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Salinidade em ambiente protegido

Pedro R. F. de Medeiros1, Ênio F. de F. & Silva2 & Sergio N. Duarte1

1 Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”


2 Universidade Federal Rural de Pernambuco

Introdução
Causas mais frequentes e formas de controle da salinidade
Efeitos da salinização sobre o solo e as plantas
Controle da concentração da solução do solo
Controle da salinidade via lavagem de manutenção
Recuperação de solos afetados por sais
Referências

Manejo da salinidade na agricultura: Estudos básicos e aplicados


ISBN 978-85-7563-489-9

Fortaleza - CE
2010
Salinidade em ambiente protegido

INTRODUÇÃO profunda), falta de acompanhamento técnico (os próprios


agricultores tomam as decisões) e a falta de uma
A salinização é um tema discutido em todo o mundo, drenagem eficiente do solo. Este processo pode ocorrer
devido praticamente a seus efeitos sobre a produção de mesmo quando se irriga com água de boa qualidade, pois
alimentos e também sobre os recursos hídricos. Estudos na maioria das vezes, a maior parte dos sais é
têm apresentado resultados que justificam todos os proveniente do próprio solo, sais estes que se encontram
esforços sobre os seus efeitos, causas e origens da insolúveis por causa da falta de umidade.
salinização nos diferentes ambientes agrícolas. A salinização secundária pode ocorrer em função do
A salinização dos solos pode ter origem natural ou ser fato da água de irrigação ter uma qualidade inferior.
induzida pelo homem. Nas regiões úmidas não há Neste caso, mesmo se adotando um manejo adequado,
condições para formação natural de solos salinos, pois os a água pode ser fator limitante, principalmente para
sais no perfil do solo é intensamente lixiviado durante culturas mais sensíveis, como por exemplo, hortaliças
sua formação e alcançam os rios sendo depositados nos cultivadas em ambiente protegido.
oceanos. Exceções se fazem para as terras baixas ao Apesar dos avanços tecnológicos da agricultura
longo do litoral e para os deltas dos rios devido à ação do irrigada, milhões de hectares continuam sendo
lençol marinho. salinizados, comprometimento a produção rentáveis das
Nas regiões áridas e semiáridas os fatores áreas agrícolas. Grandes esforços vêm sendo realizados
potencializadores do processo de salinização, evaporação por profissionais de várias áreas do conhecimento, no
e transpiração, predominam sobre a precipitação. Assim, sentido de se avaliar, monitorar e manejar o efeito dos
águas carregadas de sais procedentes da meteorização sais no sistema água-solo-planta-atmosfera.
com lavagem deficiente se acumulam em depressões Segundo informações da FAO (2005) estima-se que
constituindo lençóis freáticos salinos. Por ascensão dos 250 milhões de hectares irrigados no mundo,
capilar esta água atinge a superfície do solo, evapora, aproximadamente 50 % já apresentem problemas de
deixando os sais na superfície. Este é o processo mais salinização e que 10 milhões de hectares sejam
comum de salinização natural ou primária; entretanto, abandonados anualmente, em virtude desse problema.
existem outras causas, como o fato de algumas regiões Tais problemas de salinização referentes às regiões
do planeta terem sido fundo de oceano em épocas semiáridas podem facilmente serem considerados para
remotas ou a salinização devido a aerosóis trazidos pelo sistemas de cultivo em ambiente protegido, visto que tais
vento (Pizarro, 1978). sistemas dispõem sempre da técnica da irrigação para
A salinização secundária, devido à ação do homem, reposição das necessidades hídricas das culturas e nesses
geralmente está associada a práticas de cultivo e ao ambientes a inexistência de precipitação concentrada nos
manejo inadequado da irrigação e da fertirrigação. Em períodos chuvosos inibe a lavagem natural dos sais
processo mais comum, ocorrido em regiões semiáridas, acumulados no solo.
há elevação do lençol freático devido à irrigação com Uma das técnicas da agricultura moderna muito
baixa eficiência (grandes perdas por percolação utilizada para viabilizar o cultivo fora de época, diminuir
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custos e aumentar a produtividade é o cultivo protegido CAUSAS MAIS FREQUENTES E FORMAS


