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INDIFERENTES AOS PERDIDOS

Jn 4

Introdução:

Se alguém fosse escrever esta narrativa, talvez a conclusão seria dada no capítulo 3.
Aparentemente o clímax do livro foi atingido com o arrependimento do povo e Deus
poupando a perversa cidade: Finalmente Nínive está fora de perigo, mas porque o relato
não termina aqui? Porque há um clímax ainda maior, o verdadeiro alvo do livro:
Revelar a grandeza do coração divino e a estreiteza do coração humano.

O coração de Deus foi exposto, ele perdoou Nínive graciosamente, mas também foi
exposto o coração de Jonas, não só o de Jonas, mas o nosso também.

A ESTREITEZA DO CORAÇÃO HUMANO SE OPÕE A GRANDEZA DO


CORAÇÃO DIVINO.

Quais atitudes revelam a estreiteza do coração humano em contraste com a grande do


coração divino?

1. Egoísmo para com a graça de Deus

Jonas e Deus não tem o mesmo coração para com Nínive, essa diferença não significa
que em tudo eles discordam. Em que o Senhor e Jonas estão de acordo?

a. Que Nínive é má [Jn 1:2, 3:9]. Jonas não queria ir, pois sabia da pecaminosidade
de Nínive. E de fato ela era uma cidade perversa [Jn 3:9]

b. Que Deus é gracioso e misericordioso [Jn 4:2] e por isso poderia salvar Nínive
[Jn 2:9]. Ele fugiu não por temer a missão, mas porque pressentia que Deus
mostraria misericórdia com perversos ninivitas.

Onde Deus e Jonas discordam? A discordância não é teológica, é no nível dos afetos, do
coração! Jonas está irado [lit. “quente” v.1]. Deus diz: Eu não deveria ter compaixão??
[v.11, Jn 3:9]. Jonas não tem compaixão, seu senso de “justiça” sua indignação destrói a
compaixão em seu coração. A compaixão de Deus aplaca sua ira, a não compaixão de
Jonas não, então sua ira e indignação permanece.

“Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A
misericórdia triunfa sobre o julgamento.” (Tg 2:13)

O irônico é que Jonas foi objeto da compaixão de Deus, mas ele, egoisticamente não
expressa ou revela essa graça. Deus não só tratou Nínive com compaixão, tratou Jonas.
Onde e como?

a. Primeiro, Jonas era um judeu e isso lhe concedia o privilégio da aliança com
Abraão.
a. Segundo, Jonas resistiu ao chamado divino, e Deus não liquidou. Deus poderia
ter deixado Jonas afogar-se. Mas ele o salvou e lhe deu outra chance ao
“designar” um peixe.

b. Terceiro, Deus deu uma nova oportunidade para Jonas, o chamando para
cumprir a missão.

c. Quarto, através da planta em 4:6. Jonas saiu da cidade com raiva quando os
ninivitas se arrependeram e lá Deus foi misericordioso “designando” uma planta
para seu conforto.

d. Quinto, Deus trata Jonas com misericórdia e piedade não apenas com o peixe e a
planta, mas também fazendo perguntas. Veja Jn 4:4. Depois que Jonas disse no
versículo 3 que ele preferiria morrer do que ver Nínive salva, Deus não explodiu
de raiva, não foi impiedoso, ele faz uma pergunta.

Eu não sou assim, quando os meus filhos me respondiam irado ou com raiva, eu não
reagia pacientemente. Eu não aceitaria, mas Deus é longânimo demais. Jonas está
furioso, mas Deus ouve.

O Senhor disse: É razoável sua ira? E depois que Jonas ficou mais irritado com a morte
da planta do que com a possível destruição de Nínive, Deus novamente fez uma
pergunta [v.9]: É razoável sua ira... Deus poderia ter fulminado Jonas com tremenda
indignação. Mas ele trata Jonas da mesma maneira que ele tratou Nínive.

Um outro sinal de um coração estreito e incompassivo é...

