Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Juiz e
Pág. 03
ex-edil
de Tete
usurpam
de Moçambique terreno
www.canalmoz.co.mz Maputo, Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Poderosas e
reticentes
Em encontros separados, Filipe
Nyusi foi pedir apoio a estas duas
influentes mulheres do seu partido
Mabalane - Gaza
Casa do administrador
custa 42 milhões Página 04
publicidade
2 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Destaques
As feridas ainda não sararam
Destaques
Com ajuda do juiz presidente do Tribunal Judicial de Tete
Destaques
Apesar de outras necessidades ficarem para trás em Gaza
Palácio de administrador
de Mabalane vai custar
Ficha Técnica
42 milhões de meticais
DIRECTOR / EDITOR
Fernando Veloso | veloso.f2@gmail.com
Cel: (+258) 84 2120415 ou (+258) 82 8405012 A administração usufrui de um edifício cedido em
SUB-EDITOR E CHEFE DA REDACÇÃO
definitivo pelos CFM, mas o administrador diz que
Matias Guente | mtsgnt@gmail.com | Cel: 823053185 precisa de um edifício condigno
CONSELHO EDITORIAL: Director, Editor, Sub-Editores, Chefe da
Redacção, Sub-Chefe da Redacção e Editores sectoriais.
REDACÇÃO
Matias Guente | mtsgnt@gmail.com | Cel: 823053185
Bernardo Álvaro | rabucane@gmail.com | Cel: 82 6939477 ou
84 5285696
Raimundo Moiane | raimundomoiane@yahoo.com.br | Cel: 82 4165943
André Mulungo | andremulungo4@gmail.com | Cel: 82 00 72 210
Cláudio Saúte | claudiosaute@yahoo.com.br | Cel: 82 8079810
DELEGAÇÃO DE TETE
JoséPantie (Jornalista Correspondente) | Cel: 84 43 89 034 | jpantie49@
Matias Guente em Dezembro do ano passa- dos órgãos do Estado, mesmo
gmail.com
do. De acordo com o anúncio sabendo-se que tantas vezes
FOTOGRAFIA
A administração do distrito de de adjudicação divulgado pelo é evocada a falta de dinheiro
Sérgio Ribé | Cel: 82 8246200 Mabalane, na província de Gaza, jornal “Notícias”, de 26 de do Estado para dar dignida-
sul de Moçambique, está a cons- Dezembro de 2013, o concur- de à vida dos cidadãos que de
REVISÃO truir um palácio para o adminis- so de construção da residên- uma forma ou de outra contri-
Rui Manjate | rui.manjate@hotmail.com trador local, que vai custar aos cia oficial do administrador do buem para os cofres do Estado.
cofres do Estado 41.800.780,11 distrito foi adjudicado à em- Mabalane é um distrito onde
PAGINAÇÃO E MAQUETIZAÇÃO meticais. Perto de 42 milhões presa “Ambas Construções”. têm sido reportados casos de
Anselmo Joaquim | Cel: 84 2679410 | a.joaquim.m@gmail.com de meticais, o equivalente a A empresa “Ambas Constru- fome cíclica. As crianças che-
sete orçamentos anuais que o ções” está registada nas Enti- gam a abandonar a escola por
PUBLICIDADE
Governo aloca aos distritos no dades Legais como sendo de causa da fome. O Estado não
Álvaro Chovane | 82 3672025 | 82 3073249 | 84 8630145
âmbito do combate à pobre- Amâncio Simião Chivanguele. consegue prover comida para as
achovane@gmail.com
za e desenvolvimento local. A justificação que se usa em populações mas há milhões de
ASSINATURAS O Governo do distrito de operações onerosas do géne- meticais para financiar constru-
Gabriel Chihale | 82 4806000 | 84 7872300 Mabalane lançou um concur- ro tem sido a de “criar con- ção de palácio do administrador.
gchihale@yahoo.com.br so para apurar o empreiteiro dições dignas” aos titulares
Destaques
1. - É permitida Campanha Eleitoral desde já, mas não com recursos do Estado
– opinião de Joseph Hanlon no dia 19 de Março de 2014
A lei eleitoral não suspende a antes dos 45 dias, o que seria uma Em sua primeira página de hoje, O III) também dispõe: “É expressa- dades ao falar com os eleitores, com
Constituição. As garantias consti- violação manifesta da Constituição. Pais afirma que fazendo campanha mente proibida a utilização pelos organizações da sociedade civil, ou
tucionais de liberdade de expressão O principal objectivo do período para a Presidência, Filipe Nyusi está partidos políticos, coligações de com a media, “para falar da vida e
permitem que partidos e candi- oficial da campanha é dar um con- violando a lei ao iniciar sua campa- partidos políticos ou grupos de ci- obra de nosso candidato, o camarada
datos façam campanha desde já. junto de direitos adicionais para os nha mais de 45 dias antes da eleição. dadãos eleitores proponentes e de- Filipe Nyusi”. Guebuza exortou os
Mas há um ponto controverso no partidos e candidatos, especialmen- Isso não é verdade, e Nyusi e a Fre- mais candidaturas em campanha presidentes para que se vistam com
que se refere a Armando Guebu- te no que diz respeito ao “reuniões limo são livres para fazer campanha. eleitoral, de bens do Estado, autar- t-shirts com a imagem de Nyusi,
za apresentar o candidato da Fre- e manifestações” e “fixação de car- No entanto, a maneira pela qual quias locais, institutos autónomos, e façam uso de outros materiais de
limo, Filipe Nyusi em reuniões tazes”. Todos os candidatos “têm Nyusi foi apresentado como o can- empresas estatais, empresas públi- propaganda com a sua fotografia. Os
públicas da Presidência Aberta. direito a dispensa do exercício das didato da Frelimo pelo Presidente cas e sociedades de capitais exclu- Presidentes da Frelimo têm o dever
O Pais na edição de hoje (19 de respectivas funções, sejam públi- da República Armando Guebuza em siva ou maioritariamente públicas.” de promover Nyusi, disse Guebuza.
Março), repete um equívoco comum. cas ou privadas”, e mesmo assim, um comício popular de Presidência A Presidência Aberta é financiada Sobre isso, a lei é clara. Os pre-
A lei eleitoral (8/2013, o Títu- são pagos por seus empregadores. Aberta em Lichinga, na segunda- pelo Estado e apresentar um candida- sidentes municipais da Frelimo
lo III) estabelece: a “campanha A lei impõe algumas restrições -feira, levantam questões a sua lega- to político em uma reunião do gover- não podem usar os seus escritórios,
eleitoral” oficial, tem início 45 durante esse período. Não pode lidade. Guebuza pediu aos moçam- no parece uma clara violação da lei. o pessoal ou a presença em fun-
dias antes das eleições e termina haver sondagens e o governo (e bicanos que continuem dando seu Esta será uma questão pro- ções oficiais para promover Nyusi.
48 horas antes do dia da votação. em certos casos, o sector privado) total apoio ao candidato da Frelimo blemática nos próximos meses. Campanha é permitido desde já,
A única proibição na lei é: “Nas deve dar tratamento igual a todos para as presidenciais de Outubro, A AIM informou ontem que ao fa- mas por apresentar Nyusi como
quarenta e oito horas que prece- os candidatos e partidos. Mídias assim como o apoiaram. O Notícias lar na sua qualidade de presidente da candidato no comício em Lichinga,
dem as eleições e no decurso das do sector público, devem tratar de de ontem mostrou uma foto de Nyu- Frelimo, em uma reunião com todos o Presidente Guebuza incentivou
mesmas não é permitida qualquer maneira igual todos candidatos e to- si e Guebuza com o título “Nyusi os 49 presidentes dos municípios os membros da Frelimo à violar
propaganda eleitoral.” Não há proi- dos os partidos têm direito a tempo apresentado à população do Niassa”. da Frelimo, Guebuza disse que eles a lei no que se refere ao apoio do
bição de “propaganda eleitoral” de antena na rádio e TV públicas. A lei eleitoral (8/2013, o Título devem aproveitar todas as oportuni- Estado ao candidato da Frelimo.