que, juntamente com as novas tecnologias aplicadas à DE CONTROLE DA SALINIDADE
área de irrigação, como a fertirrigação, tem propiciado
bons resultados (Factor et al., 2008); além de outros Existem duas causas principais que proporcionam o
resultados sobre distribuição da radiação, acúmulo de sais nos solos com maior frequência no
evapotranspiração, consumo hídrico das plantas, sempre cultivo comercial sob ambiente protegido. A primeira
na busca da maximização em quantidade e qualidade da deve-se à utilização de águas de qualidade inferior,
produtividade por unidade de produção. geralmente proveniente de poços. Na região de
O desenvolvimento do cultivo em estufas agrícolas tem Piracicaba - SP, por exemplo, segundo Oliveira & Salati
crescido no mundo a uma taxa muito elevada. Os países (1981), é frequente a ocorrência de poços tubulares
mediterrâneos que antes tinham pouca tradição de uso profundos com águas ricas em cloretos e sulfatos de
desta tecnologia passaram a utilizá-la intensivamente. Esta sódio, com teores responsáveis por uma condutividade
tecnologia desponta como alternativa para os horticultores, elétrica (CE), às vezes superior a 3,0 dS m-1 e razão de
haja vista que minimiza os efeitos da variabilidade adsorção de sódio elevada.
ambiental, melhorando o desenvolvimento dos cultivos, Caso a salinização seja consequência da utilização de
permitindo a produção durante todo o ano e alcançando, águas de qualidade inferior, a técnica utilizada de controle
assim, maiores preços no mercado (Silva et al., 1999a); é a mesma utilizada em campo aberto: consiste em
além de proteger a cultura dos efeitos negativos do vento,
permitir que lâminas excedentes de irrigação percolem no
chuva e granizo, possibilita aumentos consideráveis na
perfil do solo e garantam um equilíbrio favorável dos sais
produtividade, também de precocidade, melhor qualidade
na zona radicular da cultura. Essa lâmina de lixiviação
e economia de insumos (Gomes et al., 1999).
pode ser aplicada intencionalmente ou pode ocorrer
No Brasil também se tem observado um aumento
como consequência das perdas espontâneas
significativo do uso de ambientes protegidos, sobretudo
proporcionadas pela irrigação.
nas regiões Sudeste e Sul, atualmente com espaços em
A quantificação da lâmina total a ser aplicada pode
eventos especializados da área. Entretanto, a pesquisa
ser calculada com base na evapotranspiração, na
cientifica no Brasil sobre o cultivo em ambiente protegido
ainda é incipiente. E com a expansão da atividade, vários condutividade elétrica da água de irrigação e na tolerância
problemas surgidos têm sido relatados por agricultores e da cultura. A razão entre a lâmina de lixiviação e a
técnicos envolvidos com esta atividade agrícola. Devido lâmina total de irrigação é denominada na literatura de
à falta de conhecimento da tecnologia apropriada para fração de lixiviação.
este tipo de cultivo, tem sido frequentes os problemas de Entretanto, para que esta prática de controle seja
salinização do solo, prejudicando o cultivo das hortaliças eficiente é necessário que a drenagem natural do solo
nessas condições. Estes problemas provavelmente estão seja adequada (Silva et al., 1999) ou se disponibilize de
associados ao manejo inadequado da irrigação e instalações artificiais para a drenagem, principalmente se
fertilização. tratando de ambientes protegidos que são fechados e
Embora as águas de irrigação utilizadas sejam correm o risco de conter solos altamente compactados.
geralmente de boa qualidade, altas doses de fertilizantes A irrigação praticada em ambientes protegidos,
aplicadas via água de irrigação têm elevado os níveis de entretanto, faz uso principalmente de águas superficiais
salinidade. Especialmente quando utilizam, captadas em rios e em córregos, águas estas que
recomendações de adubação quantificadas para campo possuem baixos teores de sais. Assim sendo, pode-se
aberto, em ambientes protegidos artificialmente considerar que o excesso e o inadequado manejo da
modificados em todos os sentidos; o manejo da irrigação adubação como as principais causas do problema em
também deve ser diferente, por ser a única fonte hídrica virtude da adição de sais fertilizantes de elevado índice
disponível paras as culturas. salino em quantidades superiores à requerida para a
Torna-se necessário, portanto, estudos e posterior nutrição das plantas.
utilização de técnicas básicas para solucionar ou pelo O excesso na aplicação de fertilizantes pelos