2. Marginalização com o próximo

Como vimos, passados os 40 dias os ninivitas estão alegres, mas Jonas não, ele queria
outro fim, outro desfecho, ele queria a destruição de Nínive. Por que? Há quem acredite
que sua indignação tem origem em sua credibilidade ou autoridade profética, ele
perderia sua reputação por ter profetizado algo que não aconteceu, mas a raiz de sua
irritação e desejo de morte é sua visão preconceituosa e nacionalista, racista e
xenofóbica. Na ótica de Jonas os ninivitas não são dignos de serem perdoados, eles são
violentos, idolatras e imorais.

Interessante é perceber o conhecimento que Jonas tem de Deus. Este conhecimento em


nada garante uma mudança em seu coração e atitude misericordiosa e amável para com
os outros. Na ótica de Jonas a grandeza e bondade de Deus tem de ser canalizada para
aqueles que são dignos e merecedores dela. Neste sentido os ninivitas estão fora!

Jonas crê que a melhor solução para os ninivitas não é a conversão é a punição. Seria
algo como aquele homem que sabe de alguém que se converteu e desdenha dizendo:
“Fulano, depois que roubou, ou bebeu, usou drogas, se prostituiu, adulterou...Agora se
converteu e está dizendo que é salvo!!!” Costumo perguntar: Há então para você é
melhor que ele continue a fazer o mal que ele fazia?

Para Jonas o céu não pode ser habitado por pessoas que foram idolatras, violentos,
sanguinários e imorais, mas graça a um Deus misericordioso será! Lembremos irmãos a
graça de Deus não é elitista. Deus não faz acepção de pessoas. Todos pecaram, tanto
aquele que não se acha pecador ao ponto de ser condenado; como aquele que se acha tão
pecador ao ponto de não crer que pode ser restaurado. A graça não é elitista! A graça é
para você que se vê miseravelmente indigno! [Rm 3:9-20]

Há uma frase que devemos ter cuidado de ficar repetindo indevidamente: “Bandido bom
é bandido morto!” Eu creio que a justiça deve ser feita, eu creio que os que ferem as leis
devem pagar pelos seus delitos, e pode parecer impressionante, mas defendo a pena de
morte, mas o que pode se esconder por trás dessa frase, não é o simples desejo de
justiça, é impiedade, estreiteza de coração, preconceito – Bandido não é bom, assim
como ninguém é [um político corrupto, um imoral, um adultero], e o nosso anseio
último é somente que a justiça seja feita, mas que estes também sejam alcançados pela
graça de Deus e salvos!

Um outro sinal de um coração estreito e incompassivo é...

3. Preocupação [exagerada] com coisas transitórias.

a. Veja a lição de Deus e reação de Jonas [Jn 4:6-9]

Jonas, ainda irado, sai da cidade e faz uma espécie de “tenda”, para assentar-se – [de
costas/de joelhos/em pé/assentado] e presumo talvez ver a destruição: “Quem sabe eu
não convenci a Deus? E por via das dúvidas...”. Deus fez crescer uma planta [videira
para Agostinho e aboboreira para Jerônimo – IV século] para trazer “conforto” ao
profeta mal-humorado.

b. Jonas tem preocupação com “planta” por uma questão que ele lhe oferece
conforto!

Deus fez crescer uma planta e ele ficou feliz, pela primeira vez e única. Ele não se
alegrou por nada até agora, mas pela sombra e pelo bem-estar, benefício. Ele está morto
de feliz pela planta! Até Deus tirar e permitir o desconforto vindo de um vento oriental
quente com areia e talvez estivesse ouvindo o povo celebrar – a cabeça ficou quente e
ele pediu a morte.

Isso é revelador! Bastante revelador, pois ele fica feliz por esse benefício, esse cuidado
de Deus, mas não se alegra em Deus livrar os ninivitas.

As vezes irmãos nosso coração pode se apegar aos confortos e ele ficar corrompido.
Deus alertou isso quando tirou o povo de Israel e os levou para Canaã, Deus os levou
para o deserto, eles foram humilhados agora iriam viver numa boa terra que Deus lhes
estava dando.