Editorial
Opinião
publicidade
8 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Novos Rumos
Daviz Simango, a
Esperança do Povo
Por: Silvério Ronguane
são Política do Partidão, da lista de didaturas e manifestos eleitorais, engano e da fraude, não são dignos pública, quer no que tange a ima-
Agora, pois, temei o Senhor candidatos, para depois virem a ser coisa que não aconteceu, mas de de estar a frente dos nossos destinos. gem de si que constrói e transmite.
e servi-o com toda a retidão e reabilitados no limiar da corrida e forma quase anedótica, os recla- Como aceitar que pessoas indi- Ora, o Engenheiro Daviz Si-
fidelidade. Tirai os deuses que depois, ainda estonteantes da ex- mantes foram arrastados para uma viduais ou em associação de tipo mango tendo sido, diversas ve-
serviram vossos pais além do clusão, ser arrastados para o ringue, eleição, para a qual ainda não es- bando de malfeitores pisem as leis, zes, agraciado como o melhor
rio e no Egito, e servi o Senhor. onde, foram, simplesmente, fulmi- tavam, devidamente, preparados, ignorem os conselhos e façam vis- gestor municipal em África, em
Porém se vos desagrada servir o nados e abatidos sem misericórdia. ocupados que estavam em exigir ta grossa aos protestos do povo? frente dum dos municípios mais
Senhor, escolhei hoje a quem que- Parece evidente então, que se o fazer parte do acto. E não admira, Como aceitar que fundos públicos importantes do país e por sinal,
reis servir: se aos deuses, a quem líder da RENAMO for mantido por isso que tenham sido cilindra- sejam usados, ostensivamente, mais complexo, ao atender a sua
serviram os vossos pais além do longe da corrida, neste momento do, esmagados e caído no ridículo. para promover a imagem de um localização estratégica e central e
rio, se aos deuses dos amorreus, de preparação, para depois ser re- Confortados por este expediente particular e para fins particulares? cumulativamente, tendo sido ca-
em cuja terra habitais. Porque, cuperado na última hora e repesca- de injustiça e imoralidade, não é Como admitir que homens que re- paz, em cinco anos, de criar uma
quanto a mim, eu e minha casa do para o combate, o aguarda uma que candidato e mentor decidem correm, frequentemente, a violação alternativa política surpreendente
serviremos o Senhor. (Js. 24,15) estrondosa derrota. E uma vez que brindar os moçambicanos, ainda grosseira das normas, possam ser na história de África, sem recurso
esta estratégia está a resultar, não não refeitos do primeira farsa, de garantes das leis e da Constituição? à violência, nem a nenhum ou-
Com um dos principais candi- me parece que valha a pena contar uma segunda vaga de ilegalidades Ora, não havendo dúvida razoá- tro expediente condenável, mas
datos das Eleições Presidenciais com ele para a mudança, mesmo, e contra-sensos. Na verdade, os vel de que o candidato do Partidão baseando-se, simplesmente, nas
do próximo 15 de Outubro, em repito, reconhecendo a sua impor- dois pensam e tem provas de que, está envolvidos em actos repug- possibilidades e oportunidades
parte incerta; um outro envolvido tância no processo democrático e em Moçambique, ilegalidades e nantes como os que acabamos de que a lei lhe confere, emerge como
em actos fraudulentos; só resta ao a grandeza da sua estatura política, injustiças, criam um sururu, mas referir, também fica fora de consti- sendo o político mais visionário
povo moçambicano, o candidato enquanto resistente da ditadura e não consequências de maior nem tuir qualquer alternativa governati- e mais preparado para assumir os
do Movimento Democrático de um dos mentores do espaço polí- de temer, já que a nossa história va, quer seja condenado, quer não, destino de um Moçambique que
Moçambique, que, ao que tudo tico caracterizado pelo pluralismo, de exemplos está cheia, ora veja- por praticar tais actos ou por estar quer ser líder e exemplo em África.
indica e eu desejo, ardentemen- liberdade e democracia, como ele mos, só para refrescar a memória: associado a pessoas que pratiquem Olhando também para a sua ca-
te, seja o Engenheiro Daviz Si- próprio gosta de se referir, Pai da tais actos, pelo que nesse caso e pacidade de aglutinar interesses e
mango. E explico porque razão. Democracia em Moçambique. Quando à guisa de marxismos, nesse contexto, só nos resta uma sensibilidades, enquanto fundador
Na verdade, parece escusado Portanto, com Dlakama fora pastores e simples praticantes fo- única esperança, uma única bóia e dirigente do Movimento Demo-
equacionar a possibilidade de o do barulho, restariam o candida- ram arrastados para as prisões, seus de salvação: o candidato do Movi- crático de Moçambique que avan-
próximo presidente vir a ser o líder to do Partidão e o candidato do bens confiscados, pelo simples fac- mento Democrático de Moçambi- ça na mesma velocidade e propor-
da RENAMO, mesmo reconhe- Movimento Democrático de Mo- tos de professarem suas religiões; que, que eu creio e desejo, arden- ção tanto para o Norte, como para
cendo o seu papel importante para çambique. Ora, o primeiro, como nada depois aconteceu aos mento- temente, que seja o Engenheiro o Sul, a partir do Centro, emerge
o processo democrático em Mo- todos sabemos, resultou, dentro res e executores de tais vis propó- Daviz Simango; não só porque é o como o homem certo para unir os
çambique, uma vez que, simples- do próprio partido que o elegeu, sitos e até parece que volvidos não único que escapa e sabe escapar ao moçambicanos, nesta fase difícil e
mente, está ausente, num momento de um processo pouco transpa- muitos anos, pastores e dignatários jogo sujo do partidão, mas também delicado da sua história. Aliás, pa-
fulcral para o processo eleitoral que rente, caracterizado por barulhos das religiões mostram um respeito e, sobretudo, porque ele tem mos- rece ser o único líder de topo actual
se avizinha e, a não ser que eu me e ilegalidades decorrentes da falta e amizade a tais carrascos que estes trado ser um homem imaculado, que pode se orgulhar de o seu nome
engane e muito, está a esgotar-se o do cumprimento rigoroso dos es- só podem acreditar que seus actos cumpridor da lei, íntegro e acima e o nome da sua família fazer inve-
tempo para que possa apresentar tatutos e regulamentos internos. vis foram, incompreensivelmente, de qualquer suspeita ou suspeição. ja tanto na saga libertadora, como
um projecto político consequente Ora, tendo se beneficiado da até benéficos para aqueles; quando, Com efeito, um Presidente da na saga da resistência ao comunis-
e sufragável. E esta deve ser a es- viciação de normas que impediu o partidão foi acusado de excluir de República não pode ser alguém mo e estrangeirismos pós-indepen-
tratégia dos seus inimigos naturais que os seus pares concorrentes, forma injusta, brutal e vergonhosa, que inspire cuidados ou alguém dência, o que significa, ipso facto,
e seus verdadeiros adversários po- pudessem ter igual tratamento o Movimento Democrático de Mo- cujos actos, regularmente, estão que mais facilmente, poderá ser a
líticos e digo verdadeiros, porque, e oportunidade de preparar suas çambique de concorrer em muitos mergulhados em polémicas, sus- ponte entre as várias gerações e es-
espertinhos que são, tem o hábito campanhas, ganhou folgadamen- círculos eleitorais, a pena que lhe citem dúvidas e condenações. paços do universo político de Mo-
de lhe colocar, nos olhos, o Movi- te, na mesma medida que o gosto coube foi ganhar as eleições de çambique de hoje, já que está em
mento Democrático de Moçambi- das ilegalidades se implantava no forma esmagadora. E a lista podia Mas não só isso, um Presidente posição de perceber as linguagens
que e seu candidato, como alvo a seu coração, uma vez que viu, com aumentar e os exemplos podiam da República tem que ser alguém e vocabulários dos dois principais
abater, para melhor, o distraírem e seus próprios olhos que o crime continuar, mas tudo vai no senti- cuja eleição não foi decidida, por campos políticos dominantes em
desfocá-lo da sua agenda política. compensa, ao ganhar a eleição, do de mostrar que estas coisas de exemplo, num dia, numa reunião Moçambique. Neste sentido, ele
Além do mais, não havendo uma sem problemas, nem reprimendas, violação à lei e da Constituição, polémica de duas centenas de não só simboliza a união e unida-
cessação formal dos confrontos ar- nem nada de nada, já que os injus- nesta pérola do Índico, traz bene- almas, caracterizado por golpes de dos moçambicanos, como tam-
mados, torna-se, simplesmente, tiçados, preferiram o silêncio, num fícios a quem as pratica. Por isso baixos e outras vergonhas indis- bém é a face visível da luta pela
impossível, ao líder da RENAMO, caso que requeria impugnação, não admira que certos candidatos critíveis. Deve, sim, um presiden- liberdade e Auto-determinação.
