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INTRODUÇÃO mil denúncias de violência contra crianças e

adolescentes. Ou seja, ainda estamos negli-


genciando aqueles que dependem de nós para
crescer de forma sadia e responsável. Esses
Está previsto no ECA – Estatuto da números nos levam para longe da promessa
Criança e do Adolescente, que as crianças e constitucional de que estes teriam assegurada
os adolescentes gozam de todos os direitos a efetivação de todos os seus direitos.
fundamentais inerentes à pessoa humana,
proteção integral e que a eles devem ser O Fundo da Infância e Adolescência –
asseguradas todas as oportunidades e faci- FIA não é a solução de todos esses pro-
lidades, a fim de lhes facultar o desenvol- blemas, mas é um caminho. Através dele,
vimento físico, mental, moral, espiritual e pessoas físicas e iniciativa privada podem
social, tudo em plenas condições de liber- assumir, juntamente com o Poder Público,
dade e de dignidade. essa responsabilidade e cuidado das nossas
crianças de hoje, garantindo para o dia de
Em paralelo, conforme dados retirados no amanhã um mundo com menos desigual-
site da Unicef Brasil, 167 milhões de crianças dade e maior respeito ao próximo.
viverão em extrema pobreza em 2030 e 60
milhões de crianças em idade escolar primá- Esta cartilha tem por objetivo orientar e au-
ria estarão fora da escola também em 2030. xiliar toda a comunidade que dedica a sua vida
Além disso, 69 milhões de crianças menores aos cuidados destes pequenos. Desejamos uma
de 5 anos morrerão entre 2016 e 2030. boa leitura e grande êxito nos seus projetos.

No primeiro semestre de 2015, o Disque Mariana Kadletz


100 recebeu, em todo o Brasil, cerca de 42 Incentive Projetos e Eventos
ÍNDICE

O QUE É O FIA? 5

O QUE SÃO OS CONSELHOS DE DIREITO? 5


Conanda 6

COmo criar um fia 7


Conta bancária do Fundo 8
Gestor do Fundo 8
Fontes de Receita do Fundo 9

QUE TIPO DE PROJETO PODE SER APRESENTADO AO FIA? 10


Vedações do uso do FIA 10
COMO APRESENTAR UM PROJETO 12
Cadastro da entidade no Conselho 12
Projeto conceitual 12
Projeto orçamentário 13
Dicas 13

Quem pode doar AO FIA? 14


Captação de Recursos 15
Comprovante de Doação 15
Doações no ano calendário subsequente 16

PRECISO PRESTAR CONTAS DO PROJETO? 17

NÚMEROS DO FIA 18
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 7

O QUE É O FIA? O QUE SÃO OS


CONSELHOS DE
O Estatuto da Criança e do Adolescen-
DIREITO?
te, instituído pela Lei Federal nº 8.069, de
1990, define (art. 88) como uma das di-
retrizes da política de atendimento a ma- Os Conselhos de Direito são órgãos co-
nutenção de fundos de âmbitos nacional, legiados e permanentes, de caráter delibe-
estadual e municipal, vinculados aos res- rativo, com uma composição paritária, ou
pectivos conselhos dos direitos da criança seja, a metade do total dos conselheiros
e adolescente. pertence a entidades não-governamentais
e a outra metade aos representantes de en-
O Fundo da Infância e Adolescên- tidades governamentais. Eles sempre de-
cia, por sua vez, foi instituído pela Lei vem seguir os princípios da legalidade e
Federal nº 8.242, de 1991, em seu art. da moralidade.
6º, e tem por objetivo captar e aplicar
recursos que deverão ser destinados Os Conselhos são constituídos através
a ações de atendimento às crianças de uma lei, que deve prescrever como eles
e adolescentes. serão compostos e estruturados, a quanti-
dade de membros, competência do Conse-
O Fundo Nacional tem diversas fontes lho, etc.
de receitas, como: as contribuições de de-
dução fiscal; recursos do orçamento da Entre as diversas atribuições dos Con-
União; contribuições e resultados de apli- selhos, conforme art. 9 da Resolução
cações dos governos e organismos, tanto 137/2010, é ele que vai:
estrangeiros quanto internacionais; resul- • elaborar e deliberar sobre a política de
tado de aplicações no mercado financeiro promoção, proteção, defesa e atendimen-
e outras fontes de recursos. to dos direitos da criança e do adolescente;
• promover diagnósticos relativos à si-
Este Fundo deverá ser gerido por um tuação da infância e da adolescência bem
Conselho que a nível nacional, chama-se como do Sistema de Garantia dos Direi-
Conanda, que quer dizer Conselho Na- tos da Criança e do Adolescente no âm-
cional dos Direitos da Criança e do Ado- bito de sua competência;
lescente. Caberá aos Estados e Municípios • elaborar planos de ação anuais ou plu-
criarem os seus Conselhos e os respecti- rianuais, contendo os programas a serem
vos Fundos. implementados no âmbito da política de
promoção, proteção, defesa e atendimen-
Enfim, alguns contribuintes poderão to dos direitos da criança e do adolescen-
efetuar doações ao Fundo e deduzir o te, e as respectivas metas, considerando
valor investido do seu imposto de renda os resultados dos diagnósticos realizados
devido, o que chamamos de dedução fis- e observando os prazos legais do ciclo
cal, e que será tratado nos próximos itens orçamentário;
desta cartilha. • elaborar anualmente o plano de apli-
8 WWW.CAPACITAR.VC

