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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO


CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
DISCIPLINA: PRÁTICAS FARMACÊUTICAS II

MATHEUS SALUSTRIANO DA SILVA


LUANA SILVA
MAURÍCIO MARTINS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:


SEPARAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS CORANTES ARTIFICIAIS POR
CROMATOGRAFIA EM PAPEL

PETROLINA – 2019
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………….........03
2. OBJETIVOS………………………………………………………………...……...04
2.1 Objetivos específicos.............................................................................04
3. METODOLOGIA…………………………………….………...…………………..04
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................05
5. CONCLUSÃO………………………………………………………………………06
REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO

A técnica de colorir os alimentos não é atual, desde séculos passados


o homem vem colorindo os alimentos para torná-los mais atrativos e saborosos.
No início, muitas dessas substâncias, como as especiarias e condimentos, já
tinham a função de colorir os alimentos, mas com o passar do tempo foram
gradativamente substituídas por outras substâncias, algumas sintéticas, com o
objetivo específico de colorir. O emprego de aditivos químicos, como os corantes,
é um dos mais polêmicos avanços da indústria de alimentos, já que seu uso em
muitos alimentos justifica-se apenas por questões de hábitos alimentares. Em
geral, a importância da aparência do produto para sua aceitabilidade é a maior
justificativa para o seu emprego (PRADO, GODOY, 2003).
A Resolução RDC nº 34 da Anvisa, efetiva o “Regulamento Técnico”
que aprova o uso de Aditivos Alimentares, estabelecendo suas funções e seus
limites máximos para a categoria de alimentos: Preparações culinárias industriais,
em que os limites máximos indicados no anexo referem-se aos gêneros
alimentícios prontos para o consumo, preparados de acordo com as instruções do
fabricante, com limite de 0,005 g de corante a cada 100 g de produto alimentício
acabado. Contudo, inúmeros alimentos consumidos pela população contêm
corantes em sua composição, aumentando a quantidade destas substâncias
ingeridas, que, em longo prazo, podem causar problemas de saúde (FARINA et
al, 2008).
Os corantes artificiais estão presentes também nos excipientes de
medicamentos para uso interno. Dentre os corantes artificiais encontramos: os
corantes azo - amarelo tartrazina, amarelo crepúsculo, Bordeaux S, Ponceau 4R,
a eritrosina e o indigocarmim. O amarelo tartrazina é encontrado em inúmeros
medicamentos, cosméticos e alimentos. A hipersensibilidade à tartrazina ocorre
em 0,6 a 2,9% da população, com incidência maior nos indivíduos atópicos ou
com intolerância aos salicilatos (BARDELLA, MONTOVANI, 2006).
O avanço da globalização e o consequente aumento das
importações/exportações, fazem-se cada vez mais necessárias a utilização de
métodos mais confiáveis, eficientes e rápidos para a detecção, identificação e
quantificação dos corantes. Com as restrições das legislações em relação às
quantidades permitidas e as tendências futuras de se aumentar essas restrições,
o problema passou a ser além da identificação, a quantificação desses corantes
em alimentos. A determinação de corantes sintéticos em alimentos tem sido feita
por vários métodos espectrofotométricos e cromatográficos (PRADO, 2004).
O método cromatográfico é um processo físico de separação, no qual
os componentes a serem separados distribuem-se em duas fases: fase
estacionária e fase móvel. A fase estacionária pode ser um sólido ou um líquido
dispostos sobre um suporte sólido com grande área superficial. A fase móvel, que
pode ser gasosa, líquida ou ainda um fluido supercrítico, passa sobre a fase
estacionária, arrastando consigo os diversos componentes da mistura (PERES,
2002).
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A cromatografia em papel (CP) é uma das modalidades do método