menos reduzir os impactos causados pela utilização agricultores em ambiente protegido ocorre principalmente
indevida de técnicas impróprias para ambientes porque são utilizadas recomendações de adubações para
protegidos, que são geralmente praticadas ou por falta de campo aberto, devido a ausência de investigações
informação do agricultor ou até mesmo por economia do considerando a extração de nutrientes pelas plantas
recurso financeiro, deixando totalmente de lado a cultivadas em ambiente protegido, onde as condições
preservação e sustentabilidade dos recursos naturais. ambientais e as práticas agrícolas são bastantes
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diferenciadas, destacando-se a ausência de chuvas que consequentemente 10.240,00 kg de sais por hectare
poderiam promover perdas de nutrientes por lixiviação ou aplicados no solo ou longo do ciclo da cultura. Entretanto,
escoamento superficial. Recomendações existentes de como estes sais fertilizantes são nutrientes e que parte
adubação para o campo devem servir apenas como destes serão absorvidos pela cultura, apenas o excesso
referenciais, havendo necessidade de obtenção de será acumulado no solo. Todavia, ciclos de cultivos
informações específicas para o sistema de cultivo sucessivos vão proporcionando incremento no teor de sais
protegido (Gomes et al., 1999). no solo se tal fato ocorrer frequentemente.
Em condições protegidas as plantas de pimentão, por Na realidade, a principal causa do uso excessivo de
exemplo, têm maior crescimento vegetativo em relação fertilizantes por parte dos agricultores, seria a obtenção
ao campo aberto, principalmente em virtude da aplicação de elevadas produtividades, procurando garantir elevados
de quantidades elevadas de nitrogênio (Silva et al., lucros, sem preocupação com impactos ambientais e
1999b), pois as condições de cultivo em ambientes impossibilitando a sustentabilidade da atividade.
protegidos são diferentes daquelas em campo a céu
aberto, sobretudo com relação a perdas de nutrientes por EFEITOS DA SALINIZAÇÃO SOBRE
erosão e lixiviação. O SOLO E AS PLANTAS
O acúmulo de sais no solo em cultivos protegidos é
bastante comum em virtude, principalmente, das altas O processo de salinização dos solos sob condições de
doses de fertilizantes aplicadas, à falta de lixiviação dos ambiente protegido, assim como em qualquer situação
sais acumulados após um cultivo e à utilização de águas
está relacionado diretamente ao acúmulo de sais em
salobras provenientes de poços (Blanco, 2004), o que tem
excesso na solução do solo. Em geral, ocorre com a
motivado a condução de diversas pesquisas nos últimos
acumulação de determinadas espécies iônicas, como os
anos, visando avaliar métodos de controle da salinidade
cátions Na +, Ca 2+ e Mg2+ e os ânions Cl - e SO 42-,
nessas condições de cultivo.
podendo assim ser identificados, assemelhando-se muito
Uma alternativa para minimizar o incremento da
aos efeitos ocorridos em regiões semiáridas, e descritos
salinidade em ambientes protegidos é utilizar fertilizantes com
a seguir.
menor poder de salinização. Na Tabela 1 estão
apresentados diversos fertilizantes usados e seus índices O efeito dos sais sobre a estrutura do solo ocorre,
salinos. basicamente, pela interação eletroquímica existente
Existem assim opções de fertilizantes que podem ser entre os cátions e a argilae e devido ao processo de
selecionados para fornecimento de uma determinada contração e expansão da argila esta começa a se
quantidade de nutrientes a serem aplicados ao solo, com dispersar apresentando problemas de permeabilidade por
maior ou menor efeito sobre o incremento na obstruírem os poros do solo e qualquer excesso de água
condutividade elétrica da solução do solo. causará encharcamento na superfície do solo, impedindo
Aplicando uma solução nutritiva com uma a germinação de sementes, crescimento radicular das
condutividade elétrica em torno de 4,0 dS m-1, estamos plantas e falta de aeração. Tais problemas podem ser
aplicando aproximadamente 2,56 kg m-3 de sais. Se ainda mais severos se considerarmos que solos cultivados
levarmos em conta, por exemplo, o consumo hídrico de em ambiente protegido têm elevada tendência a serem
uma cultura em torno de 0,4 m de lâmina por ciclo, altamente compactados.
instalada em um espaçamento de 0,5 m x 1,2 m, será Em condições salinas, principalmente em ambiente
colocado no solo 0,61 kg de sais por planta e protegido, ocorre uma redução na disponibilidade de água