aparecer e preparar o pleito elei- anulação e repetição do acto eleito- e seus mentores as pratiquem de te da República ser alguém cuja Insigne representante de uma
toral. A ideia aqui, será, libertá-lo, ral, para repor a verdade dos factos. forma reiterada e quase obsessiva. eleição ou nomeação resulta de nova geração de moçambicanos
fora de hora, quando já não existir Na verdade, a partir do momen- Mas eu creio e muitos homens e um consenso alargado da popu- que quer afirmar-se pela ousadia
hipóteses reais para uma compe- to que foi reconhecido o direito de mulheres, jovens e velhos, também lação que se vai construindo ao e capacidade empreendedora, é
tição leal, justa e equilibrada. Ali- os outros concorrentes participar acreditam que o tempo da impuni- longo dos anos, como aconteceu um exemplo vivo daquilo que um
ás, esta técnica já foi usada e com do pleito, também devia ter sido dade está a esgotar-se. Crêem que com Mandela e com Obama, no homem é capaz de ser e fazer, na
que sucesso, quando candidatos de reconhecido o direito de os possí- candidatos e seus mentores que re- segundo Mandato. Um consenso medida em que não só concedeu e
peso, como Luísa Diogo e Aires veis concorrentes dispor de igual correm, de forma premeditada, me- que nasce da visão dos seus feitos,
Ali, foram eliminados pela Comis- período para preparar suas can- tódica e repetitiva ao expediente do quer no que tange a gestão da coisa (Continua na página seguinte)
Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014 9
Opinião
Direitos Fundamentais
Nova economia
Por: Amade Camal
No passado fomos impedidos de participar na governação (...) Pós Independência fomos restringidos de reflectir
(...) Hoje somos afastados pela classe dirigente, que não tem capacidade de diálogo, não tem vontade e respeito
pelas leis e pelo povo (...)Não é possível continuarmos a governar o país como se fazia há 50 anos.
No passado fomos (moçam- cos, alimentares e energéticos. Moçambique é um desses como a independência do país. tes, gabinetes de estudos, fórums
bicanos) impedidos de partici- Uma grande parte dos inves- destinos do SWF particular- Cada geração terá o seu gran- científicos, debate público, a que
par na governação pelo sistema timentos estratégicos (recursos mente devido aos recursos de desafio e o seu momento de os americanos chamam “Con-
colonial. Pós Independência fo- minerais, terra arável e poten- energéticos, minerais, hídricos, glória. Heróis haverão outros selho Nacional de Inovação”.
mos restringidos de reflectir por cialidades hídricas) estão a ser e potencialidades agrícolas. e muitos em todas as épocas. O Governo não deve ter receio
causa dos blocos da guerra fria. investidos (comprados) entre Porém não se conhece alguma Não é possível continuar- da opinião diversificada, crítica,
Hoje somos afastados pela classe outros, maioritariamente através estratégica nacional para fazer mos a governar o país como se ou até contrária. Os “pensadores”
dirigente, que não tem capacida- de fundos soberanos SWF- Sove- face aos novos desafios. Apreen- fazia há 50 anos. Não é pos- devem ser livres de processar
de de diálogo, não tem vontade reing Wealth Funds (capitais per- di que os menos desenvolvidos sível continuar a negociar re- ideias, debatê-las, amadurecê-las
e respeito pelas leis e pelo povo. tencentes a tesouros de países). não devem refutar as moderni- cursos estratégicos como ne- nos diferentes estágios. Pelo con-
Porém no que diz respeito ao seu Em outras palavras muitos dades tecnológicas . Pelo con- goceiam-se bens de consumo. trário, o Governo deve incenti-
“enriquecimento” estes dirigen- investimentos das multinacio- trário devem usá-las a seu favor. Não é possível continuarmos var isso apoiando e valorizando.
tes independentemente das alas nais são efectuados com capitais Mas neste momento o Gover- a governar sem acrescentar Moçambique preci-
ou partidos, partilham consensos. de origem SWF “estatais” uma no contínua a abordar os grandes valor nas riquezas primárias: sa de um Estado inter-
modernidade de empresas esta- investimentos como antigamen- Agro-industrias, indústria ma- ventor nos investimentos.
Os bons governos posicio- tais viradas para o estrangeiro . te: Alguém tem capital, descobre deireira, têxteis, industria de Não nos deixemos emba-
nam-se para as grandes mu- São através destes fundos oportunidades ou recursos es- refinaria de gás e redes de dis- lar com a escola do “capital
danças mundiais em curso, no- (centenas de triliões de USD) cassos, tem acesso a tecnologia, tribuição, aproveitamento do liberal” porque os pais des-
meadamente pela falência do que se compram empresas es- tem mercado e vem empreender carvão nas diversas indústrias sa teoria também apostaram
capitalismo selvagem na sua tratégicas – distribuidoras de na expectativa de gerar lucros. siderúrgicas e produção de no “Capitalismo de Estado”.
forma tradicional ocidental (au- água públicas, produtoras e energia e energéticos, Industria As grandes empresas como
to-regulação), e naturalmente o distribuidoras de energia, se- Os grandes investidores da de lapidação de pedras semi- a Mozal, Sasol, Vale, Rio Tin-
empobrecimento das suas eco- guradoras, bancos, provedoras actualidade SWF têm muito -preciosas e preciosas, industrias to, Indian Coal, Mitsui, Ana-
nomias. Como consequência o de telecomunicações, reservas mais razões para os seus inves- de produção de mosaicos de darko e Eni, são empresas com
eixo do poder retorna ao Oriente. minerais, grandes porções de timentos além dos investidores mármore e granitos, industrias capitais Estatais dissimulados
Essa transferência do poder terra arável, barragens, etc. tradicionais: Reservar recursos, de aproveitamento de produtos através de empresas públi-
é forçada pelo novo-eixo, fun- Parte considerável destes posicionarem-se geo-estrate- do mar com valor acrescenta- cas, fundos de investimento,
damentalmente pela cultura grandes investimentos em Mo- gicamente, beneficiarem-se da do, industria de turismo, etc. bolsas de valores, etc., etc.
