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NOTAS DE AULA:
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Poços de Caldas – MG
2008
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO................................................................................................ 6
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
Em seus primeiros cem anos de existência, pode-se dizer que a organização industrial
passou por três fases seqüenciais: a criação da empresa moderna por um empreendedor; o
aperfeiçoamento da tecnologia de produção em massa e o desenvolvimento do marketing em
massa.
Em meados da década de 70, o modelo de produção em massa entrou em crise, sendo
substituído pelo modelo japonês de produção enxuta. Desde então o cenário sócio –
econômico veio sofrendo mudanças de forma rápida, complexa e constante em relação à
experiência anterior, de forma que o ambiente externo passou a receber atenção especial dos
administradores das empresas.
As organizações funcionam num ambiente competitivo a sua volta, compreendendo
outras organizações com as quais competem. A necessidade de planejar fica claro quando as
empresas não podem parar de aprender sobre o setor em que atuam, com o intuito de melhorar
a sua posição competitiva.
O sistema de administração empregado por uma empresa é um ingrediente crucial de
sua capacidade de respostas porque determina o modo pelo qual a administração percebe os
desafios ambientais, pois esse sistema diagnostica seu impacto sobre a empresa, decide o que
fazer e põem em pratica suas decisões.
Para conduzir uma organização, são necessários os melhores julgamentos e práticas
por parte dos gestores, sobretudo neste momento em que estamos vivendo num ambiente de
mudanças rápidas, onde as turbulências geram um clima de incerteza para a tomada de
decisões, provocando uma situação em que, cada vez menos, as organizações assistem aos
acontecimentos passivamente, sendo, ao contrario, forçadas a adotar uma postura ativa em
relação ao ambiente.
Uma ferramenta para ajudar a conduzir de forma eficaz as organizações nesse
ambiente é o planejamento estratégico que é uma técnica que busca ordenar as idéias das
pessoas, de forma a criar uma visão do caminho a ser seguido para posteriormente ordenar as
ações que vão representar a implementação do plano estratégico. O responsável por uma
unidade tem de ser eficiente mas acima de tudo deve ser eficaz, o que representa desenvolver
bem sua obrigação. O planejamento estratégico é uma atividade que através da análise do
ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças para o
cumprimento da sua missão e estabelece o propósito de direção que a organização deverá
seguir para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos.
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Pode-se dizer que é uma reflexão sobre passado, presente e futuro da empresa.
Segundo Ansoff (1985), é uma ferramenta administrativa utilizada para organizar, otimizar,
traçar metas, objetivos e ações a curto e longo prazo elaborando um plano de ação,
procedimentos e estratégias em determinada situação, envolvendo suas respectivas visões de
futuro, identificando-se tendências, ameaças, oportunidades e descontinuidades singulares que
possam alterar as tendências históricas, permitindo que a empresa organize competitividade e
lucratividade em um ambiente turbulento.
De acordo com Tavares (1991), o planejamento estratégico é utilizado por qualquer
pessoa, ou empresa que deseje dentro de um quadro econômico, político e social marcado por
turbulências, obter estratégias adequadas e alinhadas de acordo com o mercado, obtendo
previsões antecipadas para traçar estratégias metas e objetivos.
• Ameaças: as ameaças para uma empresa podem ser reais, ou seja, existirem de fato
ou podem ser potenciais, podem se tornar uma ameaça no futuro. Uma ameaça
para uma empresa pode ser representada desde a queda dos preços de seus
concorrentes, até alguma de medida de força maior, como por exemplo: uma
mudança na legislação.
• Oportunidade: a empresa tem de explorar a oportunidade em seu favor, pois esta
pode ser tanto uma potencialidade quanto uma fraqueza de seu concorrente. As
oportunidades têm de ser exploradas rapidamente, pois esta podem ter sido
provocadas pelo próprio mercado e ser uma porta aberta para toda a concorrência.
Para Kotler (1998) ameaça consiste em um desafio para a empresa que é proveniente
de uma tendência do mercado ou um desenvolvimento desfavorável, ou seja, para o sentido
errado, o que pode ser decorrente de uma miopia da empresa, acarretando a deterioração das
vendas e da própria marca. Já as oportunidades são definidas como sendo o levantamento
(descoberta) de uma área de necessidade do consumidor em que a empresa pode desenvolver
determinado produto ou serviço que venha ser rentável para a mesma.
Las Casas (2001) sugere que sejam identificados, primeiramente, os eventos que
influenciam diretamente no negócio. Posteriormente, o autor acrescenta que é necessário
caracterizar esta situação, identificando as oportunidades e ameaças, descrevendo-as. A seguir
devem ser anotadas todas as sugestões para que as oportunidades sejam aproveitadas ou para
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Segundo o autor Aaker (1992), o que torna uma empresa melhor ou pior é o fato de
possuir vantagens operacionais ou estratégias que a concorrência não tenha ou possa vir a ter.
Devem-se fazer projeções sobre o desempenho futuro, analisando também forças, fraquezas e
restrições operacionais, é algo mais confiável e importante para a formulação estratégica. O
diagnóstico de problemas específicos de vendas deve servir de base para planos que visem
melhorar o desempenho em cada área da empresa analisada. Uma análise fraca pode, ao invés
de melhorar a situação da empresa, criar mais obstáculos.