Tabela 1. Índice salino dos principais fertilizantes solúveis utilizados na fertirrigacao em ambiente protegido
Solubilidade Índice Salino
Fertilizantes
(g L-1 a 20ºC) (1,0 g -1 à 25ºC)
Nitrato de Cálcio (Ca(NO3)2 . 4H2O) 1.200,00 82,25
Nitrato de Potássio (KNO3) 327,58 99,47
Nitrato de Amônia (NH4NO3) 2.075,00 32,80
Fosfato monoamônico (NH4H2PO4) 361,29 68,06
Fosfato monopotássico (KH2PO4) 238,53 55,60
Sulfato de Potássio (K2SO4) 123,80 112,94
Sulfato de Magnésio (MgSO4 . 7H2O) 500,00 91,45
Sulfato de Amônio ((NH4)2SO4) 830,00 34,50
Uréia (CO(NH2)2) 1.170,00 75,00
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pelo solo, ou seja, com o acúmulo de sais no solo o ser expressa em termos de salinidade limiar que
potencial total deste irá sofrer uma redução, ocasionado representa o ponto a partir do qual a produção da cultura
pela contribuição do potencial osmótico (Lima, 1997). começa a ser influenciada pela salinidade do solo.
O efeito da salinidade do solo sobre o consumo hídrico Pesquisas realizadas permitem observar que a
das culturas em ambiente protegido mostra que, a salinização induzida com excesso de fertilizantes
evapotranspiração real apresenta decréscimo em função aplicados ao solo é menos incisiva na redução da
do incremento da salinidade do solo e que há diferença produtividade que a salinização ocasionada pelo acúmulo
no consumo hídrico entre níveis de salinidade (Silva, de sais provindos de água de irrigação de qualidade
2002; Dias, 2004; Eloi, 2007; Medeiros, 2007). marginal (Tabela 2). Resultados como os apresentados
Porém, a ação da salinidade do solo, que pode ir além por Maas & Hoffman (1977) apresentam a salinidade
de uma simples diminuição no potencial hídrico, podendo limiar sempre associada a salinidade ocasionada pelo
também atingir a fertilidade do solo, modificando e acumulo de sais não nutrientes. Entretanto, caso o
tornando indisponíveis certos nutrientes, ocasionando incremento da salinidade seja consequência do acúmulo
distúrbios nutricionais e toxicidade nas plantas, de fertilizantes no solo, pode ocorrer efeitos nutricionais
principalmente em áreas que a aplicação de fertilizantes que possibilitam aumento de produtividade, compensando
ocorre em excesso, problemática ocorrida em ambientes o efeito negativo da diminuição do potencial osmótico da
protegidos. solução.
O aumento da salinidade da água de irrigação em
Neossolo e em Latossolo, por exemplo, aumenta a Tabela 2. Tolerância à salinidade das culturas e seu
rendimento potencial em função da salinidade do solo
disponibilidade de cálcio e sódio trocáveis, bem como os
encontrados na literatura (A)1 e encontrados em pesquisa
valores da soma de bases, CTC total e efetiva, saturação (B)2
por bases, porcentagens de cálcio e sódio trocáveis,
salinidade do solo, razão de adsorção de sódio e as
relações cálcio/magnésio e da porcentagem de sódio
trocável com a razão de adsorção de sódio (Garcia et al.,
2008).
Cramer et al. (1994) afirmam que o grau com que
cada um dos componentes do estresse salino influência
a nutrição mineral das plantas é dependente de muitos
1 Fonte: Maas & Hoffman (1977)
fatores, dentre eles a cultivar, a intensidade e duração do 2 Fonte: Eloi (2007); Medeiros (2007); Silva (2002); Dias (2005)
3 CEes, significa salinidade da zona radicular medida em condutividade elétrica no extrato de
estresse salino, o teor de água no solo e o estádio de saturação do solo
desenvolvimento da planta.
O aumento da concentração de NaCl na água de Em geral, fazendo uma comparação de resultados de
irrigação, ao elevar os teores Cl- no caule e de Na+ nas tolerância obtidos em campo aberto e em ambiente
diferentes partes da planta, inibe a absorção de nutrientes protegido, mostra que os resultados oriundos de cultivos
ocasionando redução nos teores de N, K + e Mg2+ nas em ambiente protegido se apresentam mais elevados
raízes das plantas (Costa et al., 2008). A salinidade eleva numericamente, expressando melhor tais efeitos, devido
a relação Na +/K + nas raízes, caules e folhas, basicamente por causa do efeito estufa proporcionado
respectivamente, mostrando-se como importante variável pelo ambiente protegido, modificando principalmente as
no estudo nutricional das plantas sob condições de variáveis meteorológicas: temperatura, umidade e
salinidade (Bosco et al., 2009). radiação solar.
O aumento da CE reduz os teores de fósforo, Silva (2002), estudando a evapotranspiração da cultura
nitrogênio, cálcio e de magnésio nas folhas, raízes e frutos do pimentão sob ambiente protegido, bem como os seus
de berinjela cultivada em casa de vegetação (Souza et coeficientes de cultura (Kc) e de salinidade (Ks),
al., 2005). Medeiros, et al. (2009) estudando a tolerância concluiu que, o incremento na salinidade do solo
da cultura do pepino a salinidade em ambiente protegido, promoveu redução na evapotranspiração real,
verificou que a cultura apresentou valores satisfatórios observando-se os maiores efeitos da salinidade sobre os
nas suas variáveis respostas para o nível de salinidade do valores médios de evapotranspiração durante a fase de
solo, de 3,5 dS m-1. crescimento. A produção de massa de matéria seca das
Tais efeitos sobre as plantas podem ainda, ser folhas foi inversamente proporcional à salinidade do solo,
investigado de outras formas, como por exemplo, a partir sendo a redução do dossel da cultura um dos fatores
de estudos da tolerância destas a salinidade que podem responsáveis pelo decréscimo na evapotranspiração real,
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associado ao decréscimo no potencial osmótico da meio da instalação de tensiômetros e fazendo o uso da