da - Preservação da paz, esta- çambique, são com capitais das onda de crescimento dos países O mundo caminha para um
bilidade política, justiça social, SWF – As multinacionais apre- em desenvolvimento, expor- mercado competitivo de forma É altura dos moçambicanos
capacidade de gerar riqueza, sentam propostas atractivas e os tarem tecnologia, exportarem agressiva nas matérias-primas, juntarem-se e criarem uma cul-
de reter riqueza sustentável, SWF (fundos soberanos) dis- recursos humanos, e condicio- recursos hídricos, produção de tura de consenso, para não per-
e investir permanentemen- ponibilizam os capitais com ga- nar o nosso desenvolvimento alimentos e hidrocarbonetos. dermos de vista o fundamental:
te, e a médio e longo prazo: rantia de um retorno generoso. através da sub-facturaçāo, etc. Alguns países compram recur- A paz, estabilidade, retenção
1- Investimentos permanentes Este novo modelo de “em- Um país bem governado deve sos naturais (matérias-primas, de riqueza para construção de
serão – na Paz, Educação e Saúde; presas estatais” espera-se que prever tendências da evolução, hidrocarbonetos e outros ) en- um estado forte e sustentável.
2- Investimentos a mé- nos próximos 10 anos repre- estudá-las, desenvolver planos, quanto possuem os seus recur- Desafio os nossos académi-
dio prazo serão – nas insti- sentem capitais equivalentes estratégias, com o objetivo de sos mas mantém-nos como suas cos e Autoridade Tributária a
tuições de Segurança Públi- a 20% da capitalização mun- preservar as suas riquezas, e va- reservas estratégicas. É o caso calcularem quanto perdemos
ca, Justiça, e Democracia; dial. E este volume de capi- lorizá-las de forma sustentável. dos EUA, CHINA , NORUE- de receita nos valores (sem re-
3- Investimentos a longo pra- tais demonstra o seu enorme Nenhuma geração tem o di- GA e muitos outros. Porquê? – ferencia oficial) da exportaçāo
zo serão – Capitalização os re- poder se considerarmos que reito de usurpar as riquezas Porque estes países produzem dos recursos naturais!
cursos humanos, dos recursos em 2007 o SWF mundial equi- do ESTADO. A preservação “pensamento” através das suas A luta continua, (Canal de
naturais, particularmente hídri- valia 700 mil milhões de USD. dessa riqueza é tão importante academias, serviços inteligen- Moçambique)
ajudou a construir uma identidade encarna o espírito do novo Moçam- tradições do nosso povo que trans- Inconformado e sonhador, Tra- É neste sentido, que Davis, o
própria para uma cidade, como bique, da juventude rebelde e altiva parece quando caminha e corre, balhador e Solidário, Líder e Ci- nosso Daviz, deve merecer o apoio
também para um partido, mas so- que cresce e se desenvolve nas nos- lado a lado, com os mais peque- dadão Comum, me parece, que de todos e todos em uníssono di-
bretudo, para uma juventude que sas cidades e que abraçou as novas nos e simples cidadão; quando de aglutinando em si, qualidades su- gamos em bom som, para que
recusa aceitar e crer que o destino tecnologias e redes sociais, as no- município em município, de palmo periores e contrastantes entre si, todos oiçam, Ele é o candidato da
de Moçambique foi, definitiva- vas tendências mundiais e quer em palmo, luta e reclama a autar- inspira quem dele se aproxima, Esperança, Ele, Daviz Simango
mente, inscrito, na Tanzânia ou em afirmar em África e no mundo, um quia e governo local, base e alicer- conforta quem o divisa de longe; é o candidato do Povo, do Povo
qualquer outra aldeia perdida nas Moçambique Moderno e Próspero. ce da soberania e auto-determina- ampara os desanimados e precede Moçambicano. É, em última aná-
Matas de Madjedje. Pelo contrário Amante da simplicidade e das ção de qualquer povo civilizado. os campeões e empreendedores. lise, a única Esperança do Povo.
10 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Análise
Moçambique está a conhecer campanhas eleitorais, que antece- Nota-se, deste modo, que, em e “partidária” constituem um cam- ou “partidarizados” , apesar de
uma nova etapa da sua história dem as eleições, durante as quais Moçambique, o sucesso da comu- po de batalha para os políticos. Os serem um importante instrumen-
eleitoral e de governação. Depois os candidatos tentam convencer nicação política tem que passar media “não partidários” traduzem- to de mobilização, especialmente
de quatro mandatos liderados os eleitores a votarem neles, uti- pela via óbvia dos media, especial- -se num espaço de grande disputa dos militantes e simpatizantes dos
pela Frelimo, com dois dos seus lizando todos os meios de persu- mente dos canais de informação para os políticos; são de difícil partidos políticos, têm uma quali-
presidentes históricos – Joaquim asão possíveis, e realizando um públicos, que têm maior impacto, acesso, excepto quando é para fa- dade reduzida comparativamente
Chissano e Armando Guebuza, conjunto de acções específicas. mas também por uma melhoria zer “propaganda”. Mas a credibili- aos media “independentes”. A efi-
o seu Comité Central apresentou As actividades das campanhas da comunicação política, o que dade da informação é questionada cácia desta forma de acção pode
um novo candidato para as pró- eleitorais podem tomar diversas passa por um maior investimento. pelo público, uma vez que estes ser conseguida com frequência
ximas eleições gerais marcadas formas, dependendo do contexto De notar que no processo de co- reconhecem que se trata de um pela via da publicidade e distribui-
para Outubro de 2014 – o ex- eleitoral. Nas democracias ociden- municação política ou marketing material de natureza publicitária ção de informativos gratuitos. No
-ministro da Defesa Nacional, tais, elas são essencialmente even- político das campanhas eleitorais, e não propriamente redactorial. entanto, a força destas mensagens
Filipe Nyusi – pouco popular, se tos mediáticos, devido, sobretudo, duas categorias de acções são pra- Com efeito, os políticos sabem transmitidas tem, do ponto de vis-
comparado aos seus mais direc- a grande expansão dos media. Nes- ticadas pelos políticos: i) “interac- que os media “independentes” são ta psicossocial, um valor simbóli-
tos candidatos: Afonso Dhlaka- sas democracias, o eleitorado pos- tivas”, em que os políticos intera- essenciais para transmitir suas in- co relativamente baixo, pois elas
ma, da Renamo, e Daviz Siman- sui um alto grau de informação e gem com seus eleitores, através do formações, porque permitem uma são distribuídas de forma impreci-
go, do MDM. Além disso, Filipe sofisticação política e a tomada de contacto directo com o grande pú- melhor comunicação. Por isso, sa, não são demandadas por parte
Nyusi foi eleito num ambiente decisão é feita depois da avaliação blico e determinados públicos-al- eles são forçados a recorrer a estra- de quem recebe a informação. Por
duma relativa tensão no seio da da informação respeitante aos can- vo, isto é, eles vão ao encontro do tégias de relações públicas e criati- isso, muitas das vezes essas mensa-
Frelimo e do público em geral. didatos concorrentes às eleições eleitor; e ii) “unidireccionais”, em vidade para garantir a parcialidade gens são descartadas pelo público.
