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INTRODUÇÃO
Acredita-se que que o esporte pode ser mais uma alternativa na formação
humana de adolescentes e jovens, através de sua pratica, pode-se trabalhar
vivencias essenciais para que as dificuldades da modernidade possam ser
ultrapassadas, e que esses mesmos adolescentes e jovens possam se tornar
pessoas mais preparadas para enfrentar as responsabilidades da vida adulta.
Conceitos básicos para atingir-se o bem estar físico e social esperado para cada
ser-humano – como, por exemplo, disciplina, respeito, dedicação, aceitação
social, trabalho em grupo, organização pessoal, ética, obediência e estilo de vida
saudável – podem ser amplamente reforçados através da prática esportiva
(LIMA, 2010).
4. OBJETIVOS
5. PROCEDIMENTO METODOLOGICO
Para este trabalho foi aplicada o tipo de pesquisa exploratória, a qual objetiva
proporcionar maior familiaridade com o problema em estudo para torná-lo mais
explícito. Esse tipo de pesquisa é bastante flexível a fim de possibilitar a
consideração dos mais variados aspectos relativo ao problema de investigação
(GIL, 2007).
A partir do tema escolhido e dos autores e obras, foi possível apoiar um corpo
teórico com estudo bibliográfico sobre os resultados pesquisados. Para analisar
os materiais selecionados e estudados nessa pesquisa bibliográfical, foi
necessário utilizar a técnica de análise chamada, Análise de Conteúdo, a qual
se conceitua como um conjunto de técnicas de análise dos entendimentos
visando obter, por procedimentos sistemáticos e organizados a descrição do
conteúdo em estudo, por meios das fontes pesquisadas, seus indicadores que
permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/recepção dessas fontes (BARDIN, 2002). Esta técnica organiza-se
para identificar a presença ou a ausência de uma dada característica de
conteúdo ou conjunto de características num determinado fragmentos das fontes
escolhidas para responder aos objetivos dessa pesquisa científica.
6. REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 Contextualização
É nítido que o ser humano e a sociedade moderna passam por uma crise, a
modernidade trouxe muitos benefícios, mas ao mesmo tempo apresenta as
doenças modernas, como a ansiedade, a depressão, o individualismo, a
síndrome do pânico, o estresse, a agressividade e as dependências.
Hoje a sociedade moderna passa por uma crise paradigmática, resultante dentre
outros fatores, da ruptura do modelo racional científico, o qual muito contribuiu
para o avanço das ciências, mas que, atualmente não dá conta de responder a
complexidade dos problemas que emergem dos contextos socioculturais.
“Infelizmente, vivemos hoje em uma sociedade praticamente vazia de valores
éticos e morais, de conceitos e de tradições”, conforme (LIMA 2010).
Este trabalho não pretende solucionar todas estas questões, mas sim questionar
e talvez apontar mais um caminho para tal. Para mudar o futuro é preciso mudar
a formação da nova geração. Enfoca-se a formação de adolescentes e jovens,
em como a pratica esportiva e suas pedagogias podem ajudar no
desenvolvimento das novas gerações.
A injustiça social faz parte da história do Brasil, desde a colonização dos índios,
a escravatura e opressão politica das classes trabalhadoras. Pela incapacidade
do Estado em promover e gerenciar politicas sociais voltadas para o atendimento
das necessidades básicas da população acabou gerando-se um fenômeno
chamado de exclusão social. Exclusão é negação, não participação, não
possibilidade de acesso, não pertencimento. Segundo Sposati, (1996: 13), é “a
impossibilidade de um indivíduo poder partilhar da sociedade e leva a privação,
da recusa, do abandono e de expulsão, inclusive com violência, de uma parcela
da população”.
6.2 O esporte
Para entender a dimensão social que o esporte tem como fenômeno cultural,
basta dizer que hoje existem mais países filiados ao Comitê Olímpico
Internacional (COI) e à Federação Internacional de Futebol Amador (FIFA) do
que à Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar disso, "ao longo da
história da educação física brasileira até os dias de hoje, a pedagogia do esporte,
em grande parte, pouco se preocupou em educar considerando, e até mesmo
respeitando, a complexidade das pessoas e dos fenômenos sociais."
(SANTANA, 2005, p.1).
Segundo Moreno e Machado (2006) a prática esportiva deve ser tratada com
destaque no conteúdo lúdico. Isso é possível de ser trabalhado em projetos
esportivos, desde que o professor tenha um amplo entendimento da tarefa que
aspira desenvolver, e deve ser trabalhado por possibilitar seu acesso aos
adolescentes e jovens, que muitas vezes não têm chance de praticá-lo e
vivenciá-lo fora do âmbito escolar. “Democratizar o esporte é assegurar a
igualdade de acesso à prática esportiva para todas as pessoas.” (TUBINO, 1992,
p.22).
Para Assis (2007), a prática do esporte regular, além de trazer benefícios para a
saúde física, ajuda a melhorar o bem estar psicológico. Também aumenta a
capacidade de raciocínio, memória, percepção; assim como estimula o
rendimento escolar, a confiança, a capacidade para lidar com as emoções e o
autocontrole; e auxilia na diminuição do absentismo, no combate ao abuso de
substâncias, na luta contra a depressão e na melhora das enxaquecas.