cação dos recursos do Fundo e também Conanda


monitorar e avaliar a aplicação des-
tes recursos; O Conanda é o Conselho Nacional dos
• elaborar editais, fixando os procedi- Direitos da Criança e do Adolescente. Ele
mentos e critérios para a aprovação de foi criado pela Lei Federal nº 8.242/91, e
projetos a serem financiados com recur- possui diversas competências previstas no
sos do Fundo dos Direitos da Criança e art. 2º desta lei, além de gerir o Fundo Na-
do Adolescente, e tornar público os pro- cional. Entre elas, destacam-se:
jetos selecionados nos editais; ππ elaborar as normas gerais da política
• monitorar e fiscalizar os programas, nacional de atendimento dos direitos da
projetos e ações financiadas com os re- criança e do adolescente, fiscalizando as
cursos do Fundo; ações de execução, observadas as linhas
• desenvolver atividades relacionadas à de ação e as diretrizes estabelecidas nos
ampliação da captação de recursos para artigos 87 e 88 do ECA;
o Fundo; e ππ zelar pela aplicação da política nacio-
• mobilizar a sociedade para participar nal de atendimento dos direitos da crian-
no processo de elaboração e implemen- ça e do adolescente;
tação da política de promoção, prote- ππ dar apoio aos Conselhos Estaduais e
ção, defesa e atendimento dos direitos Municipais dos Direitos da Criança e do
da criança e do adolescente, bem como Adolescente, aos órgãos estaduais, muni-
na fiscalização da aplicação dos recur- cipais, e entidades não-governamentais
sos do Fundo dos Direitos da Criança e para tornar efetivos os princípios, as dire-
do Adolescente. trizes e os direitos estabelecidos no ECA;
ππ avaliar a política estadual e municipal
Deve ser facultado aos Conselhos auto- e a atuação dos Conselhos Estaduais e
rizar projetos mediante edital. Cabe tam- Municipais da Criança e do Adolescente;
bém ao órgão fixar um percentual (de no ππ acompanhar o reordenamento institu-
mínimo 20%) de retenção de recursos cap- cional propondo, sempre que necessário,
tados para cada projeto autorizado. modificações nas estruturas públicas e
privadas destinadas ao atendimento da
Os Conselhos também devem divulgar criança e do adolescente;
amplamente as suas ações, como por exem- ππ apoiar a promoção de campanhas edu-
plo: prazos para apresentação de projetos, cativas sobre os direitos da criança e do
relação dos projetos aprovados, receitas adolescente, com indicação das medidas
previstas no orçamento do Fundo para o a serem adotadas nos casos de atentados
exercício. Esta exigência está no art. 23 da ou violação dos mesmos;
Resolução 137/2010. ππ acompanhar a elaboração e a execução
da proposta orçamentária da União, indi-
Lembrando que cada Município, Estado cando modificações necessárias à consecu-
e o Distrito Federal e deverão compor os ção da política formulada para a promoção
seus próprios Conselhos. dos direitos da criança e do adolescente;
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 9

ππ gerir o Fundo Nacional da criança e COMO CRIAR UM FIA


do adolescente e fixar os critérios para a
sua utilização, observando o art. 260 do
Estatuto da Criança e do Adolescente. A Resolução Federal nº 137, de 21 de
janeiro de 2010 dispõe sobre os parâme-
O Presidente do Conanda será nomeado tros para a criação e o funcionamento dos
e destituído pelo Presidente da República. Fundos dos Estados e dos Municípios, que
O Conselho será integrado por represen- deverão ser vinculados aos respectivos
tantes do Poder Executivo, sendo asse- Conselhos dos Direitos da Criança e do
gurada também a participação de órgãos Adolescente do respectivo ente federado.
executores das políticas sociais básicas em
áreas como justiça, educação, ação social, Os Fundos deverão ser criados por leis
saúde, economia, trabalho e previdência propostas pelo Poder Executivo, e aprova-
social. Também deverá haver representa- das pelo Poder Legislativo das respectivas
ção, em igual número, de entidades não esferas de governo: federal, estadual, distri-
governamentais que atendam os direitos tal ou municipal.
das crianças e adolescentes e que sejam de
âmbito nacional. Em regra, o Fundo deverá ser instituído
pela mesma Lei que criar o Conselho dos
No link http://www.direitosdacrianca.gov.br/ Direitos da Criança e do Adolescente, ressal-
podem ser encontradas informações sobre vados os casos em que, criado o Conselho,
o Conanda. ainda não tenha sido instituído o Fundo.