solução do solo. curva característica de retenção de água no solo com
relativa precisão. A Figura 1 apresenta um esquema
CONTROLE DA CONCENTRAÇÃO destas ferramentas instaladas no campo.
DA SOLUÇÃO DO SOLO

Dentre os métodos empregados para se estimar a


concentração de sais no solo e controlar a salinidade dos
solos em ambientes protegidos destaca-se a medição da
condutividade elétrica da solução do solo, sendo um
método bastante prático.
A medida da condutividade elétrica pode ser expressa
em soluções de solo a diversos níveis de umidade,
todavia a quantificação da condutividade elétrica do
extrato de saturação (CEes) é a mais evidenciada na
literatura e portanto tida como método padrão (Richards,
1954). Entretanto este método revela-se excessivamente
trabalhoso para um controle rotineiro em nível de
propriedade rural. Experiências bem sucedidas vêm
sendo realizadas com os métodos de diferentes relações
solo:água destilada como 1:1, 1:2,5 e, ainda com o uso de Figura 1. Esquema ilustrativo do extrator de solução e
extratores de cápsula porosa ou Time-Domain tensiômetro instalados junto as plantas no campo
Reflectometer (TDR).
A extração da solução do solo por intermédio de Uma vez que o monitoramento periódico tenha sido
cápsulas porosas em umidades próximas à máxima estabelecido, a concentração de fertilizantes aplicados via
capacidade de retenção é de fácil execução. Também água de irrigação, geralmente com frequência diária ou
levando em consideração que os poros da cápsula do de poucos dias pode ser controlada de forma a manter
extrator se assemelham muito aos poros do solo e que o a concentração da solução do solo oscilando em uma
fluxo dos íons no solo é devido, sobretudo, ao processo faixa de CEs adequada (Burgueño, 1996), garantindo a
de difusão que seria o movimento de íons devido ao disponibilidade de nutrientes sem a ocorrência de
gradiente de atividade e ao processo de transferência de problemas osmóticos.
massa que seria o movimento de íons arrastados pelo Considerando que a aplicação de fertilizantes esteja
fluxo de água. Além disso, estes equipamentos podem ser monitorada, não há geralmente necessidade de aplicações
recomendados para quantificar íons específicos solúveis intencionais de frações de lixiviação de manutenção,
na solução do solo como nitrato e potássio, podendo ser evitando possíveis desperdícios com água, energia e
utilizado para controlar e monitorar a quantidade destes fertilizantes (Silva, 2002; Dias, 2004; Eloi, 2007;
fertilizantes, evitando a contaminação ambiental. Medeiros, 2007).
Outras vantagens do uso dos extratores de solução é A aplicação de fertilizantes deve ser diferenciada ao
que a solução encontra-se em umidade equivalente ao longo do ciclo da cultura, visto que a absorção de
momento em que a solução do solo é absorvida pela nutrientes específicos é função da fase fenológica da
planta e os solutos dissolvidos serão os mesmos, a cultura. Assim, é inevitável que com o passar do tempo
amostragem é sistemática, verdadeiramente pontual e ocorram certos desequilíbrios nutricionais em virtude da
não destrutiva, a aferição da condutividade é dificuldade de se quantificar com precisão os nutrientes
praticamente instantânea podendo ser automatizada com absorvidos pela planta e as interferências inerentes do
equipamentos extremamente disponíveis e simples, e tal complexo de troca catiônica do sistema solo. Tendo em
método de medida da CE pode ser utilizado sem vista a ocorrência de situações onde se perde o controle
calibração prévia, mesmo que, no solo, ocorra a presença sobre o estado nutricional do solo, pode-se lançar mão de
de sais de baixa solubilidade, bastando, pois, que seja testes rápidos de íons da solução do solo.
conhecida a umidade no momento da extração e a O conhecimento da concentração iônica da solução
umidade da pasta saturada. do solo é importante para verificar a disponibilidade de
A solução do solo pode ser extraída a diferentes nutrientes às plantas. Entretanto, a amostragem e a
níveis de umidade do solo, sendo estes quantificados por realização periódica de análise de solo, com a finalidade
90 Pedro R. F. de Medeiros et al.