Assim, a Frelimo poderá adop- (Dalton, 1996). Ao contrário, em que os políticos se servem mais desejada na cobertura mediática.
tar uma estratégia que consista democracias não desenvolvidas, dos meios de comunicação po- Parafraseando Maarek (2001, p. Mediatização e sentido dos
principalmente: i) na recuperação como é o caso de Moçambique, lítica, para uso interno e externo, 155), os media “independentes” discursos em campanhas
da imagem pública negativa re- embora o acesso aos media seja com a divulgação de brochuras, oferecem certas vantagens: i) to-
sultante da última governação; e baixo e pouco frequente, e exista folhetos, programas, manifestos, cam as percepções do público, que De acordo com Breton (1995),
ii) na construção de uma imagem um reduzido grau de sofisticação comunicados, e outros documen- habitualmente compra, vê e escuta a formação do discurso político
positiva, visível e notória, centra- política, a comunicação política, à tos e visualizações. Importa notar o jornal, a televisão e a rádio, res- em campanhas eleitorais pelos
da no seu novo candidato, ao nível volta das ideias, programas, ma- ainda que em ambas categorias, pectivamente; ii) têm credibilida- media obedece a duas condições
do partido e do país em geral. O nifestos, propostas e imagem dos os suportes de comunicação são de superior em relação aos media básicas: i) a “mediatização polí-
uso hábil, eficiente e eficaz dos partidos políticos e seus candida- imprescindíveis no processo de partidários; isso significa que um tica”; e ii) a “argumentação polí-
media – que têm já uma posição tos, passa pela utilização dos me- mobilização dos eleitores, além leitor fiel a um jornal “não parti- tica”. A “mediatização política”
balanceada em relação aos outros dia, que podem atrair o eleitorado. da boa utilização dos media para dário” dará maior importância a tem três funções: i) “transmissão
dois principais candidatos à gover- Assim, os políticos devem pro- fazer passar a mensagem polí- um comentário positivo sobre um da mensagem”, que é produto do
nação de Moçambique – pode ser curar transformar o seu discurso tica ao público (Maarek, 2001). candidato neste jornal ao invés de agendamento, de uma selecção e
um dos principais recursos para propagandístico em notícias, pois um editorial sobre o mesmo can- hierarquização feita pelo editor; ii)
a Frelimo conquistar a opinião a comunicação política quando é O jogo da mediatização política didato num jornal “partidário”. “encenação da mensagem”, que
pública e o eleitorado nas elei- difundida, através dos diferentes
ções gerais deste ano – um desa- suportes de comunicação, tem A mediatização “não partidária” Quanto aos media “partidários” (Continua na página seguinte)
fio para enfrentar nos sete meses maior visibilidade e notoriedade.
que restam para o jogo eleitoral. No caso de Moçambique, os
Este texto constitui uma breve media também têm a sua impor- Foto: Fernando Veloso Canal de Fotografia
reflexão teórica sobre o exercício tância na política. Um inquérito
que tem sido realizado pelos po- pós-eleitoral sobre formação do
líticos em campanhas eleitorais voto e comportamento eleitoral
para conquistar o voto, bem como dos moçambicanos nas eleições
a relação que estabelecem com os de 2004 revelou que, do conjun-
media, vistos como um dos mais to dos media, a rádio era o meio
importantes agentes no processo de comunicação mais abrangente
de formação do debate e da opi- (cobria 69% dos cidadãos). Entre
nião pública em relação às for- elas, a Rádio Moçambique (RM),
ças políticas na disputa eleitoral. empresa pública, detinha uma
audiência de 91%. A audiência
Importância dos media nas das outras rádios era praticamen-
campanhas eleitorais te simbólica, sendo 4% para as
rádios comunitárias e também
A eleição dos governantes de 4% para outras. Os outros media
um Estado constitui um dos pro- detinham um espaço de actuação
cessos mais decisivos do funcio- reduzido: a televisão com 10% de
namento das democracias mo- audiência diária, enquanto a leitura
dernas. É a oportunidade que os diária de jornais ou revistas era de
cidadãos têm de escolher o candi- 4%. Mas a maior audiência era re-
dato que oferece o melhor e o mais servada igualmente aos media pú-
ideal projecto político de governa- blicos: Televisão de Moçambique
ção para o povo e o país. No pro- (TVM), com 96%, e jornal Notí-
cesso eleitoral, são observadas as cias, 72% (De Brito et al., 2005).
Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014 11
Análise
(Continuação da página anterior)
corresponde a mudança inicial mobilização da população como communication politique. Hér- content.eisa.org.za/pdf/cnep.pdf Politique. Paris: LITEC.
da mensagem, através de crité- a chave para a vitória eleitoral. mes, 17-18(3), 321–334. Flowers, J., Haynes, A., & Cres- Semetko, H., Blumler, J., Gure-
rios próprios do jornalista, que a Dalton, R. (1996). Citizen Poli- pin, M. (2003). The Media, the vitch, M., Weaver, D., Barkin, S.,
transforma e a recria; e iii) “co- Além disso, a cobertura me- tics: Public Opinion and Political Campaign and the Message. Ame- & Wilhoit, C. (1995). The Forma-
mentários do discurso”, que têm diática tende a ser favorável ou Parties in Advanced Industrial rican Journal of Political Science, tion of Campaign Agendas in the
um duplo imperativo – o primei- desfavorável às forças políticas Democracies. New Jersey: House 47(2), 259–273. United States and Britain. In Me-
ro, “pedagógico”, porque ajuda envolvidas nas campanhas elei- Publisher. Lima, F. (2000). Os Media em dia Power in Politics (Doris Gra-
a entender o que o político quer torais e os cidadãos são mobi- De Brito, L., Pereira, J., Do Ro- Moçambique. In Pluralismo da ber., pp. 204–210). Washington
transmitir; e, o segundo, “expli- lizados pela perspectiva que os sário, D., & Manuel, S. (2005). Informação nos PALOP (Sophie D.C: CQ Press.
cativo”, pois contextualiza o dis- media dão aos acontecimentos. Formação do Voto e Comporta- Nick & Fafali Koudawo., pp.
curso político e dá-lhe um sentido Os partidos políticos terão que mento Eleitoral dos Moçambica- 127–190). Paris: Princípia. Tudesq, A.-J. (1999). Les mé-
(Debray citado por Breton, 1995, desenhar estratégias para definir nos em 2004 (pp. 1–30). Maputo: Maarek, P. (2001). Communi- dias en Afrique. Paris: Ellip-
p. 327). Entretanto, estas três fun- as agendas dos media com a in- EISA. Retrieved from http://www. cation et Marketing de l’Homme ses. (Canal de Moçambique)
ções geram uma contradição. Por tenção de conquistar o eleitorado.
um lado, os jornalistas afirmam o Segundo Semetko et al. (1995, p. publicidade
seu direito de “comentar” e “en- 207), a estruturação da agenda dos
cenar” a mensagem política de media depende maioritariamente
acordo com as suas próprias re- da força do sistema político, da
gras, por outro, essa legitimidade é diferenciação do nível de compe-
contestada pelos políticos, porque, titividade política entre as forças
para eles, os media devem garan- envolvidas no processo, do grau
tir a integridade da mensagem de profissionalização da campa- de Moçambique
política transmitida ao público. nha e das diferenças culturais.