Enfim, cabe aos Estados e Municípios A Lei que instituir o Fundo deverá expli-
organizarem-se e criarem os seus Conse- citar suas fontes de receitas, seus objetivos
lhos da Infância e Adolescência. e finalidades, e determinar sua vinculação
ao Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente, fixando prazo limite para a
sua regulamentação pelo respectivo Poder
Executivo local.

O Poder Executivo, por sua vez, em acor-


do com o Conselho dos Direitos da Crian-
ça e do Adolescente, deverá providenciar
a regulamentação do Fundo, detalhando o
seu funcionamento por meio de Decreto
ou meio legal equivalente.

Os Fundos também estão sujeitos ao


controle interno do Poder Executivo, Con-
selhos de Direito, e, quando houver no
Município, da Secretaria de Transparência,
e ao controle externo do Poder Legislativo,
Tribunal de Contas e do Ministério Públi-
10 WWW.CAPACITAR.VC

co (vide art. 22 e seguintes da Resolução cional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) como


137/2010). Além disso, se o Conselho veri- órgãos públicos. Conforme essa Instrução,
ficar que houve suposta irregularidade no todos os Fundos públicos conceituados
Fundo deve apresentar uma representação pela Lei Federal 4.320/1964, devem provi-
ao Ministério Público. denciar a alteração de sua natureza jurídica
nesse cadastro para 120-1, que diz respeito
Enfim, as demais normas que deverão ao Fundo Público.
ser seguidas encontram-se todas na Reso-
lução 137/2010, que deverá ser observa- A normativa explica que os fundos públi-
da durante todo o processo de criação do cos que estão inscritos na condição de filial
Fundo e do Conselho. do órgão público a que estejam vinculadas
devem providenciar uma nova inscrição
no cadastro de CNPJ, agora na condição
Conta bancária do Fundo de matriz, usando a natureza jurídica de
Fundo Público (120-1). E, uma vez que
A conta bancária deve ser aberta em es- essa inscrição seja feita, deve providenciar
tabelecimento oficial de crédito, o que será a baixa da inscrição anterior.
feito pelo respectivo órgão ao qual o Fun-
do está vinculado.
Gestor do Fundo
Os recursos do Fundo devem ter um
registro próprio, de modo que a disponi- O Executivo deverá nomear um gestor
bilidade de caixa, receita e despesa, fique para o Fundo, que terá entre suas fun-
identificada de forma individualizada e ções coordenar a execução do Plano de
transparente. Nesse sentido, o Fundo deve Aplicação dos recursos do Fundo, plano
ter uma conta bancária específica destina- este que deverá ser elaborado e aprovado
da à movimentação das suas receitas e des- pelo Conselho.
pesas. Vale lembrar também que só deve
haver um único Fundo dos Direitos da Além disso, o Gestor também será res-
Criança e do Adolescente. ponsável, entre outras funções ineren-
tes ao cargo (vide art. 21 da Resolução
A Instrução Normativa nº 1.634, 137/2010), por:
de 06 de maio de 2016, da Receita Federal ππ executar e acompanhar o ingresso
do Brasil, deixa claro que os fundos públi- de receitas e o pagamento das despesas
cos são obrigados a se inscrever no Cadas- do Fundo, além de emitir empenhos,
tro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ cheques e ordens de pagamento des-
(vide art. 4º, X). tas despesas;
ππ fornecer o comprovante de doação/
É necessário também que o Conselho destinação ao contribuinte, contendo a
tenha conhecimento da Instrução Norma- identificação do órgão do Poder Execu-
tiva n. 1143, de 01 de abril de 2011, da Re- tivo, endereço e número de inscrição no
ceita Federal do Brasil. Ela dispõe sobre os CNPJ no cabeçalho e, no corpo, o n° de
fundos públicos inscritos no Cadastro Na- ordem, nome completo do doador/desti-
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 11