No que diz respeito aos jovens, a prática regular do esporte em grupo permite o
desenvolvimento da capacidade em trabalhar em conjunto com outras pessoas,
de hierarquias diferentes (treinador, capitão), em que juntamente com o papel da
família e da escola de forma curricular ou extracurricular, pode-se ajudar o jovem
a desvincular-se da fase egocêntrica da infância; ou seja, o esporte é de grande
importância na educação de adolescentes, pois por meio dele se adquire saúde,
se constrói o coletivismo, o respeito, a disciplina e o comprometimento.
O esporte pode ser usado como algo atrativo, já que em suas características ele
trabalha com a fantasia da vitória, do sucesso e também da diversão.
Para Lima (apud (TUBINO, 2001) a orientação esportiva vincula-se a três áreas:
à integração social, ao desenvolvimento psicomotor e às atividades físicas
educativas. Na integração social, seria assegurada a participação autêntica,
possibilitando aos alunos a chance de decisões sobre a própria atividade a ser
desenvolvida. No desenvolvimento psicomotor seria oferecer oportunidades para
atender às necessidades de movimento, bem como desenvolvimento de
habilidades críticas, como a auto avaliação. Já as atividades físicas educativas
englobariam a concretização das aptidões em capacidades.
Neste sentido, Personne (2001) aponta para os riscos à saúde que certos
exercícios realizados de forma repetitiva podem gerar como sequelas de ordem
locomotora, cardiovascular, endócrina, além de repercussões psíquicas.
Rubio et al (2001) descrevem que a especialização esportiva na infância
substitui o lúdico pela competência e a recreação torna-se competição; inserindo
a criança precocemente no mundo adulto.
Em relação aos riscos à saúde, Becker (2000) cita as lesões e o estresse, sendo
que este último pode chegar a acarretar o burnout2 nos atletas
infantis. “Burnout é uma resposta psicofisiológica exaustiva que se manifesta
como um resultado de uma frequência, muitas vezes excessiva, e geralmente
com esforços ineficazes na tentativa de conciliar um excesso de treinamento com
exigências da competição” (SAMULSKI, 2002, p. 349).
Apesar disso, Blázquez (1999) aponta que o esporte competitivo também pode
potencializar o desenvolvimento pessoal do indivíduo, simulando situações que
todos enfrentarão no futuro. O professor pode ensinar a ganhar e a perder, esta
aprendizagem pode proporcionar o desenvolvimento de habilidades pessoais
enriquecedoras para a vida, como lidar com o fracasso, com a frustração, com a
vitória e com o sucesso. O autor faz a ressalva que o esporte não possui
nenhuma virtude mágica, não é bom, nem mal. Assim, a competição só será
prejudicial ou benéfica se for direcionada para tal, dando à prática um significado
distinto.
Com a finalidade de obter dados a este respeito, Zaluar (1994) pesquisou alguns
programas educativos governamentais que estavam dirigidos a crianças e
jovens nos anos 80. O PRIESP3, era um programa de iniciação esportiva
desenvolvido em várias cidades pela Fundação Roberto Marinho. A autora
avaliou o programa que estava ocorrendo no Rio de Janeiro e ao indagar qual a
razão para a procura do programa pelas crianças e jovens, ela encontrou as
seguintes respostas: “53% das crianças e jovens que procuravam o PRIESP o
fizeram por querer aprender um esporte, 28% porque gostavam de esporte, 12%
para ocuparem o tempo e 7% deram outras respostas (p. 48, 1994)”.
Ainda em relação aos alunos do PRIESP entrevistados por Zaluar (1994) o gosto
pela prática esportiva foi um tema muito recorrente nas entrevistas. Segundo a
autora “80% dos alunos em todos os núcleos pretendiam continuar a prática de
esportes no futuro, seja o profissional, seja o amador. Apenas 5% não ligavam o
futuro ao esporte, enquanto 13% não sabiam o que fazer com o que estava
aprendendo” (p. 65).
7. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Pode-se dizer que o esporte é uma atividade abrangente que engloba diversas
áreas importantes para a humanidade, é também uma forma de sociabilização e
de transmissão de valores. Percebe-se ainda que a sociedade moderna enfrenta
uma crise sociocultural, pois não soube lidar com as consequências das
profundas mudanças no seu ritmo de vida, gerando as doenças modernas
(ansiedade, depressão, síndrome do pânico), o individualismo, o estresse, a
agressividade e as dependências. Neste panorama surge a necessidade de
novas ferramentas pedagógicas na educação das novas gerações, a fim de
melhor adaptar-se à realidade atual.
Com isso, pode-se dizer que esta temática contribui para uma melhor formação
integral de crianças, adolescentes e jovens, uma vez que explora a
potencialidade do esporte atual em contribuir neste contexto.
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/beneficios-
pedagogicos-esporte-pode-trazer-como-alternativa-socializacao-formacao-
adolescentes-joven.htm