cromatográfico. Que trata-se de uma técnica simples para análise de amostras em
pequenas quantidades, aplicada principalmente na separação e identificação de
compostos polares, tais como açúcares, antibióticos hidrossolúveis, aminoácidos,
pigmentos e íons metálicos. É considerada uma técnica de partição líquido-líquido.
O papel consiste de celulose praticamente pura, que pode absorver até 22% de
água. É a água absorvida que funciona como fase estacionária líquida que
interage com a fase móvel também líquida (RIBEIRO, NUNES, 2008).
A separação ou distribuição dos componentes de uma mistura está
relacionada com as diferentes solubilidades relativas destes componentes na fase
móvel e na fase estacionária. Os componentes menos solúveis na fase
estacionária têm uma movimentação mais rápida ao longo do papel, enquanto que
os mais solúveis na fase estacionária serão relativamente retidos, tendo uma
movimentação mais lenta (HOEHNE, RIBEIRO, 2013).

2. OBJETIVO

Separação e identificação dos corantes artificiais por cromatografia em papel.

2.1 Objetivos específicos

• Discutir a separação dos compostos dos 2 cromatogramas do mesmo alimento


em diferente FM´s.
• Analisar o uso de corantes nos alimentos e medicamentos.
• Citar exemplos de alimentos e medicamentos com corantes e seus impactos
na saúde dos consumidores.
• Citar efeitos adversos dos corantes.

3. METODOLOGIA

Foi realizada uma prática de separação e identificação de corantes artificiais


por cromatografia em papel, a execução da mesma aconteceu em laboratório durante
a aula de práticas farmacêuticas 2. O procedimento foi realizado da seguinte forma:
Em um béquer de 50ml foi colocado aproximadamente 2,5 g da amostra e uma
quantidade suficiente de água destilada conforme instruções do fabricante e em
seguida mexeu a solução para completar a solubilização do produto. Logo após
adicionou 0,3 g de lã natural tratada na solução até alcançar ebulição moderada por
cerca de 10 minutos. O próximo passo foi retirar a lã e transferir para um béquer
contendo 5 ml de água destilada e algumas gotas de hidróxido de amônio, em seguida
aqueceu por cerca de 5 minutos para dessorver o corante e desprezar a lã. Utilizou-
se uma fase móvel previamente preparada, sendo: FM1: 2,5%de NaCl em água; FM2:
2,0% de NaCl em etanol 50%; FM3: 1% sol aquoso de NH4OH (v/v); FM4: solução
de n-butanol: água destilada: ácido acético (4:2:1). E aplicou os padrões e o extrato
obtido a 2 cm da base do papel Whatman distanciados 2 cm entre si. Logo após o
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papel foi secado na estufa e foi colocado em um Becker que funcionou como cuba
cromatográfica com a fase móvel 1 (FM1), e assim esperou-se eluir até separação
dos corantes e a FM percorrer 10 cm e em sequência comparou a cor e o”Rf” dos
corantes correspondente da amostra.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 1: Cromatografia em papel dos corantes analisados