nador, CPF/CNPJ, endereço, identidade, Conforme o art. 10 da Resolução


valor efetivamente recebido, local e data, 137/2010, os Fundos poderão ter receitas
devidamente firmado em conjunto com provenientes de:
o Presidente do Conselho, para dar a qui-
tação da operação; I - recursos públicos que lhes forem des-
ππ encaminhar à Secretaria da Receita Fe- tinados, consignados no Orçamento da
deral a Declaração de Benefícios Fiscais União, dos Estados, do Distrito Federal e
(DBF), por intermédio da Internet, até o dos Municípios, inclusive mediante trans-
último dia útil do mês de março, em rela- ferências do tipo “fundo a fundo” entre es-
ção ao ano calendário anterior; sas esferas de governo, desde que previsto
ππ comunicar obrigatoriamente aos con- na legislação específica;
tribuintes, até o último dia útil do mês de
março, a efetiva apresentação da Decla- II - doações de pessoas físicas e jurídicas,
ração de Benefícios Fiscais (DBF), onde sejam elas de bens materiais, imóveis ou re-
deve constar o nome ou razão social, cursos financeiros;
CPF do contribuinte ou CNPJ, data e va-
lor destinado; III - destinações de receitas dedutíveis
ππ apresentar, trimestralmente ou quando do Imposto de Renda, com incentivos
solicitada pelo Conselho dos Direitos da fiscais, nos termos do Estatuto da Crian-
Criança e do Adolescente, a análise e ava- ça e do Adolescente e demais legisla-
liação da situação econômico-financeira ções pertinentes;
do Fundo, através de balancetes e relató-
rios de gestão; IV - contribuições de governos estran-
ππ manter arquivados, pelo prazo previs- geiros e de organismos internacionais mul-
to em lei, os documentos comprobatórios tilaterais;
da movimentação das receitas e despesas
do Fundo, para fins de acompanhamento V - o resultado de aplicações no merca-
e fiscalização. do financeiro, observada a legislação per-
tinente; e
Por fim, cabe ao gestor, no desempenho
da sua função, sempre observar o prin- VI - recursos provenientes de multas,
cípio da prioridade absoluta à criança e concursos de prognósticos, dentre outros
ao adolescente. que lhe forem destinados.

Os recursos do Fundo dos Direitos da


Fontes de receita do Fundo Criança e do Adolescente só podem ser uti-
lizados para despesas que se identifiquem
É o Conselho que deve definir sobre a diretamente com a realização de seus obje-
utilização dos recursos do Fundo. No en- tivos (vide art. 16 da Resolução 137/2010).
tanto, cabe ao Conselho facultar ao doador A exceção é para situações emergenciais ou
dos recursos a indicação de projeto da sua de calamidade pública que estejam previs-
preferência para o recebimento da doação. tas em lei, e precisam de aprovação prévia
do plenário do respectivo Conselho.
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QUE TIPO DE centes. A Resolução 137/2010 explica, em


PROJETO PODE SER seu artigo 15, para quais ações deverão ser
destinados os recursos do Fundo. São elas:
APRESENTADO AO ππdesenvolvimento de programas e servi-
ços complementares ou inovadores, por
FIA? tempo determinado, não excedendo a 3
(três) anos, da política de promoção, pro-
teção, defesa e atendimento dos direitos
Cada Fundo, seja ele federal, estadual da criança e do adolescente;
ou municipal, deve conter na sua regula- ππacolhimento, sob a forma de guarda, de
mentação as diretrizes para os projetos que criança e de adolescente, órfão ou aban-
poderão ser apresentados para receber os donado, na forma do disposto no art.
benefícios do FIA. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal e
do art. 260, § 2º da Lei n° 8.069, de 1990,
Esses valores devem ser utilizados para observadas as diretrizes do Plano Na-
financiar ações governamentais e não go- cional de Promoção, Proteção e Defesa
vernamentais voltadas às crianças e adoles- do Direito de Crianças e Adolescentes à
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 13

