocados nas quanti-
dades produzidas.
A correta classificação dos gastos de cada empresa é essencial para o processo
de gestão de custos, pois irá auxiliar os gestores nas suas tomadas de decisão.
atividades de estudo
( ) Resultado final.
a) L, L, P, P, C, C.
b) P, L, L, P, C, C.
c) C, P, P, C, L, L.
d) L, C, L, P, P, C.
e) L, C, L, C, P, P.
atividades de estudo
3. Classifique os elementos descritos a seguir em Custo Direto (CD) e Custo Indireto (CI).
Elemento Classificação
Madeira (matéria-prima para mesas)
Tinta (insumos departamento de acabamento)
Depreciação (prédio da indústria)
Salário do Gerente de Produção
Água (insumo utilizado na produção de bebidas)
Mão de Obra Direta (operador de máquina)
Energia Elétrica (prédio da indústria)
Tecido (matéria-prima para produção de roupas)
4. Uma fábrica produz dois tipos de camisa. Classifique cada um dos seguintes itens de
custo em relação a cada um dessas camisas. Classifique os eventos em (CVP) Custo
Variável de Produção; (CVV) Custo Variável de Vendas; e CF (Custo Fixo):
5. A empresa ALFA Cadeiras, no mês de maio, produziu 2.000 cadeiras do modelo Luxo,
com custos totais de R$ 458.075. Considerando que neste período a empresa não
tenha produzido nenhum outro modelo de cadeira, analise a alternativa que corres-
ponda ao Custo Unitário de cada cadeira produzida:
a) R$ 228,00
b) R$ 229,04
c) R$ 2.290,38
d) R$ 458.075,00
resumo
Hoje, a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custo e formação de preços contá-
beis tradicionais podem distorcer as informações gerenciais sobre o custo dos produtos e serviços,
prejudicam as decisões gerenciais, sendo assim, um gerenciamento de custo mais eficaz fornece
meios para que a empresa possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para contro-
le desses custos.
Os custos podem ser classificados em Custos Diretos, que podem ser apropriados diretamen-
te aos produtos e serviços; Custos Indiretos, que, para serem alocados aos produtos, dependem
de cálculos e estimativas através de critérios de rateio; e Custos Atribuídos, que é o custo final
do produto ou serviço, envolvendo os custos diretos e os custos indiretos necessários para sua
obtenção. Quanto à variabilidade, os custos podem ser classificados em Custos Fixos, que são re-
lacionados aos períodos, e Custos Variáveis, que são relacionados às atividades.
material complementar
Na Web
Para conhecer mais sobre a importância da gestão de custos, leia o artigo Gestão de Custos:
um Fator de Sobrevivência para as Empresas, acessando o link disponível em: <http://www.
simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/305.pdf>.
Acesso em 3 set. 2014.
referências
BORNIA, Antonio Cezar. Mensuração das Perdas dos Processos Produtivos: Uma Abordagem
Metodológica de Controle Interno. Florianópolis, 1995 Tese (Doutorado), Universidade Federal de
Santa Catarina.
FERREIRA, José Angelo. Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007.
LEONE, George Guerra. Custos um Enfoque Administrativo. Rio de Janeiro. Editora da FGV, 1992.
1. d) L, C, L, P, P, C.
2. b) F, V, V.
5. b) R$ 229,04