Ela depende também do tipo
Por sua vez, do ponto de vista de propriedade dos media, sua
da “argumentação política”, as três ideologia, seu estatuto, suas nor-
funções de “mediatização política” mas de equilíbrio, objectivida-
são encaradas como sendo meras de, das regras do espaço, e das
técnicas secundárias. Elas não po- crenças pessoais dos jornalistas.
dem constituir um problema para
os políticos, pois estes constroem Portanto, a relação entre “media
JORNALISTAS e REVISORES
os seus argumentos de forma pla- e campanhas eleitorais” assume
neada, especificando a “pequena diversas formas. Os media têm
frase” para ser considerada pelos discursos próprios e simpatias
jornalistas no processo de media- com relação aos candidatos envol-
tização, ou seja, os discursos de vidos na campanha eleitoral; in-
um bom político são estruturados fluenciam, constroem e divulgam
para manipular os jornalistas, pelo a sua imagem e seus discursos,
que, no final, eles acabam transmi- promovendo o debate eleitoral. Da
tindo propositadamente ao grande mesma forma, os políticos tentam
público, através de suas acções e conquistar as agendas dos media
palavras, a mensagem pretendida. para que a sua “propaganda” seja
Relativamente ao sentido da efectivamente difundida. A cam-
campanha eleitoral nos media, panha eleitoral rumo às eleições
Flowers et al. (2003, p. 260) refe- de Outubro constitui, então, um
rem que qualquer cobertura medi- desafio importante – tanto para
ática da campanha eleitoral tende Frelimo e seu novo candidato,
a ser justificada pela “acentuação bem como para a Renamo e o seu
e dramatização” das informações líder, assim como para o MDM
e pelo “conflito guiado”. Conse- e o seu candidato presidencial, e
quentemente, o foco dos media para os outros partidos e candida-
tende a ser caracterizado por dis- tos, do ponto de vista da formação
putas, ataques e escândalos. Se- da consciência do voto, pelo que
gundo estes autores, a teoria da o “vencedor” resultará em parte
comunicação política reconhece da habilidade, eficiência e eficácia
duas categorias de mensagens que tiver para passar sua imagem
dominantes em campanhas elei- e mensagem através dos media.
torais: a “competitiva” e as “subs- A “Canal i, Lda.” proprietária dos jornais Canal de Moçambique (Semanário) e
tanciais”. Se os media adoptam NOTAS de Rodapé:
a primeira, o candidato em ques- Canalmoz (Diário Digital), ambos editados em Maputo-Cidade, está a recrutar
tão ganha credibilidade (no caso No caso de Moçambique, tais pessoal para preenchimento de vagas no seu quadro de pessoal, em Maputo e
de uma mensagem positiva), ou media são na sua maioria “pú- províncias, pelo que convida os interessados a submeterem os seus CV´s para
pode ver sua imagem denegrida blicos”, pois são financiados ambos endereços email que se informam: canalmoz.dg@gmail.com e veloso.
(no caso de uma mensagem ne- por empresas do Estado (e.g., f2@gmail.com
gativa). Deste modo, a posição Banco de Moçambique e EMO-
competitiva tem uma filosofia de SE), pelo que são considerados As vagas para jornalistas são em Maputo, Lichinga, Xai-Xai, Quelimane,
guerra e desafio frontal entre os como órgãos “oficiais” do Esta- Tete, Chimoio, Beira e Pemba.
candidatos. Por sua vez, a segunda do (Lima, 2000; Tudesq, 1999).
posição consiste na utilização do As vagas para revisores de língua portuguesa são em Maputo.
conceito de marketing comercial Referências
e observa a campanha eleitoral em
termos absolutos e não em termos Breton, P. (1995). Médias, mé- Agradece-se que os candidatos indiquem as formas de poderem ser con-
de ganhos relativos. Ela é identi- diation, démocratie : pour une tactados telefonicamente.
ficada pela definição de alvos e épistémologie des sciences de la
12 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Nacional
Balanço das Eleições Autárquicas
Entre jovens
Nacional
Liberalização do transporte aéreo
publicidade
14 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Nacional
publicidade
Anuncie no
Contacte-nos:
canal.i.canalmoz@gmail.com ou
Telefone: (+258) 823672025| (+258) 842120415| (+258) 828405012
Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014 15
Nacional
Análise
Análise
tes-empresários passaram a usar ganhou as eleições presidenciais para promover o desenvolvimen- país como Moçambique, com um apoiam diretamente o Orçamento
sistematicamente o seu poder em 2006, e desde que se começou to, não é corroborada pelos fac- passado recente de colonização, o do Estado moçambicano -, nem
público para isentar as próprias a falar das descobertas de jazigos tos. De facto, depois de 38 anos recurso sistemático à importação os jornalistas a denunciar o es-
empresas e serviços do pagamen- de vários minérios e hidrocar- de independência o país continua de mão-de-obra especializada cândalo EMATUM e a exigir ao
to dos devidos impostos e taxas bonetos, começaram também a a importar mão-de-obra especiali- pode dar a impressão que o mo- Governo uma explicação sobre a
que seriam, depois, empregues nascer (a ritmo de cogumelo no zada para qualquer tipo de projeto çambicano só serve para serviços operação de 850 milhões de euros
no financiamento dos projetos tempo chuvoso) muitas empre- económico. E os nossos muitos não especializados; só serve para que viabilizou mais uma daque-
de interesse coletivo, realizando, sas como a Insitec, a Whatana Senhores “Doutores” e “Licen- carregar sacos e amassar cimen- las empresas equiparáveis às que
por essa via, a redistribuição da Investiment Group, a Madeiras ciados”, formados nas nossas uni- to nas obras de construção civil. já analisamos precedentemente.
riqueza e a redução da pobreza. Nangade, a Madeiras Rovuma, versidades, onde estão? Eles ser- Se a atividade empreendedora e Seria a AR a assumir o dever de
a NewPalm International, a Nor- vem só para preencher os cargos o bem-estar continuarem asso- denunciar este escândalo e abrir
O futuro deste tipo de governa- thern Development Corridor subalternos e para fazer serviços ciados unicamente com os es- os devidos processos penais des-
ção, Sr Comiche, não é, e nunca (NDC), a Epsilon Invesimentos que não exigem a especialização trangeiros e a elite política, pode tinados a esclarecer o caso. Por
pode ser – como o senhor diz – a SA, a Afrimineral, a Mozvest Mi- porque o seu nível de formação parecer que o moçambicano é conseguinte, para a viabilização
redução da pobreza. Este tipo de ning, a Vindigo SA, a CM Kin- está aquém das exigências da es- incapaz de ascender do grau so- da empresa EMATUM, o execu-
economia cria, sim, um cresci- gjee Real Estate, a Intelec Hol- pecialização. Em 38 anos, a prio- cial com o próprio trabalho; que tivo, além de ter violado a Lei do
mento económico, mas não re- dings, a Conjane Ltd, e muitas ridade atribuída pelo Governo da o único modo para o moçambi- Procurement (Decreto 15/2010,
duz a pobreza. De facto, esta é a outras empresas e serviços cujo Frelimo aos sectores de educação cano acumular riqueza é entrar de 24 de Maio), contraiu uma
atual situação de Moçambique. objetivo é prestar serviços ou ca- e saúde, visando combater a po- na política, onde não se exige dívida que afeta gravemente o
Os milionários-empresários que çar participações e parcerias nas breza e promover o desenvolvi- “nenhum” trabalho ou esforço. Orçamento do Estado e, não obs-
– como Valentina Guebuza e Mi- multinacionais operantes na área mento, foi só a nível dos discur- tante a empresa seja de interesse
guel Guebuza – surgiram como dos minérios e hidrocarbonetos. sos oficiais. A perceção coletiva Como se a humilhação diri- privado, a fatura foi paga pelo Es-
praga, de um dia para o outro, Estas empresas – todas elas liga- gida particularmente ao deputa- tado. Todas estas operações foram
vão tornando-se cada vez mais das à nomenklatura do partido, do “mau aluno” não bastasse, o realizadas sem o sindicato da AR
ricos enquanto o resto da popu- como Armando Guebuza, Alber- “E, as multinacionais, deputado Comiche acusa toda a e este órgão, como um cão des-
lação está cada vez mais pobre. to Chipande, Valentina Guebuza, oposição de não saber exercer o dentado, continua a assistir im-
Confesso com amargura que Miguel Guebuza, José Pacheco,
para compensar o que seu papel de opositora. Todavia, potentemente o triste espetáculo.