Convivência Familiar e Comunitária; utilização dos recursos do FIA, conforme


ππprogramas e projetos de pesquisa, de o art. 16 da Portaria 137/2010. Nesse sen-
estudos, elaboração de diagnósticos, sis- tido, não poderão ser apresentados proje-
temas de informações, monitoramento e tos para:
avaliação das políticas públicas de pro-
moção, proteção, defesa e atendimento • investimentos em aquisição, cons-
dos direitos da criança e do adolescente; trução, reforma, manutenção e/ou
ππprogramas e projetos de capacitação aluguel de imóveis públicos e/ou pri-
e formação profissional continuada dos vados, ainda que de uso exclusivo da
operadores do Sistema de Garantia dos política da infância e da adolescência;
Direitos da Criança e do Adolescente;
ππdesenvolvimento de programas e pro- • pagamento, manutenção e funcio-
jetos de comunicação, campanhas educa- namento do Conselho Tutelar, bem
tivas, publicações, divulgação das ações como para manutenção e funciona-
mento dos Conselhos dos Direitos
de promoção, proteção, defesa e atendi- da Criança e do Adolescente;
mento dos direitos da criança e do ado-
lescente; e
ππações de fortalecimento do Sistema de • o financiamento das políticas públi-
cas sociais básicas, em caráter con-
Garantia dos Direitos da Criança e do tinuado, e que disponham de fun-
Adolescente, com ênfase na mobilização do específico;
social e na articulação para a defesa dos
direitos da criança e do adolescente.
• despesas que não sejam compatí-
veis com os objetivos do respecti-
Ou seja, ao apresentar um projeto, verifi- vo Fundo.
que se ele se encaixa em um dos propósitos
acima elencados, e se não contraria dispo- Vale dizer que, alguns Municípios acei-
sições previstas no Estatuto da Criança e tam que pequenos reparos, que não se con-
do Adolescente. Além disso, faça a leitu- figurem como reforma de sede, sejam rea-
ra das normas do Fundo para o qual será lizados, desde que eles estejam diretamente
apresentado o seu projeto. ligados e sejam imprescindíveis ao objeto
proposto no projeto.

Vedações do uso do FIA Sendo assim, os projetos não poderão


versar sobre os itens acima dispostos. Além
Toda a transferência de recursos deve ter disso, reitera-se que a Entidade deve estar
a deliberação prévia do respectivo Conse- atenta à norma do Fundo para o qual o
lho. Além disso, existem vedações para a projeto será apresentado.
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COMO APRESENTAR do Fundo e sua respectiva normativa. Por


estes motivos, elencamos as principais in-
UM PROJETO formações que comumente são necessárias
para a apresentação de um projeto. São elas:

Cada Conselho e cada Fundo, seja ele federal, 1. Nome do projeto;


estadual ou municipal, apresentarão necessida-
des diferenciadas para projetos encaminhados 2. Dados do representante legal da en-
ao FIA. No entanto, algumas normas padrão tidade e pessoa responsável pelo projeto,
de apresentação de projetos poderão ser obser- com telefone e e-mail para contato;
vadas, conforme será sugerido a seguir.
3. Período de execução, com data (dia/
mês/ano) de início e término do projeto;
Cadastro da entidade no
Conselho 4. Local (estado, cidade, bairro, região)
onde as ações do projeto serão desenvolvidas;
Antes de apresentar um projeto, prova-
velmente será indispensável o cadastra- 5. Objetivo principal e objetivos específi-
mento da Entidade no Conselho. Certifi- cos (explique, de forma clara, o que vai ser
que-se sobre quais são os documentos e realizado no seu projeto);
requisitos necessários.
6. Justificativa: esse é o momento de jus-
É importante que a Entidade tenha relação tificar a importância do seu projeto;
com as atividades propostas pelo FIA; pos-
sua inscrição no CNPJ – Cadastro Nacional 7. Público alvo beneficiado: faixa etária,
de Pessoas Jurídicas; tenha regularidade fis- classe social, etc;
cal; e possua em ordem o seu ato constitutivo
e demais documentos (estatuto social, ata de 8. Número de beneficiários: a informa-
eleição e posse da atual diretoria). Os dados e ção dos beneficiários (diretos e indiretos)
documentos dos representantes legais da en- é importante para que se possa mensurar o
tidade também devem estar em dia. custo/benefício do projeto;

Também é provável que seja solicitado 9. Cronograma do projeto: demonstre


um currículo com as atividades desempe- quais as etapas de trabalho que serão re-
nhadas nos últimos anos. Enfim, a Enti- alizadas para que o objetivo seja atingido;
dade precisa possuir uma conta bancária
própria, para que posteriormente possa re- 10. Outras informações ou documentos
ceber os recursos para o seu projeto. anexos. Junte tudo o que entender que pos-
sa engrandecer o seu projeto.

Projeto conceitual Por fim, vale lembrar que o seu projeto


deve estar em total consonância com o ECA
As informações que serão solicitadas para – Estatuto da Criança e do Adolescente e com
o projeto conceitual irão variar dependendo tudo o que já foi explanado nesta Cartilha.
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 15

Projeto orçamentário Dicas

Caso não haja um modelo previamente • Os materiais de divulgação dos pro-


estipulado pelo Conselho, sugerimos que o jetos que receberam o financiamen-
orçamento seja apresentado de forma or- to do Fundo deve fazer referência ao
ganizada, com o custo total e unitário de Conselho e ao Fundo como fonte
cada item, seguido de um cronograma de pública de financiamento (vide art.
24 da Resolução 137/2010).
desembolso do projeto.