As potencialidades e fragilidades decorrem do talento das pessoas chaves e seus
recursos disponíveis, ou seja da competência organizacional. Uma empresa não é igualmente
composta em todas as áreas, há casos em que a empresa tem boas máquinas, porém, o
potencial humano precisa ser melhorado. (Kenich, 1989)
Diferente das ameaças e oportunidades que se referem àquilo que o mercado oferece a
empresas, as potencialidades e fragilidades referem-se aquilo que a empresa pode oferecer ao
mercado e como isto pode ser feito. Algumas empresas podem oferecer mais do que o
mercado exija em algumas áreas do que outras. Este potencial (ou potencialidades) deve ser
conhecido, analisado e corretamente divulgado, enquanto que as fragilidades devem ser
analisadas cuidadosamente para que planos de ação proporcionais sejam elaborados para
corrigir ou controlar os problemas.
Nem todos as fragilidades precisam ser imediatamente corrigidas, isto depende muito
das exigências do mercado em torno da atividade da empresa. O cuidado a ser tomado diz
respeito a conhecer os ganhadores e qualificadores do mercado no qual a empresa atua para
que os estrategistas possam sugerir não só como, mas quando devem atuar, otimizando o uso
dos recursos.
Para auxiliar na determinação de potencialidades e fraquezas sugere-se a utilização de
uma tabela comparativa entre os concorrentes e a empresa. As linhas referem-se as
características comparadas entre os concorrentes, que por sua vez são colocados nas colunas,
conforme a Tabela 2.2. Para classificar os concorrentes sugere-se a utilização de uma escala
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Com base na análise interna, onde foram verificados os pontos fortes e fracos, assim
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como na análise externa que foram verificadas as oportunidades e ameaças, e tendo os
objetivos estabelecidos, é possível planejar com antecedência uma lista de estratégias
alternativas. Portanto, o conjunto de objetivos e desafios estabelecidos por uma organização,
poderá realizar-se por alternativas estratégicas.
Ação com vista a garantir o alcance de objetivos projetando e selecionando estratégias
para sua realização. O Administrador deve compreender profundamente questões como
análise de pontos fracos e fortes, oportunidades, riscos, além da matriz de crescimento.
Objetivos estratégicos muito ambiciosos têm como conseqüência o mau
dimensionamento de ativos, destruição do moral, além de correrem o risco de perdas de lucros
anteriores e oportunidades futuras. Porém se forem pouco ambiciosos, apresentarão
estratégias medíocres, desprezando as oportunidades de melhor aproveitamento. Uma vez que
há ausência de um padrão, o valor de um curso de ação pode ser claramente avaliado se for
comparado as outras alternativas.
Uma característica pode ser a possibilidade de imputação de prioridades dos
respectivos objetivos e desafios, desde que possam ser utilizados como peso para computar
uma completa escala de cada uma das alternativas restantes.
Segundo Certo e Peter (1993) as estratégias devem ser definidas segundo os níveis
organizacionais e tem algumas alternativas bem definidas. A tabela 2.3 apresenta um resumo
das alternativas estratégicas para os níveis organizacionais.
Certo e Peter (1993) também sugerem que sejam criados critérios e restrições para a
formulação de estratégias nas organizações. A tabela 2.4 apresenta uma lista de exemplos de
restrições e critérios para a formulação de estratégias nas empresas.
Restrições Critérios
Disponibilidade de recursos Correspondam ao ambiente interno.
financeiros.
Envolvam uma vantagem competitiva
Atitude frente a riscos. sustentável.
Capacidades organizacionais. Sejam consistentes com outras estratégias da
organização.
Relação entre canais.
Forneçam a flexibilidade adequada para a
Retaliação da concorrência.
empresa e para a organização.
Conciliem-se com a missão da organização e
com os objetivos de longo prazo.
Sejam organizacionalmente factíveis.
Fonte: Certo e Peter (1993)
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2.7 - Controle
Segundo Certo e Peter (1993) o controle tem como objetivo garantir que os planos se
tornem realidade. Para controlar, na prática, seguem-se três etapas gerenciais:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AAKER, D. A., Strategic market management. 4th ed. New York, Wiley, 1992.
ANSOFF, H. I. e MCDONNEL, E. J. Implantando a Administração Estratégica. 2a. ed.
São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
ANSOFF, I., Administração Estratégica. São Paulo, Editora Atlas, 1985.
Batocchio, A. Notas de aula da disciplina de IM196: dados para os trabalhos, São Paulo:
Unicamp, 2005.
CERTO, S.C. e PETER, J.P., Administração estratégica, São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 1993.
COBRA, Marcos. Plano Estratégico de Marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1991. 125p.
KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e
controle. 5 ed. São PAULO: Atlas, 1998. 725p.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Plano de Marketing para Micro e Pequena Empresa. 2
ed. São Paulo: Atlas, 2001. 160p.
PORTER, M.E.. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior.
Rio de Janeiro: Campus, 1992.
TAVARES, Mauro Calixta. Planejamento estratégico: a opção entre sucesso e fracasso
empresarial. São Paulo: Habras, 1991.
WESTWOOD, JOHN. O Plano de Marketing: guia prático. 2 ed. São Paulo: Makron Books,
1997. 275p.