de acompanhar as concentrações de nitrato e de potássio recomendações adequadas, adotadas no manejo


na solução, durante as fases de crescimento e de tradicional, para um ciclo de cultivo, ressaltando ainda
produção da cultura, são inviáveis economicamente, em que, cultivos sucessivos podem causar o aumento da
uma atividade agrícola comercial, além de não ser uma salinidade e a redução dos rendimentos alcançados.
metodologia instantânea, que possibilite tomar decisões
imediatas. O extrator de solução surge como uma CONTROLE DA SALINIDADE VIA LAVAGEM
alternativa capaz de solucionar o problema de forma DE MANUTENÇÃO
eficaz e a baixo custo, principalmente se associado a
determinações rápidas de campo. Entretanto são A necessidade de lavagem (NL) é a fração de água
necessários estudos para validar os resultados obtidos aplicada com a irrigação que deve atravessar a zona
por meio de extração via cápsulas porosas, assim como radicular para manter os sais a um nível determinado.
a utilização de testes rápidos para determinar íons Esta quantidade extra de água percola abaixo da zona
específicos em campo. radicular, removendo parte dos sais acumulados.
Silva (2002) conclui que, com o auxílio dos extratores Salienta-se que a quantidade de água necessária para
providos de cápsulas porosas cerâmicas, é possível prevenir a salinização dos solos irrigados (lavagem de
determinar a concentração de nitrato e de potássio, com manutenção) é diferente da quantidade necessária para
boa precisão e monitorar a concentração do íon cálcio na recuperação dos solos salinos (lavagem de recuperação)
solução do solo, quando comparado ao método padrão. (Dias et al., 2003).
Para se estimar a necessidade de lavagem de
Segundo Dias (2004), fica evidenciado que o
manutenção de um solo necessita-se conhecer tanto a
monitoramento da condutividade elétrica da solução do
salinidade da água irrigada como a salinidade tolerada
solo, extraída por cápsulas porosas, permite evitar
pela cultura. A salinidade da água de irrigação pode ser
possíveis processos de salinização e/ou deficiência
medida diretamente em termos de sua condutividade
nutricional.
elétrica (CEa), já a salinidade tolerada pela cultura é a
A metodologia mais usual na quantificação dos
salinidade média da água contida na zona radicular,
fertilizantes a adicionar na água de irrigação baseia-se em
representada pela salinidade do extrato de saturação
recomendações realizadas após estudos da necessidade resultante (CEes), que pode ser considereda utilizando
nutricional das culturas e da sua marcha de absorção de dados da literatura.
nutrientes ao longo do ciclo. Entretanto esses estudos são Desta forma, para culturas específicas a aproximação
realizados em uma determinada região, sob os efeitos mais exata da necessidade de lixiviação de manutenção
climáticos locais e para certas variedades e/ou hídridos (NL) pode ser obtida utilizando-se a Eq. 1, proposta por
específicos. Rhoades (1974) e Rhoades & Merril (1976).
Nesse aspecto, seria mais viável racionalizar o
manejo da fertirrigação, por meio da determinação da
condutividade elétrica e/ou da concentração parcial de (1)
íons da solução do solo. Caso a condutividade elétrica da
solução do solo apresente valores inferiores ao máximo
tolerado pela cultura, sem decréscimo de rendimento em que:
relativo, e superiores ao mínimo necessário para sua NL - necessidade de lixiviação mínima que se
nutrição, a concentração da solução do solo estará necessita para controlar os sais dentro do limite de
controlada. tolerância da cultura, decimal;
Segundo Silva (2002), comparando dois manejos de CEa - salinidade da água de irrigação, dS m-1;
fertirrigação sobre o rendimento da cultura do pimentão, CEes - salinidade média do extrato de saturação do
um com o monitoramento da concentração da solução do solo, em dS m-1, que representa a salinidade tolerada por
solo e o outro com o manejo tradicional de fertirrigação determinada cultura.
via aplicação de doses específicas, segundo a marcha de
absorção da cultura do pimentão, ambos em ambiente Considerando-se que toda a água aplicada durante o
protegido, conclui que, os valores de condutividade evento da irrigação se infiltra uniformemente no solo e
elétrica da solução do solo mostraram maior estabilidade que não existam perdas por escoamento superficial, a
no manejo baseado no monitoramento das lâmina anual de irrigação que se deve aplicar para
concentrações, sendo que, os manejos de fertirrigação satisfazer tanto a demanda da cultura como a
utilizados não diferiram no rendimento da cultura, necessidade de lavagem de manutenção, pode ser
possivelmente em consequência da utilização de estimada pela Eq. 2.
Salinidade em ambiente protegido 91