Pois o Senhor, o seu Deus, os está levando a uma boa terra, cheia de riachos e tanques
de água, de fontes que jorram nos vales e nas colinas; terra de trigo e cevada, videiras
e figueiras e romãzeiras, azeite de oliva e mel; terra onde não faltará pão e onde não
terão falta de nada; terra onde as rochas têm ferro e onde você poderá escavar cobre
nas colinas. Depois que tiverem comido até ficarem satisfeitos, louvem ao Senhor, o
seu Deus, pela boa terra que lhe deu. Tenham o cuidado de não se esquecer do
Senhor, do seu Deus, deixando de obedecer aos seus mandamentos, às suas
ordenanças e aos seus decretos que hoje lhes ordeno. Não aconteça que, depois de
terem comido até ficarem satisfeitos, de terem construído boas casas e nelas morado,
de aumentarem os seus rebanhos, a sua prata e o seu ouro, e todos os seus bens, o seu
coração fique orgulhoso e vocês se esqueçam do Senhor, do seu Deus, que os tirou do
Egito, da terra da escravidão. [Dt 8:7-14]

Há um potencial risco no conforto, não me entendam mal podemos e devemos desfrutar


dos benefícios materiais e buscar conforto na vida. Minha preocupação é quando isto
torna-se prioridade, um ídolo, deprimindo-o quando não tem e tornando você cego para
outras realidades. O homem pode ficar tão entorpecido pelo o que é material, transitório
e temporal, coisas essas que Deus graciosamente e livremente nos dá e não dar a
mínima para o destino eterno de pessoas.

c. Razões pelas quais Deus tem compaixão de Nínive [Jn 4:10-11]. O tratamento
de Deus para tornar o nosso coração compassivo.

[1] Eu tenho compaixão dos ninivitas; você da planta. Um verme destruiu a planta, algo
mais terrível, o pecado, está destruindo Nínive.

[2] Eu tenho compaixão dos ninivitas; você da planta. Eu fiz ninivitas crescerem; a
planta também

A grandeza de Nínive vem da providência de Deus. As cidades não são autônomas e


independentes de Deus. Mesmo que as pessoas nelas pensem que são. Eles dependem
de Deus a cada minuto e nada é construído sem a boa mão do Senhor.

O sistema hidráulico, de esgotos, a eletricidade, o tráfego, a estrutura do governo, as leis


e ordenanças, as instituições educacionais, culturais, técnicas e de entretenimento - estão
todos lá porque os dons de Deus, o poder de Deus e a sabedoria de Deus foram
usados. Deus fez a cidade crescer! As cidades não são mais autônomas do que as
pessoas. Tudo existe em Deus!

[3] Eu tenho compaixão dos ninivitas; você da planta. Nínive é antiga; a planta é nova.

Nínive é uma cidade muito antiga, em contraste com a planta. A vida dela é breve, a da
cidade não.
Nínive é referida em Gênesis 10. É uma cidade muito antiga. Deus esteve envolvido
com Nínive há muito tempo. São instituições, edifícios e leis que trazem as marcas - não
importa quão distorcidas pelo pecado - da imagem de Deus. Todos esses humanos que
durante séculos planejaram, organizaram e construíram foram pessoas criadas à imagem
de Deus, e o que eles fizeram carrega a marca dessa imagem. Arquitetos, urbanistas e
engenheiros cristãos coloquem – soli deo gloria nos seus projetos!

[4] Eu tenho compaixão dos ninivitas; você da planta. Há crianças em Nínive! [v.11]

Há uma discussão sobre o significado dos “120 mil” [v.11]. Alguns creem que se refira
a todas as pessoas, referindo a situação moral que o pecado causa. O pecado
enlouquece, o pecado torna as pessoas confusas moralmente e elas perdem a sensatez
[Lc 23:24]. Esse enlouquecimento não isenta e nem torna ninguém inocente. Outra
provável explicação é que aqui se refira a crianças pequenas sem a capacidade de
discernir perfeitamente o certo e o errado. [Dt 1:39].