A eritrosina foi o corante com Rf mais próximo do alimento utilizando o sistema


de solventes da fase 1. A afinidade pelo solvente não foi suficiente para arrastar as
amostras 6 e 7, que ficaram presas à sílica. De acordo com Takashima (1988), o Rf
da eritrosina é de aproximadamente 0,02 para uma solução de 2 % de NaCl, o que
está de acordo com arraste do corante observado a partir do resultado da observação
da cromatografia.
A eritrosina é um corante de cor cereja ou rosa melão, e é usada principalmente
como corante alimentar. É comumente usada em doces e picolés, e ainda mais
amplamente usada em géis de decoração para bolos. Também pode ser utilizada
como tinta de impressão, mancha biológica, agente revelador de placa dentária, meio
radiopaco, sensibilizador para filmes fotográficos ortocromáticos e para colorir cascas
de pistashe. Sua absorvância máxima é de 530 nm em uma solução aquosa, e está
sujeita a fotodegradação (PRADO, GODOY, 2003)
A FDA norte-americana em 1990 havia instituído uma proibição parcial da
eritrosina, citando pesquisas que descobriram que altas doses causam câncer em
ratos. Em junho de 2008, o Centro para a Ciência no Interesse Público (CSPI) solicitou
a FDA a proibição total da eritrosina nos Estados Unidos. Um estudo de 1990 concluiu
que "a ingestão crônica de eritrosina pode promover a formação de tumores da
tireóide em ratos através da estimulação crônica da tireóide pelo TSH". com 4% da
ingestão diária total de eritrosina B (JENNINGS et al., 1990).
Os corantes artificiais são constantemente objetos de investigação em
decorrência das reações adversas que podem surgir aos consumidores. O corante
amarelo crepúsculo pode provocar reações de anafilaxia que é uma reação alérgica
de hipersensibilidade imediata e severa, além disso pode provocar angioedema,
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vasculite e purpura (manchas na cor roxa que ocorrem na pele, órgãos e mucosas).
Já a tartrazina pode desencadear hipercinesia em pacientes hiperativos. Estima-se
que a hipersensibilidade a tartrazina ocorra em até 2,4% das pessoas e, apesar desta
baixa incidência na população geral, os fabricantes são obrigados por lei a destacar
uma informação no rótulo da embalagem dos alimentos que contém esse corante
(CASTRO et al, 2005).
Na figura 2 é possível observar a estrutura da eritrosina, que é um corante
xanteno e é insolúvel em pH abaixo de 5.

Figura 2: estrutura química da eritrosina (BARROS;BARROS, 2010)

6. CONCLUSÃO
.
A partir da aula prática foi possível realizar a identificação de corantes através
da cromatografia em papel, o que possibilitou uma melhor compreensão a respeito
do uso de corantes na indústria alimentícia e na farmacêutica. Além disso, é de
elevada significância compreender as reações adversas desses corantes nas ciências
farmacêuticas, já que alguns corantes também podem ser utilizados na preparação
da forma farmacêutica de um medicamento.
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REFERÊNCIAS

BARDELLA, A et al. Excipientes de medicamentos e as informações da bula. Rev


Bras Otorrinolaringol, 2006.
BARROS, A. A., BARROS, E.B.de P. A Química dos Alimentos. Coleção Química
no Cotidiano, v. 4, n. 10, junho, 2010, p.52-88.
FARINA, L et al. Determinação de metais em corantes alimentícios artificiais.
Revista científica da América Latina, 2008.
HOEHNE, L.; RIBEIRO, R. Uso da cromatografia em papel para revelar as
misturas de cores das canetinhas tipo hidrocor em diferentes fases
estacionárias. Revista Destaques Acadêmicos, 2013.
JENNINGS, C et al. Efeitos da eritrosina oral (2 ', 4', 5 ', 7'-tetraiodofluoresceína)
no eixo hipófise-tireóide em ratos. Toxicologia e Farmacologia Aplicada.
OLIVEIRA, N et al. Estudo sobre corantes artificiais em alimentos: quais os
riscos mais comuns pelo consumo excessivo, Goiás, 2010.
PERES, T. Noções básicas de cromatografia. Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento de Proteção Ambiental-Instituto Biológico, São Paulo, 2012.
PRADO, M. Determinação de corantes artificiais por cromatografia líquida de
alta eficiência (CLAE) em pó para gelatina, São Paulo, 2004.
PRADO, M.; GODOY, H. Corantes artificiais em alimentos. Departamento de
Ciência de Alimentos - Faculdade de Engenharia de Alimentos –UNICAMP,
Campinas-SP, 2003.
RIBEIRO, N.; NUNES, C. Análise de Pigmentos de Pimentões por Cromatografia
em Papel. Experimentação no Ensino de Química, 2008.
TAKASHIMA, K et al. Separação e identificação de corantes sintéticos para fins
alimentícios solúveis em água. Semina 1988.
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