Considera-se que 70 a 80% dos sais solúveis


(2)
poderão ser lavados por meio da aplicação de uma lâmina
igual a profundidade de solo considerada,variando sua
eficiência de acordo com a textura (Silva et al., 1999).
em que: O primeiro requisito para a recuperação de qualquer
LA - lâmina anual de irrigação, mm ano-1; solo afetado por sais é a drenagem adequada. Tendo-se
ETc - evapotranspiração da cultura, mm ano-1; a drenagem, a salinidade pode ser reduzida para um nível
NL - necessidade de lixiviação, decimal. aceitável por meio da lixiviação; para solos sódicos, a
aplicação de corretivos apropriados pode ser requerida
RECUPERAÇÃO DE SOLOS em adição à lixiviação para reduzir o teor de Na trocável
AFETADOS POR SAIS (Ayers & Westcot, 1991; Rhoades & Loveday, 1990).
A quantidade de água necessária para realizar a
Caso a salinidade do solo não seja controlada pelos lavagem de sais do perfil do solo é determinada em
métodos preventivos, ou diagnósticos de problemas de função do nível inicial da salinidade do solo, do nível final
salinidade em estágios avançados, devem ser utilizados desejado e da profundidade de solo a recuperar (que
como solução métodos de recuperação. É importante depende da cultura que será explorada), de certas
salientar que o controle da salinização por meio de propriedades do solo e da área, e do método de aplicação
técnicas de prevenção é primordial e que as técnicas de de água e seu nível de salinidade (Rhoades & Loveday,
recuperação do solo deverão ser utilizadas apenas se 1990).
realmente necessárias. Hoffman (1980), baseado em dados experimentais de
Considerando também que tal operação demanda campo estabeleceu a seguinte relação para a estimativa
uma certa quantidade de capital, principalmente em se da lâmina de lixiviação de recuperação (Eq. 3):
tratando de ambientes protegidos, com as estruturas
montadas em locais estratégicos em relação a radiação (3)
solar e topografia, deve-se realizar uma análise
econômica para a escolha da melhor decisão.
Mas, quando o diagnóstico da salinização dos solos é
em que:
realizado em situações onde a concentração eletrolítica
CEf - condutividade elétrica final desejada no perfil,
encontra-se elevada, torna-se necessária a aplicação de
dS m-1;
lâminas de lavagem de recuperação do perfil. Esta
CEo - condutividade elétrica média inicial, dS m-1;
técnica promove a eliminação dos sais solúveis por
D1 - lâmina de lixiviação a ser aplicada, m;
intermédio da aplicação de uma lâmina de água que
D s - profundidade do perfil a ser recuperado, m.
lixívia os sais para camada de solo abaixo da zona
radicular, o que é essencial para a recuperação dos solos
O valor da constante k varia com o tipo de solo e
afetados por sais, lâmina essa eliminada do perfil do solo com o método de aplicação de água. Segundo Hoffman
por um sistema eficiente de drenagem. (1980), os valores representativos de k para inundação
De acordo com Hoffman et al. (1992), a aplicação de contínua são de 0,45 para solo orgânico, 0,3 para argiloso
uma lâmina de recuperação no final do ciclo da cultura e 0,1 para solo franco arenoso. Geralmente é assumido