Crianças são importantes para o Senhor, e isso se contrasta numa sociedade atual que
explora sexualmente as crianças, que permitem que crianças padeçam necessidades
básicas e que até mesmo não seja lhe dado o direito a nascer. Deus se importa com
crianças!

[5] Eu tenho compaixão dos ninivitas; você da planta. Há animais em Nínive.

Veja a escala de valores: Pessoas – Animais – Plantas. Ele disse há muitos animais lá!
Isso não significa que Deus é vegetariano ou vegano – Não ache aqui base para a visão
modernistas, sentimental dos direitos dos animais. Deus ordenou em Gn 9:3 que
usássemos os animais como comida como também para o trabalho [cavalo, cão de
guarda] e companhia.

Hoje vivemos numa sociedade do “pet” da humanização exacerbada dos animais. Sinais
de paganização de nossa sociedade. Crianças [2-8] foram proibidas de brincar no parque
na Itália porque perturbaram o cachorro de uma senhora. Animais são chamados de
filhos e tem tratamento mais humanizado que os próprios homens: plano de saúde,
comida especial, cemitério, etc.

O ponto aqui é que devido o pecado humano e o juízo divino vindo desse pecado, os
animais [e toda a criação] sofre [Rm 8]. Quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra,
animais morreram! Deus se compadece dos sofrimentos dos animais. Lewis [O
Problema do Sofrimento] diz:

O problema do sofrimento dos animais é estarrecedor; não pelo fato de eles serem tão
numerosos, mas porque a explicação cristã da dor humana não pode ser estendida à
dos animais. Ao que sabemos, estes são incapazes seja de pecado ou de virtude:
portanto, nem merecem sofrer nem podem ser aperfeiçoados pelo sofrimento.

Conclusão:

1. Deus não é como nós

Deus não é como nós, Deus se deleita em perdoar pecadores! O céu se alegra com
pecadores arrependidos. Anjos cantam!

Deus não é como nós, Deus é tardio em se irar, ele se ira, mas ele é paciente,
longânimo. Os falsos deuses dos gregos e pagãos são projeções humanizadas, mal-
humorados, que se ofendem, irascíveis, que na sua mente se irrita por tudo, coléricos e
destemperados, homens são assim, mas Deus não é. O nosso Deus é compassivo, o
Deus único e verdadeiro, que está no trono é paciente e é por isso que o universo existe,
eu existo e você existe.
Então não tenha medo de voltar-se para Deus!

2. Nossos corações é o principal obstáculo a obra de evangelização e missões.


Se fossemos diagnosticar onde resiste os principais obstáculos no avanço do reino e na
disseminação e evangelização não será as dificuldades financeiras, na incredulidade das
pessoas a mensagem. Apontaríamos sem medo de errar que o avanço da evangelização e
salvação reside em nossos próprios corações, em sua estreiteza, mesquinhez e
indiferença. Todos nós nascidos de novo fomos alvos da graça de Deus e devemos ser
canais dela para os demais. Jonas é o irmão mais velho da parábola do filho
pródigo. Ele não gosta da graça de Deus para os outros.

3. A pergunta final é para você [mim]

O livro de Jonas termina com uma pergunta. É provável que Jonas caiu em si e se
arrependeu, deduzimos que o livro foi escrito, talvez por ele mesmo, como um
aprendizado, mas ele está aparentemente inconcluso, propositadamente, trata-se de um
recurso literário [parábolas], não tem a resposta de Jonas, por que a pergunta no final
das contas não é somente para ele, é para nós. Jonas, somos nós! Temos o coração de
Jonas!

Deus quer nos confrontar, confrontar nossos corações. Deus ama pessoas e a quer
redimir; nosso coração muitas vezes resisti a isso. Somos egoístas, somos
preconceituosos e amamos coisas, mas do que pessoas e somos indiferentes aos
perdidos. Deus não é assim! Deus se compadece com os pecadores, com grandes
cidades, com crianças e até com animais.

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