Lembrando que os valores devem con- • Para que um projeto seja executado
dizer com os praticados no mercado, e haverá a celebração de um convênio,
que estará sujeito às exigências da
as vedações do uso do FIA deverão ser Lei Federal n° 8.666/1993, que é a
observadas. Lembre-se: os recursos do Lei de Licitações.
Fundo são verbas públicas, então devem
ser utilizados observando-se todos os
• Os fundos poderão contemplar pro-
princípios constitucionais, como é o caso jetos através de editais. Nesse caso, a
da moralidade, legalidade e transparên- regra a ser seguida é a que consta no
cia. Veja abaixo uma sugestão de planilha edital, que passa a ser a “lei maior” a
orçamentária básica. ser observada.

SUGESTÃO DE PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Valor Valor
Item Descrição do Custo Quantidade Justificativa
Unitário Total

1 R$ R$

2 R$ R$

3 R$ R$

4 R$ R$

5 R$ R$

Valor Total: R$
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QUEM PODE DOAR PESSOAS JURÍDICAS: Somente aque-


les que fazem a opção de pagamento do seu
AO FIA? IR com base no LUCRO REAL. Valor da
dedução: até 1% do IR devido. A doação aos
Fundos dos Direitos da Criança e do Ado-
A doação ao Fundo pode ser feita por lescente não exclui nem reduz a dedução de
qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica. outras destinações para Fundos do Idoso,
Essa doação pode ser através de dinheiro Rouanet, Audiovisual, Lei de Incentivo ao
(recursos financeiros), bens materiais ou Esporte, Pronas e Pronon.
imóveis. Não existe limites para estas do-
ações. Porém, nesse caso, não há possibili- Sobre a doação de pessoa jurídica, vale uma
dade de dedução fiscal. observação. Quando foi instituído o Fundo
do Idoso, o benefício concorria com as do-
Já o art. 260 do ECA trata das doações ações ofertadas ao Fundo dos Direitos da
que poderão ser integralmente deduzidas Criança e do Adolescente. Porém, em 2012,
do Imposto de Renda. Nesse caso, po- a Lei 12.594/2012, em seu art. 88, deu nova
dem doar: redação para a Lei que instituiu o Fundo do
Idoso, retirando a menção de concorrência.
PESSOA FÍSICAS: Somente as pessoas Dessa forma, atualmente, os percentuais de
que façam a opção pela declaração COM- dedução dos benefícios não mais concorrem.
PLETA do IR. Valor da dedução: até 6%
do IR devido. E quem está obrigado ao regime de tribu-
tação do lucro real? Essa definição é dada
No caso das Pessoas Físicas, o limite de por meio do art. 14 da Lei n. 9.718, de 27 de
dedução de 6% abarca todas as doações novembro de 1998. Conforme essa lei, estão
incentivadas aos Fundo dos Direitos da obrigadas à apuração do lucro real as pesso-
Criança e do Adolescente, Fundos do Ido- as jurídicas:
so, Lei Rouanet, Lei do Audiovisual e Lei • cuja receita total, no ano-calendá-
de Incentivo ao Esporte. Ou seja, cabe ao rio anterior seja superior ao limite de
doador escolher qual ou quais mecanismos R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões
serão beneficiados com a sua doação. de reais), ou proporcional ao número de
meses do período, quando inferior a 12
A Receita Federal disponibiliza um simu- (doze) meses;
lador para as pessoas físicas calcularem o seu • cujas atividades sejam de bancos co-
Imposto de Renda mensal ou anual. Veja o merciais, bancos de investimentos, ban-
site http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/atr- cos de desenvolvimento, caixas econômi-
jo/simulador/telaoptmenanu.htm. cas, sociedades de crédito, financiamento
e investimento, sociedades de crédito
Atualmente, os contribuintes pessoas físi- imobiliário, sociedades corretoras de títu-
cas podem realizar a doação no momento da los, valores mobiliários e câmbio, distri-
Declaração de Ajuste Anual (DAA). Porém, buidoras de títulos e valores mobiliários,
no valor de até 3% sobre o imposto devido, empresas de arrendamento mercantil,
e não mais 6%. Mais informações sobre essa cooperativas de crédito, empresas de se-
possibilidade será tratada a seguir. guros privados e de capitalização e enti-
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 17