é viável para manutenção dos sais na zona radicular o valor 0,3 para inundação contínua.
quando a salinidade de água de irrigação não é tão Miller et al. (1965), comparando a irrigação por
elevada. inundação contínua com a intermitente para recuperação
É bastante difícil estimar com exatidão a lâmina de solo salino, verificaram que houve uma redução para
necessária à lixiviação de recuperação devido à presença um terço da água requerida quando se utilizou inundação
de fendas no solo, dissolução dos sais precipitados, intermitente. A lixiviação de sais ainda pode ser mais
restrições na difusão dos sais e dispersão hidrodinâmica. eficiente quando se utiliza irrigação por aspersão
Os modelos matemáticos desenvolvidos ainda não (Nielsen et al., 1966). Também Hoffman (1980) mostra
conseguem representar adequadamente as grandes que k praticamente não depende do tipo de solo quando
variações que ocorrem em condições naturais de campo. a lavagem é feita por inundação intermitente ou
Devido a isto, as estimativas baseadas em relações aspersão, podendo assumir o valor de 0,1 para lavagem
empíricas de experiências de campo são mais utilizadas. de recuperação usando estes métodos de irrigação.
92 Pedro R. F. de Medeiros et al.

Estudando a recuperação de um solo salinizado em Dias, N S.; Medeiros, J. F.; Gheyi, H. R.; Silva, F. V.; Barros, A.
ambiente protegido, Blanco & Folegatti (2001) D. Evolução da salinidade em um Argissolo sob cultivo de
observaram que o aumento de lâmina relativa de lavagem melão irrigado por gotejamento. Revista Brasileira de
proporcionou redução da salinidade, sendo as mesmas Engenharia Agrícola e Ambiental, v.8, n.2/3, p.240-246, 2004.
Duarte, S. N.; Dias, N. S.; Teles Filho, J. F. Recuperação de um
aplicadas por inundação ou gotejamento. Os autores
solo salinizado devido a excesso de fertilizantes em
afirmam ainda que para métodos de irrigação por
ambiente protegido. Irriga, v.12, n.3, p.422-428, 2007.
inundação o perfil de salinidade do solo apresenta-se mais Eloi, W. M. Níveis de salinidade e manejo da fertirrigação sobre
uniforme e que o coeficiente k proposto por Hoffman o cultivo do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill) em
(1980) subestimou a lâmina de lavagem por inundação e ambiente protegido. Piracicaba: ESALQ/USP, 2007. 110p.
superestimou para o gotejamento. Tese Doutorado
Duarte et al. (2007) concluíram que a recuperação de Factor, T. L.; Araújo, J. A. C. de; Vilella Júnior, V. E. Produção
um solo salinizado devido a excesso de fertilizantes em de pimentão em substratos e fertirrigação com efluente de
ambiente protegido utilizando a fórmula de Hoffman, biodigestor. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
aplicada com a constante k de 0,1 subestimou a lâmina Ambiental, v.12 n.2, p.143-149, 2008.
de lavagem ideal para a recuperação do solo por FAO - Food and Agriculture Organization: Crops & livestock
gotejamento, havendo, portanto a necessidade de se primary & processed: <http://fao.org>. 01 Out. 2005.
aplicar mais água. Garcia, G. O.; Martins Filho, S.; Reis, E. F.; Moraes, W. B.;
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