não percebo que mensagem o Alcinda Abreu, Esperança Bias, atribuem aos falsos ele reconhece também que “como
deputado Comiche tenta fazer Fernando Sumbane, Rosário acionistas, não pagam órgão fiscalizador, a AR [e não só Se a nossa AR fosse, efetiva-
veicular quando diz que a filo- Mualeia, Graça Machel, Maria a oposição] garante a função polí- mente, um órgão fiscalizador
sofia económica esposada pelo Pachinuapa, Abdul Carimo Issa, os impostos e pagam tica de controlo das atividades das – como pretende o deputado
Governo da Frelimo é aquela de Fernando Couto, Raimundo Pa- salários magros aos instituições, verificando o respeito Comiche – não precisaríamos
gerar a riqueza capaz de com- chinuapa, Abdul Magid Osman, pela Lei e pelo interesse público”. do Professor da Universidade
bater a pobreza, sabendo muito José Mateus Kathupa, Henriques
trabalhadores Precisamente neste tipo de frases da África do Sul (UNISA), An-
bem que esse mesmo Governo Lagos Lidimo, Salésio Teodoro moçambicanos. reside a contradição entre a figura dré Thomashausen, para saber
explora a condição de indigência Nalyambiapano, Tomé Eduardo, Os altos dirigentes de Eneas da Conceição Comiche, que a guerra que, há quase um
dos moçambicanos para angariar Anastásio Salvador Mtumuke, apresentado pelo Movimento de ano, o Governo de Moçambique
fundos que são, depois, utilizados David Simango e outros – usam do governo, sendo Cidadãos pela Candidatura de move contra os homens armados
para sustentar os colossais venci- as efluências políticas dos seus cúmplices daquele Eneas Comiche à Presidência da Renamo viola as leis interna-
mentos, privilégios e luxo dos di- proprietários para garantir-se como um homem íntegro, e a sua cionais, por não ter sido formal-
rigentes. Será que o Sr Comiche vantagens competitivas e por
comportamento das afirmação de uma proposição fal- mente feita uma declaração do
ignora que a dívida externa que é isso são elas que cada vez mais multinacionais, não sa como se fosse verdadeira. De Estado de Sítio, e pela utilização
contraída em nome da luta contra dominam o cenário económico são capazes de facto, nos sistemas democráticos, de armas de destruição maciça
a pobreza é usada principalmen- nacional. E como pela natureza a AR é dotada de poder de con- da parte das FADM. E mesmo
te, não para financiar os projetos em si das coisas nenhum polícia fazer valer a lei” trolar a atividade do executivo e depois desta advertência do Prof.
de desenvolvimento, mas para impede ou neutraliza as próprias garantir o respeito pela Lei. Mas Thomashausen, o Parlamento
sustentar o fausto dos dirigentes? intenções de fazer um assalto, os o que se assiste no comportamen- moçambicano continua a assistir
dirigentes-empresários não po- sempre considerou estes dois sec- to do Parlamento moçambicano é impávido o uso de armas de des-
Não sou um economista, e mes- dem impedir o furto perpetrado tores negligenciados e margina- precisamente o contrário daquilo truição maciça pelas FADM e a
mo que tentasse estudar econo- pelas suas empresas ao Estado. lizados. Os próprios dirigentes que é afirmado pelo deputado tragédia das mortes não anuncia-
mia acho que dificilmente pode- do partido reconhecem que estes Comiche. A opinião que se tem, das e das populações deslocadas.
ria chegar ao nível do economista åAlém das vantagens compe- sectores estão negligenciados e é a nível interno e externo, do Par-
Eneas Comiche. Todavia, julgo titivas, na maioria dos casos, este por isso que os seus herdeiros (os lamento moçambicano é de um O prestígio e a credibilidade
que a materialização da expectati- tipo de empresas não compra; seus filhos) no controlo do poder órgão subordinado ao executivo, que o Sr Comiche tem nos olhos
va e esperança do melhoramento negocia as suas ações ou quotas e da economia moçambicana não cuja função é limitada na conver- de muitos moçambicanos, em vez
do bem-estar dos cidadãos, graça de participação. E, as multina- frequentas as universidades mo- são dos Decretos e propostas de de ser utilizados para influenciar
à exploração dos recursos natu- cionais, para compensar o que çambicanas. O imaginário coleti- Lei que interessam o executivo. a opinião pública na promoção
rais do país não é uma questão só atribuem aos falsos acionistas, vo, fazendo uma apreciação com- Se assim não fosse, todos os des- da imagem do partido, acho que
de tempo material. Não será por não pagam os impostos e pagam parada entre a precariedade nos mandos acima referidos teriam far-se-iam deles melhor uso se
simples facto que a partir de 2020 salários magros aos trabalha- sectores de educação e saúde, e merecido a atenção do Parlamen- fossem aplicados para advertir
Moçambique será um dos maio- dores moçambicanos. Os altos o fausto ostentado pela classe di- to. Além disso, o investimento que a exploração insustentável
res exportadores de gás natural dirigentes do governo, sendo rigente, suspeita que os recursos nos sectores de educação e saú- dos recursos naturais e o aumento
que, automaticamente, a partir cúmplices daquele comporta- que deviam servir para melhorar de não se teria limitado só nos da desigualdade na distribuição
desse mesmo ano começará a atu- mento das multinacionais, não a qualidade do ensino e promo- discursos oficiais. No momento de renda poderá provocar um co-
ar-se a desejada redistribuição da são capazes de fazer valer a lei. ver o desenvolvimento social, da aprovação do Orçamento do lapso coletivo. Se esta mensagem
riqueza e a redução da pobreza. O são os mesmos que são drena- Estado a AR poderia condenar o fosse veiculada por um homem
que se pode esperar que se reali- A afirmação feita pelo depu- dos para financiar as mordomias. estilo de vida faraónico da clas- como Comiche que, tendo tido
ze em 2020, ou depois, depende tado Comiche, segundo a qual o se dirigente e exigiria o aumento (ou tendo) a possibilidade de lapi-
daquilo que é feito hoje ou vem Governo da Frelimo, enquanto O pior é que a política econó- percentual dos recursos destina- dar o erário público não o fez por
sendo feito desde a descoberta agente económico, faz investi- mica que privilegia a mordomia dos aos dois principais sectores razões de consciência, acredito
dos jazigos. Melhor do que eu, o mentos em infraestruturas como dos dirigentes, em detrimento da da vida pública. Não seriam nem que mesmo os corações mais du-
deputado Comiche sabe que des- escolas, hospitais e universida- qualidade do ensino poderá ter os Parceiros de Apoio Progra- ros do partido poderiam conver-
de que Armando Emílio Guebuza des, como fatores que contribuem consequências desastrosas. Um mático (PAP) – os doadores que ter-se. (Canal de Moçambique)
18 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Nacional
Código Penal
Alfândegas apreendem
blindados da ONU
A Autoridade Tributária de tivo desembaraço aduaneiro documento que “temos vin-
Moçambique (AT) apreen- de mercadorias”, lê-se no do a citar que estão em curso
deu os 16 blindados da Or- documento da AT que refe- diligências junto de institui-
ganização das Nações Uni- re que no alvará da empresa ções como Procuradoria-Ge-
das (ONU) importados da apenas se diz que a compa- ral da República, Ministérios
África do Sul e que circula- nhia faz montagem de viatu- dos Negócios Estrangeiros,
vam em Maputo e Matola, ras e não faz menção que se da Defesa e do Interior e
tendo como destino o Mali, tratam de viaturas militares. das próprias Nações Uni-
no âmbito da missão de paz. A empresa submeteu à Fron- das para esclarecimentos”.