dades de previdência privada aberta; Ou seja, mesmo que o Fundo seja mu-
• que tiverem lucros, rendimentos ou nicipal ou estadual, o doador poderá estar
ganhos de capital oriundos do exterior; localizado em qualquer parte do território
• que, autorizadas pela legislação tribu- nacional, já que a dedução é sobre um im-
tária, usufruam de benefícios fiscais re- posto federal.
lativos à isenção ou redução do imposto;
• que, no decorrer do ano-calendário, Por fim, haverá um percentual de re-
tenham efetuado pagamento mensal pelo tenção do recurso captado. A Resolução
regime de estimativa, na forma do art. 2º 137/2010 estipula que este seja de no míni-
da Lei nº 9.430, de 1996; mo 20% para cada projeto autorizado, mas
• que explorem as atividades de presta- os percentuais podem variar dependendo
ção cumulativa e contínua de serviços de da regulamentação do Fundo.
assessoria creditícia, mercadológica, ges-
tão de crédito, seleção e riscos, adminis-
tração de contas a pagar e a receber, com- Comprovante de doação
pras de direitos creditórios resultantes de
vendas mercantis a prazo ou de prestação Para que a doação seja regular ela precisa
de serviços (factoring). ser efetuada diretamente para a conta ban-
• que explorem as atividades de securiti- cária específica do Fundo. É importante
zação de créditos imobiliários, financei- apresentar ao gestor do mesmo um docu-
ros e do agronegócio. mento que comprove o depósito bancário
em favor do Fundo.

Captação de recursos Em seguida, deve ser emitido um com-


provante em favor do doador contendo a
Quando um projeto é aprovado pelo identificação do órgão do Poder Execu-
Conselho, a captação de recursos deverá tivo, endereço e número de inscrição no
ser realizada pela instituição proponente CNPJ no cabeçalho e, no corpo, o n° de
para o financiamento do seu respectivo ordem, nome completo do doador, CPF ou
projeto (art. 13 Resolução 137/2010). CNPJ, endereço, identidade, valor efetiva-
mente recebido, local e data, devidamente
Uma dica para a captação de recur- firmado em conjunto com o Presidente do
sos para o projeto é obter, no site do Conselho. É função do Gestor do Fundo a
Ministério da Cultura, Ministério do emissão desse documento.
Esporte ou do Ministério da Saúde,
quais as empresas que estão destinan- Em paralelo, o Gestor encaminhará à
do seus impostos para a Lei Rouanet, Secretaria da Receita Federal a Declaração
Lei de Incentivo ao Esporte e para os de Benefícios Fiscais (DBF), por intermé-
Programas Pronas e Pronon. Isso por- dio da Internet, até o último dia útil do
que todos os incentivadores destes me- mês de março, em relação ao ano calendá-
canismos são empresas tributadas pelo rio anterior.
lucro real, e também são doadores em
potencial para o Fundo da Infância Ele também deve comunicar obrigatoria-
e Adolescência. mente aos contribuintes a efetiva apresen-
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tação da Declaração de Benefícios Fiscais A previsão está no art. 260-A, §1º, inci-
(DBF), da qual conste obrigatoriamente o so III do Estatuto da Criança e do Ado-
nome ou razão social, CPF do contribuinte lescente. Nesse caso, a dedução poderá
ou CNPJ, data e valor destinado. O prazo ser de até 3% sobre o imposto devido, e
para esse comunicado é até o último dia não mais 6%.
útil do mês de março.
Nessa possibilidade, as doações não
O recibo de doação é o documento hábil podem ser feitas por depósito na conta
para que o doador possa fazer a dedução bancária do FIA, mas dentro do próprio
fiscal do valor destinado ao Fundo. programa de elaboração da declaração
do imposto de renda pessoa física. As-
sim, o pagamento do imposto de ren-
Doações no ano calendário da destinado ao FIA será emitido pelo
subsequente próprio programa gerador, via DARF
- Documento de Arrecadação de Recei-
Conforme já mencionado, atualmente é tas Federais.
permitido que o contribuinte pessoa física
faça a sua doação no momento da Decla- O programa emitirá um DARF para o
ração de Ajuste Anual (DAA). A data limi- pagamento de cada doação ao fundo bene-
te da entrega da Declaração é o dia 30 de ficiário indicado, no valor informado pelo
abril, ou no dia útil anterior caso o dia 30 declarante e com código de receita 3351,
seja final de semana ou feriado. que não se confunde com o DARF emi-
tido para pagamento de eventual saldo de
imposto sobre a renda devido.

Entretanto, a guia DARF precisa ser


paga dentro do prazo de validade. Ou
seja, se o contribuinte não pagar até o dia
30 de abril ele perde a oportunidade de
destinar o valor ao Fundo. Agora, além
de pagar o valor acrescido de juros, ele
volta a ser destinado à Secretaria da Re-
ceita Federal do Brasil, não podendo mais
ser revertido em favor do Fundo da In-
fância e Adolescência. O pagamento da
guia deve ser feito até o encerramento do
horário de expediente bancário das insti-
tuições financeiras autorizadas, inclusive
se realizado pela Internet ou por terminal
de autoatendimento.

Para as doações feitas no mesmo ano


calendário da entrega da declaração, re-
comendamos que a Entidade beneficiada
com a doação comunique o respectivo
Fundo, para que possa então se beneficiar
do valor destinado ao seu projeto.
CARTILHA FUNDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 19

PRECISO PRESTAR pecificar exatamente o produto adquirido


ou serviço prestado. Se houver impostos
CONTAS DO retidos, junte também as guias de reten-
ção e seus pagamentos. Recomendamos
PROJETO? também que os documentos fiscais cons-
tem o nome do projeto beneficiado;
• Extratos bancários demonstrando as
O recurso do Fundo da Infância e Ado- receitas e despesas do projeto. Caso haja
lescência é verba pública. E por isso a pres- sobra do valor, realize a devida restitui-
tação de contas é sim fundamental. ção ao Fundo, e junte na prestação de
contas o documento comprobatório;
A prestação de contas do projeto começa • Se as normas permitirem que o paga-
junto com a sua execução. Não deixe para mento seja feito através de cheque, sugeri-
pensar em prestar contas só no final da exe- mos digitalizar frente e verso dos cheques,
cução. Manter a documentação organizada e também os comprovantes de depósito
desde o início evita diversos problemas e (esse tipo de documento costuma perder
só facilita a consolidação de tudo ao final. a sua visualização rapidamente);
• Para os casos em que houver necessida-
Lembre-se que os custos deverão ser pa- de de cotação prévia, normalmente quan-
gos por notas fiscais ou documento equi- do ocorrer a aquisição de bens permanen-
valente, observando o correto recolhimen- tes, juntar os orçamentos realizados, com
to dos impostos. as informações dos fornecedores (nome
da empresa, número de CNPJ, etc);
As normas de prestação de contas variam • Em alguns casos (especialmente quan-
conforme o Município ou Estado. Porém, é do uma nota fiscal vincular uma atividade
necessário prestar contas, pois a verba utilizada direta com os menores) pode ser necessá-
é verba pública. Verifique o prazo de apresen- ria a elaboração de uma lista das crianças
tação da prestação de contas, e mãos a obra. e/ou adolescentes atendidos, com nome
completo, número de identidade e outras
A seguir, vamos elencar alguns docu- informações que sejam importantes;
mentos sugeridos, que poderão compor a
prestação de contas da Entidade: Ao final, você pode elaborar uma capa e
• Termo de convênio realizado entre en- até enumerar o dossiê da prestação de con-
tidade e poder público; tas, e organizá-lo de forma adequada, dei-
• Contratos firmados com os fornecedo- xando a leitura do avaliador mais agradável.
res contratados para o projeto;
• Fotografias, vídeos, clipping de mídia Por fim, alguns Fundos irão exigir que
(matérias de jornal e de internet), veicula- os documentos fiscais enviados sejam ori-
ções em rádio, declarações, depoimentos, ginais. Caso essa não seja uma obrigação,
enfim, tudo o que puder comprovar a re- guarde os originais na posse da Entidade,
alização do objeto do projeto; por segurança. Recomendamos também
• Documentos fiscais: Notas fiscais e que a prestação de contas seja digitaliza-
comprovantes de pagamento. As no- da e guardada em modo digital. Uma dica
tas (ou documento equivalente, quando é abrir um e-mail somente para a guarda
assim a legislação permitir) devem ser dessa documentação e enviar os documen-
endereçadas à Entidade, preenchidas de tos digitalizados. Assim você terá um ba-
forma correta e completa e de forma a es- ckup permanente.
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Adolescente. Além disso, cinco estados não


NÚMEROS DO FIA possuem o FIA Estadual, o que corresponde
a quase 20%, um número bastante significa-
tivo diante dos benefícios que o Fundo pode
O Brasil conta com 5.570 cidades. Se- trazer para as políticas públicas de atendi-
gundo dados do IBGE/2014, 5.481 mil mento às crianças e adolescentes do Estado.
cidades possuem o Conselho Municipal
de Direitos da Criança e do Adolescente Enfim, o Fundo da Infância e Adolescência
e 2.725 mil cidades possuem o Fundo é um importante mecanismo de transforma-
Municipal da Infância e Adolescência. ção social que ainda precisa de um forte traba-
Ou seja, mais de 50% das cidades brasi- lho de divulgação e conscientização, para que
leiras ainda não contam com o Fundo. possa atingir números mais significativos.

Como exemplo, em Santa Catarina, to-


das as cidades possuem o Conselho, mas
90 ainda não contam com o Fundo.

Já em nível estadual, somente o Amazonas


que não possui Conselho da Criança e do
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