teira de Ressano Garcia Mani-
Segundo um documento da festo de carga e teve a respec- OTT TECHNOLOGIE
AT, a empresa que está à fren- tiva guia, só que depois não se Moçambique reconhece que
te da importação e envio das apresentou às alfândegas, ten- violou a lei
viaturas, denominada OTT do feito a descarga directa nas
TECHNOLOGIE Moçam- suas instalações na Matola. Num comunicado emitido
bique, não observou os pro- Tal procedimento, segundo a esta segunda-feira, a OTT TE-
cedimentos aduaneiros pre- Autoridade Tributária, viola o CHNOLOGIE Moçambique ção. No comunicado que é ao Estado moçambicano e
vistos na legislação vigente. regulamento de desembaraço reconhece que não apresentou assinado pelo respectivo di- diz que tudo se deveu a uma
“Não se apresentou na ins- aduaneiro de mercadorias. A a mercadoria (os blindados) rector-geral, Clive Lewis, “confusão” da responsabili-
tância aduaneira para o efec- Autoridade Tributária diz no para desembaraço e inspec- a empresa pede desculpas dade da empresa. (Redacção)
Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014 19
Nacional
não pagas algo aos funcionários tradas no interior dos bairros. Presidente do Município de Tete
do conselho municipal não vais Bairros em expansão como Chi- promete resolver os problemas.
ter nada, esperamos que o cenário madzi e Samora Machel, quase No seu discurso, por ocasião da
mude com o novo edil eleito re- que não têm estradas. “O conselho cerimónia, o edil de Tete, Celesti-
centemente”, conta Carlos Ismael. municipal abandonou o seu papel no Checanhaza, reconheceu que
Juvêncio António, outro muní- de resolver este problema, cons- houve graves erros na expansão
cipe, diz que a situação geral da ci- truímos casas aqui, mas não temos dos novos bairros, mas disse que
dade não é nada boa e espera que como andar com nossas viaturas. este e vários problemas serão re-
o cenário mude com os novos ór- Não existem estradas aqui”, lamen- solvidos no seu mandato. “A nossa
gãos. “Com a tomada de posse do ta Carlos Mussa, outro munícipe. prioridade é resolver a questão da
novo edil de Tete, esperamos ve- urbanização e construção, não po-
rificar melhorias, principalmente Em finais do ano passado a edi- demos conviver com este cenário,
na questão da atribuição de terra, lidade prometeu meter máquinas assim como está. São vários desa-
onde há muitos relatos de corrup- para trabalhar nestes dois bair- fios, desde água, estradas, urbani-
ção e tráfico de influência”, contou. ros em expansão, mas até aqui zação, recolha de lixo, entre ou-
O crónico problema das es- não passou de simples promessa. tros”. (Canal de Moçambique)
Em Sofala
Nacional
Matema, em Tete
Ciência e Tecnologia
de Moçambique Assinaturas
Destino Período de Contrato Período de Contrato Período de Contrato
Desporto
Organizado pela Casa de Moçambique em Portugal
Desporto
“Moçambola-2014”
Município de Maputo
Resultados da 1ª jornada
Barcelona 3 - R.Magoanine 1
Babalaza 3 - Magoanine B 2
Cláudio Saúte te à criminalidade nestes bair- organizadora, disse que devido ADV 1 - Romão 2
ros, uma vez que junta todo o aos jogos da copa há menos co-
A “Copa Magoanine”, um tipo de gente aos domingos. metimento de crime nestes bair- Guavi 1 - Musuazi 1
dos campeonatos recreativos No total, serão realizados ros. “Até os criminosos andam
mais competitivos nos bairros 306 jogos e deverá terminar na aqui connosco, então, não se dão Sessimuka 2 - AFC 2
da cidade de Maputo, arrancou segunda semana de Dezem- nem tempo de praticar as suas ac-
no último domingo envolven- bro. No meio, será interrompi- ções. Os criminosos se ocupam Magoanine A 3 - Albazine 1
do 18 equipas dos bairros de do para dar lugar aos jogos da com o futebol e esquecem-se das
Amigos de Infância 1 - Mateque FC 4
Magoanine, Romão, Mateque, Taça-Magoanine” a ser patro- suas acções. A zona fica livre
Albazine e Guava. Esta prova cinado por Osvaldo Nguiraze. do crime. Com a copa, ganha-
Espírito Santo 0 - Espinhosa 1
é usada como meio de comba- Cardoso Sendela, da comissão mos mais amizades. Algumas
24 Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014
Economia e Empresas
Cahora Bassa é nossa (?)
Economia e Empresas
Em 2013
Rio Tinto fez negócios
de cerca de USD 295
milhões com empresas
moçambicanas
A Rio Tinto Coal Moçam- comparado com os gastos do
bique (RTCM) gastou no ano ano anterior. Em 2012, a Rio
passado cerca de 295 milhões Tinto gastou cerca de 250 mi-
de dólares norte-americanos em lhões de dólares em negó-
negócios com empresas mo- cios com fornecedores locais.
çambicanas em diversas áreas Segundo Pedro Sacadura Bot-
como construções, equipamen- te, director de Finanças e direc-
tos, combustíveis, transporte de tor-geral de Relações Externas da
carvão, transporte de pessoal, RTCM, “ a Rio Tinto está com-
serviços de segurança, catering, prometida com o desenvolvimen-
serviços de consultoria, mate- to do empresariado local, uma
rial de escritório, entre outros. das alavancas essenciais para
O montante representa um o desenvolvimento sustentável
incremento de mais de 15% de Moçambique”. (Redacção)
Economia e Empresas
Millennium
bim considerado
melhor banco de
Moçambique
Raimundo Moiane ao cliente, preçário competi-
tivo e inovação na promoção
O Millennium bim acaba de novos produtos e serviços.
de ser eleito pela quinta vez O júri da “Global Finan-
consecutiva “melhor banco ce” é constituído pelo con-
comercial de Moçambique”. junto dos seus editores inter-
O galardão foi atribuído nacionais que sustentam a
pela revista “Global Finan- sua avaliação apoiados num
ce”, considerada como uma painel de analistas financei-
referência internacional no ros, consultores e gestores
que a informação dos mer- de topo do sector bancário.
cados financeiros e análise De forma a elevar os ní-
do sector bancário encerra. veis de rigor e confiança do
Os critérios de avaliação para prémio, a revista promoveu
a atribuição deste prémio assen- este ano, pela primeira vez,
tam nos indicadores de cresci- uma votação por parte dos
mento de Activo, rentabilidade, seus leitores institucionais.
relações estratégicas, serviço (Canal de Moçambique)
Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 26 de Março de 2014 27
Internacional
Internacional
Internacional
Cultura
Cultura
de Moçambique
e em todas as províncias do país que estejam interessados
em revender o jornal Canal de Moçambique.
Os interessados deverão contactar os nossos serviços
comerciais por email: veloso.f2@gmail.com ou por
telefone: 82 3672025 | 84 2120415 | 82 8405012
Av. Samora Machel nº11 | Prédio Fonte Azul, 2º andar, Porta4 | canal.i.canalmoz@gmail.com